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ÍNDICE DE COMPETITIVIDADEE DESEMPENHO DO PRIMEIRO
SEMESTRE DE 2015
SENSOR das MPE Catarinenses - Ano V - Nº 9 - Setembro 2015
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LEVANTAMENTO DE DADOS
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SENSOR DAS MPE CATARINENSES: ÍNDICE PARA MEDIR A COMPETITIVIDADE E
DESEMPENHO SEMESTRALFonte: Sebrae/SC
SENSOR DAS MPE
É um levantamento de informações sobre o desempenho semestral das micro e pequenas empresas (MPE) catarinenses e da qualidade da gestão empresarial, desenvolvido pelo Sebrae/SC, que propicia a geração de um índice de competitividade para micro e pequenas empresas.
Índice de Competitividade das MPE (ICP-mpe)
O ICP-mpe é um índice que objetiva acompanhar o desempenho competitivo das micro e pequenas empresas de Santa Catarina, proveniente do somatório de pontos atribuídos a cada um dos indicadores avaliados, o qual pode variar de 0 a 100. São 44 indicadores distribuídos em nove dimensões: Liderança; Estratégia e Planos; Clientes; Sociedade; Informações e Conhecimento; Pessoas; Processos; Controle de Resultados; e Desempenho no Período.
Avaliação do Desempenho no Período
O desempenho no período é acompanhado em relação ao comportamento das variáveis Faturamento, Investimentos, Empréstimos, Poupança, Inovação, Rotatividade de Pessoal e Acesso a Novos Mercados.
01
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
02
METODOLOGIA DA PESQUISA
Público-Alvo: microempresas (ME), com faturamento de até R$ 360.000,00, e
pequenas empresas (PE), com faturamento de até R$ 3.600.000,00, ambas em
situação formal e com CNPJ ativo em Santa Catarina.
Tipo de Pesquisa: a pesquisa tem caráter quantitativo, realizada pela técnica de
survey, por levantamento amostral.
Plano Amostral: amostragem aleatória estratificada de 500 empresas por cotas
representativas ao número de ME e PE dos setores de agronegócios, comércio,
indústria e serviços nas regiões de Foz do Itajaí, Grande Florianópolis, Extremo
Oeste, Meio Oeste, Oeste Norte, Serra, Sul e Vale do Itajaí.
Margem de Erro: a pesquisa possui erro amostral máximo de 4,4% para o Estado e
nível de confiança de 95%.
Período de Coleta: 06 a 29 de julho de 2015.
Frequência de Medições: semestral.
Plano Amostral por Setor:
Agronegócio 14
SETOR AMOSTRA
Indústria 72
Comércio 205
TOTAL 500
Serviços 209
Fundamentação: segue o Modelo de Excelência em Gestão (MEG), utilizado na
premiação MPE Brasil para as empresas que se destacam quanto a sua
competitividade. O MEG compõe-se de oito dimensões, tendo sido acrescentada
uma nona, referente ao desempenho no período, como ilustrado na figura a seguir.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
03
Forma do cálculo do ICP-mpe
Bloco 1: Perguntas das dimensões Liderança, Estratégia e Planos, Clientes, Socie-dades, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Controle de Resultados correspondem a 70% do valor do índice. Cada questão vale a pontuação de até 1,891891. A proporção de obtenção desse valor é resultado da opção informada entre as quatro alternativas de respostas, A, B, C ou D – 0% para a opção A, 30% para a opção B, 70% para a opção C, e 100% para a opção D. Todas as 37 perguntas sempre têm quatro alternativas de resposta nessa mesma escala.
Bloco 2: Perguntas da dimensão Desempenho do Período correspondem a 30% do valor do índice. Cada questão vale a pontuação de até 4,285714, com o mesmo critério para a proporção de obtenção desse valor, segundo a opção informada (0% para a opção A, 30% para a opção B, 70% para a opção C, e 100% para a opção D). Todas as 7 perguntas sempre têm quatro alternativas de resposta nessa mesma escala.
O índice final é o resultado do somatório da pontuação gerada pelas 37 questões do primeiro bloco de perguntas e as 7 perguntas do segundo bloco, totalizando um valor máximo de até 100 pontos.
Desempenho no Período
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
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DESTAQUE DOS RESULTADOS
O índice de competitividade geral das MPE catarinenses no primeiro semestre de 2015 foi o melhor da série de medições desde 2011, tendo alcançado 55,76 pontos.
Cinquenta e cinco por cento das micro e pequenas empresas registraram aumento ou estabilidade nas vendas. Depois de 3 semestres seguidos de queda, 31% delas aumentaram as vendas no 1º semestre de 2015. Contudo, aumentou o número das que tiveram queda nas vendas, 45%.
O endividamento com empréstimos para capital de giro diminuiu. Eram 89% das empresas com empréstimo no 2º semestre de 2014, porcentagem que abaixou para 42,8 no período de janeiro a junho de 2015.
A elevação do índice é proveniente da melhoria nas dimensões Controle de Resultados, Liderança, Sociedade, Pessoas e Desempenho no Período.
Pela primeira vez as microempresas obtiveram um índice de competitividade (55,96 pontos) superior ao das empresas de pequeno porte (54,99 pontos).
As dificuldades de acesso a linhas de crédito e os juros altos fizeram com que 77% dos investimentos tenham sido realizados com recursos próprios.
Os pequenos negócios que fizeram investimentos no 1º semestre de 2015 foram de 57,2%, o nível mais baixo desde o início da série, em 2011.
As ações de inovação aumentaram para 52,6% no 1º semestre de 2015, contra 46,8% no semestre anterior.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
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RESULTADOS PARA O ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE 1º SEMESTRE DE 2015
Na 9ª edição o índice de competitividade das MPE, que mede a qualidade da gestão, alcançou seu melhor desempenho, 55,76 pontos. Internamente, as empresas vêm evoluindo em competitividade, melhorando sua gestão nos indicadores relacionados principalmente às dimensões Controle de Resultados, Liderança, Sociedade e Pessoas e alguns indicadores do desempenho no período. Porém, o ambiente externo com recessão econômica desfavorece uma expressiva elevação na competitividade dos pequenos negócios catarinenses. De modo geral, as micro e pequenas empresas aumentaram sua competitividade em 6,21 pontos (em valores absolutos) ao longo de quatro anos, o que representa um ganho relativo de 12,53% desde 2011.
Gráfico 1: Evolução do índice de competitividade das MPE catarinenses
Índice de competitividade das MPE Catarinenses
60
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
55
50
45
40
49,55 50,0851,35
53,66
51,60 52,37
20131º Sem.
20132º Sem.
50,56
53,98
20141º Sem.
20142º Sem.
20151º Sem.
55,76
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
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Após oito medições em que as pequenas empresas apresentavam-se mais competitivas em relação às microempresas, nesta nona edição observa-se a reversão do quadro. Essa tendência já vinha se desenhando pelo constante aumento no índice de competitividade das microempresas, que nesta edição superaram as empresas de pequeno porte, embora estejam ambas bastante próximas da média geral.
Gráfico 2: Desempenho por porte em pontos de 0 a 100 (ICP-mpe)
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
20141º Sem.
20142º Sem.
20151º Sem.
Microempresa Pequena Empresa Competitividade das MPE Catarinenses
48,9
052
,50
49,5
5
49,0
853
,67
50,0
8
50,1
553
,87
51,3
5
52,6
956
,91
53,6
6
50,8
154
,69
51,6
0
51,0
457
,57
52,3
7
48,6
257
,76
50,5
6 53,1
357
,14
53,9
8 55,9
654
,99
55,7
6
Mais da metade das nove dimensões avaliadas apresentou indicadores acima da média apurada para o período (55,76), com exceção da dimensão Estratégia e Planos, que está abaixo da média em 2,19 pontos, e do Desempenho no Período, com 12,25 pontos a menos em relação à média. A dimensão que apresenta melhor desempenho em relação à média foi Processos (+12,14 pontos). A dimensão Desempenho no Período apresenta o menor resultado (43,51 pontos), o que reflete as dificuldades pelas quais a economia brasileira passa.
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
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Gráfico 3: Evolução do índice de competitividade por dimensão
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
20141º Sem.
20142º Sem.
20151º Sem.
Liderança Estratégia ePlanos
Clientes Sociedade Informação eConhecimento
Pessoas Processos Controle deResultados
Desempenhono Período
63,4
52,8
63,0
63,4
56,2
63,4
67,9
57,8
43,5
Índice Competitividade2015/1 = 55,76
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ANÁLISE DO DESEMPENHO DAS MPE NO 1º SEMESTRE DE 2015
Faturamento
O indicador de faturamento, conforme mostrado na Tabela 1, alcançou, numa variação de 0 a 100, o valor de 31,54 pontos, provocado pelo volume de empresas que registraram queda, volume que atingiu seu maior patamar, 45,4%. Contudo, nessa medição a parcela de empresas que afirmaram ter aumentado seu faturamento subiu para 31%, depois de 3 semestres consecutivos em queda.
42,90
PERÍODO 2011/1
Tabela 1: Indicador faturamento
Indicador faturamento (0 a 100 pontos)
2011/2 2012/1 2012/2 2013/1 2013/2 2014/1 2014/2 2015/1
45,24 41,74 43,82 40,98 39,65 33,66 35,24 31,54
Gráfico 4: Faturamento comparado ao semestre do ano anterior
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
50%
30%
25%
20%
15%
10%2014
1º Sem.2014
2º Sem.
35%
40%
45%
20151º Sem.
Menor Igual Maior
31,0%
23,6%
45,4%
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Empréstimos para Capital de Giro
Na atual medição o número dos que não contraíram empréstimos chega a quase 43%. O atual panorama econômico, com a elevação contínua das taxas de juro e a dificuldade criada pelas instituições na concessão de crédito, leva o empresário, mesmo necessitando de capital de giro, a ter dificuldades ou receio em sua captação.
Gráfico 5: Existência de empréstimos para capital de giro
Pegou empréstimo para capital de giro Não pegou empréstimo
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
20141º Sem.
20142º Sem.
20151º Sem.
75,40% 73,60% 76,00% 74,40%
64,00%69,60%
74,20%
89,60%
10,40%
24,60% 26,40% 24,00%
26,40%
36,00%30,50%
25,80%
57,20%
42,80%
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10
Investimentos
Acompanhando a falta de recursos para capital de giro, houve queda nos investimentos. Nesta medição, 57,2% dos entrevistados realizaram algum tipo de investimento, um decréscimo de 7,6%. Observa-se que a tendência de redução nos investimentos permanece a partir do segundo semestre de 2014.
Gráfico 6: Realização de investimentos no período
Realizou investimentosNão realizou investimentos
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
20141º Sem.
20142º Sem.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
85,00%
82,20%
76,80%
82,80%
59,40%
71,50%
78,00%
64,80%
35,20%
15,00%
17,80%
23,20%
17,20%
40,60%28,40%
22,00%
20151º Sem.
57,20%
42,80%
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Fonte de Recursos
Neste período os investimentos foram realizados, em sua maioria, com uso de capital próprio (44,2%), o que reforça a suposição da dificuldade, ou mesmo do receio, da captação de recursos de fontes externas, em especial das instituições financeiras.
Gráfico 7: Fontes de recursos dos investimentos realizados
Não realizou investimentos Totalmente recursos de terceiros Parte recursos próprios e parte terceiros Totalmente recursos próprios
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%2011
1º Sem.2011
2º Sem.2012
1º Sem.2012
2º Sem.2013
1º Sem.2013
2º Sem.2014
1º Sem.2014
2º Sem.
14,6
0%5,
40%
19,2
0%60
,80%
17,8
0%4,
60%
17,6
0%60
,00%
23,2
0%21
,60%
20.8
0%34
,40%
17,2
0%6,
20%
20,8
0%55
,80%
40,6
0%7,
80% 13
,60%
38,0
0%
28,4
0%3,
80%
22,5
0%45
,40%
23,2
0%3,
80% 10
,80%
62,2
0%
35,2
0%5,
80%
45,8
0%13
,20%
20151º Sem.
42,8
0%2,
00%
11,0
0%44
,20%
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Substituição de empregados (Turnover)
A rotatividade de funcionários atingiu o segundo maior índice na série histórica da pesquisa, com um percentual de 71,8%. Esse índice, somado ao da medição anterior, reforça a tendência de rotatividade e diminuição dos postos de trabalho, mesmo levando-se em conta a situação ainda privilegiada de Santa Catarina no cenário nacional, apontada em estudos apresentados pelas instituições públicas responsáveis pelas políticas de emprego no país.
Gráfico 8: Substituição de funcionários na empresa
Substitui funcionáriosNão substitui funcionários
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0%
2014/2
2014/1
2013/2
2013/1
2012/2
2012/1
2011/2
86,2%13,8%
38,8%61,2%
50,6%49,3%
44,8%55,2%
45,4%54,6%
42,0%58,0%
59,0%41,0%
40,2%59,8%2011/1
28,2%71,8%2015/1
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE E DESEMPENHO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015
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Inovação
Houve reversão na tendência de queda nas ações de inovação registrada no último semestre, com elevação de 11,6%. Este indicador aponta para a busca de inovações como forma de reverter outros fatores negativos, por meio de novos processos ou métodos e trabalho, novos segmentos de produtos e serviço, mudanças no modelo do negócio e criação de produtos ou modificação em seus atributos.
Gráfico 9: Evolução da realização de inovações
Não realizou ações de inovação no período Realizou ações de inovação no período
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
2014/2
2014/1
2013/2
2013/1
2012/2
2012/1
2011/2
2011/1
2015/1
100%
47,4% 52,6%
59,0% 41,0%
53,2% 46,8%
47,1% 52,9%
49,4% 50,6%
44,4% 55,6%
48,2% 51,8%
49,6% 50,4%
50,6% 49,4%
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Acesso a Novos Mercados
O percentual de empresas que promoveram ações de acesso a novos mercados manteve-se praticamente inalterado (27,2%) em relação à edição anterior, revelando dificuldade dos pequenos negócios no acesso a novos mercados.
Gráfico 10: Realização de ação de acesso a novos mercados
Não realizou ação de acesso a novos mercados Realizou ação de acesso a novos mercados
20111º Sem.
20112º Sem.
20121º Sem.
20122º Sem.
20131º Sem.
20132º Sem.
20141º Sem.
20142º Sem.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
20151º Sem.
100%
81,4%
73,8% 69,6% 69,8% 66,6%
63,3%
83,6%
72,0% 72,8%
18,6%
26,2% 30,4% 30,2%
33,4% 36,6%
16,4%
28,0% 27,2%
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CONCLUSÕES
O índice de competitividade das MPE catarinenses atingiu o seu melhor patamar (55,76 pontos) desde a criação da pesquisa Sensor das MPE como consequência de uma postura de enfrentamento do cenário de ajuste econômico pelo qual passa a economia brasileira. Os dados apontam para uma gestão mais centrada na melhoria de processos, controle de resultados, clientes, e busca por inovações acompanha-das por uma liderança mais ativa por parte do empresário.
Os melhoramentos da gestão ajudaram a 55% das empresas a registrar aumento ou estabilidade nas vendas, enquanto 45% dos empreendimentos afirmaram que seu faturamento diminuiu. Esse número é um sinal que as empresas estão enfrentando dificuldades com a atual conjuntura econômica. Entretanto cabe destacar que ainda existem oportunidades de ganhos, pois 31% dos entrevistados afirmaram que o faturamento da sua empresa aumentou.
Uma alternativa encontrada pelo empresário das micro e pequenas empresas foi a inovação. Aumentou para 52,6% aquelas empresas que promoveram ações de inovação, como a busca por novos segmentos de produtos ou serviços, enquanto que no semestre anterior esse percentual era de 41%.
Contudo, o empreendedor catarinense entrevistado mostra-se cauteloso e propenso a investir menos – 57% dos entrevistados – quando no primeiro semestre de 2011, esse índice alcançou o patamar de 85% das empresas.
Enquanto melhores dias de vendas não chegam, de forma a se ter um resultado semestral de faturamento melhor, os empresários de micro e pequenas empresas vão conquistando outros ganhos na leitura de seu desempenho, seja endividando-se menos, já que o número dos que contraíram empréstimo para capital de giro no período jan-jun/2015 baixou para 57%, seja inovando, ou seja fazendo poupança para viabilizar novos investimentos.
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