monografia

52
i Universidade São Judas Tadeu Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos Vicente Miranda Neto APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI EM PROJETOS DE TI: UM ESTUDO COMPARATIVO DO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO. São Paulo, SP, Brasil 2009

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APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI EM PROJETOS DE TI.UM ESTUDO COMPARATIVO DO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO.

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Page 1: Monografia

i

Universidade São Judas Tadeu

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos

Vicente Miranda Neto

APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI EM PROJETOS DE TI: UM ESTUDO

COMPARATIVO DO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO.

São Paulo, SP, Brasil

2009

Page 2: Monografia

ii

Vicente Miranda Neto

APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI EM PROJETOS DE TI: UM ESTUDO

COMPARATIVO DO MERCADO SEGURADOR BRASILEIRO.

Monografia apresentada ao Curso de

Pós - Graduação em Gerenciamento de Projetos da

Universidade São Judas Tadeu, como requisito

parcial, para a obtenção do Título de Pós –

Graduando

Área de Concentração:

Tecnologia e Ciências Exatas

Orientador:

Nelson J. Rosamilha, Pmp

São Paulo, SP, Brasil

2009

Page 3: Monografia

iii

AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL

DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU

ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE

CITADA A FONTE

E-mail para contato com o autor: [email protected]

FICHA CATALOGRÁFICA

Miranda Neto, Vicente

APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI EM PROJETOS DE

TI: UM ESTUDO COMPARATIVO DO MERCADO

SEGURADOR BRASILEIRO / V. Miranda Neto. -- São Paulo,

2009.

52 p.

Monografia (Pós - Graduação em Gerenciamento de

Projetos) - Universidade São Judas Tadeu.

1. Gerenciamento de Projetos I. Universidade São Judas

Tadeu.

Page 4: Monografia

iv

Agradecimentos

Primeiramente necessito agradecer a todos que colaboraram com o trabalho

apresentado.

Agradeço a Deus pela possibilidade de existir, pois sem esta possibilidade nada teria

início e tão pouco final.

Agradeço a minha esposa, Luciana, e minhas filhas, Mariana e Manuela,

respectivamente, pela compreensão da ausência em vários períodos e amor incondicional.

A minha mãe agradeço o exemplo de garra.

Aos amigos agradeço os momentos de descontração que são necessários para

complementar o intelectual.

Aos colegas do mercado segurador que participaram da pesquisa solicitada,

despendendo tempo para me auxiliar.

Ao professor André Ribeiro - Msc. PMP, pelas recomendações e aconselhamentos.

Finalmente agradeço ao meu orientador, Nelson Rosamilha, pelas diretrizes e

incentivos.

Page 5: Monografia

v

“Atrás da porta guardo os meus

sapatos. Na gaveta do armário coloco

minhas roupas. Na estante da sala

vejo muitos livros. E a geladeira

conserva o sabor das refeições. Minha

casa é meu reino.

Mas eu preciso de outros sapatos. De

outras roupas, outros temperos. Para

formar minhas idéias e meus

sentimentos.

Eu sou a soma de tudo que vejo....”

(Álvaro, Bruno, Miguel, Sheik, Coelho

– Biquíni Cavadão)

Page 6: Monografia

vi

RESUMO

O gerenciamento de projeto vem ganhando destaque dentro dos modelos de

administração e tem-se transformado num fator para prover velocidade, robustez, consistência

e excelência operacional na consecução de projetos.

Em ambientes de negócios, a busca incessante pela competitividade tem demandado

uma maior capacidade de lidar com as mudanças. Com o objetivo de atender a esta dinâmica,

as empresas buscam soluções de integração dos seus processos com uso intensivo de

tecnologia da informação, de modo a prover maior flexibilidade e agilidade nas suas

operações.

Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo a avaliação do nível de

APLICAÇÃO DAS PRÁTICAS PMI na elaboração de projetos de TI, pelo mercado

segurador brasileiro.

Tendo em vista os procedimentos metodológicos, a pesquisa classifica-se como quali-

quantitativa, descritiva, realizada através de um questionário e uma matriz, possibilitando a

identificação do perfil existente. Em vista das características de um levantamento qualitativo,

utilizou-se este método na busca de dados acerca das empresas objeto deste estudo, que por

sua vez auxiliaram na construção do arcabouço de informações.

Através da combinação dos métodos qualitativos e quantitativos, foi possível obter

dados que indicam o nível atual ocupado pelas empresas em estudo, bem como as habilidades

necessárias e o esforço dependido para intensificar a utilização das práticas PMI em

gerenciamento de projetos.

Palavras-Chave: PMI, gerenciamento, segurador.

Page 7: Monografia

vii

ABSTRACT

The projects management has gotten highlight into the administration models and has

been the factor to provide speed, robustness, consistency and operational excellence in the

achievement of projects.

In business-oriented environments, the incessant search for competitiveness has

demanded a higher ability to deal with changes. In order to follow such dynamics, companies

have been searching for solutions of integration of its processes with intensive use of

information technology, in a way of providing better flexibility and speed to its operations.

This research focused on this topic through the level of PMI BEST PRACTIES

APLICATION of IT project process improvement in Brazilian insurance market.

Describing the methodological procedures, the research is classified as quali-

quantitative, descriptive, carried through a questionar and matrix, improving the identification

of existent profile. This method was used to search information’s about the company object of

this study that had assisted the analysis of the quantitative information.

Through the combination of qualitative and quantitative methods, it was possible to

indicate the actual level of studied company, as well as the abilities necessary and the efforts

to intensify the PMI best practices in projects management.

Key Word: PMI, management, insurance.

Page 8: Monografia

viii

SUMÁRIO

Agradecimentos .............................................................................................................................. iv

RESUMO ....................................................................................................................................... vi

ABSTRACT .................................................................................................................................. vii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .......................................................................................................... ix

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 1

1.1. Justificativa ........................................................................................................................... 3

1.2. Objetivos ............................................................................................................................... 4

1.2.1. Geral .................................................................................................................................. 4

1.2.2. Específicos ......................................................................................................................... 4

1.3. Estruturação do trabalho ....................................................................................................... 4

2. FUNDAMENTOS EM GESTÃO DE PROJETOS. ................................................................... 6

2.2.1. O que é Projeto? ................................................................................................................ 8

2.2.2. O que é gerenciamento de projetos? .................................................................................. 9

2.2.3. Gerenciamento de projetos e seus desafios .................................................................... 12

2.2.3.1. Os StakeHolders ........................................................................................................... 13

2.3. O crescimento da gestão de projetos .................................................................................. 15

2.3.1. As mudanças são uma constante ..................................................................................... 15

2.3.2. Os projetos estão presentes na maioria das empresas ...................................................... 15

2.3.2.1. A Estrutura da Organização .......................................................................................... 16

2.3.3. Evoluções observadas nos últimos anos .......................................................................... 17

3. PESQUISA, RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 19

3.1. A pesquisa ........................................................................................................................... 19

3.3. O Gerenciamento de Projetos ............................................................................................. 21

3.4. O Gerente de Projetos ......................................................................................................... 22

3.5. Metodologia ........................................................................................................................ 25

4. GESTÃO DE PROJETOS – MELHORES PRÁTICAS ........................................................... 32

4.1. Fatores Críticos de Sucesso das áreas de conhecimento do PMI ....................................... 32

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 34

ANEXOS ....................................................................................................................................... 36

Perguntas e alternativas ............................................................................................................. 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 42

Page 9: Monografia

ix

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2.1 Distribuição dos grupos de processos ao longo do ciclo de vida padrão de

projetos.de projetos na velha e nova economia ............................................

10

Figura 2.2 Incerteza contra Tendência de Complexidade ............................................. 13

Figura 2.3 O Contexto de Análise das Partes Interessadas ........................................... 14

Figura 3.1 Caracterização das Organizações pesquisadas por Premio Emitido e

Quantidade de Funcionários .........................................................................

20

Figura 3.2 Caracterização das Organizações pesquisadas por Tipo de Controle da

organização ..................................................................................................

20

Figura 3.3 Estrutura organizacional das Organizações pesquisadas ............................. 21

Figura 3.4 Resistência a Gerenciamento de Projetos .................................................... 21

Figura 3.5 Perfis dos Gerentes de Projetos .................................................................... 22

Figura 3.6 Gerente de Projetos como Profissão reconhecida ........................................ 23

Figura 3.7 Quem exerce a atividade de Gerente de Projetos ......................................... 23

Figura 3.8 Quantidade de Gerente de Projetos nas organizações pesquisadas .............. 24

Figura 3.9 Responsabilidade do Gerente de Projetos .................................................... 24

Figura 3.10 Ambiente do Projeto .................................................................................... 25

Figura 3.11 Metodologia para Gerenciamento de Projetos ............................................. 26

Figura 3.12 Aderência às práticas PMI ........................................................................... 27

Figura 3.13 Atitude da organização em relação ao planejamento efetivo de Projetos..... 27

Figura 3.14 Benefícios com Gerência de Projetos .......................................................... 28

Figura 3.15 Percepção de benefícios com o Gerenciamento de Projetos ........................ 28

Figura 3.16 Métodos aplicados na Avaliação de Resultados .......................................... 29

Figura 3.17 Abrangência das Metodologias das organizações ........................................ 30

Figura 3.18 Ferramentas utilizadas nas Metodologias .................................................... 30

Figura 3.19 Decisões do Projeto ...................................................................................... 31

Page 10: Monografia

1

1. INTRODUÇÃO

A evolução dos princípios, das abordagens e das técnicas tem causado modificações

significativas na gestão dos negócios das empresas. De uma forma geral, para realizar

melhorias contínuas e radicais, torna-se necessário gerir, ao longo do tempo, um número de

projetos dos mais variados tipos. Esses projetos, por sua vez, tendem a utilizar um conjunto de

recursos escassos e compartilhados. É condição fundamental buscar na literatura um conjunto

de conceitos passíveis de serem utilizados na prática, a fim de viabilizar uma eficaz gestão de

projetos.

A algum tempo, a gestão de projetos era tida como um processo inovador, mas estava

muito longe de ser vista como essencial para a sobrevivência empresarial. Via-se na gestão de

projetos uma ameaça potencial a linhas tradicionais de autoridade.

Em meados da década de 1990, essa mentalidade começou a naufragar, em grande

parte, devido a duas recessões econômicas dos Estados Unidos. As empresas viram-se

submetidas a severas pressões econômicas e competitivas para criar produtos de qualidade em

prazos cada vez menores, e a importância do desenvolvimento de uma relação de confiança de

longo prazo com os clientes também passou a ser uma das prioridades.

Uma das principais tendências que favorece a gestão de projetos é o ritmo crescente

das mudanças. Dentro deste raciocínio, Peters (1994) ressalta que a economia está mudando, a

inovação é contagiosa e que, fazer a mesma coisa, do mesmo modo, é uma receita para

extinguir a economia corporativa. Razões para essa afirmativa são as explosões de novos

produtos a todo o momento e a Internet e tudo o que dela deriva, criando uma nova forma de

economia, denominada cibereconomia. Em um mundo em que os negócios lutam para

acompanhar a rapidez das mudanças, a gestão de projetos aumenta a sua importância, já que a

alta velocidade da mudança cria uma necessidade maior dos projetos, onde cada uma dessas

inovações é realizada por um ou mais projetos. Quanto maior a mudança, mais inovações e

mais projetos surgem.

A mudança não é mais vista como algo inteiramente ruim, hoje mudança significa

aperfeiçoamento contínuo. Conflitos não são mais vistos como prejuízo certo, pois se bem

resolvidos, podem gerar benefícios. A gestão de projetos, da mesma forma, não é mais vista

como um sistema de interesse do plano interno das organizações: trata-se agora de uma arma

competitiva, que representa níveis crescentes de qualidade, e agrega valor aos clientes.

Page 11: Monografia

2

Os projetos contemporâneos apresentam-se em muitas formas e tamanhos. Alguns são

de curta duração, empreendimentos baratos que duram apenas alguns dias e necessitam de

recursos mínimos. Projetos de médio ou longo prazo, por outro lado, podem representar

grandes recursos financeiros e materiais, altos níveis de habilidades técnicas e científicas e

estruturas de administração complexas. Todos, porém, apresentam as seguintes

características: são empreendimentos independentes, têm propósito e objetivos distintos, têm

duração limitada, possuem datas determinadas para início e conclusão e necessitam de

recursos, administração e estrutura administrativa própria (KEELLING, 2002).

Rabechini (2004) destaca que, nos dias atuais, de forma geral, todas as organizações

vivem de projetos, mesmo aquelas cujo produto final não seja gerado por um. Sabe-se que as

chamadas atividades inteligentes de projetos são responsáveis por 25% do PIB mundial, algo

em torno de US$ 10 trilhões, segundo o Project Management Institute – PMI. Ainda em

conformidade com o PMI, entidade americana com 40 anos de existência, voltada à

disseminação das práticas e certificadora em gerenciamento de projetos, estima-se que, ao

redor do mundo, mais de 16,5 milhões de trabalhadores estejam envolvidos com esta

atividade.

O que faz a diferença entre os primeiros 30 anos da gestão de projetos e os últimos

anos é a implantação da Gestão e Projetos. Desta forma, tornou-se estrategicamente

importante à maneira de aplicar na prática toda a teoria de gestão de projetos.

Para a administração desses projetos, na qualidade de empreendimentos internos e

externos das organizações modernas, são aplicados inúmeros conhecimentos, desenvolvidas

ferramentas, habilidades, e técnicas, em uma metodologia combinada, denominada, no mundo

moderno dos negócios, como gerenciamento de projetos.

No caso de Gerenciamento de Projetos, diversas pesquisas e estudos realizados nos

últimos anos têm demonstrado que maturidade e sucesso realmente caminham juntos.

Igualmente importante é o fato de que um maior amadurecimento em nesta área propicia

resultados mais previsíveis. Todos esses aspectos estão se tornando bastante difundidos

ultimamente, visto que as empresas estão cada vez mais conscientes, tanto da sua importância,

para concretizar suas estratégias, como de que existe um caminho de amadurecimento para se

atingir a excelência em gerenciamento de projetos.

Em uma pesquisa conduzida pelo Dr. William Ibbs, em 52 empresas de várias áreas e

tamanhos dos Estados Unidos (IBBS 2002), alguns resultados obtidos atentam para a

necessidade de se investir na assimilação da cultura do gerenciamento de projetos: dos

Page 12: Monografia

3

pesquisados, apenas 16% dos projetos saem no tempo e custo previstos; 94% dos projetos

terão ao menos um reinício; o estouro de orçamento chega a 188% do valor original; somente

61% dos projetos conseguem manter o escopo original. Nessa mesma pesquisa, avaliou-se o

desempenho dos projetos em relação ao cronograma e ao custo e fez-se um cruzamento dessas

informações com o nível de maturidade das empresas analisadas, frente ao gerenciamento de

projetos. Trazendo essa realidade para o cenário nacional, a acredita-se que esses números

sejam ainda piores, em virtude do menor tempo de prática das habilidades de gerenciamento

de projetos.

Por sua vez, as conclusões do estudo apontam para o fato de que, quanto maior o

investimento no processo de maturidade da empresa, melhor serão os desempenhos de

planejamento e execução, possibilitando um nível de previsibilidade muito mais adequado

para os projetos futuros.

O problema de pesquisa levanta as capacidades possuídas pelas empresas estudadas,

assumindo-se que um modelo de maturidade é uma forma de mensurar o estágio de uma

organização na habilidade de gerenciar seus projetos, além de ser uma maneira de se obter um

plano de crescimento. Após o conhecimento do nível de maturidade atual, é possível

estabelecer, também, de acordo com Prado (2005), um caminho para que se atinja um alto

índice de sucesso, altas produtividade e satisfação e baixo stress. Diante disso, postulou-se o

seguinte problema de pesquisa: Quais habilidades em gerenciamento de projetos as

seguradoras possuem?

1.1. Justificativa

De acordo com dados de pesquisa realizada por Keelling (2002) sobre os critérios de

avaliação crítica de projetos, dos resultados de uma amostra típica de 100 projetos, foram

obtidos os seguintes resultados: 37% fracassam, são abandonados ou apenas parcialmente

concluídos; 34% são concluídos, mas com objetivos modificados, qualidade reduzida, tempo

adicional e/ou custo excessivo e; apenas 29% são satisfatoriamente concluídos. Fica

demonstrado, que muitas vezes, uma boa idéia e até mesmo uma concepção que poderia gerar

resultados positivos à empresa, ao ser implementada, fracassa em função de um inadequado

processo de gestão do projeto.

É explicita a necessidade de aprofundamentos científicos acerca da temática de gestão

de projetos, que contribuam à busca pela redução dos altos índices de insucessos apresentados

acima. Neste sentido, no processo de gerenciamento de um projeto, ou seja, a sua execução,

Page 13: Monografia

4

quem está à frente do mesmo, normalmente o gerente do projeto (interno ou de uma

consultoria contratada), deve considerar na sua metodologia a gestão de nove áreas de

competência: integração; escopo; tempo; custo; qualidade; recursos humanos; comunicação;

riscos e; suprimentos

Portanto, acerca dos dados apresentados, o gerenciamento de projetos não pode ser

configurado apenas como um processo técnico, visto que se transformou em um processo de

negócios de importância crítica, ainda mais porque o êxito na nesta área tem exigido que os

gerentes de projetos e os membros da equipe, os quais desenvolvam uma visão mais ampla da

organização como um todo. Em face da aceleração do ritmo de mudança no ambiente

organizacional, os este tema tornou-se um importante instrumento de defesa e

desenvolvimento para as organizações e, muitas vezes, configuram ferramentas poderosas na

busca por vantagens competitivas. Dessa forma, o gerenciamento de projetos vem ganhando

destaque dentro dos modelos de administração e tem-se transformado num fator para prover

velocidade, robustez, consistência e excelência operacional na consecução de projetos.

1.2. Objetivos

1.2.1. Geral

Identificar as habilidades em gerenciamento de projetos que as maiores organizações

seguradoras brasileiras possuem, o grau de maturidade atual e o grau de maturidade almejado.

1.2.2. Específicos

• Identificar o nível de maturidade em gestão de projetos das organizações em estudo,

através da utilização de pesquisa e análise de resultados;

• Identificar quais as habilidades em gerenciamento de projetos são possuídas pelas

organizações em estudo.

• Identificar qual o conceito/entendimento que as organizações em estudo fazem a

respeito do Modelo PMI.

1.3. Estruturação do trabalho

Page 14: Monografia

5

Visando maximizar a compreensão e o acompanhamento do tema abordado, bem

como a concatenação de idéias e conceitos apresentados, o trabalho está estruturado com base

na seqüência lógica em que são dispostos seus 4 capítulos.

O primeiro capítulo é apresentado uma breve explanação acerca do cenário

empresarial, justificativa do presente estudo, sobre a problemática e objetivos que levaram a

investigação do assunto.

O segundo capítulo apresentara a base conceitual do trabalho, no qual modernos

conceitos são citados. São levantadas, inicialmente, questões relacionadas com o crescimento

da gestão de projetos. Na seqüência da estruturação da apresentação, abordam-se conceitos

acerca do ambiente, planejamento e maturidade em gerenciamento de projetos.

O terceiro capítulo divide-se em duas partes: a primeira refere-se à pesquisa

qualitativa, na qual se procurou caracterizar as organizações quanto ao seu histórico, cultura,

estrutura, estratégias e objetivos, modelo de gestão, para finalmente caracterizar a área de

gerenciamento de projetos das empresas em estudo. A segunda parte desenvolveu-se a

avaliação do nível de maturidade da organização em estudo.

No quarto capítulo são apresentados os fatores críticos de sucessos de acordo com as

áreas de conhecimento do PMI.

No quinto capítulo são apresentadas as considerações finais dos resultados obtidos.

Page 15: Monografia

6

2. FUNDAMENTOS EM GESTÃO DE PROJETOS.

2.1 Gerenciamento de Projetos, história

Projetos vêm sendo realizados desde os primórdios da civilização. A construção das

Pirâmides do Egito, depois de 2780 a.C. [Vicentino 1997], por exemplo, foi um grande

projeto. Projetos têm sido planejados e executados pelas organizações para criar novos

produtos/serviços e introduzir mudanças e inovações em seus processos. No entanto, para que

um projeto seja realizado de forma eficaz, é necessária a organização do trabalho demandado

[Martins 2003].

Voltando no tempo temos, na última metade do século XIX, um crescente aumento na

complexidade dos novos negócios em escala mundial surgindo assim os princípios da

gerência de projetos. A Revolução Industrial alterou profundamente a estrutura econômica do

mundo ocidental e teve como uma das suas principais conseqüências o desenvolvimento do

capitalismo industrial. As relações de produção foram drasticamente modificadas e iniciou-se

assim, uma cadeia de transformações, que tornou cada vez mais exigente a tarefa de gerir as

novas organizações econômicas [Sisk 1998].

Conseqüentemente, a partir daí surgiu uma grande necessidade de sistematizar e

orientar a forma de gerir estas organizações [Martins 2003]. Os projetos, em grande escala do

governo, eram o ímpeto para tomar as decisões importantes que se transformaram em

decisões de gerenciamento [Sisk 1998].

Nos EUA, a primeira grande organização a praticar tais conceitos foi a Central Pacific

Railroad, que começou suas atividades no início da década de 1870, com a construção da

estrada de ferro transcontinental. De repente, os líderes do negócio se depararam com a

perigosa tarefa de organizar as atividades de milhares de trabalhadores, a manufatura e a

montagem de quantidades não previstas de matéria-prima [Sisk 1998].

Frederick Taylor (1856-1915), no início do século XX, iniciou seus estudos de forma

detalhada sobre trabalho. Ele aplicou raciocínio científico para mostrar que o trabalho pode

ser analisado e melhorado focando em suas partes elementares. Ele aplicou sua teoria às

atividades encontradas na indústria de aço (por exemplo, carregar areia, levantar areia) [Sisk

1998].

Antes de Taylor, a única maneira de melhorar a produtividade era exigir dos

trabalhadores mais horas de dedicação ao trabalho. Taylor ocupa um lugar importante na

Page 16: Monografia

7

história da gerência de projetos e de acordo com a escritura em seu túmulo ele é "o pai do

gerenciamento científico" [Sisk 1998].

O sócio de Taylor, Henry Gantt (1861-1919), estudou detalhadamente a ordem de

operações no trabalho. Seus estudos de gerenciamento focaram na construção de um navio

durante a II Guerra Mundial. Gantt construiu diagramas com barras de tarefas e marcos, que

esboçam a seqüência e a duração de todas as tarefas em um processo [Sisk 1998].

Os diagramas de Gantt provaram ser uma ferramenta analítica tão poderosa para

gerentes que se mantiveram virtualmente inalterados por quase cem anos. Não foi realizada

alteração até antes dos anos 90, onde linhas de ligação foram adicionadas às barras de tarefa

que descrevem dependências mais precisas entre as tarefas. Taylor e Gantt, e outros

estudiosos ajudaram a desenvolver o processo de gerência como uma função distinta de

negócio que requer estudo e disciplina [Sisk 1998].

Nas décadas seguintes à II Guerra Mundial, as estratégias de marketing, a psicologia

industrial, e as relações humanas começaram a ser partes integrantes do gerenciamento do

negócio, da administração das empresas. Desta forma, a complexidade dos projetos demandou

novas estruturas organizacionais. Complexos Diagramas de Rede, chamados de Gráficos de

PERT (Program Evaluation and Review Technique) e o método de Caminho Crítico (Critical

Path Method - CPM) foram introduzidos, oferecendo aos gerentes maior controle sobre os

projetos. Rapidamente, essas técnicas foram difundidas entre gerentes que procuravam novas

estratégias e ferramentas de gerenciamento, que permitissem o desenvolvimento de projetos

em um mundo competitivo e de mudanças rápidas [Sisk 1998].

Em pouco tempo, essas técnicas espalharam-se para todos os tipos de indústria. Logo,

líderes de projeto procuraram novas estratégias e ferramentas para gerenciar seu crescimento

e o dinamismo das mudanças em um mundo competitivo. As teorias gerais do sistema da

ciência então começaram a serem aplicadas às interações do negócio [Sisk 1998].

Os negócios começaram a serem vistos como um organismo humano, com esqueleto,

sistema muscular, circulatório, nervoso e por aí em diante. Esta visão de organismo humano

implica que para um negócio sobreviver e prosperar todas as suas partes funcionais precisam

trabalhar juntas visando metas específicas, ou projetos [Sisk1998].

No início dos anos 60, o gerenciamento de projetos foi formalizado como ciência

[Prado 2000]. Os negócios e outras organizações começaram a enxergar o benefício do

trabalho organizado em torno dos projetos e a entender a necessidade crítica para comunicar e

integrar o trabalho através de múltiplos departamentos e profissões [Sisk 1998].

Page 17: Monografia

8

Em 1969, no auge dos projetos espaciais da NASA, um grupo de cinco profissionais e

gestão de projetos, da Philadelphia, Pensilvania, nos EUA, se reuniu para discutir as melhores

práticas e Jim Snyder fundou o Project Management Institute - PMI (EUA).

Nas décadas seguintes, o gerenciamento de projetos, começou a tomar sua forma

moderna. Enquanto vários modelos de negócio desenvolveram-se neste período, todos eles

compartilharam uma estrutura de suporte comum: projetos são liderados por um gerente de

projetos, que põe pessoas juntas em um time e assegura a integração e comunicação de fluxos

de trabalho através de diferentes departamentos [Sisk 1998].

2.2 Gerenciamento de Projetos, ciência

2.2.1. O que é Projeto?

O PMBOK (PMI, 2004) define projeto como um esforço temporário empreendido para

criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. É temporário porque todos os projetos

devem possuir um início e um final definidos, e necessariamente, devem gerar entregas

exclusivas, que podem ser produtos, serviços ou resultados.

Cleland (1999) define projeto como uma combinação de recursos organizacionais

focados na criação de algo que não existe previamente, e tem por objetivo prover o

aperfeiçoamento da capacidade de desempenho do planejamento e da realização das

estratégias organizacionais.

Para Vargas (2000), projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por

uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um

objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de

tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.

Segundo Lewis (2000), projeto é um trabalho único que possui início e fim claramente

definidos, um escopo de trabalho especificado, um orçamento e um nível de desempenho a ser

atingido. Para um trabalho ser considerado um projeto, esse precisa ter mais de uma tarefa

associada, ou seja, trabalhos constituídos de uma única tarefa não são considerados projetos e

sim operações.

Para Verzuh (2000), os projetos são desenvolvidos em todos os níveis da organização

podem ser definidos como o trabalho que acontece somente uma vez, possuindo começo e

fim, e diferindo, portanto, das operações permanentes da empresa, cujo final não está

definido.

Page 18: Monografia

9

Kerzner (2001) define projeto como uma série de atividades e tarefas que têm um

objetivo específico para ser completado dentro de especificações pré-definidas; têm um início

e fim definidos; consomem recursos humanos e não humanos, como pessoas, dinheiro,

equipamento; e são multifuncionais, pois atravessam diversas linhas funcionais da estrutura

organizacional.

Figueiredo e Figueiredo (2003), por sua vez, definem projeto como “um conjunto de

tarefas inter-relacionadas objetivando alcançar uma meta temporal predeterminada”,

apresentando-se como a ferramenta ideal para gerenciar os planos estratégicos das

organizações e envolvendo uma ou milhares de pessoas; uma ou várias unidades da

organização e, até mesmo, consórcios e parcerias.

2.2.2. O que é gerenciamento de projetos?

O Gerenciamento de Projetos surgiu como ciência no início da década de sessenta,

mas foi a partir da criação do PMI (Project Management Institute) em 1969, que a sua

disseminação ocorreu com maior intensidade. O PMI é uma associação sem fins lucrativos,

cujo principal objetivo é difundir a gestão de projetos no mundo, de forma a promover ética e

profissionalismo no exercício desta atividade. Em 1987, o PMI produziu a primeira versão do

PMBOK (Project Management Body of Knowledge), o qual fornece uma referência básica em

nível de conhecimentos e práticas do gerenciamento de projetos, constituindo-se em um

padrão mundial, aceito inclusive pela ANSI (American National Standart Institute). O

PMBOK, como o próprio nome diz, é um corpo, uma coleção, de conhecimentos sobre

gerenciamento de projetos, dividido em 44 processos agrupados em nove áreas de

conhecimento (escopo, prazo, custo, recursos humanos, comunicação, qualidade, contratação,

riscos e integração) e mapeados em cinco grupos de processo de gerenciamento de projeto

(iniciação, planejamento, execução, controle e finalização) que podem se sobrepor ou

interagir entre si conforme a fase do projeto.

Essa distribuição matricial entre áreas de conhecimento e grupos de processo de

gerenciamento ocorre porque as áreas de conhecimento agrupam os processos por disciplina e

os grupos de processo mapeiam os processos ao longo do ciclo de vida padrão de um projeto.

Pode-se dizer que as áreas de conhecimento são orientadas à natureza da informação enquanto

que os grupos de processo estão orientados ao tempo. A sua distribuição pode ser observada

na Figura 1.

Page 19: Monografia

10

Figura 2.1 – Distribuição dos grupos de processos ao longo do ciclo de vida padrão de projetos.

(fonte: PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2004).

O ciclo de vida de um projeto se presta para estipular o início e o fim de um projeto.

Se uma organização pode identificar uma oportunidade no escopo de sua linha de atuação,

quase que sempre esta ela solicitaria um estudo de viabilidade para decidir se deve

desenvolver ou não o projeto.

O ciclo de vida do projeto vai determinar se o estudo de viabilidade constituirá a

primeira fase do projeto ou se deve ser tratado como um projeto paralelo, muitas vezes

secundário.

A fixação do ciclo de vida de um projeto específico, também determinaria os

procedimentos de transição para do ambiente de design para o ambiente de operação, que

seriam incluídos ao final do projeto, diferenciando-os dos que não seriam considerados. Desta

forma, o ciclo de vida de um projeto pode ser usado para ligar o projeto aos processos

operacionais contínuos da organização executora.

Na definição do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), gerenciamento

de projetos é “a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para projetar atividades

que visem a atingir ou exceder as necessidades e expectativas das partes envolvidas

(stakeholders), com relação ao projeto”.

Para Vargas (2000) “o gerenciamento de projetos pode ser aplicado a qualquer

situação onde exista um empreendimento que foge ao que é fixo e rotineiro na empresa (ad

hoc)”.

Page 20: Monografia

11

Pode-se estimar de forma indutiva, que a evolução do gerenciamento de projeto no

tempo se subdivide em três períodos distintos:

a) O gerenciamento empírico ou artesanal, onde o gerente através de suas habilidades

inatas de gerenciamento, tal como as de seus auxiliares ou com base em procedimentos

existentes, muito mais como uma arte, que como uma técnica. Foi o caso dos feitores, dos

arquitetos e dos construtores de obras relevantes ou até faraônicas da idade média, a

realização dos grandes chefes de estado e até de exploradores evidenciados pela história.

Estende-se até aproximadamente o início da segunda guerra mundial, onde grandes

empreendimentos tiveram lugar na história moderna da humanidade;

b) O gerenciamento clássico ou tradicional, considerado a partir das décadas de 1940

ou 1950, com os empreendimentos, predominantemente de engenharia, principalmente

militar, em áreas de defesa, na aeronáutica, ou marinha. Foram projetos que nasceram mais

bem estruturados, planejados, os quais seus respectivos gerentes, administrando os recursos

humanos e materiais, empregaram simplesmente processos existentes ou até estabelecidos

especialmente para uso no projeto, objetivando um produto com um desempenho

especificado, limitados em custos previstos e em prazo pré-determinado. Em sua maioria, aqui

os projetos foram essencialmente técnicos, de engenharia, degrande complexidade e

caracterizados pelos altos custos, pelo montante dos riscos e pelo prazo relativamente longos.

Este período se prolongou mundialmente até o início dos anos 90, com a maciça pressão da

globalização;

c) O moderno gerenciamento de projetos, ou MGP, conforme Valeriano (2001), que

teve início na década de 1990, era da explosão do JIT em todo o mundo. Agregado a uma

grande faixa de aplicações, tal pratica gerencial perdeu o caráter eminentemente técnico, de

aplicações de engenharia e vem cada mais sendo utilizado em uma ampla gama de atividade

não continuadas, em todo o tipo de empresas, de âmbito gerencial completo. Ajustou-se às

solicitações e pressões de seu ambiente, devido ao atual rápido ciclo de vida dos produtos, à

velocidade da evolução tecnológica e à competição, em caráter global das atividades

empresariais.

Sintetizando a cronologia, a gestão de projetos tornou-se ciência a partir da década de

1960 e sempre foi visto como importante e estratégico. A partir dos anos 90, passou a ser

empregado por um grande número de empresas privadas e estatais. No início dos anos 2000,

percebeu-se um intenso movimento nas organizações para melhor utilização dos métodos e

técnicas de Gerenciamento de Projetos, unindo-o definitivamente ao planejamento estratégico.

Page 21: Monografia

12

A boa prática do gerenciamento de projetos produz resultados expressivos para a

sobrevivência e progresso das organizações. Dentre os resultados, os que merecem maior

destaque são: Redução no custo e prazo de desenvolvimento de novos produtos e Aumento da

chance de sucesso dos projetos.

A maioria das literaturas e na opinião de vários autores, o sucesso de um projeto

consiste em:

• Ser realizado dentro do prazo;

• Ser respeitado o orçamento;

• Ser realizado dentro das especificações, atingindo os resultados esperados e com

qualidade;

• Ter sido concluído com o mínimo de variação de escopo e com o menor impacto para

a organização.

2.2.3. Gerenciamento de projetos e seus desafios

O gerenciamento de projetos pode ser caracterizado por diversos aspectos.

Em relação ao aspecto tempo, o gerenciamento de projetos pode ser considerado como

uma corrida contra o calendário pré-fixado, de planejamento anterior. O cumprimento dos

prazos estabelecidos para o projeto pode depender a sobrevivência da empresa, em termos de

superação da concorrência, redução de custos, aumento de produtividade, etc.

Já no aspecto custos, o gerenciamento de projetos procura realizar todas as tarefas

dentro do que estava previsto no orçamento inicial, e garantir os retornos financeiros

esperados do projeto.

No que concerne ao aspecto qualidade, objetiva-se, no gerenciamento de projetos

garantir o atingimento das especificações pré-estabelecidas, em termos de desempenho do

produto. Muitas vezes os aspectos custos e tempo correm em sentido oposto ao aspecto

qualidade.

É, por meio do gerenciamento de projetos, que se deve procurar o equilíbrio desses

vetores, com a finalidade de se obter melhores resultados. Esse é somente um dos desafios

constantes do gerente do projeto.

O Gerenciamento de Projetos requer uma gama de conhecimentos bastante

diversificada e que inclui, tanto elementos da ciência, como da arte. Elementos da ciência,

porque utiliza cálculos matemáticos, gráficos, tabelas e outras ferramentas técnicas. Mas o

Page 22: Monografia

13

Gerenciamento de Projetos é também influenciado por fatores políticos, organizacionais e

humanos.

O gerenciamento de projetos pôde evoluir, principalmente levado pelas pressões cada

vez mais presentes no mundo moderno, à medida que o desenvolvimento das tecnologias

assim o forçava. O gerenciamento de projetos é a aplicação de diversos conhecimentos,

habilidades, e técnicas para projetar atividades que visem atingir ou exceder as necessidades e

expectativas das partes envolvidas.

Relatam, Shenhar & Wideman (2000), uma série de estudos conduzidos durante a

década de 90 baseado em mais de 120 projetos, com a conclusão de que com o aumento de

incerteza, se faria necessário um aumento da administração técnica e da mesma forma, um

aumento de complexidade se faria crescer a necessidade por ênfase em gerenciamento de

projetos, inclusive de maneira mais formal. Em ambos os incrementos, deveria haver maiores

níveis de gerencia da integração e de testes.

Figura 2.2 – Incerteza contra Tendência de Complexidade.

(fonte: Shenhar e Wideman - 2000).

2.2.3.1. Os StakeHolders

Talvez uma parte de maior sensibilidade em um projeto seja justamente a influência

que os stakeholders internos e externos podem vir a exercer no mesmo projeto.

Page 23: Monografia

14

A análise das partes interessadas é uma técnica utilizada para identificar e estimar a

importância de pessoas-chave, grupos, ou instituições que podem ter influência significativa

no sucesso de sua atividade do projeto.

São dois tipos de influenciadores que interferem na vida das organizações: os externos

e os internos. Os indivíduos que não são empregados da organização, mas, que usam as suas

bases de influência, para tentar afetar o comportamento da empresa, são os influenciadores

externos, que formam a coalizão externa. Os influenciadores internos são os empregados da

organização que possuem voz ativa, ou seja, são pessoas encarregadas de tomar decisões e

executar ações em base regular ou permanentes, formando a coalizão interna.

Figura 2.3 – O Contexto de Análise das Partes Interessadas

Fonte: Adaptado de Wideman (1990)

Em resumo, para se obter o tão desejado sucesso nos projetos é necessária uma gestão

adequada e essa gestão deve levar em consideração características que permeiam os projetos.

Page 24: Monografia

15

2.3. O crescimento da gestão de projetos

2.3.1. As mudanças são uma constante

Um número considerável de mudanças (culturais, tecnológicas, políticas, econômicas,

etc) vêem acontecendo a nossa volta a cada momento. Gerenciar projetos de forma eficiente

nessa era de grandes mudanças é um dos grandes desafios do executivo dos tempos modernos.

Segundo Stalk e Houl (1990), a déc.ada de 80 foi considerada a década da qualidade, e

a de 90 a década da responsividade (no sentido da resposta rápida ao mercado e no

atendimento aos clientes). Para Gates (1999), as empresas devem possuir um mecanismo de

resposta rápida às mudanças, semelhante à capacidade do corpo humano em reagir de maneira

automática aos estímulos do meio exterior. Porém, apenas responder de forma rápida a um

estímulo não atende mais a todas as necessidades; leva vantagem aqueles que conseguem

gerenciar melhor, as necessidades criadas pelas mudanças, aprender com os erros encontrados

e ser mais assertivo nos projetos futuros.

2.3.2. Os projetos estão presentes na maioria das empresas

Resumidamente, um projeto é um empreendimento temporário com o objetivo de criar

um serviço ou produto com características próprias que o diferenciam de outros que já tenham

sido produzidos.

Prado e Matos (2004) afirmam que existe uma forte ligação entre a origem dos

projetos e as metas capazes de atender a estratégia de negócio da organização. Cada projeto

está associado a uma meta, e para prover o gerenciamento destes projetos de forma a alinhá-

los ao atendimento das metas estratégicas.

Ao mesmo tempo em que a globalização torna os mercados mais competitivos, o

cliente moderno passa a ter mais opções e a ser mais exigente.

As empresas modernas estão permanentemente sob uma intensa pressão a buscar

melhores oportunidades e ofertas do mercado. Por esta razão, estas adaptam e ajustam

constantemente seus processos a fim de produzir seus produtos ou de poder estar preparadas a

prestar seus serviços segundo critério mais econômico e com máxima lucratividade.

Além disso, as condições econômicas globais buscam convergir os negócios na

direção de diversas atividades com objetivos de, no mínimo, reduzir custos. Muitas

Page 25: Monografia

16

organizações, as atentas, por pura sobrevivência, incluem de forma organizacional, outros

fatores de influência tais como o tempo, a qualidade, a flexibilidade e principalmente a

satisfação do cliente.

Dentre as medidas que podem ser tomadas para alcançar este objetivo, encontra-se a

prática de gerenciar projetos de uma forma mais profissional e planejada. É nesta necessidade

que o Gerenciamento de Projetos vem auxiliar.

2.3.2.1. A Estrutura da Organização

Em um tempo de grandes mudanças no ambiente de trabalho, muitas estruturas

organizacionais e suas respectivas práticas gerenciais, concebidas para um mundo de rotinas,

tornam-se rapidamente obsoletas.

Em um cenário que cada vez mais o gerenciamento de projetos tem lugar, a estrutura

organizacional será a base para obter vantagem competitiva no futuro. Para atingir estes

objetivos, as empresas devem constantemente otimizar a maneira com que praticam seu

negócio e se adaptar suas estruturas para suportar os processos envolvidos.

Como estruturas organizacionais encontramos:

• Estrutura funcional - é a estrutura organizacional mais clássica, e comumente

encontrada na maioria das empresas. Possui uma hierarquia onde cada funcionário tem um

superior bem definido. As organizações com estrutura funcional também têm projetos, mas o

escopo percebido do projeto está limitado às fronteiras da função.

• Estrutura por projetos - os integrantes de uma equipe de projeto respondem

diretamente para o gerente de projeto. Esta forma de estruturação traz alguns benefícios

relacionados ao controle de tempo, custos, ao fato de evitar conflitos de autoridade e de se ter

uma boa interface com os clientes. Muitas vezes, no entanto, o impacto do alto custo para se

manter esta estrutura acaba sendo maior do que os benefícios citados acima, dificultando a

utilização deste modelo. A maioria dos recursos da organização está envolvida em projetos e

os gerentes de projeto têm grande autoridade e independência.

• Estrutura matricial - os gerentes de linha de empresas de regime permanente

são responsáveis pelo cumprimento das atividades de rotina enquanto a execução de projetos

fica a cargo do gerente de projetos. Os gerentes de projeto e funcionais negociam entre si os

recursos, estes compostos pelas pessoas, pelo tempo, e pelos equipamentos, todos necessários

para conclusão dos projetos. Após o início do projeto a equipe fica sob a subordinação do

Page 26: Monografia

17

gerente de projeto até o seu término. Pode ainda ser dividida em fraca, balanceada e forte. Na

organização matricial fraca, não existe a figura do gerente de projeto. Já a matricial

balanceada, traz um gerente de projetos, que está subordinado a um gerente funcional.

Finalmente a organização sob a estrutura organizacional matricial forte traz um gerente de

gerente de projetos que está no mesmo nível dos gerentes funcionais, e tem como

subordinados vários gerentes de projetos que coordenam as atividades de algumas pessoas

ligadas aos gerentes de projetos.

2.3.3. Evoluções observadas nos últimos anos

Na atualidade várias empresas já estão se dando conta da importância de gerenciar os

seus projetos dentro das técnicas comprovadamente eficientes e, como conseqüência, as

mesmas tem obtido resultados bastante expressivos nesta área. Para melhor exemplificarmos

esta evolução, vamos considerar dois cenários revelados por uma pesquisa realizada pela

consultoria The Standish Group, publicada no relatório CHAOS[1]. Nesta pesquisa foram

analisados cerca de 30.000 projetos de aplicações de Tecnologia da Informação em grandes

empresas norte-americanas. O primeiro cenário mostra uma realidade de 1994, onde foram

observadas as seguintes conclusões:

• Somente 16% dos projetos foram entregues no tempo, custo e dentro das

especificações previstos;

• 31% dos projetos foram cancelados ou faliram antes de serem completados;

• Os projetos excedem cerca de 180% do seu orçamento original e 222% do seu prazo

inicialmente previsto.

O segundo cenário, resultante do relatório CHAOS de 2001, mostra a evolução do quadro

anteriormente mencionado, conforme as conclusões abaixo:

• O percentual de projetos entregues dentro do tempo, custo e especificações previstos

subiu para 28%;

• O percentual de projetos cancelados ou falidos antes de serem completados caiu para

23%;

• A extrapolação de orçamento caiu para 45% e a de prazo caiu para 63%;

Um terceiro cenário, do relatório CHAOS de 2002, indica que a falha em projetos

diminuiu em 15%, conforme as conclusões abaixo:

Page 27: Monografia

18

• O percentual de projetos entregues dentro do tempo, custo e especificações previstos

subiu para 34% - um incremento de 100% com relação a 1994;

• A extrapolação de orçamento caiu para 43% e a de prazo aumentou para 82%;

Page 28: Monografia

19

3. PESQUISA, RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1. A pesquisa

Com base no estudo de BenchMarketing em Gerenciamento de Projetos, edição 2006,

elaborado pelo PMI Brasil, foi selecionada uma parte de um conjunto detalhado de questões,

que sob análise, foram capazes de identificar a situação das 8 (oito) seguradoras participantes

da pesquisa e devido às diversificações posicionais dentro do mercado segurador, representam

com clareza e certeza, a maturidade do segmento de seguros em Gerenciamento de Projetos.

Inicialmente foram convidadas a participar do estudo 16 organizações seguradoras.

Destas, 8 (listadas) retornaram com as respostas das questões enviadas, através de seus

representantes (CIO, Gerentes, Coordenadores) de TI:

• Yashuda

• MetLife

• HDI Seguros

• Aurea Seguros

• Aliança do Brasil

• Coface

• Cosesp

• Mongeral

Vale lembrar, que as informações apresentadas são resultado da compilação e análise

de dados fornecidos pelas Organizações participantes, não tendo sido realizada, portanto,

nenhum tipo de auditoria em relação à veracidade ou adequação dos dados. Em contra partida

a qualidade das informações fornecidas, é garantida pelo nível de afinidade entre as pessoas

que responderam o questionário e o autor da monografia.

3.2. Caracterização das empresas

Até 2008, o mercado segurador brasileiro era composto por 134 seguradoras com

arrecadações superiores a R$ 66 bilhões de premio e um crescimento na ordem de 10% a.a.

As seguradoras participantes da pesquisadas representam R$ 4 bilhões de premio arrecadado

pelo mercado, 6% do total geral. Vale destacar que são, entre si, de portes distintos. Isto foi

Page 29: Monografia

20

estrategicamente executado para que houvesse condições de avaliar uma possível relação

entre a maturidade e o poder financeiro das empresas.

Figura 3.1 – Caracterização das Organizações pesquisadas por Premio Emitido e Quantidade de Funcionários.

De acordo com a o tipo de controle que é exercido pela administração das seguradoras

pesquisadas são predominantes empresas multinacionais.

Figura 3.2 – Caracterização das Organizações pesquisadas por Tipo de Controle da organização.

Abordando a estrutura organizacional das empresas, na sua maioria, os projetos

ocorrem em uma estrutura funcional/departamentalizada, uma das organizações indica

estrutura matricial fraca, uma das organizações indica matricial forte e uma indica estrutura

projetizada.

Page 30: Monografia

21

Figura 3.3 – Estrutura organizacional das Organizações pesquisadas.

3.3. O Gerenciamento de Projetos

Com relação ao contexto de Gerencia de Projetos, a maioria das organizações não

possui resistência (ou resistência irrelevante), algumas possuem resistências pontuais ou em

determinada área ou departamento e somente uma organização percebe resistência. A

indicação de não existir uma extrema resistência das organizações indica existir uma

conscientização de que boas práticas devem ser aplicadas.

Figura 3.4 – Resistência a Gerenciamento de Projetos

Quando comparamos potencial financeiro e a resistência, percebemos que as maiores

organizações são aquelas que possuem uma melhor cultura de Gerencia de Projetos.

Page 31: Monografia

22

A resistência existente a Gerencia de Projetos, quando existente, é em sua maioria

decorrente da Gerencia Funcional das empresas.

3.4. O Gerente de Projetos

Existem dois perfis para o Gerente de Projetos que são considerados pelas

seguradoras. O perfil Generalista, porem um pouco técnico e o perfil Técnico, porem um

pouco generalista.

Figura 3.5 – Perfis dos Gerentes de Projetos

Fica claro que não existe uma tendência clara

Um ponto interessante é com relação ao reconhecimento da profissão do Gerente de

Projetos pela organização. Mesmo as organizações reconhecendo o perfil do profissional de

gerenciamento de projetos, em 25% das empresas participantes da pesquisa a profissão do

Gerente de Projetos não é reconhecida como uma atividade formal, em outras 25% a profissão

é exercida de forma parcial (junto com outras demais atividades) e nos 50% restantes a

atividade é exercida de forma integral. Nas organizações com maior volume financeiro existe

um maior reconhecimento da profissão de Gerente de Projetos.

entre um perfil ou outro, de acordo com

o potencial financeiro. Mas é fácil perceber que o gerente de projetos necessita ter um

embasamento técnico e possuir experiência profissional que garanta o complemento da teoria

com a prática.

Nas empresas onde não há um reconhecimento formal da atividade de Gerenciamento

de Projetos, existe alguma resistência pontual em uma ou outra área à aplicação de

gerenciamento de projetos.

Page 32: Monografia

23

Uma das organizações que indica existir o reconhecimento e execução integral da

atividade profissional em uma estrutura matricial forte e ao mesmo tempo demonstra

resistência (algumas áreas da organização apresentam resistência) possivelmente necessita de

análise mais minuciosa.

Figura 3.6 – Gerente de Projetos como Profissão reconhecida.

Na condição de Gerente de Projetos, a atividade é exercida pelos próprios Gerentes de

Projetos ou pelos Coordenadores de Projetos ou pelos Gerentes Funcionais ou por alguns

membros das equipes das organizações. As empresas que reconhecem a atividade de

gerenciamento de projetos são aquelas onde existe a função de Gerentes de Projetos e

Coordenadores de Projetos, nas demais somente a função de Coordenadores de Projetos e

Gerentes Funcionais.

Figura 3.7 – Quem exerce a atividade de Gerente de Projetos.

A quantidade de profissionais exercendo a função de Gerente de Projetos parece estar

nitidamente ligada à quantidade de projetos que a organização se propõe a executar. Com

Page 33: Monografia

24

certeza de acordo com a estratégia empresarial o número de projetos, para suportar o

crescimento demanda os recursos de gerenciamento. Possivelmente com uma utilização mais

adequada de estrutura organizacional que favoreça o gerenciamento dos projetos, a

quantidade entre profissionais X projetos podem ser otimizadas nas organizações.

Figura 3.8 – Quantidade de Gerente de Projetos nas organizações pesquisadas.

Na questão dos Gerentes de Projetos assumirem responsabilidade sobre prazos

assumidos, erros e omissões, 50% das organizações indicam que os Gerentes assumem

integral responsabilidade sobre as questões e as outras 50% indicam que os Gerentes

assumem parcial responsabilidade sobre as questões. As que indicam responsabilidade parcial

são as organizações onde a profissão do Gerente não é reconhecida como uma atividade

formal e em sua maioria onde existe resistência a gerencia de projetos e a função de Gerente

de Projetos é exercida pelo Gerente Funcional.

Figura 3.9 – Responsabilidade do Gerente de Projetos.

Page 34: Monografia

25

A maioria das organizações entende que a garantia do ambiente de projetos

abrangendo confiança, responsabilidade e cooperação são funções do Gerente de Projeto.

Nenhuma das organizações isenta o Gerente de Projetos de alguma forma garantir o ambiente.

Figura 3.10 – Ambiente do Projeto.

3.5. Metodologia

Apenas uma das organizações indica não possuir metodologia para Gerencia de

Projetos, mesmo possuindo Gerentes de Projetos em sua equipe. As demais possuem ou

aplicam de alguma forma, metodologia para gerenciar seus projetos.

Analisando as eu possuem metodologia única, são em sua maioria onde o Gerente de

Projeto é o responsável integral de todas as questões relacionadas aos projetos e a função

profissional é reconhecida pela por toda a organização. Estas também são a que possuem

maior número de empregados e maior volume financeiro.

Page 35: Monografia

26

Figura 3.11 – Metodologia para Gerenciamento de Projetos.

Desenvolvimento de Sistemas são os projetos que mais se utilizam de metodologia de

Gerencia de Projetos, seguidos por Infra-Estrutura, Banco de Dados e Help-Desk.

O nível de utilização é maior/real nas organizações que indicam adotar uma

metodologia. As que indicam possuir metodologia para determinadas áreas, convergem com a

utilização parcial ou sazonal.

Quanto à aderência das metodologias utilizadas às práticas preconizadas pelo PMI,

40% das organizações informam aderência total ao PMI, sendo que 2/3

No ponto metodologia, apenas uma organização, índica não possuir e não utilizar,

metodologia formal para o Gerenciamento de Projetos e não possuir aderência ao PMI;

apesar de possuir Gerente de Projetos em sua equipe.

destas organizações

possuem uma metodologia única (possivelmente o próprio PMBOK).

Page 36: Monografia

27

Figura 3.12 – Aderência às práticas PMI.

A atitude da organização em relação ao Planejamento efetivo de Projetos e o Controle

efetivo de Projetos confirmam a aderência total as práticas do PMI.

Fica indicado também que pode não haver planejamento, mas controles sempre são

executados.

A não existência de um planejamento e controle de projetos, efetivos em todos os

projetos, na maioria das organizações, mesmo com a existência de metodologia

(própria/formal, integral/parcial), pode ser encarada como uma fase de adaptação das

organizações. A possibilidade das organizações iniciarem um planejamento de seus projetos,

aliados a um controle de projetos já existente, facilitará e aprimorará as gestões.

Figura 3.13 – Atitude da organização em relação ao planejamento efetivo de Projetos.

Page 37: Monografia

28

Dentro os maiores benefícios que as organizações entendem obter com a Gerência de

Projetos são a Redução nos Custos Relacionados a Projetos, o Aumento da Satisfação do

Cliente (interno/externo) e a Melhoria de Qualidade nos Resultados dos Projetos. Já as demais

variáveis encontram-se como médio e pequeno retorno (Melhor Retorno sobre o Investimento

(ROI), Redução nos Prazos de Entrega, Aumento de Produtividade, Otimização na Utilização

de Recursos Humanos, Maior Integração entre as Áreas, Minimizar os Riscos em Projetos,

Disponibilidade de Informação para a Tomada de Decisão, Maior comprometimento com

Objetivos e Resultados)

Figura 3.14 – Benefícios com Gerência de Projetos.

Entre as organizações que possuem melhor cultura de planejamento e controle, a

percepção dos benefícios não é um consenso.

Figura 3.15 – Percepção de benefícios com o Gerenciamento de Projetos.

Page 38: Monografia

29

Dos métodos aplicados pelas organizações, para avaliação de resultados dos projetos,

não se apresentou, dentro os métodos reconhecidos pelas academias, consenso de utilização.

A forma tradicional de reconhecimento através da Satisfação do Cliente é ainda uma forma

sempre utilizada.

Falta de cultura de controle e medição ou grau de maturidade, pode indicar a utilização

de método tradicional sem alinhamento com métodos mais matemático-estatísticos. A não

avaliação dos resultados de projetos é ainda mais preocupante, pois transparece uma falha na

metodologia aplicada.

Entre as organizações que possuem melhor cultura de planejamento e controle a forma

tradicional também é muito aplicada. Payback é a única ferramenta não utilizada.

Figura 3.16 – Métodos aplicados na Avaliação de Resultados.

A metodologia existente em cada uma das organizações abrange de uma forma ou de

outra as 9 áreas de conhecimento do PMBOK. Prazo e Escopo são abordados em todas as

organizações.

Nas organizações que possuem melhor cultura de planejamento e controle, a Gestão de

Integração e Gestão de RH não são consideradas em sua maioria.

O fato prático da pouca utilização da Gestão de RH ajuda a explicar os problemas

existentes em muitos projetos, identificado através da falta de existência de um “time”.

Também explicam de certa forma, as ocorrências de alocação indevida perfil/projeto dentre

outros problemas.

Page 39: Monografia

30

Um fraco gerenciamento de mudanças encontra-se diretamente relacionado a não

consideração da Gestão de Integração. A falta de consideração de todas as áreas de

conhecimento nos projetos executadas e nas metodologias aplicadas, explica a baixa Gestão

de Integração – condição de existência da mesma.

Figura 3.17 – Abrangência das Metodologias das organizações.

Dentre as ferramentas (Procedimento para avaliação do retorno/benefícios do projeto,

Modelos de formalização de contratos com terceiros, Procedimento para a avaliação formal da

satisfação do cliente, Diagrama de Rede de atividades, com suas respectivas dependências,

Auditoria de qualidade, Lições aprendidas discutidas e registradas, Procedimentos para

solicitação e controle de mudanças, Matriz de riscos com os devidos tratamentos, Relatórios

formais de desempenho, Plano de comunicação, Controle de mudanças, Procedimentos

formais de aceitação das entregas do projeto, Procedimento para documentação formal do

projeto, Estudo de viabilidade técnica, Matriz de responsabilidades, com a definição do papel

de cada recurso, Estudo de viabilidade financeira, Orçamento, Cronograma, Lista de

Atividades do projeto, WBS ou Estrutura Analítica do Projeto, Especificação das entregas do

projeto, Project Charter ou Documento de Abertura do Projeto e Declaração de Escopo do

Projeto) utilizadas pelas organizações Orçamento, Cronograma e Lista de Atividades são as

mais consideras. Auditoria de Qualidade não é apontada por nenhuma das organizações como

ferramenta de uso.

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31

Figura 3.18 – Ferramentas utilizadas nas Metodologias.

Na maioria das organizações, indicação, que as decisões dentro e fora dos projetos, são

sempre transparentes.

Figura 3.19 – Decisões do Projeto.

Page 41: Monografia

32

4. GESTÃO DE PROJETOS – MELHORES PRÁTICAS

Grandes corporações, na opinião de Valeriano (2001) e Terra (1999), despertam

lentamente para que as aplicações organizacionais do gerenciamento de projetos possam ser

percebidas como novidade vantajosa. O gerenciamento de projetos deverá se tornar parte da

cultura da empresa. Esta será reforçada por um suporte institucionalizado em termos de

estruturas organizacionais integradas: com profissionais treinados. A corporação, de acordo

com a visão de Kerzner (2001) e de Lewis (2000), perceberá tais vantagens como uma

ferramenta adicional, ao invés das técnicas e métodos tradicionalmente conhecidos.

A efetiva utilização das técnicas e dos métodos para o gerenciamento de projetos,

aliados a estas novas tecnologias que afloram a cada dia, nesse novo conceito organizacional,

caracteriza-se como um diferencial competitivo para a organização, e aumenta a agilidade nos

processos de mudança e fortalece, conseqüentemente, a sua posição no mercado.

4.1. Fatores Críticos de Sucesso das áreas de conhecimento do PMI

Fator crítico de sucesso em um projeto é completar projetos corretamente, na hora

certa, no orçamento previsto e na qualidade certa. Várias habilidades chave foram

identificadas pelo PMI, características estas, dos gerentes de projeto considerados de grande

competência.

As habilidades referentes aos fatores críticos de sucesso nas áreas de conhecimento de

gerenciamento de projetos seriam:

a) No Gerenciamento de Integração - capacidade de integrar as pessoas e as atividades

do projeto, seria o desenvolvimento do plano de projeto e execução, a integração de todos os

componentes do projeto (interdependência correta), os ajustes durante o projeto;

b) No Gerenciamento de Escopo - capacidade de especificar corretamente todos os

objetivos do projeto, seria a administração das exigências e as expectativas do projeto e a

garantia que possam ser produzidas entregas na hora certa e no orçamento certo;

c) No Gerenciamento do Tempo - para se atingir a habilidade de utilizar e controlar

corretamente o tempo previsto pelo projeto, seria a definição, o seqüenciamento e o cálculo

das atividades. O monitoramento e a liderança das conclusões das atividades. E, finalmente a

implementação de ajustes para assegurar que o projeto seja entregue dentro do prazo;

Page 42: Monografia

33

d) No Gerenciamento dos Custos - capacidade de utilizar e controlar corretamente os

custos previstos pelo projeto, seria o planejamento de recursos, cálculo, orçamento e controle

dos custos. A garantia que o projeto seja completado dentro de orçamento;

e) No Gerenciamento da Qualidade - habilidade de atingir corretamente as

especificações previstas pelo projeto, seria o planejamento da qualidade, a garantia da

qualidade e o controle da qualidade. A garantia da conclusão correta de acordo com

exigências, minimização do retrabalho e falhas nos sistemas;

f) Para o Gerenciamento dos Recursos Humanos - capacidade de utilizar corretamente

os recursos humanos previstos pelo projeto, seria o suprimento, o desenvolvimento, a

motivação e a retenção do know-how por completar projetos de acordo com cronograma e

orçamento, o desenvolvimento de equipes, o desenvolvimento de estratégias de recrutamento

e a seleção para maximizar a produtividade e o moral alto;

g) No Gerenciamento das Comunicações - a capacidade de utilizar de forma mais

efetiva os processos de comunicação no projeto, seria a garantia de informação facilmente

compartilhada e no tempo certo dentro para os times de projeto, gestão e clientes, a

organização das estruturas de comunicação, a identificação da conexão e coordenação das

partes, e o descobrimento dos problemas mais cedo enquanto ainda são pequenos;

h) No Gerenciamento de Riscos - a capacidade de antever, controlar e reduzir os riscos

previstos pelo projeto, seria a identificação e quantificação contínuas dos riscos de projeto, a

solução, redução, mitigação ou transferência dos fatores de risco, e o monitoramento contínuo

para ajustar atividades de projeto;

i) No Gerenciamento de Aquisições - a habilidade poder utilizar e controlar

corretamente as aquisições previstas pelo projeto, seria o gerenciamento das aquisições de

recursos (hardware, software, mão de obra, etc), a inclusão do planejamento de contrato,

orçamentos, especificação, requerimentos, avaliações, negociações, administração, e, o

gerenciamento das subcontratantes, e dos vendedores.

É necessário para um gerente de projeto as competências de relações interpessoais e a

habilidade para negociação.

Page 43: Monografia

34

5. CONCLUSÃO

Dentre as técnicas de gerenciamento indicadas pelo PMI encontram-se sendo aplicadas

nas organizações, desde as práticas/ferramentas mais conhecidas (cronograma e orçamento)

até as consideradas mais inovadoras (tais como análise de riscos e gerenciamento de

comunicação) sendo estas ultimas com menor aplicabilidade.

Devido à constante disputa de mercados, torna-se necessário ter agilidade e assumir

riscos porem de forma calculada e planejada. Para isso, é necessária a gestão completa dos

projetos. Infelizmente esta não é, ainda, uma prática comum na sua totalidade. Como

conseqüência, muitos projetos não são devidamente planejados, fazendo com que os gerentes

permaneçam gerenciando por “improvisos” ou com uma metodologia incompleta.

A não adoção de uma metodologia eficiente pode constituir um grande problema,

dependendo da complexidade do projeto.

Ficou evidenciado que as organizações com melhor nível de maturidade são as que

possuem maior volume financeiro. Uma triste realidade, pois encontra-se evidenciado na

literatura e nas pesquisas existentes, que a utilização das boas práticas de gestão de projeto

através de técnicas mais profissionais e com planejamento, possibilita o retorno de produtos

com maior qualidade e a preços mais competitivos.

Desempenhar uma profissão requer do profissional conhecimento especial e uma

preparação longa e intensiva [Michaellis 1998] oferecida, geralmente, por formação

acadêmica em cursos de graduação e pós-graduação. Desenvolver habilidades e alcançar o

nível de profissionalismo compatível com a função de gerente de projetos necessita de

aprendizado de conceitos básicos, técnicas e ferramentas de gerenciamento bem como sua

prática.

Os Gerentes de Projetos com destaque normalmente possuem uma certificação padrão

(PMP, CITPM, etc). Com a Certificação para Gerente de Projetos, objetiva-se diminuir a

variabilidade entre os padrões de qualidade de gestão e de aplicação das áreas de

conhecimento do PMI, entre os gerentes de projeto. Com isto define-se um aumento da

credibilidade interior e exterior, a produtividade é mais alta e com mais qualidade, as

habilidades são confirmadas, a educação continuada e o processo de recertificação usado para

aferir a competência.

As organizações, para colherem os benefícios esperados, devem ter a conscientização

em adotar o gerenciamento de projetos não somente como uma profissão, mas como uma

Page 44: Monografia

35

metodologia na qual os seus gerentes devam ser devidamente treinados, de forma a agregar

valor às experiências individuais de cada um deles. O gerenciamento de projetos deve ser

feito de forma profissional e conduzido por pessoal qualificado. Desta forma, a cultura de

projetos nas organizações deve ser criada, a sua implantação deve ser realizada de forma

sistemática e os seus princípios colocados em prática da maneira mais adequada às

necessidades das organizações.

A visão do moderno gerenciamento um projetos, como uma oportunidade para a

empresa, ainda necessita ser mais percebido pelas organizações.

Page 45: Monografia

36

ANEXOS Perguntas e alternativas

Qual o Tipo de Controle da

Seguradora?

Uma organização privada com controle brasileiro

Uma organização privada com controle estrangeiro

Uma organização pública

Uma organização de economia mista

Qual a Emissão de Premio Anual?

Abaixo de R$ 5 milhões

Entre R$ 5 milhões e R$ 50 milhões

Entre R$ 50 milhões e 100 milhões

Acima de R$ 100 milhões

Qual a quantidade de funcionários?

Abaixo de 100 funcionários

Entre 100 e 500 funcionários

Entre 500 e 1.000 funcionários

Acima de 1.000

Qual o nível de resistência da

Organização em Relação à Gerência

de Projeto?

Extremamente resistente (a maioria das áreas da

organização apresenta resistência)

Resistente (algumas áreas da organização

apresentam resistência)

Pouco resistente (existem apenas resistências

pontuais em uma ou outra área)

Nenhuma resistência (a organização não apresenta

nenhum tipo de resistência relevante)

Qual função na Organização é mais

resistente em Relação à Gerência de

Projetos?

Equipe e Staff

Gerentes de Projeto

Gerentes Funcionais

Alta administração

Como deve ser o Gerente de Projeto?

Perfil absolutamente generalista

Perfil generalista, porem um pouco técnico

Perfil técnico, porem um pouco generalista

Perfil absolutamente técnico

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37

Qual a atitude da Organização em

Relação ao Planejamento Efetivo de

Projetos?

Sempre planejamos

Na maioria das vezes planejamos

Quase nunca planejamos

Nunca planejamos

Qual a atitude da Organização em

Relação ao Controle Efetivo de

Projetos?

Sempre controlamos

Na maioria das vezes controlamos

Quase nunca controlamos

Nunca controlamos

Como a Profissão Gerente de Projetos

é Reconhecida na Organização?

Não é reconhecida como uma atividade formal

Uma atividade desenvolvida em tempo parcial,

porém formalmente designada

Uma profissão, exercida em tempo integral e

reconhecida por todos na organização

Quem Gerencia os Projetos na

Organização?

Gerentes de Projetos

Coordenadores de Projetos

Gerentes Funcionais

Membros de Equipe

Alta Administração

Qual tipo de Estrutura Organizacional

é encontrada na Organização?

Uma estrutura funcional ou departamentalizada

Uma estrutura matricial fraca

Uma estrutura matricial forte

Uma estrutura organizacional projetizada

Qual a quantidades de pessoas que

exercem a função de Gerente de

Projetos?

Mais que 50

Entre 10 e 50

Entre 5 e 10

Menos que5

Nenhum

Metodologias de Gerenciamento de A organização não possui metodologia formal. O

Page 47: Monografia

38

Projetos

gerenciamento de projetos é feito informalmente.

A organização possui metodologias, desenvolvidas

em algumas áreas específicas. Nem todas as áreas

utilizam a mesma metodologia.

A organização possui uma metodologia única para

o gerenciamento de seus projetos, a qual pode ser

adaptada em função das características do projeto.

Qual o nível de Aderência das

Metodologias utilizadas às Práticas

Preconizadas pelo PMI?

Aderência Total

Aderência Parcial

Nenhuma aderência

Qual o nível de Utilização das

Metodologias de Gerenciamento de

Projetos?

A metodologia é utilizada de fato

A metodologia é utilizada na maioria das vezes

A metodologia é utilizada apenas em alguns poucos

casos

A metodologia não é utilizada de fato

Não possuímos metodologia

Qual o método para Tratamento dos

Riscos dos Projetos que a

Organização utiliza?

Baseado em uma metodologia formal, estruturada

por políticas, procedimentos e formulários.

Realizado informalmente, conforme o interesse ou

necessidade do responsável pelo projeto

Não tratamos riscos em projetos na nossa

organização

Os Gerentes de Projetos assumem

responsabilidade sobre prazos

assumidos, erros e omissões?

Integralmente

Parcialmente

As equipes são auditadas com relação

ao comportamento que possuem no

relacionamento pessoal e direito de

propriedade.

Sempre

Quase sempre

Algumas vezes

Quais os benefícios a organização Melhor retorno sobre o investimento (ROI)

Page 48: Monografia

39

entende obter com a Gerência de

Projetos?

Redução nos custos relacionados a projetos

Redução nos prazos de entrega

Aumento de produtividade

Otimização na utilização de recursos humanos

Aumento da satisfação do cliente (interno/externo)

Maior integração entre as áreas

Minimizar os riscos em projetos

Disponibilidade de informação para a tomada de

decisão

Melhoria de qualidade nos resultados dos projetos

Maior comprometimento com objetivos e resultados

Quais dos métodos são aplicados pela

Organização para Avaliar os

Resultados dos Projetos?

ROI

VPL

Payback

Satisfação do Cliente

EVA

Nenhum

Outros

Quais aspectos são abordados pela

Metodologia utilizada pela

Organização?

Não possuímos metodologia

Aquisições

Integração

Recursos Humanos

Qualidade

Comunicação

Riscos

Custo

Escopo

Prazo

Quais ferramentas são utilizados na

Metodologia aplicada pela

Organização?

Procedimento para avaliação do retorno/benefícios

do projeto

Modelos de formalização de contratos com terceiros

Page 49: Monografia

40

Procedimento para a avaliação formal da satisfação

do cliente

Diagrama de Rede de atividades, com suas

respectivas dependências

Auditoria de qualidade

Lições aprendidas discutidas e registradas

Procedimentos para solicitação e controle de

mudanças

Matriz de riscos com os devidos tratamentos

Relatórios formais de desempenho

Plano de comunicação

Controle de mudanças

Procedimentos formais de aceitação das entregas do

projeto

Procedimento para documentação formal do projeto

Estudo de viabilidade técnica

Matriz de responsabilidades, com a definição do

papel de cada recurso

Estudo de viabilidade financeira

Orçamento

Cronograma

Lista de Atividades do projeto

WBS ou Estrutura Analítica do Projeto

Especificação das entregas do projeto

Project Charter ou Documento de Abertura do

Projeto

Declaração de Escopo do Projeto

Para criar um ambiente de projeto

que abranja confiança,

responsabilidade e cooperação, a

organização?

Efetua treinamento constante para garantir a

homogeneidade e alinhamento

Encarrega o GP de elaborar, assegurar e disseminar

o melhor ambiente

Não entende que isto seja função do GP

Page 50: Monografia

41

Utiliza outra forma de garantir ambiente de projeto

As decisões dentro e fora do projeto?

São sempre imparciais

São quase sempre imparciais

São sempre transparentes

São tendenciosas quando envolvendo StakeHolders

Page 51: Monografia

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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panorama da indústria de Tecnologia da Informação na atualidade. Disponível em:

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Campus, 2002.

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(Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

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da Computação) - Universidade Federal de Pernambuco