movimento vivace - edição 40 – abr.2012
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Revista oficial da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.TRANSCRIPT
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Veículo de divulgação oficial da OSRP - Distribuição gratuita - Ano IV - n°40 - Abril - 2012
Tocando a VidaProjeto socioeducativo chega ao bairro Ipiranga de Ribeirão Preto
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Palavra da Diretoria
DULCE NEVESVice-presidente OSRP
Por que a OSRP é um bem cultural? Ela eleva Ribeirão Preto à categoria das
poucas cidades que têm uma orquestra que se apresenta regularmente e faz jus
à composição erudita e popular. É uma orquestra i�nerante que sai do palco mais
nobre da cidade, o Theatro Pedro II, para as praças, parques ou igrejas. Mas a
OSRP vai além. É uma orquestra ousada e há muito tempo mostrou que, mais
que fazer cultura, quer descobrir e profissionalizar jovens talentos.
Levar a música erudita para populações de bairros carentes é um trabalho que
nossos músicos e professores fazem como se fosse um sacerdócio. E é através
do projeto Tocando a Vida que crianças e jovens aprendem a cantar e tocar um
instrumento musical. Queremos vê-los um dia nos palcos das melhores salas
de concerto. Queremos que conquistem o mundo e transformem lágrimas em
sorrisos, sendo autores de suas próprias histórias.
Diferentemente dos países de origem de muitos dos nossos músicos – no
Leste Europeu –, a música erudita não faz parte do ensino regular brasileiro e o
acesso às vagas de cursos de canto ou instrumento oferecidas pelas universidades
públicas ou par�culares é um caminho que exige muito inves�mento. E aos
14 anos, muitos adolescentes mal podem ir à escola porque têm de ajudar no
orçamento domés�co – quando não têm de sustentar a família. Se isso é triste,
imagine esses jovens atraídos pelo tráfico de drogas?
Trata-se de uma realidade que todo mundo conhece. Por isso, o projeto
Tocando a Vida é um orgulho para a OSRP. E certamente para os parceiros
que abraçaram esta causa – é o caso do RibeirãoShopping, parceiro do Núcleo
João Rossi, no Conjunto Habitacional João Rossi, em Ribeirão Preto, e da RTE-
Rodonaves Transportes e da Cia de Bebidas Ipiranga, as novas parceiras para o
Núcleo Ipiranga, que acaba de nascer no bairro de mesmo nome.
Onde queremos chegar? Queremos que essas crianças e jovens atendidos nos
nossos núcleos apresentem-se um dia no palco do Theatro Pedro II, integrem
nossa orquestra e sentem-se em uma das carteiras das melhores universidades
de música. É ousado, mas a experiência tem mostrado que essas crianças e jovens
são mais ousados ainda. E isso tudo vale muito a pena!
Ousadia
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Publicação mensal da Associação Musical de Ribeirão PretoRua São Sebas�ão 1002 - CentroTel (16) 3610-8932 - www.osrp.org.br
PresidenteDécio Agos�nho Gonzalez
Jornalistas responsáveisBlanche Amancio - MTb [email protected] Antunes - MTb [email protected]
Colaboração: Eduarda [email protected] & Cia Comunicação - Tel (16) 3916-2840
DIRETORIA EXECUTIVA
Décio Agos�nho Gonzalez
Presidente
Dulce Neves
1º Vice-Presidente
Silvio Trajano Contart
2º Vice-Presidente
Fábio Mesquista Ribeiro
Diretor Jurídico
Taís Costa Roxo da Fonseca
Diretora Jurídica Adjunto
Dácio Campos
Diretor de Patrimônio
Lisete Diniz Ribas Casagrande
Secretário Geral
Leonardo Carolo
Secretário Adjunto
José Mario Tamanini
Diretor Financeiro
Enio de Oliveira e Souza Junior
Diretor Financeiro Adjunto
José Arnaldo Vianna Cione
Diretor InsTtucional/Orador
CONSELHO FISCAL
Afonso Reis Duarte
Antonio Gilberto Pinhata
Delcio Bellini Junior
Larissa Moraes Di Ba�sta
Luiz Camperoni Neto
Paulo Cesar Di Madeo
CONSELHO DELIBERATIVO
João Agnaldo Donizete Gandini
Presidente
José Gustavo Julião de Camargo
Secretários
Abranche Fuad Abdo
Adriana Silva
Alberto Dabori
Amando Siui� Ito
Carmen Rita Cagno
Demetrio Luiz Pedro Bom
Dinah Pousa Godinho Mihaleff
Edilberto Janes
Elvira Maria Cicci
Emerson Francisco M. Rodrigues
Idelson Costa Cordeiro
Itamar Suave
Jay Mar�ns Mil-Homens Junior
José Donizete Pires Cardoso
Juracy Mil-Homens
Lais Maria Faccio
Lucas Antonio Ribas Casagrande
Luis Orlando Rotelli Rezende
Maria Carolina Jurca Freitas
Maria Cecilia Manzolli
Raul Marmiroli
Sander Luiz Uzuelle
SebastiãodeAlmeidaPradoNeto
Sebas�ão Edson Savegnago
Tamara Cris�na de Carvalho
Valdo Barreto
Vale�m Herrera
Willian Natale
Diretoria
Expediente
Indice
EspecialAcordes que transformam o ambiente 05
Notas 09
Arquivo HistóricoAs homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos 10
Circuito Musical 12
Notas de Concerto 16
ProgramasConcerto Internacional 18JuventudeTem Concerto 23Concerto Pascal 26
Assistente de comunicação / diagramaçãoBruna Zanuto - [email protected]
FotosIbraim leão, Gisele Haddad, Lara Costa, José Antonio eBruna Zanuto
Pesquisa históricaGisele Haddad
Fotolito e impressãoSão Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Tiragem: 1.500 exemplares
Os ar�gos assinados não representam obrigatoriamentea opinião do veículo
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Especial
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Um canto já pode ser ouvido. São as
crianças do Conjunto Habitacional
João Rossi, em Ribeirão Preto – um
dos bairros mais violentos da cidade –,
entoando canções de Natal e músicas
populares. As vozes começam a ser
lapidadas e não demorarão a ganhar
forma e cor, mas já têm brilho. Os olhos
de Laura Pillar Peralta da Silva, 8 anos,
exprimem uma espécie de felicidade,
desconhecida para a menina até o dia
em que foi levada pela mãe à quadra de
esportes do bairro.
Lá, Laura encontrou Snizhana Drahan,
a ucraniana, agora naturalizada brasileira,
regente dos coros da OSRP, para as
primeiras aulas de canto do projeto
Tocando a Vida, lançado em agosto de
2011 na comunidade. A professora,
que já regeu o coro da histórica fábrica
russa de aviões Antonov e deu aulas
Acordes que transformamo ambiente
de canto na Universidade Popular da
Ucrânia, assumiu a responsabilidade de
transformar as vozes infan�s.
Alexandra Mari Peralta, a mãe, tem
40 anos e para sustentar a casa cuida dos
filhos de amigas que precisam trabalhar
fora. No apartamento de 41m2, recebe
diariamente sete crianças. Enquanto isso,
a menina Laura cursa a 3ª série do ensino
fundamental na única escola do bairro.
As aulas de canto no projeto Tocando a
Vida mudaram a ro�na de muita gente no
João Rossi. Laura ficou mais concentrada
na escola, diz a mãe. “Ela �nha dificuldade
para memorizar e, como precisa decorar
as músicas, passou a ficar mais atenta”,
acredita Alexandra.
Além de Laura, tem a vizinha Adriane
de Oliveira Norberto, 12 anos, que até
então não sabia o que era estudar canto.
“Eu sempre gostei de cantar e agora quero
ficar mais afinada”, sonha a garota. A mãe
Fernanda Rosa de Oliveira conta que ela
está até falando melhor. “Falava muito
rápido, sem pausa”.
As vizinhas são apenas dois exemplos
dos resultados com o primeiro semestre
de aulas no Conjunto João Rossi. “Todas
as mães gostaram da ideia, pois não há
nada no bairro além da escola... aqueles
que não vão para o canto ficam ao Deus
dará”, resume Alexandra.
ParaaprofessoraSni, comoéchamada,
“fácil não é, nem para os profissionais,
mas a vontade de aprender e a alegria que
essas crianças trazem para a aula ajudam
muito no resultado”. Ela abraçou a causa
e, da mesma forma que prepara cantores
profissionais para concertos, faz com que
as crianças descubram a própria voz. “É
preciso respirar na medida, na hora certa,
usar a quan�dade exata de ar para cada
Alunos da EMEF Elisa Duboc ouvindo o quarteto da OSRP
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frase musical, descobrir os sons, os tons
das notas, aprender a posicionar cabeça e
o corpo e, ainda, produzir os sons das notas
musicais a par�r de locais determinados na
boca”, explica.
O projetoO projeto Tocando a Vida foi idealizado
pela Associação Musical de Ribeirão Preto,
mantenedora da OSRP, para formação de
instrumen�stas e cantores. Ele começou
com a parceria junto à Ins�tuição Aparecido
Savegnago, de Sertãozinho-SP, em 2009. Lá,
crianças e jovens aprendem instrumento
e canto através de parceria com a OSRP. E
há também cursos de informá�ca, língua
inglesa e artes para filhos de funcionários
da rede de supermercados e para a
comunidade.
Com o sucesso da experiência, a
diretoria da OSRP decidiu implantar núcleos
em parceria com a inicia�va privada. Em
Ribeirão Preto, o primeiro núcleo – no
Conjunto João Rossi – foi implantado em
parceria com o RibeirãoShopping. Desde
então, 40 crianças a par�r de 6 anos de
idade, aprendem canto coral. Com quatro
meses de aulas, elas se apresentaram
na programação de Natal no Shopping,
cantando peças clássicas natalinas junto
com cantores do Coro Lírico da OSRP.
“O Tocando a Vida é um projeto
ousado na medida em que interfere
em um cenário extremamente carente,
oferecendo oportunidade de inserção
social e profissional. Além de formar
profissionais capazes de atuar como
instrumen�stas ou cantores no mercado
de trabalho, o projeto obje�va preparar
músicos para disputarem vagas nos
cursos de graduação em música nas
universidades públicas da região – Escola
de Comunicação e Artes da USP-Ribeirão
e UFSCar-Universidade Federal de São
Carlos – além das ins�tuições par�culares,
como a UNAERP - Universidade de Ribeirão
Preto”, explica Dulce Neves, vice-presidente
da OSRP.
A equipe de professores tem grande
experiência profissional e vasta formação
acadêmica. O coordenador pedagógico
Lucas Galon é professor universitário e
Laura Pillar Peraltada Silva“A aula de canto meajuda muito”.
Snizhana Drahan“A vontade de aprendere a alegria que essascrianças trazem para aaula ajudam muito noresultado”.
Hélita Moraes
Lucas Galon“A cada d i a no ssurpreendemos comos resultados”.
Dulce Neves“Música erudita paracr ianças e jovens,oferecendo a elesa oportunidade deu l t r apassa rem oslimites de sua própriacondição social”.
compositor. “Procuramos educar para vida,
para arte. E não para o aprendizado tão-
somente da técnica de um determinado
instrumento”, diz o professor. Lucas tem
uma ligação an�ga com a OSRP – seu �o-
avô Augusto Seabra foi violinista e violista
na Sinfônica por alguns anos. “Eu mesmo
fui violista da orquestra entre 2004-2005.
Como compositor, �ve o prazer de assis�r
estreias de duas de minhas principais obras
sinfônicas junto à OSRP”, conta.
H á u m m ê s a O S R P a d q u i r i u
instrumentos musicais para as aulas no
Núcleo João Rossi: são 17 violinos, 7 violas,
8 violoncelos, 1 teclado, 4 contrabaixos, 14
flautas sopranos, 15 flautas contraltos, 6
flautas tenores e 1 flauta baixo.
No início de abril, o segundo núcleo em
Ribeirão Preto foi inaugurado. O Núcleo
Ipiranga já está com inscrições abertas.
Vai funcionar na ONG Caminhando para
o Futuro, na Rua Taba�nga 427. O novo
núcleo nasceu das parcerias da OSRP com
a Cia. de Bebidas Ipiranga e RTE-Rodonaves
Transportes.
A vida no João Rossi
O João Rossi é considerado o
terceiro bairro com maior índice
de violência em Ribeirão Preto – o
município tem cerca de 200 bairros,
organizados administrativamente
em 16 subsetores , segundo
a S e c r e t a r i a M u n i c i p a l d e
Planejamento.
O comércio de drogas é feito à
luz do dia e o tráfico é o responsável
pelos índices crescentes de
pros�tuição infan�l, furtos, roubos,
violência ~sica e assassinatos.
O Jardim João Rossi fica no setor
S-5 Sul, que abrange os bairros
Residencial Flora, Flórida, Jardim
Califórnia, Vila Ana Maria, Jardim
Nova Aliança, Condomínio Estação
Primavera, Condomínio Residencial
Moema e parte do Alto da Boa
Vista. Esta região da cidade conta
com 15.724 habitantes em 7.760
domicílios e tem bairros altamente
valorizados do ponto de vista
imobiliário. Destes habitantes de
toda esta região, 11.264 estão no
Conjunto Habitacional Jardim João
Rossi, vivendo em seus 88 prédios
com 2.816 apartamentos.
Roberto Galhardo
Conjunto Habitacional João Rossi
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A vida tem que serum grande espetáculo.O compromisso que a Vila do Ipê tem
com a cidade de Ribeirão Preto vai muito
além de oferecer empreendimentos imobiliários
de altíssima qualidade. A Vila do Ipê acredita
que qualidade de vida é um conceito muito
mais amplo em que a cultura tem um papel
fundamental. Por isso, além do nosso apoio,
a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto
sempre terá o nosso aplauso.
Valorizando a cultura.
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Material de divulgação do projeto
Projeto pedagógico
Trabalhamos com uma espécie de
tripé e procuramos equacionar o perfil
de determinados grupos de alunos.
Com alguns, nosso trabalho
é voltado à inserção cultural e
intelectual no mundo das artes.
Basicamente, tocarão um instrumento
e futuramente formarão um grupo
com acesso ao repertório da música
de diversos esti los, mas como
ouvintes e frequentadores de recitais
e concertos, e não como profissionais
da música. Neste caso, trata-se de uma
formação disciplinar complementar às
a�vidades escolares.
Temos um segundo grupo, para o
qual buscamos o resgate social puro
e simples. São crianças muitas vezes
vitimizadas, algumas com sérios
problemas psicológicos e cogni�vos,
emqueasociabilizaçãoeinclusãosocial
são nossos alvos; independentemente
do desempenho musical ou mesmo do
comportamento. A questão aqui é a
inclusão dessas crianças.
Vale dizer que não acredito na
separação dos grupos na prá�ca. Os
aspectos levantados em nosso tripé,
apenas os professores discutem e
determinam uma conduta de acordo
com os casos. É uma forma de educar
segundo certas necessidades básicas.
O terceiro grupo consiste naqueles
alunos que apresentam desde o início,
e durante seu desenvolvimento, uma
óbvia propensão musical. Neste
caso, os professores exigem o nível
necessário para direcioná-los para
uma formação profissional. Pela
minha experiência, num projeto
da nossa natureza, normalmente
podemos esperar que entre 20%
e 25% dos alunos se tornem bons
profissionais da música. Além de
podermos contar também com
uma boa margem de futuros bons
professores de música.
Lucas Galon
Concerto de Natal no Theatro Pedro II em dezembro de 2011, com crianças do João Rossi e de Sertãozinho
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Notas
Faleceu no dia 19 de março a mezzo-soprano
Fernanda Cou�nho, integrante do Coro Lírico da
Escola e Canto Coral (ECC).
Diretoria da Orquestra Sinfônica de Ribeirão
Preto e da ECC solidarizam-se com a família.
Falece a mezzo-soprano FernandaCoutinho
OSRP homenageia JúlioVoltarelli
A OSRP presta homena-
gem ao pesquisador Julio
Voltarelli pelo grande trabalho
acadêmico e pela dedicação à
orquestra. Voltarelli foi sócio
da Sinfônica por muitos anos
e faleceu dia 21 de março.
O célebre músico aposentado Augus-
to Seabra acaba de completar 90 anos.
Seabra foi músico da OSRP entre 1942 e
2002 tendo sido spalla durante três anos.
A prova de sua versa�lidade e espírito
coopera�vo está no fato de já ter atuado
como violinista, violoncelista e violista,
instrumento que se dedicou até o fim da
carreira de músico profissional na OSRP.
Ex-spalla da OSRP Augusto Seabra completa 90 anos
Augusto Seabra
Seabra e outros músicos davam ver-
dadeiros saraus durante viagens de ôni-
bus da OSRP pelas cidades do interior de
São Paulo.
Dentre outras figuras do passado re-
cente da OSRP, o violinista Milton Bergo,
spalla por muitos anos da OSRP, esteve
presente, e homenageou o aniversari-
ante com seu violino.
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Arquivo Histórico
Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates
Maestro Spártaco Rossi
Fonte: Arquivo Pessoal Aluísio da Cruz Prates
Aluísio da Cruz Prates
As homenagens de “Seu” Aluísio a ex-músicos
Desde 2006, quando soube do trabalho
de pesquisas sobre a OSRP e a história
da música de Ribeirão Preto, o clarine�sta
Aluísio da Cruz Prates, “Seu” Aluísio,
sempre telefona para informar o paradeiro
de an�gos músicos e para falar de alguma
foto ou partitura que encontrou. Filho
do escritor e memorialista Prisco da Cruz
Prates e com recém-completados 87 anos,
adora falar da ro�na musical da cidade “de
an�gamente”.
Ex-músico da OSRP se empenha para homenagear os colegas músicos abrindo processos para que seus nomes sejam
colocados em logradouros da cidade
Apresentação da Banda do 3º Batalhão daPM de Ribeirão Preto no aniversário do Pe.Donizeti, em Tambaú-SP. Foto de 1957.
Spártaco Rossi regendo a OSRP nadécada de 1960
Aprendeu música em Batatais, no
quartel da Polícia Militar, com o maestro
Alfredo Pires aos 20 anos. Decidiu estudar
sax soprano porque era o instrumento
disponível e a também a necessidade
da banda naquele momento. Passou
para clarineta em 1954, por ocasião da
aposentadoria do sargento José Joaquim
de Oliveira (Juca), pois “o naipe precisou”,
dizendo ainda “passei apertado porque
a clarineta é muito mais di}cil; o sax tem
chaves e a clarineta tem os ori}cios para
tampar com os dedos”.
Entrou na OSRP a convite do maestro
da banda da PM de Ribeirão Preto,
Celestino Libanoli, que atuava na
orquestra. Sentiu dificuldades com a
mudança de conjunto musical. ”Foi di}cil
porque a dinâmica da banda é diferente
da sinfônica, �ve que estudar para tocar
um som mais aveludado”. Enrico Ziffer era
o maestro �tular da orquestra entre 1957
e 1962. Aluísio atuou na OSRP entre 1961
e 1982. Antes disso, tocou sob a batuta
de Ignázio Stábile, �tular de 1938 a 1955,
quando ainda era saxofonista na banda
da PM e esta era convidada a tocar com a
orquestra a Abertura 1812 de Tchaikovsky,
por causa dos �ros de canhão que estão
na par�tura da obra.
Estudou com o maestro Spártaco Rossi
(1910-1993)entre1962e1970,então�tular
na OSRP. Com ele teve aulas par�culares
de teoria musical e depois fez mais dois
anos de teoria e prá�cas instrumentais no
Colégio Metodista. “Ele chegou aqui muito
legal comigo, pedia cópias de músicas pelo
mimeógrafo, me ensinou transposição
musical porque minha clarineta era em Si
bemol e às vezes apareciam par�turas em
Dó ou Lá e eu �nha que dar conta”.
Só saiu da orquestra em 1982 após
uma cirurgia de vesícula, quando não
mais conseguiu con�nuar. Tocava então
em cerimônias de casamentos com os
colegas violinistas Gilberto e Luiz Baldo.
Até a década de 1990, os músicos da
OSRP não recebiam salário, tocavam
por amor à música e ganhavam “no
máximo um jantar no
Pinguim ou na sede da
Sinfônica... agradeça
que a sinfônica existe,
aos abnegados do
passado”, diz referindo-se aos colegas
músicos fundadores da OSRP.
Em 1993 ficou sabendo da morte de
Spártaco Rossi e desde então começou as
providências com a ajuda da filha, Gláucia
Aparecida Prates, para que o nome do
maestro fosse designado a um logradouro
público. Agora, depois de quase dez
anos conseguiu, assim como também
conseguiu anteriormente pelo nome do
ex-músico, primeiro flau�sta e fundador
da orquestra Caetano Lania (1908-1992)
e do maestro Alfredo Pires (1900-1982),
aquele que lhe ensinou música no quartel.
“Virar nome de rua é importante porque
muita gente vira nome de rua sem ter feito
nada, e estes muito fizeram e trabalharam
pela Orquestra Sinfônica e pela música de
Ribeirão Preto”, finaliza.
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Atendimento integrado, qualificação humanae investimento tecnológico. Em outras palavras:o hospital mais completo de Ribeirão Preto.Considerado um dos hospitais mais bem equipados do país, o Hospital São Francisco é um complexo hospitalar modelo, onde a tecnologia está aliada ao humanismo e à inovação. O nível internacional de sua estrutura possibilita a realização anual de mais de 1.000 procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e faz dele o maior hospital privado de Ribeirão Preto e região. Com alto padrãode hotelaria, o Hospital São Francisco também se destaca pela atualização constante de sua equipee pela qualifi cação de seu corpo clínico, com médicos que atuam nas mais diversas especialidades.São mais de 66 anos cuidando de pessoas, antecipando tecnologias e buscando novas formasde oferecer a mesma excelência de sempre.
167 Leitos18 Salas Cirúrgicas30 Leitos de Terapia Intensiva5 Leitos de Cuidados EspeciaisHemodinâmicaProntuário InformatizadoHospital-Dia
Centro Avançado deDiagnóstico por ImagemUnidade de Oncologia ClínicaUnidade de Emergência comPlantão em NeurologiaCentro de HemodiáliseCentro de Radioterapia
Centro de Negócios:16 2138.3234 / 2138.3285www.saofrancisco.com.br
12
Circuito Musical
Dia 7/3
Os violinistas Ilia Iliev e Eduardo Oliveira, ao
lado da violista Michele Picaço e do violoncelista
Jonathas da Silva marcam presença na palestra
do escritor Augusto Cury, durante o lançamento
d a A c a d e m i a d a
I n t e l i g ê n c i a e m
Ribeirão Preto.
O quarteto da OSRP
apresenta um programa
com obras de es�los e
compositores variados
como Wolfgang A.
Mozart, o tangueiro
A s t o r P i a z z o l l a ,
John Lennon e Paul
McCartney, Guerra
Quarteto da OSRP se apresenta napalestra do escritor Augusto Cury
Eduardo Oliveira, Ilia Iliev, Michele Picaço e Jonathas da SilvaAugusto Cury
Peixe, Zequinha de Abreu e J. Sebas�an Bach.
A Academia da Inteligência é dirigida pela
psicóloga Camila Cury, escritora e filha do
psiquiatra Augusto Cury.
13
Dia 10/3
Sob a regência de Gian Luigi Zampieri,
a OSRP apresenta o concerto n° 1.203,
com a presença da cantora lírica Daniella
Carvalho, aclamada pela crí�ca por sua
“voz de vinho escuro e expressivo”.
A apresentação conta com a
par�cipação do Coro da OSRP, Coral Art
Musik e Coral Municipal Fabiano Lozano
ensaiados por Claudinei de Oliveira. A
maestrina do Coro da OSRP Snizhana
Drahan, também integrou o grande coro.
O concerto conta com as peças
Abertura (Don Giovanni) e Singt dem
großen Bassa Lieder (Coro final da ópera
O Rapto de Serralho), de Mozart; Vissi
d’Arte (Tosca), Tu che di gel sei cinta
(Turandot), Donde lieta (La Bohème),
Che tua madre (Madame Bu�erfly), de
Puccini; Gloria all’Egi�o (Coro da ópera
Aida - 2° ato), de Verdi e Sinfonia n° 4 em
Mi menor Op. 98, de Brahms.
Antes do concerto, o presidente da
OSRP Décio A. Gonzalez pede um minuto
de silêncio em homenagem a Zezé Najem,
gerente ar�s�ca do Theatro Pedro II, que
faleceu em março. Durante a homenagem,
ovioloncelistaRichardGonçalvesapresenta
um solo da peça Élégie, de Fauré.
Solista soprano Daniella Carvalho
Richard faz homenagem a Zezé Najem Violista Guilherme Carvalho e Gian Luigi
Solo dos trompetistas Alessandro e Naber
Maestro Gian Luigi
Série ConcerSérie Concertotos Internacionais traz asosoprprano Daniella Carvalho
14
Dia 11/3
O primeiro Juventude Tem Concerto
do ano é regido pelo maestro convidado
Gian Luigi Zampieri e apresenta trechos
das óperas de Don Giovanni e Le Nozze
di Figaro, de Mozart, e a Sinfonia n° 4, IV
movimento, de Brahms.
O concerto conta com a par�cipação
dos solistas Wladimyr Carvalho (barítono)
Série Juventude Tem Concertofica mais interativa
ConvidadosporReginaldoNascimento,
os meninos do Projeto Guri presentes
na apresentação sobem ao palco e
acompanham o concerto sentados juntos
com os músicos. No final da apresentação,
o maestro Gian Luigi conversa com o
Solistas Cristina Modé e Wladimyr Carvalho
Flautista Riane Benedini
Naber de MesquitaViolinista Denis Usov
Percussionista Walison Souza Violinista Marcelo Soares Oboísta Rodrigo Alves Reginaldo Nascimento
Famílias marcam presença no Juventude Teatro lotado
e Cris�na Modé (mezzo-soprano).
Durante a apresentação o maestro-
assistente da OSRP Reginaldo Nascimento
fa z i nte r ve n çõ e s ex p l i ca n d o a s
características e detalhes de alguns
instrumentos e conversa com os músicos
sobre caracterís�cas de cada um deles,
aumentando a intera�vidade da série.
público e fala sobre sua vinda para o Brasil.
O Juventude Tem Concerto é
patrocinado pela Telefonica há 15 anos,
com o obje�vo de formação de plateia e
despertar nas crianças e adolescentes o
gosto pela música erudita.
15
Dia 25/3
7 mil pessoas comparecem em concerto da OSRP em ArarasA OSRP se apresenta em Araras, no
Largo da Basílica, na Praça Barão, em
comemoração aos 150 anos da cidade.
O concerto é regido pelo maestro
italiano Gian Luigi Zampieri e tem em
seu repertório o Hino de Araras de I. G.
Oliveira, o Hino Nacional Brasileiro de F.
A apresentação faz parte da Semana
do Município promovida pela Prefeitura
Municipal de Araras e pela Intervias –
concessionária de rodovias do Grupo OHL
que atua na região - e conta com o apoio
da Secretaria Municipal de Ação Cultural
e Cidadania e da EPTV Central.
Secretár io Marcelo Daniel , prefe i toNelson Brambilla, maestro Gian Luigi esuperintendente da Intervias Dalton Lage
M. Silva, Prelúdio de Bachianas Brasileiras
n° 4 de H. Villa-Lobos, Suíte n° 3 “Ária” de
J. S. Bach, Música para os Reais Fogos de
Ar�ficio de G. F. Haendel, O Trenzinho do
Caipira das Bachianas Brasileiras n° 2 de
H. Villa-Lobos e o Barbeiro de Sevilha de
G. Rossini.Divulgação Intervias
16
Notas de Concerto
Le siège de Corinthe (O assédio deCorinto) Abertura | Gioachino Rossini(1792 - 1868) - Foi a primeira ópera em
língua francesa do italiano, composta por
volta de 1826. Dividida em três atos e com
libreOode Luigi Balocchi e Alexandre Soumet,
essa obra é uma readaptação de outra ópera
deRossinichamadaMaomeOoII, cujo libreOo
é de César Della Vale e retrata a guerra entre
turcos e venezianos. O �tulo se refere ao
sultão turco-otomano Mehmed II, conhecido
como O Grande Conquistador de Istambul.
A ópera MaomeOo II, concluída por volta de
1820, não foi muito bem aceita na cidade
italiana de Nápoles e, na tenta�va de garan�r
o sucesso da apresentação em lugares
como Paris e Veneza, Rossini modificou
significa�vamente alguns elementos da obra
que, segundo ele, foram os responsáveis pela
di~cilaceitaçãoporpartedaplateia.Em1826,
a ópera passou por uma reformulação mais
radical, quando o compositor acrescentou
um ato, totalizando três. A língua que então
passou a ser francesa, assim como o �tulo –
Le siège de Corinthe – e também o enredo
que foi ampliado. Resumidamente, a história
do Assédio de Corinto fala sobre o cerco e a
destruição e o declínio da cidade grega de
Missolonghi em 1826 pelos turcos, durante a
Guerra da Independência Grega. A referência
aoCorintoéalegórica,masMehmedIIdefato
si�ou a cidade em meados de 1450.
Não é raro nos depararmos com abertu-
ras operís�cas executadas como peças inde-
pendentesnorepertóriodeconcerto.Comoo
próprio termo já denota –Abertura–, trata-se
deumacomposiçãocujopropósitoprincipalé
o de introduzir ou preparar os ouvintes para
uma obra maior, no caso, uma ópera. No sé-
culo XIX a abertura se desvinculou de seu uso
restrito de caráter introdutório e se tornou
um gênero independente, tal como acon-
teceu com os prelúdios instrumentais, que
também serviam como introdução para pe-
ças posteriores e que, no decorrer dos anos,
tornaram-se peças autônomas. Geralmente,
as aberturas operísticas funcionam como
uma espécie de sinopse musical da trama,
em que os principais elementos melódicos
e mo�vicos são apresentados, ajudando na
ambientação do público para o que se segue.
Na abertura de O assédio do Corinto encon-
tramos o melhor do vocabulário rossiniano,
com a força instrumental que lhe é peculiar,
com tuNorquestrais de passagens vigorosas
e melodias esfuziantes na parte das cordas
que engendram um jogo bem ar�culado de
instrumentações e �mbres.
Stabat Mater | Gioachino Rossini (1792 -1868) - Vários compositores se aventuraram
em compor obras baseadas no texto Stabat
Mater, desde renascen�stas como o italiano
Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525 - 1594),
barrocos como Domenico Scarlatti (1685
- 1757), até clássicos como Joseph Haydn
(1732 - 1809), chegando aos dias atuais atra-
vés de compositores como Arvo Pärt (1935)
e Penderecki (1933). O Stabat Mater é um
poemareligiosocujaorigemestáarraigadano
contexto do século XIII. Era um texto usado na
liturgia romana, servindo como sequência da
missa ou assumindo a função de um hino. O
texto começa com a frase “Stabat mater do-
lorosa”, que significa “Estava a mãe a sofrer”,
cujo propósito reside na descrição da dor de
Maria ao ver o filho Jesus crucificado.
Até meados do século XIX, oStabatMater
era reservado quase exclusivamente para o
o~cio religioso. Com o passar dos anos, o
gênero foi ganhando terreno no repertório
de concerto das grandes orquestras e através
de novas perspec�vas por parte dos com-
positores, que agora ampliavam o potencial
narra�vo da obra com mais liberdade. É o
caso de Rossini que durante quase toda a
vidadedicou-seaogênerooperís�coe,então,
decidiu se aventurar em obras de natureza
religiosa, sendo o seu Stabat Mater a mais
conhecida e consagrada dessas obras. Por
volta de 1831, em viagem à Espanha, Rossini
recebeu encomenda de um conselheiro do
Estado, o arquidiácono Fernández Varela,
porém, por culpa de uma complicação de
seu estado de saúde, teve de interromper o
trabalho, deixando a conclusão à responsa-
bilidade de seu amigo e também compositor
italiano Giovanni Tadolini (1789 - 1872). A
versão finalizada por Tadolini estreou em
1833 e só em 1841, após a morte de Varela,
aquele que encomendou a obra, Rossini iria
de fato terminar a composição, subs�tuindo
as seções compostas por Tadolini pelas suas
próprias. A versão defini�va de Rossini foi
estreada em Paris, em 1842.
A obra é composta para quatro solistas:
soprano, mezzo-soprano, tenor e baixo,
guarnecidos por um coro misto, além da
orquestra. Contém dez seções, que se al-
ternam em relação ao �po de formação do
grupo, ou seja, em algumas seções há o uso
de duos, solista acompanhado pelo coro, ou
então os quatro solistas simultaneamente, e
assim por diante, dependendo da necessi-
dade expressiva de cada passagem ou cena.
É interessante notar que Rossini deixa trans-
parecer sua vertente operís�ca, através da
drama�cidade da orquestração, dos gestos
melódicos e de demais elementos como, por
exemplo, a segunda seção nomeada Cujus
animam, para tenor, que nos lembra uma
ária de bravura de algumas de suas óperas.
O StabatMaterde Rossini se reveste de uma
beleza ímpar, capaz de preencher o ambiente
comumasolenidadeenvolvente, impregnada
de intensa drama�cidade.
AsHébridas (AGrutadeFingal),Op. 26Abertura | Felix Mendelssohn Bartholdy(1809 - 1847) - Mendelssohn é natural da
cidade alemã de Hamburgo. Pianista, organis-
ta, compositor e regente, é frequentemente
citado como um dos mais prolíficos nomes do
período de transição entre o classicismo e o
início do roman�smo, além de ser o principal
responsável por reviver as obras do grande
mestre do barroco, Johann S. Bach, até então
eramdesconhecidaseausentesnorepertório
de concerto. O es�lo de Mendelssohn ainda
está muito atrelado aos preceitos clássicos da
clareza e do controle absoluto da forma mu-
sical, porém, já avança rumo ao roman�smo
através da u�lização de um vocabulário har-
mônico mais denso e rebuscado, e do lirismo
presente nos contornos de suas melodias.
Por volta de 20 anos, em 1829, visitou a
costa oeste da Escócia, onde se encontra o
arquipélago das ilhas Hébridas. Ficou inspira-
do pela paisagem, principalmente pela gruta
de Fingal, uma caverna localizada na ilha de
Staffa. Com essa inspiração, um ano depois,
em 1830, nasce sua obra então chamada deA
Ilha Solitária. Numa revisão feita em meados
de1832,oprópriocompositormudouo�tulo
para As Hébridas, também frequentemente
chamada deAGruta de Fingal em referência
aos arquipélagos visitados por ele.
A Gruta de Fingal é uma Abertura e,
como é bem caracterís�co da era român�ca,
não tem o propósito de preceder uma peça
concertante ou ópera; aqui, já temos um
desprendimento do gênero em relação à
17Por Dario Rodrigues Silva
sua função: é uma obra que se autosusten-
ta, com autonomia e independência. O que
antes era usado como peça de introdução ou
preparação para uma obra maior, no roman-
�smo, passa a ser um gênero independente.
O mesmo ocorreu com os prelúdios, que
�nham função de introduzir ou ambientar os
ouvintes para o que viria a seguir, ou também
com os intermezzos, peças musicais tocadas
entre uma cena ou ato de uma ópera, e
muitos outros gêneros que no roman�smo se
emanciparam da função principal e se torna-
ramobras independentes,comcaracterís�cas
próprias. Outro aspecto que enquadra essa
obra genial em solo român�co é o programá-
�co. Embora não possua enredo ou história
comobaseparaseudesenrolar–oquedefini-
ria o termo programá�co – ela pode ser assim
considerada por ter uma imagem, ambiente
ou perfil que serviu como inspiração, ou seja,
a Gruta de Fingal. Eis um aspecto absoluta-
mente român�co: a representação musical
metafórica de lugares, paisagens, lembranças
e tudo mais que servisse de inspiração.
A obra se desenvolve sobre a tensão
causadaentredois temas:oprimeirodeperfil
mais calmo, que cria um clima desolado e
solitário, aspecto que fica claro no primeiro
�tulo dado pelo compositor –A Ilha Solitária
–, e o segundo, cuja força expressiva lembra
o movimento das ondas, da agitação do mar,
o que nos proporciona um constante jogo
de sensações entre esses dois pólos, ora
nos levando para o interior da caverna e nos
envolvendo com sua solidão obscura; ora
nos arremessando à turbulência das ondas
do mar, compondo uma paisagem musical
intensa e arrebatadora.
Concerto para Violino em Mimenor,Op. 64 | Felix Mendelssohn Bartholdy(1809 - 1847) - Mendelssohn começou a
escrever esse concerto por volta de 1838 e
só o finalizou em 1845, dois anos antes de
morrrer. O concerto se consolidou como uma
das peças mais importantes para o repertório
de violino, tanto pela beleza e sofis�cação,
quanto pelo desafio técnico e sonoro que
oferece aos intérpretes. Está divido em
três movimentos, seguindo a configuração
tradicional clássica de andamentos (rápido
– lento – rápido): o primeiro é um Allegro
molto appassionato, o segundo um Andante
e o terceiro e úl�mo umAlegreOonontroppo
– Allegromolto vivace. Embora a divisão dos
movimentos remonte a uma prá�ca clássica,
assim como o uso da forma sonata no primei-
romovimento,Mendelssohninovaemmuitos
aspectos como na entrada do solista logo no
início do primeiro movimento –Allegromolto
apassionaOo –, não comum nos concertos
clássicos que geralmente começavam com
umaintroduçãodaorquestrausandomo�vos
que seriam posteriormente apresentados
pelo solista, ou então, o tema principal era
primeiramente apresentado pela orquestra
para que em seguida fosse entregue ao solis-
ta (dupla exposição). Neste concerto, solista
e orquestra exploram juntos as principais
ideias temá�cas, em um diálogo constante.
Outroaspecto inovadorresidenacadênciado
primeiro movimento – parte solo, geralmente
usadaparaqueointérpreteexibasuadestreza
técnica ao instrumento e também como ele-
mento expressivo e estrutural da obra – que
em um concerto clássico tradicional ocorreria
no final do movimento, porém, Mendelssohn
a coloca antes da re-exposição, ou seja, antes
do reaparecimento do tema principal com o
qual o movimento começa. O segundo anda-
mento–Andante–éreves�doporumintenso
lirismo que muito nos lembra suas Canções
semPalavras,peçasparapianocujaforçapoé-
�ca reside na expressividade melódica. Outro
fator que reforça essa comparação é a forma
ternária sob a qual o segundo movimento
está estruturado, o que é bem comum no
gênero canção. Outra reminiscência do perí-
odo clássico se encontra no terceiro e úl�mo
movimento – AllegreOo non troppo - Allegro
moltovivace– o qual se encontra na forma de
umaSonata-Rondó,gênerobastanteu�lizado
duranteoperíodoclássico,queencerraaobra
com um brilhan�smo sonoro proveniente da
solista e do TuN orquestral.
É uma obra de requinte e que serviu de
molde para muitos compositores, tanto pelo
equilíbrio no controle da forma, quanto pelas
inúmeras inovações presentes nas estruturas
internas dos movimentos, e também na con-
solidação da linguagem român�ca.
Paixão Segundo São João, BWV 245 |Johann Sebastian Bach (1685 - 1750 -Obra-primadobarrococompostaemmeados
de 1724 e estreada em Leipzig em uma Sexta-
-Feira Santa. Trata-se de um oratório sacro,
cujo �tulo já demonstra a intenção da obra:
a representação dramá�ca dos principais even-
tos da semana santa cristã, através dos relatos
do Evangelho de São João. Bach também com-
pôs umaPaixãoSegundoSãoMatheus, porém,
a de São João é mais expressiva e dramá�ca.
Há ainda outra obra de natureza semelhante,
a Paixão Segundo São Lucas, que não possui
auten�cidade comprovada. Uma questão intri-
gante em relação àPaixãoSegundoSão Joãoé
que não há uma versão que se possa chamar
de defini�va, já que várias foram encontradas.
No entanto, a versão de 1740, possivelmente
uma revisão feita pelo próprio Bach, é frequen-
temente usada como referência para muitas
execuções atuais.
Bach fez uso dos capítulos 18 e 19 do
Evangelho de João, da bíblia luterana, e tam-
bém de outros textos não litúrgicos para a
construção e junção da obra. Os personagens
principais – Jesus, Pôncio Pilatos e Pedro – são
representados por solistas. Há também a figura
de um narrador, chamado Evangelista, e de
personagens coadjuvantes – um servo e uma
criada – que par�cipam de cenas, realçando
o drama e os acontecimentos. Os recita�vos
e árias são apresentados pelos solistas, e
demais partes musicalmente recitadas são
de responsabilidade de Evangelista. As árias
são primordiais para o desenvolvimento do
enredo, pois contam de maneira destacada
os momentos mais intensos da história, como
a via-sacra, a crucificação e assim por diante.
O coro possui várias funções, como a de fazer
comentários sobre as cenas, exaltar a glória
de Deus, ou lamentando determinadas pas-
sagens, mas a principal e mais contundente é
a de representar o povo, como no julgamento
de Cristo, momento no qual o coro se levanta
para representar a mul�dão. A obra está di-
vidida em duas grandes partes: na primeira,
uma cena acontece no Vale do Cédron, local
próximo a Jerusalém, e a outra acontece nas
dependências do sumo sacerdote Caifás, em
seu palácio. Na segunda parte, são mostradas
três cenas: uma situação com Pôncio Pilatos,
outra no Calvário e a úl�ma no local do sepul-
cro. A obra toda é emoldurada pelo uso de
grandes corais que abrem e encerram a peça.
Assim acontece a representação, através da
constantealternânciaentrepersonagens,coros
e as árias em uma das mais belas e dramá�cas
representações religiosas do período barroco.
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Programa
Regente convidado: Gian Luigi Zampieri
Solistas: Adélia Issa (soprano), Gisele Ganade (mezzo-soprano), Ozório
Christóvam (tenor) e Carlos Eduardo Marcos (baixo)
Regente do Coro: Gisele Ganade
Parccipação: Coro Minaz
G. Rossini - O Cerco de Corinto - Abertura
G. Rossini - Stabat Mater
Concerto Internacionalnº 1.207
7 de abril de 2012 | 21hTheatro Pedro II
19
Gian Luigi ZampieriRegente convidado
É considerado um dos úl� mos alunos do grande maestro Franco Ferrara. Organista e maestro, nasceu em Roma em 1965, estudou
com Francesco De Masi, Carlo Maria Giulini, Gennadi Rozhdestvensky e Leonard Bernstein, frequentando o curso de aperfeiçoamento
dell´Accademia Nazionale di S. Cecilia em Roma e dell´Accademia Musicale Chigiana di Siena, onde, em 1988, recebeu o diploma como
regente de orquestra. Em 1980, com 15 anos, foi nomeado organista � tular da Basilica di S. Maria em Trastevere, onde permaneceu
a� vo por vinte anos.
Venceu a 5ª edição (1997) do Concurso Internacional “A. Pedro| ” como regente de orquestra e também foi premiado no Concurso
Internacional “C. Zecchi” (1989).
Já se apresentou com as mais importantes e pres� giadas orquestras, dentre elas: Orchestra Sinfonica da Radio de Moscou (Russia);
Orchestra Filarmonica di Bucarest (Romênia); Haifa Symphony Orchestra (Israel); Orquesta de Euskadi (País Baixo Espanha); Orchestra da
Camera Radio Bucarest (Romênia); e na Itália, Teatro S. Carlo de Napoles; Orchestra di Padova; Orchestra Sinfonica Siciliana ; Orchestra
Internazionale d´Italia; Orchestra di Roma e de Lazio; Orchestra Sinfonica Abruzzese; Orchestra Sinfonica di Sanremo; I Filarmonici
di Verona; Roma Sinfonie~ a; Opera di Tirana (Albania); Orchestra “Haydn” di Bolzano; Arena di Verona; Teatro dell´Opera di Roma;
Orchestra J-Futura di Trento.
Regeu vários solistas de renome como: Stefano Zanche~ a, Glauco Bertagnin, Francesco Manara, Francesco Pepicelli, Enrico Dindo,
Ricardo Gallèn, Duo Melis, Massimo Quarta, Florin Ionescu-Gala� , Stan Zanfi rescu, Vincenzo Bolognese, Nello Salza, Peter Sadlo, Ricardo
Gallèn, il Duo Chitarris� co Melis, Alessandro Safi na oltre a Shirley Verre~ , Pietro Ballo, Peter-Lukas Graf, Mariana Sirbu, Rocco Filippini,
Daniela Mazzucato, Mario Ancillo| , Carla Fracci, Antonio Salvatore, Massimo Mercelli etc.
Foi assistente de Gennadi Rozhdestvensky na London Symphony, na BBC Symphony, e é professor da´Accademia Chigiana. Foi
assistente do grande maestro Lorin Maazel.
Desde a metade dos anos 1980 se dedica à divulgação das obras de Astor Piazzolla pelo qual é considerado, pela crí� ca, um dos
maiores experts no campo internacional.
Organista da Corte di Borbone Reali das Duas Sicilias, desde 1996 é Cavaleiro de Merito dell´Ordine Costan� niano di S. Giorgio.
Realiza conferências e seminários sobre técnica instrumental e forma musical sobre o tema “La Sinfonia Juppiter: Mozart construção
entre o justo e o perfeito”. Na Itália é professor de estudos orquestrais no Conservatório do Estado desde 1986.
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SOPRANOSAlana Galhardo Zuchini, Alessandra Lodoli, Alessandra Valim, Ana Carolina Furlan, Ana Cris� na Mengelle, Ana Mira, Bruna Denadai, Carolina Franco, Carolina Simões, Conceição de Paula, Cris� na Curtarelli, Daniela Bombonato, Elisabete Malta, Eunice Cruz, Gabriela Francheck, Gabriela Momesso, Isabella Mengelle, Júlia Balieiro, Laís Schiarreta Frasse� o, Lara Stocco, Lílian Giovanini, Lourdes Moreira, Lúcia Sant’Ana, Márcia Cantano, Márcia Carvalho, Maria Ignacio, Mariana Cunha, Natália Mar� ns, Raquel Alves de Queiroz, Roberta Dantonio, Roseana Gomes Solon, Samantha Gordo, Sandra Bento, Silvia Penha, Stella Vilar, Taís Pacini, Vitória Coimbra.
CONTRALTOSAndrea Luzzi, Bruna Aono, Bruna Conechoni, Calima Carneiro, Cândida Alem, Claudete Musa, Daniela Alves, Daniela Tosta Bruderhausm, Débora Camacho, Fernanda Fagundes Muraca, Fernanda Marx, Gabrielle Nellis Bragaglia, Laís Cantano, Lilian Luchesi, Luara Pepita, Maria Célia Tambasco, Mariana Carlucci, Marina Barbosa Garcia Lippi, Marina Belelli, Marina Pereira, Mônica Fejes, Mônica San� ago, Regina Sisdelli, Silvia Sella, Simone Amoreira.
TENORESAlexandre Galante, Andrei Frateschi, Cláudio Frateschi, Fábio Salles de Andrade, Luiz Henrique Franco, Márcio de Pádua, Matheus Ferreira, Mí� a D’Acol, Ozório Christovam, Paulo Telles Filho, Pedro Coelho, Rafael Ramos, Rafael Stein, Sasha Ganade, Stefano Giroto.
BAIXOSAnderson Dias, André Rosse} , Caio Conechoni, Camilo Calandreli, Cláudio Cellani, Eduardo Name Risk, Fábio de Moraes, Flávio Quin� no, Gabriel Locher, Gianni Sabino, Lucas Curtarelli, Luiz Carlos Braga, Marcelo Barbosa Junior, Marcos Pinafo, Matheus de Souza, Matheus Ramo Borges, Paulo Barato, Paulo Sérgio de Lima, Plínio Salmazo Vieira, Ricardo Vieira Elias, Roberto Augusto, Sérgio Henrique Pinafo, Ulrich Ganade D’Acol, Victor Mundin.
Regente: Gisele GanadePianistas preparadores: Fernando Henrique Oliveira (coral) e Flávia Botelho (solistas)
Coro
Gisele GanadeRegente do Coro Minaz e solista mezzo-soprano
Nascida em Campinas-SP, cursou regência na Unicamp de 1985 a 1990, estudou canto com Niza de Castro Tank e Leilah Farah e viola
com José Eduardo Gramani. Integrou orquestras jovens da Sociedade Lítero Musical de Ribeirão Preto e de Campinas como violista.
Foi orientadora de técnica vocal do Coralusp (Ribeirão Preto), Madrigal in casa, Coral IBM e Coral Petrobrás (Campinas). Ministrou
oficinas de canto na PUC de Campinas, Conservatório Carlos Gomes de Campinas, Casa da Cultura de Araraquara, Escola Municipal de
Música de Jabo�cabal, Oficina Cultural Cândido Por�nari de Ribeirão Preto, 22° Fes�val de Música de Londrina. Integrou os corais do
Theatro Municipal de São Paulo. É criadora da Cia. Minaz, onde atua como diretora musical, regente preparadora vocal e solista tendo
realizado montagens de óperas, musicais e concertos como: La Serva Padrona (Pergolesi), A Flauta Mágica e Bodas de Fígaro, Barbeiro
de Sevilha, Cavalleria Rus�cana, Pagliacci, La Traviata, a cantata Carmina Burana, os musicais Ópera do Malandro, Sal�mbancos, Hair,
Queen, Beatles, inúmeros concertos com corais orquestras e solistas como Missa da Coroação, Missa Brevis in D e Réquiem (Mozart),
Stabat Mater (Pergolesi), Missa di Gloria (Puccini), Chorus 10 (Villa-Lobos). Ocupa a Cadeira número 49 da Academia de Letras e Artes
de Ribeirão Preto. Recebeu da Câmara de Vereadores o �tulo de “Cidadã Ribeirão-pretana” em 1999.
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Adélia IssaSoprano
Uma das mais importantes cantoras líricas brasileiras, Adélia Issa iniciou seus estudos de cantocom Herminia Russo em São Paulo e frequentou a Manha~an School of Music, em Nova York, ondetambém par�cipou de workshops de cena lírica ministrados por Lou Galterio, da New York CityOpera. Fez cursos de aperfeiçoamento operís�co com Graziella Sciu| e, mais recentemente, comNico Castel, na Metropolitan Opera de Nova York. Em música de câmara, trabalhou sob a orienta-ção do renomado pianista Dalton Baldwin. Tem se apresentado por todo o Brasil, Estados Unidose Europa, em recitais, concertos sinfônicos e em óperas, sob a regência de Eleazar de Carvalho,Isaac Karabtchevsky, Eugene Kohn, John Neschling, Alceo Bocchino, Roberto Minczuk, RobertoRicardo Duarte, Aylton Escobar, Osvaldo Colarusso, e vários outros maestros de igual renome.Tem atuado como solista junto às principais orquestras brasileiras, em obras como Stabat Materde Rossini, Paixão Segundo São Mateus de Bach, Les Noces de Stravinsky, Sinfonia n° 4 de Mahler,Missa em Dó menor de Mozart, Réquiem de Verdi, Nona Sinfonia de Beethoven e A Criação deHaydn, entre inúmeras outras. Dentre suas atuações mais importantes em ópera destacam-seUn Ballo in Maschera de Verdi, ao lado do tenor Carlo Bergonzi, Carmen de Bizet, com PlácidoDomingo e Fidelio de Beethoven, com regência de Stefan Lano. Foi solista nas primeiras audiçõesmundiais de obras de Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Gilberto Mendes, Kilza Se|, PauloCosta Lima, e no Réquiem de Cláudio Santoro, com regência do compositor. Par�cipou tambémdas primeiras audições brasileiras de Strophen, do polonês K. Penderecki, com regência de FábioMeche|, e do Réquiem do húngaro F. Hidas, com regência de László Marosi.
Carlos Eduardo MarcosBaixo
Pianista e cantor, Carlos Eduardo graduou-se em Música, estudou canto lírico com Mitzi Frölich,Caio Ferraz e Benito Maresca. Dentre os principais papéis estão as óperas Die Zauberflöte e Le Nozzedi Figaro (Mozart), Aida, Otello, Nabucco e La Forza Del Des�no (Verdi), Salome, Der Rosenkavaliere Ariadne Auf Naxos (R. Strauss). Par�cipou das estreias mundiais das óperas brasileiras O AnjoNegro (Ripper), A Tempestade (Miranda), Eros-ion! (Chagas), Olga (Antunes), e O Rei que NinguémViu (Travassos). Na área de música sacra e sinfônica já cantou Saul e The Messiah (Haendel), Jo-hannes Passion, Ma~häuspassion, Magnificat, Messe H-moll, Christ Lag in Todesbanden, Wachetauf, ruw uns die S�mme e Ich Habe Genug (Bach), entre outros. Já cantou sob a regência de AbelRocha, Alex Klein, Aylton Escobar, Carlos Moreno, Cláudio Cruz, Celso Antunes, Francesco La Vec-chia, Gianluca Mar�nenghi, Ira Levin, Isaac Karabtchevsky, Jamil Maluf, José Luis Domínguez, JoséMaria Florêncio, John Neschling, Karl Mar�n, Kris�an Commichau, László Marosi, Luís FernandoMalheiro, Lutero Rodrigues, Mara Campos, Mário Zaccaro, Naomi Munakata, Nicolau de Figueiredo,Oswaldo Ferreira, Parcival Módolo, Rani Calderon, Richard Armstrong, Roberto Minczuk, RobertoTibiriçá, Rodrigo de Carvalho, Samuel Kerr, Silvio Viegas, Tiago Pinheiro, Túlio Colaccioppo, VíctorHugo Toro, Walter Lourenção, entre outros.
Ozório ChristóvamTenor
Formado em Comunicação Social pela Unesp-Bauru, cursa o úl�mo ano de Música na USP/Ribeirão Preto. Desde muito jovem estuda canto lírico com a professora e maestrina Gisele Ganade,integrando como coralista e solista os espetáculos produzidos pela Cia. Minaz. Par�cipa regular-mente de workshops com grandes cantores do cenário lírico brasileiro. Nestes anos, par�cipoucomo solista em montagens como a cantata profana Carmina Burana (Carl Orff), o espetáculode ópera estúdio de A Flauta Mágica (Mozart), I Pagliacci (Leoncavallo), a Missa Brevis, a Missada Coroação e o Réquiem (Mozart), este úl�mo juntamente com a OSRP, a Ópera do Malandro(Chico Buarque) e o musical Hair (Rado e Ragni); tendo sido regido por maestros como, CláudioCruz, Roberto Minczuk, Achille Picchi e Tulio Colacioppo entre outros. Desenvolve atualmenteentre apresentações de concertos e óperas, trabalhos em pesquisas musicológicas, publicandoar�gos e par�cipando de congressos nacionais e internacionais, como o 13th Interna�onal RIdIMConference em Salvador e VI Congresso da Sociedade Chilena de Musicologia em San�ago/Chile.É professor de História da Música na Cia. Minaz.
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08 de abril de 2012 | 10h30Theatro Pedro II
APRESENTA
Programa
Regente: Reginaldo Nascimento
Solista: Carlos Eduardo Santos (violino)
F. Mendelssohn - As Grutas de Fingal - Abertura
F. Mendelssohn - Concerto para Violino em Mi menor
nº 1.208
Ministério daCultura
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Reginaldo NascimentoRegente
Iniciou seus estudos na Congregação Cristã do Brasil na cidade de São Paulo. Posteriormente estudou na Universidade Livre de
Música – Oficina Três Rios, sob a orientação dos professores Nadilson Gama (violino) e Teresinha Schnorenberg (música de câmara).
Foi integrante da Orquestra Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Orquestra de Câmara do SESC Vila Nova, Orquestra Sinfônica
Municipal de Barretos e Orquestra Sinfônica do Estado do Mato Grosso. Par�cipou como bolsista e músico convidado dos fes�vais de
Curi�ba, Prados e I Fes�val Internacional de Campos do Jordão em 2004, dentre outros. Foi regente-�tular da Orquestra Filarmônica
Jovem de Ribeirão Preto entre 2000 e 2002. Fundador da Orquestra de Câmara do ex�nto Conservatório Carlos Gomes de Ribeirão Preto.
Em 1999, fazendo parte do corpo docente do Conservatório Estadual Renato Frateschi, em Uberaba-MG, foi regente e solista, além
de coordenar a gravação do CD “Ecos de uma vida” com composições de Alberto e Renato Frateschi.
Como solista, apresentou-se frente a todas as orquestras já citadas, incluindo a OSRP, de onde é membro desde 1993. Como vio-
linista recebeu aulas de Elina Suris (Rússia), Silvje Balaz (Croácia), Zdnek Bros (República Tcheca). E como regente teve aulas com os
maestros Jorge Salim e Zen Obara (Japão).
Atualmente recebe orientações de violino e regência do maestro e violinista Cláudio Cruz e, desde a temporada de 2010, é regente-
-assistente da OSRP. É graduando do curso de Música da ECA-USP Ribeirão Preto e regente-fundador da Orquestra de Câmara de
Ribeirão Preto desde 2009.
Em 2011 foi selecionado entre jovens maestros do mundo para par�cipar do 4th Conductor’s Academy Masterclass em Radom na
Polônia e regeu a Radomska Orkiestra Kameralna. Também em 2011 foi maestro-assistente do 42º Fes�val Internacional de Inverno
de Campos do Jordão.
Em 2012 par�cipará do masterclass de regência com a maestrina Ilona Mésko e a MÁV Symphony Orchestra na Hungria no mês de agosto.
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Carlos Eduardo SantosViolinista
Diplomado em violino com o �tulo de bacharel em Música-Habilitação em Violino, pela EMAC-UFG, na classe do professor Ales-
sandro Borgomanero (GO). Par�cipou de vários cursos com renomados ar�stas do cenário nacional e internacional, tais como: Evgenia
Popova (Bulgária), Paulo Bosísio (RJ), Albrech Breuninger (Alemanha), Daniel Guedes (RJ), Omar Guey (SP), Rodolfo Bonucci (Itália),
Carmelo de Los Santos (EUA) e Elisa Fukuda (SP).
Foi violinista da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Camerata Goiazes, Orquestra Sinfônica do Estado de Mato Grosso e com esta tem
gravado diversos CD´s.
Por uma temporada foi violinista da Orquestra Sinfônica Brasileira onde esteve sob a batuta de Lorin Maazel.
Em 2011, esteve na Espanha onde par�cipou de uma turnê para aperfeiçoamento técnico em Barcelona. Atualmente, recebe
orientações técnicas e musicais do violinista e spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo Cláudio Cruz e atua como músico
contratado da OSRP e Orquestra Filarmônica de São Carlos.
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Programa
Regente: Reginaldo Nascimento
Solistas: Gustavo Costa (tenor), Wladimyr Carvalho (barítono), Cris�na
Modé (mezzo-soprano), Renata Ferrari (soprano) e Carlos Gonzaga
(barítono)
Regente do Coro - Snizhana Drahan
Parccipação - Coro de Câmara da OSRP
J. S. Bach - Paixão Segundo São João
Concerto Pascalnº 1.212
6 de maio de 2012 | 18hCentro Cultural Palace
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Cristina ModéMezzo-soprano
Formada no curso de Licenciatura em Educação Ar�s�ca com habilitação em Música pela Uni-
versidade de Ribeirão Preto. Graduada em Instrumento - Piano e em Fonoaudiologia. Especialista
em Voz, pelo CEV-SP. Atuou como docente no curso de Musicoterapia, nas matérias de Prá�ca
Vocal e Distúrbios da Voz e da Fala e no curso de Direito na matéria de Oratória, da Universidade
de Ribeirão Preto. Em 2006, 2007 e 2008 deu aulas no curso de Fonoaudiologia da USP, como pro-
fessora convidada, na matéria de Voz Profissional. Par�cipou da montagem das óperas-estúdio: “A
Flauta Mágica” (1992); “Bodas de Fígaro” (1993); “Don Giovanni” (1996), em Ribeirão. Atualmente,
atua como professora de canto e fonoaudióloga em sua clínica par�cular, e regente do Coral da
Unaerp e do Chorus Vox. Apresenta-se regularmente como cantora lírica (mezzo-soprano) em
recitais, audições e saraus na cidade de Ribeirão Preto e região. Atualmente é solista da Escola de
Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.
Wladimyr CarvalhoBarítono
Em 1987 iniciou estudos de canto lírico. Atualmente tem como orientadora e professora a
cantora lírica Céline Imbert. Integrou o elenco de diversas montagens de ópera-estúdio: “As Bodas
de Fígaro” (Fígaro), “A Flauta Mágica” (Papageno), de Mozart, “La Serva Padrona” (Uberto), de
Pergolesi e “O Barbeiro de Sevilha” (Dom Basilio), de Rossini. Realiza vasto repertório sacro como
solista: “Oratório de Natal”, “Magnifi cat”, “Cantata 142”, “Cantata 56”, “Cantata 82”, “Cantada 147”,
“Paixão Segundo São João” e “Paixão Segundo São Mateus”, de Bach, “Missa Brevis em Ré Maior
K 194”, “Missa da Coroação” e “Missa de Requiem”, de Mozart, “Missa em Sol Maior”, de Schu-
bert, “Missa de Gloria”, de Puccini, sendo esta com primeira execução no Brasil, em concertos em
Ribeirão Preto e Campinas (SP) em 2003, sob a regência do maestro italiano Antonio Pantaneschi.
Par� cipou de vários concertos como solista, sob a batuta de maestros como Sérgio Alberto de
Oliveira, Marcos Pupo Nogueira, entre outros nomes importantes. Atualmente é solista da Escola
de Canto Coral da OSRP. Atualmente é solista da Escola de Canto Coral da OSRP.
Snizhana Drahan é formada em Regência Coral pela Academia Nacional de Música da Ucrânia
(1998). Em 1998 e 1999 foi regente e professora de Regência na Faculdade de Música da Uni-
versidade de Pedagogia (Ucrânia). Trabalhou como regente do Coral Infan�l da Igreja Ortodoxa,
com o qual fez turnê pela França, e como regente no Grande Coral Infan�l da Fábrica de Aviões
Antonov, com o qual fez turnê pela Bulgária. Desde 1999 desenvolve intenso trabalho pedagógico
na área de canto e canto coral no Brasil ministrando oficinas de regência e canto na região junto
com a Secretaria de Estado da Cultura e Oficina Cândido Por�nari. Fundou vários grupos corais que
funcionam até os dias de hoje, organizou e par�cipou como cantora de inúmeros recitais e shows.
Desde agosto de 2008, coordena a Escola de Canto Coral (ECC) da OSRP, cujos coros adulto e infan�l
vêm se apresentando no decorrer desses anos no Theatro Pedro II. Em 2007, concluiu o mestrado
na área de Musicologia (ECA-USP) e, atualmente, está desenvolvendo a pesquisa na área de voz
em nível de doutorado na USP-Ribeirão Preto.
Snizhana DrahanRegente do Coro da OSRP
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Gustavo CostaTenor
Carlos GonzagaBarítono
Renata FerrariSoprano
Iniciou as a�vidades com música aos 12 anos de idade, no Coral Meninos Cantores de Campinas-
-SP, e também formou seu primeiro projeto na música popular. Tem se destacado como tenor
camerista solista. Em 2007, lançou seu primeiro disco profissional junto ao grupo QUIZ Grooves &
Cia (Independente). É bacharel em Música pela Universidade Estadual de Campinas. Teve aulas com
Adriana Giarolla Kayama, Edmundo Hora, Regina Machado, Rafael dos Santos, Mário Campos, Hilton
Valente, Marcelo Onofri, Marília Vargas, Jean Paul Fouchécourt (França), Gerd Türk (Alemanha),
Christoph Genz (Alemanha) e Jan Van Elsacker (Bélgica). Par�cipou de projetos como Ary Barroso
- uma homenagem, em 2003 em Campinas, sob direção do contrabaixista Jorge Oscar e da atriz
Sara Lopes; ópera A Flauta Mágica (W. A. Mozart), em Campinas, sob direção de Kathryn Hartgrove
(Georgia State University) em 2008; no mesmo ano, foi solista em Messiah (G. F. Haendel), com
a Orquestra Sinfônica da UNICAMP; em 2009, atuou como tenor solista nas montagens de Catulli
Carmina (Carl Orff), sob direção de Carlos Fiorini, e Bas�en Und Bas�enne (W. A. Mozart); em 2010,
par�cipou como solista na cantata “Carmina Burana”, em Campinas, sob direção e regência do
alemão Hans-Peter Schurz, além de atuar como solista na montagem comemora�va dos 400 anos
de Vespro Della Beata Vergine (Claudio Monteverdi), sob direção de Roberto Rodrigues. Integrou
o naipe de tenores do Coro OSESP em 2010 e 2011. Em 2011, foi selecionado para o coro oficial
do Schleswig-Holstein Musik Fes�val 2011, na Alemanha, e par�cipou como solista da cantata Car-
mina Burana, em Jundiaí-SP e Sorocaba-SP. É intérprete, diretor e produtor ar�s�co do espetáculo
“Delírico – o Mundoceano” - primeiro projeto solo, que estreou em 2009 em Campinas.
Bacharelando em Canto e graduado em Licenciatura em Música pela USP . Tem formação em
Qigong e Yoga Taoista, que são temas de suas pesquisas com interdisciplinaridade em música sob
orientação das professoras-doutoras Milena Flória-Santos e Yuka de Almeida Prado, realizando
pesquisas na área de saúde e de canto, com trabalho apresentado e publicado no Interna� onal
Symposium on Performance Science 2011 em Toronto, Canadá. Professor do Ins� tuto de Música de
Ribeirão Preto é aluno das professoras Yuka de Almeida Prado e Céline Imbert, tendo par� cipando
de master classes com os cantores Edmar Ferre� , Fernando Portari, Rosana Lamosa e Margrete
Enevold (Copanhagen – Dinamarca) entre outros.
Bacharel em Canto e Arte Lírica, pela ECA-USP, sob orientação da professora Yuka de Almeida
Prado. Em 2005 foi bolsista do 36º Fes�val Internacional de Inverno de Campos do Jordão sob
a orientação dos professores Fernando Portari e Rosana Lamosa. Em 2006 foi bolsista do 28º
Curso Internacional de Verão de Brasília, onde fez aulas com Marta Herr e André Vidal. Par�cipou
de diversos master classes, entre eles, com a mezzo-soprano russa Elena Obraztsova e Ricardo
Ballestero. Em 2007 ficou em 2º lugar no concurso Jovem Solista do Departamento de Música
da USP de Ribeirão Preto e estreou na ópera Rigole�o, de Verdi, como condessa de Ceprano no
Teatro Pedro II, de Ribeirão Preto. Realiza recitais e apresentações como solista em vários lugares.
Já atuou com o Quarteto Por�nari, na Sala São Paulo, par�cipou do projeto Cultura em Canto, no
Theatro Pedro II de Ribeirão Preto, e já solou junto à OSRP, na Igreja Santo Antonio de Pádua, e
no Concerto de Natal, sob regência do maestro Cláudio Cruz. Atualmente é solista da Escola de
Canto Coral da OSRP.
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30
SOPRANOS
Carla Barreto
Isabela Mestriner
Snizhana Drahan
Fernanda Onofre
MEZZO]SOPRANOS
Andrea Candido dos Reis
Cris� na Modé
Priscila Cubero
Tamara Pereira
Regente do Coro: Snizhana Drahan
Coro de Câmara da OSRP
TENORES
David Araujo
João Carlos Simão
Ricardo Fenerich
Cyrilo Gomes
BARÍTONOS
Alexandre Mazzer
Eliton de Almeida
Guilherme Vasconcelos
Thiago Garofalo
Pianista: Saimonton Reis
O Coro de Câmara da OSRP foi formado em 2011 por músicos/cantores profi ssionais que há vários anos aresentam-se como so-
listas em Ribeirão Preto e cidades da região, em vários eventos, com sua valoroza arte. Este é o primeiro coro profi ssional da região.
Dentre estes profi ssionais, existem muitos que já possuem carreira internacional, comprovando a qualidade e a profi ssionalização
dos integrantes deste coro.
A primeira apresentação ofi cial do grupo foi em novembro de 2011 em um concerto na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto.
O repertório do Coro de Câmara da OSRP inclui obras de Bach, Mozart, Haendel, Vivaldi, Puccini, Verdi e vários outros compositores
importantes da música erudita.
Além de promover cultura e alegria, o Coro de Câmara tem como proposta garan� r o acesso à música erudita por todos e realizar
apresentações com temá� cas diferentes.
O Coro de Câmara da OSRP possui uma página na internet: osrpcoral.blogspot.com.br. Neste endereço encontram-se todas as
informações dos corais da OSRP.
Para contratar o Coro de Câmara da OSRP, entre em contato pelo e-mail: [email protected] ou telefone (16) 3610-8932.
Institucional
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Presidente Décio Agos�nho GonzalezVice-presidente Dulce NevesGestora Mariangela Quar�mRegente convidado Gian Luigi ZampieriRegente-assistente Reginaldo Nascimen-to
VIOLINOS IDenis Usov °Marcelo SoaresAnderson OliveiraEstera Elzbieta Kawula****Petar Vassilev KrastanovEduardo Felipe C. de OliveiraMariya Mihaylova KrastanovaGiliard Tavares Reis
VIOLINOS IIAnderson Farinelli da Cunha °°Ilia IlievCarlos Eduardo SantosMarcio do Santos Gomes JúniorHugo Novaes QuerinoCamila Gallo Schneck*Jonas MafraJosé Roberto Ramella
VIOLASWillian Rodrigues °°Guilherme PereiraDaniel Isaias FernandesDaniel Fernandes MendesAdriel Vieira Damasceno*Michele da Silva Picasso*Fábio Schio **Gabriel San�ango Mateos**Victor Botene de Oliveira**
VIOLONCELOSRichard Gonçalves °°Jonathas da SilvaSilvana RangelSvetla Nikolova IlievaLadson Bruno MendesMônica Picaço*Robson Fonseca Ferreira**
CONTRABAIXOSMárcio Pinheiro Maia °°Walter de Fá�ma FerreiraVinícius Por~rio FerreiraLincoln Reuel Mendes
FLAUTASSara LimaSérgio Francisco CerriRiane Benedini
CLARINETASKrista Helfenberger MuñozBogdan Dragan
FAGOTESLamar�ne TavaresDenise Guedes de Oliveira Carneiro
Ficha TécnicaTROMPASEdgar Fernandes RibeiroFilipe RochaCarlos Oliveira Portela*Moises Henrique da Silva Alves*
TROMPETESNaber de MesquitaAlessandro da Costa
TROMBONESRicardo PachecoJosé Maria Lopes
TROMBONE BAIXOPaulo Roberto Pereira Junior
TÍMPANOSLuiz Fernando Teixeira Junior
PERCUSSÃOJéssica Adriana dos Santos Ornaghi***Kleber Felipe Tertuliano*Walison Lenon de Oliveira Souza***
ARQUIVO MUSICALLeandro Pardinho
ARQUIVO HISTÓRICOGisele Haddad
PRODUÇÃOLara CostaJosé Antonio Francisco
DEPTO. DE SÓCIOS E PATRONOSGerusa Olivia Basso
INSPETORJosé Maria Lopes
EQUIPE TÉCNICAElvis Nogueira Mota da SilvaRicardo Rosa Ba�sta
ASSESSORIA DE IMPRENSABlanche AmancioDaniela AntunesBruna Zanuto
° Spalla°° Chefe de naipe* Estagiários** Músicos licenciados*** Trainee**** Convidado
Ambient
Associação Comercial e Industrial
de Ribeirão Preto
Astec - Contabilidade
Augusto Mar�nez Perez
Banco Ribeirão Preto S/A
Brasil Salomão & Ma�hes S/C Advocacia
Caldema
Cia. Bebidas Ipiranga
Colégio Brasil
Construtora Carvalho
Construtora Said
Editora Atlas S/A
Estacionamento StopPark
Espaço Uomo
Fundação Waldemar Barnsley Pessoa
Grupo WTB
Hospital São Francisco Sociedade Ltda.
Hotel Nacional Inn
Interunion
Itograss Agrícola Alta Mogiana Ltda.
Jornal A Cidade
Leão Engenharia
Matrix Print
Maurílio Biagi Filho e
Vera Lucia de Amorim Biagi
Maubisa
Mesquita Ribeiro Advogados
Molyplast Com. Imp. e Exp. Ltda.
OHL Brasil
Price Auditoria
Proservices Informá�ca
RibeirãoShopping
Riberball
San Bruno’S Ro�cerie Doceria
Santa Helena Industria de Alimentos S/A
São Francisco Gráfica e Editora Ltda.
Savegnago Supermercado Ltda.
UNISEB COC
Stream Palace Hotel
Telefonica
Usina Alta Mogiana S.A. - Açúcar e Álcool
Usina Batatais S/A Açúcar e Álcool
Usina Moreno
Usina Santo Antonio
Usina São Francisco
Vila do Ipê Empreendimentos Ltda.
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