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Índice

1. Introdução

2. História do Bordado

3. Técnicas de Pontos

4. Materiais

5. Métodos de Riscar

6. Como usar o Bastidor

7. Pontos de Linhas e Contornos

8. Pontos Caseados

9. Pontos Caseados Compostos

10. Pontos de Encher

11. Bibliografia

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1. Introdução O Curso de Bordado em Linha tem por objetivo fazer com que as pessoas percebam através da arte de bordar, que trazem dentro de si valores inestimáveis de utilidade à sociedade. Visa também desenvolver o conhecimento e a prática de técnicas específicas para que possa bordar com facilidade e motivação, aperfeiçoando, ampliando e capacitando para atender o mercado de trabalho de um produto diferenciado criando condições para o aumento de renda. Conhecer a história do bordado em linha, aprender os pontos, desde os básicos até os mais elaborados, ensinar a técnica da riscagem de um desenho na peça (riscador), aprender a adequar o material escolhido ao risco, combinar os pontos com harmonia para um resultado visual perfeito e reconhecer a elegância de um bordado bem feito são os objetivos do curso. 2. História do Bordado A arte do bordado surgiu em consequência da costura, de maneira a personalizar a peça desenvolvida por cada artesã. Antes da produção em série, vestimentas e peças de decoração de interiores eram feitas em casa, pelas mulheres, educadas para atender as necessidades do lar. Durante muito tempo o conhecimento dos pontos de bordar constituiu parte da tradição folclórica dos povos. O trabalho de agulha não era considerado em separado, em termos de estudo, até o final do séculoXIX, o que veio a ocorrer com o movimento Ms and Crafts (Arte e Objetos) quando designers passaram a examinar a evolução histórica dos pontos por meio da avaliação de tecidos bordados, de todo o mundo, para saber como eram confeccionados. Desse estudo originaram-se diversos livros e a uniformização do formato e nome dos pontos. No início o emprego das cores era parco, mas cada povo gerou contribuições peculiares que, somadas, deram origem a um rico e variado artesanato. Peças simples do cotidiano ganham status de arte dada a singularidade de combinações. O exemplo contemporâneo de países altamente industrializados desmente a tese dos que previam a extinção do artesanato em detrimento da industrialização.

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O bordado ultrapassou a fronteira de simples conjunto de técnicas para ser incorporado ao contexto socioeconômico social. Por ser uma atividade humana, não pode ser apartado de hábitos, costumes e estilo de vida vigentes nas regiões em que surgiu. De mera técnica, passou a um complexo de atividade que tem sua expressão num homem determinado, numa certa cultura. Daí a necessidade de concentrar, no seu estudo, inúmeras especialidades que se enriquecem e completam. A arte de bordar é constantemente reinterpretada por bordadeiras contemporâneas de todo o mundo, perpetuando, ao longo do tempo, a tradição legada por sucessivas gerações. 3. Técnicas de Pontos

Pontos de Linhas e Contornos Esta técnica consiste em pontos clássicos e versáteis, trabalhado continuadamente em carreira reta ou curva. Fios e tecidos podem ser os mais diversos, compondo letras, motivos, desenhos e monogramas ou, ainda, usados na definição de formas com pontos de encher. Fios contrastantes podem ser entrelaçados, tendo os pontos atrás e corridos como alicerce para alguns pontos casados.

Pontos Caseados Os pontos caseados envolvem as técnicas de pontos planos, laçados e de nós, constituindo-se no grupo mais amplamente usado. Para trabalhos de fios contados o tecido empregado é o cânhamo, deixando para os tecidos normais o emprego do bordado livre. Os pontos casados se prestam à criação de molduras, linhas e debruns corridos, amplos e decorativos.

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Pontos Caseados Compostos São os pontos tidos como os mais decorativos, compostos de carreiras simples ou repetidos, criando enchimentos multicoloridos com texturas de superfície complicada. Os contornos básicos e os caseados são enriquecidos com fios entrelaçados, havendo a variação da combinação de 2 ou 3 pontos.

Pontos de Encher Os pontos de encher compõem áreas definidas por pontos de contorno ou caseado. São dispostos em carreiras regulares formando padrões geométricos e linhas retas; superfície texturizada por meio de pontos juntos; espaçados, deixando entrever o tecido sob o qual é aplicado ou espalhado ao acaso. Pontos menores se prestam a formar enchimento de pontos isolados do bordado, e, os pontos maiores, usados como realce. 4. Materiais

Ferramentas: tesoura, alfinete, régua, lápis, caneta, papéis carbono, de

seda e canson.

Tecidos: malha, algodão, linho, cânhamo.

Linhas: seda, algodão.

Bastidores: aro.

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5. Métodos de Riscar

Papel Carbono É o método mais simples de riscar. Transfira o desenho para o papel de seda, coloque o carbono sobre a peça a ser bordada e em seguida o desenho por cima. Contorne o desenho com um lápis.

Moldes Sendo um desenho uniforme pode-se fazer o molde com papel canson, e em seguida, com caneta gel ou lápis, contorná-lo.

Papel de Seda Pode ser utilizado quando bordar em tecidos finos e transparentes. O papel será colocado sob a peça para ser copiado. 6. Como usar o Bastidor

Preparação do Aro Forre o aro exterior com um tecido fino de algodão para evitar que tecidos delicados não estraguem ou escorreguem dentro do aro.

Colocação do Tecido Corte o tecido sempre 8 cm mais do que o diâmetro do aro. Solte ligeiramente o parafuso antes de prender. Centralize o tecido sobre o aro interior e sobreponha suavemente o aro exterior sobre o tecido, endireitando-o. Aperte o parafuso.

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7. Pontos de Linhas e Contornos

Ponto de Haste

Trabalhe da esquerda para a direita, saindo ao centro do ponto. O fio sai sempre do ponto anterior.

Ponto de Alinhavo Os pontos são espaçados regularmente e todos do mesmo tamanho.

Ponto Atrás

Comece na linha do desenho, espete a agulha para trás e saia à frente do começo do ponto. Continue a fazer a mesma sequência do ponto atrás.

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Ponto Atrás Duplo

Comece da esquerda para a direita e saia ao centro como ponto haste, alternando o meio ora para cima, ora para baixo.

Ponto de Palestrina

Comece em A e faça um ponto diagonal em B. Passe a agulha para a direita faça-a passar por baixo do ponto diagonal. Passe-a novamente no ponto em O e puxe o fio para fazer um nó pronto para o próximo ponto.

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Ponto Aranha

Comece com um Ponto de Mosca feito em direção ao centro do círculo, conforme mostrado em A, e então faça dois Pontos Retos, um em cada lado da Cauda do Ponto de Mosca, no centro do círculo. Isto divide o círculo em cinco partes iguais e os raios formam a base da tela. Faça a seguir um cerzido por cima e por baixo dos raios até encher o círculo como em B. Em Bainhas Abertas os raios não são completamente cobertos, e somente metade do círculo é preenchido, o que dá um efeito de cobertura rendada e aberta.

Ponto de Cadeia ou Corrente

Comece com a agulha no alto da linha, fazendo-a passar novamente pelo mesmo ponto onde entrou e segure na laçada com o polegar esquerdo. Puxe o fio por baixo da ponta da agulha.

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Ponto Sombra

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Ponto em Ziguezague

Comece em A e faça um ponto reto saindo no centro do ponto. A seguir faça a agulha sair a direita superior, fazendo um pontinho para a esquerda em B, repetindo o ponto reto saindo ao centro do ponto. Puxe a agulha para baixo e dê um pontinho para a esquerda e introduza a agulha com um ponto reto saindo ao centro em B. Repita a sequência para continuar.

Ponto de Casear Comece na linha inferior e puxe a agulha para cima, na diagonal, formando um ponto reto para baixo com a linha sob a ponta da agulha formando uma laçada.

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9. Pontos Caseados Compostos

Ponto Pequinês Faça uma carreira de ponto atrás e entrelace os pontos de baixo para cima, até dar uma volta, e puxe o fio suavemente.

Ponto de Aresta ou Pena Comece com a agulha à esquerda introduzindo um ponto à direita no mesmo nível. Faça um ponto ao centro, para baixo, deixando uma laçada. A seguir introduza a agulha um pouco à esquerda, no mesmo nível, e faça um ponto ao centro para baixo conservando a linha por baixo da ponta da agulha.

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10. Pontos de Encher

Ponto Cheio Faça todos os pontos retos, bem unidos, sem deixar espaços.

Ponto Matiz Este ponto é variante do ponto cheio, sendo pontos planos curtos e compridos, entrelaçando-os.

Ponto de Folha Desenhe a forma desejada no tecido. Comece em A e faça um ponto reto ao centro e saia a agulha em B, voltando ao centro e saindo em C. Continue alternadamente.

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Ponto de Folha Aberto Comece em A e faça um ponto inclinado para cima até B, saindo em C, inclinando para o centro em O, e assim sucessivamente.

Ponto Reto Este ponto pode ser de vários tamanhos, de modo regular ou irregular.

Ponto de Mosca Puxe a agulha da esquerda para a direita, na horizontal, no mesmo nível, e faça um ponto para baixo em direção ao centro.

Ponto de Areia

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Comece o ponto reto, em qualquer parte do desenho desde que fiquem sempre do mesmo tamanho e espaços regularmente iguais entre eles.

Ponto Rococó Faça um ponto atrás do tamanho desejado. Enrole a linha ao redor da ponta da agulha quantas vezes quiser, segurando as laçadas com um dedo. Puxe a agulha cuidadosamente e vire-a para o mesmo ponto onde havia sido introduzida. Puxe o fio do trabalho para ficar reto.

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Ponto de Nó Francês Comece no lugar onde será feito o ponto, segure o fio esticado enrolando-o duas vezes em volta da agulha. Introduza a agulha no ponto por onde saiu, e puxe suavemente para baixo para apertar a laçada.

Ponto Margarida Faça este ponto com o ponto corrente preso na laçada, individualmente, formando flores.

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11. Bibliografia SNI Edições. A bordadeira. Lisboa, Portugal, 1949. GANDERTON, Lucinda. Dicionário de pontos. Ambientes e Costumes Editora Ltda. São Paulo, 1979. PALUDAN, Lis. Novas ideias em bordados. Círculo do Livro S.A. São Paulo, 1976. PARREIRA, Roberto, NASCIMENTO, Bráulio do et alli. Artesanato brasileiro. Funarte. Rio de Janeiro, 1979. RIOS, José Arthur et alli. Artesanato e Desenvolvimento. SESI. Rio de Janeiro. WERNECK, Antonio Carlos e DANTAS, Cristina. Artesões do Brasil. Ed. Abril, São Paulo.

www.coatscorrente.com.br

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