neuroanatomia nervos
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NEUROANATOMIA - NERVOS
SServiço de Neurologia e Neurocirurgia
Dr. Carlos Frederico Rodrigues
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NERVOS1 – Generalidades
II – Nervos Espinhais
III – Nervos Cranianos
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GeneralidadesOs nervos macroscopicamente se apresentam como
cordões esbranquiçada que fazem a conexão entre as estruturas periféricas e o sistema nervoso central.
Os nervos que se ligam à medula espinhal são chamados de nervos espinhais, enquanto que aqueles que ligados ao encéfalo são chamados de nervos cranianos.
Microscopicamente, os nervos são constituídos por prolongamentos de neurônios e por tecido conjuntivo, que confere resistência ao nervo. Além disso as fibras nervosas são frequentemente envolvidas por bainhas de mielina.
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Nervos EspinhaisPossuem origem na medula espinhal sob a forma
de duas raízes. Raíz ventral (anterior) e dorsal (posterior).
Cada raíz é formada pela junção de numerosos filamentos radiculares que nascem dos sulcos laterais anteriores e posteriores.
Na raíz dorsal, observa-se uma dilatação, o gânglio espinhal – corpos dos neurônios sensitivos.
As duas raízes se unem formando o nervo espinhal e deixam o canal vertebral pelo forame intervertebral.
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Fig 4.1
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Nervos EspinhaisSão encontrados em todos os níveis da
medula.
Oito pares de nervos cervicais; 12 pares torácicos, cinco pares lombares, cinco pares sacrais e um par coccígeo, perfazendo 31 pares de nervos espinhais.
Após deixar o canal vertebral, o nervo espinhal se divide em ramos e se distribuem nos dermátomos (territórios inervados).
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Nervos EspinhaisAlgumas fibras nervosas se anastomosam
com nervos vizinhos, sobrepondo o território inervado.
Assim, formam-se os chamados plexos nervosos, como os que inervam os membros superiores e inferiores (plexo braquial e lombossacral.
Assim, os nervos periféricos podem ser unissegmentares (apenas 1 segmento) ou plurissegmentares (plexos nervosos).
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Fig 4.2
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Nervos EspinhaisCom relação à função, todos os nervos
espinhais são mistos. Fibras aferentes (sensitivas) e eferentes (motoras).
As fibras sensitivas encontradas no nervo têm origem em diferentes receptores e conduzem ao SNC diferentes modalidades de informação sensorial.
As fibras motoras também inervam mais de um tipo de órgão efetuador.
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Nervos Espinhais
Somáticas - exteroceptivas e
proprioceptivas.
Aferentes
Viscerais – visceroceptivas ou
interoceptivas.
Fibras Nervosas do N. Espinhal
somáticas
Eferentes
viscerais
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Nervos EspinhaisAs fibras exteroceptivas são aquelas que
conduzem sensações do mundo externo: tato, pressão, térmica e dolorosa.
Proprioceptivas são assim chamadas porque conduzem sensações originadas no próprio corpo (articulações, músculos e tendões).
Eferentes somáticas – musculatura esquelética.
Vicerais – musculatura lisa, glândulas, miocárdio.
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Nervos EspinhaisCada raíz dorsa é responsável
pela inervação de um território sensitivo, representado pelos dermátomos.
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Fig4.4
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Nervos CranianosDoze pares de nervos cranianos
2 possuem conexão com o cérebro
10 com o tronco encefálico
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Par Craniano Denominação Emergência do Encéfalo
Primeiro Olfatório Bulbo olfatório
Segundo Óptico Quiasma óptico
Terceiro Óculomotor Fossa Interpeduncular
Quarto Troclear Véu medular superior
Quinto Trigêmio Pedúnculo cerebelar médio
Sexto Abducente Sulco bulbopontino
Sétimo Facial Sulco bulbopontino
Oitavo Vestibulococlear Sulco bulbopontino
Nono Glossofaríngeo Sulco lateral posterior do
bulbo
Décimo Vago Sulco lateral posterior do
bulbo
Décimo primeiro Acessório Sulco lateral posterior do
bulbo e medula espinhal
Décimo segundo Hipoglosso Sulco lateral anterior do bulbo
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Nervos cranianosDiferem dos nervos espinhais
não só pela heterogeneidade dos pontos de origem, mas quanto à estrutura e função.
Os nervos olfatórios e ópticos se assemelham mais à tratos do que nervos.
Alguns nervos são mistos, mas outros são exclusivamente motores ou sensitivos.
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Existem ainda órgãos de sentido especiais e as fibras que os inervam são denominadas “aferentes especiais”- Audição.
De forma semelhante as motoras são denominadas “motoras viscerais especiais” –Inervam a musculatura da face – braquiométrica – derivada dos arcos branquiais.
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Nervo olfatórioSensorial visceral.
Nasce nos receptores olfatórios situados na mucosa olfatória da cavidade nasal.
É um conjunto de filetes nervosos que penetram no crânio pela lâmina crivosa do osso etmóide e conectam-se com o bulbo olfatório.
Exclusivamente sensitivo e responsável pelo olfato.
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Nervo ópticoSensorial somático.
Mais calibroso dos nervos cranianos.
É exclusivamente sensitivo.
Suas fibras se originam na retina e fazem conexão com o quiasma óptico na base do encéfalo.
Responsável pela visão.
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Nervos oculomotor, troclear e abducente
Motores somáticos.
Os nervos oculomotor e troclear têm origem no mesencéfalo, sendo que o último é o único nervo que emerge da porção posterior do tronco.
O abducente emerge do limite entre a ponte e o bulbo.
Inervam os músculos extrínsecos dos olhos.
Nervo troclear – oblíquo superior.
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Nervos oculomotor, troclear e abducente
Abducente – reto lateral.
Oculomotor – reto superior, reto medial, oblíquo inferior.
Músculo ciliar, músculo esfíncter da íris.
Essas fibras são consideradas como motoras viscerais.
A lesão desses nervos provoca estrabismo e a queixa do paciente é diplopia.
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Fig 4.7
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Nervo trigêmioSensorial somático e motor somático.
Emerge entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio, sob a forma de duas raizes: uma calibrosa (sensorial) e outra delgada (motora).
A raiz sensorial se dilata, formando o gânglio trigeminal e de onde partem 3 ramos (oftálmico, maxilar e mandibular).
Cada um desses ramos inerva um território da face.
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Nervo trigêmioTodas as informações
exteroceptivas e nociceptivas da cabeça, da mucosa oral e nasa e dos 2/3 anteriores da língua caminham pelo trigêmio.
A raíz motora acompanha o ramo mandibular e sedistribui para os músculos responsáveis pela mastigação (masseter, temporal e pterigóide)
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Fig 4.8
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Nervo facialMotor somático, sensorial visceral e
motor visceral.
Emerge ao nível do sulco bulbopontino: duas raízas – n. facial e n. intermédio.
Se anastomosam no trajeto para formar o facial propriamente dito.
A primeira raíz possui fibras motoras para a musculatura da face.
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Nervo facialO intermédio possui fibras
parassimpáticas ganglionares – inervando as glândulas salivares submandibular e sublingual. Contém ainda fibras gustativas para os 2/3 anteriores da língua.
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Fig 4.9
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Nervo vestibulococlearSensorial somático.
2 porções: vestibular e coclear.
Vestibular – receptores do labirinto (canais semicirculares, utrículo e sáculo), que são sensíveis à posição da cabeça e aos seus movimentos.
Coclear – receptores da cóclea (órgão de Corti) – sensibilidade auditiva.
As duas porções viajam juntas e penetram no encéfalo ao nível do sulco bulbopontino.
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Fig 4.10
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Nervo glossofaríngeoMotor somático, sensorial visceral,
sensorial somático e motor visceral.
Emerge no sulco lateral posterior do bulbo.
Responsável pela sensibilidade gustativa e geral do 1/3 posterior.
Parassimpáticas (viscerais motoras) glândula parótida.
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Fig 4.11
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Nervo vagoMotor visceral, sensorial visceral, motor
somático.
Principal nervo da divisão craniana do parassimpático.
Inerva todas as vísceras torácicas e abdominais.
Ainda é um nervo motor para a laringe – fonação.
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Nervo vagoFaringe – juntamente com o
glossofaríngeo participa do reflexo da deglutição.
Emerge no sulco lateral posterior do bulbo.
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Fig 4.12
![Page 38: Neuroanatomia nervos](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012308/5481d5e0b4af9f16338b4744/html5/thumbnails/38.jpg)
Nervo acessórioMotor somático.
Fibras motoras que vão para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio.
Emergem do funículo lateral da medula – raíz espinhal do acessório.
Raiz bulbar – sulco lateral posterior.
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Nervo acessórioA raiz bulbar junta-se à raiz
espinhal formando o nervo acessório.
Posteriormente separa-se e une-se nervo vago – inervar a laringe. Fascículo do nervo vago.
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Fig 4.13
![Page 41: Neuroanatomia nervos](https://reader031.vdocuments.pub/reader031/viewer/2022012308/5481d5e0b4af9f16338b4744/html5/thumbnails/41.jpg)
Nervo hipoglossoMotor somático.
Sulco lateral anterior do bulbo.
Músculos extrínsecos e intrínsecos da língua.
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Fig 4.14