newsletter ilgc - agosto 2015

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É a expressão que nominou uma das fases da “Operação Lava Jato” (a décima), por ter sido proferida por um dos en- volvidos no processo de investigação da Policia Federal. Tem registros históricos de 1976, em plena época da ditadura mi- litar, quando Francelino Pereira, líder de um dos grupamentos políticos da época (na verdade eram apenas dois grupos – si- tuação e oposição) indagava porque o povo não acredita- va em programas estabelecidos pelo então presidente da república. Dois anos depois (1978), Renato Russo, líder de uma das maiores bandas de rock do país, escreve uma música de grande sucesso, com o mesmo título, mostrando um sen- timento de profunda indignação e perplexidade diante de fatos do cotidiano da época. Sentimento semelhante (indignação e perplexidade) tem a maioria dos agentes “pensantes” da nossa sociedade quando avalia o comportamento dos principais indicadores econômi- cos e sociais dos últimos anos e os cenários mais prováveis para os próximos períodos. É verdade que parte das causas que produzem instabilida- des, vem do mercado externo, mas a experiência tem mostra- do que elas são bem menores e, se bem trabalhadas, podem ser neutralizadas, quando comparadas com aquelas oriundas das nossas questões internas, das nossas “lições de casa” mal feitas. É inacreditável como a gente não consegue promover “expansão econômica” equi- librada e duradoura, com vetores de crescimento que não se sustentam ao longo do tempo. O momento presente gera “preocupações, an- gústias, apreensões”, mas também demanda ações, porque “este é o nosso país”, e nele continuare- mos a construir riquezas. A nosso ver, o primeiro grande passo é – construir uma agenda positiva – e, Que País é Esse..... ? executá-la de forma disciplinada e equilibrada. Em pouco tem- po, poderemos recuperar o dinamismo da economia e seus desdobramentos sociais. Um país forte e competitivo, é forma- do por organizações fortes e competitivas. A construção desta “agenda positiva” passa por dois gran- des eixos: qManter a prontidão institucional, não se calando diante das injustiças e ineficiências do poder público; qAumentar a produtividade e, por consequência, a com- petitividade das nossas empresas, sejam micro, pequena, média ou grande, na indústria, serviços e agronegócios. No “eixo da prontidão institucional”, recomendamos utilizar- se de todos os fóruns disponíveis para o seu negócio, seja im- prensa, associações de classe, federações, redes sociais, etc. No “eixo da produtividade”, recomendamos uma reflexão contínua para: PAjustar rapidamente “as velas” se a tempestade afetar- lhe. Não hesite em fazer o que for necessário que permita-lhe “sobreviver à tormenta”; PRepensar periodicamente o “seu negócio”... po- sicionamento, produtos, serviços, mercados, sua proposta de valor, suas competências essenciais e a forma como você executa as estratégias. Execu- tar o plano decorrente deste - repensar-; PNão perder de vista a “visão de futuro” e ter um “driver” que lhe mostre os principais caminhos que serão percorridos; PModernizar os processos, simplificando as ta- refas, padronizando o que for necessário e incor- porando de forma inteligente a tecnologia dis- ponível; PEstimular o aumento das competências das pes- soas. Ter gente competente garante o sucesso do negócio no presente e no futuro; PConstruir “alianças e relacionamentos sustentá- veis” com todos os agentes envolvidos no seu negócio. Na visão do economista Paul Krugman: “Produtividade não é tudo. Mas no longo prazo é quase tudo. A habilidade de um país de melhorar seu padrão de vida ao longo do tempo depende da sua habilidade de aumentar a produtividade por trabalhador”. Seja forte! Vamos em fren- te. Sua atitude contribuirá para transformarmos estes cenários. Ano II - Edição agosto/2015 Newsletter produzida pela área técnica do ILGC - Instituto Latino Americano de Gestão Competitiva O momento presente gera “preocupações, angústias, apreensões”, mas também demanda ações, porque “este é o nosso país”, e nele continuaremos a construir riquezas... ç x PIB ç TAXA DE JUROS CÂMBIO ç ç x PRODUÇÃO INDUSTRIAL ç x BALANÇO COML. SALDO ç DESEMPREGO 2 2 2 2 2 2 ç INFLAÇÃO Esta figura nos dá uma dimensão de alguns dos temas macroeconômicos que precisamos trabalhar e - reverter - para encontrar equilíbrio e voltar ao crescimento.

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... o que muitas

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abolir os conce

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stos fixos,

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retamente

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o negócio,

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É a expressão que nominou uma das fases da “Operação Lava Jato” (a décima), por ter sido proferida por um dos en-volvidos no processo de investigação da Policia Federal. Tem registros históricos de 1976, em plena época da ditadura mi-litar, quando Francelino Pereira, líder de um dos grupamentos políticos da época (na verdade eram apenas dois grupos – si-tuação e oposição) indagava porque o povo não acredita-va em programas estabelecidos pelo então presidente da república. Dois anos depois (1978), Renato Russo, líder de uma das maiores bandas de rock do país, escreve uma música de grande sucesso, com o mesmo título, mostrando um sen-timento de profunda indignação e perplexidade diante de fatos do cotidiano da época.

Sentimento semelhante (indignação e perplexidade) tem a maioria dos agentes “pensantes” da nossa sociedade quando avalia o comportamento dos principais indicadores econômi-cos e sociais dos últimos anos e os cenários mais prováveis para os próximos períodos.

É verdade que parte das causas que produzem instabilida-des, vem do mercado externo, mas a experiência tem mostra-do que elas são bem menores e, se bem trabalhadas, podem ser neutralizadas, quando comparadas com aquelas oriundas das nossas questões internas, das nossas “lições de casa” mal feitas. É inacreditável como a gente não consegue promover “expansão econômica” equi-librada e duradoura, com vetores de crescimento que não se sustentam ao longo do tempo.

O momento presente gera “preocupações, an-gústias, apreensões”, mas também demanda ações, porque “este é o nosso país”, e nele continuare-mos a construir riquezas. A nosso ver, o primeiro grande passo é – construir uma agenda positiva – e,

Que País é Esse..... ? executá-la de forma disciplinada e equilibrada. Em pouco tem-po, poderemos recuperar o dinamismo da economia e seus desdobramentos sociais. Um país forte e competitivo, é forma-do por organizações fortes e competitivas.

A construção desta “agenda positiva” passa por dois gran-des eixos:

qManter a prontidão institucional, não se calando diante das injustiças e ineficiências do poder público;

qAumentar a produtividade e, por consequência, a com-petitividade das nossas empresas, sejam micro, pequena, média ou grande, na indústria, serviços e agronegócios.

No “eixo da prontidão institucional”, recomendamos utilizar-se de todos os fóruns disponíveis para o seu negócio, seja im-prensa, associações de classe, federações, redes sociais, etc.

No “eixo da produtividade”, recomendamos uma reflexão contínua para:

PAjustar rapidamente “as velas” se a tempestade afetar-lhe. Não hesite em fazer o que for necessário que permita-lhe “sobreviver à tormenta”;

PRepensar periodicamente o “seu negócio”... po-sicionamento, produtos, serviços, mercados, sua proposta de valor, suas competências essenciais e a forma como você executa as estratégias. Execu-tar o plano decorrente deste - repensar-;

PNão perder de vista a “visão de futuro” e ter um “driver” que lhe mostre os principais caminhos que serão percorridos;

PModernizar os processos, simplificando as ta-refas, padronizando o que for necessário e incor-porando de forma inteligente a tecnologia dis-ponível;

PEstimular o aumento das competências das pes-soas. Ter gente competente garante o sucesso do negócio no presente e no futuro;

PConstruir “alianças e relacionamentos sustentá-veis” com todos os agentes envolvidos no seu negócio.

Na visão do economista Paul Krugman: “Produtividade não é tudo. Mas no longo prazo é quase tudo. A habilidade de um

país de melhorar seu padrão de vida ao longo do tempo depende da sua habilidade de aumentar a produtividade por trabalhador”.

Seja forte! Vamos em fren-te. Sua atitude contribuirá para transformarmos estes cenários.

Ano II - Edição agosto/2015 Newsletter produzida pela área técnica do ILGC - Instituto Latino Americano de Gestão Competitiva

O momento presente

gera “preocupações,

angústias, apreensões”,

mas também demanda

ações, porque “este é

o nosso país”, e nele

continuaremos a construir

riquezas...

çxPIB

çTAXA DE JUROS

CÂMBIOç

çxPRODUÇÃO InduStrial çx

Balanço coml. Saldo

çdESEmPrEGo

2

2

2

2

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çinflação

Esta figura nos dá uma dimensão de alguns dos temas

macroeconômicos que precisamos

trabalhar e - reverter -

para encontrar equilíbrio e voltar

ao crescimento.

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çPós-Webinar

ExpedienteDirigido pelo consultor Raimundo Sousa e um time de especialistas comprometidos com os resultados de seus clientes, o ILGC é um Integrador de talentos e habilidades, cujas ações são convergentes para a melhoria permanente da competitividade das pessoas e seus negócios.ILGC - Escritório Central - Av. Nazaré, 1139 - Cj. 203 / Ipiranga - 04263-100 - São Paulo /SP – BrasilTel: +55 11 2948-3336 - [email protected] - www.ilgc.com.brA marca Ser Competitivo é propriedade do ILGC.

çParceiros comPetitivos

O estado de insolvência de uma organização se caracteriza pelo momento em que a linha dos gastos/custos superam os valores da receita do negócio. Apesar de ser uma afirmativa simples e óbvia, ela é importante para entendermos que “todo o gasto/custo/despesa” deve ter uma relação direta com a receita criada. Este é um ponto de divergência e que, portanto, precisa ser objeto de uma boa reflexão.

Na definição do prof. Eliseu Martins, custo é “o gasto relativo a bem ou serviço utilizado para a produção de outros bens ou serviços”. Por outro lado, despesa é um bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de recei-tas. Estes são conceitos aplicados em empresas industriais, pois nas comerciais e prestadoras de serviços utilizam-se conceitos mais simples, envolvendo essencial-mente o custo de aquisição das mercadorias vendidas, as comissões e os custos dos serviços prestados.

Na sua aplicação os custos são classificados em:

com o propósito e natureza dos gas-tos (o que contribui para a existência deste custo ou gasto e o que impacta para que ele seja maior ou menor). Estabeleça um indicador;PCom estas informações busque negociar condições mais favoráveis com os fornecedores e trabalhe para melhorar a produtividade dos processos;PConstrua uma matriz com os gru-pamentos das contas e que cada conta individual seja convertida em indicador;PPromova negociações entre os “donos” de cada processo da ca-deia de valor e os “donos” dos grupamentos criados;PApós as negociações, elabore a matriz final e os planos de ação que possam garantir as metas negocia-das entre as partes. Daí, estabeleça “fóruns de monitoramento e ajus-tes” dos resultados.

Os benefícios deste modelo atingem a todos da cadeia do negócio, sejam os fornecedores, as pessoas envolvi-das nos processos, a organização que melhora seus resultados e a sociedade que se beneficia das riquezas geradas pelas organizações.

Objetivamente, este modelo é co-nhecido como “orçamento positivo” - um driver essencial para a gestão -, cuja função é transformar o “mindset” das pessoas e dar visibilidade para que todos na organização sejam “constru-tores de riquezas”.

... o que muitas

organizações já

estão

fazendo com su

cesso, é

abolir os conce

itos de

custos e ou ga

stos fixos,

atrelando-os di

retamente

ao propósito d

o negócio,

tornando-os va

riáveis...

CUSTOS FIXOS

São aqueles que não variam com as vendas, ou seja, aluguéis, salá-rios, luz, água, telefone, etc., sem-pre pagaremos independente de ter receita ou não.

CUSTOS VARIáVEIS

São todos aqueles que têm varia-ção direta com o volume vendido, ou seja, matérias primas, comissões de vendas, etc. Estas variam direta-mente na proporção das venda.

Há regras contábeis claramente definidas que devem ser obedecidas para apuração dos resultados econômicos das organizações e seus impactos na sociedade, notada-mente nas áreas fiscal, societária e tributária. No entanto, o dinamismo da sociedade moderna, exige que as organizações estejam permanentemente atentas...

Na perspectiva gerencial, o que muitas organi-zações já estão fazendo com sucesso, é abolir os conceitos de custos e ou gastos fixos, atrelando-os diretamente ao propósito do negócio, tornan-do-os variáveis, a fim de que você possa medir a “riqueza” que cada custo ou gasto esteja geran-do. Como é possível fazer isso?PFaça uma reflexão sobre o propósito do seu negócio. Qual é a finalidade e o que é neces-

sário para perenizá-lo? PAtualize a “cadeia de valor” identificando todos os macropro-

cessos com os nomes dos “donos” de cada um, bem como, “seus propósitos”. Qual é a função de cada área do negócio?PPegue a sua peça orçamentária e agrupe as contas por semelhança de nature-za. Exemplo: todos os custos/gastos ou despesas com pessoal (folha, encargos, horas extras...) em um grupo chamado “pessoal”. Faça o mesmo com as demais contas e atribua um “dono” para cada “agrupamento” criado, diferente do dono do processo;PSe você não tiver uma peça orçamentária estruturada, trabalhe com os dados contábeis disponíveis, preferencialmente dos últimos 08 a 12 meses;PPara cada conta dos grupamentos mencionados acima, estabeleça uma relação

Como transformar custos fixos em custos variáveisPor: Eng. adriano Gama filho e raimundo Sousa, msc.