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DIRIGE ESPIRflA Veículo da USE - União das Sociedades
Espíritas do Estado de São Paulo 1 '111111rlfl'UAVA•I ANO IV - NQ 21 - JANEIRO/FEVEREIRO DE 1994
Conselho Federativo Nacional foi ao Senado para lançar campanhas.
Viver elll Falllília vai ser lançada em São Paulo
Notícias nas páginas 8, 9 e 16.
Em São Paulo, a USE reuniu líderes espíritas para preparar o lançamento da campanha.
Leia Nesta Edição
Em reforço da família
Olhando o homem total
Para melhorar
Pág. 2
Pág. 3
o centro espírita
O espírita e a Revisão Constitucional
Pág. 4
Pág. 5
O que fazer quando o médium aparece
Pág. 6
A experiência do Dirigente Espírita
Pág. 10
Simpósio discute comunicação e centro espírita Pág. 10
Orgulho leva ao abandono dos deveres Pág. 11
Congresso de 1995 já começou
Pág. 12
E MUITAS OUTRAS NOTÍCIAS
OPINIÃO
Em reforço da f arm1ia x Parcela considerável de
nossa sociedade estimula de forma acintosa a separação de casais, sob o argumento nem sempre justo de que ninguém e obrigado a viver com o parceiro com quem se casou. Fica por conta desse estímulo o aparecimento de muitas desuniões que se dão simplesmente porque, em determinado momento, considerou-se certas dificuldades de relacionamento como definitivas na vida do casal, suficientes para a separação.
Há poucas vozes de apoio no sentido de superação de problemas e muitas levando à via contrária. Uma reflexão um pouco mais profunda, porém, seria suficiente para fazer ver que os casamentos, uns mais outros menos, em sua quase totalidade enfrentam dificuldades dessa e de diversas outras ordens, subtraindo-se daí a convicção de que somente motivos superiores, de solução impossível no prazo de uma existência, deveriam levar os casais a se separarem.
O Espiritismo vê a questão com o seu próprio pragmatismo. E aponta para resultados que, embora a alguns desgoste, tem sua validade no contexto da existência no planeta. Deixando de lado os casos em que as uniões se dão sob o interesse circunstancial ou momentâneo, sem ligações mais profundas, boa parte das uniões têm a justificá-las um compro-
misso que transcende à
existência atual. São os laços misteriosos, difíceis de serem esclarecidos no instante em que vivemos, mas suficientes para fazer refletir a todos.
Estas considerações nos vêm à mente exatamente neste momento que a família recebe um forte apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu 1994 como o Ano Internacional da Falll11ia. E nos meios espíritas, o Conselho Federativo Nacional decidiu por iniciar a campanha Viver em Família.
Estas ações, se bem compreendidas e levadas a cabo pelos dirigentes e colaboradores de centros espíritas, poderão dar um impulso de revigoramento da família, em seus aspectos profundos, como a olha e entende a doutrina, oferecendo campo para inúmeras discussões positivas. Desgastada como está, em vista dos atropelos de uma sociedade que utiliza ainda muito mal a liberdade de que desfruta, a fann1ia carece desse impulso.
A ocasião se oferece de fonna proveitosa para os meios espíritas. São Paulo saiu na dianteira, em vista de vir debatendo o assunto há tempos, tendo dele surgido inclusive um livro. Mas tem nosso Estado, por isso mesmo, oporlunidade de revigorarse na campanha, tornando o tema família ainda
2 · Dirigente Espírita • Janeiro/Fevereiro de 1994
mais discutido dentro das orientações doutrinárias, para oferecer à sociedade brasileira um exemplo de entendimento que reforce as uniões, no lugar de dissolver a famflia.
Para isso é preciso sair dos lugares comuns e das colocações que se servem apenas de velhos chavões, declaradamente anti-senso, isto é, sem força de ra-
. ciocínio. A família não é apenas e simplesmente a célula social, em sua definição simplista, ou o local onde as almas se encontram para resolv�r problemas do passado. E muito mais do que isso. E os casais não têm por motivo maior para se manterem unidos somente aquilo que se convencionou chamar débitos cármicos.
Para homens sem ideal ou de ideal fraco o Espiritismo esclarece que a manutenção da farm1ia e sua condução dentro de princípios éticos e concernentes com as leis da natureza constitui até um ato de heroísmo em favor do futuro da sociedade. Para homens de caráter forte, apresenta-se a oportunidade de exercício da pàciência e da determinação, com sacrifícios, sem dúvidas, mas plenamente recompensados pelos resultados a obter. Para todos, de forma geral, a certeza de que o futuro do planeta reside exatamente no aprimoramento dos seres sob as luzes claras da falll11ia bem estabelecida.
EXPEDIENTE Veículo oficial de Unifteação da USE• União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo destinado especialmente aos dirigentes de centros e instituições espíritas.
Editor
Eder Fávaro
Secretária
Delma Crotti
Jornalista Responsável
Miriam Fávaro
Redação
Ivan René Franzolim Luiz Antonio Fuchs
Antonio César Perri de Carvalho Amílcar Dei Chiaro Filho
Carlos Teixeira Ramos Wilson Garcia
Anual: CR$ 1.600,00 Mantencdor: acima de CR$ 2.700,00
Número Avulso: CR$ 100,00
Produção Gráfica
Voice• Fone: (011) 816-1230 C.G.C. nº 68.372.945/0001-78
Editoração Eletrônica
Adriano de Araujo Garcia
Periodicidade
Bimestral
Este número
5 .000 exemplares
lf.s.E. �eh sociedades espiitas doestado desoopcuo a,hdad.cocwJa...udu.ovrepresentotiYO ô:>movimentoespiátontcda noC.omeh:)f".ect«atN0NocÍOf'IOI do�EspiritoBrmilieiro.
Rua Dr. Gabriel Piza, 4 33 Cep 02036-011 - São Paulo • SP
Fone e Fax (Oll) 290-8108
A USE não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias assinadas. As colaborações enviadas e não publicadas não serão devolvidas. Reservamo-nos o direito de publicar somente o que estiver de acorlÍIJ com a /inira editorial do veículo.
SERVIÇO ASSISTENCIAL
Olhando o homem total
A assistência social espírita valoriza o ser humano e considera o seu lado espiritual e imortal
Elaine Curti Ramazzini Diretora do Departamento de Serviço Assistencial da USE
As resoluções do Conselho Nacional do Serviço Social geram constrangimentos para as obras assistenciais religiosas em geral e reacendem a polêmica sobre os propósitos e vinculações de serviços assistenciais mantidos pelos Centros Espíritas. O Conselho Federativo Nacional da FEB escolheu este tema para estudos em suas reuniões deste ano. Serviço assistencial espírita é exercício da caridade, com esclarecimentos para modificação de comportamentos dogmáticos e viciados. No movimento espírita estes norteamentos transcendem o campo da mera relação interpessoal.
Um dos aspectos mais importantes a ser enfocado no trabalho do serviço assistencial à luz da Doutrina Espírita é o da promoção do ser humano.
Promover a criatura é, acima de tudo, oferecer-lhe condições para sobrelevar-se da atual situação de penúria sócio-econômica-moral-espiritual em que se encontra. Na mais ampla acepção da palavra, promoção é auxílio no sentido de que o homem se supere em suas limitações e reconheça que, embora suas características lhe sejam próprias da personalidade, são transitórias em sua individualiddade: nenhum ser nasceu predestinado para o mal e para os infortúnios eternos. Fazê-lo sentir-se também espírito li-
vre e responsável pelo seu destino é descortinar-lhe amplo horizonte de possibilidades que podem vir a ser trabalhadas, através do próprio esforço, nas experiências do dia-a-dia: isto contribuirá de maneira relevante para que se vá processando o resgate de faltas pretéritas e para que a construção de um futuro espiritual, onde impere a felicidade real, seja a tônica constante.
Promoção é auxiliar a criatura á descobrir o seu lado bom, feliz, positivo, assim como as incontáveis condições adormecidas que traz em si mesma e que, se bem trabalhadas, com devotamento e firmeza, visando a melhoria de si própria, favorecer-lhe a alegria interior para que atinja o de que necessita, não só em termos materiais, mas, principalmente, espirituais, porque verdadeiramente eternos.
Junto ao carente, comentar-lhe e apontar-lhe a importância do seu papel na constelação familiar é outro aspecto de vital importância a ser considerado. Em que pese o fato de, algumas vezes, ele não possuir uma falllllia regularmente constituída e, mesmo que perambule indefinidamente pelas ruas, o homem sempre se relaciona com alguém, seja num albergue, num asilo ... Assim, a sua fallll1ia é o companheiro ou a companheira com quem ele partilha as agruras do frio e da
chuva; da falta de alimento ou do abrigo improvisado que escolheu para passar as horas vazias ou para repousar.
Possuindo ele, entretanto, um lar, cumpre-nos alertá-lo quanto à sua posição transitória neste mundo, ajudando-o a compreender as tarefas que lhe dizem respeito junto aos seres que a Misericórdia Divina lhe concedeu para que, juntos, estreitem e estendam os laços de amor aos outros. Recordar-lhe os imperativos dos compromissos assumidos perante a Espiritualidade Maior e à sua própria consciência, conforme bem lembra o Espiritismo, é tarefa da mais alta relevância a que se deve empenhar o verdadeiro seareiro no campo do serviço assistencial.
Finalmente, a sensibilização do carente no que tange à relevância do papel da criança inserida no seio familiar representa observância às admoestações do Plano Maior. Se bem orientados e assistidos em suas necessidades, contribuirão os pequeninos, mais tarde, de forma decisiva, para a construção do mundo renovado do futuro, modificando-lhe o status quo em que vive onosso tão conturbado orbe.Olhando a criança sob essaótica, estaremos cooperando com o Governador Espiritual da Terra na destruição do homem velho e naconstrução do home reno-
vado do porvir. A Codificação Karde
quiana é ampla na visão real das necessidades do ser, pois não só cogita do homem existente, mas do ser interexistente, daquele que se comunica com o Mundo dos Espíritos e ao qual está ligado por débitos e alegrias de um passado próximo ou distante e com o qual se sintoniza pelos sentimentos e pensamentos.
Serviço Assistencial Espírita é o exercício da caridade em todos os momentos; é a assistência material realizada sem paternalismos ou acordos ("Se você vier ao Centro Espírita, assistir às palestras, tomar passes etc., etc., levará os mantimentos e a roupa de que necessita ... "); é o esclarecimento quanto à valorização da vida do corpo e da oportunidade de aprendizado.
Trabalho assistencial, sob a ótica espírita significa sensibilização do carente, fazendo-o compreender o motivo de seus sofrimentos atuais, das dores e penas temporárias, à luz da "lei de causa e efeito". E, ainda, o serviço paciente, metódico, não apressado, porém eivado de amor e entendimento no que se refere às limitações do nosso irmão para libertá-lo da ignorância, modificando-lhe comportamentos dogmáticos e viciados.
Se tocado no mais profundo de si mesmo pela gradiosidade dos valores morais exarados dos ensinos de Jesus, o carente poderá ir paulatinamente se cristianizando, não de maneira artificial ou impositiva, mas consciente e livre.
A perspectiva de "salvação" do homem, em Doutrina Espírita, possui conotação educativa, num sentido mais de sensibilizar a criatura para que se modifique do que numa visão coercitiva quanto às atitudes que deve manter para o bemestar em sociedade.
Dirigente Espírita - Janeiro/Fevereiro de 1994 - 3
PENSANDO NO FUTURO
Se o Centro Espírita está bem, veja como torná-lo melhor
A auto-avaliação é uma forma de garantir novos passos na direção do aperfeiçoamento das atividades.
Antonio César Perri de Carvalho
Presidente da USE
A análise da expansão do movimento espírita paulista, publicada pelo "Dirigente Espírita" (julho-agosto/93) mostra a alteração. na proporção de Centros Espíritas entre capital e interior e destaca as diferenças regionais na relação Centros Espíritas/habitantes. Estes fatos sugerem que a evolução do movimento espírita sofre influências de fatores .sócio- econômicos e culturais.
Assim, em que pesem os aspectos espirituais, aliás muito subjetivos para considerações em planejanentos humanos, é muito pertinente que se dê ênfase à elaboração humana e que o Centro Espírita seja visto em função do contexto em que vivemos e, especificamente, em função das condições dos recursos físicos e humanos disponíveis. Evidentemente que aí se incluem também as condições doutrinárias.
tões mais objetivas, formuladas a partir do projeto de ação para o Centro (vide "Dirigente Espírita" , setembro-outubro/92), algumas questões básicas poderão ensejar estudos e reflexões como orientação de uma visão crítica para a avaliação:
Qual a concepção que se tem dos programas, cursos, reuniões e atividades?
Quais os valores e pressupostos subjacentes aos programas dos cursos e reuniões?
Qual a visão dos freqüentadores e dos expositores sustentado pelos planejadores e dirigentes do Centro?
Em sua essência, a que interesses se destina o programa de reuniões e de atividades?
A que interesses sociais atende o perfil dos frequentadores e assistidos que estão envolvidos nos programas
do Centro? Quais as relações entre as
propostas de cursos e atividades do Centro e os reclamos da sociedade nesta área de atuação?
A partir daí, pode-se detalhar ítens. Em 1991, a USE distribuiu um questionário para auto-avaliação das sociedades unidas e para seu preenchimento recomendou que se consultasse o opúsculo "Atividades Doutrinárias" (Edições USE). Os programas de atividades, até divididos em tópicos, também são encontrados no opúsculo "Orientação ao Centro Fspírita"(FEB). As duas publicações fornecem subsídios que podem contribuir com roteiros a serem adotados num projeto de auto-avaliação, pois fornecem parâmetros resultantes de exp'eriências, discussões e aprovações plenárias. Não são opi-
DE OLHO NA LEI
niões pessoais de encarnados ou de desencarnados.
A equipe de dirigentes e colaboradores poderá trabalhar os dados obtidos dentro de um processo de reflexão contínua e de ação. Em algumas questões esta equipe
· poderá sentir as reações e pen-samentos dos próprios frequentadores.
O fato é que a auto-avaliação deve se incorporar comum processo natural dentrodo planejamento e acompanhamento das ações do Centro Espírita, como um significativo momento de questio-·namento e de reflexão. Comesta prática, vence-se rotinase até tradições que já não secoadunam com a realidade dasociedade e do próprio movimento espírita.
Situações sociais de umbairro ou de uma cidade sealteram com velocidade talque muitos objetivos específicos de um determinado Centro podem estar superadosnum prazo de dez anos. Ouseja, a acomodação na idéiade que "está tudo bem", "nãohá porque mudar ou renovar","time que está ganhando nãose mexe", com o tempo compromete o potencial e o futuro do Centro Espírita.
O planejamento temporal,incluindo a auto-avaliação,contribui para o fortalecimento do Centro Espírita, assegurando mecanismo naturalde adequação e de renovação.
A auto-avaliação, ou seja, a própria equipe avaliando o Centro, permite um melhor acompanhanento e checagem do cumprimento dos propósitos do Centro. Encontramonos em faixa de aprendizagem constante, conforme assinala Emmanuel na página "O Centro Espírita" : "... é escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros". Nada mais natural que avaliemos o grau de aprendizagem e de aperfeiçoamento ensejadas pelas várias frentes de trabalho do Centro.
Ainda o Conselho Nacional do Serviço Social
Preliminarmente às ques-
A USE participou da reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, de 5 a 7 de novembro, oportunidade que se discutiu o item da pauta: "Atividade de Assistência Social na Instituição Espírita: Orientação dos Órgãos Públicos sobre sua separação das demais atividades da Instituição. Implicações legais e doutrinárias, com a constituição de órgão autônomo".
Já com base nas deliberações
4 · Dirigeme Espírita - Janeiro/Fevereiro de 1994
do CFN da FEB, o presidente da FEB manteve audiência com a Presidência da República, no dia 8/11/93, para esclarecimento sobre as situações criadas pelas Resoluções do CNSS e entrega de um dossiê que aponta para a inconstitucionalidade das mesmas. Em seguida, se necessário, a FEB poderá entrar com ação judicial (provavelmente ação cautelar, suspendendo os efeitos das Resoluções do CNSS, e, posteriormente, ação de inconstitucionalida-
de), com procurações de todas as Federativas Estaduais (no caso paulista, a USE).
Outrossim, recomendou-se que não haja precipitação em alterações estatutárias, abrindo-se mão dos propósitos e da designação espírita nas Instituições assistenciais, nem se dividindo ou criando outras Instituições com finalidade de se obter ou manter registro no CNSS, com vistas a subvenções federais e isenção da cota patronal do INSS.
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POLÍTICA
O espírita e a Revisão
Constitucional As leis só têm valor se forem postas em
prática. Leis aprovadas e não observadas são letra morta.
lolanda Moreira Leite Promotora de Justiça - Botucatu
Afinal começou a tão discutida revisão constitucional. Depois dos desencontros gerados entre os próprios congressistas e a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, aquieta-se a opinião pública no sentido de, pelo menos, aguardar o desfecho dos próximos acontecimentos. Agora, não adiante mais emitir argumentos a favor ou contra a revisão, pois a mesma, quer queiramos ou não, já começou.
Todavia, ainda é tempo de refletir sobre o tema e o fazemos partindo de algumas sugestivas indagações que, certamente, pairam na cabeça de muitos brasileiros. Será que a revisão constitucional irá solucionar os problemas da gritante miséria que envergonha o nosso país? Será que ela contribuirá para estancar a violência que grassa no campo como nas grandes cidades? Será que após a revisão, e em conseqüência dela, poderemos sonhar com a igualdade de condições entre todos os
cidadãos brasileiros? É evidente que não. Como espírita acredi
tamos que o mais importante, agora, seria uma revisão moral de toda a sociedade brasileira. Urge que a sociedade como um todo passe em revista os seus valores, colocando como prioritário aquilo que for essencialmente justo, ético e pertinente ao ser humano.
De nada adianta a modificação pura e simples da lei se não houver um consenso social da necessidade de mudança em prol do fraco, do oprimido, do trabalhador, do indígena, dos menores abandonados, dos favelados, dos doentes desprovidos de assistência médica, dos analfabetos, dos sem teto, dos desempregados, dos alunos sem aula, dos professores mal remunerados, dos bóia-frias, dos catadores de papel, do homem quase-escravo.
De nada adianta a substituição de leis, que sequer foram cumpridas ainda, por outras formalmente mais técnicas e, talvez,
mais distantes da real necessidade do valoroso povo brasileiro.
Na verdade, muitas metas sociais que foram introduzidas na Constituição Federal de 1988 ainda não foram atingidas ou concretizadas a nível de realidade brasileira. Meditese, por exemplo, no artigo 22� da Lei Maior, que diz: "E dever da farru1ia, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."
Ora, esse artigo é perfeito e se tivesse sido cumprido nesses 5 anos de vigência da Constituição, já não haveria mais no país um índice tão alto de crianças e adolescentes que vivem em estado de carência ou de completo aban-
dono. Mas o que impediu a sua efetiva aplicação?
A resposta à luz da Doutrina dos Espíritos não poderia ser outra. O que impediu a sua efetiva aplicação foi o egoísmo que ainda ruge em todos os responsáveis pelo cumprimento de norma constitucional.
Irmãos, não nos iludamos, a revisão constitucional poderá até abrir caminhos para eventuais reformas no campo econômico, mas aquelas reformas morais tão desejadas devem começar dentro de nós mesmos e refletir sempre na sociedade.
O espírita deve ficar de prontidão e não compactuar com possíveis reformas que, a pretexto de conter a violência que hoje nos assusta, venham a pregar medidas contrárias às leis cristãs.
Pena de Morte, nem pensar.
Como espíritas vamos pregar juntos a revisão moral de nossas ações, visando o soerguimento da Pátria Brasileira sob o amparo do Mestre Jesus.
Dirigente Espírita - Janeiro/Fevereiro de 1994 - 5
O CENTRO EM CHEQUE
O que fazer quando o médium aparece? O centro espírita é o local ideal para o florescimento da
mediunidade, mas ... muitos dirigentes não sabem o que fazer quando estão diante de um médium potencial. E por falta de
melhor esclarecimento podem acabar atirando-o na rua.
Determinada casa espírita vivia a sua rotina normal e tranquila até que apareceu uma criatura buscando apoio para problemas psicológicos. Recomendaram-lhe passes, depois ingresso em curso metódico e finalmente o desenvolvimento mediúnico. Aí a coisa pegou. Sendo médium potencial, o novo frequentador deu origem a um série de fenômenos físicos logo nas primeiras reuniões práticas. Assustados, os dirigentes desejaram enquadrá-lo em certa disciplina inibidora, mandando-o controlar-se e afirmando-lhe que a fase dos fenômenos já passou. Não adiantou. Os fenômenos se repetiram na reunião imediata. Contrariados, orientaram-lhe educadamente a procurar outro centro que aceitasse aquele tipo de mediunidade. Nunca mais se soube dele ...
Compreender e orientar o desenvolvimento mediúnico não é tarefa fácil.Quando se trata de fenômenos pacíficos, como psicofonia e psicografia, basta ensinar a disciplina e colocar um lápis na mão domédium. Mas, quando o fenômeno é algo parecidocom efeitos físicos, curasou a criatura inclina-se para o receituário mediúnico, aí a coisa pode se complicar.
Neste caso, uma série de fatores podem tornar-se circunstancialmente prejudi-
Wilson Garcia
São Paulo - SP
ciais ao médium: o preconceito do dirigente, quando este se antepõem ao acontecimento porque não gosta e julga o fenômeno inadequado ao centro espírita; o seu despreparo para lidar com este tipo de médium; a falta de espaço na casa espírita para que o médium possa exercer sua função etc.
São poucas as casas espíritas que dispõem de condições para que médiuns ostensivos possam ali surgir e se desenvolver. A maioria lida com a mediunidade, mas o faz dentro de uma certa rotina que não comporta mudanças. Nenhuma seleciona declaradamente os tipos de fenômenos que aceita, mas esta seleção existe sub-repticia e fica clara no comportamento dos dirigentes.
Quase sempre são alguns escolhos naturais a certos fenômenos que os assus-
6 - Dirigen1e E;pírira - Janeiro/Fevereiro de /994
tam. E a isto aliam os preconceitos que se vão formando ao longo do caminho, quando algumas afirmações duvidosas são introduzidos e acabam por conviver pacificamente com os conhecimentos, até controlá-los.
Vamos supor que surja um in-divíduo com
propensão ao receituário mediúnico. O que fazer com ele? Antes de responder, o dirigente poderá ver passar em sua cabeça coisas do tipo: receitas mediúnicas são contravenção penal e médiuns desse tipo acabam conduzindo para o centro milhares de criaturas a um só tempo, o que será um transtorno. Se, além disso, alimenta ele algumas predisposições contrárias a esse tipo de mediunidade, sem dúvida poderá pender por não aceitar o médium e colocá-lo fora, mesmo que educadamente... E até antes de oferecer-lhe qualquer apoio ao desenvolvimento de sua faculdade!
Poderia acontecer algo pior?
Costuma-se afirmar que os médiuns de efeitos físicos são uma espécie em extinção. Seria bom perguntar se os centros espíritas estariam preparados para têlos em seus quadros? Por-
que essa propalada extinção parece ter mais a ver com ausência de condições do que propriamente extinção do fenômeno. Mesmo porque, vê-se constantes acontecimentos na sociedade, produzidos pela mediunidade de efeitos físicos, que se constata que ela está aí e talvez não seja mais presente nos centros porque estes lhes fecham as portas.
Não somos apologistas do fenômeno pelo fenômeno e concordamos que mui-. tos materialistas não se tocam ante sua realidade. Mas não podemos concordar com aqueles espíritas que lhes atribuem desvalor, em função de acharem que o seu tempo já passou. Esse pensamento não tem fundamento. E a prova disso está exatamente no fato de que há médiuns que se apresentam com predisposição mediúnica para este lado e, com certeza, não o fazem porque queiram e sim porque "nasceram" com tal medi unidade.
O estudo sistemático do assunto, como ocorre em grande parte dos centros espíritas, precisa levar esta questão em consideração. A mediunidade é um assunto que ainda hoje desafia as nossas inteligências e sua prática permanece em muitos casos carente de melhor compreensão. Porque, se os centros espíritas firmarem um comportamento contrário a ela em inúmeros de seus aspectos, teremos de conviver no futuro com certos padrões mediúnicos, onde as coisas serão feitas de maneira formal, sem conteúdo e abrangendo apenas a psicografia e a psicofonia. Todos os demais fenômenos acabarão raros nos centros, embora não eliminados da realidade do ser humano. Isto seria o pior para o Espiritismo.
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IMPRENSA
A experiência do jornal Dirigente Espírita Relacion:ui\Cn\o
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Campanha. Viver em t'amíl.ia
Um balanço dos três primeiros anos, 19 edições e 304 páginas publicadas
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Imprensa comenta realizações espíritas
Ivan René Franzolim São Paulo - SP
Lançado em setembro de 1990 em substituição ao jornal Unificação, o Dirigente Espírita nasce com uma característica importante que o diferencia do antecessor: seu objetivo para atender às necessidades de informação dos dirigentes de centros espíritas. Ao longo de 19 edições, tem demonstrado uma forte tendência para apresentar matérias sobre administração, organização e comunicação.
O público alvo, chamado genericamente de "dirigente espírita", são aqueles que participam da direção ou administração das instituições espíritas, eleitos ou não, os participantes dos órgãos da USE e todos aqueles interessados no progresso do movimento espírita.
Na prática, uma parte do público é constituída de espíritas que não têm tarefas na casa espírita, mas possuem interesse em acompanhar as matérias sobre as atividades de outros centros, com o desejo de comparar e avaliar o lugar que freqüenta.
O jornal Dirigente Espírita é considerado um veículo enquadrado em duas classificações simultâneas: jornal especializado e jornal de empresa. A linguagem adotada pressupõe que seus leitores possuam um conhecill}ento básico do espiritismo. E imprescindível dedicar um espaço razoável para noticiar o que acontece no âmbito da USE, apresentar opiniões so-
bre o trabalho do movimento espírita unificado e discutir questões de interesse desse movimento.
As colaborações espontâneas recebidas ainda são poucas e muitas vezes não enquadradas em sua linha editorial. Passam por uma análise pela equipe do DE que considera:
a) se o assunto segue alinha editorial do jornal;
b) se apresenta novo enfoque ou argumentação diferente;
c) se necessita ser revistaa redação, caso em que pode ser revista pela equipe com a concordância do autor, ou a ele devolvida;
d) se apresenta algum conflito doutrinário, caso em que pode ser rejeitada ou publicada com uma observação complementar da redação;
e) se há necessidade decomplementar o tratamento jornalístico: títulos, intertítulos, olho, chamada, pé biográfico etc ..
Considerando que o editorial deve refletir o pensamento do veículo, ele é realizado por um membro da equipe, após consenso sobre os temas a serem abordados e o enfoque. Depois de pronto ele passa por nova análise e sugestão dos membros.
Com três anos de existência, o jornal DE realizou duas pesquisas de opinião com seus leitores. A primeira com relação à mudança do Unificação para o Dirigente Espírita
e a segunda com relação à qualidade e preferências dos leitores. Foi constatada a necessidade da publicação dos seguintes assuntos reclamados pelos leitores: mais experiências dos centros e dos órgãos, questões sociais, evangelização, mocidade, ensino espírita e aspecto científico.
O jornal Dirigente Espírita publicou matérias de 40 autores diferentes, sendo que seis são integrantes da equipe. Das 140 matérias publicadas, excluindo 21 editoriais, 31 reportagens e entrevistas da redação, os membros do jornal respondem por 78 ou 56%.
De todas as matérias publicadas, apenas 28 (20%) tratam de assuntos não diretamente ligados ao centro espírita e apenas 4 (3 % ) são textos transcritos de livros, sendo esse mesmo percentual referente a matérias de autores de outros estados.
Podemos definir corno pontos fortes:
a) o trabalQO em equipe;b) os objetivos bem defi
nidos e perseguidos; c) bom relacionamento
com a direção da USE; d) qualidade do papel e
da apresentação gráfica; e) abordagem mais profun
da dos assuntos. Como pontos fracos, po
demos apontar: a) equipe pequena;b) pouca colaboração dos
órgãos;
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c) poucas reportagens;d) revisão insuficiente;e) poucas fotos e ilustra
ções; f) incipiente trabalho de
pauta. O Dirigente Espírita tem
uma proposta de trabalho que pode e deve ser estendida a todos os periódicos espíritas. Trata-se de valorizar a utilidade da imprensa espírita, demonstrando o uso que pode ser feito das matérias publicadas, tais como:
1. Matérias que apresentam uma nova ou outra forma de realizar alguma atividade no Centro podem ser utilizadas em reuniões planejadas para discussão e melhoria das atividades.
2. Matérias doutrinárias,biográficas, aspecto filosófico ou científico devem ser organizadas e colocc1.das à disposição na biblioteca, para consultas e subsídio para elaboração de aulas e palestras.
3. Editoriais e matérias políticas podem ser usadas em reuniões com a direção para análise dos rumos do movimento e possível colaboração aos órgãos.
4. Notícias devem ser selecionadas para a identificação de idéias sobre eventos e realizações com o objetivo de divulgar ou arrecadar recursos.
Dirigente Espírita - Janeiro/Fevereiro de 1994 - 7
VIVER EM FAMÍLIA
Centro é a base para a Campanha A FEB lançou a Campanha "Viver em Família", em consonância com o ''Ano Internacional da Família" da ONU para 1994. O lançamento da Campanha em nível estadual pela USE conta com o apoio de "Dirigente Espírita". Prossegue a publicação de orientações para a
implementação da mesma a partir do Centro Espíri�a.
Célia Maria Rey de Carvalho Diretora do Departamento de Educação da USE
São Paulo
Embora a Campanha "Viver em Famflia" seja em nível nacional e coordenada pelos órgãos de unificação, é no Centro Espírita que o seu desenvolvimento se processará para atingir diretamente o público alvo que são os dirigentes, os cooperadores, o casal, os membros da família e/ou responsáveis pela família e o público em geral.
O casal não espírita que chega ao Centro, e mesmo os casais espíritas com problemas de relacionamento, que podem afetar o equilíbrio doméstico, devem ser recepcionados e atendidos por pessoas preparadas, tanto do ponto de vista doutrinário, como também com conhecimentos da problemática humana, nas diferentes correntes de estudo existentes. Seria uma excelente atribuição para o grupo que realiza o atendimento fraterno, não especificamente para casais, mas a todos aqueles que chegam ao Centro com problemas familiares.
Além de algumas estratégias já divulgadas no exemplar anterior de "Dirigente Espírita", envolvendo-se pais e educadores é necessário o engajamento da evangelização da criança e do adolescente, e os jovens na Campanha. Há alguns anos, a evangelização da infância era delegada aos jovens, até com o objetivo de dar-lhes um ocu-
pação dentro do Centro. Entendemos o trabalho de evangelização como um dos mais importantes, haja vista afirmações de "O Livro dos Espíritos" (perg. 383): "Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados da sua educação". Merece destaque o trecho final. Estas colocações representam um alerta de que a educação da criança e do adolescente não é apenas para esta vida, mas contribui para sua evolução como espírito imortal. Quem melhor para tal desincumbência do gue os pais e educadores? E hora do Centro Espírita repensar o trabalho de evangelização da infância, engajando-o no trabalho da família para que, com programações interligadas, a falll11ia se fortaleça como célula básica da sociedade.
Outro aspecto é o desenvolvimento de uma ação com os idosos na família. Deve-se incentivar a integração deles em atividades que lhes tragam satisfação e sentimento de utilidade.
O aprendizado, em qualquer época que ocorra, é uma aquisição do Espírito e servirá como degrau para a escalada evolutiva.
Os grupos de estudos de-
8 - Dirigente Espírita - Janeiro/Fevereiro de 1994
Reunião com lideranças espíritas, em São Paulo, onde se estudou o lançamento da Campanha "Viver em Família".
vem analisar temas relacionados com a família, sob os mais diversos ângulos, utilizando de bibliografia a mais variada possível, não só de obras espíritas, mas também daquelas que possam subsidiar para uma melhor compreensão do assunto. (*) Também é muito interessante contar com a participação de pais e de casais para exporem temas, associando-se à teoria, fornecida pelos livros, a vivência da experiência em seus lares. Isto tem nos mostrado que pontos de vistas se modificam qüando as pessoas passam a experienciar a vivência em família, no contato coni cônjuge, filhos, sogros (as), noras, genros etc .. É na prática que a pessoa vai amadurecendo e exemplificando o aprendizado. Nestes grupos de estudo, o importante não é o tratamento de "casos",mas sim o aprofundamen-
to das reflexões sobre os temas. Estudos de casos, dentro do Centro Espírita, poderá ser realizado, quando existir uma equipe devidamente preparada, inclusive contando com profissionais da área. Do contrário, seria pertinente o encaminhamento para profissionais que tenham visão espírita, ou pelo menos, espiritualista.
Contando com o apoio de pessoas já afinadas com os propósitos da Campanha, os Centros devem começar seus procedimentos iniciais. Em cada atividade ou até em cada minuto, poderemos fortalecer o slogan "Viver em Fanu1ia -Aperte mais esse laço". Vamos nos engajar nesta campanha?
(*) O livro "Fanu1ia e Espiritismo" (Edições USE) contém propostas de programas e indicações bibliográficas.
EDIÇAO ESPECIAL DO SIMPOSIO PAULISTA DE COMUNICAÇAO ESPIRITA
NOTÍCIAS
Matão deu início
A Casa Editora "O Clarim", em Matão, abriu suas portas para receber um punhado de espíritas, que para lá se dirigiram com a finalidade de discutir, numa primeira coleta, os temas do Simpósio. O tema central já estava decido - "A Força da Comunicação Espírita" - e a partir dele os presentes apontaram mais de 60 itens, como assuntos importantes para apreciação. A referência para a seleção de assuntos eram a imprensa, as artes, o centro espírita, a cultura, o rádio, a TV e a informática.
Com base na seleção feita em Matão, a comissão organizadora estabeleceu a programação provisória, que você pode ler nesta edição e com base nela fazer suas opções para inscrever-se.
Simpósio já repercute
As primeiras notícias sobre o evento, distribuídas pela AJE-SP à imprensa espírita, já despertaram o interesse de companheiros de vários Estados do Brasil. Da Bahia, Minas Gerais, Ceará e Paraná a comissão vem recebendo informações e correspondências, oferecendo sugestões e adesões ao Simpósio. Por isto, é bom você ficar sabendo que a participação no Simpósio Paulista de Comunicação Espírita está aberta para interessados de qualquer parte do País.
As inscrições obedecerão à ordem de chegada e o número de participantes está limitado aos 250primeiros que se inscreverem. Por isso, não deixepara a última hora. Você pode aproveitar, inclusive, as facilidades de pagamento da taxa de inscrição, e fazê-la em ate três vezes. Veja a ficha em outra página.
Janeiro de 1994
Boletim informativo da AJE-SP - Associação dos
Jornalistas Espíritas do Estado de São Paulo
Cx. Postal 12078 - Cep 02098-947S. Paulo
ANOTE AÍ
DE 22 A 24 DE ABRIL DE 1994, VOCÊ TEM
UM ENCONTRO MARCADO COM A COMUNICAÇÃO E
O ESPIRITISMO. INSCREVA-SE.
Veja porque
A razão maior para a realização do Simpósio Paulista de Comun}c_ação Espírita é abri� um espa-ço para que os espmtas possam se reurur, estuaar e discutir temas de grande interesse do movimento doutrinário. Criada para favorecer oportunidades dessa natureza, a AJE-SP indicou uma comissão organizadora para cuidar especialmente do Simpósio, a qual se reune semanalmente na sede da USE, em São Paulo, gentilmente cedida para esse fim.
Um fato se torna evidente: há muito tempo, os espíritas paulistas e brasileiros não têm um evento especialmente organizado para a discussão dos assuntos ligados à divulgação do Espiritismo. O último foi realizado em 1986. A comissão constatou, também, que o assunto - comunicação - vai além do interesse apenas dos dirigentes e colaboradores de jornais e revistas espíritas, pois abrange todos os espíritas nas diversas áreas de atuação: nos centros espíritas, no rádio, na TV, na informática, nas artes, enfim.
Está, pois, aberta uma oportunidade para você se informar e se atualizar. Veja, nas paginas seguintes, os temas já definidos e decida-se!
NESTA EDIÇÃO . Veja a programação (provisória) com 29 subte
mas, na página 2.
. Uma ficha de inscrição, com todas as informações para você.
Para quem precisa da hospedagem, a ficha de inscrição oferece sugestão de hotéis, com taxas especiais para participantes do Simpósio.
. Na página 4 você fica sabendo quem pode se inscrever.
Se desejar, você pode remeter trabalhos escritos. Veja como na pagina 4.
ESTA EDIÇÃO CONTA COM O APOIO DO CENTRO ESPÍRITA UNIÃO, DEPARTAMENTO EDITORIAL
SIMPÓSIO PAULISTA DE COMUNICAÇÃO ESPÍRITA De 22 a 24 de abril de 1994
São Paulo - Capital
Tema Central: "A Força da Informação Espírita"
Ficha de Inscrição Nome ______________________________ Tel. ___ _
Endereço-----------------------------------
Cep ____ Cidade ______________________ Est. __ _
Instituição-----------------------------------
Taxa de Inscrição
Data À Vista Parcelado Total Parcelado
Janeiro CR$ 2.800,00 Até 31/01/94 CR$ 6.000,00 Fevereiro CR$ 2.800,00 CR$ 8.400,00
Março CR$ 2.800,00
Fevereiro CR$ 3.500,00 Até 28/02/94 CR$ 8.200,00 Março CR$ 3.500,00 CR$ 10.500,00
Abril CR$ 3.500,00
Até 31/03/94 CR$ 10.200,00 Março CR$ 5.900,00 Abril CR$ 5.900,00
CR$ 11.800,00
Após 31/03/94 CR$ 11.900,00
Atenção: após pr�encher.esta ficha, junte os cheques correspondentes à inscrição, datados, cruzados, nominais ao SIMPÓSIO PAULISTA DE COMUNICAÇAO ESPIRITA. Remeta para AJE-SP, Caixa Postal 12078, Cep 02098-970, São Paulo, SP. Para pagamento à vista, o valor poderá ser depositado no Banco do Brasil, agência 2072-9 - Franco da Rocha, conta nº 77.688-2 e remeter xerox do comprovante para a AJE-SP.
23/04/94 8:30 às 10:00
Painéis A B e
Seminários
Workshops
24/04/94 8:30 às 10:00
Mini-Cursos A B c
Seminários
Atividades
10:30 às 12:30
A B e
10:30 às 12:30
A B c
14:00 às 15:30 16:00 às 18:00
A B c
A B e
Assinale com um X as atividades de sua preferência no quadros
acima e ao lado, de acordo com a programação ao lado.
SUGESTÃO DE HOTÉIS NOTA: O pagamento será feito diretamente ao hotel. A secretaria do simpósio
poderá providenciar a reserva, em nome do inscrito, porém, sem responsabilidade quanto a acertos financeiros.
SINGLE DOUBLE
ALFA*** (011) 228-4188
US$ 38.00 US$ 47.00
___ de _____ de 1994. NORMANDIE •••• (011) 228-5766
US$ 47.00 US$ 56.00
NOBILIS **** US$ 44.00 US$ 54.00 (011) 229-5155
assinatura
_J
LIVROS
Direção de Órgãos de Unificação
Em consonância com a diretriz de trabalho voltada ao dirigente espírita, a USE EDITORA acaba de lançar obra que reflete a realização de um evento específico com os dirigentes de órgãos de unificação. Numa experiência inicial, foi promovido um curso para os dirigentes de órgãos de unificação, na sede da USE, no dia 12 de setembro de 1993. A avaliação realizada ao final do curso revelou comentários muito favoráveis e estimulantes. Um deles destacou: "agilizar a edição do opúsculo para que mais pessoas sejam beneficiadas". A USE atende à sugestão. Com 56 página� já está disponível: "Direção de urgãos de Unificação", contando com capítulos assinados por Eder Fávaro, Joaquim Soares, Antonio César Perri de Carvalho, José Antonio Luiz Baliei�o, Merhy Seba, Elaine Curti Ramazzini, Ivan René Franzolim e Luiz Alberto Zanardi, e ainda duas oportunas mensagens do espírito Bezerra de Menezes.
"Direção de Órgãos de Unificação" reúne textos que resumem os temas desenvolvidos no curso pioneiro,. como histórico da unificação, estrutura dos órgãos na USE, administração e representação, liderança, relações interpessoais, comunicação, preparação de eventos e planejamento de ações. Traz subsídios para a formação de equipes de colaboradores e contribui para a orientação de ações dos órgãos de unificação.
Quem tem medo da obsessão?
Richard Simonetti dá prosseguimento à publicação de obras didáticas e voltadas ao grande público. "Quem tem medo da obsessão?" está na mesma linha de suas obras anteriores, como "Quem tem medo da morte", "Um jeito de Ser Feliz", "Quem tem medo dos Espíritos?", dentro da tônica de contribuir para a superação da falta de
esclarecimentos ou de preconceitos. Em 28 capítulos e 140 páginas,
a obra editada pela Gráfica São João, de Bauru, conta com ilustrações muito oportunas de Celso Silva. A capa, com um demônio, não parece ter sido feliz. Cenas do cotidiano e histórias são abordadas de forma muito agradável, sempre se respaldando na obra de Allan Kardec. O capítulo "À moda da casa", que focaliza a fascinação em reuniões mediúnicas, deve merecer atenção do dirigente.
Flama Espírita
Obra lançada pela recém-fundada Editora Pierre-Paul Didier, de Uberaba (MG), reúne 50 páginas psicografadas por Carlos A. Baccelli. Espíritos vários as assinam, em prosa e verso. Algumas frases são alertas importantes. Odilon Fernandes comenta: "Invés de se preocupar, excessivamente, com o problema da mediunidade consciente, que representa um passo adiante na evolução do intercâmbio entre os dois planos da Vida, que o médium conscientizado pela Doutrina Espírita preocupe-se em formar a sua consciência mediúnica ... " A questão mediúnica merece destaque, porque ainda há uma crença generalizada e desinformada de que o ideal seria a medi unidade inconsciente. Outro aspecto é abordadopor Bittencourt Sampaio: "Combatei sem cessar a erva daninha dopersonalismo e deixai que a luzfulgurante da Verdade resplandeça ... " Outra abordagem que não pode se perder na rotina das informações é o trecho de Irmão José:"Conduz o teu filho às aulas deevangelização, mas sempre que possível, conduze-o também às liçõesdo Evangelho vivenciado. A criança aprende muito mais com o quevê e com o que sente do que como que ouve". Como, no geral, asmensagens espirituais mantêm a tônica de reconforto e de estímulo,deve-se criar o hábito da leituracrítica e atenciosa para se captaroportunos alertas para a reflexão,não se fixando na leitura superficial.
USE EDITORA Dispomos de títulos de diversas editoras para atendimento de Centros Espíritas, Livrarias e Bancas do Livro. Condições especiais para Feiras do Livro, sob consulta.
Livros:
Centros e Dirigentes Espíritas - Autores Diversos (no prelo) Centro Espírita (O) - Wilson Garcia Centro Espírita e suas Histórias (O) - Wilson Garcia Ciência Espírita - J. Herculano Pires Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas - Divaldo Pereira Franco - 3ª edição Dirigentes de Sessões e Práticas Espíritas - Emílio Manso Vieira -2ª Edição Espiritismo e os Problemas Humanos (O) - Deolindo Amorim /Hermínio C. Miranda - 2' edição Família e Espiritismo - Autores Diversos - 2ª edição ampliada
Opúsculos:
Atividades Doutrinárias - 3ª edição Aulas para o Jardim Como Escreyer para a Imprensa Espírita - Ivan René Franzolin Direção de Orgãos de Unificação - Autores Diversos Evangelização Infantil Estatuto Social da USE Manual do Expositor Espírita - 2ª edição (no prelo) Organização Administrativa e Jurídica S.A.E. - Grupo de Gestantes S.A.E. - Grupo de Mães e Grupo de Pais S.A.E. - Grupo Mirim e Grupo de Jovens Serviço Assistencial Espírita Subsídios para Atividades Doutrinárias - 2ª edição
Publicações e produções sobre eventos:
Anais do 8° Congresso Estadual de Espiritismo Apostilas e vídeos - I e II FEMUIN Evangelização Infantil (música) Fitas de Video do 8º Congresso Estadual de Espiritismo (2)
Jornais
Dirigente Espírita (bimestral) Meu Jornalzinho (bimestral)
Pedidos para: USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Rua Dr. Gabriel Piza, 433 São Paulo - SP - CEP 02036-011 - Fone e Fax (O 11) 290-8108