monitoramento ambiental de substâncias cancerígenas · monitoramento ambiental. articulações...
TRANSCRIPT
SEMINÁRIO NACIONAL DE VIGILÂNCIA DO CÂNCER OCUPACIONAL E AMBIENTAL
Ministério da Saúde – INCACoordenação de Prevenção e Vigilância
Área de Vigilância do Câncer Ocupacional e Ambiental
Indicadores Biológicos de Exposição e de Efeito
Monitoramento ambiental de substâncias cancerígenas
Universidade do Estado do Rio de JaneiroInstituto de Biologia Roberto Alcantara GomesDepartamento de Biofísica e Biometria
Israel Felzenszwalb ([email protected])
O que causa câncer?
GENÉTICO
AMBIENTAL
CÂNCER
AMBIENTAL1964 – Radiações Ionizantes/Agentes Químicos – Mutation Research
Várias Sociedades Científicas Internacionais1977 – Comissão Internacional para Proteção
contra Mutágenos e Cancerígenos Ambientais (ICPEMC)
GENÉTICO
Composto Órgão Indústria
Amina Aromática Bexiga Corante/Borracha
Asbestos Pulmão Isolante
Benzeno Leucemia Combustível
Dioxina Vários Química
Sílica Pulmão Mineração
Cloreto de vinila Fígado Plástico
Pó de Madeira Nariz Madeira
Monitoramento da exposição (dose externa ambiental)
+ + amostras biológicas
Tecidos sítio alvo
Efeitos precoces
dose interna real(efetiva)
Exposição ambiental x organismo teste
DanosPatologias
Monitoramento da exposição
Pode ser feito de duas formas:
ambiental é uma avaliação direta, que qualifica e quantifica a exposiçãono ambiente (água - ar - solo)
biológico é uma avaliação indireta, que qualifica e quantifica a exposição de um indivíduo da população ou de uma amostra da população em amostras biológicas
Monitoramento da exposição
Biológico:
Dose interna, acúmulo ou depósitoque quantificam a substancia e/ou seus metabólitos no organismo
De efeito que avaliam os efeitos biológicos que se traduzem em alterações funcionais celulares capazes de evidenciar as alterações que se instalam no orgão-alvo, como alterações bioquímicas e celulares (adutos em macromoléculas, quebras de fita de DNA, troca entre cromátides irmãs)
Monitoramento biológico Para a sua realização é necessário:
o conhecimento do marcador que pode ser o agente tóxico ou seus metabólitos(amostras representativas do organismo dos indivíduos)
a identificação de alterações biológicas precoces decorrentes da exposição(ex: atividade enzimática, reprodução, genética [aberrações cromossômicas, micronúcleo, certas mutações], sinais clínicos e comportamentais, etc).
Biomarcadores
Estabelece a relação entre exposição e efeito tóxico – alterações pré-clínicas e agravos a saúde (hepatotoxicidade, neurotoxicidade)
Efeito
Relaciona a exposição ambiental a dose interna, relação dose-resposta
Exposição ou dose interna
Entendimento dos mecanismos relacionados a ação tóxica e o grau de resposta nos indivíduos
Suscetibilidade ou genético
APLICAÇÃOCLASSIFICAÇÃO
Biomarcadores
Nem sempre é possível:
- Determinar um efeito específico ocasionado por um xenobiótico
- Estabelecer uma relação clara entre causa-efeito(um ou mais agentes)
- Expressar correlações diretas lineares devido a presença de vários xenobióticos no ambiente.
ESTABELECIMENTO DE EFEITOS NA
SAÚDE EXPOSIÇÃO A UM XENOBIÓTICO
São avaliados os dados:
• campo - estudos epidemiológicos
• laboratoriais - testes com animais e estabelecimento de indicadores biológicos
Pesquisa de biomarcadores enzimáticos para contaminação ambiental
Testar os efeitos de contaminantes ambientais sobre as enzimas de animais tratados no laboratório
Avaliar alterações da atividade ou da concentração de enzimas em animais coletados no campo
Uerj – IBRAG – DBqJayme da Cunha Bastos
Isoenzimas de glutationa S-transferase (desintoxicadoras)
JORNAL DO BRASIL 12 de outubro de 2005
Rio Paraíba do Sul agonizaComissão de Meio Ambiente da Alerj quer moratória paraSalvar espécies de peixes
JORNAL DO BRASIL 19 de agosto de 1999Sinal de Alerta no Paraíba do Sul
Nosso Estudo:•Emissário Principal CSN - 5,6 µg de Benzo(a)pireno/L (560 vezes o máximo estabelecido pelo CONAMA)•Vargem Alegre 2 – 4,0 µg de Benzo(a)pireno/L (4 vezes o máximo estabelecido pelo CONAMA)•ETA Pinheiral – 1,6 µg de Benzo(a)pireno/L (160 vezes o máximo estabelecido pelo CONAMA)
Os resultados sugerem a possibilidade de uma relação causa/efeito entre os poluentes presentes nas amostras coletadas e o potencial de mutagenicidade/carcinogenicidade.
CASCUDO (CASCUDO (Hypostomus punctatus ValenciennesHypostomus punctatus Valenciennes, 1840), 1840)Ocorrência: América do Sul e PanamáOcorrência: América do Sul e PanamáTamanho: 20 Tamanho: 20 –– 27 cm (podem alcançar 40 cm)27 cm (podem alcançar 40 cm)
Pacu ou PacuPacu ou Pacu--caranhacaranha
Piaractus mesopotamicus Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887 Holmberg, 1887 Distribuição Geográfica: Distribuição Geográfica: Bacia do ParanBacia do Paranáá--Paraguai. Paraguai. EspEspéécie oncie oníívora, com tendvora, com tendêência a herbncia a herbíívora, importante economicamente. vora, importante economicamente. Podem alcanPodem alcanççar 40 cm (20 kg).ar 40 cm (20 kg).
PARATIPARATI Mugil curema ValenciennesMugil curema Valenciennes, 1836, 1836Ocorrência: Atlântico oeste (da Nova escócia até ao sul do BrasiOcorrência: Atlântico oeste (da Nova escócia até ao sul do Brasil), l), leste (do Senegal a Namíbia). Pacífico leste (do golfo da Califóleste (do Senegal a Namíbia). Pacífico leste (do golfo da Califórnia ao Chile). rnia ao Chile). Procedência: baía de Angra dos Reis e lagoa Rodrigo de Freitas. Procedência: baía de Angra dos Reis e lagoa Rodrigo de Freitas. Tamanho: 27 Tamanho: 27 –– 30 cm (podem atingir 90 cm e 600 g)30 cm (podem atingir 90 cm e 600 g)
Piavussu - Leporinus macrocephalus Garavello &
Britski, 1988
Ocorrência: bacia do rio Paraná.
Local de obtenção: Fazenda Morro Grande
(Cachoeiras de Macacu - RJ)
Tamanho: 18 - 21 cm (podem atingir 40 cm)
DOURADO (Salminus brasiliensis Cuvier, 1816)
Ocorrência: América do Sul - Bacia do Prata e Bacia do Rio São Francisco Tamanho: 20 - 37 cm (podem alcançar 1 m e 25 kg)
MATRINXÃ (Brycon cephalus Günther, 1869)
Ocorrência: América do Sul – Bacia Amazônica e Bacia Araguaia-TocantinsTamanho: 28 – 31 cm (podem alcançar 80 cm e 5 kg)
Danos no DNA e inibição de síntese de DNA → parada do ciclo celular ou apoptose. A iniciação destes depende da indução da proteína supressora de tumores p53
Expressão diferencial do oncogene p53 em ostras Mytilus spp. expostas a contaminantes ambientaisMauro F. Rebelo Unidade de Biologia Molecular AmbientalLab. Radioisótopos EPFIBCCF - UFRJ
Control 12 h 24 h 36 h 48 h 60 h 72 h
P53
/AC
T R
elat
ive
expr
essi
on
0
5
10
15
20
25
Mytilus spp hemocitos expostos a Cd
* 4.2 - vezes
* 16.7 - vezes
Control 12 h 24 h 36 h 48 h 60 h 72 h
P53
/AC
T R
elat
ive
expr
essi
on
0
1
2
3
4
5
BaP 1 µM
*- 5.5 -fold
*4-fold
*2-fold
BaP 1 µM BaP 10 µM
* 2-fold
* 3-fold
BaP 1 µM BaP 10 µM BaP 100 µM
*2.5-vezes
Mytilus spp hemocitos expostos a B[a]P
* 1.6-vezes
* - 5.5 -fold
•Genotoxic evaluation of the organophosphorous pesticide temephosCláudia Alessandra Fortes Aiub1, Elisângela Cristina Alves Coelho1,Eduardo Sodré1, Luis Felipe Ribeiro Pinto2 and Israel Felzenszwalb1
Genet. Mol. Res. 1 (2): 159-166 (2002)
Teste de Ames
Ensaios de curtaduraçãoEnsaios de curtaduração
•Determination of sediment mutagenicity and citotoxicity in an area subjected topetrochemical contaminationHRC Rocha, JÁ Vaz, VMF VargasMutagenesis 14: 445-441 (2004)
•Mutagenic activity of airborne particulate matter as an indicative measure of atmosphere polutionDucatti A and Vargas VMFMutation Research 540: 67-77 (2003)
•Mutagenic activity of sludge samples generated in dyeing textile plantsUmbuzeiro G et alRevista Brasieira de Toxicologia 17:29-36 (2004)
Ensaio cometa•Alkaline single-cell gel electrophoresis (comet) assayfor environmental monitoring with native rodents
Juliana Silva, Thales RO de Freitas, Jorge R Martinho, Gunter Speit and Bernardo ErdmannGenetic and Molecular Biology 23: 241-245 (2000)•The comet assay: a sensitive genotoxicity test for the detectionof DNA damageGunter Speit and Andreas HartmanMethods in Molecular Biology – Molecular ToxicologyProtocols 85-96 (2004)
•Micronucleus investigation of alcoholic patients with oral carcinomasAndréa Ramirez and Pedro Henrique SaldanhaGenet. Mol. Res. 1 (3): 246-260 (2002) •Occupational genotoxicity risk evaluation through the comet assay and the micronucleus testM.G. Martino-Roth1,2, J. Viégas2 and D.M. Roth3
Genet. Mol. Res. 2 (4): 410-417 (2003)
Ensaio do Micronúcleo
•Follow-up study o the genetic damage in lymphocytes of pharmacists andnurses handling antineoplastic drugs evaluated by cytokinesis-block micronuclei analysisand single cell gel electrophoresis assayMaluf SW and Erdtmann BMutation Research 471: 21-27 (2000)
•Genotoxicity evaluation through micronucleous in workers of car and battery repair garagesMartino-Roth MGMutation Research 25: 495-500 (2002)
•Avaliação da genotoxicidade ocupacional de trabalhadores em sapatarias naregião de Pelotas – RS – www.ufpel.edu.br/xiicic/relatórios/conteudo_CS.htmlBassan JS e Martino-Roth MG
EDUCAÇÃO
MONITORAMENTO AMBIENTAL
articulações interdisciplinares e transdisciplinares
relações saúde/ambiente
Sistemas de produção,
ambiente e saúde
Considera o agente tóxico, o organismo
não-alvo e o ambiente
Visa a otimização do
desenvolvimento sustentável e socialmente
ético
• Conservação do Meio Ambiente• Construção Social do Meio Ambiente• Monitoramento e Controle Ambiental• Mudanças Ambientais Globais
www.sbmcta.org.br