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MÚSICA IMPRESSIONISTA Música impressionista é o nome dado ao movimento da música clássica européia ue sur!iu no "im do Século #I# e continuou até o meio do Século ##$ Ori!inando%se na &ran'a( música impressionista é caracteri)ada por su!est*o e atmos"era( e a+stem os e,cessos emocio nai s da Era Rom -ntica$ Com pos itores imp res sio nis tas pre "eriam composi'.es com "ormas mais curtas( tais como o nocturne( ara+esue( e o prelúdio/ além di sto( "r e 0e nt emente e, pl or av am esca la s( como a escala 1e,a"2nica$ A in"lu3ncia de impressionismo visual na sua contraparte musical é +em discutida$ Claude 4e+uss5 e Maurice Ravel s*o considerados( em !eral( os maiores compositores impressionistas$ Mas( 4e+uss5 n*o concordou com o termo( c1amando%o de inven'*o dos cr6ticos$Entre outros músicos impressionistas "ora da &ran'a incluem%se o+ras de Ralp1 7a u!1an 8illiams e Ottorino Respi!1i$ Música impressionista$ O Movime nto Imp res sionista na música( "oi um mov ime nto na músic a clá ssica européia( principalmente na &ran'a( ue se iniciou no meio do Século #I# e continuou até o meio do Século ##$ Assim como o seu percursor em artes visual( música impressionista "ocali)ou mais na su!est*o e atmos"era do ue na "orte emo'*o ou ilustra'*o da 1ist9ria como em Música de pro!rama$ Música impressionista sur!iu de uma rea'*o aos e,cessos da Era Rom-ntica$ Enuanto este per6odo "oi caracteri)ado como uma Era do uso dramático do sistema das escalas maior e menor( música impressionista tende a "a)er mais uso de disson-ncia com escalas n*o t*o comuns( tal como a escala 1e,a"2nica$ Compositores rom-nticos tam+ém usaram "ormas lon!as de música( com o a sin"onia e o concerto$ En uanto os com pos ito res imp ressio nis tas  pre"eriram "ormas menores$ Música Expressionista  Na música( o e,pressionismo com e'ou como um e,a!ero( até mesmo uma distor'*o( do romantismo tardio( em ue os compositores passaram a despe:ar na música toda a car!a de su as emo '.es mai s intens as e pro "undas$ 4en tre os ue esc rev iam em es til o e,pressionista estavam Arnold Sc1oen+er! ;ue tam+ém era pintor< e seus alunos= Al+an >er! e Anton 8e+ern$ Os tr3s( tra+al1ando :untos na capital austr6aca( tornaram% se con1ecidos como ?A Se!unda Escola de 7iena?$  Na primeira "ase( a música e,pressionista apoiava%se em 1armonias ue se tomavam cada ve) mais cromáticas( o ue aca+ou levando @ atonalidade$ A mú sica e,pressionista em estilo atonal é caracteri)ada por 1armonias e,tremamente dissonantes/ melodias "renéticas( descon:untadas( incluindo !randes saltos/ contrastes violentos e e,plosivos( co m os in st rumento s to ca nd o as pe ra me nt e no s e,tremos de se us re !istros$

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MÚSICA IMPRESSIONISTA

Música impressionista é o nome dado ao movimento da música clássica européia uesur!iu no "im do Século #I# e continuou até o meio do Século ##$ Ori!inando%se na&ran'a( música impressionista é caracteri)ada por su!est*o e atmos"era( e a+stem ose,cessos emocionais da Era Rom-ntica$ Compositores impressionistas pre"eriamcomposi'.es com "ormas mais curtas( tais como o nocturne( ara+esue( e o prelúdio/além disto( "re0entemente e,ploravam escalas( como a escala 1e,a"2nica$A in"lu3ncia de impressionismo visual na sua contraparte musical é +em discutida$Claude 4e+uss5 e Maurice Ravel s*o considerados( em !eral( os maiores compositoresimpressionistas$ Mas( 4e+uss5 n*o concordou com o termo( c1amando%o de inven'*odos cr6ticos$Entre outros músicos impressionistas "ora da &ran'a incluem%se o+ras deRalp1 7au!1an 8illiams e Ottorino Respi!1i$Música impressionista$

O Movimento Impressionista na música( "oi um movimento na música clássicaeuropéia( principalmente na &ran'a( ue se iniciou no meio do Século #I# e continuouaté o meio do Século ##$ Assim como o seu percursor em artes visual( músicaimpressionista "ocali)ou mais na su!est*o e atmos"era do ue na "orte emo'*o ouilustra'*o da 1ist9ria como em Música de pro!rama$ Música impressionista sur!iu deuma rea'*o aos e,cessos da Era Rom-ntica$ Enuanto este per6odo "oi caracteri)adocomo uma Era do uso dramático do sistema das escalas maior e menor( música

impressionista tende a "a)er mais uso de disson-ncia com escalas n*o t*o comuns( talcomo a escala 1e,a"2nica$ Compositores rom-nticos tam+ém usaram "ormas lon!as demúsica( como a sin"onia e o concerto$ Enuanto os compositores impressionistas

 pre"eriram "ormas menores$

Música Expressionista

 Na música( o e,pressionismo come'ou como um e,a!ero( até mesmo uma distor'*o( doromantismo tardio( em ue os compositores passaram a despe:ar na música toda a car!ade suas emo'.es mais intensas e pro"undas$ 4entre os ue escreviam em estiloe,pressionista estavam Arnold Sc1oen+er! ;ue tam+ém era pintor< e seus alunos=Al+an >er! e Anton 8e+ern$ Os tr3s( tra+al1ando :untos na capital austr6aca( tornaram%se con1ecidos como ?A Se!unda Escola de 7iena?$

 Na primeira "ase( a música e,pressionista apoiava%se em 1armonias ue se tomavamcada ve) mais cromáticas( o ue aca+ou levando @ atonalidade$ A música e,pressionistaem estilo atonal é caracteri)ada por 1armonias e,tremamente dissonantes/ melodias

"renéticas( descon:untadas( incluindo !randes saltos/ contrastes violentos e e,plosivos(com os instrumentos tocando asperamente nos e,tremos de seus re!istros$

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O e,pressionismo "oi pre"i!urado no se,teto de cordas  Noite Transfigurada, de

Schoenberg ( escrito em B$ Em DB ele comp2s o Segundo Quarteto de Cordas( ueinclui no terceiro e no uarto movimentos uma vo) de soprano$ Mas é no uartomovimento ue Schoenberg  a+andona de ve) a tonalidade( partindo para sua primeira

aventura atonal$ ;O soprano come'a( muito apropriadamente= Sinto o ar de outro planeta$$$ 4issolvo%me em sons$$$?<$Outras importantes o+ras do e,pressionismo atonalincluem( de Schoenberg, Cinco Peças para Orquestra, Op. 16 e Pierrot Lunaire,  parasoprano e cinco instrumentistas ;a parte vocal está escrita con"orme o ue ele c1ama deSprec1!esan! % meio "alada( meio cantada<$ 4e  !ban "erg, Tr#s Peças para Orquestra,

Op. 6 e a be!a $pera %o&&ec'. (e nton %ebern, Cinco Peças para Orquestra, Op. 1).

 Nas o+ras de %ebern  % muito curtas e e,tremamente concentradas %( todos osinstrumentos s*o tratados como solistas( uase sempre tocando notas isoladas %raramente mais ue tr3s ou uatro ao mesmo tempo$

Serialismo IntegralHistorico

Ao "inal da II uerra Mundial( o interesse no sistema 4odeca"2nico ou Serial( cresceude "orma considerável( apesar do "ato ue dois dos seus principais propa!andistas ;>er!(8e+ern<( :á terem "alecido e o único remanescente por ironia( "oi o criador do sistema(Sc1oen+er!$

Outra curiosidade a ser o+servada é o "ato de ue o sistema 4odeca"2nico( teve suas"or'as renovadas "ora de sua terra natal( 7iena( isso ocorreu por causa da perse!ui'*o

imposta pelos Na)istas a Sc1oen+er!( este vendo%se impossi+ilitado de tra+al1ar ecompor( re"u!ia%se em Paris e depois mi!ra para os E$F$A$$ Se!uindo os passos do

 pro"essor( os alunos de Sc1oen+er! tam+ém se retiraram da Austria e Aleman1a( entreestes alunos estava René Gei+oHit)( este terá um papel importante na divu!a'*o dosistema de Sc1oen+er! entre os :ovem compositores europeus e principalmente"ranceses$ Entre estes estudantes está a "i!ura de Boulez( ue estudava so+ orientação

de Messiaen$ 4o outro lado do atl-ntico( Sc1oen+er!( a+riu espa'o pra o serialismoentre os compositres norte%americanos( entre eles podemos destacar Babbitt( este ueseria o !rande nome do serialismo nos E$F$A$$

Esta renova'*o de "2le!o do sistema Serial talve) estivesse li!ado a um sentimento derenovac*oJ como coloca ri""it1s( mas tam+ém numa uest*o de mudan'a de conte,to(

 pois numa Europa devastada por uma !uerra( mer!ul1ada numa anaruia estrutural(nada seria mais natural ue a necessidade de ordem( como escreveu >oule) so+re este

 per6odo Estrutura, era a palavra chave na épocaJ$

Assim no in6cio da decada de KD( o "estival de armtadt( teve papel importante nadivul!a'*o de novas ideias e técnicas composicionais( neste "estival( come'a a"ermenta'*o da ideia de um sistema +aseado no serialismo no ual as ideias de series

"ossem aplicadas para os demais parametros da música( em outras palavras o serialismointe!ral$

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Serialismo Integral

A ideia de controle total so+re o material sonoro( através o uso do princ6pio serial( :áestá posta em prática nas o+ras da maturidade de 8e+ern( ele!endo par-metrosdi"erentes para "ormata'*o de suas o+ras( como o sil3ncio( dispers*o sonora(

descartando as ideias de tema e desenvolvimento tradicionais$

L uma interpreta'*o mais a+strata do princ6pio serial ela+orado com Sc1oen+er!( ondea série é vista n*o como uma série de notas( mas antes como uma série de proporç!es,

as uais se!undo esses compositores podem ser aplicadas a todo e ualuer par-metromusical= alturas( re!istros( dura'.es( intensidades( articula'.es( tim+res( te,turas( e atélocali)a'*o do som no espa'o

A ideia de controle dos vários par-metros musicais( :á se encontrava no tra+al1o de

Messiaen( ue :á discutia com seus alunos( o poru3 dos compositores 7ienenses aindareali)arem suas composi'.es com concep'.es tradicionais de ritmo e din-mica( e aomesmo tempo re"ere%se @ ideia de uso das séries a todos os par-metros( como pertinentee poss6vel$

Messiaen reali)a isso em seu Modos de "alores e intensidadesJ ue "oi apresentadaem em 4armstadt( e causou "orte impress*o so+re >oule) e Stoc1uasen( estesdois compositores ser*o as Ca+e'as%de%Gan'aJ ( do Serialismo inte!ral( ue se se!uirianos anos KD( década onde este movimneto tornaria%se praticamente 1e!em2nico naEuropa e em !rande parte dos outros continentes$

Modos de Valores e de Intensidades

Procurar descri'*o$

“Structures Ia” de Boulez e “Kreuzspiel” de Stockhuasen

Apesar da "or'a e da uase a+soluta preponder-ncia do serialismo so+re os demaisestilos e tend3ncias( o Serialismo Inte!ral em sua "orma mais radical( teve o per6odocurto de vida( seus principais propa!andistas tomaram outros rumos ou e"eturam uma

reeleitura mais livre dos princ6pios seriais$

# musica aleatoria 

Música Aleat9ria ;ou a c1amada Composi'*o Aleat9ria< é um estilo de música ue sedesenvolveu no Século ##( na ual al!uns dos elementos da composi'*o s*o dei,adosao acaso$ O termo "oi inventado pelo compositor "ranc3s Pierre >oule) para descrever tra+al1os a cu:os e,ecutores eram dados certas li+erdades com ressalvas para a ordem erepeti'*o das partes da o+ra musical$ A inten'*o de >oule) com o termo era distin!uir seus tra+al1os dos compostos por o1n Ca!e ue se utili)ava de opera'.es improváveis

 para reali)á%los$ A música eletr9nica e o serialismo inte!ral do "inal dos anos D e in6cioda década se!uinte 1aviam sur!ido como uma espécie de c1amada @ ordem no p9s%!uerra( c1e!ando ao apo!eu em K( ano em ue >oule) pu+licou

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Structures e Stoc1ausen( Qreu)spiel $ Mas "oi tam+ém em K ue o acaso tornou%seuma poderosa "or'a propulsora do tra+al1o de Ca!e( em Music o" C1an!ese Ima!inar5 Gandscape n$( a+rindo novos camin1os para os compositores europeus uetam+ém a aceitaram$ Isto se deu em parte por in"lu3ncia direta de Ca!e( ue seapresentou em concertos pela Europa em K e KB( mas "oi +asicamente um

movimento independente$ Como constatou >oule)( o acaso n*o c1e!ara a ser a+olido narami"icada or!ani)a'*o do serialismo inte!ral( muito pelo contrário$ A partir domomento em ue uma parte t*o importante da composi'*o dependia da manipula'*onumérica( o compositor perdia o controlo dos detal1es de sua cria'*o$ O pro+lema eraencontrar o meio%termo entre uma or!ani)a'*o serial t*o completamente

 predeterminada ue a escol1a do compositor se visse alineada( de um lado( e( do outro(a livre ima!ina'*o( ue "acilmente poderia levar @ incoer3ncia$ &oi o ue >oule) lo!rouem Ge Marteu sans Maitre( mas para ele esta s9 poderia ser uma solu'*o provis9ria( atéo delineamento de um novo pro!rama estético$ Os compositores de música eletr9nicatam+ém 1aviam perce+ido ue o seu controlo :amais seria t*o completo uantodese:avam= a e,peri3ncia de Stoc1ausen na composi'*o de Studie I o 1avia

demonstrado su"icientemente$ Os sons mais comple,os nunca poderiam ser de"inidoscom precis*o em seus elementos constituintes( permanecendo sempre )onas de incerte)anas uais s9 seria poss6vel "i,ar as caracter6sticas do som em termos de pro+a+ilidades$4e modo ue tanto o serialismo inte!ral uanto a composi'*o eletr9nica( ue 1aviamdespertado tantas esperan'as( revelavam%se am+os permeáveis @ in"lu3ncia do acaso$Impun1am%se al!uma "orma de adapta'*o @ desordem( uem sa+e tentando "a)er doacaso uma escol1a$ Ca!e n*o sentia esta necessidade de impor ordem no caos( e :á em;K< 1avia uase completamente a+erto sua música @ incid3ncia do acaso$ Por esta época( ele 1avia atra6do em Nova Iorue um !rupo de cole!as com preocupa'.esa"ins( entre eles o pianista 4avid Tudor e os compositores Morton &eldman ;U<(Earle >roHn ;U< e C1ristian 8ol"" ;<$ O !rupo li!ou%se tam+ém aos artistas

 plásticos esta+elecidos na cidade( como acson Polloc e Ale,ander Calder( nosuais &eldman admirava a total independ3ncia em rela'*o @s outras artes( a a+solutase!uran'a interior no trato do ue l1es era descon1ecidoJ$ Com esta mesma se!uran'a(e a permiss*oJ ue di)ia impl6cita nas o+ras de Ca!e( &eldman entre!ou%se @composi'*o de pe'as despretensiosas( de sonoridades simples e delicadas$ A introdu'*odo acaso decorria( aui( do mani"esto dese:o de reali)ar al!o muito modestoJ( se!undoas palavras de Qlee$ Suas Pro:ections ;KD%K<( e ainda outras o+ras( s*o escritas em

 papel uadriculado( cada uadrado representando uma unidade de tempo a ser  preenc1ida pelo sil3ncio ou por um som de"inido em termos +astante va!os= por e,emplo( uma nota em pi))icato no re!isto médio do violoncelo( podendo o e,ecutante

escol1er livremente a altura dentro deste limite$ >roHn( ue tam+ém distin!uiu na artede Polloc e Calder a "un'*o criativa do Vn*o%controlo J( introdu)iu a indetermina'*oao n6vel da "orma$ O intérprete( ou os intérpretes THent5%&ive Pa!es ;K< para piano;de um a vinte e cinco< pode;m< dispor as pá!inas do material musical na ordem uel1e;s< aprouver$ Mais a+erto ainda é 4ecem+er K( primeiro e,emplo de partitura!rá"icaJ( constitu6da simplesmente de um tra'ado a ser interpretado por ualuer "ontesonora$ As primeiras o+ras aleat9rias importantes de 8ol"" sur!iram mais pelo "im dadécada( uando ele come'ou a empen1ar%se em estimular a inven'*o( a comunica'*o e aintera'*o entre os inte!rantes de um con:unto$ A música deve tornar poss6velJ(escreveu( a li+erdade e a di!nidade dos e,ecutantes$ Ela deve ser permanentementecapa) de surpreender ;inclusive os pr9prios e,ecutantes e compositor<$J Para !erar 

oportunidade de supresaJ( 8ol"" limitava%se @s ve)es a indica'.es muito !erais( como

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instru'.es para ue em determinados momentos os músicos rea!issem uns aos outros(antecipando assim o+ras de Stoc1ausen como Pro)ession e Qur)Hellen$ A di"eren'a essencial estava em ue 8ol"" n*o e,i!ia ualuer controle so+re o produto"inal$ Certas o+ras compostas por Ca!e e seus cole!as nova%ioruinos no in6cio dos anosKD podem causar impress*o de revolta iconoclasta ou 1umor nonc1alant( mas n*o se

tratava de repeti'*o e,a!erada do ue se vira na Paris de Satie e dos Seis$ Satie "oie"etivamente tomado como e,emplo( mas o ue nele mais admirava Ca!e era adesam+i'*o( e n*o a irrever3ncia$ Tam+ém 8e+ern !o)ava de !rande prest6!io entre oscompositores de Nova Iorue( numa época em ue os serialistas europeus oveneravam como santo AntonJ( e para citarStravins5$ Os norte%americanos( entretanto( interessavam%se menos pelo ri!or de suasconcep'.es serias do ue pela imprevisi+ilidade e as te,turas "le,6veis de suas o+rasatonais( a elou3ncia de seus sil3ncios e a aten'*o dedicada a cada ocorr3nciaindividual$ A música de &eldman( especialmente( parece prolon!ar este 8e+ern inicial(

 por sua serenidade$ Na Europa( a composi'*o aleat9ria entrou em cena audaciosamentecom duas o+ras ouvidas em 4armstadt em KW= QlavierstXc #I ;Pe'a para piano #I<(

de Stoc1ausen( e a Terceira Sonata para piano de >oule)$ Na primeira( o intérprete via%se diante de uma única pá!ina com de)anove "ra!mentos de música a serem e,ecutadosem ualuer ordem$ 4epois de tocar um deles( o pianista deve percorrer a pá!ina em

 +usca de outro( e e,ecutá%lo de acordo com indica'.es de andamento( intensidade etoue "ornecidas ao "im do último$ Cada "ra!mento pode ser tocado duas ve)es( soandocom toda pro+a+ilidade completamente di"erente na se!unda( e a pe'a aca+a ap9s aterceira e,ecu'*o de ualuer um deles$ A Terceira Sonata de >oule)( como se podiaesperar( é mais moderada em sua a+ertura para o acaso$ O pianista tem várias op'.es

 para se orientar pelo material proposto( ue é inte!ralmente anotado( e,ceto por umacerta "le,i+ilidade de tempo$ Tam+ém a sucess*o dos cinco movimentos pode o+edecer a di"erentes ordens ;somente dois e uma parte do terceiro "oram pu+licados<( e cada umdeles con"ronta o intérprete com di"erentes tipos de escol1a$ No mais e,tenso(Constellation%MiroirJ( 1á numerosas alternativas de associa'*o de uma enormevariedade de "ra!mentos( como na pe'a de Stoc1ausen$ Mas aui as di"erentes

 possi+ilidades s*o estipuladas( preservando%se em todaselas a altern-ncia de +locosJ ;acordes pesados< e pontosJ ;notas e lin1as isoladas<(ue dota a pe'a de uma pro!ress*o "ormal anta!2nica t6pica de >oule)$ A nature)a domovimento é indicada na partitura impressa com a ampla disposi'*o das constela'.esJsonoras( coloridos de vermel1o os +locosJ e de verde os pontosJ$ O modelo aui

 parece ter sido$Mallarmé( poema em ue di"erentes caracteres s*o usados nas palavras e "rases lan'adas

em desordem através das pá!inas$ O papel de precursor da arte aleat9riaJ ;do latimalea( dado de :o!o< atri+u6do a Mallarmé tornou%se evidente em KW( ano de estreiadessas composi'.es pioneiras de >oule) e Stoc1ausen$ &oram ent*o pu+licados oses+o'os de Mallarmé para o Givre ue deveria ter sido o livro sa!rado do esteticismo(destinado a "ornecer a possi+ilidades in"initas aos recitantes$ >oule) empreendeu umretrato de MallarméJ em Pli selon Pli para soprano e oruestra( ue durante os cincosanos de sua composi'*o "oi%se constituindo em pro!ressiva revela'*o da personalidadee,pressiva e das convic'.es estéticas do poeta$ Tam+ém aui s*o cinco os movimentos(

 +aseado cada um num poema de Mallarmé mais ou menos su+mersoJ pela música( masdesta ve) a escol1a é limitada a decis.es em peuena escala$ O re!ente pode( por e,emplo( a!rupar determinadas passa!ens de diversas maneiras/ o soprano tem a

 possi+ilidade de escol1er entre di"erentes lin1as vocais/ e a li+erdade conce+ida emmatéria de tempo( din-mica e pausas dá @ música uma espécie de elasticidade

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ondulante$ L evidente ue a este n6vel a composi'*o aleat9ria nada mais é ue um prolon!amento limitado de li+erdades ue sempre "oram aceites na música composta( pois nen1uma partitura( nem mesmo t*o carre!ada de indica'.es uanto as Structuresde >oule)( pode determinar com e,atid*o cada detal1e sonoro$ E t*o pouco é tolamentenova a ideia de "orma m9velJ( pois "reuentemente o+ras de vários andamentos eram

su+metidas a omiss.es ou rea!rupamentos parciais$ Até mesmo o mane:o do acasodesenvolvido por Ca!e tin1a precedente nas pu+lica'.es do "inal do século #7III ue"orneciam matérias musicais a serem trans"ormados em composi'.esJ se!undo osresultados do :o!o de dados$ Mas a introdu'*o do acaso em meados do século ## "oidi"erente em escala e import-ncia$ No caso e,tremo de Ca!e( levou @ completasu+vers*o do conceito ocidental de pe'a musical como o+ra de arte permanente( emesmo @ ne!a'*o da necessidade de compor$ A música ue pre"iroJ( disse Ca!e( @min1a pr9pria e @ de ualuer outro( é a ue ouvimos uando nos mantemos ema+soluto sil3ncio$ >oule) :amais aceitaria semel1ante atitude( para ele o acaso é a únicamaneira de "i,ar o in"initoJ( possivelmente constituindo tam+ém o resultado l9!ico dométodo serial= "ormas permutáveis para uma técnica de permuta'*o$ As estruturas

aleat9rias podem com e"eito ser consideradas particularmente apropriadas @ músicaatonal em !eral$ 4esde as primeiras o+ras atonias de Sc1oen+er!( 1á meio século( acria'*o de "ormas musicais sem uma 1armonia tonal vin1a mesmo sendo um pro+lema(

 pois o a+andono da tonalidade acarretara a perda dos meios de criar "ormas direcionadas para o um "im( :á ue estes dependiam dos "en9menos tonais de prepara'*o( modula'*oe resolu'*o$ Sc1oen+er!( 8e+ern( Stoc1ausen e >oule) 1aviam e,perimentadodi"erentes maneiras de contornar o pro+lema( pois a!ora a composi'*o aleat9ria

 permitia i!norá%lo$ Como escreveu >oule) a prop9sito do seu se!undo caderno deStructures para dois pianos ;U<= Será ue toda a o+ra musical tem de ser encaradacomo uma constru'*o "ormal com direcionamento "irmemente esta+elecidoY N*o

 poder6amos tentar v3%la como uma sucess*o "antástica na ual as 1ist9riasJ n*o t3muma rela'*o r6!ida( nem ordem "i,aYJ$ Persistia de ualuer "orma( pelo menos no casodo ouvinte menos so"isticado( a di"iculdade de ue toda a o+ra aleat9ria e"etivamenteapresenta uma ordem "i,a= n*o é poss6vel transmitir a impress*o de mo+ilidade "ormalem uma única e,ecu'*o( menos ainda em se tratando de reprodu'*o !ravada$ Eis ue cai

 por terra ualuer analo!ia com osmo+iles  de Calder( por e,emplo( pois a música é uma arte temporal$ A "le,i+ilidade e aespontaneidade de uma e,ecu'*o podem evidenciar um !rau limitado de li+erdade( masn*o a mo+ilidade "ormal$