na iluminaÇÃo: do ver e sentir À eficÁcia

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DO VER E SENTIR À EFICÁCIA NA ILUMINAÇÃO: 2018

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Page 1: NA ILUMINAÇÃO: DO VER E SENTIR À EFICÁCIA

DO VER E SENTIR À EFICÁCIANA ILUMINAÇÃO:

2018

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“EU VEJO, SENTINDO”

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1 – EVOLUÇÃO DA LUMINOTECNIA

Ao nível tecnológico

3

• Biologia da visão

• Neurobiologia

A concepção de ambientes de luz apoia-se em conhecimentos científicos:

Ao nível da ciência luminotécnica

• Fontes de luz

• Equipamentos associados

Os primeiros são largamente divulgados pelos fabricantes, enquanto os

segundos são parcialmente utilizados e trabalhados pelo marketing,

adequando-os ao aumento de vendas dos seus produtos, nem que seja

recorrendo a meias-verdades.

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1.1 – OBJECTIVOS DA ILUMINAÇÃO

1ª - criar condições de actividade visual e de bem estar, em linha com as necessidades do ser Humano

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Por ordem prioritária:

2ª - recorrer a recursos energéticos optimizados

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1.2 – A ILUMINAÇÃO COM SEUS MITOS E REALIDADES

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QUESTÕES PARA MEDITAR

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QUANDO MEDIMOS UM NÍVEL LUMINOSO O LUXÍMETRO INDICA-NOS

SE NESSE AMBIENTE NOS SENTIMOS OU VEMOS BEM OU MAL, NA

REALIDADE O OBJECTIVO DA ILUMINAÇÃO E AQUILO QUE QUERIAMOS

SABER?

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COM O LUXÍMETRO AVALIA-SE A LUZ INCIDENTE NUM PLANO E NÃO

A REFLECTIDA, NO FUNDO AQUELA QUE NOS AFECTA E DETERMINA A

ACUIDADE VISUAL

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• A REGULAMENTAÇÃO VIGENTE PARA INTERIORES ASSEGURA, POR SI SÓ, A CRIAÇÃO DAS

AMBIÊNCIAS DESEJÁVEIS?

• SERÁ SUFICIENTE A INDICAÇÃO DE NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO NO PLANO DA TAREFA PARA

AS DIFERENTES ACTIVIDADES?

• É REFERIDO O LIMITE PARA O ENCANDEAMENTO DIRECTO (UGR); E O INDIRECTO QUE

AFECTA O CONTRASTE E A CAPACIDADE VISUAL (fig 1)?

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PARA IDÊNTICOS NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO, É A LUZ REFLECTIDA QUE DETERMINA O CONTRASTE

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Fig 1

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2 – A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA LUMINOTÉCNICA

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TRÊS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO NA CRIAÇÃO DE AMBIENTES DE LUZ

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1º ESTÁGIO

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Objectivo: criar luz em quantidade para se poder ver

A luz bidimensional, das tochas às lâmpadas eléctricas, todas as

soluções serviam esse desiderato essencial e único de iluminar

tarefas

Conceito que prevaleceu até ao fim da década de 70 do século

passado

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2º ESTÁGIO

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Objectivo: luz para ver em quantidade e qualidade para optimizar ascondições de visão:

A luz tridimensional, em que o contraste se sobrepõe às

quantidades de luz na criação da acuidade visual, como mostram

os trabalhos científicos de Richard Blackwell após 1977, no campo

da biologia da visão

É a predominância da visão por contraste: a noção do factor de

rendimento do contraste e dos contrastes relativos na capacidade

visual (fig 2)

É estabelecida a relação entre quantidade de luz e contraste (fig 3)

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VEMOS POR CONTRASTE E NÃO POR QUANTIDADE LUZ

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Fig 2

Nas telas: E ≈ 200 lx Na tela: E ≈ 70 lx

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BIOLOGIA DA VISÃOCURVA CARACTERÍSTICA DE OPERAÇÃO DA VISÃO (IES)

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Fig 3 Fonte: Richard Blackwell

1977

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3º ESTÁGIO

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Objectivo: Luz para ver e Sentir: A 4ª DIMENSÃO DA LUZ

A influência da luz no ser Humano e no seu bem-estar

O plano da tarefa visual deixou de ser o foco para passar a sê-lo

todo o ambiente no campo de visão

É a era do conhecimento pelo saber olhar para poder ver e sentir,

iniciada neste milénio

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CASOS DE ESTUDO

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EXEMPLO

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REMODELAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NO PLENÁRIO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

(obra executada em 2009)

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A CONCEPÇÃO DA NOVA AMBIÊNCIA

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SITUAÇÃO INICIAL

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• Ambiente exclusivamente com luz difusa

• Projectores com lâmpadas HPI-T de 1 kW e de 2 kW naclarabóia e nas paredes

• Aparelhos reflectores para luz zenital acima daclarabóia com lâmpadas HPI de 400 W

• Níveis de iluminação• Nas bancadas: 1100 lx

• No plano vertical: 320 lx

• Índice de restituição de cores: 65

• Temperatura de cor: 4300 K

• Luz solar sem controlo

• Comando por 3 circuitos

• Elevados encandeamentos no campo visual

• Potência instalada 58,6 kW

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SOLUÇÃO EXECUTADA

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DESENVOLVIMENTO

1ª Abordagem: Luz solar

• Correcção da transmitância da clarabóia,para atenuar a luminância e impedir aentrada directa de raios de sol:

• Recurso a filtros aplicados na clarabóia, reduzindo:

• 28% do calor

• 29% da transmissão de luz

• 99% da radiação UV

• Criando luz difusa

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SOLUÇÃO EXECUTADA

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2ª Abordagem: Luz dirigida

• Aproveitamento de 2 módulos das vidraçasda clarabóia, para aplicação de pontos deluz:

• Para as bancadas: aparelhos de luz intensiva (14º) e semi-intensiva (31º) para criar luz nos planos horizontal e vertical

Lâmpadas CDM-T 150 W/942 (IRC > 90/Ta =4200 K)

• Para a estatuária: aparelhos de feixe intensivo (6º) variável

Lâmpadas CDM-T 70 W/942

• Para as telas: aparelhos de feixe variável

Lâmpadas SDW-TG 50 W (IRC > 85/Ta =2500 K)

• Para aplicação dos aparelhos na clarabóia, conceberam-seestruturas com aparelhos fixos a tampo amovível para fácilmanutenção

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SOLUÇÃO EXECUTADA

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3ª Abordagem: Luz difusa zenital

• Montagem de 16 aparelhos reflectores acimada clarabóia com lâmpadas HPI 400 W, sendo:

− 8 com lâmpadas de 4300 K

− 8 com lâmpadas de 6700 K

• Funcionando alternadamente para adequar asambiências ao ritmo circadiano:

Nos períodos críticos9h às 11h

13h às 16h

21h às 7h

Actuaram os aparelhos de luz mais fria (6700 K), para evitaradormecimento

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SOLUÇÃO EXECUTADA

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6ª Abordagem: Comandos

• Por sistema programável telecomandado,assegurando 5 ambiências distintas:• Sessões plenárias

• Sessões com governo ou solenes

• Visitas

• Formação

• Serviço

Conforme matriz de comandos

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ANÁLISE ENERGÉTICA

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• Potência instalada anteriormente: 58,6 kW

• Com novo sistema de iluminação, em cadaambiência:

AMBIÊNCIA REDUÇÃO DE POTÊNCIA

I – Sessões Plenárias – 20 a 26 KW 56%

II – Sessões com Governo e Solenes – 21 a 27 KW

54%

III – Visitas – 11 KW 78%

IV – Formação – 5 KW 88%

NOTA: Todos os equipamentos foram equipados combalastros electrónicos

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CONCLUSÕES

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A intervenção permitiu:

• Criar condições superiores de visibilidade da tarefa

• Eliminar encandeamentos

• Pôr a luz certa, no local certo, no tempo certo

• Realçar a traça arquitectónica e artística do espaço

• Humanizar a ambiência

• Torná-la apelativa pelos contrastes de luz e cor

• Favorecer transmissões de TV

E iluminando mais e melhor, reduzir a potênciaentre 56% e 88%

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IGREJA DA CONCEIÇÃO VELHA

Lisboa

Obra executada em 2017

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IGREJA DA CONCEIÇÃO VELHA

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A LUZ CERTA, NO LUGAR CERTO, NO MOMENTO CERTO!

A associação dos equipamentos de

iluminação com sistema de comando,

na eficácia energética

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IGREJA DA CONCEIÇÃO VELHA

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Potência total instalada num espaço

com alturas até 18 m e área de 290 m2:

S= 2900 W

Densidade de Iluminação: 10 W/m2

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IGREJA DA CONCEIÇÃO VELHA

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PROGRAMAÇÃO DE COMANDOS

POTÊNCIAS POR AMBIÊNCIA

• Visitas* 1460 W 5,0 W/m2

• Missa Diurna 1100 W 3,8 W/m2

• Missa Nocturna 1600 W 5,5 W/m2

• Missa Solene 1930 W 6,6 W/m2

• Outros Actos de Culto 1420 W 4,9 W/m2

• Espectáculos (antes/intervalo/fim) 2390 W 8,2 W/m2

• Espectáculos (durante) 990 W 3,4 W/m2

• Serviço 420 W 1,4 W/m2

• Sem iluminação do tecto: S = 990 W 3,4 W/m2

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DO ANTES

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AO DEPOIS

DA AMBIÊNCIADE RECOLHIMENTO…

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… À DE VISITAÇÃO…

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… À DE ATRACTIVIDADE E HIEARQUIZAÇÃO…

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… ATÉ À DE FUNCIONALIDADE E VERSATILIDADE!

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TELAS ILUMINADAS COM2 PROJECTORES DE 6 W,COM FEIXE OBLONGO

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS COM

ADEQUADA EMISSÃO LUMINOSA

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ILUMINAÇÃO DO TECTO COMLÂMPADAS FLUORESCENTES DELONGA DURAÇÃO (> 65.000 h) COMLUZ REGULADA

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“EU VEJO, SENTINDO”

Quem o afirmou?

… Cientista, Luminotécnico?...

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Foi…

WILLIAM SHAKESPEARE!!!

Na verdade

O SENTIR DA LUZ NA ALMA, NÃO É DE HOJE!

Muito Obrigado

Vítor Vajão / 2018