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OPSIS Março Nº10 www.esvf.net ENTREVISTA ALICE VIEIRA REPORTAGEM DIA DA ESCOLA

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Page 1: Nº10 OPSIS - aevf.pt · REPORTAGEM DIA DA ESCOLA. INDICE Os alunos de Biologia da 4ª turma do 12º ano ... Esta atividade incidiu sobre a leitura da obra de Sofia de Mello Breyner,

OPSISMarço

Nº1

0

w w w. e s v f . n e t

ENTREVISTA

ALICE VIEIRAREPORTAGEM

DIA DA ESCOLA

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INDICE

Os alunos de Biologia da 4ª turma do 12º ano e a Professora Manuela Matos fizeram a sua primeira visita de estudo no passado dia 28 de setembro e o seu destino foi a Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Nova de Lis-boa. Esta instituição organizou mais uma vez a exposição Corporis Fabrica e a nossa escola marcou presença neste evento. Este projeto do Departamento De Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas deu-nos a conhecer um pouco do mundo que é a Anatomia Humana. Chegados os alunos ao local, e ven-do que ainda faltava tempo para o início da nossa visita, foi-nos possível conhecer um pequeno jardim junto à faculdade e assistir às praxes dos novos futuros médicos. À hora marcada,encaminhámo-nos para o ponto de encontro e demos por começada a nossa ex-pedição ao corpo humano. Fomos sempre acompanhados por uma simpática aluna do 3º ano desta faculdade que partilhou connosco alguns dos seus conhecimentos. As suas es-clarecedoras explicações, juntamente com as realistas maquetas e órgãos verdadeiros pront-inhos a dissecar, fez com que todos saísse-mos de lá muito mais ricos do que chegámos. Este espaço repleto de ciência e conhecimen-to permitiu que todos assimilassem melhor a matéria de Biologia dada e que alguns ficas-sem com uma idéia mais clara do que é estu-dar Medicina. Bem, para o ano há mais...

Teresa Bruno, 12º 4ª

CORPORIS FABRICA

Viagem ao interior do corpo humano...

Viva a boa disposição...

ENTREVISTA

LER+

Fr Luis de Sousa

Passeio PPES-LER+

Teatro

LER+Encontro

Paula Rego

Afonso PedrosoBeatriz OsórioCatarina MendesFilipa NascimentoFrancisco PenaHelena MansoHenrique DelgadoInês RodriguesJoana CarmonaJoana NogueiraJoão BarataJoão FerreiraMafalda FalcãoManuel NavarroManuel SantosMariana AlvesMaria Inês AscensoMaria João YoungMarta CostaMiguel AndradeNuno MonteiroPedro CastroRicardo AmaralRicardo MarquesRita MouraTeresa BrunoTomás Vicente

Professores

Alcina NevesAna AlvesAna CirneAna FariaBernardetteCésar GarciaGraça ValeHelena MarquesIsabel SabinoIsabel TrindadeManuela MatosRui Reis

CapaLaura Monteiro

CoordenaçãoCatarina Guerreiro

Design Gráficoantigos alunos:Bernardo CamposTomás Reis

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Concurso Cavaleiro da Dinamarca

Este concurso destinava-se a todas as turmas do 7ºano, mas, infelizmente, por ter coincidido com outras atividades, acabaram por participar apenas as duas turmas das profªs Catarina Guerreiro e Ana Rita Duarte. Esta atividade incidiu sobre a leitura da obra de Sofia de Mello Breyner, o Cavaleiro da Dinamarca.Os alunos mostraram entusiasmo e demonstraram conhecer bem a história.

A competição foi renhida e, no final, estes foram os três finalistas premiados com livros

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ENTREVISTA

Op-Dado que tem mantido a profissão de es-critora em paralelo com o jornalismo, qual das profissões é para si mais importante?

A.V.- Considero-me prioritariamente escritora. Ponto final. A exigência é a mesma, seja qual for o público a que a obra se destine.

Op.- De que modo o jornalismo influencia a sua escrita? A.V.-Ser jornalista influencia sobretudo a ma-neira de escrever : a concisão, a economia de palavras, o rigor no uso dos adjectivos, o pri-mado do concreto sobre o abstracto. E tam-bém infuencia a escolha dos temas, evident-emente.

Op..-O que a levou a escrever?

A.V-Motivos completamente caseiros : os meus filhos queixavam-se porque eu não es-crevia nada para eles – e um dia decidi fazê-lo.

Op.-Como se aprende a gostar de ler?

A.V.-Tudo depende de muitos factores : se as pessoas em casa lêem, se em casa se conversa (se não usarmos as palavras não as podemos apreciar nos livros…), se foram habituados a ouvir histórias desde muito pequeninos, etc… De qualquer modo, não podemos esquecer que hoje a relação com o livro se faz de manei-ras diferentes : não apenas em suporte papel mas também em suporte electrónico. Mas os pressupostos anteriores continuam válidos.

Op..- O que pensa da Literatura Portuguesa atual?

A.V.-Querem que eu escreva agora um livro??? Analisar a literatura portuguesa actual é im-possível… Há muito boa e muito má, como em tudo. Mas, se tivermos hábitos de leitura e se lermos muito, facilmente seremos capazes de distinguir o trigo do joio.

Op. Qual foi o escritor que mais a influenciou?

A.V.-O escritor que mais me influenciou foi o brasileiro Erico Veríssimo. Quando eu era cri-ança, lia-se muito a sua obra (para crianças, para adultos, etc ) e eu comecei a lê-lo muito pequenina, Lembro-me de ficar fascinada com a sua es-crita – mesmo que não entendesse nada do que ele queria dizer... Havia um livro dele – “As Aventuras de Tibicuera”, a história do Brasil contada às crianças —que eu li e reli vezes sem conta. Sabia de cor a frase com que o livro abria – “Nasci na taba de uma tribo tupi-nambá” – mas não fazia ideia nenhuma do que aquilo queria dizer…Influenciou-me tanto que pedi ao filho, Luis Fernando Veríssimo, também escritor, que me desse uma fotografia do pai – e tenho-a aqui, na parede mesmo em frente…

Op.- O que nos pode dizer sobre o seu último livro “Os Profetas” ?

A.V.-“Os Profetas” destina-se a um público adulto. Como, de resto, outros livros que ten-ho escrito. Era uma história verdadeira, que eu queria muito contar, e ainda não tinha tido tempo. Gosto muito de romance histórico, e esta foi uma oportunidade de o fazer.

Op.- O que achou do encontro com os leitores da nossa escola?

A.V.- Gostei muito de ter estado na Escola Vergílio Ferreira, agradaram-me as perguntas, foi uma boa manhã. Entrevista conduzida por Tomás Vicente

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O FREI LUÍS DE SOUSA DE GARRETT NO NOVO AUDITÓRIO DA VERGÍLIO

No passado dia 13 de dezembro, a nossa escola recebeu a companhia de teatro “Casa dos Afec-tos” com a interpretação de Frei Luís de Sousa. O teatro foi criativo, sendo que as per-sonagens tinham as caras totalmente pinta-das de branco, e um vestuário pouco usual, como por exemplo calças de cabedal. A rep-resentação foi bem sucedida, começou por nos mostrar que Maria era a “marioneta” de Telmo que a controlava. As personagens mais expressivas foram Maria e D. Madalena, no entanto, é opinião geral que a segunda se enganou nas suas falas diversas vezes. Um dos momentos altos que ger-ou alguma polémica e agitação en-tre o público foi o grande gesto de afe-to (o beijo…) entre Manuel e Madalena. O teatro proporcionou lazer e diversão à audiência, teve muito sucesso e, por isso mesmo, a companhia está de parabéns.

Maria Inês Ascenso, 11º 6ª

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O Projeto a LeR+, lançado em junho de 2008, é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitu-ra e da Rede de Bibliotecas Escolares des-tinada a apoiar as escolas que pretendem desenvolver um ambiente integral de leitura, numa parceria com o National Literacy Trust e o Reading Connects Project.O objetivo central é colocar a leitura e o prazer de ler, no centro do Projeto Educativo de Escola.O projeto foi lançado, na fase inicial, em 33 escolas/agrupamentos com práticas já re-conhecidas de promoção da leitura e tem uma abrangência nacional.O alargamento do projeto tem sido gradual, de forma a garantir um crescimento susten-tado da rede a LeR+, que já conta com 78 escolas sede de agrupamento.A sustentabilidade deste projeto assenta também na responsabilidade e participa-ção das direções das escolas, das equi-pas da Rede de Bibliotecas Escolares, dos docentes e não docentes, dos alunos, das famílias e das bibliotecas públicas.

LER+

Nós somos uma escola do

Projeto LER+

Este ano, estamos a dar os primeiros pas-sos, mas acreditamos que a leitura e a escrita serão , dentro de algum tempo, práticas mais consolidadas na nossa escola. A direção, a equipa da biblioteca, os profes-sores e os fucionários estão empenhados nesse objetivo.A maioria dos alunos e as suas famílias estão também em sintonia com todo este empen-hamento, por isso sabemos que o projeto se poderá desenvolver de forma segura e susten-tável.

Linhas orientadoras do projeto LER+• Colocar o prazer de ler no centro dos esforços da escola para elevar os níveis de apren-dizagem e o sucesso dos alunos;• Envolver na promoção da leitura todos os elementos da comunidade escolar: professores, funcionários e também pais, bibliotecários, animadores, autarcas, • Trabalhar em parceria com as famílias para estimular a leitura em casa;• Estabelecer relações com a comunidade local e com outras escolas, articulando esforços na promoção do prazer de ler;• Assegurar o máximo de visibilidade à leitura em contexto escolar;• Partilhar boas práticas com as escolas e bibliotecas do projeto a LeR+.

LER+APONTAMOS O CAMINHO PARA LER+, ESCREVER+ e SABER+

O Projeto LER+ apela à colaboração de todos os professores, alunos, funcionários e famílias, pois precisamos de construir uma escola de leitores informados e críticos.

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LER

Uma equipa de alunos muito aplicada preparou o caminho para a leitura e a escrita.

Tu só tens de seguir os passos e participar na aventura ...

Podes expor os teus textos no expositor do LER+ e ser um dos jovens escritores da VERGÍLIO

+ LER +

A colecção “Cherub” Na minha opinião, todos os jovens podem ler esta coleção de livros. Podem e devem! Estes livros abordam problemas como a violência nas escolas e o consumo de drogas. Para além disso, lêem-se muito rapidamente e retratam aventuras. Hoje em dia, os jovens não dedicam muito tempo à leitura, preocupam-se mais com o mundo virtual. Mas, quem começa a ler esta colecção, fica tão empenhado, que se esquece de tudo o resto. Os livros rodam à volta de uma per-sonagem, James, que depois da morte da sua mãe, de ser vítima de violência na esco-la e de ingressar numa casa de acolhimen-to, é recrutado para uma organização ultra secreta, onde primeiro vai fazer uma recruta de cem dias para, depois de a completar, poder fazer missões. É uma colecção do au-tor Robert Muchamore e tem (pelo menos) cinco livros. Por estas razões (por o livro abordar variados temas no âmbito social e ser óp-timo para passar o tempo) aconselho todos os jovens a lê-lo.

Catarina Mendes 10.º8ª

O Encantador de Cavalos

Escolhi este livro por ser um livro que demonstra muito bem a amizade de um cava-lo com uma rapariga, após sofrer uma grande queda. No desenvolvimento da história, o cavalo não permite ser montado por ninguém, devido ao seu grande trauma. Achei muito interessante o envolvimento do cavalo e da rapariga, e mes-mo do seu encantador, ao tentarem ultrapas-sar o trauma do cavalo. O que torna ainda mais interessante o livro são as aventuras que a rapariga e o cavalo ultra-passam. É um livro muito bom para se ler nas férias e aconselho-o vivamente.

Afonso Pedroso, 10º 6ª

A opinião dos jovens leitores da Vergílio

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Para a Minha Irmã

Na minha opinião, o livro “Para a minha irmã, que posteriormente foi adaptado ao cinema, é um livro muito triste, mas muito bom. Foi o melhor livro que li até hoje. É muito triste porque conta a história de uma família, em que a filha mais velha tem leucemia e os pais para a tentar salvar, fazem uma gravi-dez programada, através da qual será gerada uma filha igual à filha mais velha para que se-jam compatíveis ao nível do grupo sanguíneo, medula, etc. Quando a filha mais nova chega aos 12 anos, leva os pais a tribunal, por estes a obrigarem a fazer com o corpo o que eles queriam. Os pais não percebem a sua reacção, pois é para ajudar a sua própria irmã, mas ela só decidiu fazer isso porque tal lhe foi pedido, não que-ria que a irmã mais nova lhe desse mais nada, queria morrer. Eu gostei muito do livro, pois põe-nos a pen-sar “ E isto se passasse comigo? O que é que eu faria nas mesmas condições? Filipa Nascimento, 10º 8

LER + A opinião dos jovens leitores da Vergílio

O Rapaz do Pijama às Riscas

“ O Rapaz do Pijama às Riscas “ foi o livro que mais adorei ler, mesmo não sendo a leit-ura o meu passatempo de eleição.Com este livro, adquiri mais conhecimento relativamente à época do Holocausto aí re-tratada de uma maneira realista e, ao mesmo tempo, cruel e emocional, através da história de um menino que vivia no campo de con-centração, onde conheceu outro rapaz, filho de um alemão que exercia funções militares nesse campo.Estes dois rapazes construíram uma am-izade, mesmo desconhecendo os perigos e a realidade das situações que a sociedade atravessava.Este livro foi também extremamente impor-tante para mim, pois fez-me conhecer mel-hor os meus interesses literários, fomentou a minha necessidade de ler e, o mais impor-tante, mudou a minha forma de ver a socie-dade e os seus problemas.Na minha opinião, o livro está muito bem re-digido, pois durante a sua leitura mantive-me sempre interessado e seguindo a história.Com isto, concluo que “ O Rapaz do Pijama às Riscas “ é o meu livro de eleição e reco-mendo vivamente a sua leitura.

Henrique Delgado, 10º 6ª

LER +

Sempre do teu Lado

Um livro de que gostei muito e que, para mim, transmite uma mensagem muito im-portante sobre a vida entre os animais e os humanos é “Sempre do teu Lado”. Escrito por Maria Teresa Gonzalez, fala so-bre a relação entre um cão e um rapaz. Este pequeno animal de quatro patas entrou na vida deste rapaz sem avisar e lá permane-ceu para sempre. Para mim, este livro é muito bom e está muito bem escrito, trazendo sentimentos de alegria e tristeza a quem o lê. Quando li este livro, a minha gata mais vel-ha estava na fase terminal da sua vida e eu identifiquei-me, porque o cão no fim da história acaba por morrer. Outro motivo pelo qual gostei muito deste livro foi o facto de ter muita acção e diverti-mento. Por exemplo, as duas personagens principais (cão e rapaz) vivem ao mesmo tempo, a fase de adolescência. Esta parte do livro é muito interessante e divertida, porque afinal de contas o cão é o melhor amigo do homem e vive connosco todos os bons e maus momentos. Concluindo, acho que todas as pessoas de-viam ler este livro. Maria João Young, 10º6ª ,

A opinião dos jovens leitores da Vergílio

Triunfo dos Porcos

Até hoje, de todos os livros que já tive o prazer de ler houve um que se destacou de longe: “O Triunfo dos Porcos”, de George Orwell.É um livro que critica profundamente a so-ciedade em que vivemos. É uma autêntica metáfora, onde a sociedade e as pessoas são substituídas por uma quinta e seus animais.A principal mensagem do livro é que as pessoas farão sempre de tudo para alca-nçar o poder e ter privilégios. Uma boa ilustração pode ser o facto de os animais terem morto o dono da quinta, que até à altura era a autoridade máxima, para acederem a maiores quantidades de ra-ção e para poderem ser eles a controlar tudo o que se passava na quinta.A outra conclusão que podemos retirar deste livro é que todas as pessoas, inde-pendentemente da sua cultura, são capaz-es de fazer coisas muito cruéis para atin-girem os seus objectivos. Exemplos disso são o facto de os animais terem morto o dono da quinta e os seus actos cruéis, já depois de terem a liderança, enquanto dis-putam qual seria a espécie que ia assumir o poder: porcos, galinhas, ovelhas, etc.Aconselho vivamente a leitura deste livro, pois evidencia os problemas que surgem em qualquer sociedade, à face da Terra, desde uma tribo a uma civilização.

Miguel Santos, 10º 6ª

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PROGRAMA DE PROMOÇAO E EDUCAÇAO PARA A SAÚDE

Educação e saúde têm interesses comuns. Unificar estes interesses permite que as escolas se tornem melhores lugares para apreciar a aprendizagem, o ensino e o trabalho.

O PPES promoveu um passeio pelo Parque de Monsanto, no circuito de 3,5Km. Apesar de estar um dia cinzento e de chuva intensa, muitos alunos e professores participaram na camin-hada, fazendo tudo pela saúde como se pode ver...

Nesta caminhada, para além de alunos e professores, também participaram pais e alguns cãezinhos como se pode ver.

O Projeto LER+ colaborou, tendo preparado o petisco das leituras, mas...não foi possível.

Na verdade, estava um dia para ficar a ler em casa...

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Alunas de Biologia promovem a educação sexual na Escola EB2,3 de Telheiras

A Sara, a Joana, a Sofia e a Mariana, no âmbito das aulas de Biologia, idealizaram este projeto e concretizaram-no.

Aula sobre métodos contrace-tivos

O interesse e a boa disposição são visíveis

Alunas de Biologia promovem a educação sexual na Escola EB2,3 de Telheiras

Aula sobre métodos contracetivos

Sendo uma prática implantada na nossa escola, visto que os alunos da professora Manuela Matos, coordenadora do Pro-grama de Promoção e Educação para a Saúde, têm realizado investigação para promoção da educação sexual aos nossos alunos do ensino básico, desta vez, este grupo de alunas do 12º 3ª resolveu sair da escola.Seria bom que este tipo de parcerias se realizasse com outro tipo de atividades. Todos teríamos muito a ganhar se partilhás-semos mais.

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TRABALHOS de HISTÓRIA SOBRE A PINTURA RENASCENTISTA - 8º ano

Autor: Pieter Bruegel, “O Velho” (Breda, 1525/1530 — Bruxelas, 9 de setembro de 1569

Técnica: Óleo sobre madeira de carvalhoDimensões: 117 cm altura x 163 cm de larguraAno de criação: 1559Localização actual: Galeria Gemälde, Berlim, AlemanhaEnquadramento: Bruegel, “O velho” foi um artista flamengo que se dedicou a pintar temas naturais e de multidões. Viajou por Itália para aprender as técnicas de pintura renascentista. Foi influenciado pela pintura de Hieronymus Bosch. Ficou conhecido por retratar a natureza como tema central e mostrar os comportamentos humanos. Autor: Pieter Bruegel, “O Velho” (Breda, 1525/1530 — Bruxelas, 9 de setembro de 1569)Técnica: Óleo sobre madeira de carvalhoDimensões: 117 cm altura x 163 cm de larguraAno de criação: 1559Localização actual: Galeria Gemälde, Berlim, Alemanha

Título: Nederlandse Spreekwoorden (provérbios neerlandeses)

Comentário

Escolhi este quadro porque gostei do tema. Vi muitas imagens de quadros renascentistas cujos temas eram vulgares ou frequentes. Embora fossem muito bem pintados e interessantes, este quadro de Bruegel tem a vantagem de mostrar a vida de pessoas do povo nas suas actividades normais e junta no mesmo quadro muitas informações. Se virmos os detalhes, encontramos pessoas a amarem-se, a jogar às cartas, a evacuar, a pescar, a tosquiar, a fazer comida, a ma-tar o porco… Ou seja, a vida quotidiana daquela época está aqui muito bem representada. O quadro é informativo e, ao mesmo tempo, divertido, expressando sentimentos.Além disso, o quadro está muito bem pintado apesar de não tratar a figura humana como os clássicos greco-romanos. Nesta pintura de Bruegel, não se representa o corpo belo e nu, mus-culado e perfeito. Mostra-se o homem e a natureza tal como são.

Rita Moura, 8º 2ª

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As turmas de 8º ano realizaram uma exposição sobre o Rena-scimento, tendo os diversos alunos escolhido um quadro que analisaram e comentaram depois de investigar e estudar o res-petivo pintor.Este trabalho foi dinamizado pela profª Bernardette, cujos alu-nos trabalharam na sala de estudo, tendo frequentemente req-uisitado obras sobre a pintura renascentista existentes ns bib-lioteca.

Um dos trabalhos sobre a pintura renascentista

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PROJETO

NOS INTERVALOS DO 12.8

Objetivo

Construir um trabalho no qual, ao aplicarmos as técnicas e métodos de estudo que apren-demos nas aulas da disciplina de Sociologia, concretizaremos uma análise sociológica acerca dos factos sociais presentes nos hábitos dos alunos da turma de Artes Visuais no decorrer dos intervalos das aulas.

PROJETO

AMBIENTE NOS INTERVALOS

A turma de Artes, tal como a maior parte das turmas do 12º ano da escola Vergílio Ferreira, não fica dentro do recinto escolar nos inter-valos. Talvez devido ao facto de não se poder fumar na escola, e como alguns dos constitu-intes desta turma são fumadores, vão quase todos lá para fora. Forma-se um ciclo vicio-so: os fumadores saem, os que não fumam querem passar os 20 ou 15 minutos com os amigos, e como já sabem que estão sempre todos lá fora, saem também. A pressão social “obriga-os” a agir de acordo com as atitudes dos amigos perante a hipótese de poderem ficar mal vistos.Mas, assim que saem da escola, em cada in-tervalo, a turma dispersa-se em grupinhos. Os cumprimentos variam entre um ou dois beijin-hos, dependendo de pessoa para pessoa e, entre rapazes, vemos desde o clássico “pas-sou-bem” aos mais variados cumprimentos de mãos. Uns ficam em frente ao portão, outros vão para o “murinho” do outro lado da estra-da e muitos vão lá para baixo, para o café da D. Cila. Apesar de serem uma turminha muito unida e de, duma forma geral, se darem to-dos bem uns com os outros, os artistas tam-bém têm amigos economistas, cientistas e humanísticos. Então, as turmas acabam por, nos intervalos, ficarem todas misturadas e or-ganizadas por grupos de amizades e não ap-enas pelos diferentes tipos de agrupamentos do ensino secundário.

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CONVERSAS DE UM QUARTO DE HORA

Subtilmente, conseguimos fazer uma observação das conversas que alguns dos nossos cole-gas desta turma foram tendo ao longo dos dias de semana. São raros os dias em que não ou-vimos exclamações como “Estou cheio de sono, não dormi nada hoje.”, “Estou cheia de fome, mas não vou comer… estou de dieta.”. Claro que esta última é referente apenas às raparigas, mas sobre isso falaremos mais à frente.Em intervalos antes dos testes, vemos sempre um aglomerado de pessoas com folhas de resu-mos nas mãos, a andarem de um lado para outro que nem baratas tontas nervosas, a tentarem fazer uma ultima revisão da matéria. Aproveitam todos os minutos para “estudar” e para per-guntarem uns aos outros “Sabes o quê que significa não-sei-o-quê?” e claro, para pedirem aos colegas das outras turmas que lhes digam como foi o teste deles, o quê que saiu, se foi difícil, etc.Não escapam também as conversas acerca de episódios peculiares que se tenham passado na aula anterior, as referências a qualquer comentário cómico vindo de uma professora ou de algum colega e a frase típica “Esta aula foi uma seca.”. Obviamente, sendo o nosso universo de estudo uma turma de futuros artistas, ouvimos as-suntos de carácter artístico-cultural a reinarem as suas conversas. Falam com frequência de música, cinema, séries televisivas, concertos musicais, pintura e literatura.Entre amigos, ouvimos também as habituais conversas pessoais sobre as discussões que cada um teve com o/a namorado/a ou com os pais, sobre mexericos acerca da não-sei-quantas que disse ou fez não-sei-o-quê, acerca do outro que traiu a namorada e acerca das novidades dos próprios ou das novidades dos que nem conhecem.

OS CIGARRINHOS

À hora do intervalo, vemos muitos dos nos-sos colegas artistas a tirarem um maço de ta-baco da mala/mochila/bolso e a acenderem o seu cigarro assim que atravessam a linha do portão que delimita a área da escola na qual que não é permitido fumar.As marcas que cada um fuma, essas, variam entre Marlboro, Camel e, principalmente, Chesterfield (provavelmente por ser dos mais baratos). Mas, cada vez mais, observamos a crescente adesão ao tabaco de enrolar. Como o dinheiro que os pais dão não che-ga para tudo, especialmente nesta altura do auge da crise económica que atravessamos, em que temos que apertar o cinto, mais uma vez, constatámos que esta escolha se deve ao facto de o tabaco de enrolar ser muitís-simo mais barato. Depois, há os fiéis do di-tado popular que nos diz que quem não tem dinheiro não tem vícios e que não compram tabaco, de todo. O problema é que, mesmo sem dinheiro, o vício parece permanecer, e ouve-se então por todos os lados “Não tens um cigarro?” ou “Arranja-me lá um cigarrinho, eu dou-te amanhã!”. E há uns que dão e ou tros que não dão e respondem “Não tenho.” ou “Só tenho dois, não posso.”. A verdade é que todos (os que fumam) acabam por fumar pelo menos um cigarro por intervalo.Isto tudo para não falar da idade que é necessário ter para se comprar tabaco e que, segundo a legislação actual, é dezoito anos. Ora bem, segundo os inquéritos que realizá-mos, apenas duas pessoas (em sete fuma-dores) é que andam a cumprir a lei, ou mel-hor, quem lhos vende é que está a ir contra o sistema. Concluindo, os inteligentes são a pequena percentagem de não fumadores, que pou-pam dinheiro e poupam os pulmões…

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OS PEQUENOS-ALMOÇOS

Entre os lanchinhos que trazem de casa e as comidas da D. Cila que, sem querer fazer publi-cidade, fazem claramente sucesso, os alunos do 12º 8ª vão-se alimentando. Uns, porque não tiveram tempo de tomar o pequeno-almoço em casa, outros, porque estão “cheios de fome”; uns que simplesmente não resistem ao cheirinho das napolitanas ou pães com chouriço e al-guns que vão ter aula de educação física e querem evitar quebras de tensão, os nossos colegas aproveitam os intervalos para saciar a fome e para gastar os trocos que trazem na carteira.Mas, como não podia deixar de ser, há sempre um grupinho de meninas que nunca come nada de manhã porque não quer engordar. O estereótipo da rapariga perfeita ter que ser magra exerce tal pressão nas adolescentes da nossa geração, que faz com que muitas combatam a fome para conseguirem ter o corpo que desejam.O vício da cafeína ajuda alguns estudantes a aguentarem o cansaço das aulas, o que os leva, por isso, a aproveitarem os intervalos, ou mesmo os minutos que lhes restam antes da hora da primeira aula, para trocarem 55 cêntimos por uma pequena chávena de café que lhes aquece a barriga (e as mãos) e que lhes refresca a cabeça.

ANÁLISE DOS INQUÉRITOS REALIZADOS

Onde passas os intervalos? Se lá fora, onde?

Costumam comer nos intervalos?

Se comes, como fazes?

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Fumas?

Se sim, quantos cigarros fumas ao todo durante o tempo em que te encontras na escola?

Costumas passar os intervalos apenas com pessoas da tua turma?

CONCLUSÃO

Ao realizar estes inquéritos, chegámos a variadíssimas conclusões: as idades dos inquiridos variam desde os 16 aos 22 anos, tendo a maioria dos alunos 17 anos;

a maioria dos alunos passa os seus intervalos fora da escola;

alguns deslocam-se até ao café, outros ficam-se pelo portão e muro em fr-ente a este;

todos os rapazes inquiridos respon-deram que comem a meio da manhã, ao contrário das raparigas que só metade re-spondeu que come nos intervalo. A maio-ria, tanto os rapazes como as raparigas compram junto à escola o seu lanche e a outra pequena parte leva de casa;

ao contrário do que pensávamos, apenas 2 rapazes e 5 raparigas fumam (em 25). Uma média de 3 cigarros por aluno durante o tempo em que se encontram na escola;

só 8 pessoas da turma passam os intervalos apenas com os colegas da mes-ma, os restantes 17 têm os seus grupos fora da turma;

por fim, verificámos que mais de metade da turma não bebe café de man-hã.

Assim, verificámos que, tal como referimos anteriormente, este tema é mais complexo do que parece. Tivemos mais vertentes para analisar do que julgávamos e, através dos inquéritos realizados, concluímos que muitos aspectos que dávamos como cer-tos, não são como nós pensávamos. Confirmámos, então, a existência de dois grandes obstáculos epistemológicos: o senso comum e a familiaridade com o social. De acordo com estes obstáculos,

possuíamos um conhecimento não fundamen-tado e estereotipado e aceitávamos um facto social como verdade, sem sentirmos necessi-dade de o de mudar ou provar. Mais concreta-mente, provámos, por exemplo, o facto de, ao contrário do que pensávamos, haver mais alu-nos não fumadores do que fumadores, nesta turma, o nosso objecto de estudo.Por outro lado, conseguimos também confir-mar a existência das características dos fac-tos sociais, relatividade e exterioridade. Os hábitos dos estudantes da nossa geração são relativos ao país e cidade onde nos inserimos, e são influenciados pelas normas que lhes são impostas pela sociedade onde estão inseri-dos, fazendo com que tenham comportamen-tos semelhantes entre si.Foi um trabalho interessante de realizar, pois conseguimos alcançar o nosso objectivo, que consistia em observar os comportamentos e hábitos da turma escolhida, aplicando os conhecimentos adquiridos nas aulas acerca das características dos factos sociais, acerca dos obstáculos à produção do conhecimento científico e acerca de métodos e técnicas de investigação.

Joana Carmona Mariana Alves

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DIA DA ESCOLA

T E A T R O

Na

VERGILIO

Uma aluna do 12º ano, a Leonor Sousa, tinha o sonho de criar um grupo de teatro na sua escola e, com a ajuda dos colegas e da pro-fessora, Helena Marques, conseguiu. José Eduardo Agualusa foi o autor escolhido para estreia. Estas são algumas imagens da peça da peça.

“No dia em queprenderam o Pai Natal”

Dia da Escola - Dia 30 Janei-ro1ª Sessão - 10h 15 2ª Sessão – 11h 05

Elenco

Pascoal Leonor Sousa

General e Polícia

Narrador Margarida N’Dingati

Brancos, Pretos e Mulatos / Soldados

Ana Isabel GraçaAna Isabel Graça

Carla TavaresSara Mercier Teresa Santos

Mariana Freire

MulheresCrianças Ana Allen

Pai Teresa SantosIndiano Sara Mercier

Carla Tavares e Teresa Santos

Menino de ruaSenhora muito bonita

Mariana Freire

Mariana Freiree Mariana Cravero

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DIA da ESCOLA

Encontro de Leitores da Vergílio

Ler + é saber + Dia da Escola – Dia 30 Janeiro

Às 11h 00 no Novo Auditório

No primeiro encontro LER+. tivemos muitos participantes que apresentaram livros muito diver-sos. Estes são alguns dos leitores: alunos, professores, funcionários, pais e membros da comunidade próxima da escola.

Os diários de leitura que estão a ser feitos pe-los alunos do ensino básico e que irão a con-curso, após a exposição na semana cultural

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A nossa subdiretora teve aprimazia de ini-ciar o encontro

A D. Cila, proprietária do café mais frequen-tado pelos nossos alunos foi a grande sur-presa

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DIA da ESCOLA

LER

+SABER

+CRIAR

+

A nossa diretora gostou de ver os seus alunos como leitores muito autónomos...

Colocar o prazer de ler no centro dos esforços da escola para elevar os níveis de aprendiza-gem e o sucesso dos alunosLER+ Trabalhar em parceria com as famílias para es-

timular a leitura em casa;

Assegurar o máximo de visibilidade à leitura em contexto escolar;

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EM CASCAIS, AS TURMAS DE ARTES VISITARAM A CASA DAS HISTÓRIASDE PAULA REGO

Os alunos já tinham trabalha-do em aula a obra da pintora

Entusiasmo para ver de perto algumas obras de uma das maiores pintoras portuguesas contemporâneas.

A visita foi guiada e interactiva

OS alunos mostraram interesse e conhecimento da obra

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11º 10ª

RETRATOS REALISTAS11º 10ª

TRACOS,

RETRATOS PSICOLÓGICOS11º 10ª

TRACOS,

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TRACOS

Vanessa Moreira Melissa Catherine

Joana Rodrigues

Ana Rita CerinaCatarina Vanessa

Natureza Morta - Fotografia e Pintura 9ºano

, TRACOS,

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TRACOS, VER COIMBRA COM ARTE(S)

Visitaram a universidade

D. João III e a biblio-teca

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2º8ª

Percursos pela cidade

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VER COIMBRA COM ARTE(S)

Conheceram o Mosteiro de Santa Clara

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2º8ª

VER COIMBRA COM ARTE(S)

Viram com olhos de artista... Provaram os doces da Briosa...

Fotografias de Manuel Santos12º 8ª

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Passeio das ArtesMais um ano, mais um Passeio das Artes que nos levou a conhecer um novo lugar, um novo espaço de cultura e arte do nosso país. Este ano, foi no dia 8 de Fevereiro de 2012, que as três turmas de Artes existentes na Escola Se-cundária Vergílio Ferreira visitaram a cidade de Coimbra, por muitos nunca antes vista. O ponto de encontro foi mais uma vez o Jardim da Luz, onde as três turmas se en-contraram às 07:20h e partiram às 08:00h à descoberta de Coimbra. A viagem foi longa, tendo sido feita uma pausa em Leiria, onde os alunos e professores se preparavam para o dia de reunião e aprendizagem que os esperava. Assim que chegámos, dirigimo-nos para a tão falada Universidade de Coimbra onde estu-dam mais de 30. 000 jovens, segundo nos foi dito. Um grande átrio era envolvido pela Uni-versidade e pela Biblioteca Joanina, havendo uma vista, que a todos agradou, para o rio que banha esta cidade, o rio Mondego. Começá-mos por visitar a Biblioteca Joanina que a todos impressionou pela sua grandiosidade, requinte e grande quantidade de livros em estantes de madeira decoradas com motivos chineses. Aí, disseram-nos que, com autor-izações específicas, era possível a utilização dos livros, sendo estes conservados desde há longa data. Soubemos também da existência

VER COIMBRA COM ARTE(S)

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Arcos de volta perfeita – romanos - esculturas, propriamente bustos, que encaixariam no cor-po das respectivas personagens como Nero, que aqui se encontrava representado, foram por nós vistos. Era hora de almoço e o ponto de encontro seria no Largo da Portagem às 14:20h. As-sim, a essa hora partimos para o Mosteiro de Santa Clara a Velha, onde a visita foi guiada a esta experiência do gótico no nosso país, que tinha sido abandonado no séc. XVII. Começá-mos por ver um filme onde nos foi contada a história do Mosteiro, depois aprofundada pela guia, na visita. Explicou-nos que, devido às cheias e inundações que aqui aconteciam, surgia a humidade que levava às doenças, e que após as escavações arqueológicas foram encontrados vários objectos e símbolos. Deste modo, o Mosteiro tem exposto alguns destes elementos históricos, como pedaços de cerâmica, barro, e até pequenas “mulher-zinhas” onde era observável o traje da época. Um grande símbolo aí em exposição era um dragão de pedra, que servia para relembrar às Irmãs Clarissas de rezar e de praticar o bem, pelo que este era símbolo do mal e terror. Aqui eram produzidos os próprios alimentos, numa horta onde se cultivavam desde abóboras a couves. Já no final da visita, foi-nos mostrado que, numa das tentativas de travar as cheias e inundações, foi colocado mais que um pavi-mento, não tendo mesmo assim isto sido sufi-ciente. Assim, sobram ruínas, quase que só a estrutura da planta do edifício que depois se veio a mudar para Santa Clara a Nova. A visita terminou e os alunos seguiram para as carrinhas, onde se comentava o decorrer da visita e algumas das coisas que se tinham aprendido. De regresso a casa, a viagem foi animada e o cansaço era de todos. A meu ver, a escolha desta cidade foi de grande interesse e fortaleceu a relação entre os alunos e pro-fessores. Assim todos se perguntam: e para o ano, onde iremos? Marta Costa, 11º10ª

VER COIMBRA COM ARTE(S)

de “entradas” pequenas e escondidas, para os morcegos que comeriam os bichos que se encontram nos livros, tal como acontecia no Convento de Mafra, como foi reconhecido por grande parte dos alunos. A visita rendia! Após a visita deste espaço, antes desconhecido por alguns, seguimos para uma pequena capela cuja entrada era feita por um portão de esti-lo manuelino e onde era clara a presença de composições de azulejos em tons de amarelo, azul e branco, que cobriam superfícies pari-etais. Via-se também um grande e imponente órgão que a ninguém escapou e que identifi-cava o estilo barroco. Daqui, seguimos para a própria Universidade onde o que mais mar-cou e interessou aos alunos, a meu ver, foi a tão conhecida torre com um sino, sendo esta de estilo barroco mafrense, à qual os alunos chamam de “Cabra”, já que toca na chamada para as aulas, exames ou trabalhos. Já dentro da Universidade, vimos alunos trajados, salas específicas, como que para entregar prémios de reconhecimento -“A Sala dos Capelos”-, varandas e uma sala de retratos de corpo in-teiro. Eram já 12:15h, e partimos para o Museu Na-cional de Machado de Castro, onde iríamos conhecer o Criptopórtico romano, uma plata-forma que suportava o Fórum de Aeminium.

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PLANETA TANGERINAMadalena Matosona nossa escolaA ilustradora Madalena Matoso nasceu em Lisboa, em 1974.Licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e fez depois uma posgraduação em Design Grá-

Duas ilustradoras premiadas, Madalena Ma-toso e a nossa querida professora, Teresa Lima

fico Editorial na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. Em 1999, fundou, junto com a escritora Isabel Minhós Martins, a empresa Planeta Tangerina especializada em comunicação para crianças e jovens, onde tem desenvolvido projectos de ilustração e de design gráfico em publicações para os mais novos.Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração 2008 pelas ilustrações do livro Charada da Bichara-da com textos de Alice Vieira e três menções especiais deste mesmo prémio: em 2006, pe-las ilustrações de Uma Mesa é uma Mesa. Será? , em 2007, pelas de Quando Eu Nasci e, em 2009, pelas de Andar por Aí, estes últimos todos editados pela Planeta Tangerina.

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O seu livro ,O Meu Vizinho é um Cão, recebeu o Prémio Melhor Ilustração de Livro Infantil do Festival de BD da Amadora 2008. A própria Madalena Matoso afirmou que este trabalho lhe permitiu liberdade na forma como desen-hava as suas personagens.

São visíveis aqui os jogos de contrastes en-tre as cores usadas, quer sejam elas frias ou quentes. Salienta-se de facto o modo como capta a atenção do leitor para as imagens.

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Literatura Policial Nacional

Carlos Ademar é licenciado em História e investigador da polícia judiciária.Actualmente, é professor na Escola Su-perior de Polícia

CARLOSADEMAR

Muitos alunos colocaram questões interes-santes sobre o trabalho do escritor

A nossa subdirectora, o escritor e a profª Helena Lopes, parceira da biblioteca nesta actividade

do LER+

Sempre gostou de escrever e, há alguns anos, decidiu utilizar a sua rica experiência profis-sional para a sua escrita. O resultado são vários livros muito bem aceites pelo público, sendo o último O Bairro.

Alguns alunos, no final do encontro, ficaram à conversa com o escritor.

«O Bairro», editado pela Oficina do Livro, é a nova obra de Carlos Ademar, um livro que tem a dura realidade como tema de fundo.

«Manuel Sousa, agente da PSP, é assas-sinado num bairro às portas de Lisboa. A Polícia Judiciária está a começar a investi-gação quando é surpreendida pela notícia da morte de mais dois agentes. Quase ao mesmo tempo, um traficante de droga é deixado sem vida no Serviço de Urgência de um hospital. O que têm em comum es-tes factos? O bairro.

O país fala destes casos, os jornais e as televisões fazem eco das preocupações

sociais, a hierarquia policial e a tutela política exigem respostas aos investigadores. O chefe Barata, a pouco tempo de se reformar, encara este caso como o seu derradeiro desafio.

«O Bairro», baseado numa história verídica, é o retrato intenso de um mundo onde o crime e a honestidade convivem diariamente, onde prolifera o sentimento de abandono a que foi votado quem ali cresceu, para onde foi viver quem não tinha alternativa e onde é real a coragem de suportar o estigma de um nome. Mais do que um romance, «O Bairro» é a metá-fora de tantos vulcões existentes em redor das grandes cidades contemporâneas, cuja even-tual erupção todos temos o dever de evitar.»

Outras obras do autor

Outras obras do autor

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A ViagemO conceito de viagem não engloba apenas a deslocação para outro lugar, vai muito mais para além disso. Viajar é atirarmo-nos para o desconhecido e aguardar com curiosidade o que nos espera. Viajar não é para qualquer um, é para aquele que pretende expandir o seu conhecimento, sem se contentar com o pouco que já sabe. Descobrir novas terras, novos povos, novas culturas, novos costumes, novas gastrono-mias, descobrir novas facetas do Mundo. O conceito de viajar vai muito mais para além. Para além de descobrirmos e de aprendermos com o mistério de outras culturas, descobri-mos e aprendemos acerca de nós próprios. Viajar implica saber e ter atitudes que, provavelmente, nunca pensámos que tería-mos. Implica vencermos medos e angústias, implica sabermos pensar por nós próprios, implica conseguir alargar as nossas dimensão e horizontes enquanto pessoas. Viajar implica experiências únicas e singulares, implica mu-dança e o conceito de “novo”. Para adquiri-mos todas estas características e conheci-mentos, é preciso vontade, é preciso espírito aventureiro, é preciso conseguir ultrapassar os nossos limites enquanto míseros humanos e podermo-nos denominar mais do que isso. Viajar é ter novas perspectivas, é descobrir o que nos falta descobrir, é entender o outro mistério, e cultivarmo-nos com isso. Nem toda a gente tem esta oportunidade, há que aproveitar ao máximo todas as experiên-cias que uma viagem nos pode proporcionar. O ser Humano nunca se contenta com o que já sabe e, como procura sempre saber mais, viajar é a resposta. Helena Manso 12º6ª

ESCRITAS

O HeróiO herói de cada um representa um símbolo, um modelo a seguir, um pilar onde nos apoia-mos. Todo o homem mortal, ao longo da sua vida, se depara com constantes perigos e problemas, confusões e desilusões, pre-cisando, inconscientemente, de ter algum referente onde se apoiar, alguém para culpa-bilizar. Eu, e penso que todos nós, já me deparei com centenas de frustrações ao longo da vida. Situações inexplicáveis, sem causa ou finalidade, sem entidade responsável ou víti-ma concreta. E é nestas situações em que qualquer ser mortal, frágil e imperfeito, tende a encontrar o seu “herói”, o seu omnipresente Deus em quem tem fé, em quem acredita ser o responsável pelo seu destino. Porque a fra-gilidade de que somos feitos, as ilusões que criamos e as expectativas que concebemos tornam-se ao longo da vida nos nossos pi-ores inimigos, nos verdadeiros responsáveis pelo tão vulgar sentimento de tristeza que nos invade a toda a hora. Acredito que, se não criarmos expectativas relativamente ao destino das coisas, se não nos iludirmos face àqueles que pensamos serem dignos do nosso respeito e confiança, seremos mais felizes. A nossa vida não es-tará encaixada numa escala daquilo que con-sideramos “bom” e “mau”, e não teremos de-silusões quando a vida nos oferece situações inferiores à tal “escala”. Porém, como já referi, todo o homem é mortal e todo o mortal é imperfeito. Todo o homem tem sentimentos e emoções que o impossi-bilitam de elevar, desta forma, o seu nível de racionalidade. E é por isso que imaginamos e criamos, como base nos nossos ideais e valores mais altos, o nosso herói. O herói de cada um. Joana Carmona

Jovens escritores da Vergílio

ESCRITAS

Receita para fazer uma família

Ingredientes: Um pai, uma mãe, os filhos, obe-diência, bom comportamento, entendimento, muita felicidade e capacidade de ajudar.

Tempo de preparação: Toda a vida.

Com um pai, uma mãe e os filhos, misturam-se esses ingredientes e cria-se a unidade duma família. Primeiro junta-se o mais im-portante, a capacidade de ajudar, depois a obediência, bom comportamento e entendi-mento. Aquece-se a felicidade no forno para ficar mais saborosa e junta-se ao cozinhado. Esperam-se vários dias e já passa de família a boa família.

Manuel Navarro, 7º4ª

Solilóquio

TerraTerra densaTerra sortudaTerra poluída

Terra escura de medoTerra clara de ovoTerra mansaTerra terror

Terra terrenoTerra terramotoTerra da torreTerra terrinha

Terra da luaTerra do solTerra duraTerra mole

Terra para aliTerra não seiTerra TerraÓ terra, para que eu já me baralhei!

Joana Nogueira ,7º 4ª

Jovens escritores da Vergílio

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ESCRITAS

Uma das personagens que eu mais admiro da História Moderna é Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido por Mahatma Ghan-di. Ghandi foi o fundador do Estado moderno in-diano e o maior defensor do princípio da não-agressão, isto é, uma forma não-violenta de protesto, como um meio de revolução pacífica. Gandhi exerceu um papel unificador e mobili-zador das comunidades hindu e muçulmana, na luta pacífica pela independência da Índia, quando esta era uma colónia britânica. Esta luta assumiu uma forma de desobediência civil pacífica e consistiu numa atitude social desconhecida até então, pois as potências colonizadoras e os governos, de uma forma geral, apenas conheciam a desobediência das populações, sobre a forma de manifestações violentas (motins, terrorismo, desordem civil, etc.). Por esse motivo - e essa é uma das razões pelas quais eu admiro Ghandi - a sua forma de desobediência civil pacífica fez vergar a força das armas do império britânico, num movi-

mento que, mais tarde, se veio a espalhar por outras partes do mundo. Lembro-me de uma das suas citações, quando ainda vivia na Áfri-ca do Sul, perante uma assembleia de muçul-manos, hindus e sikhs: “Podem açoitar-nos, podem mesmo quebrar-nos os ossos mas, no final, apenas terão o nosso corpo morto. O que nunca terão é a nossa obediência.”Uma outra razão pela qual eu o admiro, foi o facto de Ghandi ter abdicado de uma boa vida, como advogado, curso que tirou em Londres, para assumir uma luta - na altura im-pensável de travar - ao lado de comunidades de pobres e desfavorecidos. A sua atitude es-piritual levou-o mesmo a andar descalço e a cobrir-se com panos, pois Ghandi afirmava que para lutar ao pé dos pobres, tinha de viv-er como eles. Para Ghandi, todos os homens eram iguais perante Deus, independentemente da sua etnia, credo, ou religião. Em conclusão, o exemplo de Ghandi sensibi-lizou-me de muitas maneiras. Apesar de ter re-nunciado a tudo para viver com os oprimidos, sofrendo como eles, conseguiu mobilizá-los para uma luta desigual, numa atitude comple-tamente revolucionária naquele tempo. Depois de Ghandi, o Homem passou a olhar para o seu semelhante de forma completamente nova. O próprio Albert Einstsein afirmou que “ as ge-rações futuras não acreditarão que existiu um homem assim”.

Nuno Monteiro, 11º10

O Exemplo de Ghandi

Portas Fechadas

Uma porta fechada é como um cego semO seu mundo reduz-se à escuridão, Prisioneiro nesta cela sem luz de noite ou de dia.Ver uma porta fechada é ver o mundo sem almaPrivado de um grande privilégio,Não podendo ver a beleza da vida, é de perder a calma

Uma obstrução à vida é um aspirador à felici-dade Tal como uma rosa sem amor ou um anjo sem bondade,Tal como um pintassilgo que perdeu o canto ou uma andorinha que não pode voar.

É horrível estar separado do mundo sem o amor que ele nos pode dar. Para chegarmos à vida, há que abrir todas as portas Arrombando-as de modo a que o mundo pos-sa entrar. Para recuperar todas as belezas, da vida vale a pena tentar.Se queremos de volta tudo que a escuridão nos tirou, Arrombemos todas as portas para que a beleza da madrugada possa circular uma vez mais.

João Ferreira

ESCRITAS

O fundo do mar

Daqui nós pensamos...O fundo do maré escuro.É assombroso.Mas, na realidade,é belo e maravilhoso. Quando olhamosde fora, o mar,não sabemos,muitas vezes,na realidade o que queremos. Muitos especulammas não imaginamo que lá possa existir.nem supõemo que qualquer umlá pode descobrir... Mafalda Falcão

Jovens escritores da Vergílio

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Durante vários séculos, desde ainda antes da Idade Média e até à actualidade, a viagem foi muitas vezes motivada pela coragem ou von-tade humana. Desde as longas jornadas das legiões romanas até à descoberta do espaço, passando pelas invasões, expedições maríti-mas, conquistas, ocupações e guerras, aquilo que moveu o Homem foi a coragem, ou inicia-tiva, e a vontade humana. E assim é sempre. Mas com que objectivo? Deixando para trás todas as batalhas, ocupa-ções e afins, e analisando a viagem como ela é hoje, questionamo-nos. Porquê? Porque é que deixamos o porto seguro que é a nossa casa, a nossa cidade, e nos aventuramos para fora da nossa zona de conforto? Em grande parte, para irmos à descoberta. Para conhecermos mais e melhor. Para conhecermos outras culturas, ideias, costumes, e tudo o que caracteriza o lugar onde estamos. Para irmos à descoberta do outro. Mas será que, ao mesmo tempo, não nos estamos a descobrir a nós próprios? Quando provamos coisas no-vas, temos contacto com outras ideias, sítios e emoções, não as avaliamos? Concordando, gostando, sensibilizando… Tudo isto são no-vas informações e características que descob-rimos ter. Descobrimos que nos deslumbramos com campos de arroz na Indonésia e que não podemos com cidades grandes como Nova Iorque. Que nos sentimos livres em Barcelona e sufocados em Hong Kong. Não se trata isto de descoberta pessoal? Se não sabemos quem somos, e quem po-demos ser, não vivemos a nossa vida no seu potencial. Devemos descobrir-nos viajando, para o jardim da esquina ou para o outro lado do Mundo, mas viajando. Navegar é preciso. Viver não é preciso Pedro Castro

ESCRITAS

A Viagem

Jovens escritores da Vergílio

Da recordação que de nós me ficouCorrem as horas, os momentos,Causando-me incontáveis sofrimentosPelo desaparecimento das tardes de alegriaE das doces manhãs de melancolia.

Parece-me que a vida breve foge,Que se me escapa por entre os dedosE, tentando agarrá-la, só agarro penedosDe duro e cruel esquecimento.

Os dias morrem e as noites nascem;O mundo muda, rejuvenesce,Mas eu não o acompanho,Preferindo dos dias seguir o cursoE, a cada triste crepúsculo,Morrer com eles a Ocidente.

Mas não posso eternamente perecerCom o tempo que, para lá do mar;Não posso perpetuamente perseguirAs recordações que tenho de ti,Que lá longe se quedam, Junto com os dias que perdi.

Já não vivo sob o mesmo solDebaixo do qual te vi rir e correr,Cantar e chorar as agrestes tristezas,Entristecer e alegrar pela vida que corria;

Já não são as mesmas árvoresQue vejo agora, a cada momento,Que eram as que a nossa felicidade conhece-ram,Pois há muito que se foram e não retornaram;

Já não é o mesmo Universo,Aquele que connosco riu e se emocionou, O que nos viu as pequenas e grandes alegri-as,

Jovens escritores da Vergílio

ESCRITAS

Discriminação, seja ela qual for, é, sem sombra de dúvida, a maior manifestação de ignorância e atraso que o nosso mundo enfrenta.Qual o fundamento de julgar uma pessoa in-ferior simplesmente por não ter tanto dinheiro como nós ou por não ter as nossas capaci-dades? Como é possível um ser humano criti-car e humilhar outro semelhante, com tantos ou mais medos e inseguranças por ultrapas-sar, tantas ou mais felicidades e tristezas por contar, com tanto ou mais amor e amizade por partilhar?Se a nós, humanos, nos atribuem, ao contrário dos outros seres vivos, o privilégio de racio-cinar devidamente, qual o princípio que nos faz, em variadíssimas situações, ser tão pouco racionais?De facto, a todos e cada um de nós, seres pensadores é dada, sem verdadeira reflexão, a condição de humano. No entanto, são poucos os que, efetivamente, a respeitam como seria expectável. Humanidade e, sobretudo, edu-cação são conceitos que a muitos passam ao lado, sendo as pessoas com maiores carên-cias, de qualquer cariz, as maiores vítimas.Não é compreensível que o Homem, que tanto faz pela segurança e proteção dos animais, facilmente menospreze outros humanos.Na minha opinião, por este mundo fora, existem pessoas com cérebro e coração fun-cionais que deles pouco ou nada se servem.

Betriz Osório,10º 3ª

DiscriminaçãoOs grandes desgostos, as brincadeiras…E, no entanto, ele lá está,Onde então estava e sempre estará.

E, se o mundo não se transformou,O que foi que aqui se alterouPara já não ser este covil desnudadoO cristalino Mundo que nos abrigou?

A mudança deu-se em ti,Pois há muito partisteE ainda não voltaste.Não te apresses, eu espero;Espero pelo regresso,Pelo dia que ainda não chegou.

Agora, suplantando a alegria antiga,Me tem esta destruidora tristeza tomado,Pois como posso eu seguir-tePara além das fortes ondas do oceano,Que não se fazem só água e sal?Assim, o teu regresso estou imaginando,O dia em que alegria me virá do mar,Do mar que ontem ma tirou.

Tomás Vicente

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ESCRITAS

Jovens escritores da Vergílio

Reflexão

Desde sempre, tenho ouvido dizer que as cri-anças são o melhor que há no mundo. Elas são puras, simples e adoráveis. A sua educação é algo fundamental. A ver-dade é que os pais/família têm o dever de as acompanhar, ao longo da sua infância e ado-lescência. Pais ausentes, que atiram apenas para a escola a responsabilidade de educar os seus filhos, deviam ser responsabilizados por esta sua atitude. As crianças/adolescentes precisam de sentir que alguém se interessa por eles, que lhes impõem algumas regras, que alguém esteja lá quando precisam de partilhar alegrias, tristezas ou dificuldades. Viver sem o controlo de um adulto poderá ser meio camin-ho andado para uma vida sem objectivos, sem sonhos, sem organização, sem valores… A meu ver, as crianças também não podem ser o centro de todas as atenções. A família não pode viver em função dos seus desejos e bir-ras. Isso só fará com que as crianças pensem que são os donos do mundo. Há que marcar limites e fazer-lhes ver que se têm direito ao amor, à atenção e ao bem-estar, também têm alguns deveres, como por exemplo, respeitar, obedecer e cumprir as suas tarefas. O amor, a atenção, as regras, as críticas, os conselhos dos pais/família são, na minha opi nião, elementos essenciais para que, na vida futura, a criança seja um adulto equilibrado, responsável e bem sucedido.

Ricardo Amaral, 10º, 8ª

A China de ontem e de hojeUm dos livros que mais me fascinou foi “Cisnes Selvagens”, de Jung Chang.Este livro leva-nos a conhecer os antepas-sados da autora, que viviam numa China an-cestral, conduzindo-nos através da vida desta família até ao momento em que Mao Ze-Dong morre.O conteúdo desta obra é divinal, não havendo, de certeza absoluta, um livro que relate tão detalhadamente a vida da China e, na minha opinião, é também incrível a proximidade de certos relatos desta obra com outros grandes livros, como por exemplo “O Diário de Anne Frank”. Como será possível que tais horrores consigam existir, de forma tão semelhante, em partes tão diferentes do mundo?Do meu ponto de vista, esta obra é enorme em termos humanos sendo que é uma das características que a torna inigualável pois mostra-nos o sofrimento das pessoas chine-sas, mortas, a labutar doze horas por dia, em fábricas sem condições, apenas comendo pão; as crianças mortas, por raiva, e as mul-heres não respeitadas pela sociedade, nem pelo governo, nem por ninguém. Jung Chang consegue nas suas personagens retratar to-dos estes chineses, as suas histórias e, de certa forma, a essência do seu ser.Por outro lado, este livro é também muito in-teressante em termos políticos e económi-cos, uma vez que se “visualiza” o avanço da China, de um país insignificante, disputado pelos senhores da guerra, até à China comu-nista, um país com a maior população mun-dial, a maior produção industrial e agrícola do mundo. Contudo o progresso trouxe também consigo a ganância do poder, o “desapareci-

ESCRITAS

Jovens escritores da Vergílio

“As Pequenas Memo-rias” de José Sarama-go

Um livro que li e gostei bastante é “As Peque-nas Memórias” de José Saramago. Cativou-me bastante porque fala de Saramago, duran-te a sua infância, a sua vida, os momentos que mais o marcaram, tristes ou felizes. No início do livro, conta que foi viver para a Azinhaga, uma terra em que passava o rio Almonda, onde ele brincava. Saramago fala da vida quando era pequeno, mas depois compa-ra-a com a vida de adulto, tal como estabelece um paralelismo entre as paisagens de antiga-mente e as actuais. Além de falar na sua vida em criança, critica a sociedade e os problemas vividos naquela altura. Numa das suas observações critica o governo (logo no início do livro) de destruir paisagens: dantes eram olivais enormes onde ele passava os seus momentos, e agora são cereais, como o trigo e o milho, todos da mes-ma altura, ou seja, um campo uniformizado, tal como a sociedade em que hoje vivemos, ca racterizada pela massificação. Além de ser um livro de um dos melhores escritores portugueses, é escrito por um escri-tor, prémio Nobel da Literatura.

Pedro Martins, 10º,8ª

mento” de pessoas e uma China que não res-peita ninguém, apenas os seus interesses.Assim, posso seguramente dizer que este livro pertence aos poucos que ainda nos consegue colocar no local onde se desenrola a acção. Qualquer leitor deve “arrancar” este livro da estante e com ele trilhar os caminhos de um país mais antigo que a religião cristã. Uma história sem precedentes!

João Barata, 10º 6ª

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ESCRITAS Jovens escritores da Vergílio

Juntos ao Luar “Juntos ao Luar” ou “Dear John”, em inglês, é um dos meus livros de eleição, e certamente que o recomendaria a qualquer pessoa, principalmente a jovens entre os 14 e os 16 anos, visto que é nesta idade que se começam a tomar grandes decisões. Escrito e realizado por Nicholas Sparks, este livro fala de um rapaz, John, que tem uma adolescência difícil, mas aca-ba por dar um rumo à sua vida entrando no exército. John conhece Savannah, no en-tanto, devido à sua carreira e aos estudos de Savannah, não podem ficar juntos. Posteriormente, o rapaz descobre que seu pai tem autismo e, de uma das vezes que este passa uma temporada em casa, ele fica gravemente doente até em risco de fa-lecer, por isso, John abdica da sua carreira para tratar dele. Se me perguntassem porquê este livro ou se tivesse de convencer alguém a lê-lo, diria que é um livro que se torna muito real porque fala de escolhas que, por ve zes, as pessoas têm de fazer, porque abor-da o autismo e porque fala de um amor que à primeira vista parece resultar,mas acaba por não resultar. Tal como é hábito de Nicholas Sparks, este é um livro que nos deixa a reflectir sobre muitas decisões que tomamos na nossa própria vida.

Inês Rodrigues, 10º6ª

300“Fabuloso!”, “Extraordinário.”, estas foram as palavras de Pete Hammond da MAXIM a este filme, intitulado “300”. É um filme muito cativante, pois conta a história da antiga batalha das Termópilas, ilustrando um combate titânico em que o Rei Leónidas e 300 Espartanos lutam até à morte contra Xerxese e o seu enorme exército per-sa. Esta novela gráfica épica, de Zack Snyder, invade o ecrã com sangue, força e surpresa. “300” permite-nos viver um momento histórico brutal. Existem várias cenas marcantes, pela sua expressividade. A do inicio da batalha, na qual Leonidas grita para os seus homens: “Esta noite jantamos no inferno!” e “Não lhes dêm nada, mas tirem-lhes tudo!” são expressões das mais marcantes em todo o filme. Este filme é de facto “fabuloso”, como afirmou Pete Hammond, pois apesar de recria-do, continua fiel ao original, mas com uma mis-tura intensa entre ação real e de computador. Esta novela gráfica épica deve-se à grande re-alização, por parte de Zack Snyder, e da sua inovação.

ESCRITAS Jovens escritores da Vergílio

A Lista de SchindlerUm dos filmes que mais me marcou, pelo real-ismos e pelo heroísmo da personagem princi-pal, um empresário, foi “A Lista de Schindler”.

Retrata um empresário, durante a segunda guerra mundial, na Alemanha, que vendia ar-mamento e munições aos alemães, com de-feito, para que fossem inúteis, influenciando o rumo da guerra a favor do Aliados. Essa em-presa servia também de fachada, para poder salvar judeus do Holocausto.

O filme retrata muito bem os sentimentos dos trabalhadores judeus e o seu medo constante da morte. A história em si é bastante profunda e bem passada para a tela. O empresário é um herói, pois tenta sempre salvar o máximo de judeus, não desistindo dos seus empregados, não deixando que os alemães os matem. Por exemplo, no final, quando a guerra está para terminar, esse empresário vende toda a sua fortuna, só para tentar salvar os empregados, o que consegue.

O seu heroísmo permitiu a vida das gerações futuras daqueles trabalhadores.

Miguel Andrade,10º 6ª

O Diário de Anne FrankDe todos os livros que li, o que mais me mar-cou, foi “O Diário de Anne Frank” pois é um livro que fala da realidade, do que aconteceu a muitas pessoas adultas e crianças, na época da Segunda Guerra Mundial.Este livro é excelente, para todas as pessoas, pois ao lermos este livro ficamos um pouco chocados com a realidade, mas ficamos tam-bém mais cultos e conscientes daquilo que foi a Segunda Guerra Mundial.Na altura em que li o livro, não gostei muito, mas agora apercebi-me que é dos melhores ou talvez mesmo o melhor que já li.Achei também impressionante a maneira como o livro foi escrito. Na altura em que o li, até cheguei a pensar que quem o escreveu não foi uma rapariga, mas sim um escritor, com muita experiência.Gostaria que quem ainda não tivesse lido o livro o lesse, pois demonstra também a cruel-dade do homem numa época negra da hmani-dade.

Ricardo Marques, 10º 6ª

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