nívea cordeiro 2013 princípios do direito do trabalho
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Nívea Cordeiro
2013
Princípios do
Direito do Trabalho
Princípios do
Direito do Trabalho
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UNIDADE I
10 -PRINCÍPIOS
DO DIREITO
DO TRABALHO
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Princípios são proposições fundamentais que se formam na consciência das pessoas e grupos sociais, a partir de certa realidade, e que, após formadas, direcionam-se à compreensão, reprodução ou recriação dessa realidade.
Mauricio Godinho Delgado
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Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base que irá
informar e inspirar as normas jurídicas.
`Os princípios seriam
as vigas ou alicerces que dão
sustentação ao edifício.
Assim, quais
seriam os princípios do direito
do trabalho?
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Considerando as premissas seguintes, podemos chegar a um bom resultado.
Não existe consenso entre os doutrinadores do trabalho quanto aos Princípios do Direito do Trabalho.
Cada autor ou estudioso apresenta um rol diferente. `
Por tratar fundamentalmente da pessoa trabalhador, da sua dignidade, da sua segurança, e até de sua sobrevivência, seus valores são próprios, distintos daqueles relativos aos bens materiais de que cuidam o direito comercial e o direito civil.
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É voz corrente de que o Direito (material) do Trabalho visa proteger o elo mais fraco da relação jurídica laboral (da relação de emprego).
Busca o Direito do Trabalho estabelecer um equilíbrio entre as partes no contrato de trabalho.
Procura equilibrar as desigualdades econômicas e sociais existentes entre o empregador e o trabalhador.
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O autor que melhor estudou o assunto foi o uruguaio Américo Plá Rodrigues que elenca cinco princípios como do Direito do Trabalho:
Princípio da proteção;
Princípio da irrenunciabilidade de direitos;
Princípio da continuidade da relação de emprego;
Princípio da primazia da realidade
Princípio da razoabilidade;
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Princípio da Proteção
• Tem como regra que se deve proporcionar uma forma de compensar a superioridade econômica do empregador em relação ao empregado, dando a este último uma superioridade jurídica.
• Este princípio desmembra-se em três:
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In dúbio pro operário
Na dúvida, deve-se aplicar a regra mais favorável ao trabalhador ao se analisar um preceito que encerra regra trabalhista.
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Contudo, o in dúbio pro operário não se aplica integralmente ao processo do trabalho, pois havendo dúvida, à primeira vista, não se poderia decidir a favor do trabalhador, mas verificar quem tem o ônus de prova no caso concreto, de acordo com as especificações dos artigos 333 do CPC e 818 da CLT.
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Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
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Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
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O da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador
Está implícito no caput do art. 7º da Constituição quando
prescreve:
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O da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condiçãosocial:
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O da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador
A aplicação da norma mais favorável pode ser dividida de três maneiras:
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O da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador
•
a) a elaboração da norma mais favorável, em que as novas leis devem dispor de maneira mais benéfica ao trabalhador.
Quer dizer que as novas leis devem tratar de criar regras visando à melhoria da condição social do trabalhador, como por exemplo, leis, acordos e convenções coletivas;
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O da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador
•
b) a hierarquia das normas jurídicas.
Havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica, deve-se observar a que for mais favorável ao trabalhador.
Assim, se o adicional de horas extras previsto em norma coletiva for superior ao previsto na lei ou na Constituição, deve-se aplicar o adicional da primeira;
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ADICIONAL DE HORA EXTRACLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – HORAS EXTRAS
As horas ext ras serão pagas com um adicional de 100% (cem por cento) sobre o valor do salário-horanormal .
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O da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador
•
c) interpretação da norma mais favorável: da mesma forma, havendo várias normas a observar, deve-se aplicar a regra mais benéfica ao trabalhador.
O art. 620 da CLT prescreve que:
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Art. 620. As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.
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• Ao contrário, as normas
estabelecidas em acordo
prevalecerão sobre as estipuladas
em convenção coletiva, se forem
mais favoráveis ao empregado.
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• A condição mais benéfica ao trabalhador deve
ser entendida como o fato de que vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao trabalhador, não podem ser modificadas para pior.
• É a aplicação da regra do direito adquirido do art. 5º, XXXVI da CF, do fato de o trabalhador já ter conquistado certo direito, que não pode ser modificado.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinçãode qualquer natureza, garantindo-se aos brasileirose aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
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Princípio da Irrenunciabilidade
de Direitos
• Temos como regra que os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo trabalhador.
• Não se admite, por exemplo, que o trabalhador renuncie a suas férias.
• Se tal fato ocorrer, não terá qualquer validade o ato do operário, podendo o obreiro reclama-las na Justiça do Trabalho.
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O art. 9º da CLT é claro no sentido
de que:
Art. 9º - Serão nulos de pleno
direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação
dos preceitos contidos na
presente Consolidação.
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Poderá, entretanto, o trabalhador renunciar a seus direitos se estiver em juízo, diante do juiz do trabalho, pois nesse caso não se pode dizer que o empregado esteja sendo forçado a fazê-lo.
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Estando o trabalhador ainda na empresa é que
não poderá falar em renúncia a direitos trabalhistas, pois
poderia dar ensejo a fraudes.
Em juízo, poderá o trabalhador transigir, fazendo concessões
recíprocas, o que importa um ato bilateral.
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Feita a transação em juízo, haverá a
validade em tal ato de vontade, que não
poderá ocorrer apenas na empresa,
pois, da mesma forma, há a
possibilidade da ocorrência de
fraudes.
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A transação pressupõe incerteza do direito para que possam ser feitas
concessões mútuas.
Para haver transação é preciso que exista
dúvida na relação jurídica (res dubia).
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Não se pode falar em transação
quanto ao direito às verbas
resilitórias, que são, inclusive,
irrenunciáveis pelo trabalhador.
A súmula 276 do TST mostra que o
aviso prévio é irrenunciável pelo
trabalhador.
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TST Enunciado nº. 276 - Aviso Prévio - Pedido de Dispensa de Cumprimento - Pagamento
TST Enunciado nº. 276 - Aviso Prévio - Pedido de Dispensa de Cumprimento - Pagamento
O direito ao aviso prévio é irrenunciável
pelo empregado.
O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador
de pagar o valor respectivo, salvo
comprovação de haver o prestador dos
serviços obtido novo emprego.
O direito ao aviso prévio é irrenunciável
pelo empregado.
O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador
de pagar o valor respectivo, salvo
comprovação de haver o prestador dos
serviços obtido novo emprego.
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• Inexiste transação em relação às verbas que estão sendo pagas na cessação do contrato
de trabalho por adesão ao plano de desligamento ou de aposentadoria, pois inexiste res dubia.
• Alguns direitos tem disponibilidade relativa, podendo ser alterados desde que não causem prejuízos ao empregado, (art. 468 da CLT), ou que haja expressa autorização constitucional (art. 7º, VI da CR/88), ou legal (reduzir intervalo - § 3º do art. 71 da CLT).
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• A Orientação Jurisprudencial nº. 270 da SBDI-1 do TST mostra que:
270. PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS (inserida em 27.09.2002)
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.
270. PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS (inserida em 27.09.2002)
A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo.
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Princípio da
Continuidade da
relação de
emprego
Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado, ou seja, haverá a continuidade da relação de emprego.
A exceção à regra são os contratos por prazo determinado, inclusive o contrato de trabalho temporário.
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O Enunc. 212 do TST adota esta idéia ao dizer que
“o ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de
serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui
presunção mais favorável ao
empregado”.
TST Enunciado nº 212 - Ônus da Prova - Término do Contrato de Trabalho - Princípio da Continuidade
O ônus de provar o término do contrato de
trabalho, quando negados a prestação de
serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego
constitui presunção favorável ao empregado.
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Princípio da
Primazia da
Realidade
No Direito do Trabalho os fatos são mais importantes do que os documentos.
Por exemplo, se um empregado é rotulado de autônomo pelo empregador, possuindo contrato escrito de representação comercial com o último, o que deve ser observado realmente são as condições fáticas que demonstrem a existência do contrato de trabalho.
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Princípio da
Primazia da
Realidade
Muitas vezes o empregado assina documentos sem saber o que está assinando.
Em sua admissão, pode assinar todos os papéis possíveis, desde o contrato de trabalho até seu pedido de demissão, daí a possibilidade de serem feitas provas para contrariar os documentos apresentados, que irão evidenciar realmente os fatos ocorridos na relação entre as partes.
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Princípio da
Razoabilidade
O princípio da razoabilidade
esclarece que o ser humano deve
proceder conforme a razão, de acordo como procederia qualquer homem
médio ou comum.
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• Estabelece-se, assim, um padrão comum que o homem médio teria em qualquer situação.
O empregador é que
deve fazer prova
de que a despedida foi por justa causa, pois
normalmente
o empregado
não iria dar causa
à extinção do contrato
de trabalho,
justamente porque é a forma de obter
o sustento
de sua família.
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Da mesma forma, o empregador é que deve fazer a prova de que o
empregado presta serviços embriagado, pois o homem comum
não se apresenta nessas condições.
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O mesmo se pode dizer do abandono de
emprego.
O empregado, por presunção, não tem
interesse em abandonar o emprego, visto que é dele que irá
conseguir seus proventos, com os quais sobreviverá.
![Page 42: Nívea Cordeiro 2013 Princípios do Direito do Trabalho](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051615/552fc10c497959413d8c3e7b/html5/thumbnails/42.jpg)
Assim, cabe ao empregador provar que
o empregado abandonou o emprego, pois o homem médio
não abandonaria o emprego sem nenhum
fundamento.
![Page 43: Nívea Cordeiro 2013 Princípios do Direito do Trabalho](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051615/552fc10c497959413d8c3e7b/html5/thumbnails/43.jpg)
e….. Por fim….
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Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes à venda.
"Entre 30 e 50 dólares", respondeu o dono da loja.
O menino puxou uns trocados do bolso e disse:
Cachorrinho Manco
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- "Eu só tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes?"
O dono da loja sorriu e chamou Lady, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.
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Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:
- "O que é que há com ele?"
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O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse:
- "Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!"
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O dono da loja respondeu:
- "Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente."
O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com o seu dedo apontado, disse:
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- "Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou 2,37 dólares agora e 50 centavos por mês, ate completar o preço total."
O dono da loja contestou:
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- "Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos."
![Page 51: Nívea Cordeiro 2013 Princípios do Direito do Trabalho](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022051615/552fc10c497959413d8c3e7b/html5/thumbnails/51.jpg)
Aí o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calça para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar.
Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
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- "Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso."
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Até a próxima aula!!!!