music oter apia

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Associação Brasileira de Formação e Desenvolvimento Social - ABRAFORDES www.CursosAbrafordes.com.br DICA: Tecle Ctrl+s para salvar este PDF no seu computador. Curso Musicoterapia Lição 01: Musicoterapia A musicoterapia é uma forma de tratamento que atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou seja, consiste na identificação de problemas emocionais e na mudança de atitudes, que será o esforço para qualquer patologia física ou psíquica. Contudo seu principal recurso não é a comunicação verbal, a fala em si mas, os não verbais como sons, instrumentos musicais, o próprio corpo que tem sua forma particular de comunicar-se, e a música. Esta tem o poder de tocar no mais profundo do indivíduo, de despertar emoções infinitas e provocar reações diversas. Quem nunca se emocionou ao ouvir determinada canção? Ou mesmo lembrou-se de uma situação vivida ao ouvir uma música novamente? A música resgata lembranças e ajuda também na memorização. Isto explica porque muitos guardam a letra enorme de uma canção, mas tem dificuldade em memorizar um texto ou um simples número telefônico. Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia em alunos que irão prestar vestibular, trabalhando além de técnicas de memorização, a diminuição do estresse, muito frequente nessa fase. E níveis elevados de estresse interferem na evocação dos conteúdos já armazenados na memória. Também no tratamento da doença de Alzheimer, doença de caráter progressivo e degenerativo que tem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, as mudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção. A musicoterapia ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidade e o esforço da identidade, utilizando-a também com crianças que possuem déficit de atenção. PARA QUEM MAIS É INDICADA? Desde gestantes, até idosos os resultados têm sido muito positivos, de forma a atingir vários objetivos pré-estabelecidos. Também atendemos: Deficiências físicas e mentais, déficit de atenção/hiperatividade, estresse, depressão, síndrome do pânico, ansiedade crônica, dependência química, doenças mentais, câncer, HIV, pacientes terminais, distúrbios alimentares e do sono, dentre outros. Lição 02: Os efeitos do som sobre o Homem A ideia de que a música afeta a saúde e o bem-estar das pessoas já era conhecida por Aristóteles e Platão. Somente na segunda metade do século 20, porém, os médicos conseguiram estabelecer uma relação entre a música e a recuperação de seus pacientes. No final da Segunda Guerra Mundial, músicos foram chamados para tocar em hospitais como forma de auxiliar o tratamento dos feridos. Como a experiência surtiu resultados positivos, as autoridades médicas dos Estados Unidos decidiram habilitar profissionais para utilizar criteriosamente a música como terapia. O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual de Michigan.

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Musicaterapia

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Page 1: Music Oter Apia

Associação Brasileira de Formação e Desenvolvimento Social - ABRAFORDESwww.CursosAbrafordes.com.br

DICA: Tecle Ctrl+s para salvar este PDF no seu computador.

Curso MusicoterapiaLição 01: Musicoterapia

A musicoterapia é uma forma de tratamento que atua fundamentalmente como técnica psicológica,ou seja, consiste na identificação de problemas emocionais e na mudança de atitudes, que será oesforço para qualquer patologia física ou psíquica. Contudo seu principal recurso não é a comunicação verbal, a fala em si mas, os não verbais comosons, instrumentos musicais, o próprio corpo que tem sua forma particular de comunicar-se, e amúsica. Esta tem o poder de tocar no mais profundo do indivíduo, de despertar emoções infinitas eprovocar reações diversas. Quem nunca se emocionou ao ouvir determinada canção? Ou mesmo lembrou-se de uma situaçãovivida ao ouvir uma música novamente? A música resgata lembranças e ajuda também namemorização. Isto explica porque muitos guardam a letra enorme de uma canção, mas temdificuldade em memorizar um texto ou um simples número telefônico.

Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia em alunos que irão prestar vestibular,trabalhando além de técnicas de memorização, a diminuição do estresse, muito frequente nessa fase.E níveis elevados de estresse interferem na evocação dos conteúdos já armazenados na memória. Também no tratamento da doença de Alzheimer, doença de caráter progressivo e degenerativo quetem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, asmudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção.

A musicoterapia ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidadee o esforço da identidade, utilizando-a também com crianças que possuem déficit de atenção.

PARA QUEM MAIS É INDICADA?

Desde gestantes, até idosos os resultados têm sido muito positivos, de forma a atingir váriosobjetivos pré-estabelecidos. Também atendemos: Deficiências físicas e mentais, déficit deatenção/hiperatividade, estresse, depressão, síndrome do pânico, ansiedade crônica, dependênciaquímica, doenças mentais, câncer, HIV, pacientes terminais, distúrbios alimentares e do sono,dentre outros.

Lição 02: Os efeitos do som sobre o Homem

A ideia de que a música afeta a saúde e o bem-estar das pessoas já era conhecida por Aristóteles ePlatão. Somente na segunda metade do século 20, porém, os médicos conseguiram estabelecer umarelação entre a música e a recuperação de seus pacientes.

No final da Segunda Guerra Mundial, músicos foram chamados para tocar em hospitais como formade auxiliar o tratamento dos feridos. Como a experiência surtiu resultados positivos, as autoridadesmédicas dos Estados Unidos decidiram habilitar profissionais para utilizar criteriosamente a músicacomo terapia. O primeiro curso de musicoterapia foi criado em 1944, na Universidade Estadual deMichigan.

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A música pode representar mais que uma habilidade para tocar um instrumento ou cantar. Pode serum instrumento de saúde, desenvolvendo potenciais, actuando na prevenção ou no tratamento dequestões como o stress. A musicoterapia é uma modalidade que pode ser usada individualmente, emfamília ou em grupo.

Por meio dos sons, podemos tocar outras instâncias. É o que mostra a musicoterapia, ao buscardesenvolver potenciais, restaurar funções de saúde do indivíduo através de reabilitação, prevençãoou tratamento.

”É uma modalidade de trabalho que se utiliza da música e de elementos constituintes da músicanuma relação terapêutica para ajudar a pessoa a atender as suas necessidades. Destina-se a pessoasque têm alguma deficiência, algum distúrbio psíquico como depressão, autismo, esquizofrenia, assimcomo a atendimentos geriátricos ou pessoas que buscam auto-desenvolvimento”

Pesquisas revelaram que as ondas sonoras provocam movimento do protoplasma celular; sementesestimuladas musicalmente possuem traços aprimorados… A música afeta o nível de vários hormônas,inclusive o cortisol (responsável pela excitação e pelo stress), testosterona (responsável pelaagressividade e pela excitação) e a oxitocina (responsável pelo carinho). Assim como as endorfinas, aserotonina (neurotransmissor que faz a comunicação entre os neurónios).

- O treino musical favorece o desenvolvimento cognitivo, atenção, a memória, a agilidade motora,assim como cria uma experiência unidade entre linguagem, música e movimento. Pitágoras dava àterapia pela música o nome de purificação. A sua música curativa propunha-se a equilibrar asquatro funções básicas do ser humano: “Pensar, sentir, perceber e intuir”.

“A música responde a uma fonte poética de criatividade através de um cérebro que ressoa emresposta às solicitações de um cosmos que lhe fala.” O fato de geralmente encontrarmos acordes eintervalos consonantes em diferentes culturas musicais parece ser causado, portanto, uma tendênciaherdada dos mamíferos de preferirem tais combinações sonoras (consonantes).

Se considerarmos apenas a influência do ambiente e da tradição, torna-se por outro lado difícilimaginar de que modo um aspecto tão específico como as relações sonoras harmónicas se pôdedesenvolver de maneira tão independente em diferentes culturas musicais através dos tempos, assimcomo em ratos sem treino prévio – tudo ao acaso.

Esse facto implica que deve existir alguma predisposição neurobiológica que faz com quedeterminadas combinações sonoras soem de um jeito especial ao ser humano. Quando as ondassonoras alcançam o ouvido, o tímpano é acionado como uma membrana microfone, que vibra com afrequência do som.

As vibrações são transmitidas através dos ossículos do ouvido médio para a cóclea e, então,movimentam as fibras de uma membrana que está no interior da cóclea.

Essa membrana (basilar) é composta de “cordas” transversais, entrelaçadas, cada uma afinada comuma frequência/altura específica. Devido às leis da ressonância e da estrutura da membrana, asvibrações da membrana (deslocamento) serão maiores na “corda” que está afinada com a frequênciaem questão. Cada nota terá, uma localização específica ao longo da membrana – da mesma formacomo as cordas de uma harpa ou de um piano.

As “cordas” no ouvido interno são acionadas pela ressonância, de um modo bastante semelhante aoque ocorre quando se levanta a tampa do piano e se grita no seu interior, enquanto se aperta o pedal

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direito; o piano “responde” com um som fraco correspondente à altura do grito devido às vibrações(ressonância) nas cordas afinadas com o grito.

Lição 03: Cada ritmo musical produz um trabalho e um resultado diferente nocorpo

O musicoterapeuta pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma músicaconhecida e até mesmo fazer com que o paciente a crie sua própria música. Tudo depende dadisponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. A música ajuda porqueé um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, eainda tem, a música em sua vida.

A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir,resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodiatrabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provocarespostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para aexpressão corporal.

O profissional é preparado para atuar na área terapêutica, tendo a música como matéria-prima deseu trabalho. São oferecidos ao aluno conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicaçãoterapêutica, e conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas tambémvivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música no próprio corpo.

lição 04: A Canção como Veículo de Expressão em Musicoterapia

A música, como meio de expressão e de comunicação entre os homens numa determinada cultura,sempre foi utilizada desde os povos mais primitivos aos mais civilizados. Como Schurmann (1989)nos aponta, as produções musicais de cada época refletem o seu momento sócio-histórico e estãointrinsecamente ligadas às motivações destas épocas. Uma das facetas de emprego da música nahistória da humanidade é como meio de cura para males do corpo e da alma. De acordo com asconcepções de saúde/doença de cada época, a música foi considerada de diversas formas comoinstrumento auxiliar na cura das pessoas.

O capítulo sobre A música como cura ao longo da história(3) procurou explorar um pouco estatrajetória, desembocando nos diferentes usos que se faz deste instrumento atualmente, e entre elesa Musicoterapia que é uma área teórico-metodológica recente, melhor estabelecida na segundametade do século XX e que busca explorar os diversos usos da música e de seus efeitos para finsterapêuticos.

Mas, o que é música?

Cada vez que tentamos afirmar algo a respeito da música, ou do próprio mundo em que vivemos “...estamos construindo o mundo através da representação de nossas sensações dentro de nossosistema de linguagem culturalmente obtido. Isso significa que não temos nenhum meio de saber ‘oque realmente é a música’. Tudo o que possuímos são diferentes perspectivas estéticas que são, naverdade, dados acerca de visões diferentes sobre música.” (Ruud, 1990, p.19) Por isso existem váriasdefinições sobre música.

Há as que enfatizam o caráter ‘mágico’ dos seus efeitos produzindo explicações do tipo “música éuma força vibrante, curativa, uma energia” e assim por diante; há as que se atém mais aos aspectos

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cientificamente comprovados de seus componentes e em teorias musicais com definições maisracionais e objetivas; e há ainda as afirmações que consideram todos os tipos de sons, improvisaçõeslivres e produções estruturadas como música. Esta última, mais ampla por englobar todas asproduções sonoras e até sons da natureza e do nosso próprio corpo como música, é a mais aceitaentre os profissionais que a utilizam em contextos terapêuticos.

A música constitui-se também numa importante forma de expressão, de interação entre as pessoas, ecanal de comunicação alternativo à linguagem verbal. Este quesito alternativo é o que traz aimportância do emprego da música em contextos psicoterapêuticos, ou seja, como via alternativa àfala, muito utilizada nas psicoterapias, vem a música com todo o seu potencial de meio decomunicação de afetos e conteúdos às vezes difíceis de serem traduzidos numa linguagem verbal, eque expressados podem constituir material para a terapia e processo do indivíduo. Ruud (1990)considera a música uma espécie de linguagem emocional, “... capaz de atingir áreas de nossa psiqueque processam informação e que nós, por vários motivos, não comunicamos com clareza a nósmesmos.”

Isto é, constitui-se num meio de acesso privilegiado às emoções, mas permitindo, como Costa (1989)nos aponta, a expressão de uma riqueza de conteúdos com muito mais fluidez e liberdade do que alinguagem falada. Porque os significantes da música dão abertura para uma ampla gama designificados; fato que não ocorre na comunicação verbal, que privilegia o logos, o racional.

lição 05: Influencias da Voz e Comunicação Humana Audição da voz ecomunicação humana

Para Estienne (2004), a voz se adapta continuamente pelo fenômeno de “feedback”, que é o retornoque o locutor tem de sua própria voz e do que o ouvinte lhe reenvia. Essa capacidade de adaptaçãoé uma qualidade essencial da voz, e se o locutor não puder ouvir o outro e também não puder ouvir aprópria voz, terá também problemas vocais.

De acordo com Battegay (1995, tradução nossa), a voz e a maneira como se

fala, no caso de pessoas com diminuição auditiva ou surdez, podem gerar desconfiança, inclusiveidéias de perseguição. Muitas das pessoas com problemas de visão ou até cegas, raramenteapresentam sintomas de paranóia, ao contrário das que tem problema de audição.

Aparentemente, o fato de que o ouvido alcança o ângulo de 360º no espaço, e o olho somente de160º, explica o porquê das pessoas que têm problemas de visão, quase não terem estas ‘neuroses’.Os que têm problema de visão, podem facilmente controlar o espaço que as rodeia, através dasfunções auditivas, e geralmente não tem paranóia dos acontecimentos

provenientes de estímulos externos. As pessoas com problemas de audição, só podem controlar comos olhos os 160º mencionados, e facilmente interpretam com desconfiança e inclusive com idéiasdelirantes o que acontece à sua volta. Parece, portanto, que as ondas acústicas são mais importantespara a comunicação humana do que os sinais ópticos.

O autor cita um exemplo de um homem que sofreu um acidente e perdeu quase

toda a audição. Por não conseguir acompanhar as reuniões, e ter dificuldade em ouvir o que oscolegas de trabalho falavam, começou a ficar desconfiado e, por causa de suas reações, foi demitidoda empresa em que trabalhava.

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Tratamento com Musicoterapia

A musicoterapia é um tratamento alternativo que surgiu em 1944, nos EUA, embora evidências empapiros médicos egípcios datados de 1500 a.C., encontrados pelo antropólogo francês Vlande Petkieno século 19, mencionassem os efeitos benéficos que a música pudesse provocar na fertilização damulher.

A técnica estuda as reações do indivíduo diante de estímulos sonoro-musicais e tem por objetivofacilitar a comunicação e estimular a relação, motivação e o aprendizagem de pessoas ou portadoresde deficiências.

A terapia tem sido bastante utilizada em deficientes físicos e mentais, pessoas com transtornosneurológicos (Mal de Parkinson, de Alzheimer, Síndrome de Down), distúrbios da linguagem(dificuldades na fala), surdez e cegueira.

Mas sua aplicação não pára por aí. Segundo especialistas, em mulheres gestantes, por exemplo, ossons estimulam o bebê a ser mais criativo e comunicativo após o nascimento. Nas escolas, amusicoterapia ajuda no aprendizado da criança e, em idosos, auxilia no desenvolvimento davalorização individual. Mas há uma contra-indicação para indivíduos com epilepsia musicogênica, ouseja, determinados ruídos ou músicas podem provocar ataques epiléticos.

Nos EUA, estudo da Universidade da Califórnia com vítimas crônicas de enxaqueca demonstraramque pacientes reagiram melhor aos medicamentos tradicionais quando submetidos à musicoterapia.Melhor, inclusive, do que sessões de relaxamento.

Do ponto de vista psicológico, a musicoterapia favorece o desenvolvimento emocional e afetivo. Oritmo ameniza a ansiedade do cotidiano, o estresse, a insônia e estimula a criatividade. Fisicamente,a técnica ativa o tato e o ouvido, a circulação sanguínea, a respiração e os reflexos.

Metodologia:

A técnica consiste em saber usar a linguagem sonora, verbal e corporal em benefício próprio. Omusicoterapeuta lança mão de audições musicais, atividades ritmicas e a percepção de sonscorporais, instrumentais e vocais e a improvisação (inclusive dramática).

Antes do início do tratamento, o musicoterapeuta entrevista o paciente e faz um histórico pessoal. Apartir dessas informações, elabora-se a história sonoro-musical e alguns testes são feitos paraavaliar a audição, e de que forma a pessoa percebe o som.

Nem sempre a sessão começa com relaxamento, cada caso requer um direcionamento específico doprocesso terapêutico. Para alguns indivíduos que sofrem de estresse, ansiedade e depressão éindicado o relaxamento prévio. Quando a terapia é em grupo, o musicoterapeuta pode sugerir oaquecimento.

Na musicoterapia definida como receptiva, sons da natureza e a música "new age" geralmenteauxiliam a tranquilizar o paciente. Em alguns indivíduos, por exemplo, tal gênero musical tem efeitocontrário, isto é, causa irritação. Por isso a sonoridade relacionada com a vida "musical" do pacienteé levada em conta.

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O musicoterapeuta deve escolher corretamente a música: alguns temas de filmes, por exemplo, sãorelaxantes, mas podem trazer uma emoção indesejada no paciente naquele momento da terapia.

Violão, piano, teclados, sintetizadores e instrumentos de percussão, como pandeiros, bongôs, reco-recos, entram em cena no modo definido como ativo da terapia.

Em alguns casos, por exemplo, usam-se outras terapias integradas, como a arteterapia, cantoterapia,dançaterapia e a psicologia durante o processo.

Outra modalidade, a projetiva, trabalha com a audição de músicas e de sons, na qual o indivíduoexpressará o que ouve por meio do desenho, da escrita ou da modelagem.

O psicodrama é outra das ferramentas: voz, corpo e instrumentos integrados ajudam a potencializara criatividade do paciente. Os musicoterapeutas afirmam que as sessões são sempre direcionada deacordo com o objetivo e o tipo de problema desenvolvido pelo indivíduo.

Em casos de depressão, estresse e ansiedade os benefícios podem ser sentidos após quatro meses detratamento.

Lição 06: Musicoterapia para Crianças

Tudo que é música, para uma criança, sempre é positivo. Mas devemos ter em conta que este deveser adaptada aos seus ouvidos, à sua capacidade de ouvir, à sua idade.

A musicoterapia pode ajudar muito a uma criança na sua aprendizagem, coordenação, controle deansiedade e melhoria do estado de ânimo, entre outros. Mas, sobretudo ajudar-lhe a organizar anivel interno. A influência da música é muito maior do que acreditamos.

Quanto ante se exponha uma criança à música, mais benefícios existem, seja como terapia ou comouso lúdico. O uso de canções para ensinar habilidades académicas, sociais e motoras às criançaspequenas, tornou-se numa práctica comum para alguns professores e educadores de música e claro,para muitos musicoterapeutas dos Estados Unidos.

Existem muitos estudos que demonstram que a música e os seus componentes produzem padrões deactividade cerebral. Isto leva a uma maior eficácia a nivel de funcionamento do cérebro não só comodirector dos processos cognitivos, mas também como regulador das funções vegetativas doorganismo.

Quando se aplica uma destas alternativas a um paciente, como pode ser a musicoterapia, é porqueexiste algo no seu sistema que não acaba de funcionar, seja em maior ou menor grau, mas ésuficientemente importante para evitar desencadear outros problemas do tipo psicológico, social,motriz, fisiológico… Por vezes, um problema que tem solução na musicoterapia, evita outros futurosproblemas no desenvolvimento tanto da criança como do adulto.

A música tem valores universais que afectam todas as pessoas e que se definem pelo ritmo, aharmonia, a melodia e o tom. Assim, o musicoterapeuta deve descobrir a personalidade musical decada paciente para seleccionar a música adequada, porque segundo a sua personalidade e o seuestado, pode ser mais benéfico um tipo de música ou outro.

Lição 08: Efeitos da musicoterapia nas crianças

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Os efeitos que Musicoterapia tem nos distintos âmbitos são muitos, mas se nos baseamos nos queinfluenciam as crianças, são os seguintes:

- Fisiología: produz mudanças no ritmo cardíaco e respiratório, assim como na tensão muscular.

- Comunicação: estimula a expressão dos problemas das inquietudes.

- Afectividade: favorece o desenvolvimento emocional e afectivo.

- Sensibilidade: aguça a percepção auditiva e táctil.

- Movimento: estimula a actividade e melhora a coordenação motriz.

- Sociabilidade: fomenta a inter-relação social.

- Educativas: ajuda na formação, desenvolvimento pessoal e na superação de dificuldades deaprendizagem.

- Psicoterapéuticas: ajuda a resolver problemas psicológicos e a mudar conductas estabelecidas.

- Médica: apoio psicológico e físico (pode reduzir a dor) a pacientes, médicos que enfrentamsituações difíceis como a cirugía, doenças terminais, cuidados intensivos…

- Psiquiátrica: melhora a autoestima e a capacidade de comunicação dos doentes.

Lição 09: Os aspectos da musicoterapia

Áreas de Atuação

Como prevenção e promoção de saúdeGestantes e/ou "casais grávidos: acompanhamento pré-natal com pais e mães.●

Primeira infância: estimulação global.●

Adolescentes: autoconhecimento, reelaboração de conteúdos internos, stress, orientação●

vocacional. Adultos: autoconhecimento como objetivo de promover melhor qualidade de vida, saúde global,●

maior desempenho e competências, autoconfiança, amor a si mesmo e satisfação pessoal.Entendimento de como os diferentes papéis que "representamos" se inter-relacionam e seinfluenciam. Paralelamente, benefícios como diminuição do stress, ansiedade, depressão, doençaspsicossomáticas, insegurança e desânimo entre outros.Terceira idade: tem como objetivo preservar e estimular habilidades para que estas não se●

deteriorem. Visa dar continuidade a uma vida saudável e ativa, incentivando o cuidado por simesmo e o contato social.

Como tratamento, reabilitação e promoção de saúdeStress●

Transtornos emocionais: quadros depressivos, ansiedade, baixa motivação, timidez excessiva,●

baixa auto-estima, indecisão, entre outrosComunicação e distúrbio de linguagem●

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Distúrbios Neurológicos●

Doença de Alzheimer●

AVE (Acidente Vascular Encefálico)●

Área hospitalar (atendimento particular ou institucional)●

Resultados EsperadosAtravés dos objetivos traçados para cada atendimento, o indivíduo potencializa sua condição deautoconhecimento, ampliando a percepção de si e do mundo que o rodeia. Ele se torna capaz decriar estratégias criativas para vivenciar seus desafios, mantendo o equilíbrio.

O paciente desenvolve potenciais e /ou restabelece funções para que possa alcançar uma melhorintegração inter e intra pessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida pela prevenção,reabilitação ou tratamento.

Lição 10: Cantoterapia

A Cantoterapia ativa e promove o desenvolvimento individual. Cantar é expor-se a si mesmo e aomundo, pois a voz reflete o estado físico e psicológico de cada um. Na Cantoterapia criamoscondições e possibilidades para que o paciente aprenda a usar todas as forças curativas da suaprópria voz.

IndicaçõesDesafinação●

Insatisfação com relação a qualidade da produção vocal●

Dificuldade em cantar devido a bloqueios●

Nós, calos, fendas, rouquidão e outras patologias oriundas do uso incorreto da voz●

Perda ou diminuição da qualidade vocal no idoso●

Traumas●

Resultados Esperados

O paciente entra em contato com as forças curativas da sua voz e, através dela, experimenta arealização e o crescimento individual.

Lição 11:Bibliografia

Anna Paula Caillot AmaralMusicoterapeuta – CPMT 139/02Graduada pela FAP-Curitiba em 2001Especialista em Educação Especial

Música e Saúde - Even Ruud - e Summus Editorial

Silvi Gallostra, psicopedagoga da Equipa Essential Minds

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COSTA, C.M. (1989) – O despertar para o outro, São Paulo: Summus.

RUUD, E. (1990) – Caminhos da Musicoterapia, São Paulo: Summus.

SCHURMANN, E.F. (1989) – A música como linguagem – uma abordagem histórica, São Paulo:Brasiliense.

SKAR, P. (1995) – Music and analysis – contrapunctal reflections, Zürich 95 – Open Questions inAnalytical Psychology – 389 – 403.

Maristela Pires da Cruz Smith, presidente da Associação de Profissionais e Estudantes deMusicoterapia do Estado de São Paulo, e Conceição Rossi, musicoterapeuta e terapeuta holística daEndocrino-Clínica de São Paulo.