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Na diabetes e dislipidemia
Cuidados de saúde primários e Cardiologia – NOCs e Guidelines: com tanta orientação ficamos mesmo
orientados?
Davide Severino 4.º ano IFE de Cardiologia Hospital de Santarém EPE
O que se pretende comparar…
…Na diabetes
63 páginas 84 recomendações
51 – Nível I 20 – Nível IIa 37 – Nível A
+
30 páginas 33 recomendações
7 – Nível I 3 – Nível IIa 1 – Nível A
Na diabetes…
• Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl • Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl • Glicemia ≥ 200 mg/dl às 2 horas, na PTGO com 75g de glicose • HbA1c ≥ 6,5%
Tolerância Diminuída à Glicose
Critérios de diagnóstico:
Anomalia da Glicemia de Jejum:
glicemia de jejum ≥ 110 e < 126 mg/dl
glicemia às 2 horas na PTGO ≥ 140 e < 200 mg/dl
Avaliação do risco cardiovascular
Intensificar o controlo de factores de risco
modificáveis em particular o colesterol
LDL (< 70 mg/dl)
Risco muito elevado
Risco elevado
Diabetes + > 1 FRCV ou lesão de órgão alvo
Todos os outros diabéticos
Controlo metabólico…haverá um ideal?
Doença microvascular: HbA1c < 7% está associada a um diminuição da incidência e gravidade destas complicações Doença macrovascular: dose-dependente. Não há evidência quanto à existência de um valor alvo de HbA1c.
Controlo individualizado
Terapêutica na diabetes…
Terapêutica na diabetes…
O que se pretende comparar…
…Na dislipidémia
50 páginas 82 recomendações
39 – Nível I 26 – Nível IIa 14 – Nível A
+
10 páginas 23 recomendações
5 – Nível I 4 – Nível IIa 5 – Nível A
Avaliação do risco cardiovascular
• Baixo nível social • Indivíduos sedentários e
com obesidade central • Diabéticos • ↓ C-HDL ou apoA1; ↑ TG,
homocisteína, apoB ou Lpa
• Hipercolesterolémia familiar
• Assintomáticos mas com evidência pré-clínica de doença arteroesclerótica
• Doença renal crónica
Situações de possível risco cardiovascular elevado
Intervenção terapêutica na dislipidémia
Risco cardiovascular baixo (SCORE < 1%) a moderado (SCORE 1% a < 5%)
C-total < 190 mg/dl e C-LDL < 115 mg/dl
Na pessoa assintomática e com um risco cardiovascular alto (SCORE ≥ 5% a <10%), assim como na pessoa com dislipidemia familiar aterogénica e hipertensão de grau 3
C-LDL inferior a 100 mg/dl
Risco cardiovascular muito alto (doença CV clinicamente evidente, diabetes tipo 2 ou tipo 1 com um ou mais fatores de risco CV e/ou lesão de orgão-alvo, doença renal crónica grave ou com SCORE ≥ 10%)
C-LDL inferior a 70 mg/dl
Intervenção terapêutica na dislipidémia
Intervenção terapêutica na dislipidémia
Haverá espaço para a terapêutica combinada?
Ezetimiba Terapêutica adjuvante em pessoas com hipercolesterolemia primária não controlada; em monoterapia, quando as estatinas são contraindicadas ou não são toleradas.
Fibratos Tratamento das dislipidemias mistas e das hipertrigliceridemias isoladas que não respondem à modificações efetivas do estilo de vida e do plano alimentar
Ácido nicotínico Tratamento da dislipidemia mista combinada e da hipercolesterolemia primária. Utilizado em associação com as estatinas, quando o efeito hipocolesterolemiante destas é considerado insuficiente, ou em monoterapia, se as estatinas são contraindicadas ou não são toleradas;
Ácido ómega-3 Tratamento da hipertrigliceridemia endógena em complemento com o plano alimentar e nas dislipidemias de tipo IIb/III em combinação com estatinas, quando o controlo dos triglicerídeos é insuficiente.
Hipertrigliceridémia
Não foi estabelecido se a redução da trigliceridemia para além da do C-LDL diminui o risco cardiovascular
Exclusão de causas secundárias
Fármacos: 1. Corticoesteroides 2. Estrogénios 3. Tamoxifeno 4. Β – Bloqueantes 5. Diuréticos tiazídicos
Hipertrigliceridemia > 880 mg/dl
Hipertrigliceridémia – Quando tratar?
Hipertrigliceridemia > 200 mg/dl devem ser prescritas intervenções no estilo de vida. Se com esta terapêutica não ocorrer redução da trigliceridemia devem ser consideradas opções farmacológicas.
Risco cardiovascular alto
Estatina
Ausência de risco cardiovascular alto
Fibratos; Niacina; Ácidos gordos ómega-3
Risco de pancreatite pelo que são obrigatórias medidas de restrição dietéticas e o tratamento farmacológico.
Então e o C-HDL?
C-HDL < 40 mg/dl no homem ou < a 45 mg/dl na mulher
marcador de risco cardiovascular acrescido
↑ C-HDL de 10%: alterações do estilo de vida, nomeadamente, o aumento da regular atividade física, a redução do excesso ponderal, a cessação tabágica e a ingestão moderada de álcool
Não existe evidência de que o aumento do c-HDL pela terapêutica farmacológica previna a doença
cardiovascular.
FIM
Conclusões
• As guidelines da SEC e as NOC são, de certo modo, complementares. • Guidelines da SEC são mais extensas, aparentemente melhor fundamentadas mas estão direcionadas para o ponto de vista do cardiologista. • As NOC são mais pragmáticas, generalistas mas os temas encontram-se, com frequência, fragmentados em diferentes documentos.