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Colégio Técnico
São Bento
Noções de Primeiros
Socorros
Colégio Técnico São Bento - Av. XV de Novembro, 413 - Vl. Romanópolis - Ferraz de Vasconcelos - SP 08500-405 TEL.: 4676-7593 / 4678-5508 - www.colegiotecnicosaobento.com.br
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Apresentação
Toda pessoa que estiver realizando o atendimento de primeiros socorros deve,
antes de tudo, atentar-se para a sua própria segurança.
O impulso de ajudar a outras pessoas não justifica a tomada de atitudes
inconsequentes, que acabem transformando-o em mais uma vítima.
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de
primeiros socorros. Para isso, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e
mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante
o atendimento.
Objetivos
Conhecer os principais aspectos do comportamento e da conduta de um profissional
de saúde que presta um atendimento de primeiros socorros.
Conhecer os aspectos legais do socorro, conhecer as 4 fases do socorro e saber
realizar um exame primário e um secundário.
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Sumário
Capítulo 1 - Introdução aos primeiros socorros .......................................................... 5
1.1 Conceitos aplicados aos primeiros socorros ..................................................... 6
1.2 Aspectos legais do socorro a vitima .................................................................. 6
1.2.1 Omissão de Socorro ................................................................................... 6
1.2.2 Direitos da Pessoa que Estiver Sendo Atendida ......................................... 7
Capitulo 2 - Atendimento ........................................................................................... 9
2.1 As fases do atendimento durante o socorro a vitima ....................................... 10
2.2 Solicitação de Auxílio ...................................................................................... 11
2.3 Sinalização ..................................................................................................... 11
2.4 Atendimento .................................................................................................... 11
2.5 Sinais vitais e sinais diagnósticos ................................................................... 13
2.5.1 Pulso ........................................................................................................ 13
2.5.2 Respiração ............................................................................................... 14
2.5.3 Pressão arterial......................................................................................... 14
2.5.4 Temperatura ............................................................................................. 15
2.5.5 Pupilas ...................................................................................................... 16
2.5.6 Coloração da pele ..................................................................................... 17
2.5.7 Estado de consciência .............................................................................. 17
2.5.8 Capacidade de Movimentação.................................................................. 17
2.5.9 Reação a Dor ........................................................................................... 18
2.6 Remoção do Acidentado ................................................................................. 18
2.6.1 Antes da Remoção ................................................................................... 18
2.6.2 Como proceder em cada tipo de vítima .................................................... 19
Capitulo 3 - Tipos de ocorrências I ........................................................................... 22
3.1 Hemorragia ..................................................................................................... 23
3.1.1 Classificação Anatômica ........................................................................... 23
3.1.2 Classificação clínica ................................................................................. 24
3.2 Queimaduras .................................................................................................. 26
3.2.1 Intermação ................................................................................................ 28
3.2.2 Queimaduras químicas ............................................................................. 29
3.2.3 Primeiros socorros em queimaduras......................................................... 29
3.2.4 Queimaduras elétricas .............................................................................. 30
3.3 Desmaio ......................................................................................................... 32
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3.4 Convulsão ....................................................................................................... 33
3.4.1 O que fazer em uma convulsão? .............................................................. 34
3.6 Estado de Choque .......................................................................................... 34
3.6.1 Tipos de estado de choque ....................................................................... 34
3.6.2 Como se manifesta ................................................................................... 35
3.6.3 Como proceder ......................................................................................... 35
3.7 Intoxicação e envenenamento ........................................................................ 37
3.8 Mordidas de animais peçonhentos .................................................................. 38
Capitulo 4 - Tipos de Ocorrências II ......................................................................... 41
4.1 Ferimentos ...................................................................................................... 42
4.2 Fraturas – Luxações - Entorses ...................................................................... 45
4.2.1 Fraturas .................................................................................................... 45
4.3 Luxações ........................................................................................................ 48
4.4 Entorses ......................................................................................................... 49
4.5 Técnicas de imobilização ................................................................................ 50
4.6 Traumas de Crânio, Tórax e Coluna ............................................................... 50
Capitulo 5 - Tipos de Ocorrências III ........................................................................ 55
5.1 Parada cardiorrespiratória ............................................................................... 56
5.1.1 Identificação de PCR ................................................................................ 57
5.1.2 Limitações da Ressuscitação cardiorrespiratória ...................................... 59
5.1.3 Posicionamento para a Ressuscitação cardiorrespiratória do acidentado . 59
5.1.4 Posicionamento para a Ressuscitação cardiorrespiratória Da pessoa que
está socorrendo ................................................................................................. 60
5.1.5 Reanimação RCP ..................................................................................... 60
5.1.6 As complicações mais comuns produzidas por manobras inadequadas de
RCP ................................................................................................................... 61
5.2 Engasgamento ................................................................................................ 62
5.3 Parto de Emergência ...................................................................................... 64
5.3.1 Identificação do parto iminente ................................................................. 64
5.3.2 Procedimentos gerais ............................................................................... 64
5.3.3 Procedimentos específicos ....................................................................... 65
2. Referências .......................................................................................................... 68
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Capítulo 1 - Introdução aos primeiros socorros
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1.1 Conceitos aplicados aos primeiros socorros
Primeiros Socorros: Os primeiros socorros ocorrem por meio da aplicação
de técnicas básicas tendo por finalidade manter as funções vitais da vítima, e
geralmente são prestados ainda no local da ocorrência, no entanto, “uma das
chaves de sucesso no socorro, é ter certeza que sua "ajuda" não irá piorar o
problema.
Triagem: Processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a
capacidade de resposta da equipe de socorro - acidentes com múltiplas vítimas.
Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um sistema de
prioridades, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior
número possível de vítimas.
Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a
portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais
amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro.
Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O
tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu
encaminhamento deve ser o mais curto possível.
Emergência: O termo emergência identifica situações que necessitam de
cuidados especializados imediatos, para evitar a morte de um indivíduo ou
complicações graves.
Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam
de atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas
ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.
Sinais: É a informação obtida a partir da observação da vítima.
Sintomas: É informação a partir de um relato da vítima sobre queixas.
1.2 Aspectos legais do socorro a vitima
1.2.1 Omissão de Socorro
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
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abandonada ou extraviada, ou à pessoa invalida ou ferida, em desamparo ou em
grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
Pena: detenção de 01 (um) a 06 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único: a pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.
Importante: o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a
pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar,
já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro. Pesquisas apontam que a
principal causa de óbitos fora de ambientes hospitalares é resultante de falta de
atendimento imediato e a segunda causa é o socorro inadequado, pois cada
acidente é diferente do outro, por isso deve receber atendimento de acordo com a
situação da vítima e devido à ausência ou inadequação do atendimento muitos
acidentados chegam a unidade hospitalar quase sem chances de recuperação, o
que poderia ser evitado se recebesse o socorro precoce.
1.2.2 Direitos da Pessoa que Estiver Sendo Atendida
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de
recusar o atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles
estiverem conscientes e com clareza de pensamento.
Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como: crenças religiosas ou falta
de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos,
a vítima não pode ser forçada a receber os Primeiros Socorros, devendo assim
certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a
vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança. Caso a vítima esteja impedida de
falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca, por exemplo, mas
demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma negativa
com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder da
seguinte maneira:
Não discuta com a vítima;
Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em
crenças religiosas;
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Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus
direitos;
Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em
Primeiros Socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas
que está pronto para auxiliá-la no que for necessário;
Arrume testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima;
No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela
mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da
chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível,
arrumar testemunhas que comprovem o fato.
O consentimento para o atendimento de Primeiros Socorros pode ser formal,
quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o
prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado a vítima de que
possui treinamento em Primeiros Socorros, ou implícito, quando a vítima esteja
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou
sinalizar consentimento com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a
vítima daria o consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de
receber o atendimento de primeiros socorros.
O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes
envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do
mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou
responsáveis, caso estivessem presentes no local.
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Capitulo 2 - Atendimento
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2.1 As fases do atendimento durante o socorro a vitima
A primeira avaliação do acidente tem como constatar e minimizar os
problemas que colocam a vida da vítima em risco, principalmente os que dizem
respeito às vias respiratórias e circulação todo processo deve ser rápido e,
organizado e eficiente para a garantia da vida da vítima, segundo o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por isso, quem vai prestar socorro, precisa
ao menos ter noção da sequência dos procedimentos a serem procedido, saber
identificar a situação do acidentado, o tempo de ação e pausa de cada massagem,
entre outros fatores.
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que
possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos Primeiros Socorros. Se houver
algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.
Nesta fase, verifica-se também a provável causa do acidente, o número de vítimas e
a gravidade das mesmas e todas as outras informações que possam ser úteis para a
notificação do acidente. Proceda da seguinte forma:
Mantenha a vítima deitada, posição confortável, até certificar-se de que a
lesão não tem gravidade;
Investigue particularmente a existência de hemorragia, envenenamento,
parada respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
Dê prioridade ao atendimento aos casos de hemorragia abundante,
inconsciência, parada cardiorrespiratória, estado de choque e envenenamento, pois
exigem SOCORRO IMEDIATO:
Verifique se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo
nariz, PENSE em fratura de crânio;
Não dê líquido a pessoas inconscientes;
Recolha, em caso de amputação, à parte seccionada, envolva-a em um pano
limpo para entrega IMEDIATA ao médico;
Certifique-se de que qualquer providência a ser tomada não venha a agravar
o estado da vítima;
Chame o médico ou transporte à vítima, SE NECESSÁRIO.
Inspire confiança – EVITE O PÂNICO
Comunique a ocorrência à autoridade policial local.
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Forneça as seguintes informações:
Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
2.2 Solicitação de Auxílio
Solicite se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro
especializado comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a
gravidade das mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas
informações você terá obtido anteriormente, durante a de avaliação do ambiente.
2.3 Sinalização
Efetuar sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência
de novos acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer objeto que
chame a atenção de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes
recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique sinalizando a certa distância.
2.4 Atendimento
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer.
Manter o autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima.
Procure expressar segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que
estiver prestando os Primeiros Socorros deve realizar dois exames básicos: exame
primário e exame secundário.
O exame primário consiste em verificar:
Consciência;
Respiração;
Pulso;
Se as vias aéreas estão desobstruídas.
Este exame deve ser feito imediatamente. Se a vítima não estiver respirando,
mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme
o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o
procedimento.
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O Exame Secundário consiste na verificação de:
Nível de consciência;
Escala de Coma de Glasgow.
Avaliar os 5 sinais vitais:
Pulso;
Respiração;
Pressão arterial (PA), quando possível;
Temperatura;
Dor.
Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:
Tamanho das pupilas (Midríase: quando dilatadas; Mióse: quando
contraídas);
Enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades);
Cor da pele.
Realizar o exame físico na vítima:
Pescoço;
Cabeça;
Tórax;
Abdômen;
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Pelve;
Membros inferiores;
Membros superiores;
Dorso.
O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a
respiração.
2.5 Sinais vitais e sinais diagnósticos
Toda lesão ou doença tem formas peculiares de se manifestar e isso pode
ajudá-lo no diagnóstico da vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os
sinais e os sintomas.
Alguns são bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar
despercebidos, a menos que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos
pés (avaliação secundária).
Os sinais são detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos
(visão, tato, audição, olfato) durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão
incluem sangramento, edema, aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais
de doenças que são mais comuns são pele pálida ou avermelhada, suor
temperatura elevada e pulso rápido.
Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever.
Pode ser necessário que o socorrista faça perguntas para definir a presença ou
ausência de sintomas.
Pergunte à vítima consciente onde exatamente sente dor; examine a região
indicada procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se de que a
dor intensa numa região pode mascarrar outra enfermidade mais séria embora
menos dolorosa. Além da dor, outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico,
incluem náuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-estar.
2.5.1 Pulso
É uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo
das artérias. A frequência comum do pulso em adultos é de 60 a 100 batimentos por
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minuto; a frequência do pulso nas crianças em geral é superior a 80 batimentos por
minuto.
O pulso é palpável em qualquer área onde uma artéria passe sobre uma
proeminência óssea ou se localize próxima à pele.
As alterações na frequência e volume do pulso representam dados
importantes no socorro pré-hospitalar. Um pulso rápido, fraco, geralmente é
resultado de um estado de choque por perda sanguínea. A ausência de pulso pode
significar um vaso sanguíneo bloqueado ou lesado, ou que não há batimento
cardíaco.
2.5.2 Respiração
A respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A frequência pode variar
bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto.
Respiração e ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e
expirar o ar.
Ocasionalmente, podem-se fazer deduções a partir do odor da respiração,
como por exemplo, a respiração de quem ingeriu bebida alcoólica. No estado de
choque observam-se respirações rápidas e superficiais. Uma respiração profunda,
difícil e com esforço pode indicar uma obstrução nas vias aéreas, doença cardíaca
ou pulmonar.
2.5.3 Pressão arterial
É a pressão que o sangue circulante exerce sobre as paredes internas das
artérias. Uma vez que na pessoa normal o sistema arterial é um sistema fechado,
Pulso Radial Pulso Carotídeo
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ligado a uma bomba e completamente cheia com sangue, as mudanças na pressão
sanguínea indicam mudanças no volume do sangue, na capacidade dos vasos ou
ainda, na capacidade do coração em funcionar como bomba.
A pressão arterial é registrada em níveis sistólicos (alto) e diastólicos (baixo).
A leitura da pressão é feita em milímetros (mm) de mercúrio (Hg).
A pressão arterial é determinada por um aparelho conhecido como
esfigmomanômetro, que é usado em conjunto com o estetoscópio.
A pressão arterial de um adulto é geralmente, de 120 x 80 mm Hg.
A pressão arterial pode cair acentuadamente nos estados de choque, após
uma hemorragia grave, após um infarto do miocárdio (IAM).
2.5.4 Temperatura
A pele é responsável, em grande parte, pela regulação desta temperatura,
irradiando o calor através dos vasos sanguíneos subcutâneos e evaporando água
sob forma de suor.
A temperatura normal do corpo é de 37°C, Limites normais: 36.1º - 37.2ºCa
pele fria e úmida é indicativo de uma resposta do sistema nervoso simpático a um
traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio
geralmente produz uma pele fria e seca. Uma pele quente e seca pode ser causada
por febre, em uma doença, ou ser o resultado de uma exposição excessiva ao calor,
como na insolação.
Esfigmomanômetro Estetoscópio
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2.5.5 Pupilas
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos
regulares; pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em
drogas (chamada de Mióse). As pupilas indicam o estado de relaxamento ou
inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada
cardíaca.
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de
crânio ou acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente dilatadas
e não respondem a luz.
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2.5.6 Coloração da pele
A cor da pele depende primeiramente da presença de sangue circulante nos
vasos sanguíneos subcutâneos.
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas
em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (chamada de cianose) é
observada na insuficiência cardíaca, na obstrução das vias aéreas, e também em
alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos
estágios do envenenamento
2.5.7 Estado de consciência
Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos estímulos
verbais e físicos. Qualquer alteração desde estado pode ser indicativa de doença ou
trauma.
O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na
avaliação do sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar desde
leve confusão mental por embriaguez, até coma profundo, como resultado de uma
lesão craniana ou envenenamento.
2.5.8 Capacidade de Movimentação
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como
paralisia e pode ser o resultado de uma doença ou traumatismo.
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A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um
acidente, pode ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do
pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros
inferiores pode indicar uma lesão medular abaixo do pescoço.
A paralisia de um lado do corpo, incluindo face, pode ocorrer como resultado
de uma hemorragia ou coágulo intra-cefálico (Acidente Vascular Cerebral).
2.5.9 Reação a Dor
A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão,
geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto,
ocasionalmente o movimento é mantido, e a vítima se queixa apenas de perda da
sensibilidade ou dormência nas extremidades.
É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de
provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado não
agrave o trauma inicial.
2.6 Remoção do Acidentado
A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer
da pessoa prestadora de Primeiros Socorros o máximo de cuidado e correto
desempenho.
2.6.1 Antes da Remoção
TENTE controlar a hemorragia com compressão ( em caso de hemorragia);
INICIE a respiração de socorro (em caso de parada respiratória);
EXECUTE a massagem cardíaca externa (quando a vítima estiver sem
pulso);
IMOBILIZE as fraturas com talas próprias ou improvisadas;
EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.
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Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente
empregados: maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou de recursos
improvisados:
Ajuda de pessoas;
Cadeira;
Tábua;
Cobertor;
Porta ou outro material disponível.
2.6.2 Como proceder em cada tipo de vítima
2.6.2.1 Vítima consciente e podendo andar
Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.
2.6.2.2 Vítima consciente não podendo andar
Transporte à vítima utilizando os recursos aqui demonstrados, em casos de:
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Fratura, luxações e entorses de pé.
Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
2.6.2.3 Vítima inconsciente:
Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa
Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas
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2.6.2.4 Vítima consciente ou inconsciente
Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material
semelhante:
2.6.2.5 Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de
Fraturas de Coluna e Pelve
Utilize uma superfície dura - porta ou tábua (maca improvisada).
Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do
local encontrado até a maca, movimente o acidentado como um bloc.
2.6.2.6 Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura
de Coluna Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal
Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;
IMPORTANTE:
EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;
PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao
acidentado, movendo-o o MENOS POSSÍVEL.
SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na
remoção de acidentado grave.
NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e
a MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.
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Capitulo 3 - Tipos de ocorrências I
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3.1 Hemorragia
É o extravasamento de sangue dos vasos, veias ou artérias, sendo
normalmente durante a menstruação. As hemorragias podem ser internas ou
externas, espontâneas ou provocadas (nos ferimentos), suas causas podem
encontrar-se tanto em lesões da parede vascular de natureza inflamatória,
traumática ou tumoral.
3.1.1 Classificação Anatômica
Arterial - Hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo;
Venosa - O sangue sai lento e contínuo na cor vermelho escuro.
Capilar - O sangue sai lentamente por vasos menores. A cor é menos viva que na
hemorragia arterial.
As hemorragias são divididas em duas classes:
1ª Classe: perda aproximadamente de até 15% da volemia;
2ª Classe: perda de 15% a 30% da volemia.
A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante.
Normalmente o volume de sangue correspondente a 7% do peso corporal no adulto.
ARTERIAL VENOSA CAPILAR
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Por exemplo, um homem de 70 Kg tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na
criança o volume é 8 a 9 % do peso corporal.
Obs.: no obeso considera-se o peso ideal, cuidado para não evoluir para choque
hemorrágico.
As metas do tratamento de emergência são controlar o sangramento, manter
um volume sanguíneo circulante adequado para a oxigenação circular e evitar o
choque. As vítimas que sofrem de hemorragia estão em risco de parada cardíaca
causada pela hipovolemia.
3.1.2 Classificação clínica
A hemorragia poderá ser externa ou interna.
Hemorragia Externa: Ocorre devido a ferimentos abertos.
Hemorragia interna: Geralmente não é visível, porém é bastante grave, pois
pode provocar choque e levar a vítima a morte.
3.1.2.1 Hemorragia interna
Se a vítima não mostra sinais externos de sangramento mais existe
bradicardia, pressão arterial decrescente, sede, apreensão, pele fria e úmida, ou
enchimento capital retardado, suspeita-se de hemorragia interna.
Suspeitar quando existe:
Acidente por desaceleração;
Ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no
tórax e abdômen;
Sinais e sintomas:
Pulso rápido e fraco;
Palidez da pele e mucosas;
Sudorese profunda;
Pele fria e úmida;
Pressão arterial decrescente;
Sede.
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Tratamento Pré-hospitalar
Avaliação da cena (193);
Avalie a consciência;
Abra as VA e observe a respiração e a circulação;
Exponha o local do ferimento;
Controle a hemorragia;
Previna ou trate o estado de choque;
Afrouxe roupas apertadas;
Esteja preparado para o vômito;
Não dê nada de comer ou beber.
Sequência no atendimento:
Deitar a Vítima;
Se não houver contraindicação, elevar os membros inferiores;
Verificar V.R.C.N. (vias aéreas, respiração, circulação, sistema nervoso);
Transportar a vítima ao hospital.
3.1.2.2 Hemorragia externa
A hemorragia externa, visível ao exame primário do paciente, deve ser
prontamente controlada pela pressão direta sobre o local do sangramento em
ferimentos superficiais.
Nos ferimentos profundos com hemorragia devemos tomar as seguintes
medidas:
Sequência no atendimento:
Deitar a Vítima;
Cobrir o ferimento com gaze ou pano limpo;
Pressionar o local com firmeza;
Se o ferimento for aos membros, elevar o membro ferido;
Caso não haja controle, pressionar diretamente as artérias que nutrem o
membro afetado (axila no MS ou femoral no MI) nos locais os quais elas se
situam logo abaixo da pele;
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Evitar o uso de torniquete, pois pode levar a amputação cirurgia do membro
se não for afrouxado corretamente e no tempo certo;
Transportar a vítima para o hospital.
3.1.2.3 Hemorragia nasal (Epistaxe)
É causada pela ruptura dos vasos da mucosa nasal que pode ser produzida
por traumatismos, hipertensão arterial, uso de anticoagulante, fatores ambientais
como excesso de sol, etc. acontece frequentemente, porque o nariz é muito
vascularizado.
Nestes casos, devemos colocar a vítima com a cabeça inclinada para frente,
deixando-a nesta posição por 5 minutos e fazendo compressão com os dedos nas
narinas. Caso a hemorragia não cesse com esta manobra, o paciente deve ser
conduzido a um hospital.
3.2 Queimaduras
As queimaduras são lesões decorrentes de agentes (tais como a energia
térmica, química ou elétrica) capazes de produzir calor excessivo que danifica os
tecidos corporais e acarreta a morte celular. Tais agravos podem ser classificados
como queimaduras de primeiro grau, de segundo grau ou de terceiro grau.
Para se classificar a queimadura de acordo com a sua extensão existem
vários métodos, porém seu aprendizado requer muita prática. Para o socorrista é
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suficiente observar que quanto maior a extensão da queimadura maior risco de vida
vítima estará correndo.
De acordo com a profundidade, as queimaduras podem ter a seguinte graduação:
1. PRIMEIRO GRAU: atinge somente a epiderme; a pele apresenta hiperemia;
edema e há ardor no local;
2. SEGUNDO GRAU: Atinge a epiderme estendendo-se até a derme. A pele
apresenta flictenas dor local intensa, hiperemia e edema (podem ser superficiais ou
profundas);
3. TERCEIRO GRAU: Atinge epiderme, a derme e a hipoderme, e muitas vezes a
bainha muscular. Por afetar os nervos, é menos dolorosa, porém muito graves pela
dificuldade de regeneração do tecido lesado que apresenta deformidade,
requerendo a realização de enxerto.
OBS: A queimadura não é obrigatoriamente uniforme! Podem ocorrer nos diversos
graus e ao mesmo tempo.
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De acordo com a extensão, a queimadura pode ser:
Área pequena: é quando atinge menos que 10% do corpo (menos áreas
nobres, como rosto, a genitália e mucosas - esses casos são graves);
Área grande: é quando atinge mais de 10% do corpo.
3.2.1 Intermação
Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmido e
não arejados.
Como se manifesta:
Dor de cabeça e náuseas.
Palidez acentuada.
Sudorese (transpiração excessiva).
Pulso rápido e fraco.
Temperatura corporal elevada.
Câimbra no abdômen ou nas pernas.
Inconsciência.
Como proceder:
Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as vestes da vítima.
Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do corpo.
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3.2.2 Queimaduras químicas
As queimaduras químicas na pele, olhos ou boca resultam, na maioria das
vezes, pelo contato com ácidos ou bases fortes. Primeiros socorros nas
queimaduras químicas remover todas as roupas contaminadas; lavar de imediato a
zona queimada, com água fria abundante (através de chuveiro, mangueira, baldes
ou de torneira). Continuar a lavar durante, no mínimo, 5 minutos; aliviar a dor através
da utilização de compressas húmidas e frias. Cobrir a zona queimada com um penso
de compressas humedecido com soro fisiológico ou água; deslocar a pessoa ferida
ao Serviço de Urgência mais próximo, independentemente do tamanho da área
queimada.
3.2.3 Primeiros socorros em queimaduras
Interrompa imediatamente o efeito do calor (utilize água fria, não use água
gelada, ou utilize um lençol para apagar as chamas no corpo da vítima).
Em caso de acidentes com queimaduras promovidas por corrente elétrica,
não toque na vítima até que se desligue a energia. Tome cuidado com os fios soltos
e água no chão. Observe se há parada respiratória, em caso afirmativo proceda com
a respiração de socorro. Transporte imediatamente à vítima para o hospital.
Faça a avaliação primária da vítima. Identifique qual o tipo, grau e extensão
da queimadura. A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao
manuseá-la e evite ao máximo contaminá-la.
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Retire pulseiras, joias, relógios, roupas que não estejam grudadas na pele da
vítima.
Caso a queimadura seja de 1º grau, retire a pessoa do sol, utilize substâncias
refrescantes como produtos para aliviar a dor e faça a administração por via oral de
líquidos.
Caso a queimadura seja de 2º ou de 3º graus, lembre-se de cobrir a área
queimada com gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa.
Mantenha o curativo molhado usando recipientes de soro ou água limpa até
levar a vítima ao hospital.
NÃO fure as flictenas (bolhas)!
NÃO utilize manteiga, creme dental, gelo, óleo, banha, café na queimadura.
Remova a pessoa para o hospital caso a queimadura seja muito extensa, ou
seja, de 2º ou 3º graus.
Como proceder
Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as vestes da vítima.
Mantenha o acidentado em repouso e recostado, aplique compressas geladas ou
banho frio se possível. Procure o hospital mais próximo.
3.2.4 Queimaduras elétricas
Ao falarmos em riscos eléctricos para as pessoas, temos de ter muito
presentes dois conceitos fundamentais:
Eletrocussão - um choque eléctrico que origina um acidente mortal
Eletrização - um choque eléctrico que não causa um acidente mortal, mas
que pode originar outro tipo de acidentes, com consequências que podem ser mais
ou menos graves.
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3.2.4.1 Primeiros socorros em casos de eletrização
Retirar a ficha da tomada, para cortar a energia.
Se não for possível alcançar a tomada, desligar o quadro geral;
Não utilizar o interruptor dos eletrodomésticos, uma vez que a causa do
acidente pode ter sido uma avaria no próprio interruptor;
Em casos em que não é possível interromper o abastecimento de
eletricidade, colocar debaixo dos pés material isolante (por exemplo, uma
camada de jornais) e afastar da fonte de energia os membros da vítima com
um cabo de vassoura ou uma cadeira de madeira (nunca empregar objetos
húmidos ou metálicos);
Caso não seja possível cumprir o ponto anterior, passar uma corda ou um
pano seco à volta dos pés da vítima, ou por baixo dos seus braços, e puxá-la;
Não tocar na vítima com as mãos, já que também será afetado pela corrente
eléctrica, caso está ainda esteja ligada;
Se a vítima estiver inconsciente, colocá-la na Posição Lateral de Segurança;
Sempre que a vítima perder a consciência, sofrer queimaduras ou se sentir
mal, deslocá-la ao Serviço de Urgência mais próximo (deverá informar os
serviços de emergência sobre a duração em que a vítima esteve exposta à
ação da corrente eléctrica).
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3.3 Desmaio
O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular,
fazendo com que o paciente caia no chão. Pode ser causado por vários fatores,
como a subnutrição, o cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por
nervosismo, angústia e emoções fortes, além de ser intercorrência de muitas outras
doenças.
Identificação
Tontura;
Sensação de mal-estar;
Pele fria, pálida e úmida;
Suor frio;
Perda da consciência.
Tratamento
Diante de um indivíduo que sofreu desmaio, devemos proceder da seguinte
maneira:
Arejar o ambiente;
Afrouxar as roupas da vítima;
Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas;
Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima.
Posição Lateral de Segurança
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3.4 Convulsão
Convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca
movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência.
As convulsões acontecem quando há uma excitação da camada externa do cérebro.
As convulsões podem ocorrer como eventos isolados, como quando são induzidas
por febre alta, abstinência de álcool ou drogas. A convulsão febril é o distúrbio
convulsivo mais comum na infância. Isso acontece devido a rápida elevação da
febre.
Acomete de 2 a 5% das crianças até cinco anos de idade. Normalmente não
deixa sequelas, raramente ocorre mais de três vezes e desaparece após os cinco
anos de idade. A crise convulsiva é generalizada quando há movimentos de braços
e pernas, desvio dos olhos e liberação dos esfíncteres associada à perda da
consciência. É denominada focal simples, quando as contrações acontecem em um
membro do corpo (braço ou perna) e não fazem com que a pessoa perca a
consciência. Se houver perda da consciência associada à contração de apenas um
membro, dá-se o nome de "focal complexa".
As convulsões generalizadas podem ser subdivididas em:
De ausência: geralmente ocorrem em crianças. Como o nome implica, a
pessoa fica ausente do mundo consciente por um breve período.
Clônicas: causam convulsões ou movimentos involuntários em ambos os
lados do corpo.
Mioclônicas: envolvem o movimento involuntário parte superior do corpo e dos
membros.
Tônicas: resultam na contração súbita dos músculos. Essas convulsões são
mais comuns durante o sono.
Atônicas: envolvem a perda do controle muscular, fazendo a pessoa desmaiar
ou cair.
Tônico-clônicas: envolvem uma combinação dos sintomas das convulsões
tônicas e clônicas.
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3.4.1 O que fazer em uma convulsão?
Vire o indivíduo de lado para evitar que ele se engasgue, porque durante uma
convulsão a pessoa saliva muita;
Não tente colocar nada e nem abrir aa boca do indivíduo;
Colocar uma almofada sob a cabeça;
Afrouxar as roupas apertadas;
Afastar objetos que possam machucar a pessoas que está tendo convulsão;
Não tentar segurar a pessoa durante o episódio de convulsão, deixar que a
convulsão termine;
Fique com a pessoa até que a convulsão termine e tenha paciência enquanto
ela se recupera.
Caso a pessoa demore para se recuperar, ligue para 192 (se estiver em casa)
ou 193 (se estiver na rua).
3.6 Estado de Choque
O choque é um estado grave em que ocorre diminuição do volume de sangue
para os tecidos resultando em perfusão inadequada com redução do oxigênio
celular, ocasionando prejuízos para as funções vitais.
É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o
volume de sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados
geralmente por: choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento
grave, envenenamento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção
violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave.
3.6.1 Tipos de estado de choque
Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o
resto do corpo. Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias,
cardiopatias;
Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma
lesão medular. Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna
cervical;
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Choque Séptico: Ocorre devido à incapacidade do organismo em reagir a
uma infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sanguínea
liberando grande quantidade de toxinas;
Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sanguíneo. Possui as
seguintes causas:
Perdas sanguíneas - hemorragias internas e externas.
Perdas de plasma - queimaduras e peritonites.
Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.
Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorrem as
seguintes reações:
Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
Sistema circulatório: dilatação dos vasos sanguíneos, queda da pressão
arterial, pulso fino e fraco, palidez.
3.6.2 Como se manifesta
A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração abundante) na
testa e nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A
pessoa tem uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores.
A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e
irregular. Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o
pulso fica fraco e rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente
inconsciente.
3.6.3 Como proceder
Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a causa
do estado de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle
toda e qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis,
retire da boca, se necessária secreção, dentadura ou qualquer outro objeto.
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Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro
boca – a - boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e
parada respiratória.
Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso
ocorra vômito.
Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque
cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade
de trabalho do coração. Procure aquecer a vítima.
Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.
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3.7 Intoxicação e envenenamento
A intoxicação e o envenenamento acontecem quando substâncias tóxicas são
ingeridas, inaladas ou introduzidas no corpo em quantidades suficientes para causar
danos temporários ou permanentes ao organismo.
As substâncias mais comuns nas intoxicações são:
Produtos químicos utilizados em limpeza doméstica e de laboratório;
Venenos utilizados no lar (como raticidas, por exemplo);
Entorpecentes e medicamentos em geral;
Alimentos deteriorados e gases tóxicos.
Sintomas do envenenamento por ingestão:
Queimaduras, lesões ou manchas ao redor da boca;
Odores incomuns na respiração, hálito, corpo, roupas da vítima ou no
ambiente;
Transpiração abundante;
Queixa de dor ao engolir;
Queixa de dor abdominal; Náuseas, vômitos, diarreias;
Alterações no nível de consciência, sonolência;
Convulsões; Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas;
Alterações no pulso, na respiração e na temperatura corporal.
Sintomas do envenenamento por contato
Manchas na pele;
Coceira; Irritação nos olhos;
Dor de cabeça;
Temperatura da pele aumentada.
Sintomas do envenenamento por inalação
Respiração rápida;
Tosse;
Olhos da vítima frequentemente irritados.
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Importante: os sintomas apresentados acima são os gerais e podem variar de
acordo com o veneno inalado.
Como agir em caso de intoxicação ou envenenamento
Afrouxe as roupas ou retire-as se estiverem contaminadas;
Nunca provoque vômito;
Em caso de vômito espontâneo, deixe a pessoa de lado;
Remova a pessoa para local arejado;
Inicie massagens cardíacas caso a vítima esteja inconsciente e sem respirar;
OBS: Chame socorro especializado: SAMU. Ligue 192.
3.8 Mordidas de animais peçonhentos
Apresentação: Trata-se de picada ou mordedura de animais venenosos como
cobra, aranha e escorpiões.
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Sintomas:
Dor local;
Inchaço local e da região;
Dificuldade respiratória;
Fraqueza;
Dificuldade visual;
Náusea e vômitos.
Como agir:
Manter a pessoa calma e deitada, com a região do ferimento na altura do
coração ou abaixo;
Lavar o local da mordedura com água e sabão;
Não esprema o local;
Retire objetos como anéis, pulseiras e relógios, devido ao possível inchaço;
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Encaminhe o indivíduo para o hospital mais próximo, se possível, com o
animal que ocasionou o problema.
Desta forma, o médico poderá identificar e medicar o paciente com o soro
antiofídico correto;
Inicie massagens cardíacas caso vítima esteja inconsciente e sem respirar
OBS: chame socorro especializado: SAMU. Ligue 192.
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Capitulo 4 - Tipos de Ocorrências II
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4.1 Ferimentos
Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de
ferimento. A maioria dessas lesões compromete os tecidos moles, a pele e os
músculos. As feridas podem ser abertas ou fechadas.
A ferida aberta é aquela na qual existe uma perda de continuidade da
superfície cutânea.
Na ferida fechada, a lesão do tecido mole ocorre abaixo da pele, porém não
existe perda da continuidade na superfície.
Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos
e podem causar infecções. As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre
removidas para que o socorrista possa melhor visualizar a área lesada. Remova-as
com um mínimo de movimento. É melhor cortá-las do que tentar removê-las inteira,
porque a mobilização poderá ser muito dolorosa e causar lesão e contaminação dos
tecidos.
O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou
ainda, se for provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e
sabão. Diminua a probabilidade de contaminação de uma ferida, utilizando materiais
limpos e esterilizados para fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser
cobertos por uma compressa (curativo universal), preparada com um pedaço de
pano bem limpo ou gaze esterilizada. Esta compressa dever ser posicionada sobre a
ferida e fixada firmemente com uma atadura ou bandagem.
Antes de utilizar uma bandagem, o socorrista deverá proteger o ferimento
com compressas limpas e de tamanho adequado. Deixe sempre as extremidades
descobertas para observar a circulação e evite o uso de bandagens muito apertadas
que dificultam a circulação sanguínea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam.
Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços
de vidro ou ferragens) que estejam fixados em ferimentos.
As tentativas de remoção do corpo estranho (objeto empalado) podem causar
hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e músculos próximos a ele.
Controle as hemorragias por compressão e use curativos volumosos para
estabilizar o objeto cravado. Aplique ataduras ao redor do objeto, a fim de estabilizá-
lo e manter a compressão, enquanto a vítima é transportada para o hospital, onde o
objeto será removido.
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Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida
aspirante) e, for possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o socorrista
deverá imediatamente providenciar seu tamponamento, para tal, deverá usar
simplesmente a mão (protegida por uma luva descartável) sobre a ferida ou fazer um
curativo oclusivo com material plástico ou papel alumínio (curativo de três pontas).
Após fechar o ferimento no tórax, conduza a vítima com urgência para um
hospital. Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída de
órgãos (evisceração abdominal), o socorrista deverá cobrir as vísceras com um
curativo úmido e não tentar recolocá-las para dentro do abdômen. Fixe o curativo
com esparadrapo ou uma atadura não muito apertada. Em seguida, transporte à
vítima para um hospital. Não dê alimentos ou líquidos para a vítima.
Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou
completamente amputadas. Às vezes, é possível, por meio de técnicas
microcirúrgicas, o reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo à vítima, junto
com sua parte amputada, chegar ao hospital, melhor. Conduza a parte amputada
protegida dentro de um saco plástico com gelo moído. O frio ajudará a preservar o
membro. Não deixe a parte amputada entrar em contato direto com o gelo. Não lave
a parte amputada e não ponha algodão em nenhuma superfície em carne viva.
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Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de
trânsito, acidentes de trabalho, desabamentos e colapsos estruturais), se a vítima
ficar presa por qualquer período de tempo, duas complicações muito sérias poderão
ocorrer.
Primeiro, a compressão prolongada poderá causar grandes danos nos tecidos
(especialmente nos músculos). Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a
vítima poderá desenvolver um estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos
vá penetrando na área lesada.
Em segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos
são liberadas e entram na circulação, podendo causar um colapso nos rins
(processo grave que poderá ser fatal).
O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado
Evitar puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para
proceder ao resgate (emergência fone 193);
Controle qualquer sangramento externo;
Imobilize qualquer suspeita de fratura;
Trate o estado de choque e promova suporte emocional à vítima;
Conduza a vítima com emergência para um hospital.
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4.2 Fraturas – Luxações - Entorses
O esqueleto humano é a estrutura de sustentação do corpo sobre o qual se
apoiam todos os tecidos. Para que possamos nos mover, o esqueleto se articula em
vários lugares e os músculos que envolvem os ossos fazem com que estes se
movam. Esses movimentos são controlados pela vontade e coordenados por nervos
específicos.
Existem diferentes formas de lesões nessas estruturas. Os ossos podem
quebrar-se (fratura), desencaixar-se em alguma articulação (luxação) ou ambos. Os
músculos e os tendões que ligam os ossos podem também ser distendidos ou
rompidos.
4.2.1 Fraturas
Podemos definir uma fratura como sendo a perda, total ou parcial, da
continuidade de um osso. A fratura pode ser simples (fechada) ou exposta (aberta).
Na fratura simples não há o rompimento da pele sobre a lesão.
Nas expostas sim, isto é, o osso fraturado fica exposto ao meio ambiente,
possibilitando sangramentos e um aumento do risco de infecção.
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4.2.1.1 Fratura fechada
No caso de fraturas, a vítima geralmente irá queixar-se de dor no local da
lesão. O socorrista poderá identificar também, deformidades, edemas, hematomas,
exposições ósseas, palidez ou cianose das extremidades e ainda, redução de
temperatura no membro fraturado.
A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas
ou suspeitas de fraturas.
4.2.1.2 Fratura Exposta
Fratura na qual há rompimento da pele. Neste tipo de fratura ocorre
simultaneamente um quadro de hemorragia externa, existindo ainda o risco iminente
de infecção.
Quando executada de forma adequada, a imobilização alivia a dor, diminui a
lesão tecidual, o sangramento e a possibilidade de contaminação de uma ferida
aberta.
As roupas da vítima devem ser removidas para que o socorrista possa
visualizar o local da lesão e poder avaliá-lo mais corretamente.
As extremidades devem ser “alinhadas”, sem, no entanto, tentar reduzir as
fraturas expostas.
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Realize as imobilizações com o auxílio de talas rígidas de papelão ou
madeira, ou ainda, com outros materiais improvisados, tais como: pedaços de
madeira, réguas, etc.
Nas fraturas expostas, antes de imobilizar o osso fraturado, o socorrista
deverá cobrir o ferimento com um pano bem limpo ou com gaze estéril. Isto diminuirá
a possibilidade de contaminação e controlará as hemorragias que poderão ocorrer
na lesão. É importante que nas fraturas com deformidade em articulações (ombros,
joelhos, etc.), o socorrista imobilize o membro na posição em que ele for encontrado,
sem mobilizá-lo.
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A automobilização é uma técnica muito simples, que consiste em fixar o
membro inferior fraturado ao membro sadio, ou o membro superior fraturado ao tórax
da vítima. É uma conduta bem aceita em situações que requeiram improvisação.
Esta técnica é também muito utilizada no atendimento de fraturas nos dedos da
mão. Na dúvida, imobilize e trate a vítima como portadora de fratura até que se
prove o contrário.
Nas fraturas associadas com sangramentos significativos, o socorrista deverá
estar preparado para atender também o choque hipovolêmico (já estudado
anteriormente).
4.3 Luxações
A luxação é uma lesão onde às extremidades ósseas que formam uma
articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O
desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão
intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta
contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos.
Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são:
Dor intensa,
Deformidade grosseira no local da lesão
Impossibilidade de movimentação.
Em caso de luxação, o socorrista deverá proceder como se fosse um caso de
fratura, imobilizando a região lesada, sem o uso de tração. No entanto, devemos
sempre lembrar que é bastante difícil distinguir a luxação de uma fratura.
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4.4 Entorses
Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies
ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca,
geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os
músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos
repentinos e violentos.
Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos:
Distensão,
Ruptura,
Contusão profunda.
A entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de
inchaço e equimose no local da articulação. O socorrista deve evitar a
movimentação da área lesionada, pois o tratamento da entorse, também consiste
em imobilização e posterior encaminhamento para avaliação médica. Em resumo, o
objetivo básico da imobilização provisória consiste em prevenir a movimentação dos
fragmentos ósseos fraturados ou luxados. A imobilização diminui a dor e pode ajudar
a prevenir também uma futura lesão de músculos, nervos, vasos sanguíneos, ou
ainda, da pele em decorrência da movimentação dos fragmentos ósseos. Se a lesão
for recente, esfrie a área aplicando uma bolsa de gelo ou compressa fria, pois isso
reduzirá o inchaço, o hematoma e a dor.
Entorse do Tornozelo
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4.5 Técnicas de imobilização
Se o membro fraturado estiver dobrado, o socorrista não poderá imobilizá-lo
adequadamente.
Deverá então, com muito cuidado, aplicar uma tração manual para endireitá-
lo, o que impedirá a pressão sobre os músculos, reduzindo a dor e o sangramento
que estejam ocorrendo no local da lesão.
A tração deverá ser aplicada com firmeza observando o alinhamento do osso
até que o membro fique totalmente imobilizado.
Se o socorrista puxar em linha reta, não causará nenhuma lesão.
No entanto, recomenda-se não insistir na manobra caso a vítima informar que
a dor está ficando muito forte.
4.6 Traumas de Crânio, Tórax e Coluna
As lesões da cabeça incluem o traumatismo do couro cabeludo, do crânio e
do cérebro. Acidentes com batidas fortes na cabeça são geralmente acompanhadas
de hemorragias no cérebro, as quais, se não corrigidas de forma urgente, podem
causar lesões graves e até a morte. O traumatismo crânio-encefálico (TCE) afeta
todos os sistemas do organismo.
Seus sinais e sintomas mais comuns
Os sangramentos pelo nariz, boca e ouvidos,
A Perda da consciência,
Anormalidade no diâmetro das pupilas (pupilas desiguais),
Convulsões,
Equimoses ao redor dos olhos e atrás dos ouvidos,
Deformidades no crânio,
Alterações do ritmo respiratório ou até a parada da respiração, entre outros.
Ao atender uma vítima com suspeita de TCE, o socorrista deverá presumir
que ela possua também uma lesão na coluna cervical, até se prove o contrário. O
transporte da vítima deverá ser realizado numa maca rígida, com a cabeça e o
pescoço mantidos em alinhamento com o eixo do corpo. Deveremos também
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imobilizar a cabeça e o pescoço com um equipamento denominado colar de
imobilização cervical.
Os cuidados emergenciais necessários para atendimento de uma vítima com
lesões cranianas ou encefálicas são os seguintes:
Mantenha as vias respiratórias sempre permeáveis (abertas);
Controle as hemorragias externas por compressão;
Avalie as lesões associadas na coluna cervical;
Imobilize e transporte para um hospital com constante observação dos sinais
vitais.
Durante o transporte para o hospital, posicione a vítima de TCE deitada com a
cabeça levemente elevada (quando a lesão é isolada). Se houver lesão associada
na coluna cervical, mantenha-a deitada na maca rígida e eleve o cabeceira da maca,
sem movimentar a região do pescoço. Se a vítima apresentar hemorragia, deverá
ser transportada em decúbito lateral, ou seja, deitada sobre a lateral do corpo (para
evitar a aspiração de vômito ou a obstrução das vias aéreas com sangue).
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Existe também o grave problema das lesões na coluna, muito comuns nos
acidentes por desaceleração. Estas vítimas, se atendidas de forma inadequada ou
por pessoa leiga que não possua os conhecimentos das técnicas de socorro e
imobilização, poderão ter suas lesões agravadas ou o comprometimento neurológico
definitivo da região atingida.
O tratamento imediato, logo após o acidente é essencial porque a
manipulação imprópria pode causar dano maior e perda da função neurológica.
Qualquer vítima de acidente de trânsito, queda de nível ou qualquer outro
traumatismo na região craniana ou cervical, deverá ser considerada portadora de
uma lesão na coluna vertebral, até que tal possibilidade seja afastada.
Os sinais e sintomas mais comuns de lesão na coluna incluem
Dor regional,
Incapacidade de movimentar-se,
Perda da sensibilidade tátil nos membros superiores e inferiores,
Sensação de formigamento nos membros,
Deformidade na coluna, entre outros.
Vítimas conscientes devem ser orientadas para não movimentarem a cabeça.
Antes de remover a vítima, o socorrista deverá imobilizar a coluna usando um
colar cervical e uma tábua de suporte (maca rígida). Pelo menos três socorristas
devem cuidadosamente posicionar a vítima na maca rígida, usando a técnica do
rolamento em monobloco. Um socorrista (líder) deve assumir o controle da cabeça
da vítima para evitar movimentos de flexão, rotação ou extensão, para tal, devem
posicionar as mãos em ambos os lados da cabeça da vítima, mantendo constante
alinhamento e leve tração.
As vítimas sentadas devem ser removidas com o uso de macas rígidas
curtas, da forma que segue:
Imobilize a cabeça da vítima com as mãos, alinhando-a em posição vertical
(tira de tração);
Um segundo socorrista aplica o colar cervical;
Posicione a maca rígida curta (imobilizando a coluna vertebral) movimentando
a vítima o mínimo possível;
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Fixe a vítima com os tirantes e ataduras;
Remova a vítima girando-a e deitando-a sobre a maca rígida longa.
Em acidentes moto ciclísticos, a pessoa que presta o socorro devera remover
o capacete da vítima com muito cuidado, para não converter uma contusão cervical
(no pescoço) em lesão da medula.
O capacete deve ser rompido com o auxílio de dois socorristas, a menos que
haja dificuldade na remoção, aumentando a dor (vítima consciente) ou
esmagamento do capacete. Em tais casos, o socorrista deve imobilizar a vítima na
tabua de suporte com o capacete no lugar. Enquanto o socorrista (líder) remove o
capacete, um segundo imobiliza a cabeça e o pescoço, mantendo-os alinhados.
Os traumatismos de tórax caracterizam-se pelos seguintes sinais e sintomas
Dor regional,
Aumento de sensibilidade na região lesada,
Dor que se agrava pela respiração,
Respiração superficial (encurtamento ou dificuldade de respirar),
Eliminação de sangue com tosse,
Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas,
Posturas características (vítima inclinada sobre o lado da lesão, com a mão
ou o braço sobre a região lesada, e imóvel),
Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).
Nas fraturas de costelas, caracterizadas por uma dor intensa, o socorrista
deverá providenciar o atendimento pré-hospitalar imobilizando o braço da vítima
sobre a fatura, usando para tal uma bandagem triangular como tipóia e outra para
fixar o braço sobre o tórax.
Quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos poderá
ocorrer o que denominamos de respiração paradoxal. Essa lesão especifica
denomina-se de tórax instável ou tórax em báscula.
O tratamento pré-hospitalar consiste em estabilizar o segmento instável (em
báscula) que se move paradoxalmente durante as respirações. O socorrista deverá
usar uma almofada pequena ou toalhas dobradas presas com fitas adesivas largas.
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O tórax não deve se totalmente enfaixado. Transportar a vítima deitada sobre a
lesão. Se possível, o socorrista deverá ministrar oxigênio suplementar à vítima.
Alguns traumatismos na região da caixa torácica acabam provocando lesões
internas nos pulmões e no coração (pneumotórax, hemotórax, etc.). O ar que escapa
do pulmão perfurado e as hemorragias de dentro do tórax podem resultar colapsos
pulmonares. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também resultar
numa perigosa compressão do coração.
Todas estas lesões são emergências serias que requerem pronta intervenção
medica. O socorrista poderá identificá-las pelos seguintes sinais e sintomas:
Desvio de traquéia,
Aumento do volume das veias do pescoço,
Cianose e sinais de choque
Enfisema subcutâneo (coleção de ar abaixo da pele)
Nesses casos o socorro consistirá simplesmente na condução urgente da
vítima para que a mesma possa receber atendimento médico adequado.
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Capitulo 5 - Tipos de Ocorrências III
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5.1 Parada cardiorrespiratória
Para que a vida possa ser preservada faz-se necessário que mantenhamos
um fluxo constante de oxigênio para o cérebro. O oxigênio é transportado para os
tecidos cerebrais através da circulação sanguínea. O coração é a bomba que
mantém esse suprimento e, se ele parar (parada cardíaca), ocorrerá à morte, a
menos que se tomem medidas urgentes de ressuscitação. Menos de 15% das
paradas cardiorrespiratórias (PCR) ocorridas fora do hospital estão relacionados a
trauma, sendo a grande maioria provocada por doença cardiovascular.
A abordagem à vítima de PCR ainda na comunidade e a rápida chegada de
socorro médico ou paramédico, são decisivos até a admissão à unidade de pronto
atendimento. É essencial que estas unidades médicas disponibilizem profissionais
capacitados, treinados e atualizados em procedimentos de reanimação
cardiopulmonar, com ênfase no papel do médico no rápido reconhecimento da
causa da PCR e do ritmo cardíaco e no uso do desfibrilador externo.
Parada cardíaca é uma condição na qual o coração para de bater quando o
músculo cardíaco não recebe o sangue e, consequentemente, o oxigênio e os
nutrientes, de que necessita. Quando um adulto subitamente perde a consciência,
este adulto pode estar em parada cardíaca. O fluxo sanguíneo ao cérebro e corpo é
interrompido. Se o coração não puder bombear sangue ao cérebro, a pessoa perde
a consciência.
Quando a parada cardíaca é acompanhada de parada respiratória é
estabelecida a parada cardiorrespiratória, devendo-se imediatamente ser instituído
a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
O principal objetivo da RCP é realizar a compressão torácica até que uma
equipe de emergência treinada possa oferecer suporte cardíaco avançado. Quanto
menor o tempo entre a parada cardíaca e o início da RCP, maiores serão as
chances de sobrevivência da vítima. Pesquisas mostram que os pontos cruciais para
a sobrevivência em caso de parada cardíaca são:
Acesso rápido à vítima por socorristas treinados em RCP.
Rápida aplicação da RCP.
Rápida desfibrilação com desfibrilador externo automático (DEA).
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Figura –A corrente de sobrevivência da American Heart Association em vítimas
adultas. Os 5 elos ou ações na corrente são: 1) rápido reconhecimento da situação
de emergência e ativação da equipe do sistema de atendimento de emergência, 2)
RCP imediata, 3) desfibrilação imediata, 4) suporte avançado imediato e 5) suporte
após-PCR.
5.1.1 Identificação de PCR
A parada cardiorrespiratória é o exemplo mais expressivo de uma emergência
médica. Somente uma grande hemorragia externa e o edema agudo de pulmão
devem merecer a primeira atenção antes da parada cardíaca.
A identificação e os primeiros atendimentos devem ser iniciados dentro de um
período de no máximo 4 minutos a partir da ocorrência, pois os centros vitais do
sistema nervoso ainda continuam em atividade. A partir deste tempo, como já vimos,
as possibilidades de recuperação tornam-se escassas. A eficácia da reanimação em
caso de parada cardíaca está na dependência do tempo em que for iniciado o
processo de reanimação, pois embora grande parte do organismo permaneça
biologicamente vivo, durante algum tempo, em tais condições, modificações
irreversíveis podem ocorrer no cérebro, em nível celular. Se a PCR for precedida de
déficit de oxigenação, este tempo é ainda menor. A ausência de circulação do
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sangue interrompe a oxigenação dos órgãos. Após alguns minutos as células mais
sensíveis começam a morrer.
Os órgãos mais sensíveis à falta de oxigênio são o cérebro e o coração. A
lesão cerebral irreversível ocorre geralmente após quatro a seis minutos (morte
cerebral). Os acidentados submetidos a baixas temperaturas (hipotermia) podem
suportar períodos mais longos sem oxigênio, pois o consumo de oxigênio pelo
cérebro diminui. No atendimento de primeiros socorros, durante a aproximação,
devemos observar elementos como imobilidade, palidez e os seguintes 35 sinais
que identificarão efetivamente uma parada cardiorrespiratória, a fim de iniciarmos o
processo de ressuscitação, do qual dependerá a reabilitação ou não do acidentado.
Ao iniciar o atendimento devemos verificar o nível de consciência, tentando
observar as respostas do acidentado aos estímulos verbais: "Você está bem?". Se o
acidentado não responder, comunicar imediatamente ao atendimento especializado.
Posicionar o acidentado em decúbito dorsal, sobre superfície plana e rígida. Os
seguintes elementos deverão ser observados para a determinação de PCR:
Ausência de pulso numa grande artéria (por exemplo: carótida). Esta
ausência representa o sinal mais importante de PCR e determinará o início imediato
das manobras de ressuscitação cardiorrespiratória.
Apnéia ou respiração arquejante. Na maioria dos casos a apnéia ocorre cerca
de 30 segundos após a parada cardíaca; é, portanto, um sinal relativamente
precoce, embora, em algumas situações, fracas respirações espontâneas, durante
um minuto ou mais, continuem a ser observada após o início da PC. Nestes casos, é
claro, o sinal não tem valor.
Espasmo (contração súbita e violenta) da laringe. ·Cianose (coloração
arroxeada da pele e lábios).
Inconsciência. Toda vítima em PCR está inconsciente, mas várias outras
emergências podem se associar à inconsciência. É um achado inespecífico, porém
sensível, pois toda vítima em PCR está inconsciente.
Dilatação das pupilas, que começam a se dilatar após 45 segundos de
interrupção de fluxo de sangue para o cérebro. A midríase geralmente se completa
depois de 1 minuto e 45 segundos de PC, mas se apresentar em outras situações.
Deste modo, não utilizar a midríase para diagnóstico da PCR ou para definir
que a vítima está com lesão cerebral irreversível. A persistência da midríase com a
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RCR é sinal de mau prognóstico. É um sinal bastante tardio e não se deve esperar
por ele para início das manobras de RCR.
5.1.2 Limitações da Ressuscitação cardiorrespiratória
A ressuscitação cardiorrespiratória não é capaz de evitar a lesão cerebral por
períodos prolongados. Com o tempo (minutos) a circulação cerebral obtida com as
compressões torácicas vai diminuindo progressivamente até se tornar ineficaz.
Durante a ressuscitação cardiorrespiratória a pressão sistólica atinge de 60 a
80 mmHg, mas a pressão diastólica é muito baixa, diminuindo a perfusão de vários
órgãos entre os quais o coração. As paradas por fibrilação ventricular só podem ser
revertidas pela desfibrilação.
O suporte básico da vida sem desfibrilação não é capaz de manter a vida por
períodos prolongados. A reversão da parada cardiorrespiratória na maioria dos
casos também não é obtida, deste modo é necessário se solicitar apoio ao
atendimento especializado com desfibrilação e recursos de suporte avançado.
5.1.3 Posicionamento para a Ressuscitação cardiorrespiratória do
acidentado
Posicionar o acidentado em superfície plana e firme.
Mantê-lo em decúbito dorsal, pois as manobras para permitir a abertura da via
aérea e as manobras da respiração artificial são mais bem executadas nesta
posição.
A cabeça não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o fluxo
sanguíneo cerebral.
Caso o acidentado esteja sobre uma cama ou outra superfície macia ele deve
ser colocado no chão ou então deve ser colocada uma tábua sob seu tronco.
A técnica correta de posicionamento do acidentado deve ser obedecida
utilizando-se as manobras de rolamento.
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5.1.4 Posicionamento para a Ressuscitação cardiorrespiratória Da
pessoa que está socorrendo
Este deve ajoelhar-se ao lado do acidentado, de modo que seus ombros fiquem
diretamente sobre o esterno do acidentado.
5.1.5 Reanimação RCP
RCP – Lista de Consulta Adultos Crianças Bebês
Parada respiratória com pulso presente
ventile a cada... 5 segundos; 3 segundos; 3 segundos.
Parada cardíaca. Local da
compressão...
Dois dedos
acima do final
do osso externo
Como no adulto
Um dedo abaixo
da linha entre os
mamilos
Método da compressão sobre o
externo...
Duas mãos
sobrepostas,
com a palma de
uma mão sobre
o peito
Somente a
palma de uma
mão sobre o
peito
Dois ou três
dedos
Número de compressões por minuto 100 100 100 - 200
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Afundamento do externo durante as
compressões por minuto... 3,5 a 5 cm 2,5 a 3,5 cm 1,5 a 2 cm
Razão entre as compressões e as
ventilações... 15X1 5X1 5X1
Contagem das compressões durante a
RCP
1 e 2 e 3 e 4 e 5
ventile, ventile
1 e 2 e 3 e 4 e 5
ventile, ventile
1 e 2 e 3 e 4 e 5
ventile, ventile
5.1.6 As complicações mais comuns produzidas por manobras
inadequadas de RCP
A vítima não está posicionada sobre uma superfície rígida;
A vítima não está em posição horizontal (se a cabeça está elevada, o fluxo
sanguíneo cerebral ficará deficitário);
As vias aéreas não estão permeáveis;
A boca ou máscara não está apropriadamente selada na vítima e o ar escapa;
As narinas da vítima não estão fechadas;
As mãos foram posicionadas incorretamente ou em local inadequado sobre o
tórax;
As compressões são muito profundas ou demasiadamente rápidas (não
impulsionam volume sanguíneo adequado);
A razão entre as ventilações e compressões é inadequada;
A RCP deixa de ser executada por mais de 5 segundos (alto risco de lesão
cerebral).
As manobras da RCP não são indicadas nas vítimas que se encontram em
fase terminal de uma condição irreversível e incurável, mas uma vez iniciada a RCP
devemos mantê-la até que:
Haja o retorno espontâneo da circulação (retorno do pulso). Continuar a
ventilar;
Haja o retorno da respiração e da circulação;
Pessoal mais capacitado chegar ao local da ocorrência;
Socorrista estiver completamente exausto e não conseguir realizar as
manobras de reanimação.
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5.2 Engasgamento
O engasgamento ou sufocação pode ser definido como uma obstrução total
ou parcial das vias aéreas, obstrução esta, provocada pela presença de um corpo
estranho.
Na obstrução total das vias aéreas a vítima não consegue tossir, falar ou
respirar.
Em caso de engasgamento ou sufocação, auxilie a vítima prestando o socorro
da forma que segue:
Se a vítima está consciente, de pé ou sentada, posicione-se por trás dela e
coloque seus braços ao redor da cintura da vítima. Segure um dos punhos com a
sua outra mão, colocando o polegar contra o abdômen da vítima, entre o final do
osso esterno (apêndice xifóide) e o umbigo. De então repetidos puxões rápidos para
dentro e para cima, a fim de expelir o corpo estranho. Repita os movimentos até
conseguir desobstruir as vias aéreas da vítima, ou então, até ela ficar inconsciente.
Se a vítima está inconsciente, deite-a de costas e posicione-se sobre o seu
quadril. Coloque a palma de uma de suas mãos contra o abdômen da vítima, cerca
de 4 dedos acima do umbigo. Com a outra mão sobre a primeira, comprima 5 vezes
contra o abdômen da vítima com empurrões rápidos para cima. Depois abra a boca
da vítima e pesquise a presença do corpo estranho. Se esse aparecer na boca,
retire-o com seu dedo. Se não, providencie uma ventilação e se o ar não passar,
reposicione a cabeça e ventile novamente. Se a obstrução persiste repita o
procedimento novamente, até conseguir expulsar o objeto que causa a obstrução
respiratória.
Lactentes devem ser virados de cabeça para baixo sobre o braço de um
adulto. Dê 5 pancadas firmes no meio das costas da vítima. O socorrista deve
posicionar a cabeça do bebê num nível abaixo do resto do corpo, de forma que o
objeto que está sufocando possa sair das vias aéreas. Vire o bebê e comprima 5
vezes sobre o tórax, em seguida, tente visualizar o corpo estranho na boca do bebê
e remova-o com seu dedo mínimo. Se o corpo estranho não aparece, repita as
manobras de compressão nas costas e sobre o tórax, até conseguir a completa
desobstrução.
OBS: Em pessoas extremamente obesas ou em estágio avançado de
gravidez, a técnica de compressão abdominal (Manobra de Heimlich) não deve ser
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executada. Nesses casos, recomenda-se a compressão sobre a parte inferior do
tórax da vítima, ou seja, a substituição da compressão abdominal por compressão
torácica.
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5.3 Parto de Emergência
A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo
assistidos pelo médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá
antes de a parturiente chegar ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos,
deve-se estar treinado para assistir (acompanhar) ao parto.
No final da gestação, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas
que são indicativos do início do trabalho de parto.
5.3.1 Identificação do parto iminente
Construções regulares a cada 2 minutos;
Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento;
Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa das águas);
Gestante multípara, com vários partos normais;
Nestas condições, o parto está se iniciando.
5.3.2 Procedimentos gerais
Sem expor a parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que
possam obstruir o canal de nascimento;
Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido,
retardado ou acelerado;
Sempre o marido, os pais ou outro parente próximo deverá acompanhar o
tempo todo, a parturiente;
Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e
manter ao máximo a privacidade da gestante;
Não permitir que a gestante vá ao banheiro se é constatado os sinais do parto
iminente.
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5.3.3 Procedimentos específicos
Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas
afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de
expulsão cada vez que sentir uma contração uterina;
Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos;
À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em
cada contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o parto;
nunca se deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto;
À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos,
sem imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação;
Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento
de giro e, então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo com
cuidado. Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a mãe expulse
naturalmente o bebê;
Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com
gaze ou pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança não
chorar ou respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com cuidado para
que não escorregue, e dar algumas tapinhas nas costas para estimular a respiração.
Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a respiração sairá;
Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como ocorre
em um movimento respiratório normal;
Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o
hospital demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for
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superior a 30 minutos, deitar a criança de costas e, com um fio previamente fervido,
fazer nós no cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro dedos da
criança (10 cm) e o segundo nó distante a 5 cm do primeiro. Cortar entre os dois nós
com uma tesoura, lâmina ou outro objeto esterilizado;
O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento;
Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdômen
da parturiente para provocar a contração do útero e diminuir a hemorragia que é
normal após o parto;
Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial
médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela saiu
completamente.
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Telefones Úteis
Disque Saúde: 1520 Policia Militar: 190*
Pronto Socorro – Ambulância: 192* Bombeiros: 193*
Acidentes de Trânsito: 194* Policia Civil: 147*
Emergência (falta de energia): 0800196196* Defesa Civil: 199*
Ser. de Intermediação Surdo/Ouvinte: 1402 SOS Criança: 1407*
Disque DETRAN: 1514
OBS: *SERVIÇO NÃO TARIFADO
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2. Referências
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http://www.oportalsaude.com/xfiles/manualsos/primeiros-socorros_0808.pdf
http://www.uff.br/psienf/CONVULS%C3O.pdf
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http://www.lifesavers.com.br/r/Parada-Cardiorrespiratoria-11.html
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A
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s
SANTUNI, Monique Francotti Fonseca; MATOZINHO, Erika; VALADARES, Joelma.
PET URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. In: 11º Congresso Internacional da Rede Unida.
2014.ça através do diálogo.
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http://www.blogsnc.com.br/2013/06/exercicio-simulado-start-bombeiro-
civil.html#ixzz4Ndtv8CBS
http://facsaopaulo.edu.br/media/files/35/35_1390.pdf
http://luizamarques2015.blogspot.com.br/2014/11/avaliacao-primaria-b-c-d-e-
primeiros.html
http://www.uff.br/WebQuest/downloads/Termorreg.pdf
https://www.grancursospresencial.com.br/novo/upload/SLIDES_HEMORRAGIA_02_
08_2010_20100804141617.pdf
https://www.google.com.br/search?q=graus+das+queimaduras&biw=1366&bih=662&
source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi05Nb9yezPAhXMI5AKHUhmB1gQ_A
UIBigB#imgrc=Rti2EW0qpYM5YM%3A
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&
uact=8&ved=0ahUKEwiolqDsuefPAhULGZAKHT8uAgwQFggcMAA&url=http%3A%2
F%2Fblog.educacaoadventista.org.br%2Fshimeni%2Farquivos%2Fintroducao-
primeiros-socorros.pdf&usg=AFQjCNFTtBUepIM5A_yK2rdS6CjbXTnnYw