modelos de reservatórios carlos ruberto fragoso jr. ctec - ufal modelagem de sistemas hídricos
TRANSCRIPT
![Page 1: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/1.jpg)
Modelos de Reservatórios
Carlos Ruberto Fragoso Jr.CTEC - UFAL
Modelagem de Sistemas Hídricos
![Page 2: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/2.jpg)
A variabilidade temporal da precipitação e, conseqüentemente, da vazão dos rios freqüentemente origina situações de déficit hídrico, quando a vazão dos rios é inferior à necessária para atender determinado uso. Em outras situações ocorre o contrário, ou seja, há excesso de vazão.
Regularização
A solução encontrada para reduzir a variabilidade temporal da vazão é a regularização através da utilização de um ou mais reservatórios. Os reservatórios têm por objetivo acumular parte das águas disponíveis nos períodos chuvosos para compensar as deficiências nos períodos de estiagem, exercendo um efeito regularizador das vazões naturais.
![Page 3: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/3.jpg)
Reservatório
Os reservatórios tem por objetivo acumular parte das águas disponíveis nos períodos chuvosos para compensar as deficiências nos períodos de estiagem, exercendo um efeito regularizador das vazões naturais.
Em geral os reservatórios são formados por meio de barragens implantadas nos cursos d‘água. Suas características físicas, especialmente a capacidade de armazenamento, dependem das características topográficas do vale em que estão inseridos.
![Page 4: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/4.jpg)
Itaipu
![Page 5: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/5.jpg)
Usina de Xingó
![Page 6: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/6.jpg)
![Page 7: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/7.jpg)
vertedorcasa de força
![Page 8: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/8.jpg)
![Page 9: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/9.jpg)
Um reservatório pode ser descrito por seus níveis e volumes característicos:
•Nível mínimo operacional
•Nível máximo operacional
•Volume máximo
•Volume morto
•Volume útil
Níveis e volumes característicos
![Page 10: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/10.jpg)
Volume mortonível mínimo operacional
Volume morto
![Page 11: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/11.jpg)
O Volume Morto é a parcela de volume do reservatório que não está disponível para uso. Corresponde ao volume de água no reservatório quando o nível é igual ao mínimo operacional. Abaixo deste nível as tomadas de água para as turbinas de uma usina hidrelétrica não funcionam, seja porque começam a engolir ar além de água, o que provoca cavitação nas turbinas (diminuindo sua vida útil), ou porque o controle de vazão e pressão sobre a turbina começa a ficar muito instável.
Volume morto
![Page 12: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/12.jpg)
Volume morto
nível mínimo operacional
nível máximo operacional
Volume útil
![Page 13: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/13.jpg)
O nível máximo operacional corresponde à cota máxima permitida para operações normais no reservatório. Níveis superiores ao nível máximo operacional podem ocorrer em situações extraordinárias, mas comprometem a segurança da barragem.
O nível máximo operacional define o volume máximo do reservatório.
Nível máximo operacional
![Page 14: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/14.jpg)
Volume morto
nível mínimo operacional
nível máximo operacional
Volume útil
nível máximo maximorum
![Page 15: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/15.jpg)
A diferença entre o volume máximo de um reservatório e o volume morto é o volume útil, ou seja, a parcela do volume que pode ser efetivamente utilizada para regularização de vazão.
Volume útil
![Page 16: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/16.jpg)
Sistema WGS 84Diferença +/- 5 m
Altimetria da área de um possível reservatório no Rio Gravataí - RS
![Page 17: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/17.jpg)
Cota: 6,5 mÁrea inundada: 32 haVolume: 0,1 Hm3
Vazão regularizada: ?
![Page 18: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/18.jpg)
Cota: 7 mÁrea inundada: 200 haVolume: 0,7 Hm3
Vazão regularizada: ?
![Page 19: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/19.jpg)
Cota: 8 mÁrea inundada: 815 haVolume: 5,7 Hm3
Vazão regularizada: 1,0 m3/s
![Page 20: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/20.jpg)
Cota: 9 mÁrea inundada: 1.569 haVolume: 17,6 Hm3
Vazão regularizada: 1,5 m3/s
![Page 21: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/21.jpg)
Cota: 10 mÁrea inundada: 3.614 haVolume: 43,6 Hm3
Vazão regularizada: 3,5 m3/s
![Page 22: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/22.jpg)
Cota: 11 mÁrea inundada: 7.841Volume: 101 Hm3
Vazão regularizada: 5,0 m3/s
![Page 23: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/23.jpg)
Cota: 12 mÁrea inundada: 10.198 haVolume: 191 Hm3
Vazão regularizada: 7,0 m3/s
![Page 24: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/24.jpg)
Cota: 13 mÁrea inundada: 12.569 haVolume: 305 Hm3
Vazão regularizada: 8,0 m3/s
![Page 25: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/25.jpg)
Cota: 14 mÁrea inundada: 14.434 haVolume: 440 Hm3
Vazão regularizada: 8,0 m3/s
![Page 26: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/26.jpg)
Cota: 15 mÁrea inundada: 16.353 haVolume: 594 Hm3
Vazão regularizada: 8,5 m3/s
![Page 27: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/27.jpg)
0
100
200
300
400
500
600
700
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16Cota (m WGS84)
Vo
lum
e (
Hm
3)
ou
Áre
a (
km
2)
Volume Hm3
Área (km2)
Relação Cota - Área - Volume
![Page 28: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/28.jpg)
Cota (m) Área (km2) Volume (hm³)
772,00 0,00 0,00
775,00 0,94 0,94
780,00 2,39 8,97
785,00 4,71 26,40
790,00 8,15 58,16
795,00 12,84 110,19
800,00 19,88 191,30
805,00 29,70 314,39
810,00 43,58 496,50
815,00 58,01 749,62
820,00 74,23 1.079,39
825,00 92,29 1.494,88
830,00 113,89 2.009,38
835,00 139,59 2.642,00
840,00 164,59 3.401,09
845,00 191,44 4.289,81
Curva Cota - Área - Volume
![Page 29: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/29.jpg)
Outras características importantes são as estruturas de saída de água, eclusas para navegação, escadas de peixes, tomadas de água para irrigação ou para abastecimento, e eventuais estruturas de aproveitamento para lazer e recreação.
Outras Características
![Page 30: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/30.jpg)
Os vertedores são o principal tipo de estrutura de saída de água. Destinam-se a liberar o excesso de água que não pode ser aproveitado para geração de energia elétrica, abastecimento ou irrigação. Os vertedores são dimensionados para permitir a passagem de uma cheia rara (alto tempo de retorno) com segurança.
Vertedores
![Page 31: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/31.jpg)
Um vertedor pode ser livre ou controlado por comportas. O tipo mais comum de vertedor apresenta um perfil de rampa, para que a água escoe em alta velocidade, e a jusante do vertedor é construída uma estrutura de dissipação de energia, para evitar a erosão excessiva.
Vertedores
![Page 32: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/32.jpg)
Comportas
![Page 33: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/33.jpg)
A vazão de um vertedor livre (não controlado por comportas) é dependente da altura da água sobre a soleira, conforme a figura e a equação ao lado.
Q é a vazão do vertedor; L é o comprimento da soleira; h é a altura da lâmina de água sobre a soleira e C é um coeficiente com valores entre 1,4 e 1,8. É importante destacar que a vazão tem uma relação não linear com o nível da água
Vazão de Vertedor
23
hLCQ
![Page 34: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/34.jpg)
onde A é a área da seção transversal do orifício; g é a aceleração da gravidade; h é a altura da água desde a superfície até o centro do orifício e C é um coeficiente empírico com valor próximo a 0,6. Semelhante à equação do vertedor, destaca-se que a vazão de um orifício tem uma relação não linear com o nível da água.
hg2ACQ
Descarregadores de fundo podem ser utilizados como estruturas de saída de água de reservatórios, especialmente para atender usos da água existentes a jusante. A equação de vazão de um descarregador de fundo é semelhante à equação de vazão de um orifício, apresentada abaixo:
Descarregadores de Fundo
![Page 35: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/35.jpg)
eHQP P = Potência (W) = peso específico da água (N/m3)Q = vazão (m3/s)H = queda líquida (m)e = eficiência da conversão de energia hidráulica em elétrica
e depende da turbina; do gerador e do sistema de adução0,76 < e < 0,87
Geração de Energia
![Page 36: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/36.jpg)
Energia Assegurada é a energia que pode ser suprida por uma usina com um risco de 5% de não ser atendida, isto é, com uma garantia de 95% de atendimento.
Numa usina com reservatório pequeno, a energia assegurada é definida pela Q95
A empresa de energia será remunerada pela Energia Assegurada
Energia Assegurada
![Page 37: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/37.jpg)
40 m3/s
Curva de permanência de vazões
![Page 38: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/38.jpg)
Uma usina hidrelétrica será construída em um rio com a curva de permanência apresentada abaixo. O projeto da barragem prevê uma queda líquida de 27 metros. A eficiência da conversão de energia será de 83%. Qual é a energia assegurada desta usina?
Exemplo
![Page 39: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/39.jpg)
Q95 = 50 m3/sH = 27 me = 0,83 = 1000 kg/m3 . 9,81 N/kg
eHQP
P = 11 MW
P = 9,81.50.27.0,83.1000
Exemplo
![Page 40: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/40.jpg)
eHQP
excesso
déficit
Importância para geração de energia
![Page 41: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/41.jpg)
eHQP
Vazão Q95 – energia assegurada
Importância para geração de energia
![Page 42: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/42.jpg)
O volume útil está diretamente relacionado à capacidade de regularizar a vazão.
Se o volume útil é pequeno, o reservatório não consegue regularizar a vazão e a usina é chamada “a fio d’água”
Volume útil xVazão média afluente
![Page 43: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/43.jpg)
• Equação da continuidade
QIt
S
Balanço Hídrico de reservatórios
![Page 44: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/44.jpg)
• Intervalo de tempo curto: cheias
• Intervalo de tempo longo: dimensionamento
Balanço Hídrico de reservatórios
![Page 45: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/45.jpg)
• Métodos gráficos (antigos)
• Simulação
Dimensionamento do reservatório
![Page 46: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/46.jpg)
• Método gráfico
Método de Rippl
![Page 47: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/47.jpg)
• Equação de Balanço Hídrico
QIt
S
Simulação
![Page 48: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/48.jpg)
onde e representam valores médios da vazão afluente e defluente de reservatório ao longo do intervalo de tempo ∆t.
__
QIt
SS ttt
Discretizada
_
I_
Q
saídasentradasSS ttt
![Page 49: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/49.jpg)
sujeita às restrições 0 < St+∆t < Vmáx;
onde Vmáx é o volume útil do reservatório.
![Page 50: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/50.jpg)
tQtIVV
tQtIV
i1i
V = volume (m3)I = vazão afluente ao reservatório (m3/s)Q = vazão defluente do reservatório (m3/s)
Q inclui vazão que atende a demanda e vazão vertida
• Balanço Hídrico num reservatório
Simulação em planilha
![Page 51: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/51.jpg)
Q é considerado igual à demanda
• Equação de Balanço Hídrico do reservatório pode ser aplicada recursivamente
Simulação em planilha
QItVV i1i
conhecidos
![Page 52: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/52.jpg)
• Com a equação recursiva de balanço podem ocorrer duas situações extremas:
max1i VV
min1i VV
É necessário verter água
A demanda é excessivaou o volume é insuficiente
![Page 53: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/53.jpg)
1. Estime um valor de Vmax
2. Aplique a equação abaixo para cada mês do período de dados de vazão disponível (é desejável que a série tenha várias décadas). As perdas por evaporação (E) variam com o mês e podem ser estimadas por dados de tanque classe A. A demanda D pode variar com a época do ano. A vazão vertida Qt é diferente de zero apenas quando a equação indica que o volume máximo será superado.
ttttttt QEDISS
Dimensionamento de reservatório
![Page 54: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/54.jpg)
3.Em um mês qualquer, se St+t for menor que zero, a demanda Dt deve ser reduzida até que St+t seja igual a zero, e é computada uma falha de entendimento.4.Calcule a probabilidade de falha dividindo o número de meses com falha pelo número total de meses. Se esta probabilidade for considerada inaceitável, aumente o valor do volume máximo Vmax e reinicie o processo.
Dimensionamento de reservatório
![Page 55: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/55.jpg)
Um reservatório com volume útil de 500 hectômetros cúbicos (milhões de m3) pode garantir uma vazão regularizada de 55 m3.s-1, considerando a seqüência de vazões de entrada da tabela abaixo? Considere o reservatório inicialmente cheio, a evaporação nula e que cada mês tem 2,592 milhões de segundos.
mês Vazão (m3/s)
Jan 60
Fev 20
Mar 10
Abr 5
Mai 12
Jun 13
Jul 24
Ago 58
Set 90
Out 102
Nov 120
Dez 78
Exemplo
![Page 56: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/56.jpg)
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143
fev 20
mar 10
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
St+dt=St+It-Dt = 500 + 156 – 143 = 513
Supondo que não será necessário verter
![Page 57: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/57.jpg)
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143 513 13
fev 20 500
mar 10
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
St+dt=St+It-Dt = 500 + 156 – 143 = 513
Supondo que não será necessário verterVolume máximo excedido!É necessário verter 13 hm3
![Page 58: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/58.jpg)
mês Vazão (m3/s) Volume I (hm3) D (hm3) Volume Q (hm3)
jan 60 500 156 143 513 13
fev 20 500 52 143 409 0
mar 10 409
abr 5
mai 12
jun 13
jul 24
ago 58
set 90
out 102
nov 120
dez 78
St+dt=St+It-Dt = 500 + 52 – 143 = 409
Supondo que não será necessário verter
![Page 59: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/59.jpg)
No início do mês de agosto o volume calculado é negativo, o que rompe a restrição, portanto o reservatório não é capaz de regularizar a vazão de 55 m3.s-1
Mês S (hm3) I (hm3) D (hm3) Q (hm3)
Jan 500 156 143 13
Fev 500 52 143 0
Mar 409 26 143 0
Abr 293 13 143 0
Mai 163 31 143 0
Jul 52 34 143 0
Ago -57 62 143 0
![Page 60: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/60.jpg)
Vazões do rio Tainhas de 1970 a 1980
Exemplo: dimensionamento de reservatório com simulação em planilha
![Page 61: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/61.jpg)
Qual é a vazão que pode ser regularizada no rio Tainhas com um reservatório de 100 milhões de m3?
Exemplo: dimensionamento de reservatório com simulação em planilha
![Page 62: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/62.jpg)
![Page 63: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/63.jpg)
Vazões afluentes do rio Tainhas
QItVV i1i
![Page 64: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/64.jpg)
Vazão de antendimento da demanda
QItVV i1i
demanda(ou vazão
regularizada)
![Page 65: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/65.jpg)
Vazão vertida paraV < Vmax
QItVV i1i
![Page 66: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/66.jpg)
Vazão total de saída
QItVV i1i
![Page 67: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/67.jpg)
![Page 68: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/68.jpg)
Teste com Q = 20m3/s
![Page 69: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/69.jpg)
![Page 70: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/70.jpg)
usando o Solver do Excel
![Page 71: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/71.jpg)
Qual é a vazão que pode ser regularizada no rio Tainhas com um reservatório de 100 milhões de m3?
A máxima vazão regularizável é de 11,13 m3/s.
Resposta
![Page 72: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/72.jpg)
Qual é o volume necessário para regularizar a vazão de 15 m3/s?
![Page 73: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/73.jpg)
![Page 74: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/74.jpg)
Hidrogramas de entrada e saída
![Page 75: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/75.jpg)
Curvas de Permanência
natural
regularizado
![Page 76: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/76.jpg)
Curvas de Permanência
natural
regularizado
Q95 passa de ~3 para 15 m3/s
![Page 77: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/77.jpg)
![Page 78: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/78.jpg)
• Limite teórico:Q regularizada = I média
![Page 79: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/79.jpg)
Considerando um reservatório com vertedor livre, em que a vazão de saída é uma função do nível da água no reservatório, a equação abaixo pode ser aplicada recursivamente.
2
2
II
t
SS ttttttttt
Propagação de cheias em reservatórios
![Page 80: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/80.jpg)
Nesta equação, em cada intervalo de tempo são conhecidas as vazões de entrada no tempo t e em t+t; a vazão de saída no intervalo de tempo t; e o volume armazenado no intervalo t. Não são conhecidos os termos St+t e Qt+t , e ambos dependem do nível da água.
Como tanto St+t e Qt+t são funções não lineares de ht +t , a equação de balanço pode ser resolvida utilizando a técnica iterativa de Newton, ou ‘outro método numérico.
2
2
II
t
SS ttttttttt
Propagação de cheias em reservatórios
![Page 81: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/81.jpg)
Uma forma mais simples de calcular a propagação de vazão num reservatório é o método conhecido como Puls modificado. Neste método a equação acima é reescrita como:
tt
ttttttt Q
t
S2IIQ
t
S2
Método de Puls
![Page 82: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/82.jpg)
Uma tabela da relação entre Qt+t e 2.(St+t )/t pode ser gerada a partir da relação cota – área – volume do reservatório e através da relação entre a cota e a vazão, por exemplo para uma equação de vertedor.
tt
ttttttt Q
t
S2IIQ
t
S2
Método de Puls
![Page 83: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/83.jpg)
• Equação da continuidade
QIdt
dS
2
2
II
t
SS 1tt1ttt1t
t
S2QII
t
S2Q t
t1tt1t
1t
Variáveis conhecidasincógnitas
Método de Puls
![Page 84: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/84.jpg)
Relação volume x vazão
)t/S2Q(1fQ Q = f(S/ )
Q
S/ t
t
Q+ 2S/ t
![Page 85: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/85.jpg)
1. Estabeleça as condições iniciais So (volume inicial). Este valor depende do problema simulado e dos cenários previstos;
2. Calcule o valor G = I(t) + I(t+1) +2 S(t)/
3. Este valor é igual a 2S(t+1)/ + Q(t+1)
4. No gráfico é possível
determinar Q (t+1) e S(t+1)
5. Repete-se os itens 2 a 4 até o último intervalo de tempo.
t
t
)/2( tSQGQ
Metodologia
![Page 86: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/86.jpg)
Q(t+1)
S(t+1)/ t
Cálculo de Q e SQ=f(S/DT)
Q=G(Q+2s/DT)
Método de Puls
![Page 87: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/87.jpg)
Curva Q = f(S)
![Page 88: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/88.jpg)
Zg2A'CQ 2/3)ZwZ(CLQ
Estravazores
![Page 89: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/89.jpg)
Relação
z z
S Q
z1
z1
S1Q1
S
QQ1
S1
![Page 90: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/90.jpg)
Exemplo
• Determine a capacidade de um reservatório amortecer uma cheia, considerando que o volume inicial do reservatório deve garantir uma demanda de irrigação de 0,1 m3/s e 60 dias a demanda de abastecimento (0,2 m3/s). Considere também as seguintes relações:
![Page 91: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/91.jpg)
Exemplo
Cota Volume Vertedor D. Fundom 10^6 (m³) m³/s m³/s
319 0.01 0 0320 0.5 0 0321 0.8 0 2322 2 0 4323 2.5 5 13324 4 18 32325 7 32 60326 10 50 70
Tempo Vazão de entrada(12 hrs) (m³/s)
1 102 153 304 705 506 357 258 189 1010 10
![Page 92: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/92.jpg)
Calcule o hidrograma de saída de um reservatório com um vertedor de 25 m de comprimento de soleira, com a soleira na cota 120 m, considerando a seguinte tabela cota –volume para o reservatório e o hidrograma de entrada apresentado na tabela abaixo, e considerando que nível da água no reservatório está inicialmente na cota 120 m.
Exercício Pulz
![Page 93: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/93.jpg)
Tabela 8. 2: Relação cota volume do reservatório do exemplo.
Cota (m) Volume (104 m3)
115 1900
120 2000
121 2008
122 2038
123 2102
124 2208
125 2362
126 2569
127 2834
128 3163
129 3560
130 4029
Cota x Volume
![Page 94: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/94.jpg)
Tabela 8. 3: Hidrograma de entrada no reservatório.
Tempo (h) Vazão (m3.s-1)
0 0
1 350
2 720
3 940
4 1090
5 1060
6 930
7 750
8 580
9 470
10 380
11 310
12 270
13 220
14 200
15 180
16 150
17 120
18 100
19 80
20 70
![Page 95: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/95.jpg)
O primeiro passo da solução é criar uma tabela relacionando a vazão de saída com a cota. Considerando um vertedor livre, com coeficiente C = 1,5 e soleira na cota 120 m, a relação é dada pela tabela que segue:
H (m) Q (m3/s)
120 0.0
121 37.5
122 106.1
123 194.9
124 300.0
125 419.3
126 551.1
127 694.5
128 848.5
129 1012.5
130 1185.9
23
hLCQ
Solução
![Page 96: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/96.jpg)
Esta tabela pode ser combinada à tabela cota – volume, acrescentando uma coluna com o valor do termo 2.(St+t)/t , considerando o intervalo de tempo igual a 1 hora:
![Page 97: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/97.jpg)
No primeiro intervalo de tempo o nível da água no reservatório é de 120 m, e a vazão é zero. O volume acumulado (S) no reservatório é 2000.104m3. O valor 2.S-Q para o primeiro intervalo de tempo é 11111 m3.s-1. Para cada intervalo de tempo seguinte a vazão de saída pode ser calculada pelos seguintes passos:
a) Calcular It + It+∆t
b) com o resultado do passo (a) e com base no valor de 2.(St)/t + Qt para o intervalo anterior, calcular 2.(St+t)/t + Qt+t equação
tt
ttttttt Q
t
S.2IIQ
t
S.2
![Page 98: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/98.jpg)
c) obter o valor de Qt+t pela tabela B, a partir da interpolação com o valor conhecido de 2.(St+t)/t + Qt+t calculado no passo (b)
d) calcular o valor de 2.(St+t)/t + Qt+t a partir da equação abaixo e seguir para o próximo passo de tempo, repetindo os passos de (a) até (b)
)Q(2Qt
S.2Q
t
S.2tttt
tttt
tt
![Page 99: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/99.jpg)
Os resultados são apresentados na tabela abaixo:
![Page 100: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/100.jpg)
Gráfico – Propagação em reservatórios
![Page 101: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/101.jpg)
O exemplo mostra que o reservatório tende a suavizar o hidrograma, reduzindo a vazão de pico, embora sem alterar o volume total do hidrograma. É interessante observar que no caso do exemplo, em que o reservatório tem um vertedor livre, a vazão máxima de saída ocorre no momento em que a vazão de entrada e de saída são iguais.
O cálculo de propagação de vazões em reservatórios, como apresentado neste exemplo, pode ser utilizado para dimensionamento de reservatórios de controle de cheias, e para análise de operação de reservatórios em geral. Mediante algumas adaptações o método pode ser aplicado para reservatórios com vertedores controlados por comportas e para outras estruturas de saída.
![Page 102: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/102.jpg)
Calcule o hidrograma de saída de um
reservatório com um vertedor de 10 m de
comprimento de soleira, com a soleira na cota
120 m, considerando a seguinte tabela cota–
volume para o reservatório e o hidrograma de
entrada apresentado na tabela abaixo, e
considerando que nível da água no reservatório
está inicialmente na cota 120 m.
Exercícios Puls
![Page 103: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/103.jpg)
Cota (m) Volume (104 m3)
115 0
120 100
121 118
122 168
123 262
124 408
125 562
126 869
127 1234
128 2263
129 3000
130 4000
Cota x Volume
![Page 104: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/104.jpg)
Hidrograma de entrada no reservatório.
Tempo (h) Vazão (m3.s-1)
0 0
1 350
2 720
3 940
4 1090
5 1060
6 930
7 750
8 580
9 470
10 380
11 310
12 270
13 220
14 200
15 180
16 150
17 120
18 100
19 80
20 70
![Page 105: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/105.jpg)
• Qual deveria ser o comprimento do vertedor para que a vazão de saída não superasse 600 m3/s?
Exercício
![Page 106: Modelos de Reservatórios Carlos Ruberto Fragoso Jr. CTEC - UFAL Modelagem de Sistemas Hídricos](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012822/552fc0f9497959413d8b6a93/html5/thumbnails/106.jpg)
• Definir temas para os trabalhos
Trabalho da disciplina