nº 10 | ano 1 | belÉm, julho de 2008

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Novos laços comerciais Metso firma parceria com UFPA e agrega conhecimento à formação acadêmica. Página 3 Ô Mais de 130 empresas participaram da Rodada de Negócios com as maiores compradoras do Pará, promovida pelo Programa de Desenvolvimento de For- necedores (PDF) em parceria com o SE- BRAE, no dia 11 de julho, durante a Fei- ra do Empreendedor, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O coordenador do PDF, David Leal, destacou que a presença dos partici- pantes no evento “é a oportunidade de fornecedores e compradores estabele- cerem uma relação comercial corpo- a-corpo”. Na avaliação de Hildegardo Nunes, superintendente do SEBRAE- Pará, “a Rodada foi um dos diferen- ciais desta edição da Feira do Empre- endedor, para proporcionar a interação entre grandes e pequenas empresas”. Com tempo máximo de 15 minu- tos, os encontros foram concorridos. O gerente comercial da compradora Oya- mota, Roberto Marinho, avaliou que a Rodada facilita as negociações. “Es- tamos fazendo captação de contatos e vamos direcioná-los para as áreas competentes da empresa”, disse. Alexandre Forman, do setor de Su- primentos da Globe Metais, disse que a empresa fez um levantamento de 1.700 itens estratégicos e requisitados com re- gularidade, que devem ser adquiridos prioritariamente junto a fornecedores do Pará. “Nosso interesse é convidar os Empresa lucra e preserva o meio ambiente com reciclagem de pneus. Página 4 Ô Informativo mensal do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Nº 10 | ANO 1 | BELÉM, JULHO DE 2008 Rodada de Negócios reúne mais de 130 empresas do Pará e de outros Estados. Fornecedores locais e compradoras ampliam contatos e comemoram bons resultados. Empresários trocam informações durante a Rodada de Negócios: relação comercial corpo-a-corpo Ô participantes desta Rodada para uma to- mada de preço desses materiais, estrei- tando a relação com essas empresas.” VARIEDADE - Além das tradicionais compradoras paraenses, a Rodada teve a participação de empresas de outros Estados que se preparam para inves- tir no Pará. É o caso da multinacional Metso, que trabalha com equipamen- tos para a área de mineração. “Quere- mos atrair fornecedores que aluguem equipamentos de caldeiraria e monta- gem e empresas que forneçam mão-de- obra. Já engatilhamos contatos fortes para negociar”, comentou o empresário Carlos Antonio Petravicius, da Metso. Para o consultor comercial Elisio Maia, da Comercial Rio Pará, “essas rodadas deveriam ocorrer com mais freqüência, porque ganham os fornece- dores e as compradoras”, declarou.

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Rodada de Negócios reúne mais de 130 empresas do Pará e de outros Estados. Fornecedores locais e compradoras ampliam contatos e comemoram bons resultados. Metso firma parceria com UFPA e agrega conhecimento à formação acadêmica. Estudo avalia participação de empresas paraenses nos grandes projetos e aponta meios de crescimento no mercado Programa oferece estágios nas instalações da empresa, em Sorocaba (SP), e ciclo de palestra a universitários

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Novos laços comerciais

Metso firma parceria com UFPA e agrega conhecimento à formação acadêmica.

Página 3 Ô

Mais de 130 empresas participaram da Rodada de Negócios com as maiores compradoras do Pará, promovida pelo Programa de Desenvolvimento de For-necedores (PDF) em parceria com o SE-BRAE, no dia 11 de julho, durante a Fei-ra do Empreendedor, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

O coordenador do PDF, David Leal, destacou que a presença dos partici-pantes no evento “é a oportunidade de fornecedores e compradores estabele-cerem uma relação comercial corpo-a-corpo”. Na avaliação de Hildegardo Nunes, superintendente do SEBRAE-Pará, “a Rodada foi um dos diferen-ciais desta edição da Feira do Empre-endedor, para proporcionar a interação entre grandes e pequenas empresas”.

Com tempo máximo de 15 minu-tos, os encontros foram concorridos. O gerente comercial da compradora Oya-mota, Roberto Marinho, avaliou que a Rodada facilita as negociações. “Es-tamos fazendo captação de contatos e vamos direcioná-los para as áreas competentes da empresa”, disse.

Alexandre Forman, do setor de Su-primentos da Globe Metais, disse que a empresa fez um levantamento de 1.700 itens estratégicos e requisitados com re-gularidade, que devem ser adquiridos prioritariamente junto a fornecedores do Pará. “Nosso interesse é convidar os

Empresa lucra e preserva o meio ambiente com reciclagem de pneus.

Página 4 Ô

Informativo mensal do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores

Nº 10 | ANO 1 | BELÉM, JULHO DE 2008

Rodada de Negócios reúne mais de 130 empresas do Pará e de outros Estados. Fornecedores locais e compradoras ampliam contatos e comemoram bons resultados.

Empresários trocam informações durante a Rodada de Negócios: relação comercial corpo-a-corpo Ô

participantes desta Rodada para uma to-mada de preço desses materiais, estrei-tando a relação com essas empresas.”

VARIEDADE - Além das tradicionais compradoras paraenses, a Rodada teve a participação de empresas de outros Estados que se preparam para inves-tir no Pará. É o caso da multinacional Metso, que trabalha com equipamen-tos para a área de mineração. “Quere-

mos atrair fornecedores que aluguem equipamentos de caldeiraria e monta-gem e empresas que forneçam mão-de-obra. Já engatilhamos contatos fortes para negociar”, comentou o empresário Carlos Antonio Petravicius, da Metso.

Para o consultor comercial Elisio Maia, da Comercial Rio Pará, “essas rodadas deveriam ocorrer com mais freqüência, porque ganham os fornece-dores e as compradoras”, declarou.

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Primeira indústria metalúrgica

de grande porte instalada no Pará, há mais de 20 anos, a Albras teve dificuldades, no início de sua opera-ção, para contratar mão-de-obra es-pecializada e de fornecedores confor-me suas demandas. Por causa desse pioneirismo, teve que buscar fora do Estado os recursos que necessitava.

Atuando para alterar esse cená-rio, a Albras investiu forte na qua-lificação profissional, em convênios com instituições especializadas e no desenvolvimento permanente de sua equipe. Hoje somos um time onde 80,2% são paraenses, cons-truindo uma empresa que é referên-cia nacional em gestão empresarial e uma das duas melhores empresas para se trabalhar em todo o Brasil, segundo as revistas Exame/Você S.A, além de ter ganho o prêmio maior em gestão empresarial no Brasil: o Prêmio Nacional da Qua-lidade (PNQ).

Essa motivação pioneira também levou a Albras a aderir, na primeira hora, ao Programa de Desenvolvi-mento de Fornecedores (PDF), na certeza de realizar seu compromisso e de participar efetivamente do de-senvolvimento da nossa região.

A Albras vê no PDF, especial-mente diante das imensas riquezas do Pará, uma oportunidade para desenvolver e criar novos fornece-dores locais. Trata-se de um pro-grama que agrega valor aos negó-cios da mineração, da indústria e da economia como um todo, abrin-do espaço para a verticalização do setor mineral. Hoje, a Albras realiza 61,9% de suas compras e contrata-ção de serviços no Pará, totalizando mais de R$ 150 milhões.

Luis Jorge NunesDiretor Industrial da Albras

Criar oportunidades de negócios para as empresas paraenses nas compras de bens e serviços dos grandes projetos em operação, expansão ou instalação no Pará, e, assim, gerar emprego e renda no Estado. Os objetivos do Programa de De-senvolvimento de Fornecedores do Pará (PDF), coordenado pela Fiepa, são ava-liados e mensurados a cada ano por meio do Relatório de Atividades e Metas.

O relatório foi criado para informar os parceiros do Programa sobre as prin-cipais ações realizadas durante o ano e apresentar resultados e metas para o ano seguinte. Mais do que simples-mente informar, o documento se trans-formou em uma ferramenta importante para o desenvolvimento das empre-sas, com indicativos do potencial para novos negócios nas regiões do Estado.

“O relatório do PDF mostra a cada ano a participação das em-presas paraenses nos grandes projetos e serve também como um indicador para investimentos futuros. O documento demonstra a competência do Programa de De-senvolvimento dos Fornecedores na questão da capacitação e certificação das empresas”, ressalta o presidente da Fiepa, José Conrado Santos.

A empresária Elza Martins, que atua nas empresas Amazon Ferro e Amazô-nia Ferro e Aço, de materiais de cons-trução, comenta que já consultou o re-latório de metas do PDF. “O documento tem boas orientações para o fornecedor. Acho o relatório interessante”, diz.

O representante comercial Rui Ribei-ro Filho, da Advance Tintas, uma das empresas cadastradas no PDF, avalia que “as informações disponibilizadas pelo PDF mostram indicadores de onde

há maior potencial para investir, com oportunidades de negócios. Assim, te-mos como planejar e desenvolver nossas ações com resultados mais rápidos.”

A mineração continua sendo o princi-pal vetor de desenvolvimento de negócios e oportunidades. “Entre compras de roti-nas e de investimentos, o relatório per-mite verificar que o setor de mineração, juntamente com a indústria de transfor-mação mineral, foi responsável por R$ 2,3 bilhões em compras de fornecedores locais e por empregar 47 mil pessoas no estado em 2007”, destaca André Reis,

coordenador regional do IBRAM (Institu-to Brasileiro de Mineração).

Segundo ele, o Pará responde, em média, por 36% dos fornecimentos aos grandes projetos. “Este número certa-mente aumentará diante dos US$ 20 bilhões em novos investimentos em mi-neração que virão até 2012. Cabe às empresas locais abraçarem as oportu-nidades que surgem, ao PDF capacitá-las e ao IBRAM apoiar esta iniciativa”, avalia André Reis.

Relatório vira ferramentade desenvolvimento regional

OPiNiãO Ì

Estudo avalia participação de empresas paraenses nos grandesprojetos e aponta meios de crescimento no mercado

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NOtAs Ì

FóRum DE CompEtItIVIDADEFoi realizada no dia 18 de junho,

no Hangar - Feiras e Convenções da Amazônia, a segunda reunião do Fó-rum Paraense de Competitividade, com a presença da governadora do Estado, Ana Júlia Carepa. O coorde-nador geral do PDF, David Leal, par-ticipou da reunião. Os representantes dos setores produtivos apresentaram suas dificuldades e propuseram solu-ções para os entraves ao desenvolvi-mento do Pará. Os grupos de trabalho do fórum voltarão a se reunir nos pró-ximos meses.

ExposIbRAmEm novembro, acontecerá em Be-

lém a Exposibram, a maior Feira de Mineração do país. As empresas ca-dastradas no PDF têm prioridade na aquisição de estandes para mostrar seus produtos e serviços. Até agora, 18 já garantiram o espaço na feira. Realizado pelo IBRAM, com apoio da Fiepa e Governo do Estado, o evento vai reunir cerca de 120 expositores em um espaço de 4 mil m².

VIsItAsEm junho, os consultores do PDF

estiveram na região de Carajás para continuar as ações do programa em parceria com a Associação Comercial de Breu Branco e Tucuruí, além de visitar a Globe Metais. Os consultores também estiveram no encontro de ne-gócios em Barcarena, com fornecedo-res locais e as mantenedoras Imerys, Albras e Alunorte. No pólo Tapajós, os consultores participaram da audi-ência pública promovida pela Minera-ção Rio do Norte e se reuniram com as Associações Comerciais de Óbidos, Santarém, Terra Santa Juruti e Porto Trombetas, com destaque para o iní-cio do segundo módulo do curso de gestão empresarial em Oriximiná.

O programa de palestras técnicas e minicursos para os universitários terá continuidade em 2008 Ô

Formar uma parceria empresarial vai muito além da junção de duas ou mais empresas para buscar um negó-cio em comum ou o aumento do lucro. Uma parceria empresarial pode trazer benefícios para a sociedade, suscitar talentos e a possibilidade de compar-tilhar conhecimento. A Metso Minerals, empresa apoiadora do PDF, já tem tra-balhado em parceria com o setor metal-mecânico da região e contribuído para o desenvolvimento e inovação tecnológica em gestão, processos e fabricação. Mas a empresa foi além disso. Em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Metso oferece um programa que agrega conhecimento à formação acadêmica do curso de Engenharia de Minas e Materiais de Marabá.

“É um Valor Metso participar do crescimento da comunidade onde atua. Firmamos a parceria justamente onde havia um local propício para troca de conhecimentos, a universidade”, afirma Vera Lúcia Ferreira, gerente de recursos Humanos Services da Metso. A empre-

sa foi à UFPA e conheceu as expecta-tivas do programa acadêmico para sa-ber as necessidades dos estudantes. Na seqüência, a universidade conheceu a empresa através dos professores Deníl-son Costa e Edmarino Hildebrand, co-ordenadores do curso.

A troca de conhecimentos firmou uma parceria sólida: estudantes da UFPA estagiam na empresa, em Soro-caba (SP), e os acadêmicos de Enge-nharia de Minas e Materiais de Marabá participam de um ciclo de palestras mi-nistradas por engenheiros da Metso. A empresa deu continuidade em 2008 ao ciclo de palestras e estágios.

O PDF tem feito, constantemente, aproximação das empresas detentoras de tecnologia com as empresas locais através dos encontros de negócios. Re-centemente, o PDF visitou a sede da Metso em Socoraba (SP) com empresá-rios e promoveu uma reunião em Belém com o responsável mundial do setor de serviços para discutir o aumento das parcerias com as empresas locais.

Parceria entre Metso eUFPA beneficia estudantes

Programa oferece estágios nas instalações da empresa,em Sorocaba (SP), e ciclo de palestra a universitários

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CERtIFICAçãoPara finalizar o proces-

so de certificação da par-ceria Procem-SEBRAE, será promovido um even-to em agosto, na Fiepa. Na ocasião, serão certi-ficadas as empresas Co-pem, Metamil e Iconbel. Além da certificação, o evento terá uma palestra de motivação da parceria Procem-IEL. As fornece-doras, grandes empresas e sindicatos estão convi-dados para o evento.

tRombEtAsSerá realizado na se-

gunda quinzena de agosto, no município de Trombe-tas, o Encontro de Negó-cios com empresários da região. O evento, organiza-do pela MRN, objetiva veri-ficar a demanda de serviços e compra de bens, além de prospectar novos fornecedo-res locais. No mesmo perío-do, está previsto o início da turma de gestão empresa-rial, com expectativa de par-ticipação de 70 empresários da região.

ELAboRAção DE pRopostAs

No mês de agosto, será ministrado pela professo-ra Marcia Athayde o Curso de Elaboração de Propos-tas. A programação prevê aulas nas cidades de Bar-carena, Belém e Parago-minas. A cada dia haverá turmas com capacidade para 30 pessoas. O curso busca melhorar o proces-so de contratação entre fornecedores e as grandes empresas.

Uma das principais oportunidades de ne-gócios reveladas por estudos feitos pelo

PDF para o período de 2008 a 2012 é o re-aproveitamento de resíduos, com grandes possibilidades de crescimento na região. Este mercado está sendo bem aproveitado pela Reciclel. Há 12 anos, Leonardo Campos viu que poderia montar seu primeiro negócio a partir da reciclagem de pneus. Ele apostou na idéia, e hoje desenvolve na empresa uma atividade com bom retorno financeiro e que é ambientalmente correta.

A lucratividade do empreendimento está relacionada à total reutilização do pneu. Segundo Leonardo, a reciclagem do pneu convencional – usado em auto-móveis - tem 100% de aproveitamento, podendo ser transformado em solados de sapato, pisos comerciais e esportivos, condicionamento do solo e em processos de asfaltamento. “O pó que sobra da tri-turação do pneu é transformado em piso e também é vendido”, confirma.

Além de contribuir para a manutenção do meio ambiente, retirando da natureza pneus que não estão mais sendo utiliza-

dos, a atividade da Reciclel em Parauape-bas, que gera 20 empregos diretos e 70 indiretos por ano, é favorecida pela proxi-midade com o fornecedor, o que possibili-ta o diferencial da empresa: produzir peças com rapidez e preços baixos. “Produzimos uma peça que custa U$ 1.750 e demora 60 dias para chegar ao cliente se compra-da fora do Estado. E nós vendemos a mes-ma peça por R$ 250, que pode chegar ao comprador em duas horas”, explica.

Outro diferencial é a utilização de pe-ças de pneus e correias transportadoras para a produção de peças que são utili-zadas no processo produtivo das minera-doras, como calços e amortecedores. “A atividade cresceu quando uma máquina da Vale quebrou, a 1301, alguém indicou minha empresa para fazer o concerto do equipamento. Eu fiz o reparo em um cur-to tempo”, declara Leonardo.

No Brasil, são produzidos 45 milhões de pneus por ano e desse total só 10% são reciclados. A reutilização do pneu é diversificada devido à sua composição ter tempo de vida indeterminado.

AgENDA Ì

PDF iNFORMA é produzido pela temple Comunicação. Contatos: (91) 4009-4970 :: (91) 4009-4973 / [email protected] / www.fornecedoresdopara.com.brO PDF é um programa mantido pelas empresas Albras, Alcoa, Alunorte, Celpa, Vale, Globe Metais, Imerys RCC, Mineração Onça Puma, Mineração Rio do Norte, CADAM-PPSA e Schincariol. O programa também conta com o apoio das empresas Hap Vida, Grupo Alubar, Makro Engenharia, U&M, Tracbel, Will, MMX e ICEC.

Reciclagem de pneus gera bons negócios em ParauapebasO que antes era lixo e poluía o meio ambiente é reaproveitado pela Reciclel e se transforma em produtos beneficiados.