movimento música e drama 1º ciclo do ensino básico patrícia silva
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Movimento Música e Drama 1º Ciclo
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 2
Movimento Música e Drama
1º Ciclo do Ensino Básico
Patrícia Silva
Agrupamento de Escolas Dom Luís de Ataíde
Câmara Municipal de Peniche
2011
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 3
Índice
4- ------------------------------------------------Apresentação
5------------------------------------------------ Domínio – Movimento. Subdomínio – O Jogo
13----------------------------------------------- Subdomínio – A Dança
22----------------------------------------------- Domínio – Música
26----------------------------------------------- Subdomínio – A Prática Vocal
27----------------------------------------------- Subdomínio – A Prática Instrumental
28----------------------------------------------- Subdomínio – Histórias com Música
29------------------------------------------------ Subdomínio – Música Teatral
31------------------------------------------------- Planificação Anual 1º Ano
32------------------------------------------------- Planificação Anual 2º Ano
33------------------------------------------------- Planificação Anual 3º Ano
34------------------------------------------------- Planificação Anual 4º Ano
35------------------------------------------------- Planificação Mensal 1º/2º Anos
36------------------------------------------------- Planificação Mensal 3º/ 4º Anos
37------------------------------------------------- Alunos com NEE’s
39------------------------------------------------- Critérios de avaliação / Sugestões de actividades
45------------------------------------------------- Construção de instrumentos
47------------------------------------------------- Articulação com outras áreas
49------------------------------------------------- Domínio – Drama
50------------------------------------------------- Planificação Anual
52------------------------------------------------- Jogos de Exploração
54------------------------------------------------- Jogos Dramáticos
55------------------------------------------------ Sugestões de actividades
62------------------------------------------------ Actividade Articulada (MMD)
64 ----------------------------------------------- Articulação com as áreas curriculares
66------------------------------------------------ Avaliação Global da Actividade
67------------------------------------------------ Bibliografia
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Apresentação
O presente documento visa ser um instrumento de apoio à actividade extracurricular de Movimento, Música e
Drama e é fruto da necessidade de informação e orientações programáticas, sentidas por mim e muitos outros
professores que a leccionam actualmente nas escolas de 1º ciclo.
Esta actividade está inserida na área das Expressões Artísticas e envolve três domínios fundamentais ao
desenvolvimento das capacidades dos alunos, no campo da expressão e comunicação; criatividade; apropriação
das linguagens elementares das artes e compreensão das artes no contexto específico.
Tendo presente o seu carácter educativo, como qualquer outra área do currículo, torna-se necessário que o
ensino - aprendizagem da Actividade de Movimento Música e Drama decorra de uma planificação consciente,
ajustada ao contexto pedagógico, e tendo em consideração o facto de ser uma AEC de apoio directo à estrutura
curricular deste nível de ensino.
O presente procura sugerir uma abordagem curricular, aberta e flexível, ao alcance de todos. Apresenta
propostas de trabalho variadas que possam guiar o professor na sua prática pedagógica, podendo estas ser
trabalhadas de acordo com as características próprias de cada escola / turma / alunos, mas sempre fomentando
o sentido da interdisciplinaridade.
Nunca poderemos esquecer que esta é uma actividade de carácter lúdico-pedagógico, na qual se devem evitar
trabalhos de escrita, cálculo ou outros que possam causar desmotivação ou cansaço, embora trabalhando ao
máximo cada conteúdo programático a ser apreendido pelos alunos duma forma prática, simples e estimulante.
Embora a organização dos conteúdos seja apresentada pelos três Domínios constituintes (Movimento,
Música e Drama) separadamente, esta forma de apresentação apenas pretende que a análise e organização dos
programas seja mais específica, pois os três Domínios, serão, como se verá, na maioria das actividades
propostas, trabalhados simultaneamente.
Elaborei este documento com base na experiência de vários anos a leccionar esta disciplina, buscando sempre
a actualização e indo de encontro às diversas necessidades sentidas. Muitas das propostas foram retiradas de
manuais ou documentos que fui recolhendo, mas também outras que fui experimentando e que mostraram
resultados bastante satisfatórios.
Espero que se torne um útil auxiliar de trabalho!
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Domínio : Movimento
È fundamental para o ser humano movimentar-se, pois sem movimento adoece-se acabando
por morrer. È o movimento que nos permite o conhecimento e contacto connosco próprios,
com os outros e com o tudo o que nos rodeia. O corpo e a forma como nos movimentamos é um
importante meio de expressão e comunicação.
Podemos utilizar o nosso corpo para transmitir ideias, sentimentos e acções mais ou menos
simples ou através do Jogo e da Dança.
Domínio : Movimento
Subdomínio : O Jogo
Objectivos
(ao nível do
desenvolvimento
pessoal)
Desenvolvimento das
capacidades perceptivas
-Apuramento dos sentidos; ouvir e
olhar para descobrir o outro jogador;
aprender a usar os sentidos; centrar-
se em si próprio; jogos de
concentração
Desenvolvimento das
capacidades motoras
-Jogos de coordenação visual/motora ;
consciencialização do próprio corpo;
capacidade de reacção, maleabilidade
e flexibilidade
Integração no meio
ambiente
-Importância do espaço usado;
aprender a movimentar-se e orientar-
se dentro de diferentes espaços
Promoção da auto-confiança -Confronto com diversas situações de
risco
Objectivos
(ao nível das
aptidões sociais)
Experimentação de vivências
em grupo
-Promoção do trabalho de
grupo/equipa; promoção da
intercomunicação;
Confiança nos outros -Numa fase mais avançada o jogador
já confia nos outros elementos do
grupo e assume a responsabilidade que
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Principais fases do Jogo :
Em trabalho de equipa / grupo, os jogos não podem ser considerados de forma isolada, mas
sim como parte de todo um plano, considerando as seguintes fases:
1- Apresentação :
Esta primeira fase consiste na ambientação dos jogadores. Procede-se a uma
actividade de curta duração, na qual todo o grupo é envolvido, como por exemplo, jogar
“á apanhada” , um jogo em circulo “o lencinho” ,cantar uma canção, etc.
2- Concentração :
Chama-se aqui a atenção para o tema principal do plano do Jogo, distribuem-se os
“papeis” para que cada um tome o seu lugar na equipa.
os outros depositam em si
Desenvolvimento da
capacidade de expressão
numa situação de grupo
-Integração plena no grupo; percepção
do significado de equipa ; segurança
Aceitação e respeito pela
diferença
-Respeito pelos outros; aceitação das
características individuais de cada
elemento
Capacidades
criativas
Utilização do movimento
como meio de expressão
-Exploração do corpo como
instrumento; capacidade de transmitir
sentimentos ou pensamentos
específicos através da linguagem
corporal; consciencialização da
postura física como forma de
expressão
Desenvolvimento da
imaginação, originalidade e
capacidade de improvisação
-Jogos de “faz-de-conta” ; fantasiar
sobre um tema ou movimento; o
pensamento criativo directamente
ligado á acção criativa
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3 – Exploração :
Esta fase consiste na descoberta e experimentação e as instruções fornecidas aos
jogadores devem orientá-los nesse sentido. As actividades de exploração poderão ser
trabalhadas individualmente ou em grupo, devendo ser jogos de carácter bastante activo,
aliciando possível, tanto quanto a criatividade e capacidade expressiva de cada um.
4 – Clímax:
É o ponto fulcral do plano do Jogo, no qual o objectivo final é atingido. Todas as
actividades anteriores serviram essencialmente para preparar os jogadores de forma a darem
o máximo de si neste momento.
5 – Conclusão:
Aqui, na fase final do plano de jogo, pode-se acrescentar um movimento indicador de
conclusão. Este poderá ser uma curta apresentação teatral onde se demonstre a coesão do
grupo.
Sugestões de Jogos :
Jogos de Caça – exemplo :“ Rede de pesca”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1
º, 2º
3º e 4º
-----------
Amplo
10’
Dois jogadores dão as mãos, formando uma
rede de pesca, e devem tentar apanhar os
outros jogadores sem quebrar a rede. Os
jogadores que forem apanhados são postos no
cesto da pesca – um lugar no extremo da sala.
Quando aí estiverem dois jogadores, estes
podem, por sua vez, formar uma rede e
regressar ao jogo, que continua até serem
todos apanhados.
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Jogos de Concentração - exemplo: “ Fica quieto!”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1
º, 2º
3º e 4º
Música
ritmada,
alegre
Amplo
10’
O grupo movimenta-se na sala sem se tocar.
Quando a música pára, o jogadores devem
ficar estáticos, na posição em que pararam.
Quem se mover sai do jogo. Só quando
estiverem quatro jogadores fora do jogo é
que o primeiro o pode reintegrar. Desta
forma, nunca haverá mais do que três
jogadores parados. Este número pode ser
adaptado ao número de jogadores total do
grupo.
Jogos de Escondidas e Adivinhas - exemplo : “ Adivinha a palavra “
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
3º e 4º
Música
com ritmo
¾ ( Valsa )
Amplo
15’
Fazer grupos de cinco elementos. Cada grupo
escolhe uma palavra com cinco letras , a cada
elemento do grupo corresponde uma letra. Os
jogadores movimentam-se, uma a um,
escrevendo várias vezes no ar a letra
respectiva, exagerando os movimentos para
uma melhor compreensão. Os restantes
grupos observam e tentam adivinhar a palavra.
Deve-se estimular os movimentos com música
apropriada.
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Jogos com Cartões de Movimento - exemplo: “Tu és a letra”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º , 2º
3º , 4º
-----------
Amplo
15’
Trata-se de um jogo de adivinhas no qual os
instrumentos são os próprios jogadores.
Dependendo do tamanho do grupo, divide-se o
mesmo em pequenos grupos de dois ou três
elementos. Estes formarão letras que serão
representadas pelas posições que os
jogadores assumem conjuntamente. Cada
elemento é uma parte da letra, e estas são
desenhadas estando os jogadores deitados no
chão. Os grupos também poderão trabalhar
em simultâneo de modo a formar pequenas
palavras.
Jogos de Acção – exemplo: “ A mãe ganso”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1
º, 2º
3º e 4º
Música
em ritmo
de
Marcha
ou
Dixieland
Amplo
10’
Trata-se de um jogo de recreio em que um
dos jogadores é a mãe ganso e caminha à
frente. Os outros seguem-na em fila e todos
imitam os movimentos da “mãe”, que os
alterna constantemente. Vai para o “castigo” o
jogador que não imitar perfeitamente os
movimentos da “mãe”.
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Jogos de Apresentação – exemplo : “ O circulo dos mosquitos”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º
2º
3º e 4º
-----------
Amplo
05’
Os jogadores formam uma roda grande, com
as mãos ao lado do corpo. Fecham os olhos e
caminham lentamente em direcção ao centro,
fazendo zumbidos como mosquitos. A ideia do
jogo é que consigam encontrar outro jogador
e dar as mãos, mas sempre de olhos fechados.
Seguidamente, podem abrir os olhos e deixar
de fazer zumbidos. Os que ainda não tenham
dado as mãos continuam a procurar alguém,
zumbindo sempre. Os outros jogadores podem
ajudá-los, mas não podem falar.
Jogos de Cooperação – exemplo : “ Movimentos com a bola”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º /4º
Uma bola
para cada
dois
jogadores
Amplo
15’
Dividir o grupo em pares e distribuir uma bola
a cada par. Os jogadores devem tentar
manter a bola entre si sem usar as mãos,
podendo explorar diferentes formas de o
conseguir ( cabeça , braços, costas, etc).
Deve-se incentivar os jogadores a descobrir
os movimentos que conseguem executar com a
bola presa entre o par. Devem dar-se
sugestões e deixar que os jogadores
demonstrem tudo o que descobriram fazer
sem usar as mãos. Poderão utilizar-se outros
materiais, tais como caixas, rolos de papel,
novelos de lã, etc.
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Jogos de Confiança – exemplo : “Correr com os olhos fechados “
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
3º e 4º
Uma
venda por
cada par
de
jogadores
Muito
amplo , de
preferência
aos ar livre
10’
Divide-se o grupo em pares. Os jogadores
dão as mãos mas um deles fecha os olhos. O
outro começa a caminhar lentamente,
aumentando gradualmente o ritmo da
marcha. O par toma consciência da
liberdade de movimentos de que o jogador
de olhos vendados dispõe. Esta liberdade
varia de pessoa para pessoa e dependendo
de cada situação. O jogador que conduz tem
que ter consciência dos movimentos que o
seu par consegue executar. Tentam
caminhar cada vez mais depressa até
conseguir correr de olhos fechados e o mais
rápido possível. Acentua-se a autoconfiança
e confiança no par. Dois minutos depois do
inicio do jogo, dá-se um sinal para parar e
concede-se algum tempo aos pares para
trocar impressões sobre a experiência e
trocar de “papeis”. Deve ter-se muita
atenção ao ritmo do jogo, pois poderá haver
tendência para acelerar demasiado, aqui
deve-se dar um sinal de abrandamento para
evitar riscos.
Jogos de Expressão – exemplo : “A bola mágica”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º / 4º
Uma bola
Amplo
10’
Os jogadores sentam-se em circulo e circulam
entre si uma bola. O professor indica o que a
bola representa e os jogadores agem de
acordo com essa indicação. A bola poderá
representar um bloco de gelo gigante, poderá
ser uma bola de vidro, ser quente, perfumada,
pegajosa, etc. Deverão passá-la logo ao colega
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Jogos com Materiais – exemplo : “ O banco sem fim “
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º / 4º
Bancos
Sala de
aula
10’
Este jogo consiste numa actividade simples e
que, geralmente agrada muito às crianças.
Sentam-se em bancos, com uma perna para
cada lado, umas atrás das outras. O jogador
da ponta desliza para a frente, levanta-se e
corre, também, para o último lugar deixado
livre, e assim sucessivamente, até que o
primeiro jogador esteja de novo na frente.
Deverão mover-se todos ao mesmo tempo.
Jogos com Música – exemplo : “ Jogo do Ritmo”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º / 4º
Instrumentos
de percussão
Sala de
aula
10’
O grupo senta-se em círculo e cada
elemento dispõe de um instrumento
inventando silenciosamente um ritmo curto.
O primeiro jogador toca o seu ritmo e o
elemento que está ao seu lado repete-o
acrescentando o seu próprio e assim
sucessivamente. Este jogo estimula a
memória, concentração e criatividade.
Estes jogos são apenas exemplos e poderão ser alterados com variantes de forma a
melhor se adaptarem a cada turma, faixa etária características físicas e psicológicas dos
alunos.
Numa turma com alunos maioritariamente irrequietos ou com problemas de
hiperactividade, será melhor que os jogos sejam mais centrados na concentração e de
carácter sensorial. (Jogos sensoriais e /ou afectivos e psíquicos)
Em turmas constituídas por alunos de diferentes estratos sociais/ etnias , famílias
disfuncionais ,onde se revelam claramente problemas interpessoais deve recorrer-se mais
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vezes ao Jogo de carácter social e de cooperação , afectivo e familiar , principalmente nas
crianças mais novas, evitando jogos de competição ou de caça até que o grupo atinja os
objectivos dos anteriores e se tenha adquirido a noção de “equipa”.
Ainda neste subdomínio, não devemos esquecer os Jogos Tradicionais Portugueses, dada a
sua importância patrimonial e lúdica que com a sua simplicidade poderão tornar-se uma
estratégia de aproximação da família à escola, fazendo, por exemplo, torneios inter-
familiares.
Domínio : Movimento
Subdomínio : Dança
D
ese
nvolviment
o da C
apa
cidade d
e E
xpr
ess
ão
e C
omun
icaçã
o Conteúdos Objectivos gerais 1º e
2º Anos
Objectivos Gerais
3º e 4º Anos
Objectivos
Finais
Expressão/
Comunicação
O aluno utiliza o
corpo de acordo
com os modelos
técnicos
estipulados.
O aluno
interpreta o seu
papel
coreográfico de
acordo com as
temáticas e
personagens.
O aluno
expressa
de forma
não verbal
diversas
temáticas
da
realidade
envolvente,
utilizando
de modo
eficaz o
potencial
comunicativ
o do corpo.
O aluno comunica
as temáticas da
dança através de
desempenhos
motores e
expressivos
adequados às
mensagens.
O aluno
desempenha o
seu papel
coreográfico em
consonância com
os contextos e os
materiais da
intervenção
performativa
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Partilha /
Interacção
O aluno reconhece
os efeitos e o valor
do desempenho
artístico e
interage com os
colegas e
professor sobre as
experiências da
dança.
O aluno
apresenta e
partilha com as
audiências
habilidades
básicas da
comunicação e
intervenção
performativa
O aluno
individualm
ente em
grupo,
apresenta,
interage e
partilha
com as
audiências
peças de
Dança e
pequenos
estudos
coreográfic
os de
diferentes
formas,
géneros,
estilos e
culturas
O aluno interage
com as audiências,
recebendo e
aceitando criticas
O aluno relaciona
a apresentação
de diferentes
obras de dança
com o património
natural e
artístico,
compreendendo a
diferença entre
os aspectos
funcional e
estético.
Interpretação/
Comunicação
O aluno interpreta
sequências de
dança,
movimentando-se
de forma
coordenada e
apropriada à
temática.
O aluno interage
com os colegas no
sentido de
procurar o
sucesso pessoal e
o do grupo na
apresentação da
performance.
O aluno
interpreta
temas,
ideias,
emoções e
sentimento
s,
mobilizando
o
vocabulário
específico
da Dança
O aluno participa
através da dança
em manifestações
artísticas públicas,
ultrapassando as
inibições face ao
público.
O aluno
demonstra
habilidade
motora,
expressividade,
atitude e
presença em cena
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D
ese
nvolviment
o da C
riatividade
Criação/
Experimentação
O aluno explora,
cria e recria
movimentos a
partir de
temáticas.
O aluno cria e
recria sequências
e pequenas
danças a partir
de movimentos,
formas espaciais
e estruturas
rítmicas.
O aluno,
individualm
ente ou em
grupo,
explora,
inventa,
improvisa e
compõe
sequências
lógicas de
movimentos
a partir de
modelos
apresentad
os sobre as
várias
formas e
estilos de
Dança.
O aluno
cria formas
corporais e
estruturas
rítmicas,
de modo a
possibilitar
a
interpretaç
ão de
movimentos
originais.
O aluno inventa
movimentos, de
forma individual ou
em grupo, de
acordo com os
estímulos
solicitados pelo
professor : corpo
(alguns segmentos
corporais), espaço
(planos
vertical/horizontal
, níveis
superior/inferior,
direcções
frente/trás) e
ritmo ( acentos
fortes/fracos e
durações
longas/curtas).
O aluno inventa
diferentes
grafismos não
convencionais para
representar a
duração e
acentuação do
movimento.
O aluno interpreta
a escrita simbólica
com batimentos de
mãos e de pés.
O aluno inventa,
de forma
individual ou em
grupo, vários
movimentos de
acordo com as
acções, os temas
solicitados pelo
professor : corpo
( diferentes
segmentos
corporais),
O aluno cria
símbolos gráficos
não convencionais
para
representação
das estruturas
rítmicas
(dinâmica e
duração) de
algumas
sequências de
dança.
O aluno lê e
interpreta a
simbologia não
convencional
representativa
de sequências de
dança.
O aluno constrói
frases e
sequências de
movimento a partir
de modelos
O aluno improvisa
e colabora na
composição de
sequências
dançadas de
O aluno
contribui
para a
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
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Relação/
Interacção
apresentados pelo
professor.
acordo com um
tema específico .
construção
de
sequências
de Dança
com base
em regras
de
improvisaçã
o/
composição
e de acordo
com alguns
modelos de
intervenção
coreográfic
a.
O aluno participa
na organização e
reorganização das
peças do “puzzle”
coreográfico de
acordo com regras
de improvisação.
O aluno inventa
soluções para os
problemas
propostos no
processo de
concepção/produ
ção de sequências
e formas de
dança .
Apr
opriaçã
o da L
ingu
age
m E
lement
ar
da D
anç
a
Conhecimento e
Vivência da
Dança
O aluno pratica e
reconhece os
conceitos básicos e
a terminologia
relacionada com
algumas formas e
estilos de Dança.
O aluno pratica,
compreende e
aceita formas de
dança de
diferentes
patrimónios
culturais.
O aluno
pratica,
identifica e
contextuali
za
diferentes
formas de
Dança e a
sua
terminologi
a básica.
O aluno identifica
estilos de Dança
em diversas
manifestações do
património
artístico.
O aluno
reconhece e
contextualiza
conceitos
fundamentais da
apresentação
cénica ( palco,
espectáculo,
público).
Conhecimento
de materiais
coreográficos
O aluno reconhece
e interpreta
diferentes formas
de evoluir no
espaço
(trajectórias
curvas e
rectilíneas ) e
diferentes
direcções ( frente,
O aluno
reconhece e
utiliza nas
sequências de
Dança diferentes
formas de evoluir
no espaço e no
tempo.
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Cada vez mais a Dança é incluída no plano curricular e extracurricular juntamente com
outras artes criativas como a Expressão Musical, Plástica ou Dramática.
Devido aos métodos livres utilizados por estas disciplinas, as crianças têm a possibilidade
de aprender, pelas experiências do próprio corpo, a agirem livremente no espaço em que vivem
, interagirem com as pessoas que as rodeiam, além de expressarem sentimentos e
pensamentos através de formas diferentes de comunicação corporal.
trás, cima, baixo,
lado esquerdo e
direito),planos
(vertical,
horizontal), níveis
(inferior, superior)
e volumes (grande,
pequena e média
amplitude)
O aluno identifica
e interpreta
estruturas
rítmicas com
diferentes
elementos do
tempo (longo,
curto) e da
dinâmica (forte ,
fraca).
O aluno
reconhece e
utiliza em
pequenas
coreografias
várias estruturas
rítmicas e
diversos
materiais
coreográficos
Com
preens
ão
das
Art
es
no
Con
texto
Apreciação/frui
ção
O aluno emite
apreciações
criticas sobre as
apresentações de
Dança, de acordo
com os
conhecimentos
adquiridos.
O aluno exprime
critérios de
apreciação
perante as obras
de arte
O aluno
observa
, analisa
e
coment
a peças
de
dança
em
diferen
tes
context
os.
O aluno aprecia os
trabalhos de
Dança, explicitando
os aspectos mais
significativos.
O aluno avalia o
seu trabalho e
dos seus colegas
emitindo críticas
fundamentadas
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A Dança como actividade que dá prioridade a uma educação motora consciente e global,
não se limita apenas a uma acção meramente pedagógica, pois entre outros fins, busca
normalizar ou melhorar comportamentos da criança.
As actividades lúdicas em Dança têm proporcionado, segundo estudiosos na matéria,
diversos benefícios no que diz respeito aos aspectos físicos, emocionais, sociais ou
intelectuais. As crianças são despertadas para diferentes valores culturais e artísticos;
aprendem a importância do cuidado a ter com o seu corpo e com a sua saúde física, além das
contribuições na formação de um sentido crítico e consciente no qual elas crescem
compreendendo as suas acções particulares e colectivas no tempo / espaço em que actuam.
Em resumo, seguem alguns benefícios verificados nas crianças que praticam Dança:
Benefícios da Dança ao nível Psicossocial:
Atenção
Desenvolvimento da Memória
Desenvolvimento do Raciocínio
Desenvolvimento da Criatividade
Desenvolvimento da auto-disciplina
Desenvolvimento da auto-confiança
Desenvolvimento do sentido de responsabilidade
Melhoramento nas relações interpessoais
Maior equilíbrio emocional
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Benefícios da Dança ao nível Físico
Aumento da resistência física
Desenvolvimento da coordenação motora
Aquisição da noção de Estética
Melhoramento ao nível da Postura
Melhoramento ao nível da flexibilidade
Melhoramento do Equilíbrio
Sugestões de Actividades de Dança:
Danças de Roda , exemplo : “ Apanhar o Trevo”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º / 4º
Leitor de
Cd’s
Amplo
10’
Na introdução da canção, com a roda formada
e parada, os pares lado a lado, dançam ao
ritmo da música. As raparigas com as mãos na
cintura e os rapazes com as mãos no peito em
jeito de agarrar o colete.
Na primeira quadra, enquanto o rapaz
permanece na mesma posição, a rapariga vai
ao centro e volta, simulando o gesto de
apanhar o trevo. Na repetição o gesto é o
mesmo. No refrão, de braço dado, os pares
giram para a direita. Na repetição dão o braço
contrário e invertem o sentido. Na segunda
quadra, o rapaz executa o mesmo movimento
que a rapariga na primeira quadra, invertendo
assim os papeis. Na terceira quadra, ambos
vão ao meio, executando o movimento de
apanhar o trevo.
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Dança livre , Exemplo : “ Lagarto Pintado”
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º / 4º
Leitor de
Cd’s
Amplo
10’
Na introdução da música o grupo movimenta-
se livremente pela sala imitando o andar dos
lagartos. No final da introdução escolhem um
par ao acaso. Este par, segurando-se
mutuamente pelas orelhas, faz um movimento
balanceado para a frente e para trás. Na
repetição da música o esquema mantém-se
devendo as crianças escolher um novo par.
Folclore , exemplo : “ Jimba Papalusjka “
Ano Material Espaço Duração Descrição do Jogo
1º / 2º
3º /4º
Leitor de
Cd’s
Amplo
10’
Nos primeiro e segundo versos da primeira
quadra o grupo, alinhado em fila a pares, de
braço dado por cima dos ombros, avançam
quatro passos.1º Passo: todos levantam a
perna esquerda, movimentando-a em frente
mas fazendo um movimento de pontapear uma
bola imaginária que está em frente à perna
direita ( movimento cruzado á direita); 2º
Passo: todos levantam a perna direita com um
movimento cruzado á esquerda; 3º Passo :
igual ao 1º ; 4º Passo : igual ao 2º. Nos
terceiro e quarto versos executam-se os
mesmos passos mas agora recuando .Na
segunda quadra : Tiram os braços de cima dos
ombros do par e colocam os braços cruzados e
suspensos em frente dos ombros. Baixam-se
ligeiramente e saltitando, levantam
alternadamente as pernas ( movimento típico
da dança dos “cossacos”.
Este é um exemplo de dança que promove o conhecimento de diferentes
culturas artísticas.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
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Muitos mais exemplos poderiam ser dados tais como : Marchas Populares, coreografias Hip
Hop, etc. Cada professor poderá escolher um repertório de Dança adequado à faixa etária
dos alunos, tendo em conta as características já mencionadas no subdomínio do Jogo.
Os alunos deverão também exprimir os seus gostos pessoais (dentro das suas
capacidades), para que a tarefa do professor seja mais facilitada e motivada, obtendo
resultados mais gratificantes.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 22
Domínio : Música
A Música é uma linguagem universal, completa, puramente intuitiva e uma forma de
expressão espontânea. O gosto pela Música é natural nas crianças. Elas gostam de a ouvir, de
a cantar e de a tocar. Não se pode ignorar a importância da Música na formação do Homem,
porque ela faz parte da essência do ser humano.
A expressão musical deve começar a ser adquirida desde muito cedo, no meio familiar e
ter a sua continuidade na pré-escola, 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo. O poder educativo da Música
traduz-se pelo apuramento do gosto musical, o que implica uma boa afinação, uma boa
pronúncia e um ritmo regular.
O professor deve ter em atenção a singularidade musical de cada criança, dando-lhe
oportunidade de desenvolver as suas propostas e os seus projectos de forma pessoal. Não
esquecendo o seu papel de professor, apresentando ideias e projectos aos alunos de forma
a que a Música seja um importante contributo para a sua formação afectiva, social e
intelectual.
Para a elaboração de um plano de aprendizagem da Música no 1º ciclo, devem ter-se em
conta os seguintes pressupostos:
Todas as crianças têm potencial para desenvolver as suas capacidades musicais;
As crianças trazem para o ambiente de aprendizagem musical os seus interesses e
capacidades e os seus próprios contextos socioculturais;
Mesmo as crianças mais pequenas são capazes de desenvolver o pensamento crítico
através da Música;
As crianças devem realizar actividades musicais utilizando materiais e repertório de
qualidade;
As crianças aprendem melhor em ambientes físicos e sociais agradáveis e no contacto
inter-pares;
As experiências diversificadas de aprendizagem são fundamentais para servirem as
necessidades de desenvolvimento individual das crianças;
As crianças necessitam de modelos eficazes de adultos.
O processo de ensino e aprendizagem da Música consiste na interacção de um conjunto de
actividades relacionadas com a audição, interpretação e composição de trechos musicais
tendo sempre como base o “aprender fazendo”.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 23
Finalidades do ensino da Música no 1º ciclo:
Desenvolver competências de discriminação auditiva abrangendo diferentes códigos,
convenções e terminologias existentes na Música;
Desenvolver competências vocais e instrumentais diversificadas, tendo em conta
diferentes épocas, estilos e culturas musicais do passado e do presente;
Desenvolver competências criativas e de experimentação;
Desenvolver competências transversais no âmbito da interligação da Música com outras
artes e áreas do saber;
Desenvolver o pensamento musical.
Princípios orientadores das práticas musicais no 1º ciclo:
Desenvolvimento da imaginação e da criatividade, através de experiências
diversificadas;
Alargamento do quadro de referências artísticas e culturais;
Aproveitamento dos conhecimentos e competências da criança realizadas em
diferentes contextos formativos, formais e não formais;
Escolha de repertório musical de qualidade abrangendo épocas, estilos, culturas e
efectivos instrumentais diversificados;
Utilização de terminologias adequadas a épocas, estilos e contextos artísticos;
Programação de actividades inclusivas, atendendo à diversidade existente como por
exemplo as questões de género, as questões de identidade sociocultural, a aptidão
musical e as necessidades educativas especiais;
Promoção de um ambiente educativo de conhecimento e de respeito pelo outro;
Articulação do ensino da Música com outras áreas do saber artístico, cientifico,
humanístico e tecnológico;
Valorização do património artístico, em particular, o património musical português;
Colaboração com diferentes instituições escolares, artísticas e outras, bem como
criadores, interpretes, produtores e técnicos, no desenvolvimento de projectos
artísticos.
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Patrícia Silva | 24
Propostas de operacionalização curricular:
Conforme explícito no Currículo Nacional do Ensino Básico, as aprendizagens e
competências que as crianças vão adquirindo e desenvolvendo ao longo do 1º ciclo,
apresentam-se em torno de quatro organizadores, conforme o quadro seguinte:
Organizador
Percepção
sonora e
musical
Explora e identifica os elementos básicos da Música;
Identifica auditivamente características rítmicas,
melódicas, harmónicas e formais;
Identifica auditivamente e visualmente os instrumentos
musicais utilizados em diferentes épocas, estilos e culturas
musicais;
Lê e escreve notação convencional e não convencional;
Utiliza vocabulário e simbologias apropriadas para
descrever e comparar diferentes tipos de sons e peças
musicais de estilos e géneros similares.
Interpretação
e Comunicação
Canta individualmente e em grupo, canções e melodias de
diferentes épocas, estilos e culturas musicais, utilizando a
memória e a leitura musical;
Toca instrumentos acústicos e electrónicos, convencionais e
não convencionais, individualmente e em grupo, na
interpretação de música instrumental e /ou vocal
acompanhada;
Comenta audições de música gravada e ao vivo de acordo
com os conceitos adquiridos e códigos e convenções que
conhece;
Interpreta obras musicais que interliguem diferentes
formas de arte;
Apresenta e interpreta publicamente, na escola e /ou
comunidade, obras vocais e instrumentais.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 25
Orientações programáticas:
Audição
Prática Vocal
Prática Instrumental
Movimento Corporal
Experimentação, improvisação
Relação com outras áreas do saber
Projectos artísticos
Criação de materiais digitais e outros
Avaliação
Criação e
experimentação
Explora e organiza diferentes tipos de materiais sonoros
para expressar determinadas ideias, sentimentos e
atmosferas utilizando estruturas e recursos técnico-
artísticos elementares, partindo da sua experiência e
imaginação;
Explora ideias sonoras e musicais partindo de determinados
estímulos e temáticas;
Inventa, cria e regista pequenas composições e
acompanhamentos;
Aplica conceitos, códigos, convenções e símbolos utilizando
a voz, instrumentos acústicos, electrónicos e as Tecnologias
da Informação e Comunicação (TIC) para a criação de
pequenas peças musicais partindo de determinadas formas
e estruturas de organização sonora e musical;
Regista em suportes áudio e vídeo as criações realizadas
para avaliação e aperfeiçoamento.
Culturas
musicais nos
contextos
Reconhece a Música como parte do quotidiano e as
diferentes funções que ela desempenha;
Identifica estilos, épocas e culturas musicais diferenciadas
e os contextos onde se inserem;
Recolhe informação sobre processos vários de criação e
interpretação de diferentes tipos de música.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 26
Domínio : Música
Subdomínio: Prática Vocal
Pressupostos
Desenvolvimento de competências nos domínios da voz e do canto bem
como na interpretação de diferentes tipos de música a uma ou mais vozes.
Desenvolvimento de competências essenciais relacionadas com a
percepção e discriminação auditiva, a memória e leitura musical.
Objectivos
Entoação de canções com a consciência da pulsação, com sentido
rítmico, melódico e afinadamente;
Desenvolvimento do sentido da frase musical;
Audição e desenvolvimento da memória auditiva;
Relacionamento entre o som e a simbologia utilizada
Aprendizagens
a desenvolver
Utilização da voz para produção de diferentes efeitos sonoros;
Interpretação de canções com géneros, estilos e temáticas
diferentes;
Interpretação de canções em diferentes tonalidades, modos e
outras organizações sonoras;
Compreensão do papel do silêncio na prática musical;
Prática vocal monódica e polifónica
Enriquecimento
das
aprendizagens
Assistência a concertos dados por diferentes grupos nos quais a
voz tenha uma participação relevante;
Convite a cantores para irem à escola de modo a partilharem
informação sobre diferentes técnicas vocais;
Criação de um grupo vocal na escola;
Realização de concertos na escola e na comunidade.
Vocabulário
musical
Utilização da voz;
Postura, respiração, dicção e outras técnicas vocais;
Conceitos, códigos e convenções;
A função da voz em diferentes contextos.
Recursos a
utilizar
Cancioneiros, obras corais, poesias, contos, trava línguas;
documentários
TIC – programas informáticos que manipulem a voz, gravadores,
vídeos, etc
Competências
a adquirir
Utilização da voz com controlo e afinação;
Reconhecimento das dimensões de uma frase musical;
Entoação de canções com sentido rítmico e melódico;
Entoação de canções a solo ou em grupo, a uma ou mais vozes e com
expressão;
Memorização de frases musicais e canções;
Relacionamento som – simbologia
Identificação de canções de diferentes estilos e culturas musicais.
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Patrícia Silva | 27
Domínio : Música
Subdomínio: Prática Instrumental
Pressupostos
Desenvolvimento de competências nos domínios da prática instrumental
de instrumentos populares portugueses bem como na interpretação e
identificação de diferentes tipos de música tradicional portuguesa.
Desenvolvimento da percepção e discriminação auditiva, a memória e
leitura musical.
Objectivos
Identificação e caracterização de diferentes tipos de
instrumentos tradicionais portugueses;
Desenvolvimento de técnicas de execução melódica e harmónica;
Execução instrumental com diferentes instrumentos e de
repertório, individualmente ou em grupo;
Desenvolvimento de técnicas simples de harmonização;
Reconhecimento da diversidade do panorama musical de tradição
oral;
Conhecimento do trabalho desenvolvido no âmbito da recolha e
divulgação de música de tradição oral.
Aprendizagens
a desenvolver
Manipulação e utilização de diferentes técnicas instrumentais;
Interpretação de diferentes músicas tradicionais;
Audição e análise de música tradicional;
Harmonização de músicas tradicionais;
Apresentação pública dos trabalhos realizados.
Enriquecimento
das
aprendizagens
Assistência a espectáculos de música tradicional;
Convite a músicos para tocarem na escola;
Visitas a museus, associações e outras instituições relacionadas
com a cultura tradicional.
Vocabulário
musical
Diferentes técnicas musicais;
Conceitos, códigos e convenções;
Funções dos instrumentos em diferentes contextos.
Recursos a
utilizar
Visualização de documentários, leitura de contos tradicionais;
Instrumentos ( de preferência tradicionais , ex : cavaquinho)
Cancioneiro Popular Português
Competências
a adquirir
Utilização de técnicas instrumentais simples;
Interpretação de diferentes tipos de música;
Harmonização de canções e melodias tradicionais;
Conhecimento de instrumentos e repertório tradicional de
diferentes zonas do país.
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Patrícia Silva | 28
Domínio : Música
Subdomínio: História com Música
Pressupostos
Desenvolvimento de competências nos domínios da audição,
interpretação e composição de obras musicais com características
descritivas e programáticas.
Objectivos Identificação das qualidades musicais do som;
Combinação de alturas, durações, dinâmicas, tempos e texturas
para descrever determinados tipos de situações;
Interpretação de peças musicais diferenciadas seguindo com
rigor indicações expressas;
Composição de pequenas peças musicais, vocais e/ou
instrumentais, utilizando diferentes tipos de pressupostos,
musicais e não musicais.
Aprendizagens
a desenvolver
Audição musical activa, incluindo percepção e expressão;
Utilização dos sons de modo estruturado e expressivo;
Exploração e combinação de diferentes tipos de instrumentos
para a produção de determinados efeitos;
Manipulação de símbolos, convencionais e não convencionais,
como suporte ao desenvolvimento das ideias musicais;
Gravação de interpretações e composições para análise,
discussão e avaliação, usando vocabulário apropriado;
Apresentação pública e na escola ou comunidade, dos trabalhos
realizados.
Enriquecimento
das
aprendizagens
Utilização de vocabulário diferenciado para descrever e analisar
a música;
Assistência a espectáculos e convite a músicos para tocarem na
escola;
Visitas a exposições de pintura, visualização de filmes e
documentários;
Convite a compositores para escreverem música a partir de uma
pintura, poema utilizado na turma;
Convite a dramaturgos, pintores e escritores para irem à escola
Vocabulário
musical
Conceitos, códigos e convenções.
Recursos a
utilizar
Pontos de partida: animais, pinturas, poemas, histórias,
sentimentos;
Fontes sonoras : voz, instrumentos musicais diversos.
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Patrícia Silva | 29
Competências
a adquirir
Identificação de características descritivas na música e outras
formas de arte;
Reconhecimento de diferentes parâmetros musicais e das
diversas formas em que podem ser usados para a descrição de
situações diversificadas;
Selecção consciente de instrumentos musicais para criar sons e
texturas diferenciadas;
Composição e interpretação de músicas, em grupos de dimensão
variável, para descrever determinadas pinturas, histórias ou
ideias.
Domínio : Música
Subdomínio: Música Teatral
Pressupostos
Desenvolvimento de competências no campo da audição, interpretação e
criação de obras musicais que interliguem música, movimento , drama,
artes plásticas e literatura.
Objectivos Identificação das diferentes componentes de um espectáculo
músico-teatral;
Integração de sons, ideias, palavras, imagens, movimento e
drama na criação de um espectáculo músico-teatral;
Interpretação de uma obra musical que interligue as várias
dimensões;
Realizar, produzir e apresentar publicamente um espectáculo.
Aprendizagens
a desenvolver
Visualização e comentários de óperas para crianças;
Criação de uma peça musical que interligue música, movimento e
Drama;
Realização plástica de um espectáculo;
Produção e difusão de um espectáculo.
Enriquecimento
das
aprendizagens
Assistência a espectáculos músico-teatrais que promovam a
percepção da forma como a música, movimento e drama são
utilizados conjuntamente;
Convite a compositores para criarem obras que articulem a
teatralização musical;
Convite a grupos de dança, música e teatro para apresentação na
escola e conversarem acerca das diferentes formas como se
concebe, produz e apresenta um espectáculo;
Colaboração com escolas vocacionais (conservatórios) para a
realizar um espectáculo músico-teatral.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 30
Vocabulário
musical
Vocabulário de teatro musical
Recursos a
utilizar
Fontes sonoras: instrumentos musicais existentes na escola ou
das próprias crianças;
Tecnologias : Computadores, gravadores, vídeos;
Competências a
adquirir
Combinação sonora adequada a diferentes situações;
Compreensão das diferentes dimensões que compõem um
espectáculo músico-teatral;
Reconhecimento de diferentes tipos de espectáculos músico-
teatral de épocas, estilos e culturas;
Identificação das características de diferentes espectáculos no
âmbito das artes performativas e visuais;
Entoação, prática instrumental e representação musico-teatral
precisa.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 31
Planificações
Planificação Anual 1º Ano
Conteúdos Competências Estratégias
Timbre
Sons do meio
ambiente e da
natureza / silêncio
Sons do corpo (
níveis corporais)
Sons naturais e
artificiais
Cantar mantendo a
afinação
Produzir
vocalmente sons em
diferentes registos
e altura
Identificar ff e pp
Distinguir ritmo e
pulsação
Distinguir sons de
altura definida e
indefinida
Distinguir sons de
diferentes fontes
sonoras
Exploração de fontes
sonoras
Audição de pequenas
peças/ trechos
musicais
Grafismo não
convencional
Interpretação vocal/
instrumental
Reproduções rítmicas
e melódicas
Reconhecimento
auditivo
Jogos pedagógicos
Dinâmica
Sons fortes e
fracos
Sons pianos (p),
médios (mf) e
fortes (f)
Ritmo
Pulsação
Andamentos
rápidos ou lentos
Sons curtos e
longos
Altura
Sons agudos e sons
graves
Linhas sonoras
ascendentes e
descendentes
Forma
Diferente ou igual
Sequências
Timbres
semelhantes ou
contrastantes
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 32
Planificação Anual 2º Ano
Conteúdos Competências Estratégias
Timbre
Sons de objectos
Instrumentos
elementares
Instrumentos de
percussão
Cantar mantendo
a afinação
Produzir com a
voz sons em
diferentes
registos e altura
Reconhecer
elementos
repetitivos
Identificar
registos graves,
médios e agudos
Identificar
mudanças de
andamento
Distinguir e
identificar
diferentes
intensidades
sonoras
Reconhecer
timbres
semelhantes e
contrastantes
Distinguir as
famílias de
instrumentos
Distinguir
diferentes
timbres
Exploração de
diversas fontes
sonoras
Audição de pequenas
peças/ trechos
musicais
Grafismo não
convencional
Interpretação vocal /
instrumental
Reprodução rítmica e
melódica
Reconhecimento
auditivo
Jogos pedagógicos
Dinâmica
Variação de
intensidade :
Crescendo /Diminuendo
Fortíssimo / pianíssimo (pp , p, mf, f,ff)
Ritmo
Lento, Allegro,
Andante
A pulsação; dois sons
iguais na pulsação
Compasso binário :
silêncio organizado
com a pulsação: pausa
da semínima
Altura
Grave, Médio e Agudo
Sol e Mi em
diferentes registos
Forma
Organizações
elementares
Elementos
repetitivos
Ostinato
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 33
Planificação Anual 3º Ano
Conteúdos Competências Estratégias
Timbre
Instrumentos de
sopro : Flauta de
Bisel
Sons semelhantes e
contrastantes
Famílias de
instrumentos de
Percussão (
madeiras, metais e
peles
Cantar mantendo a
afinação
Identificar alguns
Ostinatos
melódicos e
rítmicos
Distinguir imitação
e ostinato
Reconhecer a
pauta musical e a
Clave de Sol
Identificar sons
com diferentes
durações
Identificar linhas
sonoras
Identificar e
interpretar frases
com sons e
silêncios
Distinguir as
diferentes famílias
dos instrumentos
da orquestra
Audição de peças /
excertos musicais
Grafismo
convencional e não
convencional
Interpretação vocal
/ instrumental
Reproduções rítmicas
e melódicas
Reconhecimento
auditivo
Jogos pedagógicos
Dinâmica
Organização dos
elementos dinâmicos
Ritmo
Compassos simples (
binário e
quaternário)
Sons e silêncios com
duas pulsações
Sons e silêncios com
quatro pulsações
Altura
Altura definida e
indefinida
A pauta e a Clave de
Sol
Quatro notas em
diferentes registos :
Mi, Sol, Lá e Ré
A escala Pentatónica
O Bordão
Forma
Frases
Imitação
Forma binária AB
(pergunta e
resposta)
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 34
Planificação Anual 4º Ano
Conteúdos Competências Estratégias
Timbre
Instrumentos :
cordas e sopros
Ambientes sonoros
Estilos musicais
Cantar mantendo a
afinação, ritmo e
dinâmica
Descobrir frases
musicais que se
repetem e
contrastam
Distinguir textura
fina e textura densa
Distinguir agregados
e movimentos sonoros
Reconhecer padrões
rítmicos
Identificar sons e
silêncios com duas e
quatro pulsações
Distinguir mistura e
combinação ritmica
Audição de peças e
excertos musicais
Grafismo convencional
e não convencional
Interpretação vocal e
instrumental
Reproduções rítmicas
e melódicas
Reconhecimento
auditivo
Jogos pedagógicos
Dinâmica
Organização dos
elementos dinâmicos
Ritmo
Organização dos
elementos rítmicos
O ponto de
aumentação
Altura
Agregados sonoros
A escala Diatónica
Forma
O Cânone
A forma Rondó
(ABACADA)
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 35
Planificação Mensal
Planificação Mensal – 1º e 2º Anos Mês Conteúdos Competências
Gerais
Competências
Específicas
Estratégias Avaliação
Setembro/Outubro Sons naturais e
artificiais
Timbres
Sons da natureza
Grave e Agudo
Altura dos sons
Os sons do
Outono
O som e o
silêncio
canções
Prestar atenção
a situações e
problemas do
quotidiano;
Questionar a
realidade
observada;
Pôr em acção
procedimentos
necessários
para a
compreensão de
realidades e
para a resolução
de problemas;
Utilizar formas
de comunicação
diversificadas,
adequando
linguagens e
técnica aos
contextos e
necessidades;
Traduzir ideias
e informações
expressas numa
linguagem para
outras
linguagens
Desenvolvimento
de potencialidades
musicais múltiplas,
através do corpo
em movimento;
Capacidade para
experimentar e
dominar
progressivamente
as possibilidades
do corpo e voz
através de
actividades lúdicas
e quotidianas;
Desenvolvimento da
voz, do corpo e dos
instrumentos
através de jogos de
exploração
Identificar
sons da
natureza;
Dizer rimas e
lengalengas
Entoar canções;
Entoar
pequenas
palavras e
frases
metricamente;
Movimentar-se
livremente a
partir de sons
vocais e
instrumentais,
melodias,
canções e
gravações;
Experienciar o
som e o silêncio
através de
frases rítmicas
utilizando
diferentes
símbolos
Observação
Directa
Novembro Ritmos com uma e
duas pulsações
Ritmos corporais
Canções
(Magusto)
Dezembro Ritmos com uma e
duas pulsações
Pulsação
regular/irregular
Ostinatos
Canções de Natal
Janeiro Intensidade
sonora
O Forte e piano
Exploração vocal
Fevereiro O som Grave e
Agudo
Canções
Março Linhas sonoras
Ascendentes ,
descendentes e
contínuas
Jogos musicais
Canção da
Primavera
Abril Instrumentos
elementares
Instrumentos da
sala de aula
Elementos
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 36
repetitivos
Canções
Maio O som dos
objectos
Jogos Musicais
Canções
Junho Os sons
Os instrumentos
Ritmos
diferenciados
Ostinatos
rítmicos
canções
Planificação Mensal – 3º e 4º Anos Mês Conteúdos Competências
Gerais
Competências
Específicas
Estratégias Avaliação
Setembro/Outubro Sons naturais
e artificiais
Timbres
Sons da
natureza
Grave e
Agudo
Altura dos
sons
Os sons do
Outono
O som e o
silêncio
Canções
Valorizar as
diferentes formas
de linguagem;
Usar a língua
portuguesa no
respeito de regras
do seu
funcionamento;
Confrontar
diferentes
métodos de
trabalho para a
realização de uma
mesma tarefa;
Comunicar,
utilizando formas
diversificadas, o
conhecimento
Desenvolvimento
de potencialidades
musicais múltiplas,
através do corpo
em movimento;
Desenvolvimento
da voz, do corpo e
dos instrumentos
através de jogos
de exploração;
Desenvolver a
musicalidade;
Reconhecer a
notação musical;
Enriquecimento
Dizer rimas e
lengalengas;
Entoar pequenas
palavras e
frases
metricamente;
Acompanhar
canções com
gestos,
percussão
corporal e
instrumental;
Contactar com
várias formas de
representação
musical em
partituras
Observação
Directa
Registo em
grelha
própria Novembro Ritmos com
uma e duas
pulsações
Ritmos
corporais
Canções
(Magusto)
Dezembro Ritmos com
uma e duas
pulsações
Pulsação
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 37
regular e
irregular
Ostinatos
Canções de
Natal
resultante da
interpretação da
informação;
Valorizar a
realização de
actividades
intelectuais,
artísticas e
motoras que
envolvam esforço,
persistência e
iniciativa.
das vivências
sonoro-musicais
das crianças
adequadas;
Experienciar o
som e o silêncio,
através de
frases rítmicas
utilizando
diferentes
simbolos
Janeiro Intensidade
sonora pp/ff (pianíssimo /fortíssimo) Canções das
Janeiras
Fevereiro Canções de
Carnaval
As figuras
rítmicas e
pausas
respectivas
Março Flauta de
Bisel
Jogos
musicais
Canção da
Primavera
Abril Os
instrumentos
da Orquestra
Sinfónica
Os
instrumentos
da música
tradicional
portuguesa
Canções
Maio O compasso
ternário e
quaternário
Forma Binária
Junho Os
Andamentos :
Adágio, moderado e Presto Jogos
musicais
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 38
Alunos com Necessidades Educativas Especiais – Pedagogia Diferenciada
Torna-se cada vez mais comum a inclusão dos alunos com NEE’s nas turmas, e dependendo
das características de cada um destes alunos, o professor deve ter em atenção as suas
capacidades e limitações no desenvolvimento das actividades que realizam. No quadro
seguinte apresentam-se os objectivos mínimos a atingir no final do ano lectivo:
Actividades
Através de imagens, reconhecer
a origem da música
Através de audições , conhecer e
relacionar sons do quotidiano
Realização de ditados de sons F,
mf e p
Reconhecimento de sons curtos e
longos
Apresentação de canções com a
forma AB
Exploração rítmico/melódica de
canções
Execução de canções em
andamentos, dinâmicas e
batimentos corporais diferentes
Objectivos (qualitativos e quantitativos)
Conhecer a origem da música
Ouvir e relacionar alguns sons do
quotidiano
Conhecer, identificar e relacionar
os sons do corpo
Distinguir, identificar e realizar
sons F, mf e p
Perceber o significado da palavra
Ritmo, dentro e fora do contexto
musical ( ritmo sonoro / não
sonoro)
Perceber a noção de tempo
Compreender o significado de
altura definida e indefinida
Identificar e realizar sons agudos
e graves com a voz
Perceber a noção de Forma
Reconhecer a forma binária
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 39
Critérios de Avaliação
Os critérios de avaliação apresentados estão adequados à planificação. Contudo, poderão
ser discutidos com os agrupamentos escolares no sentido da necessidade da sua adaptação/
modificação, adequando estes critérios aos previamente definidos em cada agrupamento.
A classificação a utilizar deve ser sempre no sentido do registo do progresso, valorizando-
se o esforço individual de cada aluno e a superação das suas dificuldades.
Avaliação formativa : Parâmetros
Pontualidade
Participação e empenho
Interesse
Competências vocais e instrumentais
Acuidade auditiva
Expressão e criatividade
Observações qualitativas de carácter geral
Sugestões de Actividades:
Exploração de uma Canção : “ Caixinha de Cores” ( 1º /2º anos)
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 40
1. Tenho uma caixinha
Com lápis de cores
Vou pintar o mar
O sol e as flores
Refrão
O sol é vermelho
Azul é o mar
Verdinha é a folha
Ao vento a dançar
2. Com o amarelo
Vou pintar a lua
Com o preto e branco
As pedras da rua
Refrão…
3. Vou pintar com roxo
Um baguinho d’uva
Com azul clarinho
Vou pintar a chuva
Refrão…
4. Se eu quiser eu pinto
A noite e o vento
Sete são as cores
E outras mais invento
Ler a letra da canção aos alunos
Audição da canção gravada (ou
cantada pelo professor)
Entoar a canção em simultâneo
com a gravação ou com o
professor
Explorar ao máximo a letra da
canção:
a)De que fala a canção?
b)Onde estão as cores (lápis)?
c)De que cores se fala?
d) Que coisas se pintam e que cores se
usam para cada uma delas?
Fazer a ilustração da canção de acordo
com a letra
Criar uma coreografia, usando fitas de
cores, formando uma roda, levando cada
criança uma fita na mão , nas cores
indicadas na letra da canção e ter o
cuidado de as colocar sempre pela mesma
ordem, conforme a letra.
Durante as quadras as crianças deslocam-
se segundo a pulsação e levantam a cor
referida de cada vez, abanando o braço;
durante o refrão a roda pára e cada vez
que se refere uma cor as crianças que têm
a fita relativa a essa cor deslocam-se ao
centro, com o braço elevado e abanando a
fita, recuando imediatamente para
avançar para outra cor.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 41
Exploração da canção “ Vou escutar” (1º / 2º anos)
Antes de ouvirem a canção gravada ou cantada pelo professor, distribui-se
aos alunos uma ilustração onde se verifiquem diversos tipos de sons, por
exemplo, uma rua movimentada:
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 42
Os alunos devem observar a imagem e descobrir os sons que nela são
representados: sons de instrumentos, sons de animais, sons de objectos e
outros sons como varrer, andar, conversar, rir, regar, etc.
Identificam sons curtos e sons longos;
Em grupo, descobrem e imaginam outros sons que possam existir, criando
ambientes sonoros: café, supermercado, escola, trânsito, etc. No final
apresentam-nos aos outros grupos;
Gravam, se possível, a actividade;
Aprendem a canção e acompanham-na batendo a pulsação nas pernas;
Nas estrofes do terceiro verso, quando cantam “ Bato minhas palmas” e
“toco minhas clavas”, os alunos vão bater as palmas e tocar com a clavas
uma pulsação. No final da estrofe, improvisam durante quatro compassos (8
pulsações) com as palmas e as clavas, respectivamente.
Canções tradicionais : “ Malhão, Malhão” (3º / 4º anos)
Falar com os alunos sobre a música tradicional portuguesa:
instrumentos tradicionais, repertório, etc.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 43
Cantar a canção e acompanhar com instrumentos de percussão da sala
de aula, explicando previamente aos alunos o manuseamento dos
instrumentos e ritmo da canção.
Dividir as crianças por grupos instrumentais: metais, peles e madeiras
para o acompanhamento da canção.
Executar o ritmo de acompanhamento sem cantar
Executar na entoação da canção a forma pergunta – resposta :
Grupo 1 -Pergunta: Ó malhão, malhão
Que vida é a tua? (bis)
Grupo 2 -Resposta: Comer e beber
Oh terrim tim tim
Passear na rua (bis)
Realizar uma dança em coluna ABABA A rapazes B- raparigas
BABAB
Os alunos mais velhos poderão aprender a tocar a canção em flauta
de bisel.
Canção “ Os instrumentos” ( 3º e 4º anos)
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 44
Os alunos fazem reproduções rítmicas simples;
Observam uma ilustração (a preto e branco) onde estejam presentes diferentes
instrumentos musicais ( uma orquestra, por exemplo)
Comparam esses instrumentos com os que têm na sala de aula;
Aprendem a canção, acompanhando a mesma com os instrumentos da sala de aula ;
Identificam instrumentos de altura determinada e indeterminada;
Organizam os instrumentos por “famílias “.
Jogo Musical “Vamos compo ritmos!” (3º e 4º anos)
O professor regista no quadro, quatro ou cinco ritmos muito simples,
numerando-os :
Se a turma tiver mais de dezasseis alunos, serão necessários cinco
ritmos diferentes. Antes de começar é aconselhável que todo o grupo
já conheça e domine estes ritmos para que todos os possam tocar e
reconhecer sem dificuldade.
O professor distribui depois, a cada um, uma folha de papel na qual
figuram quatro ou cinco números ( em função do número de ritmos
apresentados no quadro).Este “número de telefone”, corresponde a
uma dada combinação de ritmos, por exemplo, 3142 ou 54312.
Utilizando estes números, cada membro do grupo vai poder
“telefonar”
Um deles começa por compor um número arbitrário, isto é, utilizando
o seu instrumento para tocar os ritmos numa ordem diferente da sua.
O aluno que reconhece esta combinação, como sendo o seu próprio
“número de telefone”, reagirá compondo, por sua vez, um número
diferente. Todos devem prestar muita atenção e ouvir atentamente
para determinar com exactidão se o seu próprio ritmo foi ou não
composto.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 45
Construção de Instrumentos musicais
Esta é uma actividade fácil, acessível e não obriga a grandes
conhecimentos musicais. Tem no entanto, um forte carácter pedagógico,
uma vez que os alunos executam os seus próprios instrumentos, que apesar
de serem rudimentares adquirem um significado especial, permitindo a
criação de uma ligação afectiva com a música e com os próprios colegas da
turma.
Nesta actividade o professor deve ter em especial atenção as tarefas
de corte (x- actos) ou outras ferramentas que possam implicar riscos.
Outro cuidado a ter é com a limpeza dos materiais recicláveis. Estes não
devem conter quaisquer resíduos.
O professor poderá criar um atelier de construção de instrumentos
musicais a partir de material reciclado logo no inicio do ano lectivo,
pedindo aos alunos que guardem objectos como : rolos de papel, caixas
rígidas (de sapatos), caricas, tampas de panelas velhas, colheres de pau,
pregos pequenos (sem ferrugem), latas, etc. Será melhor que haja uma
planificação dos instrumentos que irão ser construídos ao longo do ano
lectivo para que não haja material em excesso.
Exemplos:
Maracas
São instrumentos de percussão mais usados na música latino-
americana. Podem ser feitas de diversos materiais : garrafas de
plástico pequenas, latas de conserva, copos de iogurte, etc.
Neste exemplo são usados dois copos de iogurte bem lavados e secos.
Dentro de um deles colocam-se sementes, arroz, massas, areia ou
outros. Podem ser misturados ou apenas contendo um dos produtos.
Consoante a quantidade e tipo de material, a maraca soará de formas
diferentes. Cola-se o outro copo de iogurte com fita cola ou cola
forte e decora-se ao gosto de cada um. Depois basta agitar com
ritmo.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 46
Pau – de – chuva
Trata-se de um instrumento de percussão, sendo muitas vezes
utilizado para produzir um efeito sonoro que faz lembrar água a
correr.
Pega-se num tubo de cartão com mais ou menos 80 cm de
comprimento, tapa-se uma das extremidades com uma carica metálica
ou outro tipo de tampa. De seguida, com a ajuda de um furador
fazem-se buracos de forma a passar de um lado ao outro do tubo.
Quando o tubo estiver todo perfurado colocam-se pauzinhos de
churrasco de forma a fazer uma rede cruzada. O que sobrar dos
pauzinhos deverá ser cortado de modo a não ficar com saliências à
superfície do tubo. Coloca-se uma boa quantidade de lentilhas ou
sementes de abóbora dentro do tubo e tapa-se a extremidade. Para
finalizar decora-se ao gosto do aluno.
Toca-se deixando deslizar as sementes ao longo do tubo,
atravessando a malha de pauzinhos.
Num –Num
É um instrumento muito divertido que tem a capacidade de alterar a
voz e imitar veículos motorizados.
Abre-se um orifício num tubo de cartão (rolo de cozinha), que deve
ser tapado com um pouco se saco de plástico. Com fita cola cola-se o
plástico em volta do orifício sem que haja fugas de ar ou o plástico
ficar demasiado esticado. Corta-se o topo de uma garrafa de plástico
e cria-se um megafone. Toca-se encostando a boca à extremidade
mais próxima do plástico, tentando cantar ou falar alto.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 47
Articulação com outras áreas do saber
Sempre que possível pode ser feita articulação disciplinar. Regra geral é mais aliciante e
torna o resultado da actividade muito mais enriquecedor. Logo no inicio do ano, os
professores das diversas áreas extracurriculares e curriculares podem observar nas
respectivas planificações os conteúdos que poderão trabalhar em conjunto, promovendo a
interdisciplinaridade e tirando dela o melhor partido.
Exemplos:
Exploração de letras de canções, poesia, lengalengas
Usar equipamento desportivo (bolas, cordas) para realização de jogos
musicados
Cantar pequenas canções em Inglês
Utilizar vocabulário musical simples em Inglês (Fig.1)
Trabalhar a língua gestual para pequenas indicações musicais (Fig.2)
Fig.1
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 48
Fig.2
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 49
Domínio : Drama
A expressão dramática é uma prática que abrange muitos aspectos importantes no
desenvolvimento intelectual da criança. A grande diversificação de formas que pode tomar
(consoante objectivos, idades e recursos disponíveis) torna este domínio, um importante
instrumento de trabalho.
Esta actividade visa o desenvolvimento de competências físicas, pessoais, relacionais,
cognitivas, estéticas e técnicas, para que as crianças sozinhas ou em grupo, sejam capazes de
inventar e transformar as coisas que as rodeiam com sentido crítico e positivo.
Para atingir estes fins, o professor deve ter em conta e tentar quebrar as barreiras
muitas vezes existentes na escola/turma/individuo, tais como: o preconceito; o medo de se
expor; o receio do ridículo (falar e não ser aceite); a pressa; a impaciência e o exibicionismo.
As actividades de exploração corporal, da voz, do espaço e de diversos objectos são
momentos de enriquecimento das experiências que as crianças espontaneamente fazem nos
seus jogos.
A exploração de situações imaginárias, a partir de temas sugeridos pelo professor (ou
alunos) dá oportunidade a que a criança, através da vivência de diferentes papeis, se
reconheça melhor e entenda melhor os outros.
Os jogos dramáticos permitem que os alunos desenvolvam progressivamente as
possibilidades expressivas do corpo – unindo a intencionalidade do gesto e /ou palavra, á
expressão de um sentimento, ideia ou emoção. Nestes jogos as crianças desenvolvem acções
ligadas a uma história ou a uma personagem que as colocam perante problemas a resolver:
problemas de observação, de equilíbrio, de controlo emocional, de afirmação individual, de
integração no grupo.
Deve evitar-se a memorização de textos desajustados ao nível etário, excessivas
repetições e ensaios em função de representações ou o desenvolvimento de gestos e posturas
estereotipadas. A pretensão deste domínio centra-se fundamentalmente na experimentação,
e desenvolvimento das capacidades expressivas, bem como o imaginário.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 50
Planificação Anual
Conteúdos Objectivos Gerais Objectivos Específicos
Expressão e
Comunicação
O aluno explora as suas
potencialidades expressivas e
comunicativas em situações de
prática e avaliação de
actividades dramáticas e
projectos de teatro;
O aluno integra os
conhecimentos adquiridos em
novas formas de apreciação de
actividades dramáticas e de
espectáculos de teatro, bem
como em soluções originais,
diversificadas e alternativas
para os desafios criativos;
O aluno adquire e aplica a
linguagem elementar do teatro
para nomear e analisar
actividades, técnicas e funções
desta arte performativa, em
situações de criação, de fruição
e de estudo;
O aluno explora as possibilidades
motoras e expressivas do corpo em
diferentes actividades ( movimento livre
ou orientado, execução/reprodução
gestual, mímica, criação de personagens;
O aluno explora as possibilidades
expressivas da voz ( timbre, intensidade,
altura, duração, entoação), adequando o
seu uso a diferentes contextos e
situações de comunicação;
O aluno exprime e justifica opiniões
pessoais, em situações de
experimentação/ criação, de fruição e
de pesquisa;
O aluno explora ( diferentes níveis e
direcções, características específicas…)
e recria o espaço e os objectos, com
função real ou imaginária e inventa,
recria, constrói e manipula adereços e
formas animadas;
O aluno constrói textos dramáticos e/ou
guiões cénicos, inventando e / ou
compondo histórias a partir de
diferentes estímulos (jogos,
improvisações, imagens sequenciadas,
músicas…) e registando por meio de
iconografia e/ou texto;
O aluno cria, explora e apresenta
personagens em situações distintas e
com diferentes finalidades;
O aluno improvisa e cria pequenas cenas
a partir de dados reais ou fictícios,
sozinho ou em grupo, em processos
espontâneos e preparados;
O aluno participa na concepção,
planeamento, operacionalização e na
avaliação de projectos de teatro;
O aluno participa em práticas de jogo
dramático, improvisação e
representação;
O aluno experimenta e nomeia, em
actividades dramáticas e projectos de
teatro, diferentes técnicas de
representação: teatro com actores em
cena, teatro de formas animadas (
sombras, teatro de marionetas,
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 51
Criatividade
Linguagem
elementar da
Expressão
Dramática
Compreensão
das Artes no
Contexto
O aluno adquire e aplica a
linguagem elementar do teatro
para nomear e analisar
componentes da construção
performativa, em situações de
criação, de fruição e de estudo;
O aluno reconhece e analisa
práticas teatrais de diferentes
estilos, géneros e origens
culturais, com as quais contacta
em contextos diversificados (
grande sala, sala estúdio, rua…)
e com recurso a vários suportes
( bibliográficos, audiovisual,
multimédia, digital…)
fantoches…) e técnicas mistas
O aluno experimenta e nomeia
diferentes funções/ tarefas
convencionais no processo de criação
teatral : texto dramático/ dramaturgo,
encenação/encenador, representação
/actor-actriz, figurino/ figurinista,
cenografia/cenógrafo;
O aluno experimenta diferentes
modalidades de espaço cénico (uma
frente, várias frentes, em
arena…),envolvendo recursos técnicos
específicos (projectores de luz, mesa de
som…) e/ou dispositivos alternativos (
lanternas,retroprojector, leitor de
CD…);
O aluno utiliza, em actividades
dramáticas e projectos de teatro,
objectos com diferentes funções (
indutores, adereços e formas animadas);
O aluno distingue o texto dramático de
outros tipos de texto, tendo em conta a
mancha gráfica, a estrutura (diálogo ou
monólogo) e a dispensabilidade do
narrador;
O aluno cria, apresenta e comenta
personagens, espontaneamente ou por
sugestão do professor, com recurso a
diferentes indutores (história, espaço,
objecto, personagem, música…);
O aluno reconhece o teatro como prática
artística presencial, identificando
diferentes estilos ( teatro de palco,
teatro de rua, café-teatro, comédia,
drama …), funções de concepção e
realização do espectáculo e recursos
físicos e materiais utilizados;
O aluno identifica elementos e técnicas
de outras artes e áreas do conhecimento
( textos de vários tipos, música e outras
sonoridades, luz, coreografia, criação
plástica…) ;
O aluno analisa os espectáculos a que
assiste, recorrendo a vocabulário
adequado e específico, expressando uma
opinião pessoal;
O aluno pesquisa e organiza, em vários
suportes, informação sobre teatro e
comunica os seus resultados;
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 52
Jogos de Exploração
As actividades propostas aos alunos deverão ser, preferencialmente, para exploração
individual. As crianças embora sejam solicitadas a experimentar, de uma forma mais
específica, diferentes possibilidades de utilizar o corpo, a voz e o espaço, irão realizá-las de
forma global e integrada.
Os jogos de exploração devem ser progressivamente complementados por propostas que
contribuam para o desenvolvimento da capacidade de relação e comunicação com os outros.
No desenrolar das propostas ou projectos desenvolvidos em pequenos grupos, deve haver
espaço para a improvisação.
A existência de uma caixa de adereços, a manipulação de objectos, fantoches e a
utilização de máscaras estimulam a caracterização de personagens e enriquecem as histórias
que as crianças vão construindo.
As crianças gostam de apresentar as suas criações a outros (colegas, pais, professores).
Estes momentos de partilha são também um enriquecimento da experiência pessoal e do
grupo, desde que mantenham o carácter de jogo lúdico e não se transformem em
representações estereotipadas.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 53
Corpo
Movimentar-se de forma livre e pessoal: sozinho ou a par;
Explorar atitudes de: imobilidade – mobilidade, contracção –
descontracção, tensão- relaxamento;
Explorar a respiração toráxica e abdominal;
Explorar o movimento global do corpo da menor a maior amplitude;
Explorar os movimentos segmentares do corpo.
Voz
Explorar as diferentes potencialidades da voz, fazendo variar a
emissão sonora e, progressivamente, aliar o som gestos e
movimentos;
Os temas propostos devem estar adequados à idade das crianças e à
sua experiência de modo a adquirirem maior confiança e acuidade na
utilização da voz como instrumento essencial à expressão e
comunicação;
Experimentar diferentes maneiras de produção vocal;
Explorar sons orgânicos ligados a acções quotidianas;
Reproduzir sons do meio ambiente.
Espaço
Explorar o espaço circundante;
Explorar deslocações simples seguindo trajectos diversos;
Explorar diferentes formas de deslocação: de seres reais ou
imaginados, em locais de diferentes características;
Orientar-se no espaço a partir de referências visuais, auditivas,
tácteis…;
Deslocar-se em coordenação com um par;
Explorar diferentes níveis: baixo, médio, alto.
Objectos
Explorar as qualidades físicas dos objectos;
Explorar as relações possíveis do corpo com os objectos;
Deslocar-se com o apoio de um objecto (sozinho ou com par);
Explorar as transformações de objectos imaginando-os com outras
características e utilizando-os em acções;
Utilizar máscaras, fantoches.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 54
Jogos Dramáticos
Num jogo dramático estão sempre presentes os sinais exteriores do corpo no espaço,
através da mímica, dos gestos, das atitudes, dos movimentos e da utilização de objectos.
Estrutura – tipo de uma aula :
1º Aquecimento: aquecimento geral do corpo (músculos e articulações)
2º Jogos: Dinamização da turma com jogos de confiança e contacto
3º Exercícios: exercícios de comunicação e expressão
4º Improvisação dramática: desenvolvimento de uma improvisação de grupo a partir dos
exercícios feitos.
Linguagem Não verbal
Em interacção, as crianças exploram a
dimensão não – verbal em improvisações que
podem partir de histórias, contos ou
situações dramatizadas;
Utilização espontânea de atitudes, gestos e
movimentos
Reacção espontânea por gestos ou
movimentos a : sons, palavras, ilustrações,
atitudes ou gestos de outro;
Improvisação individual de atitudes, gestos e
movimentos a partir de diferentes estímulos :
sonoros ou verbais, objectos reais ou
imaginados, um tema proposto;
Participação na elaboração oral de uma
história;
Improvisação de um diálogo ou pequena
história ( a dois ou em pequenos grupos) a
partir de uma ilustração.
Linguagem Verbal e Gestual
Improvisação de palavras, sons, atitudes,
gestos e movimentos ligados a uma acção
precisa : em interacção com outro/outros.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 55
Sugestões de Actividades
Dramatizações a partir de:
Contos - “ A branca de neve”
- “O capuchinho vermelho”
- “ A carochinha”
- “ O gato das botas”
Fábulas - “ A cigarra e a formiga”
- “Os três porquinhos”
- “ A raposa e a cegonha”
Lendas - “ A lagoa das sete cidades”
- “Lenda da Serra da Estrela”
- “ A padeira de Aljubarrota”
- “A princesa e o pastor”
Aventuras - “ Cristóvão Colombo”
- “ Zorro”
- “ As tartarugas Ninja”
Poesia – dramatizações, acompanhando a recitação de uma poesia
Música - “Pedro e o Lobo”, de Prokofieff
- “ Carnaval dos animais”, de Saint-Saens
- “ Sinfonia dos brinquedos”, de Leopold Mozart
Histórias inventadas pelos alunos com recurso a fantoches ou
sombras chinesas
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 56
Jogo Dramático de Exploração
“Forma, forma … formações”
Objectivos específicos:
- Explorar o espaço;
- Adaptar o seu corpo a diferentes espaços;
- Imaginar formas no espaço;
- Orientar-se no espaço a partir de referências visuais ou auditivas;
- Integrar-se em grupo.
Estratégias:
- Os alunos movimentam-se livremente pela sala e sob comando do
professor e/ou de um colega, formam conjuntos de 2, 3, 4, 7…, sem
falarem nem se tocarem, ficando unidos pelos joelhos, pelos pés, pelas
costas, etc.;
- Um pequeno grupo movimenta-se livremente pela sala e ao comando do
professor formam, por exemplo: um círculo, dois quadrados, o número 15,
a letra B, etc.
Jogo Dramático
“ Máquina Humana”
Se eu fosse uma máquina de lavar roupa…
Objectivos específicos:
- Criar movimentos;
- Reagir a estímulos visuais;
- Associar som a movimento;
- Integrar-se em grupo.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 57
Estratégias:
- Grupos de dez alunos;
- Um aluno vai para o centro da sala criando um movimento e um som correspondente;
- Junta-se outro aluno que criará outro movimento e respectivo som, estabelecendo um
contacto físico com o primeiro;
- Integrar-se-ão, um a um, todos os alunos construindo uma grande ruidosa máquina;
- O professor pode desligá-la (imobilidade) e voltar a ligá-la recorrendo a um gesto pré-
estabelecido;
- Ao ser novamente “ligado” o aluno que deverá manter o mesmo movimento e som;
- O professor desmontará, em seguida, a máquina retirando do grupo aluno por aluno.
Jogo Dramático
“ Jogo do Arame”
Objectivos específicos:
- Desenvolver o equilíbrio
- Adquirir autoconfiança.
Estratégias:
- Coloca-se uma corda ou um traço de giz no chão;
- Cada aluno desloca-se por cima desse traço fazendo exercícios de
contracção/descontracção, mobilidade/imobilidade, andar em diferentes ritmos;
- Subordinados a um tema criarão duas estátuas;
- Devem controlar o equilíbrio e o espaço
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Patrícia Silva | 58
Jogo Dramático
“ Boneco desconjuntado”
Objectivos específicos:
- Autonomizar segmentos corporais;
- Sentir o movimento articular.
Estratégia:
- Os alunos espalham-se livremente pela sala e, a comando do professor, vão deixando “cair”
partes do seu corpo: cabeça, pescoço, ombros, tronco, etc;
- devem chegar ao solo em movimento lento e de descontracção;
- Podem em seguida voltar à posição vertical fazendo o movimento inverso.
Jogo Dramático
“O meu corpo”
Objectivos específicos:
- Explorar o corpo como meio de comunicação;
- Explorar diferentes reacções sensórias/motoras;
- Desenvolver o sentido de grupo.
Estratégias:
- Os alunos simulam corporalmente:
– Frio;
– Calor;
– Zanga;
- Indiferença;
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 59
– Alegria;
– Surpresa;
– Admiração;
– Mimo;
Mimam situações do quotidiano associando-lhes ruídos:
– Uma paragem de autocarro deverá haver alunos fazendo de banco, de telheiro, de
autocarro, de árvore com vento, de pessoas, caracterizando sensações vividas no exercício
anterior;
– Um jardim zoológico;
– Uma feira;
– Uma procissão;
Jogo Dramático
“ O ritmo da palavra”
Objectivos específicos:
- Viver o ritmo da palavra;
- Associar personagens à expressão oral;
- Exprimir por gestos sentimentos e ideias;
- Dramatizar uma lengalenga.
Estratégia:
- Lengalenga: “Mia o gato…”
1)
Mia o gato, ladra o cão,
uiva o lobo no Marão.
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Pia o mocho, grasna o pato, guincha o pobre do macaco.
(Refrão)
O homem fala, fala
e às vezes não diz nada.
Mas quando o homem canta
até seu mal espanta.
2)
Ruge forte o leão.
- O ribombo do trovão.
À tardinha coaxa a rã,
trila o melro p’la manhã.
(Refrão)
O homem…
3)
Palra, palra o papagaio,
e o cuco traz o Maio.
Assobia a cobra feia,
Zumbe a abelha na colmeia.
(Refrão)
O homem…
- Imitam livremente vozes de animais;
- Memorizam a lengalenga;
- Dramatizam utilizando movimento e sons apropriados.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 61
Jogo Dramático
“ Postal ilustrado”
Objectivos específicos:
- Inventar ambientes sonoros partindo de estímulos visuais;
- Criar diálogos;
- Dramatizar cenas.
Estratégias:
- Divisão da turma em pequenos grupos;
- Entrega de um postal ilustrado a cada grupo, caracterizando: uma paisagem (neve, praia,
cidade, etc.), meios de transporte, cenas do quotidiano;
- Os alunos criarão situações daí decorrentes.
Jogo Dramático
“ Os provérbios”
“A cavalo dado não se olha ao dente”
Número de participantes: 6 a 20
Material necessário: nenhum
Desenrolar da acção:
- Estabelecem-se pequenos grupos, segundo a iniciativa e espontaneidade das crianças;
- Cada grupo escolhe um provérbio que terá de mimar;
Exemplos:
- “Grão a grão, enche a galinha o papo”
- “Tal pai, tal filho”
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Patrícia Silva | 62
- Quem vai ao mar, perde o lugar”
- Patrão fora, dia santo na loja”
- Cada grupo apresentará então, por sua vez, o seu número de mímica;
- Enquanto um grupo actua, os restantes tentarão adivinhar qual o provérbio representado.
Movimento Música e Drama – Exemplo de actividade articulada
Canção : “ Quatro pretinhos da Guiné”
Movimento:
a) As crianças estão sentadas em círculo. O professor chama um aluno de cada vez,
indicando-lhe um animal que deverá imitar através da mímica. Os restantes têm que
adivinhar que animal é.
b) Falar com os alunos sobre outros animais que poderiam ser imitados. Cada criança vai
imitar o animal que desejar ( só através de mímica).
c) Em círculo vão transformar-se lentamente em diferentes animais, segundo indicações
do professor.
d) Jogo : o professor distribui por cada aluno um pequeno papel dobrado onde registou,
previamente, o nome de um animal. O nome de cada animal foi escrito em dois ou três
papéis diferentes. Assim haverá dois ou três macacos, duas ou três girafas, duas ou
três borboletas, etc.
Num primeiro momento procuram transformar-se fisicamente no animal mencionado no
papel, não podendo emitir quaisquer sons. Depois relacionam-se entre si, tentando
organizar-se em grupos de animais iguais (grupos de dois ou três). Quando todos
estiverem organizados por par ou trio, já podem recorrer á emissão de sons e
comunicar. O professor deve ir sempre sugerindo situações para motivar o
relacionamento entre os diferentes grupos.
Música:
a) Audição e entoação da canção;
b) Análise da letra;
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 63
c) Análise e acompanhamento rítmico corporal;
d) Acompanhamento rítmico instrumental (instrumentos de percussão simples);
e) Entoação da canção com mistura de acompanhamentos e sem apoio gravado;
f) Gravação da actividade (se possível nas diferentes etapas).
Drama:
a) Mímica: -mostrar quatro dedos;
- gesto de fugir com as mãos, bater palmas
- movimento com o corpo, mãos nas ancas requebrando
Seguindo o ritmo da musica.
b) Letra como “guião” para a dramatização:
1. Eram quatro pretinhos
Todos quatro da Guiné
Deitaram a fugir
Cantando o Siricoté
Siricoté, Siricoté
Eram quatro pretinhos da Guiné.
2.Logo, logo encontraram
O amigo chimpanzé
A ele ensinaram
A canção do Siricoté.
Siricoté, Siricoté
Eram quatro pretinhos da Guiné
3. Depois veio a girafa
Toda airosa a dançar
Tocava numa garrafa
Pois não sabia cantar.
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Siricoté, Siricoté
Eram quatro pretinhos da Guiné
4. Pouco a pouco a bicharada
Foi chegando à clareira
E com toda a sua graça
Entrando na brincadeira
Siricoté, Siricoté
Eram quatro pretinhos da Guiné
5. Foi assim que na floresta
Todo o bicho bateu o pé
Foram os quatro pretinhos
A cantar Siricoté
Siricoté, Siricoté
Eram quatro pretinhos da Guiné
Articulação com outras áreas curriculares
Estudo do Meio:
Trabalho de pesquisa em grupo sobre os animais quanto à alimentação, respiração e
reprodução.
Língua Portuguesa:
Escrita de relatórios sobre o trabalho de pesquisa realizado, leitura e explicação do
mesmo por um dos elementos do grupo.
Escrita de textos sobre os animais preferidos de cada criança.
Matemática:
Situações problemáticas elaboradas e resolvidas por cada grupo;
Consolidação do algoritmo das quatro operações, tendo sempre como base os animais.
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Patrícia Silva | 65
Actividade Físico-Motora:
Exercícios de lateralização, equilíbrio e coordenação;
Realização do jogo “ A toca dos coelhos”
Expressão Plástica :
Recorte, colagem e pintura de alguns animais;
Desenho livre sobre os animais que existem na comunidade onde está inserida a escola,
animais existentes em casa, etc.
Formação Cívica:
Interiorizar o respeito que merecem os animais e outros seres vivos existentes na
natureza;
Preservação da natureza e do património histórico existente na localidade onde
residem;
Respeito pelas diferenças.
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 66
Avaliação Global
Cada professor ou grupo disciplinar de escola/ agrupamento organiza os seus métodos de
avaliação dependendo de cada turma e características individuais dos alunos. Porém ,esta
actividade de enriquecimento curricular requer uma avaliação de carácter essencialmente
contínuo tendo como base os seguintes itens:
Assiduidade e pontualidade
Comportamento/ atitudes
Autonomia
Sociabilidade
Espírito crítico
Espírito de observação
Capacidade de investigação
Observação directa
A participação-acção, individual e/ou em grupo
Capacidade de organização no tempo/ espaço
Destreza motora
Criatividade
A apresentação de trabalhos
Capacidade de auto e hetero-avaliação
Movimento Música e Drama 1º Ciclo 2011
Patrícia Silva | 67
Bibliografia:
Música 1 , Porto Editora, 2004
Música 2, Porto Editora, 2004
101 Jogos Musicais para Crianças , Lyon Multimédia Edições, 1996
100 Jogos Musicais, Edições Asa 1998/3ª Edição
Canções Tradicionais, Vamos Cantar com Música a Acompanhar, Edições Convite á Música, 2000
100 Jogos de Movimento, Edições Asa, 1991
Manual de Jogos Educativos, Moraes Editores , 1977
Orientações programáticas para o ensino da Música no 1º ciclo, Ministério da Educação, 2006
1º Ciclo Expressões Artísticas, Metas de aprendizagem, DGIDC
Currículo Artístico, Expressão Dramática. Ministério da Educação
Meloteca (www.meloteca.pt)