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  • PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRAS

    FRANCISCO CARLOS PEDRO

    LAVRAS

    MINAS GERAIS BRASIL

    2010

  • 2

    FRANCISCO CARLOS PEDRO

    PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRAS

    Monografia apresentada ao Departamento de

    Agricultura da Universidade Federal de Lavras,

    como parte das exigncias do curso de Ps-

    Graduao Lato Sensu em MBA COFFEE

    BUSINESS, para a obteno do ttulo de

    especializao.

    APROVADA em 22 de fevereiro de 2011.

    Pesq.Myriane Stella Scalco

    Prof. Virglio Anastcio da Silva

    Professor orientador Prof. Dr. Rubens Jos

    Guimares

    UFLA

    LAVRAS

    MINAS GERAIS BRASIL

    2010

  • 3

    DEDICO

    A todas as pessoas que contriburam de alguma forma para que pudesse

    concluir este trabalho.

    E em especial para algumas pessoas que j me acompanham h muito

    tempo ; So elas: minha me, Maria Aparecida; meu pai, Antonio Pedro;

    minha esposa, Cidinha; nossos filhos biolgicos, Masa, Bruna e Breno;

    e a nossa filhinha do corao, Rayssa.

    .

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    A Deus, por permitir mais uma beno.

    A Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural de Minas Gerais pela

    a oportunidade de realizar mais este curso.

    Universidade Federal de Lavras (UFLA), em especial ao Departamento

    de Agricultura, pela oportunidade de cursar a ps-graduao.

    Ao Prof. Dr. Rubens Jose Guimares, pela pacincia, pela ateno,

    ensinamentos e amizade.

    A todos os colegas de trabalho da Empresa de Assistncia Tcnica e

    Extenso Rural do Estado de Minas Gerais, em especial aos colegas da Unidade

    Regional Lavras, pelo apoio em mais uma conquista pessoal e profissional.

    Aos funcionrios do Departamento de Agricultura e da FAEPE, pela

    ateno, apoio, disponibilidade e presteza.

    A Cidinha, meu especial agradecimento pelo companheirismo, apoio e

    compreenso nas horas difceis.

    A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para o encerramento

    de mais uma etapa importante da minha vida e que, embora no citados aqui,

    recebam meus sinceros agradecimentos.

  • 5

    SUMRIO

    1 INTRODUO........................................................................................................ 09

    2 OBJETIVO ............................................................................................................... 10

    3. METODOLOGIA.................................................................................................... 10

    4. REVISO DE LITERATURA................................................................................ 10

    4.1 Definio das podas ............................................................................................... 12

    4.2 Beneficios da poda................................................................................................ . 12

    4.3 Aspectos gerais de manejo..................................................................................... 13

    4.4 Epoca de podar....................................................................................................... 15

    4.5 Tipos de poda......................................................................................................... 17

    4.6 Tipos de podas em lavouras adensadas................................................................ . 23

    4.7 Podas em lavouras afetadas por geadas ................................................................ 26

    4.8 Podas em lavouras afetadas granizo ..................................................................... 29

    4.9 Podas em lavouras depauperadas.......................................................................... 30

    5- CONSIDERAES FINAIS .................................................................................. 31

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................... 34

  • 6

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1- Valores mdios de peso de caf da roa ( mdia de 6 plantas), em

    trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a

    diferentes tipos de podas laterais e verticais........................................................20

    Tabela 2-Valores mdios de volume de caf da roa, ( mdia de 6 plantas),

    em trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a

    diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavour,a de caf Acai IAC

    474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5x1,0 m.UFLA,

    2002.....................................................................................................................21

  • 7

    RESUMO

    PEDRO, Francisco Carlos. Podas em lavouras cafeeiras. 2010. 31p.

    Monografia (Especializao em MBA Coffe Business) - Universidade

    Federal de Lavras, Lavras, MG. *

    O agronegcio caf gera, no Brasil, cerca de 3 bilhes de dlares/ano,

    correspondendo a, aproximadamente, 6% das exportaes brasileiras. O parque

    cafeeiro nacional ocupa rea de 2,3 milhes de hectares com, aproximadamente,

    5,53 bilhes de ps, sendo 70% do total produzido de Coffea arabica L. e de

    30% de Coffea canephora Pierre. A produo brasileira no ano safra 2010/11 foi

    estimada em 47,274 milhes de sacas de 60 kg de caf beneficiado, mantendo o

    pas na posio de maior produtor e exportador mundial. O centro-sul a

    principal regio cafeeira do pas e os estados de Minas Gerais, Esprito Santo,

    So Paulo e Paran somam mais de 90% da produo nacional (COMPANHIA

    NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB, 2010).

    O custo de produo da lavoura cafeeira alto e as despesas de custeio

    ficam cada vez mais onerosas devido s variaes cambiais de produtos como

    fertilizantes, herbicidas, fungicidas e outros que so importados e, alem disso, os

    cafeicultores esto sujeitos s condies climticas adversas.

    Outra questo que afeta a renda do cafeicultor o fato de se tratar de

    uma planta com produo bienal, ou seja, aps um ano de safra com alta

    produtividade, o prximo ano ser de uma produo razovel ou baixa.

    Diante disso torna-se essencial o investimento em tcnicas que garantam a diminuio nos custos de produo aproveitando cada vez mais o potencial produtivo do cafeeiro e que tambm garantam o desenvolvimento sustentvel da atividade.

    I

  • 8

    O objetivo deste trabalho foi reunir informaes sobre podas como

    prticas de manejo na busca de recomendaes e solues para uma cafeicultura

    produtiva e sustentvel.

    Palavras-chave: Podas, manejo, produtividade, Coffea arbica. Comit Orientador: Rubens Jos Guimares UFLA (Orientador)

    II

  • 9

    1 INTRODUO O caf foi introduzido no Brasil em 1727, no estado do Par, com

    sementes e mudas oriundas da Guiana Francesa. Foi levado para o Maranho

    onde ocorreu a expanso para outros estados at a Serra do Mar, atingindo em

    1825 o Vale do Paraba e chegou aos estados de So Paulo e Minas Gerais

    (Matiello, 2002). Atualmente a cafeicultura esta presente em 14 estados,

    abrangendo cerca de aproximadamente 1900 municpios e gerando direta e

    indiretamente 8,4 milhes de empregos.

    Um dos momentos mais importantes em se tratando de valor arrecadado

    com a commodies exportada, acontece no perodo compreendido de 1925 a

    1929, o valor obtido com a exportao de caf chegou a contribuir com 70 % da

    pauta. Hoje, a atividade cafeeira continua sendo uma das fontes importantes da

    economia do Brasil no quesito exportao. Minas Gerais entra neste cenrio

    como maior produtor do pas que corresponde a aproximadamente 50% do caf

    produzido no pas. (FUNCAFE - 2009). Apesar do caf se destacar

    economicamente, sua produtividade ainda baixa em relao ao potencial

    gentico das lavouras cafeeiras brasileiras.

    Para agravar ainda mais a situao, os concorrentes brasileiros investem

    gradativamente em pesquisas cientficas aumentando a competio internacional

    e a guerra de preos. Segundo (Carvalho e Chalfoun, 1985) uma das

    preocupaes atuais a padronizao no manejo da poda, de forma a oferecer

    maior estabilidade na produo cafeeira e melhor eficincia nos tratos culturais e

    fitossanitrios da lavoura, alm de potencializar aumento da produtividade e

    diminuir os gastos com mo-de-obra. Assim, torna-se essencial o debate sobre

    novos sistemas de produo, principalmente aqueles que garantam o

    desenvolvimento econmico e sustentvel.

    No final da dcada de 70, houve a introduo da utilizao de lavouras

    adensadas e exigiu o surgimento de estudos para melhorar o manejo e garantir a

    produtividade. Nos ltimos anos, foram grandes os esforos no sentido de

  • 10

    manter a elevao de produtividade, com ganhos significativos na qualidade do

    caf produzido. Aumentaram tambm as preocupaes com prticas de manejo

    que garantam a sustentabilidade das propriedades agrcolas reduzindo o impacto

    no meio ambiente, buscando a sustentabilidade da atividade sem perder sua

    competitividade. (Marques, 2008; Thomaziello & Pereira, 2008).

    2. OBJETIVOS E METODOLOGIA

    Este trabalho teve como objetivo fazer uma reviso de literatura

    analisando os tipos, formas, aplicaes de podas e principalmente a anlise da

    importncia do manejo da poda em lavouras de caf depauperadas ou que

    sofreram intempries do clima. Foi buscada portanto uma reviso da literatura

    por meio da discusso de resultados e da opinio de autores e pesquisadores que

    buscaram os melhores tipos de poda e a eficcia da poda atravs do manejo mais

    adequado.

    4. REVISO DE LITERATURA

    O cafeeiro um arbusto de crescimento contnuo, com dimorfismo dos

    ramos, caracterizado pela formao de dois tipos de ramos diferenciados nas

    suas funes: ortotrpicos e plagiotrpicos.

    Os ramos ortotrpicos crescem verticalmente e deles se originamos

    plagiotrpicos que crescem horizontalmente, perpendicular tronco principal e

    so responsveis pela produo da planta (Thomaziello & Pereira, 2008).

    AAppss aa lliibbeerraaoo ddaass ffoollhhaass ccoottiilleeddoonnaarreess aa mmuuddaa eemmiittee uumm ppaarr ddee

    ffoollhhaass vveerrddaaddeeiirraass aa ccaaddaa 2233 ddiiaass aapprrooxxiimmaaddaammeennttee.. GGuuiimmaarreess ((11999944)),,

    eennccoonnttrroouu iinntteerrvvaallooss ddee tteemmppoo vvaarriiaannddoo ddee 1144 aa 4455 ddiiaass ppaarraa eemmiissssoo ddee uumm

    nnoovvoo ppaarr ddee ffoollhhaass,, sseennddoo ooss mmeennoorreess iinntteerrvvaallooss nnooss ppeerrooddooss mmaaiiss qquueenntteess ee ooss

    mmaaiioorreess nnooss ppeerrooddooss mmaaiiss ffrriiooss ddoo aannoo.. EEsssseess ppaarreess ddee ffoollhhaass ccrreesscceemm ccoomm uummaa

    ttoorroo ddee 6600 nnoo rraammoo oorrttoottrrppiiccoo,, sseennddoo qquuee ss aappaarreecceerr nnoovvoo ppaarr nnoo mmeessmmoo

    ppllaannoo aappss aa eemmiissssoo ddee 22 ppaarreess iinntteerrmmeeddiirriiooss..

  • 11

    EEnnttrree oo 88 aaoo 1100 ppaarreess ddee ffoollhhaass vveerrddaaddeeiirraass hh eemmiissssoo ddooss

    pprriimmeeiirrooss rraammooss ppllaaggiioottrrppiiccooss.. AA ffiilloottaaxxiiaa ddooss ppllaaggiioottrrppiiccooss iiddnnttiiccaa ddooss

    oorrttoottrrppiiccooss,, mmaass eemm vviirrttuuddee ddee uummaa ttoorroo ddoo eennttrreenn ee ddooss ppeeccoollooss,, aass ffoollhhaass

    ssoo ccoollooccaaddaass nnuumm mmeessmmoo ppllaannoo hhoorriizzoonnttaall ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..

    OOss rraammooss oorrttoottrrppiiccooss ee ppllaaggiioottrrppiiccooss ssoo oorriiggiinnaaddooss ddee ggeemmaass

    ddiiffeerreenncciiaallmmeennttee ddeetteerrmmiinnaaddaass.. NNaa aaxxiillaa ddee ccaaddaa ffoollhhaa,, nnooss eeiixxooss vveerrttiiccaaiiss,,

    eexxiissttee uummaa ssrriiee lliinneeaarr oorrddeennaaddaa ddee 55 aa 66 ggeemmaass sseerriiaaddaass ee,, iissoollaaddaa aacciimmaa ddaa

    ssrriiee,, uummaa oouuttrraa ggeemmaa,, ddiittaa ccaabbeeaa ddee ssrriiee,, qquuee ssee ffoorrmmaa nnaa ppllaannttaa aa ppaarrttiirr ddoo

    88 aaoo 1100 nn,, ((CCaarrvvaallhhoo eett aall,, 11995500 cciittaaddooss ppoorr RReennaa ee MMaaeessttrrii,, 11998866)).. IIssttoo

    eexxpplliiccaa oo aappaarreecciimmeennttoo ddooss rraammooss ppllaaggiioottrrppiiccooss nnaass mmuuddaass qquuaannddoo aattiinnggeemm

    eessssee eessttddiioo ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..

    AAss ggeemmaass ""ccaabbeeaa--ddee--ssrriiee"" ddoo oorriiggeemm uunniiccaammeennttee aa rraammooss

    ppllaaggiioottrrppiiccooss,, aaoo ppaassssoo qquuee aass ggeemmaass sseerriiaaddaass oorriiggiinnaamm rraammooss oorrttoottrrppiiccooss

    ((vveerrttiiccaaiiss)) ee qquuaannddoo pprreesseenntteess nnooss ppllaaggiioottrrppiiccooss ppooddeemm oorriiggiinnaarr oouuttrrooss

    ppllaaggiioottrrppiiccooss ddee mmaaiioorr oorrddeemm ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..

    CCoonnhheecceerr oonnddee ssee llooccaalliizzaamm ee aa qquuee ddoo oorriiggeemm ss ggeemmaass eevviittaa qquuee

    ccoommeettaammooss eerrrrooss ggrraavveess ddee mmaanneejjoo,, ccoommoo ppoorr eexxeemmpplloo nnaass ppooddaass.. SSee ppoorr

    qquuaallqquueerr mmoottiivvoo ((ggeeaaddaass,, cchhuuvvaass ddee ggrraanniizzoo,, sseeccaa ddee rraammooss ppoorr ddeeffiicciinncciiaa oouu

    ddeesseeqquuiillbbrriioo nnuuttrriicciioonnaall)),, ooccoorrrreerr aa mmoorrttee ddee ppllaaggiioottrrppiiccooss,, iissssoo nnooss lleevvaarr aa

    ffaazzeerr uummaa ppooddaa ddoo oorrttoottrrppiiccoo aa bbaaiixxoo ddee oonnddee ooccoorrrreeuu aa mmoorrttee ddooss

    ppllaaggiioottrrppiiccooss,, ffoorraannddoo aa bbrroottaaoo ddee oouuttrroo oorrttoottrrppiiccoo qquuee oorriiggiinnaarr nnoovvooss

    ppllaaggiioottrrppiiccooss.. PPoorrttaannttoo ssee aacciimmaa ddee ccaaddaa ssrriiee ddee ggeemmaass sseerriiaaddaass ss eexxiissttee uummaa

    ccaabbeeaa--ddee--ssrriiee"" ee eessssaa jj ddeeuu oorriiggeemm aaoo ppllaaggiioottrrppiiccoo qquuee mmoorrrreeuu,, aallii nnoo

    nnaasscceerr oouuttrroo,, ffoorrmmaannddoo oo cchhaammaaddoo cciinnttuurraammeennttoo ddoo ccaaffeeeeiirroo.. PPoorr oouuttrroo llaaddoo,,

    ssee ooss ppllaaggiioottrrppiiccooss ffoorreemm ppooddaaddooss ddrraassttiiccaammeennttee ccoommoo ppoorr eexxeemmpplloo nnaa

    ooppeerraaoo ddee eessqquueelleettaammeennttoo aa mmeennooss ddee 2200ccmm ddaa iinnsseerroo ddeessttee ccoomm oo

    oorrttoottrrppiiccoo,, ttaammbbmm ppooddeerr ooccoorrrreerr ssuuaa mmoorrttee ee ccoonnsseeqquueenntteemmeennttee oo

    cciinnttuurraammeennttoo ((RREENNAA ee MMAAEESSTTRRII,, 11998866))..

  • 12

    AAllttaass tteemmppeerraattuurraass,, ppooddaass,,oouu mmeessmmoo ddaannooss mmeeccnniiccooss ppooddeemm

    aattiivvaarr ggeemmaass sseerriiaaddaass nnoo oorrttoottrrppiiccoo ddaannddoo oorriiggeemm aa oouuttrrooss oorrttoottrrppiiccooss qquuee

    ppaassssaamm aa sseerr cchhaammaaddooss ddee rraammooss llaaddrreess,, qquuee ddeevveemm sseerr ccoonndduuzziiddooss

    ((ddeessbbrroottaass sseelleettiivvaass)) oouu mmeessmmoo eelliimmiinnaaddooss.. NNoo ccaassoo ddaa eessppcciiee CCooffffeeaa aarraabbiiccaa

    LL..,, aass ppllaannttaass ssoo uunniiccaauullee,, jj nnaa CCooffffeeaa ccaanneepphhoorraa,, aass ppllaannttaass ssoo mmuullttiiccaauullee,, oouu

    sseejjaa,, ssoo ccoonndduuzziiddaass ccoomm vvrriiooss oorrttoottrrppiiccooss ((GGUUIIMMAARREESS,, MMEENNDDEESS EE

    SSOOUUZZAA,, 22000022))..

    4.1 Definio de Podas

    Para Thomaziello & Pereira (2008), a poda consiste em uma operao

    que tem a finalidade de eliminar partes das plantas que perderam ou diminuram

    a capacidade produtiva, cuja possibilidade de recuperao natural seja

    praticamente nula. Por meio da poda, a dominncia apical suprimida como

    consequncia da alterao do equilbrio hormonal, havendo assim um estmulo

    na emisso e no desenvolvimento dos brotos a partir de gemas latente. J para

    Androciolli Filho (2005), a poda consiste na eliminao total ou parcial da

    planta.

    4.2 Benefcios da Poda

    A principal finalidade da poda eliminar todo tecido foliar e vegetativo

    improdutivo; modificar a arquitetura da planta; estimular a produo pela maior

    luminosidade em locais com alto sombreamento (fechamento); eliminar ramos

    afetados por pragas e doenas; reduzir as condies favorveis ao ataque de

    pragas e doenas mediante a entrada de luz e ar; corrigir danos causados na parte

    area por efeito de condies climticas adversas; facilitar trabalhos de manejos

    que requerem o uso de equipamentos mecanizados e facilitar a colheita.

  • 13

    4.3 Aspectos gerais de manejo

    Segundo Matiello (1995) existem trs tipos de manejo de cafeeiros, a

    poda programadas, a poda corretiva e a ausncia de podas.

    As podas programadas so aquelas que possuem efeito preventivo e

    impede fechamento das lavouras. indicada principalmente em lavouras

    adensadas. Ela consiste no arranquio de linhas alternadas, recepa de linhas

    alternadas, arranquio de linhas duplas alternadas, recepa alternada de 1/3 das

    linhas, recepa e decote alternado e recepa de 20% a 25% das linhas, conhecido

    como Poda Tipo Fukunaga.

    As podas corretivas so o decote, desponte, esqueletamento e recepa.

    A conduo sem podas ocorre a partir do momento em que se comprova

    que a poda no beneficiar a lavoura, pois se sabe que a poda deve ser necessria

    para ser utilizada.

    Os equipamentos utilizados para efetuar a poda do cafeeiro tambm

    influenciam nos resultados. Os equipamentos podem ser manuais ou

    mecanizados. Os equipamentos manuais consistem basicamente de foices,

    faces, machados, podes, serrotes, moto serras e podadoras costais

    motorizadas. Segundo Thomaziello et. al., (2008), eles devem ser utilizados

    preferencialmente de acordo com o tamanho da rea a ser podada, tipo de poda,

    idade da lavoura e tradio regional, sendo indicado para pequenas reas devido

    ao rendimento. Os equipamentos mecanizados so acoplados aos tratores sendo

    utilizados normalmente em recepas, decotes e esqueletamento para propriedades

    cafeeiras de maior porte.

    De acordo com Toledo Filho et. al. (2000) para que a lavoura de caf

    possa expressar seu potencial produtivo e conseguir uma maior eficincia de

    manejo preciso que seja definido o sistema de conduo das plantas tanto na

    fase de formao como na fase de produo. Este sistema de conduo do

    cafezal envolve a definio de espaamento desde os mais abertos at os mais

    adensados, escolha pela maior ou menor densidade de plantio, realizao de

  • 14

    controle ou no do crescimento das plantas, determinao da conformao ou

    arquitetura da planta e aplicao do manejo, seja manual ou mecanizado.

    Segundo Guimares et. al., (2009), a poca mais apropriada para a poda

    em cafeeiros parece ser aquela que se segue aps a colheita, nos meses de agosto

    a setembro, quando as plantas comeam a aumentar seu ritmo de crescimento.

    Porm, observam-se alguns insucessos na brotao de cafezais podados logo

    aps a colheita, quando ocorrem fatores, como alta produo, geadas, chuvas de

    granizo, secas prolongadas ou ataque intenso de pragas e doenas.

    Nesses casos, recomenda-se aguardar at os meses de novembro ou

    dezembro, para permitir que as plantas recomponham suas reservas de

    fotoassimilados, ento, executando assim as podas. Porm deve-se atentar que

    podas executadas a partir de dezembro comprometem a produtividade de

    lavouras no ano seguinte realizao das mesmas.

    Santinato e Fernandes (2008) comentam sobre a seqncia e tipos de

    podas. A primeira poda a ser realizada a denominada decote herbceo ou

    capao. Estas so feitas quando os cafeeiros atingem aproximadamente 2,0 m

    de altura. O decote herbcio consiste em cortar com a prpria unha, um canivete

    ou uma tesoura um dos ltimos ramos plagiotrpicos e o ramo ortotrpico,

    deixando o outro ramo plagiotrpico. Procedendo-se desta forma, a brotao

    pouca, pois a energia dirigida para o ramo plagiotrpico que sobrou. Outro

    efeito benfico o engrossamento geral do caule, evitando o envergamento,

    alm da limitao da altura, que facilita a colheita e tratos fitossanitrios. Desta

    forma, o cafeeiro continua crescendo e, em mdia dois anos depois, faz-se

    novamente a mesma operao, castrando-se a 2,4 m de altura. Pode-se tambm

    realizar a castrao qumica, o que facilita bastante esta operao, conforme

    estudo foi evidenciado que o uso do antibrotante Primeplus nas doses e modos

    de aplicaes aqui estudadas reduz a produtividade do cafeeiro de 5% a 25%. O

  • 15

    uso do glyphosate na dose de 50%, aplicado com esponja e/ou luva no reduz a

    produtividade do cafeeiro.

    Para que a poda seja satisfatria deve-se realizar uma anlise tcnica

    detalhada na lavoura, a fim de conhecer o sistema de poda mais eficiente a ser

    utilizado para conduo mais adequada de cada lavoura ou gleba da propriedade.

    Deve-se tambm conhecer os tipos de podas, pocas, estado fisiolgico e

    nutricional da planta, bem como as pragas e doenas que prejudicam o vigor da

    lavoura.

    4.4 pocas de podar

    A poca da poda, por regular o crescimento vegetativo afeta a safra

    futura. Desse modo, quanto mais cedo se poda, a partir de julho, maior ser a

    prxima produo. A poca mais apropriada logo aps a colheita (Fagundes et.

    al., 2007).

    Cunha et. al. (2008), resume as podas das seguintes formas:

    a ) lavoura em bom estado: logo aps a colheita;

    b) lavoura com geada severa: aps as primeiras brotaes;

    c) lavoura com geada leve: no podar.

    Segundo Thomaziello e Pereira, (2008), os cafeeiros podados logo aps

    a colheita tem seu comprimento e dimetro do broto, dimetro da saia e

    nmero de ramos plagiotrpicos maiores em relao queles realizados

    tardiamente.

    As podas executadas a partir de dezembro comprometem a

    produtividade das lavouras no ano seguinte a realizao das mesmas, cafeeiros

    que sofreram podas mais drsticas e tardias no prazo de trs anos aps a

    execuo das mesmas ainda no conseguem superar a produtividade de cafeeiros

    sem poda, considerando as produes acumuladas; e decote herbceo realizado

  • 16

    nos trs primeiros anos de produo de lavouras cafeeiras adensadas/ super

    adensadas no alteram a produtividade. (Guimares et. al. 2008). J para

    (Matiello et. al., 2002), a poca indicada para a poda o perodo compreendido

    entre o trmino da colheita e o incio das chuvas, normalmente em agosto-

    setembro. As podas menos drsticas devem ser realizadas mais cedo para

    possibilitar o arejamento da planta e um maior pegamento da florada. J as

    podas mais drsticas (recepas) devem ser retardadas, pois quando antecipadas

    dentro do perodo seco, podem aumentar a porcentagem de morte de razes. Para

    Guimares e Mendes, (1997), a poca mais indicada para a realizao das podas

    parece ser aps a colheita, nos meses de agosto e setembro. No entanto,

    comum observar alguns insucessos na brotao de cafezais podados nesta poca,

    devido a altas produes, ou chuva de granizo, secas prolongadas ou mesmo

    ataque severo de pragas ou doenas. Nesses casos, recomenda-se podar nos

    meses de novembro ou dezembro, estando s plantas com maiores reservas de

    fotoassimilados, tornando-se mais resistentes.

    Os estudos realizados por Livramento et. al. (2003), sobre a influncia

    da produo nos nveis de carboidratos e recuperao de cafeeiros aps a recepa,

    no municpio de So Sebastio do Paraso-MG, em um talho do cultivar caf

    Catua Vermelho IAC99, com 10 anos de idade, plantado no espaamento de 3,5

    x 0,7m. Os autores concluram que plantas com maiores produes apresentam

    maiores teores de amido nos ramos e caules, proporcionaram aps a poda e

    tambm aps a colheita, menor o nmero de brotaes, porm mais vigorosas.

    As plantas que sofreram desbaste de frutos apresentaram, aps a poda, menor

    nmero de brotos, porm com mesmo vigor daqueles observados nas plantas que

    estavam com frutos. Assim para cafeeiros em bom estado fitossanitrio e

    nutricional, existe uma relao positiva entre os nveis de produtividade e teores

    de carboidratos nos ramos e que os efeitos da poda so mais positivos quando

    realizados aps a colheita. Os cafeeiros que receberam tratos culturais

    adequados apresentaramse bem enfolhados e sintetizaram quantidades de

  • 17

    carboidratos suficientes para assegurar elevada carga de frutos, bem como a

    manuteno de um bom aparato vegetativo, inclusive aps a poda. Em lavouras

    depauperadas e com produes elevadas, deve ocorrer esgotamento das reservas,

    por isso, sugere-se uma poda tardia com tratos culturais normais entre o perodo

    de colheita e de poda.

    4.5 Tipos de Podas

    4.5.1 Decote

    Para Androciolli Filho (2005), o decote uma poda realizada na metade

    superior da planta, varia desde 1,20 m at 2,0 m. Indicado para lavouras que no

    perderam a saia (ramos da parte baixa da planta). Revigora os ramos da base

    forando seu crescimento e ramificao e mantm a planta com altura mais

    adequada para colheita. Aplicado a cada quatro ou cinco anos, o decote a poda

    mais adequada para a maioria das lavouras cafeeiras do Brasil. indicado para

    lavouras que ainda no perderam a saia (ramos da parte baixa da planta).

    Revigora os ramos da base forando seu crescimento e ramificao e mantm a

    planta com altura mais adequada para colheita. J para Toledo Filho et al.,

    (2000), o decote uma poda do tronco principal, feita a uma altura varivel de

    1,7 a 2,2 metros. Essa poda deve ser feita se possvel aps um ano de grande

    produo, eliminando-se a parte superior da planta. Esse tipo de poda tambm

    aconselhado para lavouras em vias de fechamento, nas quais no houve perda

    significativa de ramos plagiotrpicos inferiores, ou que apresentem

    cinturamento, ou ainda que apresentem altura excessiva. A eliminao da parte

    superior do tronco estimula o crescimento de ramos laterais, melhorando as

    condies vegetativas da copa do cafeeiro.

    Segundo Guimares e Mendes (1997), o decote deve ser utilizado em

    lavouras em incio de fechamento, mas que no perderam a parte inferior da

    copa. Em lavouras em estado de depauperamento, com seca de ponteiros, com

  • 18

    excesso de brotos,cinturamento mas que no perderam a parte inferior da

    copa, e tambm lavouras com excesso de brotos ou que passaram por geadas,

    fascas eltricas ou granizos, sem prejuzo da saia, ou que necessitem de controle

    da altura para facilitar os tratos culturais.

    Mas os estudos realizados por Oliveira et. al., (2002), em caf Acai

    com 9 anos de idade, espaamento de 1,5x 0,70, no municpio de Santo Antnio

    do Amparo, demonstraram que os sistemas de conduo com podas menos

    drsticas como o decote no proporcionam altas produtividades.

  • 19

    Tabela 1- Valores mdios de peso de caf da roa ( mdia de 6 plantas), em

    trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a

    diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavoura de caf Acai IAC

    474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5 X 1,0 m.

    Tratamentos Peso(Kg) 2000 Peso(Kg) 2001 Peso(Kg) 2002 Peso(Kg) 2003

    Vertical 0,70 m + lateral 0,30 m 0,00 3,22 ab 3,30 a 6,52 a

    Vertical 0,70 m + lateral ,0,50 m 0,00 2,55 ab 7,18 a 9,73 a

    Vertical 0,70 m + lateral sem

    poda

    0,00 2,75 ab 4,68 a 7,43 a

    Vertical 1,35 m + lateral 0,30 m 2,50 a 7,40 a 4,83 a 12,85 a

    Vertical 1,35 m + lateral 0,50 m 0,00 3,67 ab 1,70 a 5,38 a

    Vertical 1,35 m + lateral sem

    poda

    1,16 a 7,57 a 2,90 a 11,35 a

    Vertical 2,0 m + lateral 0,50 m 0,71 a 4,65 a 1,75 a 7,11 a

    Vertical 2,0 m + lateral 0,30 m 1,01 a 2,57 a 1,30 a 4,89 a

    Vertical 2,0 m + lateral sem

    poda

    0,40 a 1,10 b 3,69 a 8,66 a

    Testemunha sem poda 3,57 a 3,02 ab 3,73 a 10,33 a

    C.V 127,28 63,94 103,29 71,81

    Adaptado de: Oliveira et. al., 2002.

  • 20

    Tabela 2-Valores mdios de volume de caf da roa, (mdia de 6 plantas), em

    trs safras e total acumulado, colhidos nos diferentes talhes submetidos a

    diferentes tipos de podas laterais e verticais, em uma lavour,a de caf Acai IAC

    474-19, com 9 anos de idade plantados no espaamento de 1,5x1,0 m.

    Tratamentos Volume (L)

    2000

    Volume (L)

    2001

    Volume (L)

    2002

    Volume (L)

    Total 3 anos

    Vertical 0,70 m + lateral 0,30 m 0,00 6,25 ab 4,75 a 11,03 a

    Vertical 0,70 m + lateral 0,50 m 0,00 4,75 ab 11,28 a 16,73 a

    Vertical 0,70 m + lateral sem

    poda

    0,00 5,50 ab 6,63 a 12,13 a

    Vertical 1,35 m + lateral 0,30 m 4,00 a 13,00 a 7,50 a 21,50 a

    Vertical 1,35 m + lateral 0,50 m 0,00 7,50 ab 2,75 a 10,25 a

    Vertical 1,35 m + lateral sem

    poda

    4,00 a 14,25 a 4,75 a 20,00 a

    Vertical 2,0 m + lateral 30 m 5,00 a 5,25 ab 2,13 a 8,63 a

    Vertical 2,0 m + lateral 0,50 m 2,00 a 9,25 ab 2,65 a 12,90 a

    Vertical 2,0 m + lateral sem poda 1,00 a 2,66 b 5,63 a 13,88 a

    Testemunha sem poda 6,87a 6,00 ab 6,13 a 19,00 a

    C.V. 16,48 57,36 102,86 66,45

    Adaptado de: Oliveira et. al., 2002.

  • 21

    4.5.2 Decote Herbceo

    realizado quando o cafeeiro atingir a altura que se deseja limit-lo,

    mantendo- o sempre nesse patamar com desbrotas constantes. uma prtica

    recomendada para cultivares de porte alto e vigorosas como Mundo Novo e

    Icatu.

    4.5.3 Recepa:

    uma poda baixa e drstica que elimina grande parte area.

    Recomenda-se para casos extremos como o fechamento com alto grau de

    intensidade e para lavouras atingidas por geadas.

    4.5.4 Desbrota das plantas

    A retirada de brotaes que surgem no ramo ortotrpico do cafeeiro so

    comumente conhecida como desbrotas.. Os ramos ladresso brotos que

    aparecem geralmente estimulados pela insolao que incide no tronco ou

    qualquer anomalia que interfira na dominncia apical. A pratica de retirada

    desses brotos quando novos pode ser fcil e realizada manualmente, mas,

    quando esta desenvolve, ganha espessura e tamanho torna-se mais trabalhosa

    Cunha 2008.

    Esta ultima operao exige maior tempo de recuperao do cafeeiro em

    termos de produo e tambm mais onerosa, pela necessidade de vrias

    desbrotas conduo de ramos, alm de aumentar as operaes de manejo do

    mato. uma poda que permite a recuperao da lavoura, corrigindo os defeitos

    da parte area das plantas (Thomaziello & Pereira, 2008). Para Cunha et. al., (

    2008), a recepa o corte do tronco da planta em altura inferior a 0,80m, mas

    geralmente realizada a uma altura de 40 cm e a quando possvel deixa-se 1 ou

    2 ramos laterais no tronco, "ramos pulmes", esses contribuem para um melhor

  • 22

    desenvolvimento da brotao nova e para melhores produes nos primeiros

    anos, deve ser recomendada somente quando no existe a possibilidade de

    aplicar outra tipo de poda.

    Segundo Thomaziello & Pereira (2008), existe dois tipos de recepa: a

    recepa baixa que realizada de 30 a 40 cm do solo, e no se deixa nenhum

    ramo, geralmente para lavouras que no tenha mais ramos plagiotrpicos. A

    recepa alta, a qual realizada de 50 a 80 cm do solo, deixando-se os ramos

    plagiotrpicos que esto abaixo do corte, denominados de ramos pulmes,

    teis para acelerar a recuperao dos cafeeiros, por ter maior rea

    fotossinteticamente ativa. Foi realizado experimento sobre o efeito de podas em

    diferentes pocas em lavouras cafeeiras adensadas, no municpio de Santo

    Antnio do Amparo-MG e segundo os estudos de Vallone et. al. (2008), foi

    concludo que a tendncia que os sistemas de conduo com podas mais

    drsticas superem os demais nas prximas avaliaes em funo do fechamento

    natural da lavoura e as recepas, tanto a 30 quanto a 80 cm de altura, possuem

    uma tendncia de que quanto mais tarde se realiza esta poda, menor ser a

    produo

    4.5.5 Esqueletamento:

    Segundo Androciolli Filho (2005), o esqueletamento o corte dos

    ramos laterais a uma distncia de 20 a 30 cm do tronco do cafeeiro. Nesta poda

    aproveita-se tambm para fazer um decote cortando-se o tronco a uma altura

    superior a 1,20 m. indicado para lavouras adensadas e superadensadas, pois,

    ela diminui o dimetro da copa do cafeeiro e renova os ramos laterais. Os

    cafeeiros esqueletados recompem mais rapidamente a copa e so menos

    afetados pelas geadas moderadas do que os cafeeiros recepados .

    Para Thomaziello & Pereira (2008), a principal caracterstica desta poda

    a recuperao total da planta em um ano, com perda de apenas uma safra. A

  • 23

    exposio inicial do tronco do cafeeiro ao sol poder provocar a emisso de

    ramos ladres, que devem ser eliminados pelas desbrotas. A no-execuo das

    desbrotas provoca deformaes na estrutura do cafeeiro e comprometer tanto a

    produtividade quanto a longevidade da lavoura. Segundo os autores, o

    esqueletamento tambm indicado para lavouras em vias de fechamento, para

    lavouras desgastadas pela idade com perda de produo; para lavouras atingidas

    por geada de capote e para lavouras no sistema adensado mecanizvel, que

    necessitam de podas a cada quatro ou cinco anos.

    J para Guimares et. al., (2009), o esqueletamento indicado para

    lavouras mais velhas, plantadas em livre crescimento, mas que se encontram em

    vias de fechamento, com plagiotrpicos longos e pouco produtivos.

    4.5.6 Recepa por talho

    O plantio realizado de forma parcelada, de modo que a cada ano

    plantado uma parte do talho. Fazer a poda no lote que completar um total de

    quatro a cinco colheitas, conduzindo um broto por planta dependendo do stand

    do talho.

    4.6 Podas em lavouras adensadas

    Atualmente o sistema de adensamento tem sido utilizado na cafeicultura

    mundial e no Brasil para permitir maior produtividade. Mesmo onde a

    mecanizao possvel em grande parte das reas cafeeiras do Brasil, nota-se

    uma intensa utilizao dos sistemas adensados (Matiello, 1991). Os produtores

    tm adotado espaamentos que possibilitam o cultivo de 5.000, 10.000 e at

    acima de 20.000 plantas por hectare. Esta tendncia proporcionou uma grande

    demanda de informaes relativas conduo destas lavouras, maximizando

    suas vantagens e minimizando as desvantagens.

  • 24

    A prtica do adensamento provoca uma alterao no ambiente da

    lavoura ocasionando modificaes nos padres fisiolgicos, morfolgicos e

    produtivos dos mesmos. Redues no espaamento de plantio, tanto entre as

    linhas quanto entre as plantas na linha, refletem em maior altura do ramo

    ortotrpico primrio (Nacif, 1997; Pereira & Cunha, 2004; Rena et. al., 1994),

    causam morte mais intensa dos ramos plagiotrpicos no tero inferior dos

    cafeeiros (Matiello et. al., 2002; Pereira & Cunha, 2004; Thomaziello et. al.,

    1998) e diminuem a rea til produtiva de cada planta, representada pelo

    dimetro e o comprimento da copa (Pereira & Cunha, 2004), comprometendo

    assim a sua vida til e ainda resultando numa menor produtividade e renda do

    cafeicultor. Segundo Oliveira et. al., (1990); Cunha et. al., (1999), uma das

    formas para reverter este processo a utilizao de podas adequadas para cada

    tipo de lavoura em questo para obter uma maior estabilidade, qualidade na

    produo cafeeira, facilitar os tratos culturais e fitossanitrios da lavoura,

    maximizao da mecanizao e mo-de-obra principalmente com colheita.

    Dessa forma, em plantios adensados, a poda uma prtica indispensvel

    que deve ser empregada aps o fechamento da lavoura, com o objetivo de

    recuperar as lavouras atravs do desenvolvimento de novos ramos, propiciando

    assim aumento da luminosidade e produo.

    As lavouras cafeeiras adensadas necessitam de um cuidado especial

    quanto ao manejo de podas, que devem ser programadas antes mesmo da

    implantao da lavoura. (Oliveira, et. al., 2002)

    Segundo Thomaziello & Pereira, (2008), a altura exagerada, perda dos

    ramos baixeiros e o tombamento da planta para o meio da rua so fatores que

    levam adoo da poda.

    Em lavouras adensadas torna-se obrigatria a realizao de podas

    sistemticas. Com relao s recepas, tanto a 30 quanto a 80 cm de altura,

    observa uma tendncia de quanto mais tarde se realiza esta poda, menor ser a

    produo (Vallone, Barbosa et. al., 2002). Segundo este mesmo autor em

  • 25

    lavouras de 8 anos da cultivar Catua, a tendncia que os sistemas de conduo

    com podas mais drsticas, como a recepa e o esqueletamento superem os demais

    em funo do fechamento natural da lavoura. Os pesquisadores observam que

    h uma tendncia menor produo quanto mais tarde se realiza a poda.

    Segundo Androciolli Filho (2005), as lavouras adensadas so planejadas

    para ser conduzidas com podas leves, do tipo decote, esqueletamento ou

    esqueletamento parcial, a cada quatro a cinco colheitas. A recepa realizada

    apenas nos casos de geadas severas. J alguns pesquisadores como Thomaziello

    & Pereira (2008), o esqueletamento uma poda drstica.

    Os tipos de poda indicados nesses casos so decote, esqueletamento;

    esqueletamento em apenas um lado da planta em um ano de grande safra e

    esqueletamento do outro lado, quando ocorrer novamente outra grande colheita

    e, finalmente, recepa, em casos de danos severos causados por geadas ou

    granizo.

    Segundo Androciolli Filho (2005), o nmero de brotos a ser conduzidos

    por planta deve ser tanto para lavoura com duas plantas por cova, ou para

    lavoura com uma planta por cova (manter um broto por planta).

    4.6. Podas em lavouras super adensadas

    Em lavouras super adensadas, as podas so mais drsticas e aplicadas de

    forma sistemtica, independentemente da ocorrncia da geadas. So lavouras

    preparadas para receber podas, visto possurem 8.000 a 12.000 plantas por

    hectare, dependendo da variedade e da regio, com o que se obtm rpida

    recuperao da produtividade aps as podas. Em populaes de 5.000 plantas

    por hectare, a recuperao da produtividade lenta aps a recepa, sendo

    prefervel, neste caso, optar pelo esqueletamento. Os tipos de podas utilizados

    so o esqueletamento e a recepa. O sistemas de podas podem ser, poda por

    talho, tanto para recepa como para esqueletamento, poda por planta, no caso do

  • 26

    esqueletamento e poda por linha alternadas . Nos sistemas superadensados,

    deve-se manter sempre um broto por tronco em todos os casos (Androciolli,

    2005). Plantios mais adensados, embora com altas produes, acabam por levar

    a lavoura a um fechamento precoce, dificultando o manejo, a colheita e ainda

    impossibilitam operaes mecanizadas que possam auxiliar na reduo dos

    custos de produo. Essa dificuldade de se processar os tratos culturais com

    intervenes mediante o uso de podas podem ser menizadas com o uso de podas

    programadas, por tanto a poda devera ser considerada como mais um a atividade

    de manejo da lavoura, lembrando que a produtividade e o retorno financeiro da

    atividade tambm devero ser assegurados (Thomaziello; Pereira, 2008). A

    recepa o tipo de poda mais adequado para sistemas de podas por linha na

    lavouras superadensadas. Pode ser realizada em linhas alternadas ou no sistema

    BF, em ciclos de trs, quatro ou cinco anos.

    4.6.1 Podas por linhas

    Podem ser aplicadas em lavouras super adensadas. um sistema usado

    em pequena escala em alguns pases cafeeiros, nos casos de falta de mo-de-

    obra especializada e em grandes lavouras. Tem a desvantagem de poder ocorrer

    a poda de plantas boas em uma linha que est sendo trabalhada, ficando sem

    podar plantas que no produziro no ano seguinte, por estar em linha no eleita

    para ser podada.

    4.7 Poda em lavouras afetadas por geadas

    Segundo Androciolli Filho (2005), a poda deve ser utilizada para

    recompor as plantas afetadas e em seguida devem ser feitas as desbrotas.

    A conduo da planta ser influenciada pelo dano causado planta.

    (Guimares, Mendes, e Theodoro, 2004), Guimares et. al., (2004) concordam

    quando recomendam a poda aps a ocorrncia de geadas ou chuvas de granizo, a

  • 27

    poda se torna necessria para a recomposio das plantas afetadas, atravs das

    podas e em seguida das desbrotas.

    Os melhores resultados so obtidos quando a poda realizada 60 a 120

    dias aps as geadas. A indicao esperar as primeiras chuvas (agosto a

    outubro), quando as plantas iniciam a brotao e do indicao mais real do

    dano e do ponto a ser cortado. Segundo Cunha et. al., (2008), o decote deve ser

    utilizado em geadas de capote dos ponteiros. J Thomaziello & Pereira (2008),

    indicam o esqueletamento para lavouras atingidas por geada de capote.

    Thomaziello (2005) indica que as geadas causam danos em frutos em diferentes

    estgios de verde, chumbinho; chumbo; verde cana, mas no afeta frutos

    maduros e secos.

    Danos mais severos

    Ocorre a morte dos ramos, das folhas e da maior parte do tronco.

    Esqueletamento por Planta

    Esta poda realizada anualmente apenas nas plantas que no produziro

    satisfatoriamente no ano seguinte, em plantas com excesso de produo e nas

    plantas com ramos laterais secos. aplicada desde a primeira produo. O

    cafezal fica com altura irregular. um sistema adequado para as condies onde

    ocorrem geadas com mais freqncia. muito importante avaliar a intensidade

    dos danos, para evitar cortar alm do que a geada danificou. A brotao do

    tronco e ramos um bom indicador para identificar a parte sadia.

    Independentemente dos danos sofridos pelos cafeeiros, deve-se colher o mais

    rpido possvel (lavouras com produo), para no perder qualidade do produto

    e fazer a esparramao dos cordes (lavouras que receberam arruao antes da

    colheita do cafeeiro. So causados por geadas que afetam todas as regies

    cafeeiras do Brasil, e tm freqncia aproximada de uma em cada 30 anos. A

  • 28

    recepa o tipo de poda predominante, tanto no sistema de poda por talho como

    em poda por linha.

    Danos severos

    Segundo Thomaziello (2006) e Androciolli Filho (2005), os cafeeiros

    apresentam danos parciais ou totais nas folhas e ramos em diferentes

    intensidades, dependendo da localizao da lavoura na propriedade. Pode

    ocorrer a morte de grande parte do tronco, nos caso de lavouras localizadas nas

    baixadas ou de lavouras com plantas desfolhadas e com deficincias

    nutricionais. A produo do ano seguinte afetada parcialmente ou totalmente.

    As geadas que ocasionam este tipo de dano ocorre com freqncia aproximada

    de uma em cada seis anos. Para Androciolli (2005), pode haver casos que

    dispensam a poda at situaes que necessitam de um tipo de poda mais drstica,

    como a recepa e aconselha os seguintes sistemas de podas: poda por planta e

    poda por talho. Porm Thomaziello (2006) ressalta que antes de se adotar

    qualquer tipo de poda, necessrio analisar alguns aspectos como: o cultivar,

    idade da lavoura, localizao, reas com incidncia de nematides e alto ndice

    de falhas nas lavouras.

    Danos moderados

    Para Androciolli Filho (2005), os cafeeiros que apresentam danos

    superficiais na copa, com queima de folhas e de pontas de alguns ramos. Estes

    podem ocorrer com mais freqncia em lavouras localizadas nas partes mais

    baixas da propriedade. Geralmente , causa pouco efeito sobre a produo. No

    se deve podar, fazer apenas a desbrota, colhendo o caf o mais rpido possvel.

  • 29

    Geada de canela

    Para Thomaziello (2006) este tipo de geada pode ocorre em cafeeiros

    sem saia e novos, devido a falta do escoamento do ar frio e ainda ao acumulo

    intenso de ar frio entre a copa e o solo.

    Segundo Androciolli Filho, (2005), a geada de canela ocorre em plantas

    sem saia, geralmente lavouras com at trs anos de idade. causada pelo

    resfriamento e movimentao descendente da camada de ar prxima superfcie

    do solo. Quando essa massa de ar apresenta temperatura em torno de -2c

    provoca leses e morte da casca do caule do cafeeiro, na parte em contato com a

    massa de ar frio. Os danos da geada aparecem dois a trs meses depois. As

    folhas amarelecem e caem e os ramos secam. Ocorre um super brotamento em

    todas as partes da planta. O tipo de poda indicado a recepa, no sistema de poda

    por planta ou da rea afetada.

    4.8 Poda nas lavouras afetadas por granizo

    Dependendo da durao e intensidade da chuva de granizo e da

    velocidade do vento, podem ocorrer danos apenas nas folhas e ramos ou danos

    tambm no caule. Geralmente um dos lados da planta mais afetado do que o

    outro. Vrios tipos de poda, dependendo da situao (esqueletamento;

    esqueletamento no lado mais afetado; decote e recepa). Nos cafeeiros com dano

    no tronco a melhor opo a recepa. O sistema de poda o de poda por planta.

    Para Androciolli Filho (2005), o granizo provoca desfolha nas plantas, causando

    o super brotamento e mesmo os cafeeiros com danos apenas nas folhas podem

    apresentar grande quantidade de brotos. Foram realizados tratamentos com

    recepas, com e sem eliminao de troncos, com e sem desbrota; palitamento e

    decote, com e sem desbrota. As plantas decotadas a 1,50m, sem desbrota, foram

    as que mais produziram. Parece haver um efeito estimulante do decote, em

    relao aos cafeeiros geados e no podados. A parcela decotada, com eliminao

    da brotao do ponteiro tambm deu alta produo. Tipos de podas para

  • 30

    recuperao de cafezal adulto atingido por Geada de queima parcial". (Kaiser,

    p.157, 1975).

    4.9 Podas em plantas depauperadas

    Para Androciolli Filho (2005), so lavouras que apresentam plantas com

    deficincias nutricionais acentuadas, tero superior do tronco sem ramos laterais,

    "Pescoo de galinha" e s vezes com quantidade de brotos acima do padro para

    o espaamento adotado. Esse tipo de lavouras responde muito pouco poda. o

    caso, por exemplo, de lavouras afetadas por nematides. Devem ser apenas

    desbrotas e adubada adequadamente.

    Guimares et. al., (2003) contradiz e ressalta que a poda nesta

    circunstncia essencial porque elimina as partes afetadas do cafeeiro e

    recompe as estruturas das plantas. J os produtores utilizam a poda na tentativa

    de resolver o problema de depauperamento sendo que aps a mesma o cafeeiro

    rejuvenesce a sua copa mediante o desenvolvimento de novos ramos. Cunha et.

    al., (1999) mostraram que mesmo em cafeeiros depauperados, deve-se optar pela

    poda no perodo da chuva. Na falta de resultados mais conclusivos o cafeicultor

    normalmente poda seu cafezal logo aps uma grande safra.

    Tambm o descuido ou falta de recursos financeiros para as adubaes

    e/ou tratos culturais levam as lavouras ao depauperamento, que s reversvel

    atravs da adoo de podas que vo recompor a planta. A idade da cultura do

    cafeeiro pode conduzir a uma curva descendente de produo, pela dificuldade

    de produo de ramos novos. A altura das plantas, dependendo do cultivar

    utilizado, pode exigir podas precocemente devido morte descendente de planta

    e dificuldade de colheitas (Guimares, Mendes & Theodoro, 2004).

  • 31

    5. CONSIDERAES FINAIS

    Os estudos realizados por meio da reviso de literatura demonstram que

    a poda eficiente quando a lavoura se encontra com baixa produo, com

    problemas de fechamento com perdas dos ramos plagiotropicos inferiores,

    excesso de hastes, esgotamento de plantas por alta produtividade entre outros.

    Na discusso constatou-se que a poda em cafeeiros proporciona maiores

    produes e menores custos de produo. Em lavouras adensadas a poda

    essencial.

    Em relao poca da poda, os dados da literatura relatam que a poda

    deve ser realizada aps a colheita, mas como a poda requer cuidados especiais,

    torna-se essencial a anlise tcnica da lavoura antes de realiz-la.

    O esqueletamento indicado para lavouras adensadas e super adensadas.

    Os cafeeiros esqueletados recompem mais rapidamente a copa e so

    menos afetados pelas geadas moderadas do que os cafeeiros recepados. Este

    tipo de poda tambm indicado para lavouras mais velhas, plantadas em livre

    crescimento, mas que se encontram em vias de fechamento, com plagiotrpicos

    longos e pouco produtivos.

    A tendncia que os sistemas de conduo com podas mais drsticas,

    como a recepa e o esqueletamento superem os demais em funo do

    fechamento natural da lavoura.

    Os pesquisadores observaram que existe uma tendncia menor

    produo quanto mais tarde se realiza a poda.

    Para Androciolli Filho (2005), as lavouras que apresentam plantas com

    deficincias nutricionais acentuadas, tero superior do tronco sem ramos laterais,

    "Pescoo de galinha" e s vezes com quantidade de brotos acima do padro para

    o espaamento adotado respondem muito pouco poda. o caso, por exemplo,

    de lavouras afetadas por nematides que devem ser aplicados apenas desbrotas e

    adubada adequadamente. J Guimares et. al., (2003) ressalta que a poda nesta

  • 32

    circunstncia essencial porque elimina as partes afetadas do cafeeiro e

    recompe as estruturas das plantas.

    Na conduo de um cafezal, a poda, utilizada de forma adequada e

    racional, uma prtica cultural como a adubao, tratamento fitossanitrio bem

    como o manejo do mato. uma ferramenta para a conduo quanto renovao

    de lavouras e correo de problemas a partir do momento em que se realiza uma

    anlise minuciosa da lavoura cafeeira em questo. Existe uma poda especfica

    para cada problema existente no cafezal.

    As pesquisas realizadas apresentam dados controversos sobre o manejo,

    principalmente quando se trata da poca da poda e de suas variaes. Assim de

    acordo com os autores, para conseguir resultados significativos tanto na

    facilidade de manejo como na garantia de produtividade, de grande

    importncia levar em considerao a poca da formao, a produo das plantas,

    como tambm a rea a ser podada, os espaamentos na lavoura, as condies

    fisiolgicas da planta no momento da poda e os instrumentos utilizados para

    cada tipo de poda., pois esses fatores influenciam diretamente nos resultados.

    As podas devero ser recomendadas em lavouras adensadas, para evitar

    o fechamento do cafezal, em plantas depauperadas e para atenuar o problema da

    bienalidade da safra cafeeira.

    Os estudos em cafeeiros so comprovados longo prazo e so

    respeitadas as particularidades de cada lavoura cafeeira. As pesquisas relativas

    s podas tm demonstrado capacidade de sanar os problemas do cafeeiro, assim

    melhorando o manejo e aumentando a produtividade da lavoura cafeeira

    brasileira.

    A poda uma tcnica bastante empregada na cafeicultura e

    imprescindvel que se faa algumas observaes como particularidade de cada

    propriedade, talho, gleba, numero de plantas por hectare, total de numero de

    covas, chegando at mesmo ser observado em nvel de planta. Tambm

  • 33

    ferramentas, nvel tecnolgico do produtor e at mesmo a cultura e tradio da

    regio devero ser observados no momento da deciso.

  • 34

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    PODAS EM LAVOURAS CAFEEIRASLAVRASMINAS GERAIS BRASIL2010FRANCISCO CARLOS PEDROPODAS EM LAVOURAS CAFEEIRASMonografia apresentada ao Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, como parte das exigncias do curso de Ps-Graduao Lato Sensu em MBA COFFEE BUSINESS, para a obteno do ttulo de especializao.Professor orientador Prof. Dr. Rubens Jos GuimaresUFLA