multirresistência uma problemática na saúde pública brasileira
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I Seminário de Controle de Infecção em Neonatologia Brasília, 6 de maio de 2014. Multirresistência uma problemática na Saúde Pública Brasileira Estratégias para o Controle de Bactérias MR Abordagem em UTI Neonatal Roseli Calil Hospital da Mulher CAISM/UNICAMP www.paulomargotto.com.br. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Multirresistência uma problemática na Saúde
Pública Brasileira
Estratégias para o Controle de Bactérias MR
Abordagem em UTI Neonatal
Roseli Calil Hospital da Mulher CAISM/UNICAMP
www.paulomargotto.com.br
I Seminário de Controle de Infecção em NeonatologiaI Seminário de Controle de Infecção em NeonatologiaBrasília, 6 de maio de 2014Brasília, 6 de maio de 2014
BactériasFungosVirus...
Noticias do Brasil -2013
• Infecção hospitalar13/06/2013
• Estado lança plano de contingência para conter bactérias multirresistentes
• Fato ocorre um dia após o fechamento da UTI Neonatal do Hospital Universitário de Santa Maria
Rio Grande do Sul 2013
• Na quarta-feira 12/06, a UTI neonatal do Hospital Universitário de Santa Maria foi fechada após a confirmação da infecção de um bebê pela bactéria multirresistente KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).
• Nos últimos meses, dois hospitais de Porto Alegre, Nossa Senhora da Conceição e Santa Casa de Misericórdia, registraram pacientes com NDM (New Delhi Metallo-beta-lactamase), outra bactéria multirresistente inédita no Brasil.
• Agora, pela primeira vez no Estado, um paciente já falecido teve detectado uma terceira bactéria da mesma família das enterobactérias: a OXA-48, já identificada no País. O caso ocorreu no Conceição.
• A Secretaria Estadual da Saúde anuncia um Plano de Contingência para Bactérias Multirresistentes. A intenção é divulgar regras de prevenção e combate à infecção em estabelecimentos públicos e privados do Rio Grande do Sul.
GERMES MULTRESISTENTES
• Incidência: variável
• Unidades terciárias maior incidência: maior uso de dispositivos e antibiótico
UTI pediátrica e neonatal:
• < 4% de VRE e MRSA
• 10 – 24% de colonização por BGN resistente a CAZ ou aminoglicosídeo
• < 3% de ESBL
Bactérias Multirresistentes em Neonatologia
• Staphylococcus aureus (MRSA)
• Staphylococcus coagulase negativa (20% de cepas sensíveis)
• Klebsiella pneumoniae (ESBL)
• Enterobacter cloacae
Mecanismos de Resistência
Nova Bactéria Resistente
Mutação
XX
Emergência de Resistência aos Antimicrobianos
Bactéria Suscetivel
Bactéria Resistente
Gen de transferência de Resistência
CDC prevention
Raras Cepas Resistentes
xx
Cepas Resistentes Dominantes
Exposição aos antibióticos
xxxx
xx
xx
xx
Seleção de Cepas Resistentes aos Antibióticos
CDC prevention
Introdução de microrganismos multirresistentes nas instituições
Os microrganismos multirresistentes são introduzidos nas instituições de duas
formas principais:
• Por pacientes colonizados e/ou infectados por microrganismos multirresistentes;
• Devido à pressão seletiva ocasionada pelo uso de antimicrobianos.
• Os patógenos gram-positivos (MRSA e VRE) são mais relacionados à presença de pacientes colonizados/infectados, enquanto os bacilos gram-negativos (Klebsiella spp., Pseudomonas spp., Acinetobacter spp.) são mais associados à pressão seletiva pelo uso de antimicrobianos, apesar da transmissão entre pacientes também ocorrer e estar relacionada a surtos no ambiente hospitalar
Resistência aos Antimicrobianos: Estratégias Chaves de Prevenção
Otimizaro uso
PrevenirTransmissão
PrevenirInfecção
Diagnósticoefetivo& Tratamento
PathogenAntimicrobial-Resistant Pathogen
Resistênciaaos
antibióticos
Uso de Antibióticos
Infecção
Patógenos Suscetíveis
Uso Racional de AntibióticosSaber quando dizer “não” as
Cefalosporinas e a Vancomicina
Fato: Não cessar o uso quando tratamento com antimicrobiano é desnecessário contribui para uso exagerado e resistência.
Ações: Quando infecção é curada Quando culturas são negativas e infecção não
confirmada Quando é descartado o diagnóstico de infecção
CDC Prevention
Uso Racional de Antibióticos Step 10: Parar tratamento
antimicrobiano
Staphylococcus aureus
Epidemiologia:
• Podem fazer parte da flora normal, colonizando vias aéreas anteriores e diversas partes do corpo
• Portadores podem transmitir S.aureus
• Transmissão: pessoa a pessoa - mãos, secreção nasal, gotículas
Staphylococcus aureus
Epidemiologia:• Fatores predisponentes: cateter vascular, prótese de válvulas
cardíacas, shunts (DVP, DVE)
** 53% das BSI por S. aureus foram associadas a cateter
** 23,5% das BSI por S. aureus foram associadas
ao PICC
CCIH CAISM/UNICAMP
Staphylococcus aureus Medidas de Controle
Precaução de contato• RN infectados ou colonizados por MRSA• Impetigo - até 24 horas do início do antibiótico• Outras lesões expostas
Precaução Padrão – meningite e sepse
Higiene das mãos: respeitar os cinco momentos da higienização.
Staphylococcus aureus
Medidas de Controle – Situações de surtos• Evitar as situações de superlotação
• Manter proporção de funcionários/clientes ** Priorizar ações na assistência
• Identificar portadores/tratamento com mupirocina?
• Banho com clorexidina do RN
• Cohort de RN infectados
S. aureus
Penicilina
[1950s]
Penicilina-resistência
S. aureus
Evolução de Resistência do S aureus aos antimicrobianos
Methicillin
[1970s]
Methicillin-resistência
S. aureus (MRSA)
Vancomycina-resistência
Enterococo (VRE)
Vancomicina
[1990s]
[1997]
Vancomicina
resistênciaintermediária
S. aureus (VISA)
[ 2002 ]S. aureus
resistente a Vancomicina
Staphylococcus aureus - MRSA
Fatores de risco • Hospital terciário com pacientes idosos, unidade de
queimados, pacientes cirúrgicos• Uso de cateter central por tempo prolongado• Uso prévio de antibiótico• Proximidade de paciente com MRSA• Visitantes e profissionais de saúde colonizados ou
infectados por esta bactéria
* MSSA é tão virulento quanto MRSA?
Staphylococcus aureus - MRSA
Fatores de risco associado com aquisição de MRSA
• Nascimento prematuro, baixo peso, problemas respiratórios• Imunodeficiência• Uso de antibióticos• Longo tempo de hospitalização • Infecções do trato respiratório• Procedimentos cirúrgicos
(Haley et al.1995, Pujol et al. 1996, Corbella et al. 1997,
Villariet al. 1998).
MRSA – Fatores de Risco
• Taxa de ocupação > 85% aumenta o risco para MRSA e outras infecções
• “Superlotação e número reduzido de profissionais na assistência aumenta a incidência de infecções por MRSA”
Adesão a higienização de mãos e limpeza do ambienteAdesão as boas práticas nos procedimentos invasivos
Dificuldade em estabelecer as precauções de contato em portadores
Staphylococcus aureus Virulência e resistência bacteriana
Na maioria das vezes, a infecção por
patógeno multirresistente tem manifestação
clínica similar e virulência comparável à
infecção por patógeno sensível, entretanto,
estudos recentes mostram uma associação
de infecções por bactérias multirresistentes e
o aumento de morbidade e mortalidade,
notadamente com MRSA.
Staphylococcus aureus Virulência e resistência bacteriana
Recentes estudos demonstram índices de mortalidade significativamente mais altos em pacientes que desenvolvem bacteremia por MRSA, do que por Staphylococcus aureus sensível à meticilina (MSSA). Rubin e colaboradores apontaram índices de mortalidade 2,5 vezes maior nos casos de infecções por MRSA (21%) do que por MSSA (8%).
Descolonização MRSA
• O regime ótimo ainda não está determinado, pode ter algumas variações de orientação
• Descolonização nasal – mupirocin 2% 2 vezes ao dia durante 5 dias*
* Uso recorrente pode levar ocorrencia de resistencia ao produto
• Banho com clorexidine durante 7 dias
Staphylococcus coagulase negativa:
11 especies
• Staphylococcus epidermidis - mais frequente
Epidemiologia
• Coloniza pele e mucosa
• Transmissão pessoa a pessoa
• Infecção geralmente resulta da invasão endógena de uma cepa colonizante
Infecções Por Gram Positivos
Fatores predisponentes: cateter vascular, prótese
de válvulas cardíacas, shunts (DVP, DVE)
• CAISM 2003 – 66,7% (16/24) das BSI por Staphylococcus coagulase negativa foram associadas a presença de PICC
CCIH CAISM/UNICAMP
Staphylococcus coagulase negativa:
Prevenção• Higiene das mãos antes e após a manipulação do
cliente• Cuidados com acesso venoso central e periférico
- Inserção- Manipulação- Troca de curativo- Preparo de soluções EV
lactamases de espectro estendido (ESBLs)
• Embora estas enzimas terem sido identificadas em várias espécies bacterianas como Pseudomonas aeruginosa e Enterobacer spp.
CLSI preconiza a realização do teste fenotipico pelos
laboratórios para: • Klebsiella pneumoniae• Klebsiella oxytoca• E.coli• Proteus mirabilis, isolados em líquidos estéreis como LCR
lactamases de espectro estendido (ESBLs)
• Estas enzimas hidrolisam todos os - lactâmicos, à excecão dos Carbapenens e cefamicinas.
• A Cefoxitina é uma cefamicina, porém seu uso não é recomendado para o tratamento de infecções por ESBL pelo risco de falha terapêutica, devido a produção concomitante desta cepas ESBL como a produção de lactamases do grupo 1 (AmpC) e/ou da perda de porinas, levando a uma redução de permeabilidade de membrana externa
lactamases de espectro estendido (ESBLs)Implicações Terapêuticas
Antibióticos não beta –lactâmicos como aminoglicosídeos e fluoquinolonas, não sofrem hidrólise por esta enzima, podendo ser alternativas terapêuticas, dependendo do antibiograma
lactamases de espectro estendido (ESBLs)Implicações Terapêuticas
• Inibidores de lactamases – tem atividade in vitro contra ESBL, porém seu uso não está estabelecido
• Pode haver resistência por outros mecanismos
• Portanto tratamento = Carbapenens (Imipenen,meropenen, ertapenen)
Produtores de lactamases (Amp C)
• As amostras bacterianas pertencentes aos gêneros:• Citrobacter• Enterobacter• Morganela• Serratia• Proteus vulgaris• São reconhecidos como produtores de lactamases do
grupo 1 (ampC) Produção induzida frente a exposição a lactâmicos como Ceftazidima ou Ceftriaxona
Produtores de lactamases (Amp C)Implicações Terapêuticas
• Enzima codificada pelo gene Ampc
• Produção induzida pelo uso de lactâmicos
• Hidrólise de Ceftazidima e Ceftrixona
Produtores de lactamases (Amp C)Implicações Terapêuticas
• O CLSI não preconiza teste fenotípico específico para detecção de amostras produtoras Amp C
• Enterobacter, Citrobacter e Serratia podem desenvolver resistência durante terapias prolongadas com cefalosporinas de terceira geração
• Bactérias sensíveis ao teste podem tornar-se resistente, colher cultura de controle durante tratamento
Produtores de lactamases (Amp C)Implicações Terapêuticas
Opção terapêutica:
• Aminoglicosídeos
• Cefalosporinas de quarta geração
• Carbapenens
• Quinolonas, evitar em recém-nascidos e crianças.
Aprendendo com o surtos... São PauloKlebsiella pneumoniae ESBL
• Unidade Semi-intensiva neonatal/instituição ligada a um hospital universitário • Duração – 6 meses• 36 RN acometidos: • 7 infecções e 29 colonizados
Controle do surto: Identificação e tratamento de um profissional com onicomicose e que tinha as mãos contaminadas com Klebsiella pneumoniae ESBL
Fatores de Risco para colonização: • Uso de antibióticos: OR 12,3 (95%, CI: 3,6 - 41,2; P < 0,001)• Amamentação ao seio fator de proteção:OR = 0,22 (CI: 0,05-0,99; P = 0,049)
Cassetari VC et al JPediatr.2006;82(4):313-6
Aprendendo com o surtos... NigériaKlebsiella pneumoniae ESBL
• Surto em NICU em hospital terciário – Sepse• Duração – 6 meses (março a agosto de 2002)• 30 isolados de Klebsiella pneumoniae sendo:17 de pacientes e 13 do
ambiente.• 24 isolados tinham antibiograma identico (17 de pacientes, 7 de
profissionais de saúde, berço e superficie de incubadora)• Mortalidade durante o surto: 36,4% X 28,9% em 2002• Causa:
• Infecções causadas por uma cepa de Klebsiella pneumoniae ESBL trazida por um RN procedente de outro hospital
Aprendendo com o surtos... O que aprendemos
Rotina para o recebimento de RN procedentes de outros serviços
Triagem para MR, precaução de contato
• Cuidado com o cuidador, ele não pode ser colonizado por MR
• Papel da Limpeza concorrente e de equipamentos
• Cuidado no uso de luvas nas precauções – cuidado com o espaço em volta do leito
Fato: Profissionais da saúde podem espalhar patógenos resistentes aos antimicrobianos de paciente para paciente.
CDC Prevention
Previnir TransmissãoStep 12: Quebrar a cadeia
de contagio
Higienização das Mãos...
Estratégia fundamental
É quando pequenoque se aprende...
Cuidado no Uso de Luvas
• Use luvas somente quando indicado.
• Utilize-as antes de entrar em contato com sangue, líquidos corporais, membrana mucosa, pele não intacta e outros materiais potencialmente infectantes.
• Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente.
Cuidado no uso de Luvas
• Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo
• Troque quando esta estiver danificada.
• Quando estiver com luvas, nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas)
• Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos.
Aprendendo com o surtos... Rio de Janeiro Klebsiella pneumoniae ESBL
• Surto em NICU em hospital terciário – Sepse• Duração – Agosto 1997 a Maio de 1999• 464 admitidos, 383 triados• Infecção – 13 casos (3,4%)• Colonização – 206 (53,8%)
Fatores de risco independentes para colonização: • Associação nos primeiros 9 dias de vida de Aminoglicosídeo e
Cefalosporinas de terceira geração (HR = 4,6; 95% CI: 1,48 -14,3)• Tempo de permanência em UTI: aumento de 26,1% de colonização por dia de
NICU
(HR = 1,26; 95% CI: 1,16-1,37)Fatores de risco independentes para Infecção: • Colonização prévia (HR = 5,19) e Uso de Cateter Central (HR = 13,89)
Pessoa da Silva CL et al, Journal of hospital Infection (2003) 53: 198-206
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS INFECÇÕES POR GRAM-NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES EM
UNIDADE NEONATAL
A prolonged outbreak of Pseudomonas aeruginosa in a neonatal intensive care unit: did staff fingernails play a role in disease transmission?. Moolenaar et al. Braz J Infect Dis. 2003
• Surto – 11 meses • 46 casos IRAS por P aeruginosa – Infecção de Corrente
Sanguínea • 35% óbito• 15 cepas isoladas – Clone A• 3 isolados P.aeruginosa – Enfermeiras A B C • Unhas artificiais• Exposição às Enfermeiras A e B – Fator de Risco Independente
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS INFECÇÕES POR GRAM-NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES EM
UNIDADE NEONATAL
Contaminated feeding bottles: the source of an outbreak of Pseudomonas aeruginosa infections in a neonatal intensive care unit Sánchez-Carrillo et al. Am J Infect Control. 2009
• 1.9 episódios de IRAS/ 1000 paciente-dia (Agosto 2004) para 8.8 episódios/1000 patciente-dia (Setembro 2004)
• 9 amostras positivas P aeruginosa – mamadeiras preparadas de forma doméstica
An outbreak of Acinetobacter baumannii septicemia in a neonatal intensive care unit of a university hospital in Brazil . Von Dolinger de Brito. Braz J Infect Dis. 2005
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS INFECÇÕES POR GRAM-NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES EM
UNIDADE NEONATAL
11 neonatosICS – MDR Acinetobacter baumannii 3 Rns – óbitoRL – Uso prévio de CARBAPENEM Ventilação mecânica
ESTUDO DE COLONIZAÇÃO BACTERIANA ESTUDO DE COLONIZAÇÃO BACTERIANA EM RECÉM-NASCIDOS E CONTROLE DE EM RECÉM-NASCIDOS E CONTROLE DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES EM
BERÇÁRIO DE ALTO RISCO APÓS BERÇÁRIO DE ALTO RISCO APÓS INSTITUIÇÃO DE MEDIDAS DE INSTITUIÇÃO DE MEDIDAS DE
INTERVENÇÃOINTERVENÇÃO
Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher
Departamento de Pediatria – FCM Departamento de Pediatria – FCM
Universidade Estadual de Campinas Universidade Estadual de Campinas
Casuística e Métodos - Casuística e Métodos - Medidas de Medidas de IntervençãoIntervenção
• Substituição de gentamicina e ceftriaxona por
amicacina no tratamento empírico das infecções
• Vigilância de todos os pacientes internados e uso de
precauções de contato para aqueles colonizados por
bactérias multirresistentes
Estudo Longitudinal - Novembro Estudo Longitudinal - Novembro de 1995 a Abril de 1996de 1995 a Abril de 1996
324 pacientes colonizados:
• Staphylococcus coagulase negativa - 46,2%
• Streptococcus sp - 42,7%
• Escherichia coli - 41,0%
• Enterobacter cloacae - 33,0%
• Klebsiella pneumoniae - 29,5%
• Staphylococcus aureus - 26,9%
• Streptococcus agalactiae - 7,3%
Estudo Longitudinal – Estudo Longitudinal – Microorganismos MultirresistentesMicroorganismos Multirresistentes
• Staphylococcus aureus resistente à oxacilina -1,8%
• Pseudomonas aeruginosa resistente à aminoglicosídeo
- 0,3%
• Enterobacter aerogenes MR - 0,3%
• Enterobacter cloacae MR - 10,8%
Incidência de Colonização por Incidência de Colonização por Enterobacter cloacaeEnterobacter cloacae Multirresistente Multirresistente
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
E. cloacae
n = 342
Número de Pacientes Colonizados por Número de Pacientes Colonizados por E.cloacaeE.cloacae e e E. cloacaaeE. cloacaae MR MR
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Novem
bro
Dezem
bro
Janeir
o
Fever
eiro
Abril
Não MR MRCalil et al, AJIC 2001
Fatores de Risco para Colonização por Fatores de Risco para Colonização por Enterobacter cloacaeEnterobacter cloacae - Análise Multivariada - Análise Multivariada
• Nutrição parenteral - OR = 6,06 (2,21 - 16,63) p = 0,0005
• Uso de antibiótico- OR = 3,12 (1,30 - 7,48) p = 0,0106
• Alimentação enteral
-OR = 0,381 (0,15 - 0,96) p = 0,0417 Calil et al, AJIC 2001
Fatores de Risco para Colonização por Fatores de Risco para Colonização por Enterobacter cloacaeEnterobacter cloacae - Análise Multivariada - Análise Multivariada
Incluindo Alimentação EnteralIncluindo Alimentação Enteral
• Nutrição Enteral - Fator de Proteção
- OR = 0,381 (0,151 - 0,964) p = 0,0417
Pacientes em jejum têm 2,6 vezes mais chance de colonizar por E. cloacae MR
Calil et al, AJIC 2001
Quarta Fase - Vigilância das Infecções por Quarta Fase - Vigilância das Infecções por Bactérias Multirresistentes 1995 - 1999Bactérias Multirresistentes 1995 - 1999
• 1995 - 23% das IH com agente isolado foram causadas por bactérias multirresistentes: E. cloacae (14), Klebsiella sp (3) Staphylococcus aureus (1), Escherichia coli (1).
*Enterobacter cloacae - 17,9% (14/78)
1996 - 1999 - 2 casos ao ano
* Enterobacter cloacae - 3 casos Calil et al, AJIC 2001
Utilização de Cefalosporinas de 3ª Geração
0 50 100 150
1995
1996
1997Ceftriaxone
Ceftazidima
*
* p<0,001
Neo CAISM
Distribuição Percentual de Microorganismos Isolados em Infecções Hospitalares Adquiridas 1995-2001
Ano Bactérias gram-
negativa
Bactériasgram-
positiva
Fungos Total
1995 55,1% 37,2% 7,7% 78
1996 64,0% 34,7% 1,3% 75
1997 44,7% 54,0% 1,3% 76
1998 37,2% 62,7% – 43
1999 32,7% 61,8% 5,5% 55
2000 34,4% 60,7% 4,9% 61
2001 37,2% 62,8% – 43
Total 45,5% 51,3% 3,2% 431
Tabela 1 - Distribuição do número de indicações dos antibióticos eDDD /1000 pacientes-dia em 2002 e 2003
Antibiótico Indicações por ATB
2002
Indicações por ATB
2003
DDD 2002
DDD 2003
DDD p-valor
Oxacilina 134 176 79 88,7 0,02
Amicacina 165 215 93,9 123,9 <0,0001
Ampicilina 67 82 37,4 33,3 0,12
Vancomicina 21 36 27,5 34,26 0,006
Ceftriaxone 28 31 16,98 17,23 0,89
Cefalexina 36 40 42,97 17,3 < 0,0001
Cefazolina 30 25 9,8 5,58 0,0005
Imipenen 3 2 7,17 4,54 0,0000021
Indicações de antimicrobianos Neonatologia - CAISM
185
141
94
63
134
100
60
35
020406080
100120140160180200
A B C D
Grupos de Peso
% d
e is
ola
men
tos
em
hem
ocu
ltu
ra
ICS ICSCL
72,4%
70,9%
63,8%
55,5%,
Total de Infecção da Corrente Sanguínea Adquirida (ICSCL e Sepse Clínica) por grupo de pesoCAISM/UNICAMP 1997-2006
Agentes de Infeccção da Corrente Sanguínea CAISM 1997-2006
2%2%
33%
5%
28%4% 3% 1%
2%
2%
2%
5%
1%10%
Enterobacter spp
E.coli
Acinetobacterspp
P. aeruginosa
S.marscecens
K.pneumoniae
Outros Gram neg
S.epidermidis
Outros S.coag neg
S.aureus
Streptococcus spp
E. faecalis
Outros Gram pos
Candida sp
N = 328
Neonatologia CAISM/UNICAMP 1997 – 2011 Candidíase invasiva
• 4971 crianças observadas
• 23 Casos - 0,47%
• 2,3% das IH com agente isolado
• Mortalidade 43,6
Calil R et al Early Human Development, may 2012
Sepse precoce
FungoFungo
INDICADORES CAISM X REDEINDICADORES CAISM X REDE
CAISM RBPCAISM RBP
Pneumonia adquirida
33%33% 57%57%
05%05% 12%12%
ATB <72hs 54%54% 84%84%
02 %02 % 11%11%
* 2005-2010 em menores 1.500 gramas: Rede Brasileira de Pesquisas Perinatais Fio Cruz
Gram negativoGram negativo 11 %11 % 22%22%
MeningiteMeningite 02 %02 % 10%10%
Enterocolite NecrosanteEnterocolite Necrosante 04 %04 % 07%07%
GERMES MULTRESISTENTESControle - Medidas de Intervenção
• Suporte administrativo – comunicação – alertas- feedback a equipe
• Uso racional de antibióticos• Vigilância de colonização e infecção • Uso de precaução padrão e de contato de acordo
com a necessidade/ MR ou novo patógeno• Controle ambiental• Descolonização em situações especiais (MRSA) • Geralmente - Combinação destas estratégias
GERMES MULTRESISTENTESTempo de uso de Precaução de contato
Poucos trabalhos sobre o assunto• 3 culturas negativas...• 2 culturas negativas em dias distintos em pacte há
mais de 2 semanas sem atb, sem inva procedimentos invasivos...
• Até a alta hospitalar, agilizar a alta sempre que possível
Enterobacter cloacaeEnterobacter cloacae - Tempo de - Tempo de DescolonizaçãoDescolonização
• Pacientes colonizados por E. cloacae MR - 37
• Pacientes acompanhados por tempo mínimo de três semanas - 12 ( peso médio de 1098g)
- Tempo médio de colonização - 28,8 dias
- 10 estavam descolonizados na alta - descolonização em média a partir de 27,6 dias
Calil et al AJIC, 2001
GERMES MULTRESISTENTESImpacto do Uso de Precaução de Contato
Poucos trabalhos sobre o assunto... Em adultos...• Adulto – depressão pelo uso de quarto privativo• Maior número eventos adversos (pacte isolado)
Necessidade de esforços da equipe para que isso não
venha ocorrer:• Em Neonatologia não precisa de quarto privativo para
colonização ou infecção por MR
Siegel et al, AJIC Suplement 2007
GERMES MULTRESISTENTESConclusão
• O Controle de MR depende portanto do conjunto destas ações:
• Higienização das mãos• Precaução de contato• Uso racional de antibióticos• Limpeza do ambiente• Melhoria da comunicação – toda equipe que cuida tem
que saber sobre este assunto
Siegel et al, AJIC Suplement 2007
GERMES MULTRESISTENTESLimitações...
• Embora existam muitos estudos sobre o assunto, o estabelecimento de medidas baseadas em evidências que possam ser aplicadas universalmente, ainda não existem.• As ações devem ser adaptadas em cada serviço de acordo com o momento epidemiológico e o risco de transmissão.• Cuidados devem incluir consultórios, casas de repouso e a
comunidade... • Atenção as precauções padrão• Não banalizar as precauções de contato
Siegel et al, AJIC Suplement 2007
OBRIGADAOBRIGADAcalil@unicamp.
brcalil@unicamp.
br
Temos um longo caminho a percorrer, mas penso que estamos no caminho certo...
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto
Seminário de Prevenção de Infecção Neonatal: Enfermeira Dra Ana Flávia Araújo, Dra. Martha Vieira, Dr. Paulo R. Margotto, Dr. Felipe Teixeira e Dra. Roseli Calil (SP)
Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto