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CENTRO PAULA SOUZA
ETEC TRAJANO CAMARGO
BRAÇO MECÂNICO
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE UM BRAÇO MECÂNICO
André HenriqueCarlos AlexandreEdivaldo PimentaEdilberto Sabino
Prof. José Gardinali
Coordenador/Orientador
Limeira, 20 de agosto de 2012.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor:____________________________________________________
Título:__________________________________________________
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em
___/___/___,
com NOTA ______(______,______), pela comissão julgadora:
_________________________________________
_________________________________________
_____________________________________
Coordenador da Comissão de Coordenação
do Curso de Mecânica.
Braço Mecânico
Trabalho de conclusão da disciplina TCC apresentado como parte das atividades desenvolvidas ao longo do aprendizado, no curso Técnico de Mecânica da ETEC Trajano Camargo Limeira.
Prof. orientador: José Gardinali
Limeira, 2012
AGRADECIMENTOS
Agradecemos as empresas
participantes, professores e cada um de nós o
por terem realizado o trabalho com afinco e
produzido resultados de qualidade.
RESUMO
O TCC consistiu em realizar um projeto de mecânico, desde o seu principio, que é o
desenvolvimento do produto, feito o croqui e desenhado em 2D e 3D em software CAD e
Solidworks, no processo de mecânica utilizado foi o de engrenagens, elétrica e hidráulico.
Em Braço Mecânico ou Mechanica Brachium (do latim), o grupo desenvolveu o
braço usando toda a tecnologia que tinha em mãos e unificando o que foi ensinado no
curso que integrando as dimensões da mecânica.
Os braços mecânicos podem ser de vários tipos e modelos, sua utilização pode
abranger várias áreas e objetos, normalmente podendo ser hidráulico, elétrico,
pneumático ou até mesmo manual. Sendo utilizados em fabricas, maquinas, automação
industrial e residencial.
O grande desafio que se apresentou de executar o projeto foram os recursos as
ferramentas de trabalho e os custos financeiros, pois não se encontrarão à fácil
disposição assim dificultando a realização do projeto.
ABSTRACT
The TCC consisted of performing a design mechanic, since its beginning, which is devel-
oping the product, and made the sketch drawn in 2D and 3D CAD software and SolidWorks,
the mechanical process used was engages-gens, electrical and hydraulics.
In Mechanical Arm or Brachium Mechanica (Latin), the group has developed the arm
using all the technology at hand and unifying what was taught in the course that integrates
the dimensions of mechanics.
The mechanical arms can be of various types and models, their use may cover several
areas and objects typically can be hydraulic, electric-co pneumatic or even manual. Being
used in factories, machinery, industrial automation and residential.
The great challenge that presented itself to run the project resources were work tools
and financial costs, because it is not easy to find available thus hindering the realization of
the project.
SUMÁRIO
1. Introdução........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 8 1.1 - A Origem da Mecânica........................................................................................................................................................................................................................................................................... 9 1.1.1 – A Mecânica na Idade Média................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 10 1.1.2 – A Mecânica de Newton.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 12 1.2 - Hidráulica................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 18 1.3 - Energia Elétrica...................................................................................................................................................................................................................................................................................... 18 1.3.1 - Geração de Energia Elétrica.................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 18 1.3.2 - Transporte de Energia Elétrica............................................................................................................................................................................................................................................................................................... 19 1.3.3 - Distribuição de Energia Elétrica............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 19 1.3.4 - Meios de Produção................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 20 1.4 - Tratamento Térmico............................................................................................................................................................................................................................................................................... 21 1.4.1 - Tratamento Térmico Calórico................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 21 1.4.1.1 - Revenimento....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 21 1.4.1.2 - Austempera......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 21 1.4.1.3 - Normalização....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 21 1.4.1.4 - Recozimento........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 21 1.4.1.5 - Tempera e Revenido........................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 22 1.4.2 - Tratamento Termo-químico..................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 22 1.4.2.1 - Nitretação............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 22 1.4.2.2 - Carbonitretação................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 22 1.4.2.3 - Cementação........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 22 1.5 - Usinagem................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 23 1.5.1 - Usinagem como referencial pré-histórico............................................................................................................................................................................................................................................................................... 24 1.6 - Inspeção Final........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 27
2 - Introdução ao Desenvolvimento................................................................................................................................................................................................................................................................... 27 2.1 - Deliminação............................................................................................................................................................................................................................................................................................ 27 2.1.1 - Relevância.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 27 2.1.2 - Viabilidade.............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. 28 2.1.3 - Problematizarão..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 28 2.1.4 - Formulação da Hipóteses....................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 28 2.2 - Objetivo................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 28 2.2.1 - Metodologia............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 28 3 - Cronograma..................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................... 29 4 - Projeto.............................................................................................................................................. ............................................................................................................................................................... 29 4.1 - Funcionamento...................................................................................................................................................................................................................................................................................... 29 4.1.1 - Croqui..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 30 5 - Memorial de Cálculos.................................................................................................................................................................................................................................................................................... 30 5.1 - Cálculos Preliminares............................................................................................................................................................................................................................................................................ 31 6 - Conclusão........................................................................................................................................ ............................................................................................................................................................... 35 7 - Bibliografia...................................................................................................................................... ............................................................................................................................................................... 35
1. INTRODUÇÃO
Demonstrar o funcionamento de um braço mecânico hidráulico, de um processo de
mecânica, de forma bastante detalhada abrangendo desde a pesquisa do projeto,
desenvolvimento, protótipo, montagem. Tema: Braço Mecânico Hidráulico (Fluído Água)
O projeto explica a Lei de Pascal , simulando o movimento de um Braço Mecânico
Hidráulico real utilizado em escavadeiras , caminhões Munk , e em equipamentos de
fábrica .
Para exemplificar todo processo foi desenvolvido o projeto, o qual ainda necessita de novas
etapas como:
Testes
Cálculos
Desenvolvimento de montagem final do projeto.
Todo o processo é descrito ao longo deste trabalho.
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1.1 – A Origem da Mecânica
É muito difícil estabelecer com precisão as origens da Mecânica. O que é certo, como se
verá a seguir, é que sua origem está intimamente ligada às origens da Astronomia, que é a
parte das ciências que trata da observação dos corpos celestes.
Os movimentos dos corpos celestes têm sido observados e analisados com grande
interesse por todas as civilizações ao longo da história da humanidade. Esse interesse era
motivado tanto pela curiosidade e temores do homem sobre o mundo que o rodeava como
pelos interesses religiosos, sócio-econômicos e militares.
Alguns aspectos das atividades humanas na Antigüidade eram regidos pelo que ocorria
"nos céus". A periodicidade desses movimentos tornava alguns eventos previsíveis e
sugeriu uma forma de o homem marcar o passar do tempo. Daí o surgimento dos
calendários e dos relógios. O aparecimento de um astro numa determinada época do ano
poderia, por exemplo, tanto indicar um bom momento para se iniciar uma guerra quanto ser
um indício, para os agricultores, da época mais adequada para se iniciar o plantio. Os
calendários foram construídos por diferentes civilizações e são baseados no movimento dos
astros celestes. Os calendários já eram conhecidos pelos antigos egípcios. Atribui-se a eles
a divisão do dia em 24 horas.
Poderia se definir como a fase preliminar da Mecânica aquela em que o ser humano se
apercebeu da existência dos movimentos, tanto no céu como na Terra. Esta primeira fase
foi, portanto, essencialmente de observações. Procurava-se, nessa fase, tirar vantagens da
regularidade dos movimentos dos astros.
A próxima fase da Mecânica seria aquela na qual se procura entender os movimentos
incorporando a esse processo de entendimento certa racionalidade. Nesse contexto é que
se coloca a filosofia natural dos gregos. A cultura ocidental foi pouco influenciada pela visão
oriental do universo na Antiguidade.
Neste texto se adota o ponto de vista de que a origem da Mecânica, bem como da Física
e de toda a ciência ocidental, coincide com o período inicial da Filosofia Grega. O saber
filosófico englobava, na Grécia Antiga, a totalidade do conhecimento racional alcançado até
então pelo Homem. Abrangia, portanto, as mais diversas áreas do conhecimento. Com o
passar do tempo a filosofia deu lugar aos diversos ramos da ciência, os quais designa-se
hoje por: matemática, física, biologia etc.
A filosofia natural da Grécia antiga, entendida como "amor à sabedoria", indicava um
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interesse pelo conhecimento do mundo em sua totalidade, tendo um significado de
investigação racional em busca da verdade. Tratava-se, portanto, de uma atividade
intelectual que buscava racionalmente o conhecimento.
Muitos dos pensadores gregos, desde a Escola de Mileto (VI a.C.), se preocuparam com
a Physis, ou seja, com a natureza das coisas e sua constituição. A palavra grega Physis
significa a natureza essencial (ou íntima) de todas as coisas, e dela se origina o termo
Física.
Quando surgiram os primeiros textos de Mecânica? Existem referências a um texto muito
antigo. No entanto, não se conhece com precisão a época em que foi produzido. Trata-se de
um estudo de máquinas simples conhecido por Problemas de Mecânica. Ele seria o que se
considera hoje um texto prático ou de aplicação de Mecânica, que para alguns é o primeiro
registro escrito da Mecânica. Por falta de registros mais antigos, muitos autores
estabelecem o início da história da Mecânica com Aristóteles (384 - 322 a.C.).
Outros autores preferem atribuir o início da Mecânica aos trabalhos de Arquimedes (287 -
212 a.C.), que, além de estabelecer os princípios básicos da estática, utilizou em seu
método de análise deduções matemáticas precisas. Nos trabalhos de Arquimedes a
linguagem matemática tinha um importante papel
1.1.1 – A Mecânica na Idade Média
O período helenístico é marcado pela continuidade da predominância da cultura grega
nos reinos helênicos da Macedônia, Síria e Egito. A conquista dos reinos helênicos, por
parte dos romanos, marcou o fim da Antiguidade e o início da Idade Média, que durou cerca
de mil anos (do século IV ao XIV d.C.).
Quando a Grécia foi conquistada iniciou-se um processo de assimilação da cultura grega
pelos romanos. Durante esse período, os pensadores dedicaram-se sobretudo a
desenvolver as contribuições culturais dos gregos, criando o pensamento greco-romano,
sem abrir caminhos muito novos na reflexão filosófica.
No império romano houve, em particular, grande evolução na teoria e na prática do
Direito, mas os romanos não tinham muito interesse pelas outras ciências. Esse
desinteresse existia também entre os proprietários feudais e a Igreja durante a Idade Média.
Assim, a ciência permaneceu praticamente estagnada por muitos séculos.
Em meio à desagregação do Império Romano, decorrente em grande parte das invasões
bárbaras, a Igreja conseguiu manter-se como instituição social organizada, difundindo o
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cristianismo entre os povos bárbaros e preservando muitos elementos da cultura greco-
romana, então chamada de pagã.
Com a fragmentação política e as rivalidades da nobreza feudal na sociedade medieval
europeia, a Igreja passou a exercer um importante papel político e cultural, na função de
órgão supranacional, isto é, acima dos interesses nacionais. Tendo também conquistado
ampla riqueza material, ao tornar-se proprietária de aproximadamente um terço das áreas
cultiváveis da Europa ocidental, a Igreja pôde estender o seu poder a diferentes regiões
europeias.
Com o poder da Igreja, o saber filosófico não perdeu aquele significado amplo e
universalizante que possuía na Grécia Antiga, mas não pôde mais ser caracterizado como
uma investigação racional em busca do conhecimento e da verdade, porque a fé religiosa se
tornou o fundamento da sabedoria humana ao invés da razão. Segundo essa orientação, a
filosofia deveria não descobrir a verdade, uma vez que esta seria revelada por Deus através
das escrituras e da doutrina da Igreja, mas demonstrar racionalmente as verdades da fé.
Alguns religiosos desprezavam a filosofia grega porque nela viam uma forma de
pensamento pagão, portanto, uma porta aberta para o pecado, a dúvida e a heresia
(doutrina contrária à estabelecida pela Igreja). Por outro lado, muitos pensadores cristãos
defendiam o conhecimento da filosofia grega, porque sentiam a possibilidade de utilizá-la
como instrumento a serviço da religião. Para eles, a conciliação entre a filosofia grega e a fé
cristã permitiriam à Igreja enfrentar os descrentes e demolir, com argumentação lógica, as
heresias, isto é, as afirmações contrárias à verdade, entendida como a revelação de Deus
através das doutrinas religiosas. Daí a defesa das idéias de Platão e, principalmente, de
Aristóteles sobre o universo. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino foram representantes
deste tipo de filosofia desenvolvida na Idade Média pelos pensadores cristãos.
Nesse período de obscurantismo científico na Europa, o recém-nascido Império árabe,
que no século VII se instalou ao sul do Mediterrâneo e chegou à Espanha pelo Estreito de
Gibraltar, incorporou à sua cultura elementos da cultura grega, através do estudo e tradução
dos manuscritos salvos das bibliotecas helênicas, parcialmente destruídas pelas guerras. No
ano 800, Haroun Al-Rashid, da história das Mil e Uma Noites, fundou uma escola de
ciências em Bagdá, e a cidade de Córdoba, na Espanha, tornou-se o centro cultural do
império árabe na Europa. Os árabes promoveram progresso considerável em matemática,
desenvolvendo a álgebra (nome de origem árabe), que não era conhecida pelos gregos, e
introduziram os algarismos arábicos, que tornaram os cálculos mais simples do que o
sistema romano. Foi talvez uma das importantes manifestações do crescimento do
conhecimento humano com a relação entre diferentes culturas.
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Talvez o ano de 784 possa ser considerado o início do processo de revitalização da
cultura europeia. Foi nesse ano que o então dirigente do Império Franco, Carlos Magno,
decretou que todas as abadias do Império deviam ter escolas anexas. No ano de 1100 foi
fundada a primeira Universidade, a Universidade de Bolonha, na Itália, à qual seguiram um
pouco depois as Universidades de Paris, na França, e Oxford e Cambridge, na Inglaterra,
tornando-se todas rapidamente centros reconhecidos de atividades acadêmicas e culturais.
1.1.2 A Mecânica de Newton
No seu último livro, Galileu, que morreu no ano do nascimento de Isaac Newton (1642 -
1727), escreveu "o futuro nos conduzirá a uma obra mais ampla e melhor e da qual nosso
trabalho é apenas o começo; espíritos mais aprofundados do que o meu explorarão os
rincões mais ocultos". Pode-se dizer, como veremos, que Newton implementou a tarefa
vaticinada por Galileu.
É necessário mencionar aqui que Newton foi profundamente influenciado pela visão
mecanicista do mundo, criada pelo filósofo e matemático francês René Descartes (1596 -
1650) . Nessa visão, o universo todo está em movimento e sua descrição se resume a
entender as interações básicas dos componentes do universo e formular matematicamente
as leis que regem esses constituintes.
Sua contribuição à mecânica não se resume à sua influência filosófica. Em 1629, escreveu
para Mersenne, outro grande matemático seu contemporâneo: "eu suponho que o
movimento uma vez impresso a um corpo permanece para sempre se não é destruido por
outros meios. Em outras palavras, algo que tenha iniciado seu movimento no vácuo se
moverá indefinidamente com a mesma velocidade", que é a formulação do princípio de
inércia feita posteriormente por Newton.
Descartes estudou ainda a colisão de dois corpos, tendo conjeturado a conservação da
quantidade de movimento, ainda que no movimento em linha reta.
Newton revolucionou a ciência com sua teoria sobre o movimento. Ele desenvolveu as leis
básicas do movimento (da dinâmica) e a da gravitação e estabeleceu a universalidade das
leis físicas. As leis que valem na Terra se aplicam igualmente a qualquer parte do Universo.
Sua lei da gravitação é conhecida, por isso, como Lei da Gravitação Universal.
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Em sua obra publicada em 1687, com o título Philosophiae Naturalis Principia Mathematica
("Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"), enunciou as três leis fundamentais da
Mecânica. Nessa obra Newton procura, como o nome da obra antecipa, aplicar os princípios
matemáticos na descrição dos fenômenos naturais relacionados ao movimento, agora de
uma forma geral.
Os "Principia" se tornaram um texto clássico da Mecânica e a teoria de Newton, um
paradigma de teoria em Física.
Newton apresenta, em sua obra, oito definições básicas para o entendimento do movimento,
que aqui reproduzimos:
1. A quantidade de matéria é a medida da mesma, resultando da densidade e do volume
conjuntamente.
2. A quantidade de movimento é a medida do mesmo, resultando da velocidade e da
quantidade de matéria conjuntamente.
3. A vis insita ou força inata da matéria é um poder de resistência, pelo qual cada corpo, por
quanto de si depender, continua no seu estado presente, seja de repouso ou de movimento
para diante em linha reta. Essa vis insita é também chamada de força de inércia (vis
inertiae).
4. Uma força impressa é uma ação exercida sobre um corpo para mudar seu estado de
repouso ou de movimento uniforme em linha reta. Essa força só existe enquanto dura a
ação.
5. Uma força centrífuga é a que atrai ou impele ou, de qualquer modo, faz tender os corpos
para um centro.
6. A quantidade absoluta de uma força centrífuga é a medida da mesma, proporcional à
eficiência da causa que a propaga do centro pelo espaço em redor.
7. A quantidade aceleradora de uma força centrífuga é a medida da mesma, proporcional à
quantidade de velocidade que gera num tempo dado.
8. A quantidade motora de uma força centrífuga é a medida da mesma, proporcional ao
movimento que gera num tempo dado.
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Depois de ter exposto as definições precedentes, Newton passa a enunciar os Axiomas ou
leis do movimento:
Lei I: Cada corpo continua no seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha
reta, salvo se for compelido a mudar este estado por forças sobre ele impressas.
Lei II: A mudança do movimento é proporcional à força motriz impressa, e é feita na direção
em que a força é impressa.
Lei III: A toda ação corresponde uma reação igual oposta, ou: as ações mútuas de dois
corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas de lados contrários.
Newton deduziu seis corolários:
1. Um corpo, ativado simultaneamente por duas forças, descreverá a diagonal do
paralelogramo no mesmo tempo em que descreveria os lados pelas forças
separadamente.
2. E daí fica explicada a composição de uma força direta AD, a partir de duas forças
oblíquas AC e DC; e inversamente, a resolução de qualquer força direta AD em duas
forças oblíquas AC e CD; as quais composição e resolução são abundantemente
confirmadas pela Mecânica.
3. A quantidade de movimento, que se obtém tomando a soma dos movimentos
dirigidos para as mesmas partes, e as diferenças dos que são dirigidos para partes
contrárias, não sofre variação pela ação dos corpos entre si.
4. O centro de gravidade comum a dois ou mais corpos não altera seu estado de
repouso ou movimento pelas ações dos corpos entre si; e portanto o centro da
gravidade comum a todos os corpos agindo uns sobre os outros (excluindo ações
externas e empecilhos) está em repouso ou se move uniformemente em linha reta.
5. Os movimentos mútuos dos corpos incluídos num certo espaço são os mesmos,
quer o espaço esteja em repouso ou se mova uniformemente para diante em linha
reta sem nenhum movimento circular.
6. Se corpos, movendo-se de qualquer modo entre si mesmos, são impelidos na
direção de linhas paralelas por forças aceleradoras iguais, continuarão todos a se
mover entre si, do mesmo modo como se fossem impelidos por tais forças.
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As citações dos Philosophiae Naturalis Principia Mathematica foram tomadas da
tradução inglesa de Motte revista por Cajori, edição da University of California Press, de
1934, de acordo com o trabalho de Mário Schemberg. A tradução inglesa de Motte foi feita
da terceira edição dos Principia, de 1726. O prefácio da primeira data é de 1686.
Procuramos conservar, na medida do possível, a linguagem newtoniana para evidenciar que
a formulação das leis da mecânica, que é feita atualmente, é bem diversa da formulação
feita por Newton. Algumas das leis ou definições de Newton já estavam, em parte,
compreendidas nos trabalhos de Galileu, Descartes e Christian Huygens (1629 - 1695).
Particularmente, a primeira lei - lei da Inércia - foi formulada por vários investigadores antes
de Newton (Decartes e Huygens, por exemplo). A segunda lei, relacionando força e
aceleração, já era, de alguma forma, do conhecimento de Galileu e Huygens, que haviam
percebido, no caso da queda livre, que a força da gravidade é o que determina a
aceleração. Newton, no caso da 2ª lei, generalizou a relação entre força e aceleração para
todos os movimentos. Sua terceira lei, da ação e reação, deve ser inteiramente creditada a
ele.
O mérito diferenciado de Newton está no fato de ter construído uma formulação teórica de
leis e definições bem estruturada, que contemplava todos os aspectos do movimento então
conhecidos, onde quer que ocorressem. Ao introduzir o cálculo diferencial na descrição de
fenômenos físicos, foi possível a descrição quantitativa dos fenômenos e a previsão de
outros com grande precisão, causando um grande impacto na cultura científica. Outra
contribuição fundamental dada por Newton à ciência foi a lei da Gravitação Universal, uma
das leis fundamentais de interação no universo físico. Newton percebeu que, se dois corpos
de massa ma e mb estão a uma distância d, então surge, em cada um deles, uma força
gravitacional que é diretamente proporcional às massas, inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre eles, tem a direção da linha que une os dois corpos e o sentido
de atração entre eles. Assim, a força que atua numa maçã que cai ao chão tem a mesma
origem que aquela que atua para sustentar a Lua em órbita, mas tem intensidade menor do
que esta última, segundo o quadrado da razão entre a distância da Lua e o raio da Terra.
A partir da lei da Gravitação Universal e das leis do Movimento, foi possível formular o
movimento dos corpos celestes - a mecânica celeste - a partir de ingredientes básicos. A
previsão da posição e velocidade dos corpos celestes passou a ser possível com grande
precisão. Newton aplicou a lei da Gravitação universal para entender o movimento dos
planetas em torno do Sol. A universalidade da gravitação foi posteriormente ampliada
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através das observações de um astrônomo do século XVIII, William Herschel, que decobriu
que estrelas binárias, orbitando uma em torno da outra, obedeciam à mesma Lei da
Gravitação que os planetas do Sistema Solar.
Outra descoberta interessante, no domínio da mecânica, foi a percepção de que as marés
têm relação com a força gravitacional exercida pela Lua sobre os objetos na Terra.
Newton empreendeu seus primeiros estudos sobre a gravitação entre os anos de 1665 e
1666. No entanto, os resultados das suas investigações só apareceram cerca de 20 anos
depois, muito provavelmente porque lhe tomou algum tempo demonstrar que, no movimento
de translação de objetos esféricos, pode-se considerar toda a sua massa como se estivesse
concentrada no centro e usar a teoria geral de movimento de um ponto. O atraso em sua
publicação deveu-se também, em parte, aos seus reveses com a sociedade científica da
época em função de seu caráter.
Para definir de uma forma precisa o conceito de "variação" (o que conhecemos hoje como
taxa de variação de uma grandeza), essencial na descrição do movimento, que envolve
variações do espaço no tempo (velocidades) e variações da velocidade no tempo
(acelerações), Newton criou o cálculo diferencial, método que de fato foi desenvolvido em
parte pelo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 - 1716).
Newton foi nomeado, aos 26 anos, professor da Universidade de Cambridge e, aos 30 anos,
em 1672, foi eleito membro da "Royal Society", fundada dez anos antes, a mais alta honraria
para um cientista na Inglaterra. Segundo seus biógrafos, Newton era uma pessoa isolada,
sempre absorto em seus pensamentos e não muito agradável em seu ambiente de trabalho.
Envolvia-se freqüentemente em controvérsia com seus colegas professores, disputando
prioridade sobre algumas idéias. Suas contrariedades no meio acadêmico teriam contribuído
para o adiamento da publicação de suas idéia, o que aconteceu duas décadas depois por
estímulo de Halley.
Newton abandonou a vida acadêmica aos 50 anos de idade e, em 1696, aos 54 anos, foi
nomeado administrador e, posteriormente, diretor da Casa da Moeda de Londres. Em 1705
foi sagrado cavaleiro, tornando-se Sir Isaac, e recebeu inúmeras outras honrarias ao longo
de sua vida. Faleceu em 1727, com 85 anos.
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Entretanto, consta também que Newton comentou, em certa ocasião, em relação à
contribuição de seus predecessores: "Se fui capaz de ver mais longe, é porque me apoiei
nos ombros de gigantes."
Pouco antes de sua morte, Newton expressou a sua visão sobre seu próprio trabalho da
seguinte forma: "Não sei como apareço aos olhos do mundo; aos meus próprios, pareço ter
sido apenas como um menino, brincando na praia, e divetindo-me em encontrar de vez em
quando um seixo mais roliço ou uma concha mais bela que de ordinário, enquanto o grande
oceano da verdade jazia todo inexplorado à minha frente."
Huygens foi, ao lado de Galileu e Newton, outra figura importante no desenvolvimento da
mecânica. Entre suas contribuições apresentadas no tratado "Horologium oscillatorium sine
de motu pendulorum ad horologia aptato demonstrationes geometricae" (Paris, 1673),
destaca-se:
1) a compreensão da causa do isocronismo do pêndulo, ao descobrir que o período
depende da raiz quadrada da razão entre o comprimento do pêndulo e a aceleração da
gravidade. A partir de Huyghens foi possível construir um instrumento de medir o tempo com
precisão: o relógio de pêndulo.
2) o estudo dos chamados pêndulos físicos, ou seja, o movimento oscilatório de corpos
rígidos. Em particular, inventou a forma de determinar o ponto de oscilação do corpo rígido e
introduziu o conceito de momento de inércia do corpo rígido.
3) o papel e as características da força centrífuga. Ele estabeleceu o princípio da força
centrífuga e demonstrou que estas forças variam na relação direta do quadrado da
velocidade e inversa do raio da curvatura.
Além disso, Huyghens deu importantes contribuições sobre as leis que regem o fenômeno
das colisões. Suas pesquisas neste campo foram colecionadas na obra póstuma "De motu
corporum ex percussione". Nela se constata que Huyghens já tinha conhecimento da Lei da
Inércia: "qualquer corpo em movimento tende a permanecer em linha reta e com a mesma
velocidade até que encontre um obstáculo."
Coube ainda a Huygens estabelecer a expressão correta para a "força viva" ou "capacidade
de ação", a grandeza mv2/2, conhecida hoje como energia cinética.
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1.2 Hidráulica
Hidráulica é uma palavra que vem do grego e é a união de hydra = água, e aulos =
condução/aula/tubo é, portanto, uma parte da física que se dedica a estudar o
comportamento dos fluidos em movimento e em repouso. É responsável pelo conhecimento
das leis que regem o transporte, a conversão de energia, a regulação e o controle do fluido
agindo sobre suas variáveis (pressão, vazão, temperatura, viscosidade, etc).
A hidráulica pode ser dividida em três capítulos, para efeito de estudo apenas: a
hidrostática que trata dos fluidos parados, a hidrocinética, que estuda os fluidos em
movimento, levando em consideração os efeitos da velocidade e a hidrodinâmica que leva
em consideração as forças envolvidas no escoamento dos fluidos (forças da gravidade, da
pressão, da tensão tangencial, da viscosidade, da compressibilidade e outras).
A hidráulica pode ser também dividida em: teórica e prática. A hidráulica teórica também
é conhecida na física como Mecânica dos Fluidos e a hidráulica prática ou hidráulica
aplicada é, normalmente, também intitulada de Hidrotécnica. Dentre as aplicações da
hidráulica destacam-se as máquinas hidráulicas (bombas e turbinas), as grandes obras de
saneamento, fluviais ou marítimas, como as de usinas hidrelétricas, como a Usina
hidrelétrica de Tucuruí, por exemplo, diques, polderes, molhes, quebra-mares, portos, vias
navegáveis, emissários submarinos, estações de tratamento de água e de esgotos, etc.
1.3 – Energia Elétrica
Energia elétrica (AO 1945: Energia eléctrica) é uma forma de energia baseada na
geração de diferenças de potencial elétrico entre dois pontos, que permitem estabelecer
uma corrente elétrica entre ambos. Mediante a transformação adequada é possível obter
que tal energia mostre-se em outras formas finais de uso direto, em forma de luz,
movimento oucalor, segundo os elementos da conservação da energia.
É uma das formas de energia que a humanidade mais utiliza na atualidade, graças a sua
facilidade de transporte, baixo índice de perda energética durante conversões.
A energia elétrica é obtida principalmente através de termoelétricas, usinas hidrelétricas,
usinas eólicas e usinas termonucleares.
1.3.1 – Geração de Eletricidade
A geração de energia elétrica se leva a cabo mediante diferentes tecnologias. As
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principais aproveitam um movimento rotatório para gerar corrente alternada em um
alternador. O movimento rotatório pode provir de uma fonte de energia mecânica direta,
como a corrente de uma queda d'água ou o vento, ou de um ciclo termodinâmico.
Em um ciclo termodinâmico se esquenta um fluido e se consegue com que realize um
circuito no qual move um motor ou uma turbina. O calor deste processo se obtém mediante
a queima de combustíveis fósseis, as reações nucleares ou outros processos, como o calor
proveniente do interior da Terra ou o calor do Sol.
A geração de energia elétrica é uma atividade humana básica já que está diretamente
relacionada com os requerimentos primários da humanidade. Todas as formas de utilização
das fontes de energia, tanto as convencionais como as denominadas alternativas ou não
convencionais, agridem em maior ou menor medida o nosso meio ambiente.
1.3.2 – Transporte de Energia Elétrica
É o segmento responsável pelo transporte de energia elétrica desde as unidades de
geração até os grandes centros de consumo. A atividade também pode ser dividida em
operação e expansão. Exemplos: Cabos e outros condutores. Que formam as linhas de
transmissão.
1.3.3 – Distribuição de Energia Elétrica
A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema elétrico, composto
pelas redes elétricas primárias ( redes de distribuição de média tensão), e redes
secundárias ( redes de distribuição de baixa tensão) , cuja construção, manutenção e
operação é responsabilidade das companhias distribuidoras de eletricidade.
As redes de distribuição primárias, são circuitos elétricos trifásicos a três fios ( três fases ),
ligados nas subestações de distribuição, normalmente são construídas nas classes de
tensão 15 KV, 23 KV, ou 34,5 KV. Nestas classes de tensão, as tensões nominais de
operação poderão ser 11 KV, 12,6 KV, 13,2 KV, 13,8 KV , 21 KV, 23 KV, 33 KV, 34,5 KV .
Os níveis de tensão 13.8 KV e 34.5 KV são padronizados pela legislação vigente, os demais
níveis existem e continuam operando normalmente.
Nas redes de distribuição primárias, estão instalados os transformadores de distribuição,
fixados em postes, cuja função é rebaixar o nível de tensão primário para o nível de tensão
secundário( por exemplo,para rebaixar de 13,8 KV para 220 volts )
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As redes de distribuição secundárias são circuitos elétricos trifásicos a quatro fios ( três
fases e neutro) normalmente operam nas tensões (fase-fase/fase-neutro) 230/115 volts,
220/127 volts, 380/220 volts. Nestas redes estão ligados os consumidores, que são
residências,padarias, lojas, etc, e também as luminárias da iluminação pública.
Estas redes atendem os grandes centros de consumo (população, grandes indústria, etc.)
Os estabelecimentos grandes como prédios, lojas e mercados consomem mais eletricidade,
e necessitam de transformadores individuais de 75 kva, 112,5 kva, 150 kva. Em alguns
casos,a tensão de fornecimento é 380/220 volts ou 440/254 volts.
Todo o sistema de distribuição é protegido por um sistema composto por disjuntores
automáticos nas subestações onde estão ligados as redes primárias, e com chave fusível
nos transformadores de distribuição, que em caso de curtocircuito desligam a rede elétrica.
1.3.4 – Meios de Produção
A electricidade pode ser produzida em grandes quantidades a partir de diversas fontes.
Segue-se uma tabela que indica diversas origens e fontes de energia, o
equipamentoutilizado para a produção, e alguns links adicionais relacionados.
ORIGEM FONTE EQUIPAMENTO VEJA TAMBÉM
CALOR
REAÇÃO NUCLEAR CENTRAL NUCLEAR ENERGIA NUCLEAR, LIXO NUCLEAR
NASCENTES HIDROTERMAIS CENTRAL GEOTÉRMICA ENERGIA GEOTÉRMICA
QUEIMA DE RESIDUOS INCINERADOR CENTRAL DE BIOMASSA RECICLAGEM
QUEIMA DE OUTROS TIPOS DE COMBUSTIVEIS
CENTRAL TERMOELÉTRICA CARVÃO, EFEITO DE ESTUFA
LUZ SOL CÉLULA FOTOELETRICAFOTOVOLTAICA, ENERGIA SOLAR,
PAINEL SOLAR, PAINEL FOTOVOLTAICO
MOVIMENTO
VENTO AEROGERADOR ENERGIA EÓLICA, CENTRAL EÓLICA
MOTOR GERADORENERGIA MECÂNICA, ENERGIA
CINETICA, MOVIMENTO PERPÉTUO
ONDAS DO MAR CENTRAL TALASSOMOTRIZ ENERGIA MAREMOTRIZ
PESOMARÉ
CENTRAL TALASSOMOTRIZ
GRAVIDADE, ENERGIA POTENCIAL, GRAVIDE ENERGIA MAREMOTRIZ
ÁGUAS DOS RIOS TURBINA HIDRAULICACENTRAL HIDROELETRICA,
BARRAGEM, PCH OU MINI-HIDRICA
QUÍMICA REAÇÕES QUIMICAS CÉLULA ELÉCTROLITICAPILHA, ALESSANDRO VOLTA,
OXIDAÇÃO/REDUÇÃO, QUIMICA FISICA
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1.4 – Tratamento Térmico.
Esta etapa para os ferros fundidos não é normalmente necessária, porém se aplica à maioria dos aços. Tratar termicamente um aço significa aquecê-lo em velocidade adequada, mantê-lo em temperatura por um tempo suficiente para que ocorram as transformações e resfriá-lo em um meio adequado de modo a adquirir as propriedades desejadas. O Tratamento Térmico é uma das etapas finais de confecção de ferramentas. Normalmente erros anteriores ao Tratamento Térmico, se manifestam nesta etapa. Quebra precoce de uma ferramenta nem sempre está associada ao tratamento térmico. Esta pode estar associada ao projeto, uso do material incorreto ou não - conforme, usinagem incorreta ou uso inadequado da ferramenta. Os tratamentos térmicos são divididos em duas classificações:
1.4.1 – Tratamentos Térmico Calórico. São os tratamentos térmicos baseados em processos que envolvam o aquecimento de peças somente com calor, sem adição de elementos químicos na superfície do aço.
1.4.1.1 – Revenimento. Tratamento térmico que objetiva reduzir o nível de tensões residuais, principalmente após uma usinagem de grande retirada de massa e soldagem. Aplicado nos aços temperados, IMEDIATAMENTE APÓS A TÊMPERA, a temperaturas inferiores a crítica, resultando em modificação da estrutura obtida na têmpera. A alteração estrutural que se verifica no aço temperado conseqüência do revenido melhora a DUCTLIDADE, reduzindo os valores de dureza e resistência a tração, ao mesmo tempo em que as tensões internas são aliviadas ou eliminadas. Dependendo da temperatura em que se processa o revenido, a modificação estrutural é tão intensa que determinados aços adquirem melhor condição de usinabilidade.
1.4.1.2 – Austêmpera Tratamento térmico onde o aço austenitizado é resfriado num banho de transformação isotérmica, obtendo-se assim uma microestrutura bainítica.
1.4.1.3 – Normalização Tratamento térmico, através do quais determinados aços, após a austenitização, são resfriados ao ar.
1.4.1.4 – Recozimento Tratamento térmico que consiste no aquecimento à temperatura crítica, permanência durante tempo pré-determinado e resfriamento controlado.
Recozimento para recristalizaçãoTratamento térmico, através do qual o material recristaliza-se, resultando uma estrutura com novos grãos, o tamanho de grão dessa estrutura pode ser maior ou menor que o original em função do ciclo térmico e do grau de encruamento.
Recozimento plenoTratamento térmico no qual os aços após austenitização e homogeneização química, são
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resfriados lentamente, normalmente dentro do forno, a microestrutra obtida está prevista no diagrama Fe-C.
Recozimento para alívio de tensõesEste tratamento tem o objetivo de eliminar concentrações de tensões oriundas de processos de usinagem, conformação, solda ou outros processos onde existam acúmulo de tensões.
Recozimento para esfeirodização Busca transformar a cementita lamelar ou sua rede em perlita esfeirodizada.
1.4.1.5 – Têmpera e Revenido Tratamento térmico que tem como objetivo a obtenção de uma microestrutura que proporcione propriedades de DUREZA e RESISTÊNCIA MECÂNICA elevadas. A peça a ser temperada é aquecida à temperatura de austenitização e em seguida é submetida a um resfriamento brusco, ocorrendo aumento de dureza. Durante o resfriamento, a queda de temperatura promove transformações estruturais que acarretam o surgimento de tensões residuais internas. Sempre após a têmpera, temos que realizar o revenimento, para a transformação da martensita em martensita revenida.* Têmpera por chama Aquecimento provém de chama direcionada à peça, através de maçarico ou outro instrumento, podendo assim ser parcialmente temperada. * Têmpera por indução O aquecimento é obtido por indução elétrica, seguida de um resfriamento brusco, normalmente em água.* Têmpera superficial Aquecimento somente da superfície através de indução ou chama até a austenitização, seguida de um resfriamento rápido.* Têmpera total Aquecimento total da peça até temperatura de austenitização seguida de resfriamento, em meio pré-determinado.
1.4.2 – Tratamentos termoquímicos São os tratamentos térmicos baseados em processos que, além de evolver calor, existe a adição de elementos químicos na superfície do aço.
1.4.2.1 – Nitretação Tratamento termoquímico de endurecimento superficial, baseado na introdução de nitrogênio em sua superfície. O processo se realiza, expondo a peça em uma atmosfera do forno rica em nitrogênio.
1.4.2.2 – Carbonitretação Tratamento termoquímico, em que se promove o enriquecimento superficial simultâneo com carbono e nitrogênio.
1.4.2.3 – CementaçãoTratamento termoquímico de endurecimento superficial, baseado na introdução de carbono na superfície. O processo é realizado com a exposição do aço em uma atmosfera rica em carbono livre.* Cementação Gasosa O processo é realizado em fornos com atmosfera controlada, onde o potencial de carbono está acima de 0,5%.* Cementação Líquida
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O processo é realizado em banhos líquidos, com sais fundidos (Banho de Sal).* Cementação Sólida (Em Caixa) O processo é realizado em peças cobertas com material sólido, rico em carbono.
Forno de Tratamento Térmico
Bibliografia Online[Jung – Fornos Jung Ltda. - Forno para Tratamento Térmico] Tratamento Térmico. Online em: http://www.jung.com.br/index.php?pageid=65 - Acesso em 16 de junho de 2009.
1.5 – Usinagem.
O termo usinagem compreende todo processo mecânico onde a peça é o resultado de
um processo de remoção de material.
Existem vários processos de usinagem, entre eles serramento, aplainamento,
torneamento, fresamento (ou fresagem), furação, brochamento, eletroerosão entre outros.
A usinagem começou em tempos remotos com processos totalmente manuais e hoje em
dia evolui muito com o uso de máquinas de alta precisão, por exemplo, chamadas CNC
(com comando numérico computadorizado), que são controladas por computador.
A precisão de tal máquinas chega a ser tão pequena quanto 1 mícron. Para se ter uma
idéia, um fio de cabelo tem o diâmetro de 80 mícrons.
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A usinagem atende, hoje em dia, a diversos mercados, como automotivo, naval,
aeroespacial, eletrônico, eletrodomésticos etc.
1.5.1 - Usinagem como Referencial Pré-Histórico
A Pré-História compreende o período que vai desde o surgimento do homem até o aparecimento da escrita, sendo subdividida em:
Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- fig. Machado de Pedra Lascada) Idade da Pedra Polida (Neolítico-fig. Foice de osso)
Idade dos Metais (fig. Pontas de armas)
Observe que a usinagem evoluiu juntamente com o homem, sendo usada como parâmetro de subdivisão de um período.
Fonte: SOUZA. Osvaldo, "História Antiga e Medieval", Editora Ática
Surge o Princípio da Fabricação
No Período Paleolítico, as facas, pontas de lanças e machados eram fabricados com lascas de grandes pedras. No Período Neolítico, os artefatos eram obtidos com o desgaste e polimento da pedra (Princípio da Retificação).
Surge o Conhecimento de Novos Materiais
O Homem passa a usar metais na fabricação de ferramentas e armas no fim da pré-história. Os primeiros metais a serem conhecidos foram o cobre e o ouro, e , em escala menor, o estanho. O ferro foi o último metal que o homem passou a utilizar na fabricação de seus instrumentos.
A Evolução da Ferramenta
Com a pancada de uma cunha manual surgiu o cinzel, movimentando esta ferramenta para frente e para trás, aplicando-se pressão surgiu a serra.
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Dispositivo da era Neolítica usado no corte de pedras
Um grande avanço nesse período foi a transformação do movimento de translação em movimento de rotação (com sentido de rotação invertido a cada ciclo). Este princípio foi aplicado em um dispositivo denominado Furação de Corda Puxada. A prova da existência desse mecanismo foi uma pintura encontrada em um túmulo datado de 1450 A.C.
A Evolução da Máquina Ferramenta
A figura abaixo mostra que a evolução das máquinas possibilitou que um só homem, com pouco esforço físico, realizasse seu trabalho.
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No século 19 o trabalho do ferreiro era muito lento. Surgem então as máquinas movidas a vapor (energia esta transmitida através da oficina por meio de eixos, correias e roldanas). Mais tarde o vapor seria substituído pela energia elétrica. A introdução de suporte mecânico no torno é um outro exemplo de um grande avanço no processo de fabricação. O suporte eliminou a necessidade de segurar as ferramentas com as mãos, diminuindo portanto o risco de acidentes.
Porém foi durante o período de guerra que ocorreu considerável progresso das máquinas destinadas à fabricação. O marco deste progresso foi o surgimento de partes intercambiáveis.
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1.6 – Inspeção Final.
Antes da liberação ao cliente, toda a documentação pertinente à qualidade e rastreabilidade da peça será comprovada através da checagem dos resultados da analise química do metal, das propriedades mecânicas (ensaios de tração, impacto, dureza, etc.), do dimensional da peça (quando solicitado) e demais requisitos contratuais.
Estando tudo aprovado é emitido o certificado de qualidade e a peça estará à disposição do cliente.
2 – Introdução ao Desenvolvimento.
Apresentando como Trabalho de Conclusão de Curso o projeto do Braço Mecânico
como forma de intensificar o nosso aprendizado na área de mecânica. Decidimos fazer esse
projeto porque tínhamos curiosidade em saber como era o funcionamento do Braço
Mecânico, como era realizado o seu movimento. E através de pesquisas decidimos fazer o
projeto, usando os princípios da Hidráulica. E esse projeto nos ajuda a melhorar os
conhecimentos aprendidos nas aulas de pneumática e hidráulica.
2.1 – Deliminação.
O projeto braço mecânico hidráulico envolve, dentro da área de automação, os atuadores
hidráulicos sendo pesquisado em livros de mecânica e na internet em sites devidamente
próprios para tal área da mecânica. Com base nos itens encontrados, o desenvolvimento se
deu durante 8 meses de aperfeiçoamento do trabalho .
2.1.1 – Relevância
O braço mecânico executa movimentos transferindo objetos pesados de um ponto para
outro diminuindo o esforço humano, através de cilindros hidráulicos.
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2.1.2 – Viabilidade
O Braço Mecânico Hidráulico tem um alto custo para sua fabricação, sendo mais viável
desenvolver uma maquete, que tem um baixo custo financeiro e demonstra com exatidão o
funcionamento do braço mecânico hidráulico e suas características.
2.1.3 – Problematizarão
O nosso projeto busca resolver problemas como carregar objetos pesados, diminuindo o
esforço e o número de operários necessários para a tarefa. Entretanto, encontramos
dificuldade no desenvolvimento do projeto como movimentar os braços e fazer a garra abrir
e fechar manualmente através de uma pressão no fluido no cilindro e o seu
dimensionamento.
2.1.4 - Formulações das Hipóteses
Uma das hipóteses é fazer o braço mecânico movimentar automaticamente adaptando um
dispositivo eletro-hidráulico por botoeiras para tornar o mecanismo mais prático.
2.2 – Objetivo
Reduzir esforço físico, verificar a lei de Pascal, demonstrar o funcionamento do braço
mecânico.
2.2.1 – Metodologia
• Pesquisa em livros e na internet para um melhor planejamento do projeto.
• Visita técnica para o melhor conhecimento sobre o funcionamento das maquinas
hidráulicas para nos ajudar no projeto.
• Entrevista com pessoas da área para um melhor conhecimento cientifico.
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3 – Cronograma.
4 – O Projeto.
Apresentação
No cotidiano as pessoas se deparam com inúmeros “aparelhos” que simplificam suas atividades
físicas extenuantes e penosas, diminuindo muito o esforço físico. O nosso projeto é braço mecânico
hidráulico que possui movimentos na vertical e é acoplado a uma garra. O braço é usado para
transportar cargas pesadas, possui sistema hidráulico que da uma força maior ao braço mecânico, a
posição dos cilindros foi levado em conta para poder dar duas ampliações distintas; pressão e
alavanca, dando assim mais força para levantar cargas, além de aumentar a produtividade do
trabalho e também diminuir a mão de obra visando um lucro maior.
4.1 – Funcionamento
Segundo o princípio de Pascal, que fora enunciado em 1652 por Blaise Pascal (1623-1662),
demonstra que uma variação na pressão aplicada em um fluído ideal (incompressível) confinado é
transmitida integralmente para todas as posições do fluído e para as paredes do recipiente que o
contém.
No braço mecânico cada articulação e montado com dois cilindros, a força (Newton) feita na
menor é proporcional à sua área, ou seja, bem pequena. Quando o fluido (água) é pressionado para o
outro êmbolo, ele produz uma força (Newton) também proporcional a esta área, de modo que a força
será tanto maior quanto maior for a tal área.
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Quando se pressiona o êmbolo pequeno (do cilindro), é extremamente difícil de impedir que o
êmbolo maior suba, pois, como já foi explicado, a força nele é muito maior. O sistema explica os
Princípios de Pascal e Stevin e simula o funcionamento de qualquer dispositivo hidráulico, como
freios de automóveis, direção hidráulica e braço mecânico hidráulico, por exemplo.
O Princípio de Pascal é uma das aplicações tecnológicas mais interessantes na Física. Com ele,
podemos aplicar uma força em uma situação, e a força pode ser multiplicada muitas vezes,
dependendo da área de sua aplicação.
4.1.1 – Croqui
Croqui desenvolvido em Solid Works.
5 – Memorial de Cálculos
Segue todo o memorial de cálculos desenvolvido no projeto.
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5.1. – Cálculos Preliminares
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6 – Conclusão
O Projeto Interdisciplinar “Braço Mecânico Hidráulico” proporcionou uma aprendizagem
prática e integrada das disciplinas estudadas até o terceiro modulo do Curso de Técnico em
mecânica. Explorar a criatividade, o desenvolvimento da capacidade de relacionamento
interpessoal, interação para realizar um excelente trabalho em equipe, foram algumas das
metas alcançadas pelo grupo.
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Sobre o braço mecânico, podemos dizer que sua parte “física” foi desenvolvida de acordo
com o esperado e o tempo disponível.
Porém nós não acreditamos que o Projeto do Braço Mecânico esteja concluído. Acreditamos
que o braço mecânico pode ser trabalhado e melhorado muito mais por outras turmas do
curso. Um exemplo: O braço mecânico que nós desenvolvemos não possui movimentos
horizontais, podendo colocar uma base giratória para fazer o movimento giratório do braço.
Assim o Braço Mecânico Hidráulico poderá deixar de realizar apenas tarefas verticais e
poderá realizar tarefas movendo os objetos na horizontal.
7– Bibliografia
Artigos da Internet
• Como funcionam as escavadeiras Caterpillar. Disponível em:
http://ciencia.hsw.uol.com.br/escavadeiras-caterpillar5.htm
• Construmaquina . Disponivel em: http://construmaquina.blogspot.com/
• Principio de Pascal. Disponível em:
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/2/23/Elevadorpascal1.swf
• N.P.N Parafusos . Disponível em: http://www.npnparafusos.com.br/page002.html
• AlgoSobre . Disponível em: http://www.algosobre.com.br/fisica/principio-de-pascal.html
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