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Museu de História e Arte de Chapecó - MHAC: As diferentes representações através de exposições (2009-2014) 1 Sandra Kuester 2 Resumo: Pesquisa sobre as diferentes representações das exposições do Museu de História e Arte de Chapecó entre os anos de 2009 a 2014. Este artigo foi resultado de investigação documental e oral sobre a história do museu abrangendo sua política, espaço físico e representações através de suas exposições permanentes e temporárias. Aponta mais um dos dilemas que os museus enfrentam: quem representar e como representar. Este impasse aplicado ao MHAC gera diversas discussões: desde sua reserva perpassando por suas exposições permanentes, temporárias, até questões que envolvem a identidade local e seus problemas contemporâneos. Palavras-Chave: Museu, representações, exposições, história, arte. Breve apresentação do Museu de História e Arte de Chapecó Com o intuito de fomentar o estudo e a pesquisa sobre a história e a arte do município e da região 3 de Chapecó o MHAC foi criado pela Lei Nº 5661 de 13 de novembro de 2009 aprovada pela Câmara de Vereadores da cidade. Segundo esta lei, o museu deverá abrigar dois acervos: “um referente a História, a Política, e a Administração Municipal, e outro referente as áreas de Artes, projetando estudos, pesquisas e extensões.” (Chapecó, Lei Nº 5661, de 13 de novembro de 2009). Esta instituição é administrada no momento pela Secretaria de Cultura de Chapecó contando também com o apoio de vários setores artísticos e culturais da cidade e região. O MHAC tem como sede o antigo prédio da Prefeitura Municipal inaugurado na década de 1950 e tombado como patrimônio histórico em 2007 4 . Fruto de uma urbanização de estilo 1 Artigo baseado no trabalho de Conclusão de Curso apresentado em 16 de fevereiro de 2016 à Unochapecó como parte dos requisitos para a obtenção do grau de especialista em Ensino de Arte: Perspectivas Contemporâneas. 2 Graduada em Licenciatura em História, especialista em Ensino da Arte. E-mail: [email protected] 3 De acordo com Jornal Sul Brasil, 2009, p.6 4 Conforme Decreto nº 17.594, de 27 de novembro de 2007.

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Museu de História e Arte de Chapecó - MHAC:

As diferentes representações através de exposições (2009-2014)1

Sandra Kuester2

Resumo: Pesquisa sobre as diferentes representações das exposições do Museu de História e Arte

de Chapecó entre os anos de 2009 a 2014. Este artigo foi resultado de investigação documental e

oral sobre a história do museu abrangendo sua política, espaço físico e representações através de

suas exposições permanentes e temporárias. Aponta mais um dos dilemas que os museus

enfrentam: quem representar e como representar. Este impasse aplicado ao MHAC gera diversas

discussões: desde sua reserva perpassando por suas exposições permanentes, temporárias, até

questões que envolvem a identidade local e seus problemas contemporâneos.

Palavras-Chave: Museu, representações, exposições, história, arte.

Breve apresentação do Museu de História e Arte de Chapecó

Com o intuito de fomentar o estudo e a pesquisa sobre a história e a arte do município e da

região3 de Chapecó o MHAC foi criado pela Lei Nº 5661 de 13 de novembro de 2009 aprovada

pela Câmara de Vereadores da cidade. Segundo esta lei, o museu deverá abrigar dois acervos: “um

referente a História, a Política, e a Administração Municipal, e outro referente as áreas de Artes,

projetando estudos, pesquisas e extensões.” (Chapecó, Lei Nº 5661, de 13 de novembro de 2009).

Esta instituição é administrada no momento pela Secretaria de Cultura de Chapecó contando

também com o apoio de vários setores artísticos e culturais da cidade e região.

O MHAC tem como sede o antigo prédio da Prefeitura Municipal inaugurado na década de

1950 e tombado como patrimônio histórico em 20074. Fruto de uma urbanização de estilo

1 Artigo baseado no trabalho de Conclusão de Curso apresentado em 16 de fevereiro de 2016 à Unochapecó como parte dos

requisitos para a obtenção do grau de especialista em Ensino de Arte: Perspectivas Contemporâneas. 2Graduada em Licenciatura em História, especialista em Ensino da Arte. E-mail: [email protected] 3De acordo com Jornal Sul Brasil, 2009, p.6 4Conforme Decreto nº 17.594, de 27 de novembro de 2007.

neoclássica na década de 1930, o prédio está localizado na região central do município, próximo à

rosa dos ventos que determina os pontos cardeais da cidade.

Fotografia 1 – Prédio histórico e fachada do MHAC

Fonte: http://www.chapeco.sc.gov.br/turismo/pontos-turisticos.html#/museu-de-historia-e-arte-de-chapeco-predio-

historico-da-prefeitura

Desde os primeiros anos do município houve preocupações com a preservação de alguns

bens culturais5, então surgiu no ano de 1947 o primeiro museu chamado Museu Antônio Selistre

de Campos, que foi incorporado ao MHAC. Nas coleções de todo o museu destacam-se: a vida dos

colonizadores; o processo administrativo da cidade; a vida e produção de um jurista (Selistre de

Campos) que se estende à cultura indígena; e, por fim, uma coleção doada por um entomólogo

alemão (Fritz Plaumann) morador de uma cidade vizinha. Já para o acervo artístico encontram-se

diversas obras de artistas contemporâneos de reconhecimento nacional, como: Regina Silveira e

Marcelo Grassmann e regionais como Paulo de Siqueira, Agostinho Duarte, Dalme Marie

GrandoRauen, Antônio Chiarello, e EnioGriebler. (KUESTER; SCHVAMBACH, 2015) Estes

últimos foram importantes para a arte regional, pois suas produções atingiram sucesso entre as

décadas de 1970 a 1980 com a criação de um grupo denominado CHAP (Grupo Chapecoense de

Artistas Plásticos) que realizou diversas exposições nacionais e internacionais (IOP, 1997).

5Segundo Nilsa Melo em 22 de Junho de 2015.

Em geral o museu compõe-se de: um hall de entrada com fotografias históricas da cidade

seguindo com três salas exibindo a história do município e a área Selistre de Campos. No segundo

andar, o público depara-se com salas de variadas obras de arte, dentre elas: Espaço Comunidade,

sala Agostinho Duarte e sala Cyro Sosnoski, espaço Mulher, além de um espaço para a exposição

de imagens dos prefeitos municipais. Aos fundos do museu, na parte exterior, há um jardim com a

presença de rosas, consideradas símbolo da cidade (PETROLI, 2008), além de três esculturas em

metal. (KUESTER, SCHVAMBACH, 2015)

Chapecó que o MHAC representa

Entende-se por representação as classificações que organizam a compreensão do mundo

social como categorias de percepção do real. “As representações são variáveis segundo as

disposições dos grupos ou classes sociais; aspiram à universalidade, mas são sempre determinadas

pelos interesses dos grupos que as forjam.” (CARVALHO, 2005, 149) Portanto, os discursos

presentes no Museu de História e Arte de Chapecó, não devem ser interpretados como inocentes,

pois suas intenções legitimam determinada camada social da cidade do século XX.

Como meio de representações sociais, todo o museu é uma arena de conflito, um espaço de

tradição e contradição: “Toda a instituição museal apresenta um determinado discurso sobre a

realidade. Este discurso, como é natural, não é natural, e compõe-se de som e de silêncio, de cheio

e de vazio, de presença e de ausência, de lembrança e de esquecimento. (CHAGAS, 32, 2015)”

Segundo Nilsa Melo, o MHAC foi construído através de exigências da comunidade6, e,

portanto, é compreendido também como um local de conflito, onde há o enobrecimento de alguns

personagens portadores da memória sobre os outros. Este direcionamento dá-se ao processo

colonizador do município, aos principais personagens que na primeira metade do século XX

seguiram práticas políticas vigentes no país e no mundo.

Trata-se de um desejo de modernização, de um querer tornar-se cidade modelo para a

região, de assemelhar-se com as grandes capitais do país (PETROLI, 2008). Esta reforma do espaço

6Entrevista com Nilsa Melo em 22 jun. 2015.

citadino, resultou em conflitos entre classes: no silêncio dos nativos (caboclos e indígenas) e na

exaltação dos colonizadores, imigrantes europeus e gaúchos. Contudo, esta aspiração não ocorreu

de forma inteiramente racional, mas de mudanças históricas que em seu percurso traçaram uma

espécie de ordem social.

Grande exemplo da formação desta ordem foi a estrutura das elites intelectuais da cidade.

O próprio jurista Selistre de Campos graduou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade

de Direito de Porto Alegre e foi “(...)amigo muito próximo de Getúlio Vargas desde o tempo da

faculdade” (PETROLI, 2008, 39). Também foi um importante colunista do primeiro jornal

regional, portanto, seu discurso era fruto dos debates políticos, econômicos e sociais de sua época.

Este situava-se na transição entre o fim do poder das Repúblicas Oligárquicas e início de um

governo getulista com o golpe de 1930. Era um

Momento histórico singular, momento de difusão do discurso nacionalista e modernizador

do Estado Novo, de Vargas, no qual a elite econômica e intelectual de Chapecó procura

romper com o passado, com o atraso do Oeste, na região do Velho Chapecó. Nesse

contexto, romper com o passado significava transformar a pequena vila em cidade

moderna, do futuro, de acordo com os padrões da civilização ocidental. (PETROLI, 2008,

33)

No começo do século passado, toda a região do oeste catarinense era compreendida pelo

governo como “terras vazias”, ou seja, quase despovoadas. “Costuma-se dizer que a região oeste

catarinense foi colonizada pela iniciativa privada, ou seja, mediante o loteamento e venda de terras,

por companhias colonizadoras com o apoio do Estado. Cerca de 20 companhias atuaram na região”

(ARGENTA, 2012, 9), a principal delas em Chapecó foi a Empresa Colonizadora Ernesto F.

Bertaso.

Esta família do Cel. Bertaso foi responsável pelas mudanças políticas da região, pela

chegada de pessoas como Selistre de Campos, pela implantação das primeiras vilas com estilos

diferenciado ao do antigo morador, contemplando o imigrante, branco e “trabalhador”. É este o

cenário que o MHAC retrata em suas exposições permanentes, em principal na sua guarda histórica

e etnográfica que teve início em 1947 com a criação do Museu Selistre de Campos.

O conteúdo artístico não poderia possuir diferente fonte histórica, pois a arte foi

“implantada” na cidade por uma demanda de elites econômicas, políticas e intelectuais. Segundo

o jornal Correio do Sul,

Nessa cidade, a ideia pública da cultura encontrou um amparo longe de visões

regionalistas. Estabeleceu-se, há três anos [1976], uma política de informação cultural,

pela arregimentação de elementos de reconhecida capacidade nas artes plásticas para a

organização de exposições, bem como a contratação de grupos de balé, música e teatro,

em diversas datas, em nível nacional, e nítida afirmação de fé na sensibilidade geral das

pessoas.(CORREIO DO SUL, 1979 grifo meu)

A partir desta reportagem encontrada no jornal de circulação local, nota-se este desejo de

modernização e uma subestimação da população local como conhecedora das artes. Neste discurso

há claras noções de que para compreender a arte é necessário sensibilidade, e para tanto era

fundamental ter fé na existência desta característica no povo.

Na mesma época surgiu o grupo Chapecoense de Artistas Plásticos (Grupo CHAP) que

segundo Bellani

(...) o surgimento deste grupo, composto de artistas plásticos, corresponde exatamente no

momento em que começam as primeiras manifestações, as primeiras atividades de ensino

superior na cidade de Chapecó. Milagre Brasileiro. É o momento em que há uma fixação

incentivada, através do próprio governo [...] da agroindústria atual. É exatamente nesse

momento, que Chapecó tem, oficialmente, dentro de toda tecnologia de um trabalho

moderno que é o Plano de Desenvolvimento da passada administração.” (BELLANI apud

IOP, 1997, 35)

Portanto, observa-se que o museu em suas exposições permanentes (área Selistre de

Campos, sala dos prefeitos, sala Agostinho Duarte) retrata muito bem os dois momentos de

reformas políticas e econômicas do país.

O Grupo CHAP era formado em sua maioria por artistas vindos de outras regiões como do

Rio Grande do Sul, e até mesmo de Portugal. Seus membros são: EnioGriebler (gaúcho), Agostinho

Duarte (português), Paulo de Siqueira (gaúcho), Antônio Chiarello (gaúcho), Dalme Marie Rauen

(chapecoense). Tal grupo alcançou significativo sucesso local, nacional e internacionalmente (IOP,

1997).

Enquanto grupo, este sucesso durou pouco tempo devido conflitos internos. Hoje vivem

Griebler e Chiarello, mas, cada membro continua na memória da população local através do MHAC

e demais instituições que possuem a guarda de trabalhos destes artistas.

As exposições do Museu de História e Arte de Chapecó (2009-2014)

Para um museu as exposições são atividades de maior importância, pois é uma das formas

(além da pesquisa) de trazer sentido à sua guarda, ou seja, de exibir determinada memória que pode

ser desconhecia ao público.

As exposições e as apresentações públicas são alguns dos aspectos que mais retêm a

atenção em muitos museus. Aí é onde se estabelece o contato direto entre o visitante e as

coleções e onde qualquer indivíduo, independentemente de sua idade, sua condição

econômica e social, quer sozinho ou em grupo, pode ver “o objeto real” em situação e,

graças a algumas técnicas expográficas, comunicar-se e interagir com ele. “Só a exposição

oferece um contato controlado com o objeto real, autêntico, e aí sua importância vital”

(HERREMAN, 2007, 91 traduzido pela autora em espanhol)

Para compreender este contato objeto/visitante do MHAC englobam-se os depoimentos

de Nilsa Melo, diretora do museu até 2014 e Roselaine Vinhas, Secretária da Cultura do município.

Os estudos acerca da museologia, educação e conservação patrimonial são relativamente recentes,

iniciaram na segunda metade do século XX7. Talvez, por conta disso, o MHAC não foge da

realidade de muitos museus brasileiros. Peca na conservação, na organização de objetos e na

política interna com a falta de incentivo a pesquisas científicas, com a ausência de um corpo

específico de educadores patrimoniais, entre outros detalhes. Esta carência não é uma característica

exclusiva do MHAC, mas sim da região oeste catarinense. Segundo o Plano Setorial de Museus de

Santa Catarina,

Os acervos da região, em sua maioria, relacionam-se com uma única etnia, constituindo-

se de coleções de exposição de longa duração sem uma ação educativo-reflexiva que

sensibilize o público; predomínio do imaginário popular da ideia de que o museu é um

depósito de coisas velhas e relacionadas às famílias pioneiras; poucos profissionais

7SANTOS; GONÇALVES; BOJANOSKI, 2012

capacitados para a conservação dos acervos além de estruturas inadequadas ao

acondicionamento. (QUARTO FORUM DE MUSEUS DE SANTA CATARINA, 2013,

31)

Apesar destas particularidades, não se pode ignorar seu impacto na identidade local através

da salvaguarda de objetos de representação histórica e artística da região. Em entrevista, Nilsa Melo

e Roselaine Vinhas mostraram entusiasmo com as reformas, pois a prefeitura no ano de 2015 abriu

um concurso público com áreas da museologia para trabalhar na instituição possibilitando a

construção de um plano museológico e de uma reserva técnica, vitais para o funcionamento de um

museu.

Infelizmente não se tem conhecimento do tamanho dos acervos, isso porque “Os objetos do

MHAC ainda não foram catalogados, somente arrolados”. Os objetos são adquiridos através de

uma Comissão formada por profissionais do museu [que] decide sobre o aceite ou não da doação

dos objetos, verificando se este já possui semelhante no acervo, se faz parte da temática do museu,

entre outros aspectos. (VINHAS, 2015, grifos meus)

Na manutenção destes objetos, Melo alegou que são recorridos aos profissionais da capital,

Florianópolis. Ao mesmo tempo ressaltou a existência de uma funcionária que se especializava em

restauração para melhor atuação na instituição. Conforme Roselaine Vinhas, “O museu não possui

sistema de restauração, apenas de manutenção e conservação do acervo. (VINHAS, 2015) Na

mesma entrevista, Melo incutiu que o museu não possui espaço adequado para sua reserva alegando

que “depois da reforma vai ficar adequado sim”. (MELO 2015) Entretanto, Vinhas relatou os

cuidados com os objetos do acervo:

É feita uma limpeza diária nos objetos, os responsáveis por ela utilizam luvas, avental,

máscara (equipamentos necessários para higienização), é passado um espanador e/ou pano

seco, sem nenhum produto, em objetos que necessitem é utilizado óleo de peroba ou outro

produto recomendado; há cuidados com a luz, para que não fique ligada o tempo todo, o

que ao longo do tempo acaba estragando os objetos; os visitantes não tocam nos objetos

para que o suor ou outras impurezas que possam haver nas mãos não deteriorem as obras

e também para não correr o risco de caírem, quebrarem. (VINHAS, 2015)

Conhecendo um pouco mais a instituição, Melo e Vinhas apresentam as exposições

temporárias e permanentes do museu. Segundo elas, há aproximadamente cinco exposições anuais

que são sugeridas pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), também conta com a Semana

Paulo de Siqueira e o Espaço Mulheres – que são realizados no mês de agosto de todo o ano e o

Espaço Comunidade.

Alegaram também que as ações do MHAC são divulgadas pela imprensa local, pelo site da

prefeitura municipal de Chapecó, por cartazes e banners. A partir deste dado iniciaram as

investigações sobre as exposições do museu através dos meios de comunicações. Infelizmente

pouco foi encontrado em jornais locais sendo o meio de maior divulgação a própria internet como

site da Prefeitura Municipal e sites de eventos.

Segue a lista de eventos encontrados pela divulgação eletrônica em ordem cronológica:

Tabela 1 - Relação de Exposições do MHAC de 2009 a 2014.

Data Nome do evento/exposição Tema

29/09/2009 Primavera dos Museus Museus e Direitos Humanos

11/08/2010 Semana Paulo de Siqueira Conhecer a vida o obra de Paulo de Siqueira

18/05/2011 Semana Nacional de Museus Museu e Memória

24/08/2011 Semana Paulo de Siqueira Conhecer a vida e obra de Paulo de Siqueira

09/09/2011 Primavera dos Museus Mulheres, Museus e Memórias

16/11/2011 Códigos de Cultura Memória e apropriação.

10/05/2012 Semana Nacional de Museus Chapecó Uma cidade em transformação: sua

história, sua gente e seu desenvolvimento.

12/06/2012 Arte em Mosaico Exposições de obras da UMIC

15/04/2013 Verdão do Meu Coração Verdão do meu Coração: Associação Chapecoense

de Futebol – 40 anos de história.

14/05/2013 Semana Nacional de Museus Transformação e diversidade: interações e

conflitos étnicos no processo colonizador

09/06/2013 Imagens do Álcool Os malefícios do abuso do álcool promovido pelo

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

30/08/2013 Semana Paulo de Siqueira Conhecer a vida e obra de Paulo de Siqueira.

31/10/2013 Primavera dos Museus As Áfricas de Agostinho Duarte

12/05/2014 Semana Nacional de Museus Coleções criam conexões.

03/06/2014 Mostra Fotográfica

Felicidade – Feliz Idade

Representação da felicidade através de fotos.

27/08/2014 Semana Paulo de Siqueira Conhecer vida e obra de Paulo de Siqueira.

23/09/2014 Primavera dos Museus Recriando o Antigo e contextualizando o

contemporâneo. Fonte: www.chapeco.sc.gov.br

A maioria das exposições são executadas em temporadas culturais coordenadas pelo

IBRAM como a Primavera dos Museus e Semana Nacional dos Museus. O Instituto Brasileiro de

Museus foi criado em 2009 no governo de Luiz Inácio Lula da Silva com o intuito de fomentar as

aquisições e preservações patrimoniais brasileiro.

Esta iniciativa tem em suas ações (Primavera dos Museus e Semana Nacional dos Museus)

um apoio aos demais museus brasileiros para a elaboração de exposições conforme temáticas

elaboradas pelo próprio programa. Na história da museologia brasileira, houve um incentivo às

exposições na Era Vargas ressaltando a história romântica do sonho de civilização desejada pelo

poder político para a criação de uma nação. Neste ínterim até elaboração das ações do IBRAM, os

incentivos voltavam-se mais à preservação patrimonial e não às exposições.

Reconhecendo a importância de órgãos como o IBRAM o Museu de História e Arte de

Chapecó costuma inscrever-se em todas as propostas lançadas através da Primavera dos Museus e

Semana Nacional dos Museus. Esta conclusão esboça o potencial da equipe que se desafia a cada

proposta.

Outro destaque nas exposições é a Semana Paulo de Siqueira. Este evento ocorre sempre

no mês de agosto, período em que se comemora o aniversário do município. Esta exposição

objetiva mostrar aos visitantes a história de um artista plástico de destaque para Chapecó: Paulo de

Siqueira.

Como já mencionado, o artista pertence ao grupo CHAP e o auge de sua carreira foi final

dos anos 1970 e toda a década de 1980. Sua principal obra tornou-se cartão postal da cidade e se

encontra no centro de Chapecó.

Fotografia 2 - O Desbravador - Paulo de Siqueira, 1981.

Foto: Janaina Schvambach

Este monumento representa o colonizador da cidade, aquele trabalhador que munido da

ordem social do fim do século XIX veio para “civilizar” as terras “vazias” do oeste catarinense.

Em uma de suas mãos carrega um machado que abriu caminhos para a “cidade modelo” e em outra

mão, porta um ramo de erva-mate, uma das principais produções da região desde a fundação do

município. Este ramo é também interpretado como os louros da vitória da vida sofrida do antigo

agricultor que construiu sua moradia, a habitação do homem branco, em “terras de ninguém”.

Logo abaixo da escultura encontra-se o memorial do artista, aonde estão suas demais obras,

fazendo da Semana Paulo de Siqueira um roteiro de exposições. Quando o poder público relembra

a história de Chapecó, este artista é o mais consagrado, ofuscando até mesmo o trabalho dos demais

grandes nomes da arte chapecoense que faziam parte do grupo CHAP. Nota-se este prestígio pela

própria demanda em pesquisas relacionadas ao artista presente nos acervos da cidade.

Paulo de Siqueira é considerado um dos ícones da arte chapecoense, e tornou-se tradição

olhar para o passado histórico do município somente em seu aniversário. A adoração desta única

imagem como símbolo das artes de Chapecó acaba sintetizando todos os grandes trabalhos

artísticos, de pessoas até então anônimas da grande massa. “É como se, pela acumulação de todas

essas realizações e de todos esses traços, se tratasse de construir uma imagem da identidade”

(CHOAY, 2006, 240) chapecoense.

Mas, para além de Paulo de Siqueira, segundo o que o MHAC apresentou em maior parte

de suas exposições tanto permanentes quanto temporárias, é a memória do grupo CHAP e do

colonizador. São as imagens das africanas que Agostinho Duarte retratou nos anos 2000 e expostas

na 7ª Primavera dos Museus cujo tema era “Museus, memória e cultura afro-brasileira”; a exibição

de fotografias dos processos de abertura das estradas e construção da cidade; das imagens de santos

católicos, dentre outros objetos que relembram a vida daqueles que vieram para a região.

Fotografia 3 - 12° Semana Nacional de Museus. Exposição - São Francisco no imaginário criativo.

Foto: Aline Dosso/ Tudo Sobre Chapecó

Fotografia 4 - 7ª Primavera dos Museus. Museus, memória e cultura afro-brasileira.

Foto: Acervo Municipal.

Talvez, essa guarda pode ser resultado do interesse dos doadores destes objetos. Então, fica

suspensa a pergunta: quem é o grande público doador de objetos?8 Esta indagação emerge pela

percepção das exposições pós 2013 em que se constatou uma preocupação em representar as

diferentes etnias e o conflito entre elas causada pelo processo colonizador. Com o tema proposto

pelo IBRAM para a Semana Nacional dos Museus “Museus (memória + criatividade) = mudança

social”, a Secretaria Municipal de Cultura realiza exposições “(...) com representações cotidianas

dos diferentes grupos étnicos da cidade de Chapecó e região (italianos, alemães, poloneses,

austríacos, caboclos, indígenas), com ênfase nas populações cabocla e indígena” (PREFEITURA

DE CHAPECÓ, 2015). Além de um cenário com representação da cultura material cabocla

presente no Oeste de Santa Catarina e uma mesa-redonda com especialistas sobre os conflitos

étnicos do Oeste Catarinense.

Houve também outras exposições com preocupações sociais como o abuso do álcool – que

é uma prática comum na região –; exposição de fotografias que retratam a felicidade segundo

alunos da Universidade da Melhor Idade de Chapecó, uma universidade destinada a idosos; e uma

exposição sobre mulheres que possibilitou um espaço próprio “para a indagação sobre como o

gênero, a mulher e o feminino estão sendo pensados na contemporaneidade” (PREFEITURA DE

CHAPECÓ, 2015). De acordo com as reportagens desses eventos, as exposições ocorreram no

Espaço Comunidade do MHAC, ou seja, no espaço destinado ao público expor seus trabalhos.

Percebe-se então, um desejo do MHAC em abranger outras memórias para além das possibilidades

do seu acervo.

As Representações no MHAC

8Como não se obteve informações mais precisas à respeito do acervo, cabe a este momento levar em consideração os editais

referentes às exposições de artes visuais na Galeria Municipal de Artes Dalme Marie GrandoRauen. Desde 2010, a SECUL

(Secretaria de Cultura de Chapecó) vem lançando editais para exposições na Galeria Municipal tendo como requisito a doação das

obras expostas para a própria secretaria. Esta, por sua vez, mantém as obras sob a guarda do MHAC, possibilitando esboçar sobre

a guarda do museu. (EDITAL 002/2015PARA EXPOSIÇÕES DE ARTES VISUAIS GALERIA MUNICIPAL DEARTES

DALME MARIE GRANDO RAUEN/2015, 2015)

No MHAC há número significativo de representações de imigrantes da antiga Chapecó.

Em suas exposições permanentes são as memórias do colonizador e dos ícones da arte que se fazem

presentes. Apesar disto, o museu manifestou preocupações com estas representações, e resolve

estender-se à outras etnias locais. Diante disso, se nota uma relação intrínseca entre o MHAC e

Chapecó, pois

O espaço da cidade é o espaço vivido, instituído a partir das maneiras pelas quais as

sociedades o utilizam, e como tal possui uma dinâmica própria, em permanente

transformação, assim como constantemente se atualizam as relações sociais e simbólicas

dos sujeitos que sobre ele atuam. Nesse espaço, a distinção entre material e imaterial não

viceja: o que dá sentido à pedra do calçamento do beco ou ao monumento da praça está

na ordem do encontro entre o material e o imaterial; são camadas de valores, significados

e funções, são acúmulos de experiências de sentido e de percepções espaciais e temporais.

(CHAGAS, STORINO, 2013, 75-76)

As exposições permanentes do MHAC dialogam com o nome dos bairros, ruas, praças e

escolas que homenagearam os personagens da história oficial da cidade. Como: Rua Marechal

Bormann, Rua Ernesto Francisco Bertaso, Bairro Passo dos Fortes (antiga fazenda da família

Fortes), por exemplo (PETROLI, 2008).

Para as artes, há exposições de artistas do grupo CHAP, acolhido pelo poder público

municipal dos anos 1970 com o intuito de “trazer” a arte para a cidade. Estes artistas também fazem

parte da história da arte oficial, e seus membros foram igualmente homenageados por nomes de

galerias (Galeria DalmeRauen, Galeria Agostinho Duarte/Unochapeco) e tem suas obras

espalhadas pela cidade.

Mas esta memória não inclui toda a sociedade local, e, os últimos trabalhos do MHAC

apontam preocupações com as diversas identidades. Essas escolhas por objetos e exposições

revelam o poder da equipe que trabalha no museu e também o incentivo do governo federal que

criam ações estimulantes para diversas abordagens. Consequentemente as diferentes

representações mostram ao visitante as variedades étnicas locais, e também proporciona a maior

número de visitantes um sentimento de pertencimento à história regional.

No entanto, essa representação social é tão exclusiva quanto a representação das elites. O

correto é cautelar para não reverter a imagem seleta de um grupo social para outro.

Quando constatamos que o museu sempre privilegiou o privilégio (a riqueza, a beleza, as

elites, os heróis) não podemos simplesmente reverter a moeda e acreditar estarmos

fazendo um museu melhor que o museu anterior. Ao privilegiarmos, em nossa abordagem

o reverso da medalha (o comum, o banal, o cotidiano, as classes subalternas) estaremos

cometendo o mesmo equívoco, apresentando uma visão capenga da realidade. Devemos

mostrar indistintamente os dois lados da moeda (afinal, é uma moeda só!) e discutir o

equilíbrio e o conflito que os permeiam. (SUANO, 1986, 90)

Contemplar o passado pode perder o sentido da função social do museu, o necessário é

realizar exposições que conversem o passado com o presente, e, nas palavras de Suano, “a maioria

dos responsáveis por museus responderia com o binômio “verba e pessoal” (SUANO, 1986, 87).

Felizmente o MHAC apresentou pequenos resultados positivos, estimulados pela política federal

de ações museais, diversificando os temas das exposições e, segundo as fontes, demonstrou

empenho em seu trabalho.

Reformar a política de um museu quanto a sua função social é tarefa penosa, mas ela só

deixaria de ser um cristal de contemplação a partir do momento em que a iniciativa pública, e nesse

caso municipal, passa a servir às causas públicas e não mais de autocontemplação. A partir do

momento, que os heróis da história façam sentido ao cotidiano das massas com a apresentação do

conflito entre as diversas memórias e as relacionem com o presente.

Considerações Finais

A função social de um museu é semelhante à função da história, ambas se remetem a

um passado, mas analisam-se no e para o presente. Para o MHAC as representações podem ser

voltadas em sua maioria a determinado público, porém a palavra de ordem é a mediação entre

público e objeto. Nesta pesquisa as exposições do MHAC de 2009 a 2014 apontaram preocupações

do museu para inclusão de diferentes públicos para problemáticas contemporâneas e locais. Por

outro lado, percebe-se um predomínio de abordagens com materiais históricos munido de uma

curadoria voltada à historiografia produzida na região, ao passo que o MHAC dispõe de um rico

acervo artístico fruto de exposições antigas, dantes da criação de galerias municipais. A esperança

de melhoria esteve presente nos discursos de Vinhas e Melo que acreditam na sua reabertura com

uma equipe qualificada, o que incute as possíveis condições do museu nestes seus primeiros cinco

anos: com ausência de plano museológico, de uma equipe para elaboração de planos em educação

patrimonial, com uma reserva técnica improvisada e com poucos recursos para a restauração do

acervo.

REFERÊNCIAS

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