nobre, ana l. casa do butantã

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    vitruvius | arquitextos 086.01 vitruvius.com.b

    como citar

    NOBRE, Ana Luiza. Um em dois. As casas do Butant, de Paulo Mendes da Rocha. , SoArquitextosPaulo, ano 08, n. 086.01, Vitruvius, jul. 2007.

    Sobre a casa que fez para si no bairro do Butant, em So Paulo, Paulo Mendes da Rocha disse ter sidoela pensada como um ensaio de peas pr-fabricadas (1). A estrutura modulada, o detalhamentomnimo (um s caixilho para todas as aberturas, por exemplo), o sistema estrutural simples e rigoroso,com apenas quatro pilares, duas vigas mestras e lajes nervuradas, foram citados pelo arquiteto comondices de uma racionalidade que se procurou imprimir ao projeto, num momento em que a discussosobre a pr-fabricao ganhava amplitude no Brasil.

    A casa foi projetada em 1964 e concluda em 1966. Sua construo acompanhou o acirramento do climapoltico no pas e deu-se em meio a uma discusso sobre o processo de industrializao brasileira que sealargou na esteira das obras de Braslia, de par com a acelerao da expanso urbana (2) e a disputa

    entre diferentes modelos de desenvolvimento para o pas. Dentre os problemas que ento se colocavampara os arquitetos brasileiros estava o desafio de testar solues projetuais capazes de permitir um saltodecisivo para a construo em massa de uma arquitetura de qualidade. Da o investimento em pesquisastecnolgicas, a busca de solues econmicas, a nfase na organizao do canteiro e a preocupaopoltica e programtica com a habitao de baixa renda, temas centrais de um debate que, mesmoquando forado por uma orientao mais ideolgica que tcnica, conduziu a um repertrio significativo deexperincias arquitetnicas com as quais a residncia Paulo Mendes da Rocha a princpio se alinha.

    Logo nos damos conta, porm, que o feixe de questes que atravessa tal produo projetual aquiacolhido seletivamente e elaborado de maneira muito pessoal. A comear pelo fato de estarmos diante de

    um projeto e duas casas: duas casas iguais (com variaes mnimas em termos de planta), construdasem lotes contguos e simultaneamente, para o arquiteto e sua irm. Ao contrrio, portanto, do quepodemos ser levados a crer pelas leituras que insistem em tratar a casa no singular (3), e pelas imagensda obra que costumam ser publicadas uma s planta, um s lote, e fotos que privilegiam a visada daesquina e captam quase to-somente uma casa - o projeto no se esgota num evento nico. E nestesentido, ele de fato est longe de se mostrar indiferente a um pensamento sobre a produo industrial quvinha h cerca de uma dcada forando uma abertura no meio de arte no Brasil.

    Convm examinar com cuidado esse ponto, que tem seguidamente escapado s leituras dessa obra. Nose pretende pr de lado, com isso, uma relao mais freqentemente apontada entre as casas do Butante a Villa Savoye, de Le Corbusier: em ambos os casos, pode-se destacar o procedimento de sustentaode um prisma puro sobre o solo, pensado sob o modelo da geometria planar do sistema euclidiano e porprincpio avesso hierarquizao das fachadas. Ou o permetro regular da planta e o paralelismo entreplanos (paredes/divisrias, piso/cobertura), dos quais irrompem aqui e ali elementos de carter funcional,valorizados plasticamente. Ou ainda a concepo de forma auto-sustentada, gerada a partir de umquadrado em planta que seguir sendo declinado na obra de Mendes da Rocha (4).

    Entretanto evidente que a alvura intrinsecamente clssica da casa corbuseriana contrariada, em PaulMendes da Rocha, pela substncia do concreto aparente, que se deixa encardir pelo tempo. E tampoucoencontraremos neste projeto, como em Poissy, um prisma votado externamente contemplao; nascasas do Butant este ideal ser revertido pelo negrume do concreto, como que num desafio ao nexo, po

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    princpio problemtico, entre plano e matria. Conta tambm, claro, a maneira como o objeto construdoatua sobre o terreno; em funo do rebaixamento do trreo em relao ao nvel da rua, o volume de fatoparece comprimir o perfil original do terreno, do qual dista no mais que poucos centmetros.

    Se tomada sob certo ponto de vista, portanto, a referncia Savoye pode mais obstruir que esclarecer.Ainda que se possa dizer que ambas guardam do clssico uma aspirao permanncia, aquiradicalizada na opo por equipamentos fixos, de concreto (bancadas, estantes, armrios, camas, sof),que substituem boa parte das peas de mobilirio habitualmente encontradas no interior de uma casa.Trabalha-se assim contra a acomodao a certos hbitos do morar, ou segundo o arquiteto, contra as

    idiossincrasias da vida muito carregada de decoro burgus (5). Ou seja, sob certo ponto de vistapermanece em questo a negao do carter nostlgico e da pobreza de experincia do burguintrieurcarregado dos vestgios daquele que o habita (6). Mas alm disso chama-se ateno para a crescentevulgarizao do design i.e., a dissoluo do iderio reformista que est na sua origem e seuconseqente rebaixamento a mero produto de consumo (e vale lembrar as crticas ao design que j seavolumavam no momento em que a casa construda) (7).

    Neste sentido, a radicalidade da experincia da casa de Paulo Mendes da Rocha pode ser consideradaum exerccio de resistncia contra um ambiente esclerosado - to necessrio, quem sabe, quanto aortodoxia concreta o fora no meio da arte, diante da complacncia e do sentimentalismo dominantes no

    Brasil (8) do final dos anos 50. Afinal, at certo ponto o projeto atua numa seqncia de esforos voltadoscontra os esquemas convencionais de representao correspondentes, no meio da poesia, unidaderitmo-formal do verso, e no meio das artes visuais, janela renascentista.

    Mas tambm no se pode esquecer que as casas surgem bem em frente a uma casa bandeirante dosculo XVII. E justo no contexto de urbanizao de um dos bairros residenciais projetados pela Cia.Cityem So Paulo, na primeira metade do sc XX, segundo o padro urbanstico das cidades-jardinsbritnicas (caracterizado por ruas de traados irregulares e bem arborizadas, com casas soltas nos lotes)H que se destacar ainda uma tendncia, quela altura razoavelmente forte e generalizada entre osarquitetos mais atuantes em So Paulo, de lutar pela reinveno do habitar urbano, entendendo a casa

    como ncleo gerador da cidade (veja-se, por exemplo, a res. Perseu Pereira, de Joaquim Guedes, ou ares. Elza Berqu, de Vilanova Artigas). No caso das casas do Butant, se a planta repassa o esquematripartido e a organizao setorial (zonas social, ntima e de servio) consolidada na arquitetura residencioitocentista, no lhe falta coragem para contestar o padro residencial da elite paulistana que ia seacomodando nos loteamentos elegantes da City (Jardim Amrica, Alto da Lapa, Pacaembu, Butant...).Basta atentarmos para a dissoluo das circulaes intermedirias e a ausncia de janelas nos quartos,por exemplo, expresso mais evidente de uma proposta reformista que, sem abrir mo do programa tpicode uma famlia extensa (casal e seis filhos), busca uma subverso radical dos excessos tpicos dasresidncias da burguesia paulistana. No que por isso se deva entender uma economia em termos derea; a casa, na verdade, tem 5 dormitrios e cerca de 250 m2 de rea construda, em terreno de 760 m2

    Antes que postular uma noo de economia enquadrvel nas pesquisas acerca da habitao mnima, contra os permetros recortados, os telhados em movimento, a incontida variao de materiais ainda emvigor nas casas erguidas nos loteamentos da City (9) que sobressai o carter compacto, anti-pitoresco,anti-retrico mesmo destas duas casas. E vem a ser especialmente relevante, nesse sentido, a deciso dprojetar duas casas gmeas: no podemos deixar de ver a uma provocao ao prprio modelourbanstico das , que havia consagrado a casa isolada e nica em contraposio s casasgarden-citiesgeminadas e em srie - aquela valorizada como smbolo de status, estas rejeitadas como expresso dahabitao operria.

    Desnecessrio assinalar que na obra em questo o embate com as convenes ligadas ao espao domorar indissocivel da liberdade assegurada ao arquiteto no exerccio de projetar a sua prpria casa.

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    Por um lado, pesam sobre a figura do cliente relaes de parentesco prximo, por outro, o projetobeneficia-se da ausncia de presses por parte de um mercado comercial com o qual a arquiteturaresidencial paulistana se ver cada vez mais confrontada. Por isso talvez se possa estranhar o severodespojamento dessa casa, a aridez do concreto aparente, o rigoroso controle das aberturas para oexterior sua intolerncia ao senso comum, enfim. Mas o projeto surpreende sobretudo por seu grau deinsubmisso ao usurio, de quem se exige que esteja altura dessa casa, onde as paredes param a meiaaltura, os mveis so imveis e a zona ntima ocupa o centro da planta (em posio mais reservada emrelao ao exterior, mas tambm obrigatoriamente mais partcipe da vida familiar, com todos os seusconstrangimentos).

    Ao carter impositivo deste projeto corresponde, pois, em primeiro lugar, um inconformismo frente acostumes e hbitos de conforto fundamentalmente solidrios a um sistema social que confere privilgioaos interesses individuais, em detrimento do convvio comunitrio. Mas o recurso aos equipamentos fixosse revela um lance duplo, na medida em que implica tambm um enfrentamento decisivo da planta livre,flexvel, e porque no, mediante seu reverso: a irreversibilidade do concreto armado. Como este materialpermite a fuso entre estrutura, vedao e equipamentos, a casa pode ser fundida, afinal, como um todomonoltico, coeso e inaltervel, ao qual no se permite expanso, adaptao, adio ou subtrao dequalquer parte. Sua duplicao possvel, claro, mas desde que esse todo seja repetido ou seja,moldado novamente, segundo o mesmo processo construtivo e se possvel com a mesma mo-de-obra,

    ou pelo menos com mos igualmente capazes de transformar tbuas de pinho na mais delicadamarcenaria para frmas de concreto.

    Se o projeto supe, portanto, um pensamento sobre a produo seriada, ele no deixa de apresentarsuspeitas em relao a esse pensamento, sobretudo tendo em vista as condies ambguas que esseencontra no Brasil. Ainda que operando num campo limitado (o da casa), o projeto no deixa de sepronunciar com firmeza contra o sacrifcio de valores individuais, ou qualitativos, por valores quantitativosou de massa. E ao faz-lo, ele nos convoca a uma distino fundamental entre reprodutibilidade tcnica erepetio artesanal ou, nos termos sugeridos por Sophia Telles, entre a pressuposio de um standardindustrial e a preservao de um que tende a se acabar (10). evidente, em todo caso, que a casaethos

    tal como construda, no se permite decompor em elementos construtivos e desse modo, como poderiaencaixar-se na cadeia de produo industrial? No seria o prprio processo de construo melhor,moldagem da casa, contraditrio com o pensamento serial para o qual esta, em sua duplicidade, parecese dispor?

    Pelo tratamento aparentemente neutro das superfcies de concreto j possvel identificar uma artesaniaincomum em nossa cultura construtiva e no deve admirar que a obra tenha sido conduzida pelas mosde um ex-marmorista de origem italiana (11) (quase um arteso, no sentido que lhe cabe no contextoeuropeu). E nada mais revelador, nesse sentido, que a prpria textura do concreto aparente, em que saltaaos olhos a habilidade manual imprescindvel execuo das frmas e concretagem das placas de

    apenas 3 cm de espessura usadas como painis divisrios e vedao. Deve-se considerar, alm disso,que esta foi a primeira de uma seqncia de casas em concreto aparente executadas pela construtoraCenpla em So Paulo (dentre as quais podemos citar a Res. do arquiteto Marcos Acayaba e a Res.Clemenes Dias Batista, de Rodrigo Lefvre). Da o processo de tipo que aqui se impe, etrial and errorque s possvel revelia de qualquer presso de ordem econmica ou demanda por produtividade.Segundo Denise Solot, o projeto compreendeu mais de 100 pranchas de detalhes (12). E no entanto evidente que nem tudo se resolve no ato de projetar, posto que se abre uma grande margem para aexperimentao e o imprevisto no canteiro. No mais, a diagramao das superfcies em virtude dajustaposio cuidadosa das tbuas de madeira, o alinhamento milimtrico das vigas e as arestas vivas

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    das placas de concreto, tudo apela para nossa sensibilidade e parece contribuir para por em evidnciaadmirvel processo de confeco dessas casas, bem como o incontestvel componente irracional daconstruo no Brasil.

    Se tomadas como um ensaio, portanto, as casas do Butant de certo modo encontram desdobramentona Casa Gerassi, projetada no final dos anos 80 pelo mesmo arquiteto, com elementos pr-fabricados deconcreto montados a seco no canteiro, com auxlio de gruas, em apenas 3 dias. Porm a Casa Gerassicompreende uma espcie de inverso dos termos implicados nas casas irms do Butant: se nestas oprocedimento artesanal parece contraditrio com a sua duplicao, naquela empregam-se elementos

    estruturais (vigas e pilares) produzidos em instalaes industriais e segundo padres definidos emcatlogo, porm redimensionados pelo arquiteto e fabricados especialmente para ele, tendo em vista arealizao de uma obra nica (13).

    Talvez estejamos ento diante de dois procedimentos surgidos de uma mesma reflexo acerca do embatda lgica do sistema de produo industrial com o ambiente cultural brasileiro. Ambos os projetos, afinal,reagem com alguma suspeio e no sem uma fina ironia - equao arte-indstria tal como colocadapela vertente bauhausiana e levada ao extremo pelo cientificismo ulmiano. E s isso j demonstra umarara sensibilidade para uma crise que outros arquitetos no Brasil preferiram recalcar, mesmo diante daoperao de tensionamento dos limites da racionalidade construtiva posta em jogo no muito antes pelo

    neoconcretismo, em sua reivindicao por uma maior liberdade de expresso e subjetividade diante dorigor da produo concreta.

    Operando, enfim, entre o pressuposto mecanicista implicado na operao industrial e o plano afetivointimamente associado a toda artesania, o projeto de Mendes da Rocha para as casas do Butantinterroga um processo de racionalizao que, ao se cruzar com um esforo de superao dosubdesenvolvimento do pas, tendeu a se confundir com uma nfase na industrializao da construo,limitando-se praticamente a apontar a pr-fabricao como alternativa para a construo convencional.Afinal, o fato da casa ter sido duplicada no significa que ela tenha sido pensada como mltiplo o queimplicaria, antes de mais nada, uma concepo de forma processual, uma operao a partir de elemento

    cujo valor de forma s pode ser encontrado na repetio. Mas a casa tampouco foi pensada como objetonico o que implicaria o rebaixamento de uma casa (a cpia ou reproduo) em relao outra (ooriginal ou autntico). No em termos de autenticidade, em todo caso, que devemos considerar esseprojeto. Mas tampouco podemos associ-lo a uma serialidade supostamente capaz de substituir ousuperar a existncia nica da obra, por mais que essa possa ser reproduzvel (como de resto a obra dearte talvez sempre tenha sido, conforme sugere Benjamin) (14). Quem sabe a questo crucial no estejajustamente a, na interrogao que esse projeto lana simultaneamente s noes de uno e mltiplo, cujolimites, longe de se dissolverem, se reapresentam como objeto de crtica.

    notas

    1Depoimento de Paulo Mendes da Rocha a Luis Espallargas Gimenez. in: PIN, Helio. Paulo Mendes daRocha. So Paulo, Romano Guerra, 2002. p.24.

    2Segundo dados censitrios, a populao total do pas passa de 41 milhes em 1940 para 94,5 milhes em1970. Neste perodo, a populao urbana, que em 1940 era de 12,8 milhes (31,2% no total) passa para32 milhes em 1960 e 58 milhes em 1970 (55,2%). Cf. BRUNA, Paulo. Arquitetura, industrializao edesenvolvimento. So Paulo, Perspectiva, 2002. p. 104.

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    Veja-se, por exemplo, ACAYABA, Marlene. Residncias em So Paulo (1947-75). So Paulo, Projeto,1986; e PIN, Helio. Op. cit..

    4Para uma leitura do purismo geomtrico na obra de Paulo Mendes da Rocha, ver SOLOT, Denise. Apaixo do incio na arquitetura de Paulo Mendes da Rocha. Dissertao de mestrado. Rio de Janeiro,PUC-Rio, 1997.

    5

    Depoimento de Paulo Mendes da Rocha a Luis Espallargas Gimenez. In: PIN, Helio. Op. cit..

    6Ver BENJAMIN, Walter. Experincia e pobreza. In: Magia e Tcnica, Arte e Poltica. So paulo,Brasiliense, 1994. pp. 114-119. Para uma boa discusso sobre a concepo moderna de habitao particularmente em sua verso germnica veja-se Dal Co, Francesco. Dwelling and the Places ofModernity. in: Dal Co, F. Figures of Architecture and Thought. German Architecture Culture, 1880-1920.New York, Rizzoli, 1990. pp.12-81.

    7

    Veja-se em especial os escritos de Giulio Carlo Argan: ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e destino. So Paulotica, 2000; e Prlogo. In: MALDONADO, Toms. El diseo industrial reconsiderado. Barcelona,Gustavo Gilli, 1977, p.7-9.

    8Entrevista de Augusto de Campos Folha de So Paulo, 16.set.2006.

    9Ver WOLFF, Silvia Ferreira Santos. Jardim Amrica. O primeiro bairro-jardim de So Paulo e suaarquitetura. So Paulo, Edusp, 2001.

    10Questo levantada em seminrio no Departamento de Histria na PUC-Rio, set. 2005.

    11Cf depoimento do engenheiro Osmar Penteado, fundador da Cenpla, a Ana Luiza Nobre (em visita obraout. 2006).

    12SOLOT, Denise. Op.cit.

    13As alteraes foram definidas em conjunto pelo arquiteto, os engenheiros calculistas (Claudio Puga eSiguer Mitsutani) e a Reago, uma das principais empresas de pr-fabricados de concreto no pas esubsidiria da construtora Camargo Corra. Segundo o arquiteto Alejandre Delijaicov, colaborador dePaulo Mendes da Rocha no projeto da casa, o redimensionamento dos elementos estruturais deu-se emfuno do projeto estrutural e de consideraes acerca do transporte das peas. Assim, foram produzidosconsoles tipo gerber maiores que o padro da Reago, o que possibilitou a reduo do comprimento e daaltura das vigas. Foi mantida, no entanto, a modulao adotada pelo fabricante, de cujo catlogo foitambm extrado o detalhe padro para apoio dos painis alveolares sobre peas metlicas (email doarquiteto a Ana Luiza Nobre, em 20 nov. 2006).

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    14BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade tcnica. In: BENJAMIN, Walter.Magia e tcnica, arte e poltica. So Paulo, Brasiliense, 1994.

    sobre o autor

    Ana Luiza Nobre arquiteta e professsora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio.

    086.05

    Com a luz do nordeste. A arquitetura de Vital M. T. Pessa de Melo

    Clara Reynaldo

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