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Dúvidas, informações adicionais, formas de contato, formulários e outros documentos podem ser obtidos na página de internet da ANAC: www2.anac.gov.br/certificacao. MANUAL DE PROCEDIMENTOS MPR-100/SAR Revisão 07 Assunto: CERTIFICAÇÃO DE AERONAVEGABILIDADE Aprovado por: Portaria nº 1204, de 14 de maio de 2013, publicada no Boletim de Pessoal e Serviço - BPS, v. 8, n. 20 de 17 de maio de 2013. Revogação: Esta revisão substitui a revisão 06, de 31 de maio de 2012. Este MPR contém as informações necessárias para efetuar a certificação inicial de aeronavegabilidade, as revalidações e outras aprovações correlatas.

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  • Dvidas, informaes adicionais, formas de contato, formulrios e outros documentos podem ser obtidos na pgina de internet da ANAC: www2.anac.gov.br/certificacao.

    MANUAL DE PROCEDIMENTOS MPR-100/SAR

    Reviso 07

    Assunto: CERTIFICAO DE AERONAVEGABILIDADE Aprovado por: Portaria n 1204, de 14 de maio de 2013, publicada no Boletim de Pessoal e Servio - BPS, v. 8, n. 20 de 17 de maio de 2013. Revogao: Esta reviso substitui a reviso 06, de 31 de maio de 2012.

    Este MPR contm as informaes necessrias para efetuar a certificao inicial de aeronavegabilidade, as revalidaes e outras aprovaes correlatas.

  • MPR-100/SAR Reviso 07 30

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    SUMRIO

    SUMRIO .......................................................................................................................................... 2CAPTULO 1 - PROCEDIMENTOS GERAIS .............................................................................. 7

    1.1 Introduo ................................................................................................................................................ 71.2 Definies ................................................................................................................................................ 71.3 Necessidade de um Certificado de Aeronavegabilidade ......................................................................... 91.4 Classificao dos Certificados de Aeronavegabilidade ........................................................................... 9

    1.4.1 Certificado de Aeronavegabilidade Padro .............................................................................. 101.4.2 Certificado de Aeronavegabilidade Especial ........................................................................... 10

    1.5 Validade do Certificado de Aeronavegabilidade ................................................................................... 101.6 Transferncia ......................................................................................................................................... 101.7 Substituio (emisso 2a via), Emenda ou Modificao do Certificado de Aeronavegabilidade .......... 10

    1.7.1 Substituio (emisso 2a via) ................................................................................................... 101.7.2 Emenda ou Modificao .......................................................................................................... 10

    1.8 Cancelamento do Certificado de Aeronavegabilidade .......................................................................... 111.9 Modificaes do Modelo da Aeronave .................................................................................................. 111.10 Seguros ................................................................................................................................................ 111.11 RNC e NCIA ....................................................................................................................................... 12

    1.11.1 Emisso de RNC e NCIA ....................................................................................................... 121.11.2 Numerao de NCIA .............................................................................................................. 121.11.3 Prazo para correo das no conformidades .......................................................................... 131.11.4 Comprovao de correo das no conformidades ................................................................ 131.11.5 Suspenso do Certificado de Aeronavegabilidade e limite de prazo ..................................... 131.11.6 Cadastramento da NCIA na tela de pendncias ..................................................................... 13

    CAPTULO 2 - APROVAES DE AERONAVEGABILIDADE INICIAIS E REVALIDAES ........................................................................................................................... 14

    2.1 Certificao Inicial ................................................................................................................................ 142.2 Revalidao de Certificao .................................................................................................................. 152.3 Responsabilidade pela emisso dos Certificados de Aeronavegabilidade de aeronaves ....................... 152.4 Outras Aprovaes de Aeronavegabilidade .......................................................................................... 16

    CAPTULO 3 - IDENTIFICAO DE AERONAVES E PRODUTOS CORRELATOS ....... 173.1 Identificao de Aeronaves ................................................................................................................... 173.2 Deficincia, adulterao ou falta de identificao ................................................................................. 173.3 Placas de Identificao .......................................................................................................................... 173.4 Remoo da Placa de Identificao ....................................................................................................... 183.5 Extravio de placa ou falta de identificao ............................................................................................ 183.6 Solicitao de vistoria para confeco de nova placa de identificao ................................................. 18

    3.6.1 Providncias da GGAC ............................................................................................................ 183.6.2 Autorizao para instalao de nova placa .............................................................................. 19

    3.7 Uso Indevido da Placa de Identificao ................................................................................................ 193.8 Marcas de Nacionalidade e de Matrcula .............................................................................................. 193.9 Identificao de Peas para Reposio ou Modificao ........................................................................ 193.10 Placa de identificao de componentes (exceto motor e hlice) ......................................................... 20

    3.10.1 Sistema de identificao ......................................................................................................... 203.10.2 Sistema de reidentificao de componentes ........................................................................... 20

  • MPR-100/SAR Reviso 07 30

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    3.10.3 Diretrizes de Aeronavegabilidade .......................................................................................... 21

    CAPTULO 4 - VISTORIA TCNICA DE AERONAVE ........................................................... 224.1 Informaes gerais ................................................................................................................................ 224.2 Objetivos da vistoria tcnica de aeronave ............................................................................................. 234.3 Tipos de Vistoria Tcnica de Aeronave ................................................................................................ 24

    4.3.1 Vistoria Tcnica Inicial VTI ................................................................................................. 244.3.2 Vistoria Tcnica Especial VTE ............................................................................................. 24

    4.4 Apoio tcnico para realizao de vistoria de aeronave .......................................................................... 254.5 Padronizao para registro de vistoria em caderneta ............................................................................. 254.6 Resultado de vistoria de aeronave ......................................................................................................... 26

    CAPTULO 5 - VISTORIA TCNICA INICIAL VTI ............................................................. 285.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................................ 285.2 Tipos de Vistoria Tcnica Inicial .......................................................................................................... 295.3 Documentao e procedimentos necessrios ......................................................................................... 31

    5.3.1 Documentao tcnica disponvel no ato da VTI ..................................................................... 315.3.2 Outros documentos: seguro e taxa de servio .......................................................................... 325.3.3 Licena de estao de aeronave ............................................................................................... 32

    5.4 Vistoria Tcnica Inicial de aeronave no exterior ................................................................................... 325.5 Validade da IAM, do RCA e do CA de uma aeronave aps a realizao da VTI ................................. 325.6 Laudo de vistoria de aeronave ............................................................................................................... 335.7 Documentos a serem arquivados aps VTI ........................................................................................... 33

    CAPTULO 6 - VISTORIA TCNICA ESPECIAL VTE ........................................................ 356.1 Procedimentos Gerais ............................................................................................................................ 356.2 Tipos de Vistoria Tcnica Especial ....................................................................................................... 356.3 Documentao e procedimentos necessrios ......................................................................................... 37

    6.3.1 Documentao tcnica disponvel no ato da VTE ................................................................... 376.3.2 Outros documentos: seguro, taxa de servio e taxa FISTEL ................................................... 386.3.3 Licena de estao de aeronave ............................................................................................... 38

    6.4 Mudana de categoria de registro .......................................................................................................... 386.5 Validade da IAM, do RCA e do CA de uma aeronave aps a realizao da VTE ................................ 396.6 Laudo de Vistoria de Aeronave ............................................................................................................. 406.7 Documentos a serem arquivados aps VTE .......................................................................................... 40

    CAPTULO 7 - CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PADRO ......................... 427.1 Generalidades ........................................................................................................................................ 427.2 Requisitos para Emisso do Certificado de Aeronavegabilidade Padro .............................................. 427.3 Certificado de Aeronavegabilidade Padro ........................................................................................... 427.4 Delegao de emisso de Certificado de Aeronavegabilidade Padro em nome de Autoridades de

    Aviao Civil Estrangeiras ................................................................................................................ 427.5 Emisso do Certificado de Aeronavegablidade Padro ......................................................................... 43

    7.5.1 Emisso .................................................................................................................................... 437.5.2 Validade ................................................................................................................................... 43

    7.6 Certificado de aeronavegabilidade CA com validade de 60 (sessenta) dias ...................................... 447.6.1 Emisso de CA com validade de 60 (sessenta) dias para aeronave usada vistoriada no exterior

    nas hipteses do artigo 111 do CBAer. ............................................................................... 447.6.2 Emisso de CA com validade de 60 (sessenta) dias para aeronave nova ou usada vistoriada no

    Brasil por mudana de marcas ............................................................................................ 44

  • MPR-100/SAR Reviso 07 30

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    7.6.3 Emisso de CA com validade de 60 (sessenta) dias aps VTE para aeronave devidamente matriculada ......................................................................................................................... 45

    7.7 Data referencial para a validade do CA ................................................................................................. 457.8 Cdigos indicadores da condio do CA de uma aeronave ................................................................... 457.9 Suspenso do Certificado de Aeronavegabilidade ................................................................................ 46

    7.9.1 Identificao do motivo de suspenso do CA .......................................................................... 467.9.2 Competncia para suspenso ou revogao da suspenso do CA ............................................ 47

    7.10 Cancelamento do Certificado de Aeronavegabilidade ........................................................................ 477.10.1 Identificao do motivo de cancelamento do Certificado de Aeronavegabilidade ................ 477.10.2 Aeronave com Certificado de Aeronavegabilidade cancelado ............................................... 487.10.3 Competncia para regularizao da aeronave e emisso de novo certificado de

    aeronavegabilidade ............................................................................................................. 487.10.4 Procedimentos para regularizao de aeronave que teve o Certificado de

    Aeronavegabilidade cancelado pelo cdigo 6 (situao tcnica irregular) ou 8 (IAM ou RCA vencido) ..................................................................................................................... 48

    7.10.5 Procedimentos para regularizao de aeronave que teve o certificado de aeronavegabilidade cancelado pelo cdigo 1 (acidente ou incidente) ................................................................ 49

    7.11 Interdio e desinterdio de aeronave Cdigo X ........................................................................ 49

    CAPTULO 8 - CERTIFICADOS DE AERONAVEGABILIDADE ESPECIAIS ................... 508.1 Generalidades ........................................................................................................................................ 508.2 Certificados de aeronavegabilidade especiais ....................................................................................... 50

    8.2.1 Verificao da Documentao ................................................................................................. 508.2.2 Inspeo da Aeronave .............................................................................................................. 51

    8.3 Tipos de certificados de aeronavegabilidade especiais ......................................................................... 518.3.1 Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves da Categoria Restrita ............................. 518.3.2 Certificado de aeronavegabilidade especial emitido na categoria restrita e em uma ou mais

    categorias ............................................................................................................................ 528.3.3 Certificado de Aeronavegabilidade Provisrio ........................................................................ 528.3.4 Certificado de Autorizao de Voo Experimental ................................................................... 538.3.5 Certificado de Aeronavegabilidade Especial emitido para Aeronaves na Categoria Primria 538.3.6 Certificado de Aeronavegabilidade Especial emitido para Aeronaves na Categoria Leve

    Esportiva ............................................................................................................................. 538.3.7 Outros certificados de aeronavegabilidade especiais ............................................................... 59

    CAPTULO 9 - CERTIFICADO DE AUTORIZAO DE VOO EXPERIMENTAL ........... 609.1 Generalidades ........................................................................................................................................ 609.2 Propsitos do Certificado de Autorizao de Voo Experimental .......................................................... 609.3 CAVE com Mltiplos Propsitos .......................................................................................................... 629.4 Procedimentos especficos para emisso do CAVE .............................................................................. 63

    9.4.1 Solicitao do CAVE ............................................................................................................... 639.4.2 Pr-anlise da Solicitao ........................................................................................................ 639.4.3 Elaborao do CAVE ............................................................................................................... 639.4.4 Realizao da Inspeo ............................................................................................................ 649.4.5 Correo das no conformidades ............................................................................................. 649.4.6 Elaborao, Anlise e Correo do Esboo do CAVE ............................................................. 649.4.7 Emisso do CAVE ................................................................................................................... 659.4.8 Guarda de Documentos ............................................................................................................ 65

    9.5 reas de Ensaios em Voo ...................................................................................................................... 659.6 Limitaes Operacionais ....................................................................................................................... 669.7 Retorno ao Certificado de Aeronavegabilidade Padro, aps Operao sob CAVE ............................. 669.8 Certificado de Autorizao de Voo Experimental para Aeronaves Leves Esportivas Experimentais. . 66

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    9.8.1 Procedimentos de Certificao ................................................................................................. 699.8.2 Ensaio em voo de produo ..................................................................................................... 70

    CAPTULO 10 - AUTORIZAO ESPECIAL DE VOO .......................................................... 7410.1 Consideraes Iniciais ......................................................................................................................... 7410.2 Propsitos da Autorizao Especial de Voo ........................................................................................ 7410.3 Competncia para anlise de uma solicitao de AEV ....................................................................... 7510.4 Documentao requerida ..................................................................................................................... 75

    10.4.1 Geral ....................................................................................................................................... 7510.4.2 Aeronave adquirida no exterior, ainda no registrada no Brasil ............................................ 7610.4.3 Aeronave regularmente registrada no Brasil .......................................................................... 7610.4.4 Aeronave de origem militar ou adquirida em hasta pblica ................................................... 7710.4.5 Aeronave com peso superior ao peso mximo de decolagem aprovado ................................ 7710.4.6 Entrega de aeronave nova fabricada no Brasil ao seu comprador estrangeiro ....................... 7710.4.7 Ensaios em voo de produo de aeronaves recm-fabricadas ................................................ 7710.4.8 Conduo de voos de demonstrao para comprador ............................................................ 7710.4.9 Aeronaves agrcolas operando com etanol de acordo com a IS 137.201-001 ........................ 77

    10.5 Consideraes especficas para emisso da Autorizao Especial de Voo ......................................... 7810.5.1 Anlise Preliminar da solicitao da Autorizao Especial de Voo ...................................... 7810.5.2 Critrios de Anlise ................................................................................................................ 79

    10.6 Registro da Anlise e Parecer .............................................................................................................. 8310.6.1 Registro da Anlise ................................................................................................................ 8310.6.2 Parecer para Realizao de Inspeo da Aeronave para avaliao da Solicitao de AEV. .. 83

    10.7 Realizao de Inspeo Fsica para Emisso de AEV ......................................................................... 8310.7.1 Correo das no conformidades ........................................................................................... 8410.7.2 Parecer Favorvel a concesso da AEV ................................................................................. 8410.7.3 Parecer Desfavorvel concesso da AEV ............................................................................ 84

    10.8 Validade da AEV ................................................................................................................................. 8510.8.1 Prazo ....................................................................................................................................... 8510.8.2 Prorrogao de prazo de uma AEV ........................................................................................ 85

    10.9 Limitaes Operacionais ..................................................................................................................... 8510.10 Concluso do Processo ...................................................................................................................... 86

    10.10.1 Guarda de Documentos ........................................................................................................ 87

    CAPTULO 11 - CERTIFICADO DE AERONAVEGABILIDADE PARA AERONAVES RECM-FABRICADAS ................................................................................................................. 88

    11.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 8811.2 Qualificao ......................................................................................................................................... 8811.3 Validade ............................................................................................................................................... 8811.4 Procedimentos Especficos para emisso do CAARF ......................................................................... 89

    11.4.1 Solicitao do CAARF ........................................................................................................... 8911.4.2 Pr-anlise da solicitao ....................................................................................................... 8911.4.3 Verificao da documentao e inspeo fsica da aeronave ................................................. 8911.4.4 Correo das no conformidades ........................................................................................... 9011.4.5 Emisso do CAARF ............................................................................................................... 9011.4.6 Revalidao do CAARF ......................................................................................................... 9111.4.7 Convalidao do CAARF ...................................................................................................... 9111.4.8 Inscrio SAE em aeronave agrcola .................................................................................. 9111.4.9 Licena de Estao da Aeronave ............................................................................................ 9111.4.10 Guarda de documentos ......................................................................................................... 91

    CAPTULO 12 - LICENA DE ESTAO DA AERONAVE .................................................. 9312.1 Competncias ...................................................................................................................................... 93

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    12.2 Procedimentos de homologao de equipamento aeronutico na ANATEL ...................................... 9312.3 Procedimentos para a licena de estao ............................................................................................. 93

    CAPTULO 13 - APROVAES DE AERONAVEGABILIDADE PARA EXPORTAO 9513.1 Generalidades ...................................................................................................................................... 9513.2 Requisitos dos pases importadores ..................................................................................................... 95

    13.2.1 Requisitos especiais ............................................................................................................... 9513.2.2 Requisitos Adicionais ............................................................................................................. 95

    13.3 Relao dos desvios ............................................................................................................................. 9513.4 Acordos para exportao ..................................................................................................................... 9613.5 Qualificao ......................................................................................................................................... 9613.6 Produtos Classes I, II e III ................................................................................................................... 9713.7 Aprovao de Aeronavegabilidade para Exportao ........................................................................... 97

    13.7.1 Aeronaves desmontadas ......................................................................................................... 9713.7.2 Produtos localizados em outros pases ................................................................................... 9813.7.3 Emisso de um CAE para uma aeronave fabricada no Brasil e localizada em outro pas ..... 9813.7.4 Data da emisso da aprovao de aeronavegabilidade para exportao ................................ 98

    13.8 Requerimento para CAE (F-100-06) ................................................................................................... 9813.8.1 CAE para produto Classe I (F-100-12) .................................................................................. 9913.8.2 Certificado de Liberao Autorizada para Produtos Classe II (F-100-01) ............................. 9913.8.3 Certificado de Liberao Autorizada para Produtos Classe III (F-100-01) ........................... 99

    13.9 Responsabilidade dos Exportadores .................................................................................................... 9913.10 Modificaes ao projeto de tipo original ......................................................................................... 10013.11 Aprovaes especiais de aeronavegabilidade de aeronaves para exportao .................................. 10013.12 Procedimentos especficos para emisso do CAE ........................................................................... 100

    13.12.1 Solicitao do CAE ............................................................................................................ 10013.12.2 Pr-anlise da solicitao ................................................................................................... 10113.12.3 Verificao da documentao e inspeo fsica da aeronave ............................................. 10113.12.4 Correo das no conformidades ....................................................................................... 10213.12.5 Emisso do CAE ................................................................................................................ 10213.12.6 Guarda de documentos ....................................................................................................... 102

    APNDICE 1 - RESUMO DOS PROCEDIMENTOS DE EMISSO DOS CA PELA GGCP 104APNDICE 2 - LIMITAES OPERACIONAIS PARA CAVE ............................................ 108SIGLAS E ABREVIATURAS ...................................................................................................... 118REFERNCIAS ............................................................................................................................. 123

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    CAPTULO 1 - PROCEDIMENTOS GERAIS

    1.1 Introduo

    Este Manual de Procedimentos MPR contm as informaes necessrias para efetuar a certificao inicial de aeronavegabilidade, as revalidaes e outras aprovaes correlatas. Os impressos dos certificados e de outros documentos relativos certificao so considerados de natureza privada e devem ser adequadamente arquivados pela ANAC, a fim de garantir que eles no venham a ser usados por pessoas no autorizadas. Os formulrios citados neste MPR podem ser encontrados no endereo eletrnico http://www2.anac.gov.br/certificacao/Form/Form.asp.

    1.2 Definies

    (a) Categoria. (1) O termo categoria, quando usado com relao certificao de tipo de aeronaves,

    significa o agrupamento de aeronaves, segundo o emprego previsto ou suas limitaes operacionais. Exemplo: categoria normal, utilidade, acrobtica e transporte.

    (2) O termo categoria, quando empregado em relao emisso de Certificado de Matrcula CM, significa um agrupamento de aeronaves relacionado com a atividade comercial pretendida. Estas categorias esto discriminadas na subparte D do RBHA/RBAC 47.

    (3) O termo categoria, quando empregado em relao a aeronaves leves esportivas, significa um grupo de aeronaves que estejam na definio do pargrafo 1.1 do RBAC 01 para Aeronave Leve Esportiva ALE e possua um Certificado de Aeronavegabilidade Especial segundo a seo 21.190 do RBAC 21 ou um Certificado de Autorizao de Voo Experimental com propsito de operao de aeronave leve esportiva segundo o pargrafo 21.191(i) do RBAC 21.

    (b) Aeronavegvel. A compreenso clara do termo aeronavegvel importante para os trabalhos de certificao de aeronavegabilidade. De acordo com o RBAC 21.183(a), (b) e (c), duas condies so necessrias para a emisso de um certificado de aeronavegabilidade:

    (1) A aeronave deve estar em conformidade com seu projeto de tipo. A conformidade com o projeto de tipo considerada atingida quando a configurao da aeronave e os componentes nela instalados estiverem consistentes com os desenhos, especificaes e outros dados que fazem parte do projeto de tipo aprovado.

    (2) A aeronave deve estar em condio de operao segura. Isto significa a condio da aeronave relativa ao uso e deteriorao, como, por exemplo, corroso do revestimento, rachadura e descolamento das janelas, vazamento de fluidos, desgaste de pneus, etc.

    NOTA: Se uma ou ambas as condies no so cumpridas, a aeronave pode ser considerada no aeronavegvel. A aeronave para a qual o projeto de tipo no est aprovado deve cumprir o estabelecido em (2) acima.

    (c) Produto Aeronutico. Qualquer aeronave, motor ou hlice de aeronave ou aparelho neles instalado.

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    (d) Componente Crtico. Aquele que possui limite de utilizao para reviso, substituio, teste e/ou calibrao previstos no programa de manuteno do fabricante. Estes limites podem ser estipulados em horas de utilizao, nmero de pousos ou de ciclos, tempo calendrico, mtodos estatsticos de controle ou quaisquer outros mtodos de controle predefinidos e aprovados; podem ser propostos pelos fabricantes (inicialmente e de forma conservadora) ou pelos operadores (em funo de suas operaes especficas), com a necessria aprovao e o acompanhamento da ANAC.

    (e) Conjunto Elegvel para Aeronave Leve Esportiva. Conjunto que seja do mesmo modelo de aeronave para a qual j tenha sido emitido um Certificado de Aeronavegabilidade Especial na categoria Leve Esportiva pela ANAC de mesmo fabricante. A aeronave montada, a partir deste conjunto, elegvel para receber um certificado de autorizao de voo experimental na categoria leve esportiva.

    (f) Diretriz de Aeronavegabilidade. Documento emitido pela Autoridade de Aviao Civil AAC visando eliminar uma condio insegura existente em um produto aeronutico, com probabilidade de existir ou de se desenvolver em outros produtos do mesmo projeto de tipo. O seu cumprimento obrigatrio (RBAC 39 Diretrizes de Aeronavegabilidade).

    (g) Estrutura Primria. Conjunto dos elementos estruturais de uma aeronave que garante a rigidez de sua forma e a integridade de sua estrutura, quando submetida aos esforos mximos para que foi projetada. A falha de um desses elementos, por quaisquer motivos, pode comprometer uma (ou ambas) dessas caractersticas, colocando em risco a operao da aeronave.

    (h) Grupo Motopropulsor. Conjunto constitudo por um ou mais motores (convencional ou a turbina), hlices, sistemas (combustvel, lubrificao, etc.) e acessrios (caixas de reduo, tomadas de fora, etc.).

    (i) Inspetor de Aviao Civil INSPAC. Para os objetivos deste MPR, entende-se como INSPAC os INSPAC AERONAVEGABILIDADE, que atuam na rea de Segurana Operacional e Certificao de Produtos Aeronuticos, na rea especfica de Aeronavegabilidade.

    (j) Laudo de Vistoria de Aeronave (F-100-39) o documento preenchido pelo INSPAC, pelo o Profissional Credenciado ou pela Empresa Certificada durante a realizao da Vistoria Tcnica Inicial VTI, da Vistoria Tcnica Especial VTE ou da Inspeo Anual de Manuteno IAM, de acordo com os dados existentes nas placas de identificao e nas informaes tcnicas aplicveis e com as horas escrituradas nos registros de manuteno, depois de avaliada a fidelidade dos lanamentos feitos, com o objetivo de determinar se a aeronave est em conformidade com o projeto de tipo aprovado e em condies de operao segura no momento da vistoria tcnica ou da IAM.

    (k) Manuteno. Qualquer atividade de inspeo, reviso, reparo, limpeza, conservao ou substituio de partes de uma aeronave e seus componentes, mas exclui a manuteno preventiva.

    (l) Manuteno preventiva. Operao de preservao simples e de pequena monta, assim como a substituio de pequenas partes padronizadas que no envolvam operaes complexas de montagem e desmontagem.

    (m) No conformidade. No atendimento de um requisito especfico da regulamentao em vigor, ou, ainda, de um requisito tcnico estabelecido em manual ou documento tcnico, conforme aplicvel, para os objetivos de vistoria de aeronave.

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    (n) Norma Consensual. Para os propsitos de certificao de ALE, norma desenvolvida pela indstria e aplicvel ao projeto, produo e aeronavegabilidade da aeronave. Inclui, mas no est limitada a normas da American Society for Testing and Materials ASTM que compreendem normas de projeto e desempenho da aeronave, aparelhos requeridos, sistemas de garantia da qualidade do fabricante, procedimentos de testes de produo aceitveis, instrues de operao, procedimentos de inspeo e manuteno, identificao e registro de grandes reparos e grandes modificaes e aeronavegabilidade continuada. A verso das normas da ASTM aceita pela ANAC a mesma utilizada pela autoridade de aviao civil norte-americana (FAA) e pode ser encontrada no seguinte endereo: http://www.faa.gov/aircraft/gen_av/light_sport/media/StandardsChart.pdf.

    (o) Notificao de Condio Irregular de Aeronave NCIA. Documento atravs do qual o INSPAC, face legislao vigente, notifica o proprietrio ou operador da aeronave, ou o seu representante legal, por irregularidade constatada.

    (p) Pas de Origem (State of Design). Pas da organizao responsvel pelo projeto de tipo do produto aeronutico (conforme Anexo 8 da Organizao de Aviao Civil Internacional OACI).

    (q) Resumo da(s) No conformidade(s) RNC. Documento atravs do qual um INSPACou PCA, aps atividade de auditoria em empresa de transporte areo ou de manuteno ou vistoria de aeronave, apresenta ao proprietrio, operador ou representante legal, em carter informal, as no conformidades detectadas.

    (r) Reparo. Restituio da aeronave e/ou de seus componentes situao aeronavegvel, aps a eliminao de defeitos ou danos, inclusive os causados por acidentes/incidentes (RBAC 01).

    (s) Voo de Teste (Flight Test). Voo realizado para verificar as reais condies de aeronavegabilidade da aeronave, de acordo com o estabelecido no Manual de Operao ou em outro manual, conforme aplicvel para o modelo da aeronave.

    1.3 Necessidade de um Certificado de Aeronavegabilidade

    (a) O Cdigo Brasileiro de Aeronutica CBAer (Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986) estabelece, em seu art. 114, que toda aeronave somente poder ser autorizada para o voo se a mesma possuir um Certificado de Aeronavegabilidade CA vlido.

    (b) Os certificados de aeronavegabilidade esto regulamentados na Subparte H do RBAC 21.

    1.4 Classificao dos Certificados de Aeronavegabilidade

    Os certificados de aeronavegabilidade, de acordo com a Subparte H do RBAC 21, classificam-se em Certificado de Aeronavegabilidade Padro e Certificado de Aeronavegabilidade Especial.

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    1.4.1 Certificado de Aeronavegabilidade Padro

    emitido pela ANAC para aeronaves com projeto de tipo aprovado no Brasil nas categorias normal, utilidade, acrobtica, transporte regional ou transporte, para bales livres tripulados e aeronaves de classe especial.

    1.4.2 Certificado de Aeronavegabilidade Especial

    emitido pela ANAC para permitir a operao de aeronaves com projeto de tipo aprovado nas categorias primria e restrita, e de aeronaves com certificado de tipo provisrio; compreendem, ainda, os Certificados de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recm-Fabricadas, as Autorizaes Especiais de Voo, os Certificados de Autorizao de Voo Experimental e o Certificados de Aeronavegabilidade para aeronaves categoria leve esportiva.

    1.5 Validade do Certificado de Aeronavegabilidade

    Ver RBAC 21.181 e IS 21.181-001.

    1.6 Transferncia

    Ver RBAC 21.179.

    1.7 Substituio (emisso 2a via), Emenda ou Modificao do Certificado de Aeronavegabilidade

    1.7.1 Substituio (emisso 2a via)

    (a) Um proprietrio ou operador de aeronave pode requerer uma 2 via de qualquer Certificado de Aeronavegabilidade, declarado perdido ou danificado, por meio de carta ANAC.

    (b) A 2 via do Certificado de Aeronavegabilidade deve consistir em uma transcrio fiel da 1 via, com as seguintes excees:

    (1) O nmero da 2 via do Certificado de Aeronavegabilidade o mesmo da 1 via, porm, seguindo a expresso 2 via entre parnteses;

    (2) A data da 2 via do Certificado de Aeronavegabilidade a data de sua emisso; (3) Colocar no campo Observao os seguintes dizeres:

    Esta 2 via do certificado (nome do certificado) substitui o original emitido em (data de emisso da 1 via) declarado extraviado.

    (4) Antes de emitir a 2 via do Certificado de Aeronavegabilidade, a ANAC deve verificar os registros da aeronave e, se necessrio, inspecion-la para assegurar-se de que a aeronave faz jus ao CA requerido.

    1.7.2 Emenda ou Modificao

    (a) Um Certificado de Aeronavegabilidade s pode sofrer emendas ou ser modificado pela

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    Autoridade de Aviao Civil que o emitiu.

    (b) Quando for necessrio alterar qualquer informao do Certificado de Aeronavegabilidade, a ANAC emite um novo Certificado de Aeronavegabilidade, em substituio ao anterior.

    (c) Um CA padro ou especial pode ser modificado quando: (1) uma modificao tenha sido aprovada para a aeronave, atravs de um Certificado

    Suplementar de Tipo CST ou emenda ao seu Certificado de Tipo CT, que acarrete na mudana de categoria da aeronave em questo.

    (2) a aeronave tenha seu modelo alterado. Maiores detalhes sobre alteraes no modelo da aeronave esto em 1.9 deste MPR.

    (3) ocorrer mudana nas limitaes de operao da aeronave. (4) ocorrer mudana nos propsitos de operao de uma aeronave com Certificado de

    Autorizao de Voo Experimental CAVE ou Autorizao Especial de Voo AEV.

    1.8 Cancelamento do Certificado de Aeronavegabilidade

    (a) Qualquer Certificado de Aeronavegabilidade (padro ou especial) cancelado em caso de: (1) Constatao da falta de manuteno, conforme 7.10.1 deste MPR; e (2) Infraes previstas no subpargrafo 47.171(a)(1) do RBHA/RBAC 47.

    1.9 Modificaes do Modelo da Aeronave

    (a) Quando uma aeronave for modificada para outro modelo aprovado do mesmo fabricante, o Certificado de Aeronavegabilidade, o Certificado de Matrcula e a placa de identificao da aeronave devem ser alterados para refletir a designao do novo modelo.

    (b) A emisso de um novo Certificado de Aeronavegabilidade para a aeronave somente ser efetuada aps as inspees e ensaios julgados necessrios.

    (c) Os inspetores devem constatar que a designao do novo modelo est estampada na placa original adjacente designao do modelo original ou, ento, que est estampada em uma nova placa, que deve ficar localizada to prximo quanto possvel da placa original. A nova placa deve conter os dados existentes na identificao original, acrescidos das alteraes provenientes das modificaes introduzidas. As alteraes de identificao devero ser efetuadas conforme Boletim de Servio ou documento equivalente emitido pelo fabricante.

    (d) Para manter o histrico da vida operacional da aeronave, a placa de identificao original no deve ser alterada de uma maneira que venha a prejudicar a leitura das informaes originais.

    1.10 Seguros

    (a) De acordo com o art. 281 do Cdigo Brasileiro de Aeronutica CBAer, a responsabilidade por ter um seguro vlido do operador/proprietrio da aeronave.

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    (b) Conforme prev o art. 283 do CBAer, o seguro deve ser comprovado para a emisso (e renovao) do Certificado de Aeronavegabilidade. O subpargrafo 91.203 (a)(4) do RBHA/RBAC 91 estabelece que, exceto para aeronaves operadas pelos RBAC 121 e 135, o seguro ou certificado de seguro com comprovante de pagamento deve estar a bordo da aeronave. Ao constatar a falta de comprovao do seguro (em inspees de rampa ou em quaisquer outras circunstncias), o INSPAC deve agir no sentido de suspender o Certificado de Aeronavegabilidade, tal como prev o pargrafo nico do art. 283 do CBAer.

    (c) No caso de concessionrias ou permissionrias de servios pblicos, constatada a falta de seguro, alm da suspenso do CA, o infrator est sujeito a multa (art. 302 III g do CBAer).

    (d) Considerando que o SIAC no tem mais a situao de seguro, no caso de revalidao do Certificado de Aeronavegabilidade por Relatrio de Condio de Aeronavegabilidade RCA, a informao sobre o seguro contida no RCA e a insero de resultado Aeronavegvel no SACI significa que o seguro aeronutico foi constatado como vlido naquela data.

    1.11 RNC e NCIA

    1.11.1 Emisso de RNC e NCIA

    (a) O Resumo das No Conformidades (F-100-36) um documento que o INSPAC emite para o operador da aeronave com o objetivo de cientific-lo das no conformidades constatadas por ocasio de uma VTI, VTE ou Auditoria em Empresa de Manuteno.

    (b) O RNC um documento informal que ser oficializado aps a emisso de documento oficial pela ANAC.

    (c) Caso seja constatada uma no conformidade tcnica ou operacional ou algum item em desacordo com a regulamentao em vigor que exija a suspenso ou o cancelamento imediato do CA da aeronave, ser emitida uma NCIA com o prazo de antes do prximo voo em duas vias, conforme o F-100-44, que tero os seguintes destinos: 1a via, rgo emissor; e 2a via, operador da aeronave. Poder tambm ser adotada a sistemtica de ser emitida uma NCIA para cumprimento de um RNC, conforme melhor julgamento do INSPAC.

    (d) Caso uma aeronave se encontre interditada, ou com o CA suspenso, vencido ou cancelado, e cuja vistoria vise regularizao desta situao, ser emitido apenas um RNC se a aeronave tiver sido considerada NO APROVADA aps a VTE.

    1.11.2 Numerao de NCIA

    A numerao de uma NCIA deve obedecer seguinte sequncia: 1o campo nmero sequencial da NCIA emitida pelo INSPAC naquela data; 2 campo data de emisso (ddmmaa), 3o campo Sigla do rgo emissor; 4o campo nmero da credencial do INSPAC.

    Ex.: primeira NCIA emitida pelo INSPAC de credencial n A-0999, pertencente ao efetivo da Gerncia Tcnica Aeronavegabilidade deSo Paulo, em 15/04/2009: 01/150409/GTAR-SP/A-0999.

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    Ex.: terceira NCIA emitida pelo INSPAC de credencial n A-1010, pertencente ao efetivo da GGAC, em 10/06/2009: 03/100609/GGAC/A-1010.

    1.11.3 Prazo para correo das no conformidades

    As no conformidades listadas em uma NCIA devem ter suas correes comprovadas no menor espao de tempo possvel. Em funo das circunstncias, e aps uma avaliao tcnica do INSPAC, ser estipulado um prazo dentro do qual as no conformidades devem ser corrigidas, variando de antes do prximo voo at 30 (trinta) dias, no mximo.

    1.11.4 Comprovao de correo das no conformidades

    Aps terem sido corrigidas as no conformidades notificadas em uma NCIA, esta deve ser devidamente preenchida e assinada por quem estiver habilitado para execuo da ao corretiva e ser remetida ao rgo emissor, conforme aplicvel, juntamente com os documentos necessrios comprovao da correo.

    1.11.5 Suspenso do Certificado de Aeronavegabilidade e limite de prazo

    A NCIA no cumprida no prazo estabelecido implica na suspenso automtica do CA da aeronave. A concesso de um novo prazo, quando solicitado pelo interessado, fica a critrio do rgo emissor, que analisar a possibilidade ou no de ser emitida uma nova NCIA, desde que o somatrio dos prazos concedidos para uma mesma irregularidade no ultrapasse 60 (sessenta) dias.

    1.11.6 Cadastramento da NCIA na tela de pendncias

    O rgo emissor de uma NCIA deve, obrigatoriamente, lan-la na Tela de Pendncias Tcnicas e Operacionais da aeronave, com o objetivo de que a mesma tenha o seu CA suspenso, automaticamente, pelo cdigo 7 (sete) (vide listagem dos cdigos em 7.8 deste MPR), no caso do seu no cumprimento tempestivo. A NCIA emitida com prazo antes do prximo voo implica a necessidade da atualizao imediata da Tela de Pendncias Tcnicas e Operacionais da aeronave, visando suspenso do seu CA pelo cdigo 7 (sete). O rgo emissor, ao receber a comprovao da correo de no conformidade constante de uma NCIA, providencia a atualizao imediata da Tela de Pendncias Tcnicas e Operacionais da aeronave.

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    CAPTULO 2 - APROVAES DE AERONAVEGABILIDADE INICIAIS E REVALIDAES

    2.1 Certificao Inicial

    O termo certificao inicial se refere primeira emisso de Certificado de Aeronavegabilidade padro ou especial e de Certificado de Aeronavegabilidade para Exportao CAE. Dentre os casos contemplados pela certificao inicial, listam-se:

    (a) Aeronaves ou produtos relacionados (novos ou usados) que no tenham deixado o sistema de controle de qualidade do fabricante do produto original.

    (b) Aeronaves ou produtos relacionados para os quais um certificado ou aprovao de aeronavegabilidade brasileiro nunca tenha sido emitido, como, por exemplo:

    (1) Aeronaves militares convertidas para emprego civil; (2) Aeronaves montadas de peas excedentes de produo e/ou peas de reposio; (3) Aeronaves fabricadas no Brasil, retornando de outro pas, para as quais no tenha

    sido emitido um CAE ou um Certificado de Aeronavegabilidade brasileiro;

    (4) Aeronaves com Certificado de Aeronavegabilidade emitido com base no Certificado de Tipo provisrio;

    (5) Aeronaves com Certificado de Autorizao de Voo Experimental; (6) Aeronaves com Certificado na Categoria Leve Esportiva; e (7) Aeronaves fabricadas em outro pas e importadas para o Brasil.

    (c) Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recm-Fabricadas CAARF;

    (d) Autorizaes especiais de voo para aeronaves que no tenham possudo Certificado de Aeronavegabilidade;

    (e) Aeronaves de fabricao brasileira que adquiram um Certificado de Matrcula brasileiro e que tenham operado com Certificado de Matrcula estrangeiro;

    (f) Certificados de Aeronavegabilidade para Exportao para produtos que atendam aos requisitos do RBAC 21.29(d) e sejam isentos de Certificado de Tipo brasileiro;

    (g) Aeronaves que j tenham recebido um Certificado de Aeronavegabilidade e que estejam sendo apresentadas para certificao em outra categoria ou classificao de Certificado de Aeronavegabilidade. Por exemplo, aeronaves convertidas de uma categoria que tenha Certificado de Aeronavegabilidade padro para a categoria restrita, pela primeira vez, ou de um Certificado de Aeronavegabilidade especial para padro, pela primeira vez; e

    (h) Aeronaves que tenham passado por mudanas no seu projeto de tipo, requerendo ensaios em voo. Por exemplo, um CAVE para o propsito de mostrar cumprimento com os regulamentos aplicveis.

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    2.2 Revalidao de Certificao

    Consiste na reemisso de um Certificado de Aeronavegabilidade, CAE ou aprovao de aeronavegabilidade para exportao de produtos aeronuticos; inclui a substituio ou modificao destes certificados e/ou aprovaes. Por exemplo:

    (a) Emisso de Certificado de Aeronavegabilidade para aeronave que tenha possudo anteriormente este certificado, exceto os certificados dos itens 2.1 (c) e 2.1 (g) deste MPR.

    (b) Emisso de Certificado de Aeronavegabilidade que tenha sido cancelado ou que esteja com a validade expirada.

    (c) Mudana das limitaes operacionais.

    (d) Emisso de Autorizao Especial de Voo para aeronave que tenha possudo, anteriormente, um Certificado de Aeronavegabilidade ou que esteja com o mesmo suspenso.

    (e) Emisso de CAE ou de Certificado de Liberao Autorizada CLA para produtos aeronuticos que tenham possudo anteriormente este certificado ou aprovao.

    (f) Aeronaves fabricadas no Brasil, retornando ao Brasil, onde fora emitido anteriormente um Certificado de Aeronavegabilidade ou um CAE.

    (g) Emisso de um CAVE que esteja com o prazo de validade expirado.

    2.3 Responsabilidade pela emisso dos Certificados de Aeronavegabilidade de aeronaves

    (a) O Certificado de Aeronavegabilidade padro e o Certificado de Autorizao de Voo Experimental (exibio, competio area, construo amadora e categoria primria) so emitidos pelo Registro Aeronutico Brasileiro RAB.

    (b) Os Certificados de Aeronavegabilidade especiais so emitidos pela Gerncia-Geral de Aeronavegabilidade Continuada GGAC, Gerncia-Geral de Certificao de Produto Aeronutico GGCP ou RAB, conforme a seguir:

    (1) Para aeronaves certificadas na categoria primria ou restrita, cabe ao RAB emitir o Certificado de Aeronavegabilidade.

    (2) Para aeronaves com Certificado de Aeronavegabilidade emitido com base no Certificado de Tipo provisrio, cabe GGAC emitir o Certificado de Aeronavegabilidade.

    (3) O Certificado de Aeronavegabilidade para Aeronaves Recm-Fabricadas CAARF emitido pela GGCP.

    (4) O Certificado de Autorizao de Voo Experimental CAVE (pesquisa e desenvolvimento, demonstrao de cumprimento com requisitos, treinamento de tripulaes e pesquisa de mercado) emitido pela GGCP.

    (5) A Autorizao Especial de Voo AEV emitida pela GGAC ou GGCP conforme a seguir:

    (i) emitida pela GGAC:

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    (A) Para translado da aeronave para uma base onde reparos, modificaes ou servios de manuteno sero executados, ou para uma base onde a aeronave ser armazenada; e

    (B) Para fins de evacuao da aeronave de reas perigosas. (ii) emitida pela GGCP:

    (A) Para ensaios em voo de produo de aeronaves recm-fabricadas; (B) Para conduo de voos de demonstrao para comprador em aeronaves novas

    que tenham satisfatoriamente completado ensaios em voo de produo; e (C) A GGCP pode, ainda, emitir a AEV para permitir a operao de aeronaves

    acima do peso mximo de decolagem aprovado. (iii) emitida pela GGAC ou GGCP:

    (A) Para permitir a operao da aeronave para fim de sua entrega ou exportao ao seu comprador.

    (B) Nos casos deliberados pela Diretoria da ANAC, fundamentado no art. 20 da Lei 7.565/86.

    (c) Vistorias e inspees: (1) Antes da emisso de um CA padro, CA especial categoria primria e CAARF, uma

    vistoria deve ser realizada pela ANAC na aeronave para determinar sua conformidade com o projeto de tipo e evidenciar sua aeronavegabilidade continuada (Exemplos: registros de manuteno, Boletins de Servio BS, Diretrizes de Aeronavegabilidade DA, etc.).

    (2) No caso de emisso de um CA especial para categoria restrita, tal vistoria deve obedecer aos critrios do RBAC 21.185.

    (3) No caso de emisso de uma AEV, a ANAC deve realizar ou determinar que o requerente realize as inspees e os ensaios apropriados necessrios segurana.

    (4) Para emisso de um Certificado de Autorizao de Voo Experimental CAVE, conforme estabelecido no RBHA 37 e RBHA/RBAC 47, certificado de vistoria do equipamento ou documento equivalente assinado pelo Engenheiro Aeronutico responsvel; e

    (5) Para emisso de um CAVE, a ANAC pode realizar uma inspeo conforme 9.4 deste MPR.

    NOTA: O incio de uma vistoria para renovao ou obteno de um novo certificado de aeronavegabilidade probe o voo da aeronave, at que as no conformidades detectadas que afetem a segurana de voo sejam corrigidas pelo proprietrio/operador e devidamente analisadas e consideradas fechadas pela ANAC.

    2.4 Outras Aprovaes de Aeronavegabilidade

    (a) A aprovao de aeronavegabilidade de motores, hlices e seus componentes e peas de reposio similar certificao de aeronaves, ou seja, requer conformidade com o projeto aprovado e condio de operao segura, conforme a seguir.

    (b) Para fins de exportao de motores e hlices completos, a GGCP emite o CAE, conforme a seo 21.329 do RBAC 21.

    (c) Emite-se o Certificado de Liberao Autorizada (SEGVOO 003) para atestar a aeronavegabilidade de produtos classes II e III nas operaes de importao/exportao; hoje, esta prtica tambm recomendada para operaes domsticas conforme IS 43.9-002.

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    CAPTULO 3 - IDENTIFICAO DE AERONAVES E PRODUTOS CORRELATOS

    3.1 Identificao de Aeronaves

    O requerente de um Certificado de Aeronavegabilidade deve demonstrar que a sua aeronave est identificada de acordo com as provises do RBAC 45. A aeronave identificada por duas placas: a placa de identificao do fabricante, que tambm existe para identificar motor, hlice, p de hlice e cubo de hlice, e as marcas de nacionalidade e matrcula. Estas identificaes so regulamentadas pelas sees 45.11, 45.13 e 45.30-I do RBAC 45. No que diz respeito hlice, a mesma pode ser identificada por meio de uma placa, uma gravao qumica ou mecnica, ou outro processo aprovado de identificao que seja prova de fogo.

    3.2 Deficincia, adulterao ou falta de identificao

    A identificao da aeronave, motor ou hlice deve ser plenamente legvel. Deficincia, adulterao ou falta de identificao determinar a suspenso do Certificado de Aeronavegablidade da aeronave pelo cdigo 4, por identificao deficiente, ou pelo cdigo 6, por impossibilidade de ser verificado se os registros de manuteno se referem aeronave, ao motor ou hlice em pauta. Os produtos aeronuticos em tal situao sero considerados no aeronavegveis.

    3.3 Placas de Identificao

    (a) Conforme a seo 21.182 do RBAC 21, cada aeronave apresentada para certificao de aeronavegabilidade deve estar identificada. A identificao de cada aeronave, motor aeronutico, hlice, p de hlice e cubo de hlice, fabricados somente sob um Certificado de Tipo CT ou sob um Certificado de Organizao de Produo COP, deve ser realizada como especificado na seo 45.13 do RBAC 45. Bales livres tripulados devem ser identificados conforme a seo 45.11 do RBAC 45.

    (b) Segundo a seo 45.13 do RBAC 45, a identificao de cada aeronave, motor aeronutico, hlice, p de hlice e cubo de hlice deve incluir as seguintes informaes:

    (1) Nome do fabricante; (2) Designao do modelo; (3) Nmero de srie de fabricao; (4) Nmero do Certificado de Tipo (se aplicvel); (5) Nmero do Certificado de Organizao de Produo (se aplicvel); (6) Para motores aeronuticos, as limitaes estabelecidas; e (7) Qualquer outra informao considerada pertinente pela ANAC.

    (c) Segundo a seo 45.11 do RBAC 45, para bales livres tripulados, a placa de identificao deve ser afixada no revestimento do balo e deve ser localizada, se praticvel, onde possa ser legvel pelo operador com o balo inflado. Adicionalmente, a gndola e o

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    conjunto de aquecimento devem ser marcados de modo legvel e permanente com o nome do fabricante, nmero de parte (ou equivalente) e nmero de srie (ou equivalente).

    3.4 Remoo da Placa de Identificao

    Segundo a seo 45.13 do RBAC 45, apenas pessoas que executam trabalhos de manuteno, manuteno preventiva, reparos e modificaes, conforme as provises do RBAC 43, so autorizadas a remover uma placa de identificao de uma aeronave, motor, hlice, p de hlice ou cubo de hlice. A remoo deve ser feita de acordo com mtodos, tcnicas e prticas aceitveis pela ANAC. As placas de identificao podem ser reinstaladas apenas nos produtos dos quais foram removidas.

    3.5 Extravio de placa ou falta de identificao

    Constatada a falta de identificao de uma aeronave, de um motor ou de uma hlice, p de hlice ou cubo de hlice a confeco de uma segunda via da placa ou uma nova gravao somente ser autorizada aps VTE que identifique positivamente a aeronave, o motor ou a hlice em considerao. Esta vistoria deve ser solicitada pelo operador GGAC, obedecendo aos mesmos critrios constantes dos itens 6.1 (a) a 6.1 (d) deste MPR.

    3.6 Solicitao de vistoria para confeco de nova placa de identificao

    Na solicitao, dever constar:

    (a) O fabricante, o modelo e o nmero de srie da aeronave, do motor, da hlice, da p de hlice e/ou do cubo de hlice e, no caso de motor, hlice, p de hlice e cubo de hlice, tambm em qual aeronave est ou esteve instalado;

    (b) Uma descrio detalhada das circunstncias em que ocorreu o extravio, com as informaes consideradas relevantes para a investigao de identidade; e

    (c) O nome da empresa certificada onde se encontra a aeronave, motor, hlice, p de hlice e/ou cubo de hlice ou daquela que dar apoio tcnico s investigaes e que confeccionar, se for o caso, e instalar a nova placa.

    3.6.1 Providncias da GGAC

    (a) Aps avaliar as informaes recebidas, a GGAC realiza a vistoria para identificao da aeronave, motor, hlice, p de hlice e/ou cubo de hlice.

    (b) No caso de dvida quanto identidade investigada, solicitado apoio tcnico da GGCP e/ou auxlio do fabricante ou das Autoridades de Aviao Civil do pas de origem da aeronave, motor, hlice, p de hlice ou cubo de hlice.

    (c) Aps o trmino da investigao, com identificao positiva da aeronave, motor, hlice, p de hlice ou cubo de hlice, a GGAC emite autorizao, por escrito, para que seu proprietrio providencie uma nova identificao do produto em questo.

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    3.6.2 Autorizao para instalao de nova placa

    Para a instalao de nova placa, devem ser observadas as seguintes condies:

    (a) O proprietrio/operador da aeronave, motor ou hlice, aps ser autorizado, deve providenciar a confeco da segunda via da placa de identificao, mantendo as caractersticas e as dimenses da placa original, de acordo com o estabelecido nos pargrafos 45.11(a) e 45.13(a) do RBAC 45;

    (b) Para uma aeronave, motor ou hlice fabricado no Brasil, a segunda via da placa deve ser confeccionada pelo fabricante original ou seu sucessor, exceto quando estes no mais existirem, devendo, neste caso, a placa ser confeccionada pela empresa certificada, referida em 3.6 (c) deste MPR;

    (c) Para uma aeronave, motor ou hlice importado, a segunda via da placa deve ser confeccionada pelo fabricante original/sucessor ou pela empresa certificada, referida em 3.6 (c) deste MPR; e

    (d) A nova placa de identificao deve ser instalada pela empresa certificada, referida em 3.6 (c) deste MPR, no mesmo local da placa original. A empresa ser responsvel pelo respectivo registro na caderneta de clula, de motor ou de hlice, conforme aplicvel, devendo ser anexada, aos registros pertinentes, a cpia do documento que autorizou a confeco.

    3.7 Uso Indevido da Placa de Identificao

    Os INSPAC devem estar atentos ao indcio de uso indevido da placa de identificao. A instalao de uma placa de identificao que tenha sido recuperada ou adquirida de outra aeronave, por uma pessoa que executa trabalhos conforme as provises do RBAC 43, no permitida, a menos que uma aprovao, por escrito, seja dada pela Autoridade de Aviao Civil.

    3.8 Marcas de Nacionalidade e de Matrcula

    As aeronaves civis brasileiras so identificadas pelas marcas de nacionalidade e de matrcula. As marcas de nacionalidade so constitudas pelo grupo de letras maisculas PP, PT, PR ou PU. As marcas de matrcula so constitudas por arranjos de 03 (trs) letras, conforme estabelecido na seo 45.23-I do RBAC 45. As marcas de nacionalidade precedem as marcas de matrcula, sendo as duas separadas por um trao horizontal, a meia altura das letras. As marcas que esto expostas na aeronave devem ser as mesmas do Certificado de Matrcula. Com relao s dimenses e localizao das marcas de nacionalidade e de matrcula, o inspetor da ANAC deve verificar que as marcas estejam de acordo com as instrues contidas na seo 45.29-I do RBAC 45.

    3.9 Identificao de Peas para Reposio ou Modificao

    (a) De acordo com as disposies da seo 45.15 do RBAC 45, toda pea para reposio ou para modificao produzida segundo um Atestado de Produto Aeronutico Aprovado APAA, emitido de acordo a seo 21.303 do RBAC 21, deve ser marcada de modo permanente e legvel com as seguintes informaes:

    (1) As letras ANAC-PAA ou CTA-PAA;

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    (2) O nome, a marca patenteada ou smbolo do detentor do APAA; (3) Nmero da pea; e (4) O nome e a designao de cada produto de tipo certificado no qual a pea pode ser

    instalada.

    (b) Se a ANAC considerar que a pea muito pequena ou que, por qualquer motivo, impraticvel marc-la com todas as informaes requeridas em 3.9 (a) deste MPR, aceitvel a colocao de uma etiqueta na pea ou na embalagem da mesma contendo as informaes no marcadas na pea.

    3.10 Placa de identificao de componentes (exceto motor e hlice)

    3.10.1 Sistema de identificao

    (a) De acordo com a seo 45.14 do RBAC 45, todo componente crtico que tenha vida limite, Time Between Overhaul TBO, Hard Time HT, Condition Monitoring CM, On Condition OC ou outras limitaes de aeronavegabilidade especificadas (intervalo entre inspees fixado ou outro procedimento similar) no Manual de Manuteno do Fabricante ou nas Instrues para Aeronavegabilidade Continuada deve ser identificado, obrigatoriamente, atravs de placa do fabricante contendo o seu nmero de identificao (P/N) e o seu nmero de srie (S/N).

    (b) Componentes crticos para serem utilizados como peas de reposio ou modificao, em aeronaves registradas no Brasil, ou nos motores ou hlices destas aeronaves, devem estar identificados com um nmero de identificao (P/N) e um nmero de srie (S/N).

    (c) Artigos com aprovao Ordem Tcnica Padro OTP da ANAC devem estar marcados de acordo com a subparte O do RBAC 21 e quaisquer outras marcaes especificadas na OTP.

    (d) Peas e materiais a serem utilizados para reposio ou modificao de aeronaves registradas no Brasil devem estar identificados por um Part Number P/N e com o nome ou a marca registrada do fabricante. A aprovao da Autoridade de Aviao Civil deve conter informaes a respeito do modelo do produto com tipo certificado pela ANAC para qual a pea ou material elegvel para instalao. Produtos fabricados de acordo com a subparte O do RBAC 21 no esto sujeitos a este requisito, pois o modelo elegvel estabelecido no momento da instalao.

    (e) Os produtos devem ser acompanhados pelos registros de manuteno equivalentes queles especificados na seo 91.417 do RBHA/RBAC 91 para refletir o status das inspees requeridas, vida limite, etc.

    3.10.2 Sistema de reidentificao de componentes

    (a) Um componente poder ser reidentificado pelo prprio fabricante ou seu sucessor (na inexistncia deste fabricante) desde que se efetue a reviso geral do mesmo e proceda sua reidentificao de acordo com o controle de qualidade do fabricante.

    (b) A ANAC dever ser consultada para os casos de reidentificao de componente somente

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    em caso de inexistncia do seu fabricante/sucessor.

    3.10.3 Diretrizes de Aeronavegabilidade

    Todas as DAs aplicveis ao componente reidentificado devem ser cumpridas e registradas.

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    CAPTULO 4 - VISTORIA TCNICA DE AERONAVE

    4.1 Informaes gerais

    (a) Vistoria conduzida por INSPAC AERONAVEGABILIDADE ou Profissional Credenciado em Aeronavegabilidade - PCA com o propsito bsico de avaliar as condies de aeronavegabilidade de uma aeronave. Esta avaliao se d atravs da verificao da situao do histrico de sua manuteno, tanto atravs da inspeo fsica quanto pela conferncia de toda sua documentao aplicvel, e do cumprimento de todos os requisitos tcnicos e legais previstos no CBAer, nos RBHA/RBAC e nas Instrues de Aviao Civil IAC/Instrues Suplementares IS aplicveis manuteno e operao pretendida da aeronave.

    (b) Os INSPAC ou PCA designados para uma vistoria de aeronave apresentaro ao rgo responsvel pela execuo, aps o seu trmino, os laudos pertinentes com parecer conclusivo e lavrado conforme os padres estabelecidos neste MPR, para que possam ser tomadas todas as medidas cabveis, bem como ser providenciado o arquivamento de toda a documentao afeta.

    (c) Os INSPAC ou PCA, aps a realizao de uma vistoria de aeronave, emitiro, se aplicvel, um Resumo de No Conformidades RNC, conforme o formulrio F-100-36, para conhecimento da real situao tcnica da aeronave por parte do operador. O RNC um documento informal que, no caso de vistoria realizada por INSPAC, ser ratificado ou retificado atravs de documento oficial emitido pelo rgo da ANAC responsvel pela execuo da vistoria. Para vistoria realizada por PCA, ver as Notas dos itens 5.7 e 6.7 deste MPR.

    (d) Uma vistoria atesta to somente que os itens inspecionados esto em condies tcnicas satisfatrias e em conformidade com a regulamentao em vigor no momento em que foram verificados e, portanto, no assegura o bom desempenho posterior dos mesmos.

    (e) Com o objetivo de cumprir o estabelecido no Documento no 9760 da OACI, nas vistorias para a obteno do primeiro Certificado de Aeronavegabilidade (VTI) ou para obteno de novo Certificado de Aeronavegabilidade aps cancelamento ou vencimento do anterior, exigida a comprovao do Voo de Teste (Flight Test) da aeronave, de modo a comprovar as suas reais condies de aeronavegabilidade.

    (f) Aps uma anlise tcnica, caso os INSPAC ou PCA julguem necessrio a realizao do Voo de Teste (Flight Test) para os demais tipos de vistoria, este parecer dever constar do laudo pertinente para que o rgo responsvel pela vistoria informe ao operador atravs de documento oficial.

    (g) O Voo de Teste (Flight Test) deve ocorrer at 60 (sessenta) dias antes da realizao da VTI ou da VTE. A responsabilidade pela realizao deste voo do operador da aeronave, podendo, se assim julgar necessrio, solicitar o auxlio de empresas certificadas segundo o RBAC 145 para o acompanhamento e assessoramento quanto aos testes necessrios.

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    4.2 Objetivos da vistoria tcnica de aeronave

    (a) Verificao das condies de aeronavegabilidade da aeronave no momento da sua realizao.

    (b) Verificao de toda a documentao tcnica e legal da aeronave, conforme previsto na legislao pertinente (CBAer, RBHA/RBAC, IAC/IS, etc.).

    (c) Avaliao, atravs de uma inspeo fsica, do estado geral da aeronave, seus sistemas, equipamentos e instrumentos instalados.

    (d) Comparao do estado geral da aeronave, seus sistemas e equipamentos com os registros de operao e de manuteno apresentados.

    (e) Quando tecnicamente julgado necessrio pelos INSPAC ou PCA, verificao do funcionamento do grupo motopropulsor, confirmando o seu bom funcionamento pela indicao dos instrumentos de bordo.

    (f) Verificao do funcionamento dos sistemas de comunicao e de navegao da aeronave quanto clareza, indicao, sensibilidade e preciso.

    (g) Quando tecnicamente julgado necessrio pelos INSPAC ou PCA, verificao de qualquer outro sistema, equipamento ou instrumento instalado na aeronave.

    (h) Constatao da conformidade da aeronave, do motor e da hlice com suas especificaes aprovadas (Especificao de Aeronave EA, de Motor EM e de Hlice EH, Type Certificate Data Sheet TCDS ou documentao equivalente).

    (i) Verificao quanto incorporao de todas as Diretrizes de Aeronavegabilidade aplicveis aeronave, ao motor, hlice e aos componentes.

    (j) Verificao quanto ao cumprimento do Programa de Manuteno da aeronave, do motor, da hlice e dos componentes, bem como de todos os Programas Especiais de Manuteno: Corrosion Prevention and Control Program CPCP, Programa de manuteno de aeronaves geritricas AGING, Supplemental Structural Inspection Document SSID, etc.

    (k) Verificao quanto rastreabilidade de todos os componentes controlados da aeronave, do motor e da hlice, bem como daqueles no controlados quando julgado necessrio pelos INSPAC ou PCA.

    (l) Verificao quanto validade e atualizao da pesagem da aeronave e aprovao de sua configurao interna.

    (m) Comprovao quanto aplicabilidade e aprovao de todas as modificaes e reparos incorporados aeronave, ao motor, hlice e aos componentes.

    (n) Verificao da placa de identificao da aeronave, do motor, da hlice e dos componentes quanto ao cumprimento dos requisitos do RBAC 45.

    (o) Verificao da pintura das marcas de nacionalidade e matrcula da aeronave quanto ao cumprimento dos requisitos do RBAC 45.

    (p) Verificao quanto existncia da placa com as marcas de nacionalidade e matrcula,

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    que deve ser construda em material prova de fogo, conforme previsto na seo 45.30 do RBAC 45.

    (q) Verificao quanto existncia da placa com o indicativo de chamada da aeronave (marcas de nacionalidade e matrcula) no painel frontal aos assentos dos pilotos, visando ao cumprimento da ICA 100-12 do DECEA.

    (r) Verificao do Relatrio do Voo de Teste (Flight Test), de acordo com o previsto nos itens 4.1 (e) a 4.1 (g) deste MPR.

    (s) Conferncia de toda a documentao obrigatria da aeronave, de acordo com a legislao em vigor.

    (t) Preenchimento do Laudo de Vistoria de Aeronave.

    (u) Com o objetivo de facilitar a compreenso dos procedimentos necessrios e auxili-lo na preparao da aeronave para a realizao de uma vistoria tcnica, o operador deve consultar a Lista de Verificao de Vistoria de Aeronave (F-100-34), disponvel na pgina da ANAC na internet.

    4.3 Tipos de Vistoria Tcnica de Aeronave

    Informaes complementares sobre os tipos de vistoria podero ser consultadas nos Captulos 5 e 6 deste MPR.

    4.3.1 Vistoria Tcnica Inicial VTI

    aquela realizada em uma aeronave antes da concesso do primeiro Certificado de Aeronavegabilidade, de acordo com a Subparte H do RBAC 21. Pode ter origem nas seguintes situaes:

    (a) Aeronave nova fabricada no Brasil;

    (b) Aeronave importada para o Brasil; e

    (c) Aeronave oriunda das Foras Armadas.

    4.3.2 Vistoria Tcnica Especial VTE

    aquela realizada em uma aeronave em decorrncia de fatos aleatrios ou no, mas suficientemente importantes para determinarem sua realizao. Poder ter origem nas seguintes situaes:

    (a) Revalidao de CA, por vencimento do anterior, se aplicvel;

    (b) Mudana ou incluso de categoria de registro, se aplicvel;

    (c) Mudana de operador, para aeronave que opere segundo o RBAC 121 ou o RBAC 135 (verificar 6.2 (c) deste MPR);

    (d) Mudana de marcas de nacionalidade e matrcula;

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    (e) Reidentificao de aeronave, motor ou hlice;

    (f) Mudana de configurao interna e/ou incorporao de grandes modificaes (CST, SEGVOO 001 (F-400-04));

    (g) Determinao judicial;

    (h) Solicitao da Polcia Federal, da Receita Federal ou da Autoridade Sanitria;

    (i) Denncia devidamente analisada;

    (j) Informaes consistentes de INSPAC ou PCA; e

    (k) Necessidade de verificao das condies de aeronavegabilidade da aeronave, de acordo com a prerrogativa contida no pargrafo 21.181(b) do RBAC 21.

    4.4 Apoio tcnico para realizao de vistoria de aeronave

    (a) Para execuo de uma vistoria de aeronave, o operador deve fornecer aos INSPAC ou PCA todas as facilidades tcnicas necessrias e irrestrito acesso aeronave, a toda documentao relacionada sua manuteno, aos manuais tcnicos dos fabricantes e aos registros requeridos pelas sees 91.417, 135.439 e 121.380 dos RBHA/RBAC 91, 135 e 121, respectivamente, conforme aplicvel.

    (b) Todo o material correspondente deve ser adequado aeronave vistoriada, bem como estar em bom estado de conservao e legibilidade, a fim de evitar dvidas do seu contedo e forma.

    (c) A vistoria realizada, em princpio, em empresa certificada para o modelo da aeronave.

    (d) A aeronave importada que necessite ser submetida a servios de manuteno, manuteno preventiva, reparo ou modificao, inclusive montagem (no caso de ter sido importada desmontada), no pode ser vistoriada caso no tenha tido os necessrios servios registrados em caderneta por empresa certificada no Brasil.

    4.5 Padronizao para registro de vistoria em caderneta

    (a) Aps a aprovao de uma aeronave durante a VTI ou VTE, obrigatrio o registro da vistoria na respectiva Caderneta de Clula, que tem por objetivo fazer constar, de forma perene, a vistoria realizada na documentao da aeronave, podendo ser feito atravs dos seguintes meios alternativos:

    (1) Etiqueta adesiva. Poder ser utilizado o texto padronizado impresso em etiqueta adesiva, atravs de processo computadorizado ou convencional, devendo obedecer ao modelo padronizado constante no F-100-40. Os INSPAC ou PC devem assinar nos campos previstos e rubricar na parte lateral da etiqueta, abrangendo tambm a caderneta.

    (2) Carimbo. Poder ser utilizado o texto padronizado por meio de carimbo, devendo o seu contedo obedecer ao modelo padronizado constante no F-100-40.

    (3) Manuscrito. Na impossibilidade da utilizao de etiqueta adesiva ou de carimbo, poder ser utilizado o processo manuscrito, devendo ser copiado o texto padronizado

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    constante no F-100-40, em letras de imprensa, com caneta esferogrfica na cor azul.

    (4) Via documental. Na impossibilidade de ser efetuado o registro da aprovao da aeronave no ato da vistoria, em razo da existncia de no conformidades, e a aeronave venha a ser posteriormente considerada APROVADA, atravs de Laudo Complementar de Vistoria de Aeronave, encaminhado um ofcio ou fax informando da aprovao ao operador, conforme o modelo constante no F-100-41. Aps o recebimento do ofcio ou fax, o operador deve providenciar o lanamento do resultado da vistoria na respectiva Caderneta de Clula, devendo o referido documento ser mantido para comprovaes futuras.

    (b) Caso o operador de uma aeronave seja isento de possuir Caderneta de Clula, de acordo com a regulamentao em vigor, o registro da vistoria pode ser efetuado no respectivo Dirio de Bordo.

    (c) Para as aeronaves vistoriadas pela Gerncia-Geral de Certificao de Produto Aeronutico GGCP para emisso do respectivo CAARF, alm do registro na Caderneta de Clula, obrigatrio o registro da vistoria nas respectivas cadernetas de motor e de hlice, conforme aplicvel, devendo obedecer ao modelo padronizado constante no F-100-42.

    4.6 Resultado de vistoria de aeronave

    (a) O Laudo de Vistoria de Aeronave (F-100-39) elaborado pelos INSPAC ou pelo PC no dia de concluso da VTI ou VTE, conforme aplicvel, refletindo a real situao tcnica da aeronave, AERONAVEGVEL ou NO AERONAVEGVEL.

    (b) O rgo que realizou a VTI ou VTE informa ao operador, atravs de documento oficial, o resultado da vistoria realizada na aeronave, APROVADA ou NO APROVADA, conforme tenha sido considerada aeronavegvel ou no aeronavegvel, respectivamente, e todas as no conformidades constatadas com seus respectivos prazos de correo, se aplicvel.

    (c) Para aeronave que tenha sido considerada APROVADA, providenciada, imediatamente, a atualizao das telas do SIAC, do Sistema de Vistoria de Aeronave SVA e da documentao no SIGAD.

    (d) Para aeronave que tenha sido considerada NO APROVADA e as correes das no conformidades constatadas sejam passveis de comprovaes documentais, no sendo necessria a realizao de nova vistoria fsica, providenciada imediatamente a atualizao das telas do SIAC, do SVAe da documentao no SIGAD. O operador tem um prazo de at 90 (noventa) dias, contados da data de concluso da vistoria, para comprovao de correo das respectivas no conformidades. A no comprovao de correo das mesmas dentro do prazo estabelecido implica, necessariamente, a realizao de uma nova vistoria, de acordo com o estabelecido em 4.6 (h) deste MPR.

    (e) Quando da remessa dos documentos de comprovao de correo das no conformidades constatadas na vistoria, de acordo com o estabelecido em 4.6 (d) deste MPR, o operador deve anexar a esta documentao uma declarao da empresa certificada que realizou os referidos servios informando que, da data da vistoria at a data da remessa dos documentos, no ocorreu o vencimento:

    (1) de nenhuma Diretriz de Aeronavegabilidade;

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    (2) de nenhuma tarefa do Programa de Manuteno; (3) de nenhum componente com vida limite ou controlado; e (4) de qualquer outra exigncia de aspecto tcnico, operacional ou regulamentar.

    (f) Caso a anlise da documentao apresentada tenha obtido parecer favorvel dos vistoriadores, elaborado um Laudo Complementar de Vistoria de Aeronave (F-100-38), considerando a aeronave AERONAVEGVEL, e providenciada, imediatamente, a atualizao das telas do SIAC, SVAe da documentao no SIGAD. Para esta aeronave, a data do Laudo Complementar de Vistoria de aeronave a data referencial para a validade da IAM ou Relatrio de Condio de Aeronavegabilidade RCA e do CA.

    (g) A aeronave que tenha sido considerada NO APROVADA na vistoria e no aeronavegvel no laudo complementar tem o respectivo processo encerrado. Caso tenha interesse na realizao de uma nova vistoria, o operador dever apresentar um novo pedido de vistoria e efetuar o pagamento de uma nova taxa de servio.

    (h) Para aeronave que tenha sido considerada NO APROVADA e as correes das no conformidades constatadas no sejam passveis de comprovaes documentais, sendo necessria a realizao de nova vistoria fsica, o rgo que realizou a vistoria atualiza, imediatamente, as telas aplicveis do SIAC, do SVA e da documentao no SIGAD, para que a situao tcnica irregular da aeronave seja de conhecimento geral dos demais rgos da ANAC. Neste caso, aps a correo de todas as no conformidades, o operador deve apresentar um novo pedido de vistoria e efetuar o pagamento de uma nova taxa de servio.

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    CAPTULO 5 - VISTORIA TCNICA INICIAL VTI

    5.1 Procedimentos Gerais

    (a) O proprietrio ou operador deve requerer ao RAB uma reserva de Marcas para a aeronave, com o objetivo de preparao desta para a realizao da VTI.

    (b) Os operadores de aeronaves devem solicitar a VTI atravs do Painel de Vistorias, disponvel na Internet em https://sistemas.anac.gov.br/saci/sva/agendamentoVistoria/index.asp. As informaes sobre a aeronave, assim como da vistoria e o comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalizao da Aviao Civil correspondente , se aplicvel, so lanadas no prprio Painel de Vistorias.

    (c) As vistorias das aeronaves que sero operadas de acordo com o RBAC 135 ou 121 esto inseridas na fase 4, de acordo com a IS 119-001. Portanto, para que a vistoria seja agendada necessrio que a fase 3 (avaliao de documentos) esteja concluda.

    (d) Nos casos em que o agendamento pelo Painel de Vistorias no for aplicvel, conforme Passo a Passo de instrues constante do mesmo, a VTI deve ser solicitada pelo envio do formulrio F-100-37 para o endereo eletrnico [email protected].

    (e) O operador deve agendar a vistoria em data na qual a aeronave realmente estar disponvel para vistoria e em condio aeronavegvel. Toda a documentao tcnica deve estar em ordem e em dia.

    (f) A no realizao da vistoria no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, por fora de ao ou omisso do requerente, contados a partir do cadastramento do Pedido no Painel de Vistoria online, ou do recebimento do Pedido de Vistoria, conforme aplicvel, implica no cancelamento do Pedido de Vistoria. O cancelamento do processo de vistoria implica na necessidade de novo pedido, incluindo pagamento de novas taxas.

    (g) Aps a realizao de VTI em uma aeronave, o rgo executor atualiza as telas do SACI aplicveis. Consequentemente, para a aeronave que tenha sido considerada APROVADA, o operador deve solicitar ao RAB a emisso dos Certificados de Matrcula e de Aeronavegabilidade, conforme aplicvel. Para a aeronave que tenha sido considerada NO APROVADA, o operador poder solicitar ao RAB somente a emisso do Certificado de Matrcula, desde que cumpra todos os requisitos legais previstos para emisso do mesmo.

    (h) Caso a aeronave se encontre aeronavegvel e sem restries junto ao RAB, o proprietrio ou operador pode solicitar ao rgo que vistoriou a aeronave (ou solicitou vistoria a ser realizada por credenciado) a emisso de um Certificado de Aeronavegabilidade com validade de 60 (sessenta) dias, desde que o RAB tenha emitido o Certificado de Matrcula Provisrio ou o Certificado de Nacionalidade e Matrcula definitivo. Nesse perodo, o operador deve providenciar junto ao RAB a regularizao definitiva da aeronave e, consequentemente, receber o Certificado de Aeronavegabilidade definitivo.

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    5.2 Tipos de Vistoria Tcnica Inicial

    (a) Emisso de CAARF aeronave nova fabricada no Brasil. Procedimentos detalhados para emisso de CAARF esto descritos no Captulo 11 deste MPR.

    (b) Nacionalizao - aeronave importada para o Brasil. Para os processos de nacionalizao adicionalmente cumprem-se os seguintes procedimentos:

    (1) Aps o cumprimento das exigncias legais junto ao RAB, de acordo com o 1o do art. 109 do CBAer, o operador dever solicitar a VTI da aeronave ANAC, de acordo com os critrios estabelecidos nos itens 5.1 (a) a (h) deste MPR. Recomenda-se que o operador realize simultaneamente os procedimentos para a inspeo da aeronave na Receita Federal, se aplicvel, para atender as exigncias da Autoridade Fazendria e permitir a emisso do certificado de aeronavegabilidade definitivo.

    (2) De acordo com a seo 21.183 do RBAC 21, toda aeronave a ser importada para o Brasil deve vir acompanhada de um Certificado de Aeronavegabilidade para Exportao (ou documento equivalente), emitida pela Autoridade de Aviao Civil do pas exportador. Este certificado deve atestar a conformidade com o projeto de tipo brasileiro (vide IS 21-010).

    (3) As aeronaves usadas e que sejam afetadas pelos programas CPCP, AGING, SSID e outros de concepo geritrica, bem como as aeronaves enquadradas nas restries de rudo do RBAC 36, realizam, preferencialmente, a VTI no exterior. Esta vistoria deve ser solicitada Superintendncia de Aeronavegabilidade SAR/GGAC de acordo com o estabelecido em 5.4 deste MPR, e tem como objetivo principal evitar a exportao para o Brasil de aeronaves sem condies de aeronavegabilidade e de difcil regularizao tcnica.

    (4) No caso de aeronaves operando segundo o RBAC 121, aps o agendamento no Painel de Vistorias, cpia do Certificado de Aeronavegabilidade para Exportao CAE da aeronave, conforme aplicvel, deve ser enviada GGAC, preferencialmente para o endereo eletrnico [email protected]. A apresentao do CAE dever ser atravs do e-mail [email protected], at a sexta-feira da semana anterior vistoria.

    (5) Para realizao de VTI de aeronave no exterior, de acordo com os critrios estabelecidos em 5.4 deste MPR, o operador deve encaminhar o pedido de vistoria diretamente GGAC.

    (c) Civilizao - Converso de aeronave oriunda das Foras Armadas para a aviao civil. Para os processos de civilizao adicionalmente cumprem-se os seguintes procedimentos:

    (1) A aeronave oriunda das Foras Armadas, para que possa operar na aviao civil brasileira, deve passar por um processo de civilizao e posteriormente realizar uma VTI. A VTI dever ser realizada por equipe conjunta da GGCP e GGAC.

    (2) A aeronave cujo modelo ou nmero de srie no seja certificado ou no seja isento de certificao no Brasil deve obter um Certificado de Tipo CT junto GGCP.

    (3) A aeronave cujo modelo seja certificado ou isento de certificao no Brasil deve ser apresentado pelo fabricante e/ou pela organizao militar, conforme o caso, um Relatrio de Diferenas Tcnicas para Civilizao de Aeronaveque permita identificar as diferenas operacionais, diferenas de configurao da aeronave, diferenas na manuteno a que ela foi submetida, em relao ao que requerido para as aeronaves de mesmo tipo que operam na aviao civil brasileira.

    (4) Um Relatrio de Diferenas Tcnicas para Civilizao de Aeronave deve listar:

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    (i) Diferenas Operacionais alm dos limites operacionais ou envelope de voo aprovados, como pesos mximos de decolagem e pouso, aceleraes mximas durante manobras, etc;

    (ii) Modificaes incorporadas que no so previstas pelo fabricante e no so aprovadas pela ANAC;

    (iii) Componentes ou partes instaladas que no so previstos pelo fabricante ou aprovados pela ANAC;

    (iv) Reparos incorporados que no so previstos pelo fabricante e no so aprovados pela ANAC;

    (v) Lista de boletins de servio (ou documentos equivalentes que podem auxiliar na verificao do cump