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RECURSOS TÉCNICOS PARA O EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICO EMPRESÁRIOS NA ESCOLA íNDICE INTRODUÇÃO Objectivos Utilizadores Beneficiários CONCEITOS CHAVE NOTAS METODOLÓGICAS E PRÉ-REQUISITOS PROCESSO Formação dos professores Apresentação da metodologia EMPRE aos alunos Integração na rede internacional de escolas Criação da empresa Organização da empresa Identidade corporativa Contacto com os parceiros internacionais Estudo do mercado Definição da gama de produtos Planeamento fincanceiro Visita a empresas Escolha de fornecedores locais Produção Encomenda aos parceiros internacionais Feira do empreendedor Fecho das actividades A Prática CAIE 3 4 5 7 9 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 1

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RECURSOS TÉCNICOS PARA O EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICOEMPRESÁRIOS NA ESCOLA

íNDICE

INTRODUÇÃOObjectivos

UtilizadoresBeneficiários

CONCEITOS CHAVE

NOTAS METODOLÓGICAS E PRÉ-REQUISITOS

PROCESSO

Formação dos professoresApresentação da metodologia EMPRE aos alunos

Integração na rede internacional de escolasCriação da empresa

Organização da empresaIdentidade corporativa

Contacto com os parceiros internacionaisEstudo do mercado

Definição da gama de produtosPlaneamento fincanceiro

Visita a empresasEscolha de fornecedores locais

ProduçãoEncomenda aos parceiros internacionais

Feira do empreendedorFecho das actividades

A Prática CAIE

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RESULTADOSCUSTOS DE IMPLEMENTAÇÃO

FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSOFERRAMENTAS

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O desenvolvimento de capacidades empreendedoras pode fazer-se através do ensino.

Estudos científicos recentes concluíram que uma educação baseada no conhecimento sólidoda realidade de negócios, bem como na promoção de atitudes normalmente associadas aosempreendedores, como a auto-confiança, a auto-estima, o dinamismo, a assunção de riscosou a capacidade de concretização, contribui para formar novos empreendedores (ver por exemploos trabalhos de Kourilsky e Walstad).

O programa “Empresário na Escola”, de ensino de Empreendedorismo na escola secundáriaconsiste, em termos gerais, na constituição de uma empresa na sala de aula. A constituiçãonão passa pelos aspectos formais, mas a empresa, de que todos os alunos são sócios, faznegócios reais com dinheiro real. Tem clientes e fornecedores internacionais.

Objectivos

O objectivo deste guia é servir de apoio a um programa de ensino do empreendedorismo naescola secundária que vise desenvolver capacidades empreendedoras nos jovens adolescentes,através da criação e gestão de uma mini-empresa na escola, em que os estudantes sejamconfrontados com a necessidade de tomarem decisões de negócios de forma autónoma emborade forma acompanhada.

Utilizadores

A metodologia EMPRE é direccionada para os professores do secundário, responsáveis pelaimplementação e desenvolvimento de um programa de ensino do Empreendedorismo na suaescola.

introdução

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BenificiáriosOs beneficiários desta metodologia serão os alunos do ensino secundário, que desenvolverãocompetências empreendedoras ao longo do ano lectivo em que dure esta formação.

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conceitos chave

Empresa no contexto da metodologia EMPRE, cada turma integrada será uma empresa, da qualsão sócios todos os alunos dessa turma. A empresa terá um nome, uma identificação corporativa,capital social, e negócios reais. A empresa extingue-se no final do ano lectivo.

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notas metodológicas e pré requisitos

De acordo com o “Livro verde para o espírito empresarial” da Comissão Europeia, o espíritoempresarial contribui para a criação de emprego e para o crescimento das economias. De acordocom a Comissão Europeia “A educação e a formação profissional deverão contribuir paraincentivar o espírito empresarial, promovendo a atitude mental correcta, a consciência dasoportunidades de carreira de empresário e as competências.” Por esta razão é importantepromover as competências empreendedoras a partir da educação secundária.

Mas que a educação secundária ajude a que se consiga chegar a uma sociedade que valorizeo espírito empresarial, terá de existir essa vontade na escola. Não pode se imposta do exterior.Actualmente, a grande visibilidade que o tema do empreendedorismo tem na nossa sociedadepode facilitar a existência dessa vontade interna na escola de contribuir para uma sociedademais empreendedora.

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processo

Objectivo:

Desenvolver capacidades empreendedoras em jovens através do ensino.

O programa:

O programa de ensino de empreendedorismo consiste, em termos gerais, na constituição deuma empresa na sala de aula. A constituição não passa pelos aspectos formais, mas a empresa,de que todos os alunos são sócios, faz negócios reais com dinheiro real. Tem clientes efornecedores internacionais.

Enquadramento temporal:

1 ano lectivo.

Público-alvo:

Jovens entre os 13 e os 16 anos de idade (7º a 9º ano de escolaridade).

Funcionamento:

O programa de ensino funciona na disciplina de projecto. Não é necessário que os professoressejam de áreas empresariais.

Condições iniciais:

Formação inicial dos professores, nas áreas empresariais e no funcionamento do programa.

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Planeamento das actividades

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NOTA

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Formação dos professores

Os professores destinados a acompanhar o processo devem ter preferencialmente formaçãoempresarial ou económica.

A formação tem como objectivo apresentar a metodologia EMPRE aos professores.

Esta formação poderá ser ministrada por professores que já tenham implementado a metodologianas suas escolas ou por especialistas na criação e gestão de empresas familiarizados com ametodologia EMPRE, nomeadamente professores universitários.

No caso de dificuldade em encontrar formadores com o perfil citado, contactar a Universidadeda Beira Interior ([email protected]).

A duração estimada do período de formação é de 4 horas.

Apresentação da metodologia EMPRE aos alunos

Uma vez que os professores conheçam a metodologia, esta deverá ser apresentada aos alunosque ao longo do ano lectivo a vão pôr em prática.

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Esta apresentação deverá ser feita logo no início do ano lectivo, e de preferência com algumaformalidade. Sugere-se que se convidem empresários para estar presentes, para que estesapresentem as suas empresas e seus produtos, as dificuldades da actividade empresarial, mastambém as vantagens de se ser empresário.

Na semana seguinte volta-se a explicar aos alunos a metodologia, desta feita num ambientemais formal e receptivo às suas dúvidas e questões.

As actividades do EMPRE podem envolver a saída dos alunos da escola, pelo que os encarregadosde educação dos alunos devem autorizar as saídas da escola dos seus educandos. Para esseefeito pode usar-se a minuta apresentada na secção de Ferramentas.

Integração na rede internacional de escolas

A metodologia EMPRE tem uma vertente internacional que permite alargar os horizontes dosestudantes, obrigando-os a lidar com diferenças culturais, a ultrapassar barreiras linguísticase a compreender e aceitar realidades por vezes significativamente diferentes.

Esta componente internacional consegue-se através da participação na rede internacional deescolas com projectos de empreendedorismo – a rede Empresa Jovem Europeia, da responsabilidadeda empresa espanhola Valnalón Ciudad Tecnológica (http://www.valnalon.com).

A inscrição na rede faz-se mediante o preenchimento de um formulário que pode ser solicitadoatravés do endereço [email protected].

A integração na rede traduz-se na constituição de pares de empresas/turmas de paísesdiferentes.

Em cada par, cada uma das empresas passa a ser parceira comercial da outra. Essa parceriatraduz-se em compras e vendas de produtos reais. Cada empresa será simultaneamentefornecedora e cliente da outra.

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NOTA

NOTA

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Criação da empresa

Para a criação da empresa na sala de aulas, deve ser apresentada aos alunos a tipologia deempresas quanto à sua forma jurídica. Informação sobre esta classificação pode ser encontradano sítio do IAPMEI (http://www.iapmei.pt/iapmei-art-02.php?id=15&temaid=3).

Os alunos escolhem a forma jurídica a adoptar. O pacto social da empresa pode ser baseadonos d i spon i b i l i z ados pe l o s í t i o de I n t e r ne t da Emp resa na Ho r a(http://www.empresanahora.mj.pt/ENH/sections/PT_pactos).

Na rede Empresa Jovem Europeia, a forma jurídica normalmente adoptada é a Cooperativa.

Uma decisão inicial muito importante é a do nome da empresa. Vai ser o elemento identificativodo projecto empresarial para todos os sócios, e vai acompanhá-los ao longo de todo o anolectivo. É importante ser feito nas primeiras semanas de aulas, para que surja empatia dosalunos com a empresa e esprit de corps.

É importante que decisões estruturantes como o nome da empresa e outras, sejam tomadasde forma participada e democrática. Nem todos os alunos terão o mesmo interesse nos temasempresariais, pelo que o envolvimento é uma peça fundamental para a motivação de todos.

Organização da empresa

A empresa deve ter uma estrutura, um organograma. Os alunos/sócios devem escolher quaisdeles irão assumir os cargos de liderança. Nesta escolha, que se quer, mais uma vez, democrática,pode no entanto ser acompanhada pelo professor, que salienta as capacidades que cada cargoexige, e as capacidades que mais se destacam em cada sócio.

Deve ser escolhido o Director Geral, o Director de Marketing, o Director Financeiro e o Directorde Produção.

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Identidade corporativa

Uma vez definidas as responsabilidades e autoridades dentro da empresa, deve construir-se asua identidade corporativa. Para esta fase é útil que haja uma colaboração com os professoresde artes e ofícios, bem como com os professores de TIC. A colaboração traduz-se na aplicaçãodos conceitos aprendidos nas áreas referidas à tarefa de construção da identidade corporativa.

Em primeiro lugar devem ser escolhidas as cores a associar à empresa. Os alunos devempesquisar na Internet os significados e associações atribuídos a cada cor.

O passo seguinte é o desenvolvimento do logótipo. Sugere-se a realização de um concurso entreos sócios, sendo sugeridas por estes várias opções. A decisão final será tomada por votaçãodos sócios.

Uma vez escolhido o logótipo, devem desenhar-se os vários documentos necessários, como asfacturas, recibos, notas de encomenda.

Contacto com os parceiros internacionais

Após a empresa ter conhecimento de qual o parceiro internacional com o qual irá encetarnegócio, deve iniciar um processo de conhecimento desse parceiro. Os sócios devem recolherinformação sobre o país e região de origem dos seus parceiros internacionais, de forma acompreenderem as diferenças e particularidades da cultura dos seus parceiros.Os alunos devem ter conhecimento, ente outros aspectos, de:

• Localização geográfica do país e região de origem dos parceiros;• Língua falada na região;• Moeda utilizada no país e respectiva taxa de câmbio;• População;• Clima;• Principais actividades económicas.

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NOTA

IMPORTANTE

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Após esta fase exploratória, deve estabelecer-se contacto com os parceiros internacionais.Nesta fase pode ser importante a colaboração dos professores de inglês, ou eventualmentedos professores de outras línguas.

O contacto deve ser feito através dos canais institucionais entretanto criados, possivelmenteuma conta de correio electrónico da empresa. A pessoa que estabelece o contacto deverá sero Director de Marketing, ou outra em que aquele delegue essa atribuição.

É importante que seja sempre a mesma pessoa a tratar dos contactos com os parceiros paraque não haja confusão ou perdas de informação no processo de comunicação. Caso sejanecessário haver mais de uma pessoa a estabelecer contacto, deve ser assegurado que nãohá mais de uma pessoa a comunicar em simultâneo.

A comunicação com os parceiros internacionais é uma das importantes fontes de motivaçãopara os participantes no projecto, pelo que deve ser realizada de forma continuada, e deve serdiscutida em aula.

Estudo do mercado

Um negócio, qualquer que seja a sua natureza, dimensão ou horizonte temporal, só pode serbem sucedido se se basear em necessidades que existam no mercado para ser satisfeitas.

Os sócios devem nesta fase tentar aprofundar o conhecimento que têm dos seus parceirosinternacionais, para tentar vislumbrar que tipo de produtos podem ser úteis às pessoas quevivem na região de origem dos seus parceiros internacionais.

A par desse levantamento, os alunos/sócios devem estudar que tipo de produtos a sua empresapoderá vir a oferecer, tendo em conta quais são os produtos típicos e/ou únicos da sua região,em que produtos poderão ter maiores margens, que produtos não apresentarão dificuldades

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de transporte (excesso de peso ou tamanho, ou de natureza frágil ou perecível).

O importante nesta fase é que os alunos/sócios compreendam qual a utilidade que qualquerproduto que venham a oferecer terá para as pessoas, que no país dos seus parceiros, venhaa comprar esse produto.

Definição da gama de produtos

Nesta fase, para além da informação e reflexão efectuada na fase anterior, é importante sercriativo.

Uma possibilidade para chegar a propostas de produtos pode passar pela técnica de “Tempestadede ideias” (ou Brainstorm).

Numa aula, é proposto aos alunos que sugiram produtos que possam vir a comercializar comos seus parceiros internacionais. A delimitação às possibilidades de sugestão é dada apenaspela legalidade e legitimidade dos produtos sugeridos. Esta sessão deve seguir o princípio daausência de julgamento ou crítica das propostas avançadas. Através da liberdade de participaçãoe sugestão, deve tentar-se obter um grande número de sugestões, e todos devem ser encorajadosa participar, bem como a ouvir com atenção todas as propostas avançadas. No princípio dasessão deve ser escolhido um secretário que regista todas as propostas. Tipicamente chega-se a um grande número de sugestões. Posteriormente faz-se a selecção das propostas quesejam realizáveis, que tenham um custo comportável para o poder de compra dos consumidoresdo país de destino, que sejam transportáveis (ver Estudo do Mercado) e que sejam do interessedos sócios.

O catálogo de produtos terá entre 8 a 15 produtos diferentes, cujos preços se formarão deacordo com o nível de vida dos consumidores no país de destino, e de acordo com o custo dosprodutos, tendo em conta que deverá haver uma margem de lucro em cada venda (a diferençaentre o preço de venda e o custo total de cada produto).

Na secção Ferramentas pode ver-se um exemplo (parcial) de um catálogo de produtos.

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O catálogo, para além da fotografia, nome e preço do produto, deve ter outro tipo de informação,como as dimensões e peso, a composição (no caso de produtos alimentares), e eventualmenteinformação adicional que possa tornar o produto mais apetecível ou interessante aos olhos dosparceiros internacionais.

Planeamento financeiro

Nesta fase os sócios devem planear a componente financeira das actividades da empresa.

Devem estimar-se as necessidades financeiras para levar a cabo a produção e venda dosprodutos seleccionados. Parte do financiamento deve provir dos alunos/sócios – eles devemdefinir qual a quota individual com que cada um deve contribuir. São típicos valores entre os€10 e €25 por aluno/sócio. Esta participação dos alunos com o seu dinheiro no capital socialda empresa leva a uma responsabilização e a um empenho de recursos próprios do aluno naempresa. Desta forma o sucesso ou insucesso da empresa tem consequências económicaspara cada um dos sócios. O Professor e/ou a escola devem encontrar uma solução para a guardado dinheiro entregue pelos alunos a título de capital social, por forma a que a empresa o possautilizar quando tiver necessidade.

O lucro final deve preferencialmente ser suficiente para restituir esse valor aos sócios/alunos.

Pode nesta fase haver o contacto com uma instituição bancária, ou outra instituição (como porexemplo um Clube de Business Angels) que queira, através do estabelecimento de um protocolode colaboração com a escola, emprestar uma pequena quantia à empresa/turma, que deve serrestituída no final.

Visita a empresas

A visita a empresas é um aspecto importante da metodologia.

Para alguns alunos será a primeira vez que entram numa empresa.

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A visita visa nesse sentido o contacto por dentro com o mundo empresarial. O aluno terá apossibilidade de observar as pessoas em ambiente de laboração e os processos produtivos.

Deve tentar visitar-se mais que uma empresa diferente, para haver maior riqueza na experiência,e levando em conta as necessidades da fase seguinte (ver Escolha de fornecedores locais).

Sugere-se ainda que se proponha aos alunos a elaboração de um relatório após a visita como tema: “Como é que aquilo que vi nas empresas que visitámos pode melhorar a NOSSAempresa?”

Escolha de fornecedores locais

Após a escolha dos produtos, a empresa deve encontrar os seus fornecedores de matéria-primae/ou produtos.

Para essa tarefa deve identificar quais os vários fornecedores possíveis, através da Internet e/oudas Páginas Amarelas, ou outra listagem semelhante.

São solicitados orçamentos aos fornecedores identificados, de forma a se conseguirem os preçosmais interessantes (ver Ferramentas).

Tendo seleccionado os fornecedores, os alunos/sócios que tenham a responsabilidade de efectuaras compras devam deslocar-se às empresas para acertar as condições do negócio.

Esta fase de realização dos primeiros negócios, por vezes com negociação das condições decompra, pode ser extremamente motivante para os alunos envolvidos.

Produção

Após a recepção da encomenda efectuada pelos parceiros internacionais, dá-se início à fase

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de produção.

É necessário que os alunos planeiem bem as actividades produtivas, em termos de tempo emateriais necessários à realização dos produtos necessários.

Todos os sócios devem ser envolvidos nesta fase. A conclusão dos produtos é bastante motivadorapara todos.

É necessário um espaço para armazenar os materiais, produtos em vias de fabrico e produtosacabados.

Após a produção de todos os artigos encomendados, há que fazer a expedição dos mesmospara os parceiros. A empresa deve estudar as várias alternativas de transporte, sopesando arapidez de entrega com o custo.

Um aspecto negocial a ter em conta com os parceiros é o pagamento, que pode ser feito porcobrança da encomenda (com custos), por envio prévio de cheque (ou outra forma válida depagamento) pelos parceiros internacionais (eventualmente com custos), por transferênciabancária prévia (com custos). Das formas apresentadas, a mais isenta de riscos é a primeira,uma vez que a encomenda só é levantada com a realização do pagamento. Uma alternativaintermédia passa pelo encontro de contas, ou seja, por calcular a diferença entre o valor daencomenda processada e o valor da encomenda efectuada – se a empresa comprou mais quevendeu, paga a diferença, se vendeu mais que comprou, recebe a diferença – por cheque,transferência bancária, ou outra forma válida de pagamento.

Encomenda aos parceiros internacionais

De acordo com o catálogo proposto pelos parceiros internacionais, a empresa deve escolheros produtos que sejam mais vendáveis na sua região. Uma abordagem pode ser solicitar afamiliares e amigos a sua opinião – se eles comprariam ou não determinado produto.Depois há que decidir as quantidades, o que é uma das decisões que mais riscos acarreta ao

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longo de todo o processo da metodologia EMPRE. A tomada de decisão por parte dos alunosdeve ser autónoma, para que eles sejam confrontados com a necessidade de arriscar, e deassumirem as consequências desse risco.

Feira do Empreendedor

A Feira do Empreendedor visa ser um evento com elevada notoriedade, virado para toda asociedade, no qual a empresa irá vender os produtos que comprou aos seus parceiros internacionais.Sugere-se que os alunos contactem os meios de comunicação social informando-os do evento,para através de Relações Públicas, contribuírem para a notoriedade da Feira.

A Feira não deve ser realizada demasiado próxima do final do ano lectivo, para que não colidacom a maior concentração de momentos de avaliação.

No caso de ser possível, seria muito interessante que várias escolas da mesma região sejuntassem numa organização conjunta da Feira do Empreendedor.

Na feira cada empresa terá um expositor onde apresentar os seus produtos, que deverá serdecorado de acordo com os gostos dos alunos/sócios.

A empresa deve planear o registo das vendas (ver Ferramentas), e a organização de turnos paraassegurar a constante presença de sócios no expositor.

A função de Caixa merece particular atenção – em cada turno apenas uma pessoa deverádesempenhar essa função, e na mudança de turno o dinheiro em caixa deve ser conferido peloCaixa cessante e pelo que inicia essas funções.

Deve ser considerado o conforto dos presentes nos expositores.

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Fecho das actividades

Após a realização da Feira do Empreendedor, há que decidir o que fazer com a mercadoriasobrante, se a houver. Pode tentar vender-se de outras formas (pais, familiares e amigos) oupode ser distribuída entre os sócios.

Fechados todos os negócios e pagas todas as dívidas, deve calcular-se o lucro da empresa, edistribuir-se de forma equitativa pelos vários sócios.

A empresa passa a estar encerrada.

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A prática CAIE

Quando surgiu a ideia de se implementar o projecto EMPRE (Empresário na Escola), houve plenaconsciência dos esforços que teriam que ser canalizados para a possível concretização destaideia na região da Beira Interior.

Primeiro teve que se fazer um levantamento exaustivo das escolas EB2/3 existentes, entrar emcontacto com os responsáveis pelas mesmas, expor o projecto, verificar a sua disponibilidadepara a realização do mesmo, e depois aguardar por uma resposta, que ansiosamente se esperavaque fosse favorável.

Relativamente a este aspecto é de salientar que a Escola Secundária / 3 Quinta das Palmeirasdemonstrou desde o início um grande entusiasmo e vontade de acolher esta nova iniciativa, oque a tornou desde logo na Escola eleita para a implementação deste projecto-piloto.

A partir deste momento existiu um trabalho e comunicação exaustiva que foi necessário manterentre a UBI e a Escola.

A Escola elegeu os professores responsáveis pela disciplina de Projecto EMPRE, que iriamorientar os alunos ao longo do ano lectivo, e ao mesmo tempo motivou todos os outros professorespara esta iniciativa, para que todos pudessem colaborar e ajudar a dinamizar as actividades queiriam ser desenvolvidas pelos alunos.

Como esta era uma disciplina nova, os professores não estavam aptos a leccioná-la, logo umadas funções da UBI foi desde logo agendar uma acção de Formação de Formadores emEmpreendedorismo, proferida pela Drª Sónia Fernández da empresa “Cuidad Industrial Valle delNálon, S.A”, da qual participaram 12 professores, acção esta realizada nos dias 5 e 6 de Setembrode 2006 na Escola Secundária / 3 Quinta das Palmeiras - Covilhã. Ficando também acordadas60 horas de tutoria com as professoras da disciplina durante as aulas de Projecto.

A primeira etapa a realizar foi preencher a ficha de inscrição da rede internacional EJE, comtodos os dados relativos à Escola, professora e turma, e enviá-la para a Drª Sónia, para queesta pudesse fazer o registo e escolher a Escola de intercâmbio por forma a iniciar as actividades.

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Semanalmente, todas as Quartas-Feiras os alunos das turmas 9º E e 9º F da Escola Secundária/ 3 Quinta das Palmeiras tiveram cerca de 90 minutos de aula de Projecto com a ProfessoraMaria Fernanda Casteleiro Alves, na qual deram asas à sua imaginação, criatividade e atéliberdade para expressar as suas qualidades e sabedorias mais escondidas.

Ambas as turmas começaram por criar um nome para a sua empresa e desenhar um logótipo,em que ambos pudessem identificar a região ou a escola na qual estão inseridos. Foi assimque surgiu a STARMOUNTAIN – nome da empresa do 9º E e a VINTE5PALMEIRAS – nome daempresa do 9º F. É óbvio que o 9º E obteve a sua inspiração no meio que os rodeia, o a Serrada Estrela, o 9º F inspirou-se no facto de serem vinte cinco alunos a constituir a turma e afrequentar uma Escola cujo nome faz referência a Palmeiras. Os logótipos associados a cadaempresa podem ser vistos nas Ferramenta.

E como em qualquer empresa, estabeleceram o capital com que cada sócio da teria que contribuirpara fazer parte desta, e assim a STARMOUNTAIN propôs 4€ por 22 alunos, e ficou com 88€ decapital inicial. A VINTE5PALMEIRAS propôs 6€ por 24 alunos, e ficou com 144€ de capital inicial.

A seguir quiseram logo criar um correio electrónico para as empresas, para assim que tivessemacesso à informação de quem iriam ser as empresas sócias, ficassem aptos a comunicar unscom os outros. Ambas criaram uma conta de e-mail utilizando a plataforma Hotmail:

- STARMOUNTAIN: [email protected] VINTE5PALMEIRAS: [email protected]

Passaram então à etapa de organização da empresa, onde optaram por eleger um presidentee dois responsáveis para os seguintes Departamentos:

- Departamento de Administração e Finanças- Departamento de Comunicação- Departamento de Marketing e Publicidade- Departamento de Produção

A estrutura organizacional escolhida pelas duas empresas foi a mesma, apenas pode observar-se pelos organigramas expostos em Anexo, que na empresa VINTE5PALMEIRAS os elementosfemininos têm alguma participação ao nível da hierarquia e na empresa STARMOUNTAIN não.

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Facto este, que nesta experiência não repercutiu os efeitos imaginados, uma vez que todosforam incentivados a trabalhar em grupo, partilhar o espírito de equipa, dar valor ao significadode inter-ajuda, aprender a valorizar o trabalho do outro e a respeitar os seus erros. E, comoexemplo, constata-se o gesto empreendedor dos elementos femininos da empresa STARMOUNTAINque para angariar fundos decidiram apostar nos seus dotes culinários, e eis que passaram aconfeccionar bolos para venda no bar dos professores da escola.

Chega finalmente a altura de receberem a notícia de quem iriam ser as suas empresas sócias,foram escolhidas duas escolas espanholas, uma situada em Grado e outra em Oviedo, ambaspertencentes ao Principado das Astúrias. A motivação e curiosidade dos alunos aumentam,ficam ansiosos por começar a comunicar com os seus sócios, conhecer as cidades onde esteshabitam, a escola que frequentam, no fundo conhece-los também a eles próprios.

A empresa STARMOUNTAIN começa então a estabelecer sucessivos contactos através de e-mailcom a sua empresa sócia (IES Ramón Areces, Grado (Astúrias), que criou a empresa Rareces.E a empresa VINTE5PALMEIRAS com o Colégio Dulce Nombre de Jesus, Oviedo (Astúrias), quecriou a empresa Jeon.

Entretanto cada elemento de cada empresa começa a delinear ideias para os 6 produtos queirão tentar comercializar não só com a empresa sócia mas também com outro público em geral.E após a realização de um brainstorming, cada empresa decide que irá comercializar os seguintesprodutos:

STARMOUNTAIN:

Colares; Chás (Cidreira e Limonete); Mel; Doces (Mogango c/ Nozes, Cereja, Geleia deMarmelo); Porta-Chaves; Enchidos; Bolos de Neve; Biscoitos Regionais; Vinho do Porto.

Nota: Este último produto, o Vinho do Porto, foi posteriormente incluído no catálogo destaempresa, a pedido da empresa sócia, porque esta tinha em anos anteriores vendidoexcepcionalmente bem este produto oriundo de Portugal Continental. Apesar de não ser típicoda região dos nossos jovens empreendedores, era um produto típico da zona do Douro Litoral…eestes após efectuarem uma pesquisa, entraram em contacto com um fornecedor que lhespropôs um preço bastante aliciante, a partir do qual poderiam obter uma margem de 50 % delucro. Então decidiram avançar e satisfazer o pedido da sua empresa sócia.

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VINTE5PALMEIRAS:

Chá (Cidreira e Limonete); Mel; Queijos da Serra (Ovelha, Cabra); Bolos de Neve; BiscoitosRegionais; Enchidos; Porta-Chaves; Peluches (Cão Serra da Estrela); Pantufas; Tapetes;

Após a escolha dos produtos seguiu-se a tarefa de escolher cuidadosamente cada embalagempara acondicionar devidamente cada produto, tendo em conta que alguns deles são produtosbastante delicados ao nível de transporte, mas mesmo nesta etapa os alunos não se saíramnada mal, pois podem ver as embalagens que eles meticulosamente estudaram para os embalar.(Anexo)

E também a tarefa de desenhar os rótulos que iriam dar vida a cada produto, porque estesjovens têm consciência que “os olhos também comem”, e um rótulo bastante atractivo podetornar o produto mais vendável (ver Ferramentas).

Sabendo o tipo de produtos e materiais que vão necessitar adquirir, chega a hora de procuraros possíveis fornecedores, tendo em conta nesta escolha uma panóplia de factores tais como:preço, qualidade, quantidade, prazos de entrega, etc…

Este estudo vai ser feito pelos alunos que terão que calcular se o dinheiro que têm em caixalhes permitirá realizar as acções pretendidas, e se não for terão que estudar soluções pararesolver os seus problemas financeiros. Soluções, estas que podem passar por empréstimosbancários ou outro tipo de medidas que eles arranjem para angariar fundos.

Através de alguns conhecimentos de familiares e deles próprios relativamente à qualidade ehistória no que diz respeito a produtos típicos da sua região, rapidamente os jovens empreendedoresobtiveram contactos de várias empresas, das quais elegeram mais tarde aquelas que iriamfornecer cada produto para a sua empresa. Esta escolha baseou-se no melhor preço/ qualidade.

No dia 21 de Março de 2007 tiveram a oportunidade de efectuar as seguintes visitas às empresas,a seguir referenciadas: Empresa “Damar, Produtores de Queijo Artesanal” onde ficaram a conhecero processo de fabrico do famoso Queijo de Ovelha da Serra da Estrela. A empresa “Sabores daGardunha”, onde assistiram à confecção de doces e geleias dos mais variados frutos feitos à“moda antiga”, que os fizeram lembrar o ambiente vivido outrora em casa de suas avós.

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A empresa “Sodavó, Enchidos Tradicionais” onde aprenderam como se faz uma chouriça, quaisos ingredientes necessários, o enchimento em tripa e depois o tempo de repouso em fumeiro.E por fim a Padaria “Nobre, Miguel & Penedo”, na qual atentamente observaram como seamassavam os famosos Biscoitos Regionais e os Bolos de Neve, que quando entraram no forno,passado algum tempo já deixavam os jovens com alguma “água na boca” devido ao deliciosoaroma que pairava sobre o salão onde estes se encontravam, e onde tiveram a oportunidadede provar um biscoito quentinho acabado de sair do forno. Dia este que ficará para sempre namemória destes jovens uma vez que participaram activamente como repórteres numa realidadevivida diariamente por pessoas do seu próprio meio envolvente.

Feitas as visitas e já com alguns produtos em mão, assim como os preços dos mesmos, chegaa altura de começar a pensar na elaboração do catálogo. E para a elaboração do catálogo osalunos organizaram-se e chegaram à conclusão de que o próximo passo era colocar os rótulosde cada produto (o eleito) em formato digital (decidiram que esta tarefa ficava afecta a umapessoa de cada empresa). Seguidamente imprimir, plastificar e colocar os rótulos em cadaproduto para posteriormente ser fotografado (Ver Ferramentas).

Finalmente, cada empresa concebeu o seu catálogo.

Esta informação foi transmitida à empresa sócia, e que ajudou imenso na hora da atribuiçãode preços aos produtos que lhes foram encomendados.

Foi no dia 11 de Abril de 2007 que contactaram com as equipas sócias através de e-mail paralhes comunicar a finalização e posterior envio dos respectivos catálogos, e também alertá-laspara o facto de começarem a efectuar as encomendas.

Entretanto os seus sócios terminaram também esta tarefa, e encaminharam os catálogos paraa sua respectiva empresa sócia, isto para dar início em cada empresa a uma meticulosa escolhados produtos que cada uma está interessada em encomendar à outra para comercializar no seupaís. Os alunos começam a seleccionar produtos tendo em conta o público-alvo a quem irãovender. Esta selecção, mais uma vez, não foi nada fácil, uma vez que tiveram que fazer contasao custo pelo qual adquiriram o produto, o custo de transporte e a margem de lucro quepretendiam obter com a venda do mesmo, aliado ao objectivo de satisfação do cliente.

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Entretanto os seus sócios terminaram também esta tarefa, e encaminharam os catálogos paraa sua respectiva empresa sócia, isto para dar início em cada empresa a uma meticulosa escolhados produtos que cada uma está interessada em encomendar à outra para comercializar no seupaís. Os alunos começam a seleccionar produtos tendo em conta o público-alvo a quem irãovender. Esta selecção, mais uma vez, não foi nada fácil, uma vez que tiveram que fazer contasao custo pelo qual adquiriram o produto, o custo de transporte e a margem de lucro quepretendiam obter com a venda do mesmo, aliado ao objectivo de satisfação do cliente.

No dia 9 de Maio de 2007 os alunos envolvidos no projecto deslocaram-se à Universidade daBeira Interior para participar numa iniciativa intitulada “Oficina – Pontes de Empreendedorismo”,organizada pelo Professor Doutor Ricardo Gouveia Rodrigues com o objectivo de aproximar acultura empreendedora do estudante secundário da cultura empreendedora do estudanteacadémico, onde esteve também presente o Director do Conselho Executivo da Escola Secundária/ 3 Quinta da Palmeiras. Nesta iniciativa três elementos da Empresa StarMountain e doiselementos da Empresa Vinte5Palmeiras apresentaram uma comunicação para alunos finalistasda licenciatura em Marketing e também para os próprios colegas, explicando a experiência quetinham vivido até então com a criação e desenvolvimento das suas empresas. Em contrapartidaos alunos finalistas da licenciatura em Marketing partilharam com os alunos do secundário osseus projectos empreendedores desenvolvidos no âmbito da cadeira de Marketing das PME.

O projecto retomou-se na semana seguinte, e os membros as duas empresas decidiram quaisos produtos e quantidades que queriam encomendar para comercializar na “Feira do Empreendedor”realizada na sua Escola nos dias 18 e 19 de Maio de 2007, e procederam à formalização daencomenda para as respectivas empresas sócias através de e-mail, alertando-as para o factode que os produtos têm que chegar no máximo até dia 17 de Maio.

No dia 14 de Maio de 2007 tiveram uma reunião no Parque de Ciências e Tecnologia da Covilhã– Parkurbis, dado que existia um Grupo de Business Angels interessado em investir capitalnestas duas empresas, isto claro, se estas, conseguissem provar a sua mais valia e assegurassemalgumas contrapartidas. Nesta reunião o que foi pedido a cada representante foi que elaborassemuma proposta de valor ao Grupo de Business Angels, onde cada um deles avaliou que para 225€ investidos, haveria um retorno de 10% de lucro sobre esse valor para o investidor, e que adata para a reposição de capital seria no máximo até dia 10 de Junho de 2007.

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Relativamente à Feira do Empreendedor os sócios tomaram a iniciativa de vender não só osprodutos vindos das Astúrias, mas também os próprios produtos da sua empresa, o que setraduziu num maior esforço por parte de cada uma das empresas em termos de preparativose organização do evento.No que diz respeito aos produtos tiveram que elaborar mais rótulos, uma vez que anteriormentesó estavam a contar com o trabalho que teriam que realizar para a encomenda das Astúrias.Ambas as empresas se envolveram na concepção de cartazes de divulgação do evento para omeio exterior e também na concepção de cartazes para exposição nos seus stands no dia dafeira. O cartaz de divulgação que foi eleito foi distribuído por cada um dos alunos por váriospontos da cidade e arredores, em sítios estratégicos tais como hipermercados, cafés, paragensde autocarro, etc…com o objectivo de atrair o maior número de pessoas ao seu evento.

Outra das etapas foi a fase de decoração de cada um dos stands, a ideia girou à volta de umadecoração muito rural e tradicional, relacionada com os produtos típicos da sua região, porqueapesar do objectivo ser fundamentalmente vender os produtos adquiridos às Astúrias, era nasua própria região que iriam ter que criar um ambiente agradável para os conseguir comercializar,e acharam que a melhor forma de cativar os clientes seria um ambiente que lhes fosse familiar,que os fizesse sentir em casa, para que pudessem entrar, observar, tocar e posteriormente…comprar!

Não foi esquecido nenhum detalhe, desde a esferovite a simbolizar a neve tão presente durantetodo o Inverno no ponto mais alto da Serra da Estrela, que envolviam suavemente os tãodeliciosos Bolos de Neve vendidos pelas duas empresas; as espigas de trigo a decorarem oscestinhos com os famosos Biscoitos Regionais; os fardos de palha que serviam de apoio aodelicioso Queijo de Ovelha e Queijo de Cabra, e também aos cestos de chouriça tradicionalcomposta com raminhos de loureiro; uma pastora vestida a rigor, neste caso, não para guardaras ovelhas, mas sim, para guardar os queijos e o resto dos produtos! O tear que serviu paraexpor os tapetes (produto este único mundialmente); os pipos de 100 litros e seu pipo júniorornamentado com rama de videira que serviram para expor o Vinho do Porto; os quadros expostoscom a bijutaria Star desenhada, criada e produzida por alguns elementos femininos da EmpresaStarMountain e também com a bijutaria adquirida à Empresa Rareces; os saquinhos expostoscom rama de chá colhido no próprio dia, um de cidreira, outro de limonete, para que as pessoasque visitassem o stand pudessem sentir o seu aroma; um cortiço para assinalar a venda demel; assim como outros objectos decorativos rústicos.

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Cada stand estava equipado com um computador portátil, no qual os alunos tinham um ficheirocom a Ficha de Requisição de Produto e Folha de Controlo de Vendas onde registavam todosos dados relativos ao produto que vendiam; tinham também uma balança para pesar as chouriçase uma calculadora para calcular o preço.

Na Segunda-Feira, dia 21 de Maio de 2007 chega o pedido de encomenda da Empresa Rarecesà Empresa StarMountain. O Pedido da Empresa Jeon à Empresa Vinte5Palmeiras, chegouatempadamente no dia 9 de Maio de 2007, tanto que esta empresa adiantou logo as suasencomendas junto dos fornecedores.

Como a Feira do Empreendedor é celebrada a 30 de Maio de 2007 em Oviedo, ambas as empresassócias exigem que os seus produtos estejam em seu poder o mais tardar até dia 28 de Maiode 2007, o que faz com que os alunos tenham que trabalhar arduamente para conseguir entregaras encomendas na respectiva data, contando com dois dias de entrega, têm que enviar osprodutos no dia 23 de Maio de 2007 até às 19h00, hora a que a MRW encerra a recolha.

No início da semana contactaram os fornecedores para garantir a entrega de produtos, nasaulas e fora delas conceberam os rótulos e posteriormente aplicaram-nos nos produtos, depoisembalaram-nos cuidadosamente, redigiram uma factura pormenorizada com o conteúdo decada caixa (Ver Ferramentas), identificaram as caixas com o local de destino e telefonaram àempresa transportadora para proceder ao seu encaminhamento.

Chega a recta final do projecto, ambas as Empresas têm produtos que não conseguiram venderna Feira, cada uma delas opta por estratégias diferentes uma vez que a situação de cadaempresa assim o exige. A empresa Vinte5Palmeiras distribui os produtos restantes por algunssócios que irão tentar escoá-los através das suas famílias, amigos, vizinhos, etc…ao preço decusto, uma vez que estes produtos não tiveram saída. A empresa StarMountain, uma vez queapenas restaram alguns produtos de bijuteria, organiza um sorteio na sala de aula na presençade todos os sócios.

Escoados todos os produtos, as empresas podem agora fechar contas, porque têm em seu poderos dados suficientes para efectuar os cálculos necessários para o apuramento do lucro.Cada empresa elaborou uma folha com as dívidas relativas a cada fornecedor e durante a Feira

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cada uma delas elaborou uma folha de cálculo onde registou a quantidade e preço de produtosvendidos, onde posteriormente adicionaram outros dados relevantes que lhes permitiram obtero valor do lucro monetário real, em ambos casos positivo.

A Empresa StarMountain obteve um lucro total de 295.56 € que repartido por 22 sócios resultouem 13.43 € de lucro por sócio. A Empresa Vinte5Palmeiras obteve um lucro total de 322.18 €que repartido por 24 sócios resultou em 13.42 € por sócio.

Ambas as empresas sócias das empresas destes jovens tiveram que efectuar a compensação,a Rareces através de transferência bancária, a quantia de 218.70 € e a Jeon através do enviode um cheque no valor de 125.60 €. Isto porque o valor da encomenda da StarMountain e daVinte5Palmeiras foi inferior ao valor da encomenda das empresas sócias.

No último dia de aulas, foi o dia em que fizeram a repartição do lucro por cada um dos sóciosdas Empresas, é óbvio que estes se encontravam demasiado ansiosos. Procederam à sessãode encerramento do ano lectivo 2006/2007, e com ele o final deste projecto-piloto e a dissoluçãodas Empresas StarMountain e Vinte5Palmeiras. Cada aluno que fez parte das equipas que criarame desenvolveram as Empresas receberam um Certificado de Empresário na Escola.

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A realização do projecto EMPRE levará a que os alunos sejam mais conhecedores da realidadeempresarial, e portanto que considerem tão viável para si próprios a ocupação de empresárioscomo a de empregados por contam de outros.

Para além disso, os alunos terão desenvolvido competências empreendedoras ao nível deassunção de risco, aproveitamento de oportunidades, criatividade, capacidade de concretizaçãoe autonomia.

Crê-se que os alunos que tenham este tipo de formação sejam mais propensos a constituirempresas a médio/longo prazo.

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resultados

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As escolas que implementem o EMPRE terão de prever as seguintes áreas de custo:

• Informática – disponibilização de um computador, ligação à Internet e impressora a cores,com os respectivos consumíveis;• Comunicação – envio de cartas e faxes e realização de telefonemas;• Deslocações – nas visitas às empresas;• Constituição de um fundo de segurança, que sirva para a eventualidade de alguma dívidade alguma empresa ficar por pagar. Este fundo também pode servir para pequenos financiamentosàs empresas através de empréstimos às mesmas, embora seja uma solução de último recurso.

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custo de implementação

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Em primeiro lugar, para o sucesso do EMPRE é fundamental o empenhamento da escola, quese traduz na motivação e mobilização quer dos professores directamente envolvidos, quer doConselho Executivo. Sem essa motivação dificilmente se conseguirá motivar os alunos para ametodologia. Note-se que o processo é exigente, pelo que só com a motivação das partesenvolvidas se conseguirá alcançar resultados. O empenho da escola no projecto passa peladisponibilização de alguns recursos ao projecto, como a utilização de computador com Internete impressora, a disponibilização de espaço de armazenamento quando necessário e a colaboraçãono esforço de comunicação da empresa (cartas, telefonemas, faxes).

A motivação dos alunos passa também muito pelo contacto com o meio envolvente. As idasàs empresas, as visitas de empresários, a descoberta e o contacto com outras culturas erealidades são fulcrais.

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factores criticos de sucesso

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- Minuta para a autorização de saída de alunos- Minuta para o pedido de orçamento- Exemplo de logótipos- Exemplo parcial de catálogo- Exemplo de Ficha de Controlo de Vendas- Exemplo de Ficha de Requisição de Produtos- Exemplo de Factura- Exemplo de Preçário na Feira- Exemplos de Rótulos de Produtos- Exemplos de Produtos- Exemplo de Cartaz de Divulgação da Feira do Empreendedor

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fERRAMENTAS

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MINUTA PARA A AUTORIZAÇÃO DE SAIDA DE ALUNOS

Exmos. Senhores Encarregados de Educação

Como foi informado na reunião de ____, os alunos do ___ ano desta escola vão durante esteano lectivo integrar o projecto EMPRE.

Este projecto consiste no desenvolvimento das capacidades empreendedoras dos alunos,tornando-os mais autónomos, dinâmicos, inovadores e criativos, bem como mais familiarizadoscom o mundo dos negócios.

No âmbito deste projecto haverá a necessidade de os alunos deixarem a escola, em saídasorganizadas e acompanhadas, com o objectivo de visitas a empresas e outros organismos,contacto com agentes económicos, ou outros fins relacionados com o projecto.Solicitamos a vossa autorização para a participação do vosso educando nesta iniciativa.

O Professor O Presidente do Conselho Executivo__________________ _____________________________

Autorizo o aluno ___________________________, de que sou encarregado de educação, aparticipar na iniciativa EMPRE nas condições que me foram comunicadas.O encarregado de educação ____________________________________

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MINUTA PARA PEDIDO DE ORÇAMENTO

Exmos. Senhores

Somos alunos da Escola _____, e estamos a realizar um projecto de cariz empresarial, o EMPRE,no âmbito do qual precisamos de efectuar compras de alguns produtos.

Nesse sentido vimos pedir-vos os vossos melhores preços e condições de pagamento para osseguintes produtos ___________ (especificar quantidades pretendidas e o produto concreto –ex: “4 pares de luvas de marca A, modelo Z, azuis, tamanho L”)

O Director de Produção O Professor__________________ _____________________________

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EXEMPLO DE LOGOTIPOS

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EXEMPLO PARCIAL DE CATÁLOGO

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EXEMPLO DE FICHAS DE CONTROLO DE VENDAS

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EXEMPLO DE FICHA DE REQUISIÇÃO DE PRODUTOS

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EXEMPLO DE FACTURA

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EXEMPLO DE PREÇÁRIO NA FEIRA

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EXEMPLO DE RÓTULOS DE PRODUTOS

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EXEMPLO DE PRODUTOS

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EXEMPLO DE CARTAZ DE DIVULGAÇÃO DAFEIRA DO EMPREENDEDOR

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ficha técnica

TITULO

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CONCEPÇÃO E PRODUÇÃO:CAIE – CENTRO DE APOIO À INOVAÇÃO E AO EMPREENDEDORISMO

PARCERIA DE DESENVOLVIMENTOParkurbis, Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, SA

Município da CovilhãUniversidade da Beira Interior

Global Change ConsultoresANIL – Associação Nacional dos Industriais dos Lanifícios

AECBP – Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e PenamacorANJE – Associação Nacional dos Jovens Empresários

CCI-LA – Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã

COORDENAÇÃO

“EMPRESÁRIOS NA ESCOLA”

Parkurbis, Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, SAUniversidade da Beira Interior

AUTORESMário Raposo

Ricardo Rodrigues

CONCEPÇÃO GRÁFICA E DESIGNLOBBY PRODUCTIONS

COLABORAÇÕESRute Antunes

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CONTACTOS DA ENTIDADE INTERLOCUTORAPedro Farromba

Parkurbis, Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, SA6200-865 Covilhã

Telefone: + 351 275957000Fax: +351 275957005

Site:WWW.PARKURBIS.PT

E-mail:[email protected]

EDIÇÃO EXPERIMENTALDezembro de 2007

CO-FINANCIAMENTO