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O O O sucesso do Campeonato Brasileiro com o público no ano de 2019 já se traduz em renovações dos acordos de publicidade estática, a única pro- priedade comercial do torneio aberta para venda, para 2020. A SportPromotion, agência responsável pela negociação das placas de publici- dade estática da maioria dos clubes da Série A, confirmou que já tem acordo com oito empresas para as 14 vagas disponíveis para o ano de 2020. Essas renovações aconteceram já neste início do mês de dezembro, após o término do campeonato que teve um dos maiores engajamentos de público dos últimos anos. Segundo levantamento do Kantar Ibope Media entregue com exclusividade para a Máquina do Esporte, o Brasileirão de 2019 foi o que teve melhor média de públi- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1398 - QUARTA-FEIRA, 18 / DEZEMBRO / 2019 de dólares o bilionário David Tepper pagará para ser dono do time de futebol de Charlotte, a 30ª franquia da MLS nos EUA 325 mi Público em alta faz Brasileiro renovar cotas

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O sucesso do Campeonato Brasileiro com o público no ano de 2019 já se traduz em renovações dos acordos de publicidade estática, a única pro-priedade comercial do torneio aberta para venda, para 2020.

A SportPromotion, agência responsável pela negociação das placas de publici-dade estática da maioria dos clubes da Série A, confirmou que já tem acordo com oito empresas para as 14 vagas disponíveis para o ano de 2020. Essas renovações aconteceram já neste início do mês de dezembro, após o término do campeonato que teve um dos maiores engajamentos de público dos últimos anos.

Segundo levantamento do Kantar Ibope Media entregue com exclusividade para a Máquina do Esporte, o Brasileirão de 2019 foi o que teve melhor média de públi-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1398 - QUARTA-FEIRA, 18 / DEZEMBRO / 2019

de dólares o bilionário David Tepper pagará para ser dono do time de futebol de Charlotte, a 30ª franquia da MLS nos EUA325mi

Público em alta faz Brasileiro renovar cotas

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co nos estádios em 40 anos, um crescimento médio de audiência de quase 1 ponto na medição do Ibope e, ainda, mais de 11 milhões de interações nas redes sociais.

O aumento do interesse do público aconteceu exatamente no ano em que, pela primeira vez, os clubes se tornaram responsáveis por gerenciar a venda de placas de publicidade estática nos estádios. Em 2019, dos 20 times da Série A, apenas Athletico e Palmeiras não fecharam com a SportPromotion, que se tornou respon-sável por negociar as cotas para 90% dos jogos da Série A nesta temporada.

"O ano de 2019 foi de implementação de nosso projeto. Tivemos uma entrega muito boa, com resultados excelentes. O ano que vem promete mais uma vez ser sensacional. Estamos antenados com esse novo movimento de engajamento, de ativação e procuraremos entregar mais do que a exposição a nossos parceiros", contou Waldemar Alves, CEO da SportPromotion, em conversa com a reportagem.

Em 2019, o Brasileirão teve um aumento médio de audiência de quase 500 mil pessoas por partida. Segundo dados do Ibope, cada jogo do torneio foi visto por cerca de 7,3 milhões de pessoas. Em 2018, a média foi de 6,9 milhões por partida.Além disso, o campeonato levou aos estádios 21.230 torcedores por jogo, a maior média do torneio desde 1983. No campo virtual, o crescimento também foi recor-de. Os 20 clubes da Série A somaram mais de 18 milhões de inscritos em seus ca-nais digitais e geraram 11,2 milhões de conversas sobre o torneio nas redes sociais.

"O ano de 2019 será lembrado por ter tido recorde de público nos estádios, recordes de audiência na TV, recorde de patrocínios e recorde de comentários nas mídias sociais", completou José Colagrossi, diretor executivo do Ibope Repucom.

R E A L M A D R I D C R I A A S S I N AT U R A N O

FA C E B O O K

N I K E FA Z E V E N T O PA R A C E L E B R A R 2 5 A N O S C O M R 9

O Real Madrid decidiu seguir os passos do Barcelona e anunciou que, assim como o rival, terá um serviço de assinatura de conteúdo exclusivo por meio do canal do clube no Facebook.

O "Nação Madridista" terá um pa-cote mensal que custará €2,49 e trará conteúdos exclusivos para o torcedor, além de permitir a participação dele em grupos privados sobre o clube.

A ideia do Real, com isso, é mon-etizar em cima de uma base de 110 milhões de seguidores que o clube pos-sui dentro da rede social. O anúncio mostra uma tendência de fechar con-teúdo na Europa. O Liverpool adotou essa mesma tática, mas no YouTube.

A Nike promoveu um evento em sua sede no Brasil para celebrar os 25 anos de parceria com Ronaldo. O acordo é o mais antigo da marca americana no futebol e foi iniciado em 1994, ano em que o então menino Ron-aldinho foi campeão mundial com a seleção aos 17 anos.

Ronaldo ganhou um modelo da Mercurial custom-izado com momentos icônicos de quando jogou pela seleção brasileira e pelo Corinthians, além de um tênis Air Force 1 nas cores da chuteira usada na Copa de 1998.

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O P I N I Ã O

Flamengo explicita peso que tem a crise

O Flamengo está a um dia da glória máxima de um clube de futebol. Mas, na home do Uol Esporte, o destaque da quinta-feira (19) era a tragédia do Ninho do Urubu, ocorrida no início deste ano. As mães

das vítimas declararam que se sentiam abandonadas e que sofriam com as conquistas recentes do Flamengo. É uma clara consequência da péssima gestão de crise realizada pelo clube carioca no início do ano, uma prática comum entre as equipes nacionais.

É muito fácil imaginar o cenário caso o clube tivesse feito um trabalho mais interessante. Caso tivessem sido bem atendidos, os familiares poderiam estar hoje no Catar, com o time, em uma grande homenagem aos garotos. Era só ter recorrido ao básico da chamada 'ética estratégica', mas o clube os fez se sentirem abandonados, e a voz deles se tornou jornalisticamente relevante nesse momento glorioso do Flamengo.

Quando o Ninho do Urubu pegou fogo em fevereiro e dez garotos faleceram, o Flamengo ignorou qualquer manual de boas práticas da comunicação. Demorou para se posicionar, não foi transparente durante as investigações, terceirizou a cul-pa e esteve longe dos familiares das víti-mas. Isso em uma temporada em que a equipe investiu quase R$ 200 milhões em novas contratações de jogadores.

Lidar mal com crises de imagem está longe de ser uma exclusividade de clubes

de futebol. Em 2015, por exemplo, a Samarco virou anticase nas relações públicas pelos erros cometidos após o rompimento da barragem de Mariana. A companhia, que pertence à Vale do Rio Doce, claramente não estava preparada para uma tragédia do tipo. E, mesmo em casos pequenos, não é incomum empresas derraparem.

No esporte, especialmente no futebol, os casos são corriqueiros: toda vez que algo sai da linha esperada, os times se atrapalham. Foi assim com o Corinthians, na morte do torcedor boliviano em 2013, ou simplesmente quando um profissional pede para sair, como foi a demissão do técnico Tiago Nunes do Athletico Paranaense.

Crises de imagem são imprevisíveis e inesperadas, mas existe um padrão para li-dar com elas. Exige-se planejamento e um plano bem definido para diversas situações; improviso é sempre o pior caminho. No início do ano, o Flamengo estava com uma nova presidência, o que mostra a importância de uma equipe profissional indepen-dente da política. Num mundo tão profissionalizado, não cabem ruídos desnecessá-rios pela simples falta de um processo interno básico de qualquer grande empresa.

Clubes cometem erros básicos na

comunicação de marca e geram ruídos

desnecessários até nas vitórias

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Colônia procura China após falas de ex-presidente

A Fórmula E assinou um con-trato com a banda pop sul-coreana BTS para ser embaixador global da categoria e promover os benefícios dos veículos elétricos no mundo.

O acordo coincide com a real-ização da primeira corrida de Fór-mula E na Coréia do Sul em 2020, em acordo que vale por cinco anos.

“Em parceria com o BTS, ampli-aremos nosso propósito de acelerar a adoção de veículos elétricos para um público jovem global", disse Ja-mie Reigle, CEO da Fórmula E.

Orlando Bloom, Diane Kruger e Leonardo DiCaprio já foram usados como embaixadores da Fórmula E em outros anos, com o propósito de incentivar o uso de carros elétricos.

F Ó R M U L A E F E C H A C O M G R U P O D E P O P C O R E A N O

A transmissão de Monterrey e Liverpool, pela semifinal do Mundial

de Clubes conseguiu alcançar uma audiência de 4 milhões de pessoas no

Sportv, que exibiu o jogo ao vivo com exclusividade para a TV.

A partida alcançou 10,4 pontos no Ibope entre os domicílios com TV

paga, um aumento de 1.000% em relação ao que o Sportv costuma ter

de audiência nesse período.O canal só perdeu para Globo,

SBT e Record em audiência.

SEMIF INAL DO MUNDIAL TEVE 4 MILHÕES DE

PESSOAS NO SPORTV

POR REDAÇÃO

O Colônia, da Alemanha, está tentando contornar uma crise com a China surgida após declarações dadas pelo membro do conselho e ex-presidente do clube, Stefan Müller-Römer, de que o Colônia desistiu de abrir uma escola de futebol em solo chinês por conta da ditadura dentro do país asiático:

"Ganhar dinheiro a qualquer custo não é uma opção para mim. Como organização sem fins lucrativos, socialmente ati-va, não podemos apoiar uma ditadura tão brutal e totalitá-ria", afirmou Römer ao diário Kölner Stadt-Anzeiger.

As declarações causaram efeito imediato na China, que pagaria US$ 2 milhões ao clube para montar a escolinha e país com quem o Colônia tem relações desde 2016, quando foi assinado um termo de cooperação com o Liaoning FC, o primeiro de um time alemão no país. Assim, o presidente do Colônia, Werner Wolf, saiu em defesa da relação com o país.

"Decidimos não continuar o projeto com a academia de futebol de Shenyang devido à atual situação esportiva. Isso é em relação aos recursos e às nossas prioridades. Outras for-mas de possível cooperação, como o patrocínio de empresas chinesas, não foram descartadas. A resposta de Stefan Mül-ler-Römer foi sua opinião pessoal e não representa a posição oficial do Colônia, que defende seu valor democrático e o diálogo internacional", disse Wolf em nota oficial do clube.

O Colônia atravessa uma crise dentro e fora de campo. O clube, que luta contra o rebaixamento em campo, trocou de presidente em setembro após a renúncia do antecessor.

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A queda da Chapecoense para a Série B do Campeonato Brasileiro foi ali-viada com a antecipação da renovação do contrato de patrocínio da mar-ca de alimentos Aurora com o time catarinense. O acordo foi selado em

reunião do Conselho Deliberativo do clube e foi encarado, pela própria empresa, como uma espécie de "auxílio" para a Chapecoense nessa retomada em campo.

"Nós antecipamos a renovação para que as outras empresas vejam que, se a Aurora está junto, elas podem ajudar também. Manteremos os mesmos valores do ano passado. Mesmo com o clube tendo passado da Série A para a Série B, não mudaremos nada. Porque Chapecoense e Aurora estão umbilicalmente juntas. É da comunidade. É daqui de Chapecó", declarou Mário Lanznaster, presidente da empresa, que desde 2007 patrocina o clube e há dois anos está no espaço máster.

A relação entre clube e patrocinador se intensificou após o acidente com o time que disputaria a final da Copa Sul-Americana de 2016. Na ocasião, a Aurora foi a marca que aumentou o valor que pagaria pelo patrocínio, tanto que com isso ela passou a ser o patrocinador máster da Chapecoense no lugar da Caixa.

"Sabemos o que vai representar, no dia a dia, ter o nome Aurora estampado na nossa camisa. É motivo de orgulho, de satisfação e alegria. Mas, acima de tudo, de credibilidade. É um voto de confiança que a Aurora deu em mais esse momento difícil da história da Chapecoense", disse Paulo Magro, presidente do clube.

Com a ida à Série B, a Chapecoense tenta agora equilibrar as finanças para voltar à elite do futebol nacional. Esse foi o primeiro rebaixamento do clube desde 2009, quando entrou na Série D do Brasileiro e iniciou a subida até a elite, em 2014.

Por 'exemplo', Aurora renova com Chape

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POR REDAÇÃO