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Centro Cultural Justiça Federal Cinema Mostra Aids Mostra de Filmes Publicitários e Aids Rio de Janeiro, 17 a 21 de setembro de 2008

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Centro Cultural Justiça Federal

Cinema Mostra AidsMostra de Filmes Publicitários e Aids

Rio de Janeiro, 17 a 21 de setembro de 2008

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CCCCCINEMAINEMAINEMAINEMAINEMA M M M M MOSTRAOSTRAOSTRAOSTRAOSTRA A A A A AIDSIDSIDSIDSIDS

Realizada primeiramente em 1997 pelo Grupo PelaVidda/SP, o Cinema Mostra Aids chega ao Rio de Janeiropara entrar definitivamente no calendário cultural dacidade. O propósito do evento, organizado no Rio deJaneiro pela ABIA e apoiado pelo Centro Cultural JustiçaFederal e pela Fundação Schorer, é o de contribuir, pormeio da produção cinematográfica para o debate sobre asituação e os rumos da epidemia da Aids.

Muita coisa mudou desde a notificação dosprimeiros casos de uma doença rara que atingiahomossexuais nos EUA, em 1981, até um dos mais gravesproblemas de saúde pública da atualidade. Hoje, mais de32 milhões de pessoas vivem com HIV/Aids no mundo.Com os avanços da medicina e da ciência, a Aids agoratem tratamento, ao menos no contexto da pequenaparcela de países que consegue garantir à populaçãoinfectada o acesso aos medicamentos. A informaçãoaumentou, o preconceito diminuiu, a doença estábanalizada, mas ainda persistem situações de desrespeitoa direitos e à dignidade dos soropositivos.

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A proposta inédita da mostra surgiu em 1997,momento em que o cinema colecionava ainda poucostítulos representativos que abordassem a Aids e o vivercom HIV. Isso do período mais trágico da epidemia atémeados da década de 1990. A temática dos primeirosfilmes recaía invariavelmente sobre o drama dadescoberta do vírus, o preconceito, a solidão e a morte.Era a Aids terminal. Hoje, já existem filmes retratando avida de pessoas vivendo com HIV/AIDS no período pós-coquetel anti-aids, caso do filme francês “A família deFélix”.

Diante do tabu na poderosa indústriacinematográfica americana, coube à produçãoindependente – sobretudo a européia – o desafio defustigar o assunto. Com o passar do tempo, o acervode títulos foi crescendo e outros gêneros passarama ser explorados. Documentários, dramas, melodramas,musicais e até mesmo comédias românticas foramlançadas, propiciando uma visão mais realista,humanista e cotidiana das pessoas que vivem comHIV/Aids.

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No primeiro caso, boa parte dos exemplos destaprimeira edição da mostra no Rio de Janeiro tem umcaráter documental e investigativo, cujo resultado podesugerir uma nova onda de pessimismo em relação àdoença. Isso não está longe da verdade, como se podeconstatar nos filmes “Cinco Heróis”, “Crônica de umacatástrofe anunciada” e “Sensações – A História da Aids naArgentina”.

Uma boa razão para se realizar e assistir umamostra como essa é a possibilidade de sabermos como ocinema encara a epidemia de HIV/Aids. Nem sempre, porexemplo, a doença se apresenta como principal argumento.Por vezes aparece mais como um componente do roteiro,um elemento secundário na história de um personagem.Nesse sentido, o diretor francês Christophe Honorémaneja muito bem um painel familiar em “Tudo ContraLeo” – este o filho mais velho que se anuncia soropositivo– ao deixar para os olhos do caçula a incumbência deacompanhar os desdobramentos do drama junto com asdescobertas típicas da pré-adolescência. Da produçãonacional, um belo tributo ao talento que se perdeu natrágica epidemia está em “Três Irmãos de Sangue”, sobre

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as vidas de Henfil, Chico Mário e Betinho, este último,fundador da ABIA. Em outros casos pinçados naprogramação, torna-se alentador saber que o cinema temdemonstrado que viver com HIV já é uma situaçãocorriqueira. Ao fazer parte do cotidiano de umasociedade, o tema deve ser tratado com naturalidade ehumanidade. Não é mais a Aids que determina o destinodas pessoas e sim estas que aprenderam a conviver e aenfrentar a doença, apesar das injustiças e dasdesigualdades no acesso a tratamento e prevenção.

Há documentários que denunciam crises e omissões;filmes que trazem dilemas éticos, crises existenciais eabordagens polêmicas; curtas e longas metragens querevelam personagens movidos pela culpa, pelo medo,pela indiferença, pelas fraquezas humanas, mas tambémpela garra, esperança e alegria. São jovens eadolescentes, como no documentário dirigido por MauroDahmer para a MTV, gays, casos dos filmes “A Viagem” e“Sem Garantia de Validade”, entre tantos outrospersonagens que compõem a seleção dessa mostra.

A iniciativa do Grupo Pela Vidda/SP tem atraídocada vez mais parceiros. No Rio de Janeiro, contou com a

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ABIA e o Centro Cultural Justiça Federal, que respeitandoe reconhecendo a importância da mostra, a trouxerampara a população carioca nos mesmos moldes do que foirealizado em São Paulo.

O Cinema Mostra Aids ganha relevância no momento emque a Aids freqüenta cada vez menos o noticiário e sóestá presente em datas especiais ou em campanhasocasionais do governo. É notório o desaparecimento dadoença do centro dos debates, tornando-se um temacada vez mais circunscrito às comunidades afetadas, aosativistas, aos técnicos de programas governamentais eprofissionais dos serviços de saúde especializados. Umevento de apelo cultural para falar sobre Aids surge,desta forma, como uma tentativa de ampliar a discussãopara além dos circuitos médico e militante. O cinema,assim como a sociedade, continua sendo desafiado adescobrir as novas faces da epidemia da Aids e aencontrar novas formas de enfrentá-la.

O Cinema Mostra AIDS está inserido no projeto“Homossexualidades e Prevenção” voltado parahomossexuais jovens e soropositivos do Rio e Grande Rio.Este projeto tem apoio da Fundação Schorer (Holanda).

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FilmesA FAMÍLIA DE FÉLIX 10AFETADO – O PROJETO AIDS 11ALGUÉM AINDA MORRE DE AIDS? 12A VIAGEM 13BABY, BABY 14BASTA UM DIA 15BORBOLETAS DA VIDA 16CABARET PREVENÇÃO 17CERTAS COISAS 18CICLOS DA VIDA —

A HISTÓRIA DA AIDS NO MALAUI 19CINCO HERÓIS 20CIRANDA 21CRÔNICA DE UMA

CATÁSTROFE ANUNCIADA 22DEPOIS DAQUELE ENCONTRO 23DIAS 24E POR FALAR DE VIDA 25ESCOLA SEM HOMOFOBIA 26EU AMO ESSE HOMEM 27HOMENS 28HOUSE OF LOVE 29

JEANNE E O RAPAZ DOS SONHOS 30JESUS CHILDREN OF AMERICA 31JUNTOS PELA VIDA 32LUCKY 33NÓS SOMOS PAPAIS 34O PRESENTE 35OVO 36PEQUENOS GUERREIROS — NASCIDOS

COM HIV 37PROTESTO CONTRA O MONOPÓLIO 38RITOS E DITOS DE JOVENS GAYS 39SEM GARANTIA DE VALIDADE 40SENSAÇÕES — A HISTÓRIA DA AIDS

NA ARGENTINA 41SEXPRESS YOURSELF 42TRANSIT 43TRÊS IRMÃOS DE SANGUE 44TUDO CONTRA LEO 45UMA SEMANA 46WA N’WINA 47YESTERDAY 48

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A FAMÍLIA DE FÉLIX(Drôle de Félix)França, 2000, 95minDireção: Olivier Ducastel e JacquesMartineau

Um exemplo de um olhar renovado sobre aAids. Aqui, a doença deixa de ser o fatordramático impulsionador da trama, emboraconte nas atribuições dadas ao protagonista. Ojovem Félix (Sami Bouajila), filho de imigrantesárabes na França, integra a geração desoropositivos que sobrevive com a ajuda doscoquetéis. Depois de perder o emprego, eleabandona o namorado e parte numa viagempelo interior do país atrás do pai que nuncaconheceu. No caminho, diverte-se, encontranovos parceiros e personagens que coincidemcom seu desejo de reestruturação familiar.

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AFETADO – O PROJETO AIDS(Affected: The Aids Project)EUA, 2006, 30 min.Direção: Gianni-Amber NorthElenco: Winnie Young, Theodore Perkins

Nunca custa repetir as regrinhas básicas de prevenção, como faz esse curta-metragem assumidamente ativista, lançando mão de uma história recorrentemas eficaz. O elenco negro é raro em produções como essa. Akilah (WinnieYoung) e Shaun (Theodore Perkins) chegam aos quatro meses de namoro semterem feito sexo. Depois de suas constantes negativas, ela abre o jogo e pedeao nervoso e confuso namorado que faça seu primeiro teste de HIV. Ele serecusa, acredita que não teve relacionamentos suficientes para ter corridorisco etc. De sua parte, a jovem não quer arriscar tudo só na camisinha.Instala-se o dilema, enquanto Akilah apoia um amigo soropositivo e Shaunrecebe algumas lições de um amigo que trabalha numa clínica médica.

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ALGUÉM AINDA MORRE DE AIDS?(Does anyone die of aids anymore?)EUA, 2002, 25min.Direção: Louise Hogarth

Para a diretora Louise Hogarth a Aids não estátotalmente controlada. Nesta breve investigação dorisco de mortalidade por causa da doença, numaépoca em que muitas vidas são salvas graças aoscoquetéis, a realizadora adota uma perspectivacautelosa sobre o possível declínio de progressão dainfecção pelo vírus HIV. Ela mesma sintetiza a maiorpreocupação relatada no curta-metragem:“Descobertas médicas recentes deram nova esperançapara aqueles que vivem com a Aids; num tempoquando muitas pessoas perderam um amor, um amigo,um membro da família ou um colega, o medo dadoença não deve ser esquecido, nem se deve fazer deconta que ela está sobre controle; ainda há centenasde pessoas vítimas do HIV.” Trata-se do barebacking eas festas nas quais homossexuais são infectadosvoluntariamente pelo vírus de parceiros soropositivos.Questiona também a efetividade de novos tratamentose alerta para uma “terceira onda” da doença que incluia mutação do vírus e a associação a um câncer.

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A VIAGEM(The Trip)EUA, 2002, 94 min.Direção: Miles SwainElenco: Larry Sullivan, Steve Braun,Alexis Arquette

Alan (Larry Sullivan) é um jornalistarecém-formado e tipo conservador atéencontrar Tommy (Steve Braun), ativistados direitos dos homossexuais. Aprincípio, a aproximação é justificadapela intenção do primeiro, pordeclaração hetero, de escrever um livrosobre os gays. Mas rapidamente arelação embala num romance que teminício em 1973 e atravessa os anos 80,pretexto para o diretor Miles Swainrepresentar o painel de mudanças daliberdade sexual e o surgimento dasprimeiras mortes pelo vírus HIV. Deforma muitas vezes bem-humorada, semuma preocupação explícita deengajamento, essa realidade é espelhadapelas diferenças nas trajetórias dosprotagonistas e no debate nacionalsobre homossexualidade em torno deles.

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BABY, BABYFrança, 2005, 3min37sDireção: Erik Vervroegen

Sucesso na Internet, o filme animado produzido pela ONG francesa AIDES paraincentivar o uso de preservativo traz roteiro lúdico e criativo, e é uma peçarara de prevenção dirigida a mulheres jovens, população cada vez maisexposta ao risco de infecção pelo HIV em todo o mundo.

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BASTA UM DIABrasil, 2006, 55min.Direção: Vagner de Almeida

Aborda a vida de brasileiros ebrasileiras que tentam sobreviver adura realidade de violênciasimpostas ao seu cotidiano. Sãotravestis, homossexuais, boys,monas, gays, enfim, habitantes daBaixada Fluminense, que enfrentamo preconceito, a agressão física ea morte fisica e social nas margensda rodovia Presidente Dutra,principal ligação entre as duasmaiores e mais ricas metrópoles dopaís, Rio de Janeiro e São Paulo.

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BORBOLETAS DA VIDABrasil, 2004, 38 min.Direção: Vagner de Almeida

O filme “Borboletas da Vida” desvenda a realidade dos jovenshomossexuais que vivem na periferia das grandes cidades, sofrendo osefeitos da pobreza e da miséria, sem perder sua dignidade, suacriatividade... Homossexuais, transformistas, borboletas da vida realbrasileira... eles/elas “carregam, a mulher na bolsa”, experimentamcom as possibilidades e os limites do gênero e da sexualidade, eenfrentam a discriminação com força, coragem, e determinação...Lutam pelo direito de ser diferente e exigem, de diversas maneiras,que a sua diferença seja respeitada. Neste filme temos a “bravagente” que a televisão brasileira não nos mostra!

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CABARET PREVENÇÃORio de Janeiro, 1995, 20 min.Direção: Vagner de Almeida

Fruto da Oficina de TeatroExpressionista, desenvolvidapelo Projeto Homossexualidades(ABIA/Pela VIDDA/SP), o vídeoprocurou levar para o palco, demaneira bem-humorada aomesmo tempo que reflexiva, arealidade do cotidiano dahomossexualidade e o impactoda epidemia da AIDS, através detextos escritos, encenados eproduzidos pelos própriosparticipantes. O espetáculoreproduz varias situações, taiscomo, violência, sedução, amor,homofobia, soropositividade,entre outros.

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CERTAS COISASBrasil, 2006, 19 min.Direção: Claudio Maneja Jr.Elenco: Emerson Meneses, Rodolfo Araújo

Para fugir de sua dor e da solidão, Felipe criaum mundo particular onde consegue diferenciaras pessoas, com aspereza e poesia, por meio delentes de estranhos óculos. Nesse curta-metragem, o preconceito, o medo de ficar só ea difícil tarefa de recomeçar são os desafios queo protagonista tem de enfrentar.

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CICLOS DA VIDA -A história da aids noMalaui(Lifecycles: a Story of AIDS inMalawi)Malawi, 2003, 52min.Direção: Sierra Bellows e DougKarr

O drama que afeta o Malaui, pequenopaís da África Oriental, complementao quadro igualmente trágicoapresentado no documentário CincoHeróis, título presente naprogramação da mostra e que englobaa África do Sul e o Botsuana. A rigor,não há muitas diferenças na epidemiade aids que assola as nações africanas, mas a dupla de diretores Sierra Bellowse Doug Karr toca em pontos essenciais nem sempre explorados. Ao percorrerdurante oito meses o Malaui, onde morrem duzentas pessoas por diainfectadas pelo HIV, os realizadores lembram questões culturais e religiosas.Há o fato, por exemplo, de um homem ter várias esposas e não raro infectartodas, tragédia que se estende aos filhos. Outra preocupação das entidades decombate à doença está na tradição do povo de procurar um curandeiro antesmesmo de um hospital e acreditar na cura da doença. Médicos, líderesgovernamentais e religiosos, ativistas e vítimas do HIV dão seu depoimentocom a música de Bobby McFerrin ao fundo.

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CINCO HERÓIS(5 Heroes of Aids in Africa)EUA/África, 2004, 60 min.Direção: Neil Halloran

Neil Halloran, estudante de mídia digital naUniversidade da Pensilvânia, dedicou-se aodocumentário entre 2002 e 2004, depois de umaviagem de cinco meses à África. Seus heróis na batalhacontra a proliferação do HIV são pessoas comuns,alguns profissionais da área de saúde, outrosvoluntários, mas todos engajados em projetosalternativos à política pública. Quatro dospersonagens pinçados pelo diretor atuam na África doSul, na região denominada de Cabo Ocidental, ou apartir de Joanesburgo, a maior cidade do país. É ocaso do jovem Mandla e da dona-de-casa Makazi, àfrente de projetos em bairros miseráveis da Cidade doCabo, e do pediatra Paul Roux, que trata recém-nascidos soropositivos num grande hospital. Adelaidee o pai mantêm um projeto de conscientização eprevenção da aids. Sua estimativa é impressionante:um em cada três sul-africanos é portador do vírus.Única entre os retratados infectada pelo HIV, Julietestá no Botsuana e tornou-se uma voz involuntária noesclarecimento da doença ao ser a primeira pessoa desua vila a assumir a infecção publicamente.

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CIRANDABrasil, 2007, 3 min.Direção: Rafaela Dias

Uma menina de dez anos altera o cotidiano de dezpessoas, que passam a ter suas vidas interligadas porhistórias em torno da aids.

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CRÔNICA DE UMACATÁSTROFE ANUNCIADA(Chronique d’une Catastrophe Annoncée),EUA/ França, 2001, 52 min.Direção: Philip Brooks

A epidemia de aids ameaça a humanidade, em especialo continente africano, mesmo depois de mais de 20anos de existência da doença. Este documentárioinvestiga quais as razões de indivíduos, instituições egovernos não conseguirem combatê-la, ainda quediante da urgência de uma catástrofe anunciada emescala planetária. Ao buscar na África e em outrospontos do mundo aqueles que se engajam na luta pelavida, a fita obriga a um olhar mais próximo dasrealidades políticas, algumas vezes cínicas. Resta umainterrogação sobre a capacidade coletiva de crer nummundo igualitário e solidário.

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DEPOIS DAQUELE ENCONTRO(Phir Milenge),Índia, 2004, 145 min.Direção: Revathi MenonElenco: Shilpa Shetty, Abhishek Bachchan, SalmanKhan

Seria um típico exemplar de “Bollywood” (a Hollywood daÍndia, maior produtora de filmes do mundo), com romance,tom melodramático e performances musicais misturando-seao enredo, não fosse o fato de ser o primeiro título lançadono país a abordar a questão da aids. A presença de estrelaslocais no elenco chamou a atenção e ajudou a popularizar oprojeto, apoiado e elogiado pelo UNAIDS (programa dasNações Unidas sobre HIV/Aids). São quase dois filmes emum, com uma perspectiva que lembra o embate de Filadélfia(2000). Na primeira parte, a jovem e bem-sucedidapublicitária Tamanna (Shilpa Shetty) reeencontra um antigoamor e descobre que está infectada pelo HIV. Demitida,acredita que o dono da empresa a afastou devido à doença.Parte, então, para o tribunal, drama da hora e meiaseguinte da fita. Temas como a transmissão do vírus, auto-estima, discriminação e os direitos humanos podem não sernovidade para o Ocidente, mas apontam indícios do poucoesclarecimento sobre a doença entre essa populosa nação.

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DIAS(Giorni)Itália, 2001, 90min.Diretor: Laura Muscardin

A fita italiana pertence a um terceiro movimento na representação da aidspelo cinema. Depois dos filmes sobre os primeiros casos da doença, os dramasdos soropositivos e dos títulos engajados na conscientização e no sexoseguro, esta produção é uma das poucas a enfocar a convivência possível como vírus HIV. Nesta categoria encaixa-se o personagem Claudio (ThomasTrabacchi), um executivo gay bem-sucedido e com um relacionamento estável.Sua preocupação com a enfermidade não exige mais que o coquetel demedicamentos diário e um check-up mensal no hospital. O relativo bem-estarpermite, inclusive, que ele se apaixone por um jovem garçon e dê umareviravolta em sua vida.

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E POR FALAR DE VIDABrasil, 1995, 32 min.Direção: Alfredo Neves

Vídeo produzido através de três historias devida, relatando o cotidiano, os prazeres, arepercussão da descoberta da sorologiapositiva, bem como as atitudes desolidariedade e expectativa de vida depessoas vivendo com HIV/AIDS. Com basenestes depoimentos, retratou-se a lutaatravés da justiça, da mobilização desegmentos da sociedade e do ativismo dosgrupos de auto-ajuda.

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ESCOLA SEM HOMOFOBIABrasil, 2006, 18 min.Direção: Luciana Kamel e Vagner deAlmeida

Vídeo centrado nas oficinas realizadas comprofessores da Rede Pública de Ensino deNova Iguaçú e Duque de Caxias sobre atemática da homossexualidade nas escolas.Mostra como a vivência na escola pode serum caminho para o exercício da cidadaniaplena e um ambiente de respeito àdiversidade sexual.

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EU AMO ESSE HOMEM(L´homme que j’aime)França, 87 min., 1997Direção: de Stéphane Giusti

A trama é clássica. Gay se interessa porrapaz confuso com sua identidadesexual, a princípio é rechaçado, masinsiste, insiste...O drama romântico de Stéphane Giusti,realizada para TV, retrata com charme esimpatia a difícil “saída do armário”, apaixão num meio reconhecidamentevolátil e evolui para o papo sério quando Lucas (Jean-Michel Portal), oassumido, revela ser soropositivo para o novo parceiro Martin (Marcial DiFonzo-Bo). O cenário é Marselha, no sul da França, onde os dois protagonistastrabalham numa escola de natação. Martin surge como o novo professor eatrai o interesse de Lucas. Mas além de tímido e fechado, o moço se relacionacom uma garota (Mathilde Seigner). No rito de conhecimento de Martin, amãe de Lucas (Vittoria Scognamiglio), decidida e protetora, exercerá papelfundamental. O diretor Giusti aproveita a postura de fuga da doença de Lucaspara mostrar o engajamento da entidade Act Up e os protestos para aliberação, pelo sistema de saúde, dos coquetéis de tratamento.

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HOMENSBrasil, 1993, 23 min.Direção: Alfredo Alves

Através dos depoimentos de três homens, o vídeo mostraquestões relativas a vivencia da homossexualidade masculina,como o amor e sexo entre homens, identidade, casamento,preconceito e discriminação, o impacto da epidemia, luto,entre outras. O vídeo procura sensibilizar a população a adotaratitudes mais positivas sobre a homossexualidade.

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HOUSE OF LOVE(House of Love)EUA/Namíbia, 2001, 26minDireção: Cecil Moller

O curta-metragem integra a série documental de 33 títulos Steps forthe Future, uma espécie de mapeamento da Aids no sul da África, hojea região com maior incidência de soropositivos no mundo. No caso, ocenário é o pequeno porto Walvis Bay, na Namíbia, e as personagensas prostitutas locais. Elas dependem das rápidas visitas dosmarinheiros para sobreviver e contam ao diretor Cecil Moller osmotivos que as levaram ao trabalho. Falam ainda de amor, sexo,pecado e uma noção muito pessoal de redenção, enquanto ofantasma da Aids ronda seu cotidiano.

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JEANNE E O RAPAZDOS SONHOS(Jeanne et le GarçonFormidable),França, 1998, 98 min.Direção: Olivier Ducastele Jacques MartineauElenco: Virginie Ledoyen,Mathieu Demy

A mesma dupla de diretores que filmaria dois anos depois A Família de Félix,sobre um rapaz que vive com aids em busca de suas raízes, assina esse híbridode musical, drama romântico e fita militante. A fórmula de intercalar cançõesaos diálogos remete ao clássico do cinema cantado Os Guarda-Chuvas do Amor(1964), do francês Jacques Demy. O filho do cineasta, Mathieu Demy,interpreta o jovem Olivier, ex-viciado em heroína e portador do vírus HIV.Depois de um encontro casual no metrô, Jeanne (a gracinha VirginieLedoyen), garota de muitos amores, apaixona-se pelo rapaz. Mas orelacionamento entra em crise quando a doença de Olivier progride. A tramadá a deixa para manifestações públicas dos ativistas do Act Up, organizaçãode combate à doença, num momento em que a política governamental eraprecária e ainda eram mais limitadas as chance de sobrevivência para osinfectados, pois ainda estava no início a era dos coquetéis.

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JESUS CHILDREN OF AMERICA(Jesus Children of América)EUA, 2005, 20minDireção: Spike Lee

O curta-metragem do polêmico diretor de Faça a Coisa Certa é parte doprojeto Crianças Invisíveis, longa-metragem em sete capítulos que,com o apoio da Unicef, pretende dar um panorama do drama demeninos e meninas marginalizados ao redor do mundo. A visão deSpike Lee é uma das mais raivosas e menos condescendentes. Enfocao tormento diário de Blanca (Hannah Hodson), uma garota doBrooklyn, em Nova York, que nasceu com o vírus HIV por conta deseus pais drogados. O cineasta toca na ferida ao ilustrar com tintasfortes o preconceito das colegas e dos vizinhos de Blanca sem deixarde vislumbrar um bocado de esperança na ajuda assistencialoferecida por entidades nos Estados Unidos.

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JUNTOS PELA VIDA(Life Support)EUA, 2007, 88 min.Direção: Nelson GeorgeElenco: Queen Latifah, Anna DeavereSmith, Wendell Pierce, Rachel Nicks

A presença da estrela negra Queen Latifahincrementa essa produção baseada numahistória real e com fôlego dramático por si só.Ela interpreta Ana — na vida real é AndreaWilliams — ex-viciada em drogas e soropositivaque tornou-se uma ativista no alerta da aidspelas ruas do Brooklyn. Na vida pessoal, Anatenta equilibrar uma delicada equação entre anova família, formada por seu segundo marido ea caçula, e a pós- adolescente Kelly, filha doprimeiro casamento que cresceu com a avódepois que a mãe perdeu o direito sobre suaguarda. As três mulheres vivem às turras atéque a necessidade de ajudar um amigo de Kelly,um jovem com HIV abandonado à própria sorte,serve de pretexto para um possível acerto decontas. Além da trama central, a fita contemplarapidamente dramas paralelos, tanto pelosdepoimentos de mulheres no grupo de terapiado qual Ana participa, como na entidade deapoio em que ela trabalha.

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LUCKY(Lucky)França/África do Sul/Inglaterra, 2005, 20 min.Direção: Avie LuthraElenco: Joy Mwandla,Muthal Naidoo

No premiado drama de curta-metragem, Lucky é um garoto órfão sul-africano que vive com HIV que sonha em sair de seu vilarejo de etniazulu para Durban, uma das grandes cidades do país. Enquanto isso, eleaprende muito sobre a vida ao ter um inesperado encontro com umavizinha indiana. Além do tema da aids, a fita também aborda odelicado universo de convivência entre o povo sul-africano e osimigrantes de origem hindu com seu rigoroso sistema de castas.

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NÓS SOMOS PAPAIS(We Are Dad)EUA, 2005, 68 min.Direção: Michel Horvat

O universo das crianças que vivem comHIV une-se neste documentário ao temacontroverso da adoção por homossexuais.Os personagens são Roger, Steven e oscinco bebês infectados pelo HIV que ocasal acolheu em diferentes momentos ecria há 17 anos. Ex-enfermeiros da ala depediatria de um hospital em Miami, elesacompanharam o drama desses recém-nascidos abandonados e deram-lhes umlar, enfrentando não só o preconceito desua opção sexual e da aids, mas tambémracial, na medida em que três dos “filhos”são negros. A batalha maior, no entanto,não é a exigente rotina pelo conforto esaúde das crianças, mas a que se dá naesfera legal, já que o estado da Flóridanão reconhece o direito de adoção aosgays. Na tentativa de dar andamento a umnovo processo na justiça americana, afamília mudou-se para o estado doOregon.

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O PRESENTE(The Gift)EUA, 62 min., 2002Direção: Louise Hogarth

Bug chasers, gift givers,convertion party, barebacking eram expressõesrestritas a uma parcela dacomunidade gay até omomento em que a diretoraLouise Hogarth as trouxe apúblico nesse controverso documentário. Comecemos pelo título. The Gift,ou O Presente é o vírus HIV. Bug Chasers são aqueles parceiros que queremvoluntariamente ser infectados pelo vírus e gift givers, os soropositivos e“doadores” em potencial. Para consumar a transmissão do HIV, osinteressados marcam encontro, em geral por sites especializados, naschamadas festas de conversão. Fecha-se, assim, o intrigante círculo, que ofilme procura discutir a partir de um pressuposto básico desses personagens.Eles acreditam que ao disseminar a Aids e torná-la a regra, não a exceção,estarão poupando a si mesmos e a comunidade do medo da infecção e daspreocupações com o sexo seguro. Uma lógica invertida graças àpossibilidade atual de convivência com a doença, outro ângulo debatidona fita. Há depoimentos de soropositivos ativos, de quem se infectoudeliberadamente — o caso de um rapaz arrependido e aterrorizado — degrupos de terapia e demais envolvidos. São vozes polêmicas que surpreendemmesmo aqueles representantes mais engajados e bem informados do universohomossexual.

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OVO(Ovo – das Video)Alemanha, 2005-2006, 17 min.Direção: Michael Brynntrup

Christoph Josten, ou Ovo Maltine, morreu em 8 de fevereiro de 2005,em Berlim, onze semanas depois de ser diagnosticado com um câncerlinfático. A lendária drag queen sobreviveu ao virus HIV por trezeanos. Dedicou-se a causas como a ajuda a gays vítimas de todo tipode agressão, a legalização da maconha, o reconhecimento daprostituição como profissão, a visibilidade dos transgêneros, aeventos em benefício a pessoas que vivem com HIV e a entidadescomo Act Up.

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PEQUENOS GUERREIROS - NASCIDOS COM HIV(Little Warriors)EUA, 2003, 65min.Direção: Ash Baron Cohen

Dillon Card, Bert e Sophia Ramirez são alguns dos jovens entrevistados nestedocumentário, entre crianças e adolescentes, que convivem muito bem com aAids. Exibida na 29ª Mostra BR de Cinema, a fita é narrada pelo ator JamesWoods e traz aquele tom bem humorado reconfortante para um tema tão árduoe dolorido. O diretor Ash Baron Cohen explicou que a idéia surgiu quando aprodutora Allyson Tang decidiu ser voluntária num acampamento para criançassoropositivas. “Ficamos surpresos ao descobrir que elas não pensam napossibilidade da morte e nem sugerem autocompaixão”, lembrou.

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PROTESTO CONTRA O MONOPÓLIO(Pills Profits Protest)EUA, 2003, 60min.Direção: Ann T. Rossetti

O documentário mostra o empenho de militantes pelomundo em protesto pela falta de medicamentos contrao vírus HIV. A análise crítica engloba a batalha de paísespobres e indivíduos marginalizados contra os governos eas indústrias farmacêuticas para ter acesso aos remédios. Há um momentodedicado ao Brasil, que conquistou uma vitória na quebra de patentes deantiretrovirais. Ex-ministro da Saúde do governo FHC e atual governador doEstado de São Paulo, José Serra é visto em discurso na ONU. A fita tambémaborda o destino dos 50 bilhões de dólares do Fundo Global para odesenvolvimento de remédios contra a Aids.

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RITOS E DITOS DE JOVENS GAYSBrasil, 2002, 43 min.Direção: Vagner de Almeida

Esta fita nos oferece uma tela viva quedesvenda a vivência do jovem homossexual emtempos de AIDS — o seu sofrimento e a suaalegria, as suas angústias e os seus sonhos. Ovídeo fala com as palavras dos jovens, sobre assuas experiências e as suas vidas e, acima detudo, sobre a sua coragem em enfrentar comdignidade e honestidade uma sociedadetantas vezes injusta e opressiva.

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SEM GARANTIA DEVALIDADE(No Magic Bullet)Inglaterra, 2007, 58 min.Direção: Jaime Sylla

As questões levantadas pelo documentário atualizam o cenário da epidemia daaids e, principalmente, focam a Inglaterra, país pouco representado nacinematografia sobre o assunto. Profissionais de saúde, educadores,acadêmicos, especialistas da medicina e pessoas que vivem com HIV oferecemum parâmetro da situação da doença no momento e debatem a razão doaumento da infecção entre gays, o efeito da internet na prática sexual e aeficiência da educação sexual no contexto inglês. O filme acompanha aindaum jovem que fará o teste de HIV pela primeira vez. Sexo seguro e osignificado de viver na dependência do coquetel de drogas também estão napauta.

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SENSAÇÕES - A HISTÓRIADA AIDS NA ARGENTINA(Sensaciones – Historia del Sidaen la Argentina),Argentina, 2006, 80 min.Direção: Hernán Aguilar

A Argentina, em que pese a simplesexistência deste documentário, nãoviveu de forma muito diferente oimpacto do aparecimento da aids em comparação aos seus vizinhos latino-americanos. Ou seja, deu-se conta tardiamente da tragédia e demorou a tomarmedidas importantes de conscientização, prevenção e tratamento em largaescala a partir de projetos governamentais. Como é habitual, iniciativas dealerta à população e apoio às vítimas ficaram por conta de associaçõesparticulares e grupos de voluntários engajados, a exemplo de uma organizaçãovoltada para as lésbicas. Num formato que une cenas ficcionais e depoimentosde especialistas, autoridades do governo e soropositivos, o filme acompanhaos avanços conquistados num lento e penoso processo. Conta, entre outraspassagens, a luta de um jornalista infectado em montar um hospital dedicadoapenas aos portadores de HIV e que hoje leva seu nome, além da talvez tardialei federal que garante assistência aos doentes.

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SEXPRESS YOURSELFBrasil, 2006, 60 min.Direção: Mauro Dahmer

O documentário reúne trêsadolescentes – um brasileiro, ummexicano e um jamaicano – esuas opiniões sobre sexo, drogas,rock, machismo, homofobia ehipocrisia. Em pauta também,questões como a prevenção dovírus HIV. Participam ainda daprodução o escritor EduardoBueno, os jornalistas AndréFischer e Madela Bada, ocoreógrafo jamaicano ConroyWilson e o fotógrafo mexicanoGonzalo Morales. O registro foiproduzido pela MTV brasileira emparceria com a MTV latino-americana e sua versão baseadano Caribe, a Tempo, com apoio daUnicef e da Fundação StayingAlive.

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TRANSIT(Transit)Inglaterra, 2005, 90min.Direção: Niall MacCormick

O primeiro longa-metragem produzido paraa TV pela MTV estreou na telinha em 1º dedezembro de 2005, Dia Mundial da Lutacontra a Aids. A fita faz parte de umacampanha de prevenção entre os jovensque tem o apoio da Fundação Staying Alive. Ambientada em quatro países,a trama acompanha o drama e as aventuras de protagonistas que vivem naCidade do México, Los Angeles, São Petersburgo (Rússia) e Nairóbi (Quênia).Entre os personagens estão a americana Asha, desconfiada da fidelidade donamorado, e o africano Matthew, mergulhado na cultura hip-hop de seu país.

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TRÊS IRMÃOS DE SANGUEBrasil, 2005, 104 min.Direção: Angela Reiniger

Os três irmãos de sangue a que se refere otítulo do documentário são os mineirosBetinho, Henfil e Chico Mário. Hemofílicos,foram infectados pelo vírus HIV através datransfusão de sangue e morreram decomplicações da Aids. O trio tornou-se umsímbolo da luta contra a doença no Brasil e ofato do país hoje ser visto como referênciamundial no combate à epidemia tem muito aver com o pioneirismo de ativistas como eles.Além de acompanhar essa dolorosa trajetória,a fita ainda enfatiza como as atuações de cada um pelos direitos humanos semisturam à história política, social e cultural do Brasil na segunda metade doséculo XX. O sociólogo Herbert José de Souza, o Betinho, foi o fundador doIbase, da ABIA e da Campanha Contra a Fome e a Miséria e Pela Vida. Já ocartunista Henrique de Souza Filho, o Henfil, foi uma voz potente pela voltados exilados da ditadura militar e criou o slogan “Diretas Já”, enquanto omúsico Francisco Mário de Souza defendeu a produção musical independentee compôs canções contra a tortura.

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TUDO CONTRALEO(Tout Contre Léo)França, 2002, 88 min.Direção: ChristopheHonoréElenco: PierreMignard, YanissLespert, Marie Bunel,Rodolphe Pauly.

Antes de realizar o ótimo Em Paris (2006), já exibido no circuitobrasileiro, e Canções de Amor (2007), o diretor francês Christophe Honoréassinou esse delicado drama. O cenário é uma pequena cidade no litoralda Bretanha, região onde o cineasta nasceu e lar perfeito para um casale seus quatro filhos. Leo (Pierre Mignard) é o mais velho. Aos 21 anose gay, ele anuncia à mesa que seu teste para HIV resultou positivo.A harmonia do clã sofre um abalo, mas só o suficiente para todos seunirem mais em apoio a Leo – exceto o caçula de 12 anos Marcel(o ótimo Yannis Lespert), que embora poupado da notícia pelos paise irmãos, acaba por ouvir tudo atrás da porta. A partir daí, a trama sedesenrola através dos olhos do garoto, não só em relação às possíveisconsequências dramáticas da doença, mas também às experiênciastípicas da idade de um pré-adolescente. São momentos de pausa nalinha dramática, a exemplo da viagem a Paris de Leo e Marcel, que dãoequilíbrio ao filme. A boa trilha sonora inclui o cantor Lloyd Cole emúsicas de Alex Beaupain, parceiro habitual de Honoré.

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UMA SEMANA(One Week)EUA, 2001, 97 min.Direção: Carl SeatonElenco: Kenny Young, SaadiqaMuhammad, Eric Lane

Filme independente americano com elenconegro reafirma a necessidade de falardiretamente à comunidade sobre prevençãoe a possível convivência com a aids. Osatores principais estão envolvidos tambémna produção e no roteiro. Num bairro deChicago, Varon (Kenny Young) e Kyia(Saadiqa Muhammad) estão a uma semanado casamento quando ele fica sabendo queseu nome aparece numa lista de prováveisinfectados pelo vírus HIV. Seu melhoramigo recebe a mesma notícia de umaagente de saúde e convence Varon aprocurar pela garota que provavelmente osinfectou. Enquanto aguarda pelo resultadofinal do exame de HIV, o noivo vive odilema de contar ou não o drama à futuraesposa e enfrenta novos incidentes nãomenos problemáticos.

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WA N’WINA(Wa n’wina)África do Sul, 2001, 52minDireção: Dumisani Phakathi

O jovem diretor sul-africano retorna a seu bairro natal, em Soweto, para colherdepoimentos de amigos de infância. O objetivo: saber como a Aids afetou ocotidiano deles. As conversas giram em torno de relacionamentos, tradições,tabus, amor e sexo. Entre os colegas estão Phumla e Timothy, que expõemsuas emoções ao relatar a dureza das ruas e as escolhas que foram forçados afazer. Com a câmera no ombro e incisivo nas perguntas, Phakathi faz ummergulho em suas raízes para revelar o abismo existente entre a realidade e ascampanhas de prevenção contra a doença em seu país.

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YESTERDAY(Yesterday)África do Sul, 2004, 96min.Direção: Darrell Roodt

Além da curiosidade de ser oprimeiro filme na língua Zulu (eindicado para representar a Áfricado Sul no Oscar), esse drama trazuma rara visão do epicentro da epidemia da Aids no mundo. Numaremota aldeia africana, Yesterday (personagem de Lelei Khumalo) édiagnosticada com o vírus HIV. Apesar da doença não ser mais umasurpresa entre seu povo, ela é vítima da ignorância. Enfrenta durasreações tanto por parte do marido (Kenneth Kambula), que a infectou,como por parte dos moradores do vilarejo. Eles acreditam que a jovemadquiriu o vírus em alguma situação pecaminosa. Rechaçada, Yesterdaysonha em ficar saudável até ver sua pequena filha ir para a escola. Aúnica pessoa com que pode contar é justamente a professora local(Harriet Lenabe).

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Paralelamente ao Cinema Mostra AIDS, acontecerá a Mostra deFilmes Publicitários e Aids. No total, serão exibidos 71 filmespublicitários provenientes de 20 países. Dividida em quatro blocosreferentes a procedência dos trabalhos – Brasil, América Latina, EUA/Canadá e Europa – a mostra exibirá filmes de campanhasgovernamentais e outras produzidas sob encomenda paraorganizações não-governamentais e para a iniciativa privada. Dentreas fontes de pesquisa para a seleção dos filmes, destacam-se festivaispublicitários realizados ao redor do mundo, acervos de agências depublicidade, vídeos disponibilizados na internet e outras duasiniciativas da maior relevância neste universo: Vhideo America, umacoletânea de campanhas realizada por países latino-americanos ecaribenhos, lançada em 2007 pela Organização Pan-americana deSaúde (OPAS), e Aids Remember-me, concurso de filmes sobre Aidsproduzido por países europeus e realizado pela União Européia em2006. No Brasil, foram selecionadas, entre outras, campanhasrealizadas pelo Ministério da Saúde, pela MTV e por organizações não-governamentais.

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A Mostra de Filmes Publicitários e Aids apresenta uma seleçãode campanhas realizadas em todo o mundo. No total, são 71 filmesprovenientes de 20 países. Eles integram campanhas de prevenção ede informação veiculadas principalmente na televisão e na internet.São, em sua maioria, filmes de 30 segundos de duração, que revelama diversidade cultural, mostram a evolução de linguagem e deconteúdo das campanhas e formam um importante painel sobre asmúltiplas formas de abordagens do HIV e da Aids nesta mídia.Dividida em quatro blocos, a mostra exibirá filmes de campanhasgovernamentais e não-governamentais produzidos no Brasil, AméricaLatina, EUA/Canadá e Europa.

No início da epidemia as campanhas associavam Aids à morte e,por isso, disseminavam o terror e a desinformação. Em seguida,deram lugar a filmes publicitários com conteúdos variados, quepassaram a divulgar a eficiência do -preservativo e a prática do sexoseguro. Focalizam-se no HIV/Aids e nas DSTs, mas também abordamo respeito aos direitos humanos e à diversidade. E ainda há aquelasque promovem a auto-estima, combatem o preconceito e sãoinstrumentos de ativismo político da sociedade civil organizada.Muitas delas são dirigidas a públicos específicos, como jovens,mulheres, homossexuais, usuários de drogas, entre outros. Comdrama, humor, erotismo ou didatismo, há campanhas tradicionais,conservadoras, e outras mais irreverentes, criativas, polêmicas,algumas até mesmo chocantes.

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A Mostra não tem qualquer intenção de fazer juízo de valores,mas apenas promover o debate e o intercâmbio de melhores práticas decomunicação e de publicidade voltadas para novas formas deenfrentamento da epidemia da Aids. Com filmes realizados a partir dosanos de 1990, é possível identificar, nesta seleção, a evolução daprodução publicitária, que acompanhou a evolução da doença, emconstante movimento e transformação.

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RealizaçãoAssociação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA)Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)Grupo Pela Vidda/ SP

ApoioFundação Schorer

Cinema Mostra AidsCoordenaçãoRicardo Salles MölnarAline Moreira LopesLuciana KamelCristina PimentaVagner de AlmeidaVeriano Terto Júnior

Projeto gráfico e ediçãoCecília Leal

RevisãoClaudio Oliveira

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AgradecimentosAline MayorJuliana PepinoMaria do Rosário MalcherMarina MorenaSérgio MotaSilvia CarvalhoTatiana MoreiraThalita Mendes

Diretoria ABIADiretor-Presidente: Richard ParkerDiretora Vice-presidente: Regina Maria BarbosaSecretário Geral: Kenneth Rochel de Camargo JúniorTesoureira: Miriam Ventura

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Realização-

www.abiaids.org.br www.ccjf.trf2.gov.br

CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERALAv. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro / RJ. CEP 20040-009

Aberto de terça a domingo, das 12h às 19h. Tel. (21) 3261-2550Visitas orientadas – Tel (21) 3261-2552

Biblioteca – terça a sexta-feira, das 12h às 17h

Apoio