natureza comunicacional da fotografia
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Natureza Comunicacional da FotografiaLuciana Pereira dos. Santos [email protected]
[email protected] Metodista de São Paulo/UMESP2003.
Resumo O trabalho aqui apresentado baseia-se nos dados recolhidos do projeto de dissertação de mestrado: O ENSINO DA FOTOGRAFIA NOS CURSOS DE JORNALISMO - Estudo Exploratório das Universidades Paulistas que consistiu em um estudo de análise comparativa e exploratória entre os conhecimentos sugeridos nas grades curriculares dos cursos de Comunicação Social – de graduação em Jornalismo – e, a bibliografia utilizada pelos professores de Fotografia Jornalística. Este trabalho consistiu inicialmente na apresentação e contextualização histórica da fotografia mundial e sua evolução na graduação em Comunicação Social em Jornalismo no Brasil. A partir dessa abordagem averiguou-se sobre a Fotografia como sendo um produto híbrido da arte e da técnica; a fotografia como meio; a fotografia como suporte midiático; a fotografia como suporte ao jornalismo e a Fotografia como “gênero”1 jornalístico.
Palavras-Chave: Análise - Graduação em Jornalismo – História da Fotografia - Fotografia Jornalística.
1 A utilização da palavra “gênero” tem grandes proporções significativas, tomando nota desses significados, a autora não utiliza a palavra como: maneira, modo, estilo ou tipo, mas refere-se a “gênero” como: qualquer agrupamento de indivíduos, objetos, fatos, idéias, que tenham caracteres comuns (mensagens interpretativas); espécie, classe, casta, variedade, ordem, qualidade e uma classe ou natureza do assunto abordado por um artista.
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Fotografia: produto híbrido da arte e da técnicaá quase 165 anos a Academia de Ciências da França anunciava oficialmente o
nascimento da fotografia. A palavra fotografia encontra em sua genealogia duas
origens. A primeira vem da Grécia, dos vocábulos gregos photos, que quer
dizer luz, e de ghraphos que significa gravação. Fotografia quer dizer então: gravação
pela luz. Mas existe uma segunda forma que “é de origem oriental. No Japão, que se diz
sha-shin, que quer dizer reflexo da realidade” (LIMA, 1988, p.17), embora se possa notar
que as duas noções não sejam excludentes.
HO desejo de retratar a natureza e perpetuar a sua imagem através dos séculos, já
fervilhava na mente humana desde um passado muito remoto. Com a fotografia, tornou-
se possível recriar e preservar cada momento que passa. A fotografia impregnou a vida
humana, de tal maneira que hoje as pessoas quase não se dão conta de sua presença.
Dir-se-á que o princípio da câmara escura já era conhecido por muito tempo. A luz
que entra por um orifício minúsculo, dentro de uma caixa hermeticamente fechada e
obscura, forma na parede oposta uma imagem invertida à do exterior.
A história propriamente dita da fotografia tem início somente em 1727, devido a uma
descoberta no campo da fotoquímica que ainda em nossos dias continua sendo o
elemento básico para a realização da fotografia. Trata-se do sal de prata.
A primeira tentativa no sentido de fazer um registro da imagem na câmara,
utilizando-se da ação da luz foi de Thomaz Wedgood, que iniciou seus ensaios
fotográficos um pouco antes de 1800, sensibilizando o papel exposto com nitrato de prata.
Em seguida, assentava transparências de pinturas e objetos planos, deixando-os sob a
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ação da luz. Porém, Thomaz Wedgood não conseguiu encontrar uma maneira de
extinguir a sensibilidade do papel sobre a superfície não exposta.
Já em 1822, Josepf-Nicéphore Niepce encontrou uma substância
utilizada pelos gravadores para cobrir as placas de cobre antes de
desenhar nestas, que servia como base para a proteção da placa, quando
as linhas marcadas pelo desenhista eram corroídas pela ação de um
ácido. Essa substância era chamada de betume da Judéia. Sua
utilização na fotografia deu-se da seguinte forma: Niépce cobria uma
placa de estanho com betume da Judéia expondo-a por várias horas, em
contato direto com a luz, para em seguida limpá-la, sendo que a placa era limpa com óleo
de lavanda nas porções de sombra que não haviam sido escurecidas pela luz
conseguindo assim a primeira foto permanente.
O daguerrótipo foi criado por um pintor, Louis-Jacques-Mandé
Daguerre, em Paris. Em uma placa de cobre, recoberta de prata,
polida em um lado – prateado da placa – até que ficasse brilhante
como um espelho, e quimicamente limpa Daguerre sensibilizava a
placa, colocava-a invertida sobre uma caixa que continha partículas de iodo, cujos gases
se combinavam com a prata, formando assim na superfície um iodeto de prata, sensível à
luz.
Em seguida, colocava a placa em uma câmara. A luz que formava a imagem ótica
reduzia o iodeto de prata, re-convertendo-o em prata, conforme a intensidade da luz. Mais
tarde Daguerre colocava a placa exposta, na que não havia imagem visível, sobre uma
caixa que continha mercúrio aquecido. Seus gases então formavam uma amálgama com
a prata, e a imagem se fazia visível. Então a placa era banhada em uma solução
concentrada de sal comum, o que provocava no iodeto de prata, na parte exposta, uma
relativa insensibilidade a uma futura exposição à luz.
Com o surgimento do daguerrótipo, a busca impaciente pela perfeição representativa
se tornou uma busca inflexível. De acordo com MACHADO (1984, p. 27):
(...) do daguerrótipo passamos ao calótipo e à impressão direta em papel branco; da emulsão ortocromática (sensível apenas às radiações do azul e do
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violeta) passamos à emulsão pancromática (sensível a todo o espectro visível); da película preta e branca às viragens e depois à representação em cores (tricotomia): da foto plana à estereoscopia e ao holograma; da foto fixa ao cinema e, depois, do cinema mudo ao sistema sonoro, do cinema plano ao cinema em três dimensões, da tela quadrada à tela aberta em “Cinemascope”, “Amplavision” e em 180 graus.
Em princípio, a fotografia é o resultado da união de dois fenômenos: um de ordem
física (a câmara escura) e outro de ordem química (a característica fotossensível dos sais
de prata), mas a utilização da mesma variou desde a sua descoberta.
No ano de 1841 houve um aprimoramento das chapas, que se tornaram mais
sensíveis, objetivas mais luminosas, e um processamento químico mais aprimorado,
tornando assim possível à fotografia o retrato. Mas permaneciam determinadas marcas:
“É inevitável que os recursos e limitações da técnica deixem suas marcas na obra,
independentemente da vontade dos artistas”.(KUBRUSLY, 1991, p. 40).
Isso ocorria devido ao longo tempo necessário a que o modelo permanecesse
estático. Uma imobilidade de sacrifícios, sustentada com a ajuda de cadeiras especiais
dotadas de pinças que serviam para segurar a cabeça dos modelos durante o tempo
necessário de exposição.
Faltava então, somente um detalhe, importantíssimo, a ser desenvolvido: o tempo de
exposição ser reduzido o suficiente para que o modelo pudesse ser fotografado em um
instante de segundo, não tendo que sustentar uma pose tão artificial. A superação desse
problema ocorreu em meados de 1941 com a descoberta de substâncias aceleradoras.
Graças a essas novas substâncias químicas, foi diminuído o tempo de exposição da
chapa e dos modelos.
Mas a utilização do termo photographia iniciou-se anteriormente à solução desse
problema de tempo de exposição e sensibilidade das chapas. O termo photographia foi
empregado no Brasil pela primeira vez por Florence, um francês natural de Nice. Antoine
Hercule Romualdo Florence chegou ao Brasil em 1824 e foi o pioneiro nos estudos sobre
a sensibilidade de determinadas substâncias químicas à luz.
Em 1830 Hercules Florence desenvolveu um processo de impressão ao qual
denominou de Poligraphie. Esses estudos foram realizados por Florence no então vilarejo
de São Carlos (atual cidade de Campinas) que se localizava no interior da Província de
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São Paulo. Mas foi em 1833, que Florence realizou a sua primeira experiência
fotoquímica, baseando-se em informações de Joaquim Corrêa de Mello acerca das
propriedades do nitrato de prata. Com a sua dedicação, Florence buscou e alcançou o
aprimoramento da técnica fotográfica. Isso foi realizado por meio de um método simples e
funcional de impressão, apropriado para um ambiente desprovido dos mínimos recursos
tecnológicos como era o Brasil àquele momento.
Florence, de acordo com estudos realizados por Boris Kossoy, foi a primeira pessoa
a utilizar o termo fotografia entre 1830 e 1833. A honraria da utilização do termo, até
então era atribuída a Sir John Herschel, a quem a história se referiu como tendo sido o
primeiro empregar a palavra, em 1839. Além de conseguir comprovar com seus estudos,
que Hercules Florence utilizou o termo fotografia anos antes de Sir J. Herschel, no
entendimento do autor KOSSOY (1980, p. 70): “Fica, portanto, provado – a menos que se
descubra que algum outro pioneiro a tivesse empregado anteriormente -, que Hercules
Florence foi o primeiro a usar o termo com uma antecipação de pelo menos cinco anos
em relação a Sir John Herschel”.
A evolução da fotografia e de sua técnica foi gradativa e constante no Brasil. Por
volta de 1860, já existiam cerca de trinta estabelecimentos comerciais no Rio de Janeiro
dedicados à fotografia.
Por volta de 1900, existiu um importante personagem na fotografia brasileira: o
fotógrafo ambulante, aclamado como “lambe-lambe” que se instalou em todos os locais.
Após esse movimento ambulante, que decaiu em decorrência da criação de pequenos
estúdios, apareceu um outro movimento importante que teve sua origem na passagem do
século: os fotoclubes2.
Entre 1840-45, todo explorador levava consigo nas viagens um profissional ou
amador em fotografia, com o objetivo de registrar os resultados das explorações e
descobertas. Outros percorriam regiões distantes e fotografavam tudo o que pudesse
interessar às pessoas que, do outro lado do mundo, estavam ávidas por novos
conhecimentos e imagens. Os esforços desses fotógrafos valiam a pena, pois quando
2 Com o fotoclubismo nasce a fotografia artística que consistia no seguinte: cada foto possuía uma característica própria, sem a necessidade de uma representação da realidade.
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retornavam vendiam às dúzias as suas fotografias em formato de álbuns. As mesmas
eram ampliadas em grandes tamanhos e que para o público continham milhares de
novidades e sonhos.
Por este pequeno levantamento, nota-se que a fotografia realmente foi, e ainda é,
um produto híbrido da arte e das técnicas que foram desenvolvidas por pesquisadores e
cientistas de distintas áreas do conhecimento. Desde seu aparecimento, a fotografia tem
revolucionado, mostrando em suas imagens fixadas em papel, cenas profissionais ou
coloquiais do ambiente urbano, das pessoas, de diferentes paisagens e culturas por meio
de documentários.
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A fotografia como meioualificar algo como um meio de comunicação é classificá-lo como um veículo
para a transmissão de uma determinada mensagem. Esse veículo na
comunicação social pode ser definido como um meio de comunicação. De acordo
com BERLO (1999, p. 66): “Nós, mais tipicamente, olhamos para os meios públicos de
comunicação como veículos de mensagens: rádio, telefone, telégrafo, jornais, filmes,
revistas, o palco, as tribunas públicas, etc.”.
QNas pesquisas desenvolvidas, comumente estudam-se os meios públicos de
comunicação. Baseado nessas pesquisas pode-se afirmar que a fotografia é um meio de
comunicação público, pois se trata de um veículo transmissor de mensagens
habitualmente utilizado.
O estudo desses veículos, enquanto meios de comunicação, tornam-se parte
integrante das análises e pesquisas efetuadas com relação aos sistemas de comunicação
atuais. Esses estudos caracterizam-se por um nome propício: midiologia. Sendo assim, a
midiologia pode ser descrita como um estudo das mediações pelas quais uma idéia, uma
mensagem, se torna uma força material3, possuindo assim uma significação própria.
Essa força material envolve-se de características próprias, sendo necessário assim o
desígnio de como são caracterizados a mensagem e o canal – veículo transmissor.
Segundo BERLO (1999, p. 65):
Suponhamos que nós dois queiramos conversar. Para fazê-lo, precisamos dispor ambos de aparelhos codificador e decodificador que nos permitam
3 Grifo da autora.
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traduzir impulsos elétricos (nervosos) internos em alguma mensagem física externa. Eu preciso ser capaz de falar; você precisa ser capaz de ouvir.
Ou seja, para que uma fotografia funcione como um canal/veículo, esta precisa
necessariamente dispor das analogias citadas. A mensagem produzida pelo codificador
necessita chegar até ao decodificador através de algum meio/veículo, seja este visual,
sonoro ou olfativo.
A fotografia como meio/veículo envolve três etapas para sua distinção. São elas:
1ª - As maneiras de codificar e decodificar mensagens, que com relação à fotografia:
seriam as imagens visuais utilizadas para compor a mesma com o auxílio da luz e da
reação química;
2ª - O meio/veículo da mensagem: a fotografia em questão revelada quimicamente e,
3ª - O transportador do veículo: o papel fotográfico.
Com relação à mensagem produzida pela fotografia, esta se torna uma força
material, pois utiliza a analogia entre o codificador e decodificador, sendo que a grande
maioria das pessoas é possuidora de tal mecanismo: o visual.
Nota-se que enquanto o público-alvo visualiza a fotografia, a luz penetra em seus
olhos e excita os nervos ópticos responsáveis pela visão. Ao tirar uma fotografia, a luz
entra pelo orifício do maquinário fotográfico – denominado diafragma – e imprime formas
na camada química da prata que reveste o filme. De certa forma, resumidamente, os
olhos e a câmara trabalham de maneira semelhante, mas deve-se tornar claro que existe
uma grande diferença entre visualizar o objeto e tirar uma fotografia do mesmo.
Uma pessoa é capaz de
observar o mesmo que outra (sem
distinções de credo, cor, sexo, etc.)
em uma fotografia. A visão necessita
de claridade (iluminação ambiente ou
artificial) e de algo que projete uma
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CAPUTTO, Robert. Lions. National Geographic.
imagem (algo fotografado e revelado em químicos), para que ocorra a visualização da
mesma4.
Finalmente, caracteriza-se como veículo: a fotografia como um todo. Pois esta é
possuidora de todas as etapas acima citadas e também de analogias entre o codificador e
o decodificador.
Sendo essa questão da relação fotografia, meios e as mensagens clara e objetiva,
classificam-se então as fotografias, em si, como formas de expressão informativa, sejam
elas coloquiais ou de outras formas, como as utilizadas em mídias informativas.
Há nessas fotografias acima citadas algo mais que simples reproduções. As
fotografias tornam-se meio, pois:
As câmeras são aparelhos que constroem suas próprias configurações simbólicas, de outra forma bem diferenciada dos objetos e seres que povoam o mundo; mais exatamente, elas fabricam “simulacros”, figuras autônomas que significam as coisas mais que as reproduzem. (MACHADO, 1984, p. 11).
Sendo assim, as câmaras reproduzem não somente aquilo que é fotografado, mas
identidades, impressões que estabelecem representações, uma construção nada
indiferente perante a formação de bases de significação. Essa base de significação, de
acordo com o autor MACHADO (1984, p.11) seria:
(...) uma vez que a imagem processada tecnicamente se impõe como entidade ‘objetiva’ e ‘transparente’, ela parece dispensar o receptor do esforço da decodificação e do deciframento, fazendo passar por ‘natural’ e ‘universal’ o que não passa de uma construção particular e convencional.
Essas construções particulares e
convencionais passam-se por universais, pois são
caracterizadas como mensagens que possuem um
meio próprio para alardear-se. As fotografias
tornam-se uma mensagem de fácil interpretação,
pois o veículo aqui caracterizado seria a própria
4 Geralmente nesses casos, utiliza-se o papel fotográfico para transportar tal imagem, nesse exemplo cita-se a figura das “Leoas - CAPUTTO, Robert. Lions. National Geographic” - a qual pode ser visualizada ao lado do texto.
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fotografia (a imagem processada tecnicamente) e a mensagem: a
imagem fixada (de acordo com figura acima).
Segundo FLUSSER (1985, p. 28-29) “A diferença fundamental entre os instrumentos
e aparelhos é que, enquanto os primeiros trabalham, os segundos não trabalham”. Ou
seja, os fotógrafos utilizam-se das máquinas fotográficas (corpo5, lentes e objetivas) com
a função de criar, produzir símbolos e significações para o meio/veículo fotografia.
Essa é uma transfiguração muito utilizada por fotógrafos publicitários que se utilizam
dessa técnica de modificar e alterar o objeto fotografado para acentuar-lhe o relevo e
assim por diante, no intuito de transfigurá-lo e aumentar assim o poder de convicção de
sua imagem.
As leituras e interpretações dessas imagens tecnicamente processadas, ou seja,
desses signos devem ser levadas em consideração com muita cautela devido à
importância e utilização como meio e principalmente, devido aos desígnios que estas têm
com relação ao entendimento de uma mensagem/imagem.
Para GUTIÉRREZ ESPADA (1980, p. 33): “La imagen es, ante todo, un signo,
entendiendo signo, en su concepto más amplio, como todo elemento que representa a la
cosa.”
Sendo a fotografia um veículo impregnado de signos, esta tem uma importância
fundamental como canal/veículo, pois nada mais é que um signo – uma imagem
processada tecnicamente – que pode ser interpretado e visualizado por milhões de
pessoas. Essas identificações, análises efetuadas, só apresentam com maior acepção a
importância que a fotografia midiática tem em nossa cultura.
5 Grifo da autora, pois a palavra em questão refere-se ao maquinário sem as lentes e objetivas específicas para seu funcionamento, não cabendo citar nomes de marcas específicos de tais instrumentos.
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A fotografia como suporte midiáticoentre os campos técnicos e de estudo, os que mais utilizaram o relacionamento
que se institui entre a imagem e a linguagem que a fotografia é capaz de
transmitir foram os meios de comunicação de massa6. DAs fotografias são utilizadas como suporte midiático nos meios de comunicação de
massa de diversas formas e são apresentadas ao público de diferentes maneiras, como
ornamentos, ilustrações, cartazes, fotografias em jornais, fotografias publicitárias,
montagens, fotonovelas, além do cinema.
O jovem deve avaliar, com sua própria prática, a fotografia tal qual é usada em quantidades astronômicas nos Meios de Comunicação Sociais tais como imprensa, revistas, fotonovelas, publicidade, documentos sociais, etc. (GUTIÉRREZ PÉREZ, 1978, p. 87).
Percebe-se pela frase acima a dimensão e a importância da fotografia como suporte
na mídia, ou seja, sua grande utilização nos meios de comunicação de massa em
decorrência da fácil identificação desse signo e sua mensagem.
A fotografia pode ser considerada um suporte para o meio de comunicação visual,
utilizada por vários meios de comunicação de massa, sendo estes impressos e/ou
audiovisuais.
A aplicação da fotografia tornou-se parte integrante nas publicações, como ilustração
dos mais diferentes assuntos/temas, inclusive faz-se notar a sua utilização nos primeiros
“reclames” publicitários. 6 Não desconsiderando nessa forma de estudo, com relação aos meios de comunicação de massa, sua condição de sistema organizado com dinâmica e características próprias.
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De acordo com o autor KOSSOY (1980b, p. 99):
Aspectos da vida rural, o início do processo de industrialização e as transformações das cidades, os “destaques” da vida social, os acontecimentos esportivos: o football, como se escrevia então, e os torneios de regata, os picnics dominicais, as visitas de políticos de outros paises, os retratos cuidadosamente retocados dos políticos locais, os retratos das jovens donzelas da “melhor sociedade da época”, seriam dentre muitos outros temas fotografados e intensamente inseridos nas primeiras revistas ilustradas que surgiam em número crescente, com a: Revista da Semana (1900), Ilustração Brasileira (1901), Kosmos (1904), entre outros.
Após o período de aperfeiçoamento das técnicas, a fotografia tornou-se um suporte
muito utilizado em revistas e jornais para a identificação e desvendamento de mensagens,
além de exercer um tipo de motivação para a compreensão das mensagens. A partir
disso, tornou-se parte fundamental das publicações e, na atualidade, está presente em
todos os modernos meios de comunicação, como a internet, o jornal, a propaganda
impressa, cinema, além de auxílio na realização de pesquisas, documentação social,
documentação científica, entre outros.
Dentre as mídias citadas, os estudos sobre a fotografia midiática caracterizaram-se
principalmente com relação à fotografia utilizada como signos icônicos no jornalismo, no
cinema, na videografia e na propaganda impressa.
A interpretação ou “leitura” desses signos é necessária para o entendimento da
mensagem, a fotografia utilizada como suporte facilita a interpretação dos mesmos. As
fotografias são detentoras de significados, ou seja, tornam-se mensageiras de identidades
ideológicas e auxiliam na construção das mensagens nas quais aparecem.
Uma mensagem deve conter um código lingüístico capaz de ser compreendido por
todos os indivíduos do grupo social ao qual é destinado. A linguagem fotográfica – icônica
– utilizada nos meios de comunicação de massa em questão (jornalismo, cinema,
videografia e propaganda impressa) em nossa sociedade atual deve ser considerada
privilegiada, pois se caracteriza de tal forma permitindo que os indivíduos de um grupo
social comuniquem-se por meio de seus respectivos códigos lingüísticos. Logo as
mensagens utilizadas pelos meios de comunicação de massa devem ser dispostas de tal
forma que o conteúdo da mensagem possa ser recebido por uma maior quantidade de
indivíduos.
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Considerando que os meios de comunicação de massa criam um determinado
ambiente, no qual o indivíduo tende a se sentir pertencente a uma cultura, os meios
também, contribuem para colocar o indivíduo em seu papel na sociedade. Os meios
utilizam-se da despersonalização de uma mensagem para efetuar uma uniformização da
mesma, procurando tornar uma mensagem possível de ser destinada a uma enorme
quantidade de “alvos”.7
Assim, determinados códigos sociais, como determinadas formas de arte, modos de
expressão, são codificadas e imobilizadas pelos meios de comunicação de massas, pois
são configurados de uma maneira relativamente rápida para que haja uma veloz
aceitação pelos aclamados “alvos” e assim funciona também com as fotografias utilizadas
pelos mesmos.
Pode-se afirmar que a fotografia utilizada nos meios de comunicação de massas
também é um suporte, pois ela é considerada analógica ao seu objeto real, já que não se
utiliza a fotografia de um objeto para transparecer algum outro. Mas também não é um
retrato fiel da aparência do real por completo, pois não se veicula apenas uma mensagem
referencial. Em sua preparação há uma carga muito grande de conotações, sendo estas
múltiplas e complexas.
A imagem do objeto não é o objeto em si, não pode ser e não deve ser confundida
com o próprio, pois a fotografia de algo real se constitui em um outro algo. Essa
transformação do objeto em um outro vem sendo muito empregado. Os meios de
comunicação de massas utilizam-se dessas grandes quantidades de cargas conotativas
para obter um maior sustentáculo para as mensagens veiculadas.
Uma das principais utilizações da fotografia como suporte e complementação
encontra-se na imprensa – nos jornais e em algumas mensagens publicitárias. O texto se
faz acompanhar de algumas imagens e vice-versa. As fotografias se tornam
acompanhantes de “caixas” de textos na tentativa de tornar a notícia ou a peça publicitária
mais provocativa, explicativa, ou mesmo aparecem como pura ilustração.
7 Entendendo-se por “alvo” o destinatário coletivo, pensado e definido segundo certos critérios.
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Na verdade, neste caso, texto e imagem não são excludentes, são mistas. A
quantidade de fotos no Jornalismo impresso atual que acompanham os textos não
possuem informações suficientes para torna-los excludentes, apenas complementam-se.
14
A fotografia como suporte ao jornalismoo final do século XIX estava claro para os pioneiros cientistas sociais, que os
chamados novos veículos de comunicação de massa – livros, jornais e revistas
– estavam trazendo grandes e importantes mudanças para a condição social e
humana da sociedade. Após tantos movimentos e modificações, surge a massificação da
imagem fotográfica por via impressa.
AA primeira indústria de jornais ilustrada detém uma grande difusão no período entre
guerras. Conforme GUTIÉRREZ ESPADA (1980, p.73) “evidentemente, la fotografía a
través de la prensa adquiría una nueva dimensión, pues abandona la difusión limitada y
particularizada para ser recepcionada por un amplio público”. A aceitação da imprensa de
massa no cotidiano da sociedade, o ritmo da comunicação humana
tornou-se cada vez mais intenso. Tornando-se assim, o primeiro e
um importante veículo de comunicação a utilizar-se da fotografia de
informação social, que está muito vinculada, até as datas atuais, ao
fotojornalismo.
Uma dimensão da utilização da fotografia no jornalismo iniciou-
se com a arrasadora utilização de desenhos, ilustrações e fotos pela
aclamada “imprensa amarela” ou “jornalismo amarelo”.8 Estes
utilizavam diversos artifícios para chamar a atenção do público
leitor, abusando de ilustrações, sensacionalismo, desenhos e todos
os tipos de estratagemas para seduzir o leitor. Dentre esses
8 O nome “jornalismo amarelo” apresenta-se devido à utilização de um desenho primitivo chamado de “Garoto Amarelo” em um desses jornais da década de 1890, de onde derivou o nome “jornalismo amarelo” para a imprensa da época.
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Fórmula 1Barrichello vence GP da Europa.
artifícios estava a fotografia, que a partir desse período tornava-se parte constituinte e
fundamental da imprensa.
Nota-se assim que o jornalismo utiliza-se do suporte dado pela fotografia visando a
compreensão e a ilustração de textos desde do advento da fotografia na mídia jornal.
O jornalismo fotográfico abriu uma nova era na comunicação humana, com a
utilização da fotografia em reproduções massivas, com a possibilidade de familiarizar
rostos e personagens. De acordo com SCHMITT (2000, p.209):
A partir daí surgirão outras tecnologias ligadas à câmara – cinema, televisão, vídeo – e nossos olhos, que vêem diariamente uma infinidade de imagens criadas pela câmara obscura, irão lentamente se acostumando a esse padrão “realista e objetivo” de imagem.
A fotografia evoluiu de seu papel primitivo, apenas de ilustração dos jornais a um dos
principais suportes de mensagens utilizadas pela imprensa. Uma de suas principais
características é a de possibilitar clareza ao texto, auxiliando no entendimento do assunto
publicado, com características predominantemente informativas.
O jornalismo não utiliza uma simples foto, esta deve conter um sujeito, uma
circunstância e um ambiente, para que o leitor possa visualizar de tal forma as
características do assunto tratado, podendo o leitor – público-alvo – ter uma mentalização
pormenorizada de local, cidade, país e tempo no
sentido de época-situação social, política e cultural
na mensagem disposta. Ou seja, é necessário que a
fotografia jornalística traduza em sua linguagem o
ocorrido de forma clara e indiscutível, localizando
assim o fato, o evento ou o episódio dentro do seu
espaço e da sua época.
No caso do jornalismo, o texto e a fotografia –
imagem – não são excludentes. Para que a fotografia
jornalística seja excludente do texto em uma
publicação é necessário que a fotografia esteja muito
bem definida em sua linguagem e enquadramento
(conforme se verifica na figura ao lado). A definição, quer sejam dos locais, época,
16
REUTERS, Agência. World Trade Center. Folha On Line
pessoas e ambientes, teria que ser perfeita e com um aperfeiçoamento ainda não
disponível. Ou seja, absolutamente tudo o que compõe a fotografia publicada necessitaria
mesclar uma grande quantidade de informações – com a mais absoluta clareza – para
que o leitor possa “vivenciar” e entender toda a notícia.
Com relação à fotografia jornalística utilizada na imprensa atual, sua mensagem e
técnica não são tão complexamente aperfeiçoadas para que isso possa ser realizado.
Sendo assim, coerentemente: texto e fotos não podem ser excludentes.
Para a imprensa, a única maneira de um jornal tornar-se tão atraente quanto a
televisão, é abusar do uso de imagens, pois a passagem de uma informação para seu
público ficará mais objetiva e intensa, se além da utilização da quantidade de texto, se
fizer uso de uma imagem, desenho ou uma
fotografia. Para LIMA (1998, p.129) “a imprensa
generalizou a escrita como a forma mais corrente de
comunicação e expressão; o seu desenvolvimento
incorporou sucessivamente o desenho, a gravura e a
fotografia”.
Na imprensa, as fotografias que são utilizadas
encontram-se em complementação com os textos,
pois qualquer notícia portadora de uma fotografia ou
ilustração caracteriza-se como mais atrativa do que
um simples texto sem imagem. Existem também,
fotos jornalísticas que mantém uma relação
fotografia-texto, que são complementares, suas informações unem-se e completam-se: a
fotografia como “gênero”9.
9 Faz-se notar ao lado do texto, na figura do “Míssil Tomahawk”, este “gênero”.
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Míssil Tomahawk é lançado do navio USS Philippine Sea contra o Afeganistão no dia 7 de outubro, iniciando a campanha militar contra o terrorismo.
REUTERS, Agência. Míssil Tomahawk.
Folha On Line
Fotografia como “gênero”10 jornalísticoeterminadas fotografias jornalísticas são particularmente privilegiadas porque
se fixam na imaginação do público leitor, com um enorme poder de persuasão.
São consideradas fotografias que induzem o leitor a viver a notícia.DUm dos estudos efetuados pelo autor MARQUES DE MELO (1972, p.143), afirma a
importância do estudo da fotografia como gênero ao jornalismo:
Considerando a importância da imagem nas revistas semanais, julgamos significativo um estudo especial das fotografias que ilustram as mensagens de informação jornalística. Trata-se, portanto, de uma análise de conteúdo de fotografias como recursos fundamentais do jornalismo interpretativo.
O autor utiliza-se do termo interpretativo, pois certamente em alguns momentos,
determinadas fotografias são utilizadas como recursos de retenção e interpretação de
mensagens, empregadas pela imprensa até a década atual.
No caso do “gênero” jornalístico, a fotografia pode aparecer e variar conforme a
ênfase atribuída a um texto ou a imagem em questão. Há alguns casos, em que a
fotografia utilizada nesses meios de comunicação aparece como simples ornamento ou
ilustração, para iluminar ou autenticar a notícia, fazendo com que o público leitor possa
verificar a autenticidade dos fatos relatados.
O fotojornalismo não pode ser definido apenas como “objeto de apoio”. Pois a
mesma fotografia destinada à publicação nos meios de comunicação impressos,
10 A utilização da palavra “gênero” tem grandes proporções significativas, tomando nota desses significados, a autora não utiliza a palavra como: maneira, modo, estilo ou tipo, mas refere-se a “gênero” como: qualquer agrupamento de indivíduos, objetos, fatos, idéias, que tenham caracteres comuns (mensagens interpretativas); espécie, classe, casta, variedade, ordem, qualidade e uma classe ou natureza do assunto abordado por um artista.
18MCCURRY, Steve. A life revealed. National Geographic
principalmente nos jornais, partilham de uma comunhão com os vários fatores
fotográficos. Ou seja, há uma interligação entre os vários fatores fotográficos e o
jornalismo como o retrato, a paisagem, fotografia histórica, fotografia artística, e a factual,
sendo que esses fatores devem estar em comum acordo com os valores estéticos e
interpretativos contidos em uma fotonotícia. Todos esses valores devem estar presentes
para poder informar com facilidade e precisão.
Mas existem determinadas e importantes fotografias jornalísticas que vão além da
simples ornamentação ou complementação. Estas exploram de tal forma as imagens que
são detentoras, fazendo-se passar por uma fonte primária de informação11, utilizando-se
do texto somente para a “chamada”, o convite à leitura12.
Para PAUL ALMASY (apud LIMA, 1988, p.17-
18) a explicação de tamanha utilização da
fotografia no jornalismo é a seguinte:
A explicação espacial da cultura, da política, das relações sociais pode ser percebida. E isso é uma coisa que a fotografia capta mais e melhor do que qualquer outra fonte de informação. Dessa forma as informações que podem sair da fotografia são ilimitadas.
Nota-se nesse caso que existe além de uma complementação ou apoio, a utilização
da fotografia que chega a subordinar o texto em questão.
Assim, verifica-se que existem casos em que o texto simplesmente se subordina à
fotografia, dando à notícia/matéria uma explicação que sem a utilização da fotografia,
talvez não fosse veiculada com tal clareza.
Os meios de comunicação de massa, principalmente aos jornais, utilizaram-se no
passado da fotografia como simples ornamento, passaram para a ilustração e hoje, a
fotografia é utilizada pelo jornalismo como um produto universal de linguagem simbólica.
Ou seja, na atualidade, a fotografia passou a ser utilizada pela grande maioria dos jornais
11 Analisando as demais figuras apresentadas, a mesma que se apresenta ao lado do texto pode ser considerada uma fonte primária de informações.12 Grifo da autora.
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como um produto de signos visuais, com uma finalidade utilitária: tendo como destino o
consumo pelas “massas”.
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