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NORMAS TÉCNICASConhecendo e aplicando na sua empresa
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NORMAS TÉCNICASConhecendo e aplicando na sua empresa
Brasília2000
Regazzi Filho, Carlos LuizNormas técnicas : conhecendo e aplicando na sua empresa.
4.ed. revisada e atualizada / Carlos Luiz Regazzi Filho. -Brasília, D.F. : CNI, COMPI, 2000.
55p. : il.“Projeto Sensibilização e Capacitação da Indústria em
Normalização, Metrologia e Avaliação da Conformidade”,CNI / COMPI
I. Confederação Nacional da Indústria (Brasil). Unidade deCompetitividade Industrial
DESCRITORES: Normas técnicas / Sistema Brasileiro deNormalização / Normalização / Brasil
CDD 389.6
© 2000 Confederação Nacional da Indústria
É autorizada a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
CNIRua Mariz e Barros 678/2º andarCEP 20270-002 - Maracanã - Rio de JaneiroTel.: (21) 204-9500Fax: (21) 204-9600
Grupo Gestor
CNIConfederação Nacional da Indústria
SEBRAEServiço Brasileiro de Apoio à Pequenae Média Empresa
INMETROInstituto Nacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial
MCTMinistério da Ciência e Tecnologia
MDIC/SPIMinistério do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior. Secretariade Política Industrial
ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.cni.org.bre-mail: [email protected]
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1 – A NORMALIZAÇÃO 7
Introdução 9Objetivos da Normalização 11
Conceitos Básicos 11O que é Normalização? 11
Definição da Normalização 12
Quais são os benefícios da Normalização? 12
Níveis de Normalização 13Nível Internacional 14
Nível Regional 14
Nível Nacional 14
Nível Associação 14
Nível Empresa 15
O que significa? 15
Quais os objetivos da Normalização na empresa? 15
Quais são as condições para o êxito? 15
Onde é necessária? 16
A Normalização e o Código de Defesa do Consumidor 16
2 – SISTEMA BRASILEIRO DE NORMAS TÉCNICAS 19
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – SINMETRO 21Estrutura 21
São fundamentos básicos do Sistema 22
Estrutura e Atribuições do Sistema Brasileiro de Normalização 22
Processo de Elaboração das Normas Brasileiras 23
APRESENTAÇÃO
A Confederação Nacional da Indústria – CNI, em parceria com o MCT, MDIC,
ABNT, INMETRO e SEBRAE, desenvolveu uma coletânea de três cartilhas –
Normalização; Metrologia; e Avaliação da Conformidade e a publicação Estudos
de Casos – em linguagem simples e direta, orientadas a servirem de informação
básica e como ferramenta de trabalho no âmbito das empresas brasileiras.
Todas as entidades parceiras deste projeto reiteram o seu caráter estratégico e,
neste sentido, esperam estar, com esta coletânea, efetivamente contribuindo
para a construção de um Brasil industrial mais competitivo.
A progressiva globalização da economia, conjugada a um ambiente tecnológico
crescentemente dinâmico e competitivo, demonstra, por si só, que a agenda
para a competitividade da indústria brasileira é árdua e merecedora de uma
intensa agenda de esforços dos diferentes agentes: Governo, Iniciativa Privada
e Organismos de Apoio.
Nesse sentido, o emprego de ferramentas como a Normalização, a Metrologia
e a Avaliação da Conformidade, como forma de agregar valor a produtos e
processos industriais, vem, cada vez mais, crescendo em importância, em
especial no acesso e manutenção de mercado. Conseqüentemente, o emprego
de tais ferramentas precisa ser intensificado em um ritmo acelerado.
A cartilha Normas Técnicas – Conhecendo e Aplicando na sua Empresa tem
como objetivo principal facilitar aos empresários, trabalhadores e consumidores
o acesso ao conhecimento sobre a importância e os benefícios da Normalização
para a sociedade.
Normalização é a base para Garantia da Qualidade. É o processo de estabelecer
e organizar as atividades pela criação e utilização de regras ou normas, visando
contribuir para o desenvolvimento econômico e social. A normalização proporciona
os meios necessários para a adequada troca de informações entre clientes e
fornecedores, e permite a eliminação de barreiras comerciais, dentre outros.
O crescimento expressivo da certificação pelas normas ISO 9000 e 14000, na
indústria, é uma resposta concreta da capacidade da indústria brasileira aos
desafios da inserção internacional.
Carlos Eduardo Moreira Ferreira
Presidente da CNI
A NORMALIZAÇÃO
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INTRODUÇÃO
A Normalização não é uma invenção moderna. É um ato inerente à própria natureza,
existindo no mundo desde a sua formação.
Podemos associá-la à aplicação de regras às atividades do homem, desde tempos
remotos, com as quais a humanidade procurou regulamentar seus relacionamentos
dentro da comunidade.
Nossos hábitos sociais, bem como nosso comportamento, são exemplos perfeitos da
Normalização em nossa vida diária.
A natureza também possui, para seus elementos e suas espécies animais e vegetais,
regras próprias para geração, tanto na forma quanto na constituição.
O próprio ser humano é normalizado: temos um corpo padronizado com dois braços,
duas pernas, entre outras características. Biologicamente somos também muito
semelhantes.
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Por exemplo, a fala humana constitui-se num conjunto de manifestações sonoras
definidas que possui, para cada um de nós, a mesma significação, porque para o
desenvolvimento da linguagem natural do homem é necessário um determinado número
de normas sintáticas, morfológicas e semânticas.
A Normalização Técnica surgiu das necessidades humanas. As ferramentas utilizadas
apresentavam similaridade de material, peso e dimensões. As normas de medidas
tiveram origem com a necessidade do homem estimar dimensões e distâncias para
construir, produzir e colher sua alimentação.
A normalização metódica recebeu destaque especial a partir da Revolução Industrial,
quando a necessidade de produzir peças intercambiáveis se fez sentir de modo mais
intenso, em virtude da transformação da produção artesanal em fabricação de grandes
lotes em produção seriada.
Para ser eficaz, a Normalização deve se basear nos resultados alcançados pela
ciência, tecnologia e experiência, visto que ela determina não somente as bases
para o presente, mas também para o desenvolvimento futuro e, portanto, deve
acompanhar o progresso.
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Objetivos da normalização
Comunicação
Proporciona os meios necessários para a adequada troca de informações entre
clientes e fornecedores, com vistas a garantir a confiabilidade nas relações comerciais.
Simplificação
Permite a redução da variedade de procedimentos e tipos de produtos.
Proteção ao consumidor
Assegura a proteção do consumidor na medida em que contém requisitos que
permitem a possibilidade de aferir a qualidade dos produtos e serviços.
Segurança
A proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente é garantida pela verificação
da conformidade de produtos e serviços de acordo com os requisitos da norma.
Economia
Com a sistematização e ordenação das atividades produtivas é evidenciada a
necessidade da redução de custos de produtos e serviços, com a conseqüente
economia para clientes e fornecedores.
Eliminação das barreiras comerciais
Com a normalização procuramos evitar a diversidade de regulamentos, muitas vezes
conflitantes, elaborados para produtos e serviços, pelos diferentes países.
CONCEITOS BÁSICOS
O que é Normalização?
Normalização é a maneira de organizar as atividades pela criação e uti l ização
de regras ou normas, visando contr ibuir para o desenvolvimento econômico
e social.
Agora que sabemos o que é Normalização, podemos entender o seu conceito
teórico.
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Definição da Normalização
É o processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma
atividade específica, para o benefício e com a participação de todos os interessados, e,
em particular, de promover a otimização da economia, levando em consideração as
condições funcionais e as exigências de segurança.
Quais são os benefícios da Normalização?
São muitos. Dentre eles podemos destacar:
Benefícios Qualitativos: são aqueles que mesmo sendo observados não podem ser
medidos ou são de difícil medição.
Exemplos:
Utilização adequada de recursos
Disciplina da produção
Uniformidade do trabalho
Registro do conhecimento tecnológico
Melhora do nível de capacitação do pessoal
Controle dos produtos e processos
Segurança do pessoal e dos equipamentos
Racionalização do uso do tempo
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Benefícios Quantitativos: são aqueles benefícios que podem ser medidos.
Exemplos:
Redução do consumo e do desperdício
Especificação e uniformização de matérias-primas
Padronização de componentes e equipamentos
Redução de variedades de produtos
Procedimentos para cálculos e projetos
Aumento da produtividade
Melhoria da qualidade de produtos e serviços
Forma de comunicação entre pessoas e empresas
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO
A Normalização é executada em diferentes níveis de complexidade, começando no
individual e alcançando o nível internacional.
Dentro da importância de cada um destes níveis, existe a necessidade de atuação
harmônica e integrada, uma vez que os objetivos da normalização são comuns a todos
os níveis.
Pirâmide de Normalização
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Nível Internacional
Normas resultantes da cooperação e de acordos entre grande número de nações
independentes, com interesses comuns e visando ao emprego mundial.
Exemplos:
ISO 9000 e ISO 14000
A ISO (International Organization for Standardization), é uma entidade mundial, não-
governamental, composta pelos organismos de normalização nacionais dos países
membros. Atualmente participam da ISO 124 membros. A ISO é o foro mundial onde
se busca o consenso na elaboração de normas internacionais, por meio da conciliação
dos interesses de fornecedores, consumidores, governo, comunidade científica e
demais representantes da sociedade civil organizada.
Nível Regional
Normas que representam os interesses que beneficiam várias nações independentes,
de um mesmo continente ou por uma associação regional de normas.
Exemplos:
Normas do Comitê Europeu de Normalização – CEN
Normas da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas – COPANT
Normas do Comitê Mercosul de Normalização – CMN
Nível Nacional
Normas editadas por uma organização nacional de normas, reconhecida como autoridade
para torná-las públicas, após a verificação de consenso entre os interesses do governo,
das indústrias, dos consumidores e da comunidade científica de um país.
Exemplos:
Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
Normas da Associação Alemã de Normas Técnicas – DIN
Nível Associação
Normas publicadas por uma associação de entidades de um mesmo ramo, que fixam
parâmetros a serem atendidos por todos os associados.
Exemplos:
As Normas elaboradas por uma associação setorial de indústrias, no Brasil
As Normas da ASTM – American Society for Testing and Materials
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Nível Empresa
O que significa?
São normas preparadas e editadas por uma empresa ou grupo de empresas, com a
finalidade de orientar as compras, a fabricação, as vendas e outras operações.
Exemplos:
Normas Petrobras
Normas de fabricantes de geladeiras, automóveis, etc.
No Nível de Empresa é que se notam os esforços normalizadores permanentes, visto
que esta atividade irá mostrar as necessidades da empresa e apontar os caminhos mais
adequados para a satisfação dessas necessidades.
Procura, também, racionalizar e eliminar os problemas, pela ordenação das atividades
por meio do cumprimento de procedimentos e rotinas destinados a melhorar a qualidade
e a produtividade.
A tarefa de produzir normas necessárias para que os produtos ou serviços da empresa
possam satisfazer as necessidades de seus clientes é que irá garantir a fidelidade à sua
marca.
Quais os objetivos da Normalização na empresa?
Fixar o conhecimento técnico (memória tecnológica da empresa).
Uniformizar as operações repetitivas (reproduzindo de igual forma e da melhor
forma).
Propiciar economia e redução de custos (padronização e redução de variedades).
Produzir com qualidade, segurança e baixo custo (produto competitivo).
Permitir a implantação de sistemas de gestão da qualidade e sistemas de gestão
ambiental.
Permitir a verificação da conformidade de produtos e serviços.
Possibilitar a certificação dos produtos e dos sistemas de gestão.
Quais são as condições para o êxito?
Vontade política da alta direção e compromisso dos demais níveis de gerência da
empresa.
Participação, em todos os níveis, das pessoas da organização.
Ampla difusão e explicação dos objetivos e benefícios do processo de normalização.
Investigação e análise sobre o uso e aplicação da tecnologia.
Estabelecimento de um sistema dinâmico e permanente para elaboração e revisão
das normas.
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Onde é necessária?
Na organização da empresa e em diversos assuntos que devem ser normalizados por
influir na qualidade e produtividade.
Exemplos:
Produtos final e semi-acabado
Matéria-Prima e Insumos
Processo
Operação de Equipamento
Controle da Qualidade
Manutenção
Segurança
Os Programas de Normalização de uma empresa devem ser totalmente apoiados pela
alta administração.
A implantação de Programas de Normalização em uma empresa é decisão da alta
administração.
A NORMALIZAÇÃO E O CÓDIGO DE DEFESADO CONSUMIDOR
O desejo do consumidor é a qualidade dos produtos e serviços que adquire.
O objetivo da Normalização é garantir a qualidade dos produtos e serviços.
Esta relação de causa e efeito entre o desejo do consumidor e as normas necessárias
e disponíveis é prevista no Código de Defesa do Consumidor.
O texto do código que interessa à Normalização é:
Seção IV – Das Práticas Abusivas
Artigo 39 – É vedado ao fornecedor de produtos e serviços:
Inciso VIII – Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em
A NORMALIZAÇÃO É
Uma ferramenta da Administração.
Uma função da Administração.
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desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se
normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
ou outra Entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (CONMETRO).
O Código deixa bem claro: se existirem Normas Técnicas para qualquer produto
colocado no mercado de consumo, é obrigatória a conformidade destes produtos com
os requisitos da Norma, sob pena de responsabilidade para o fornecedor.
A Norma é, portanto, o melhor “departamento de defesa” dos interesses do consumidor.
Quando o consumidor compra um produto normalizado, significa que está adquirindo
principalmente proteção. Sabe que o produto foi fabricado por alguém realmente
capacitado, que utilizou na sua fabricação matérias-primas e processos controlados,
e, principalmente, que o produto está de acordo com seu desejo e necessidades.
Por outro lado, o Código do Consumidor, em parceria com as Normas, incentivará a
concorrência, uma vez que o comerciante passará a exigir que seu fornecedor mostre
se tem condições de garantir a qualidade dos produtos.
Exemplos:
Prazo de validade de produtos perecíveis.
Indicação da composição (ingredientes) dos produtos.
SISTEMA BRASILEIRODE NORMAS TÉCNICAS
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SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃOE QUALIDADE INDUSTRIAL – SINMETRO
Estrutura
O processo de elaboração de Normas Técnicas no Brasil teve início em 1940, de forma
sistemática, com a criação da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Hoje o Brasil possui o SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial), integrando o setor governamental e a iniciativa privada, com a
finalidade de dotar o país de uma infra-estrutura de serviços tecnológicos para a
qualidade e produtividade.
Consiste, basicamente, em um sistema de geração de normas e regulamentos técnicos,
de implantação de redes de laboratórios de calibração e ensaios e de operacionalização
da certificação de conformidade.
O Sistema de Normalização tem por objetivo coordenar e expandir a infra-estrutura de
Normas Técnicas do país, com vistas ao desenvolvimento nacional.
Este Sistema deve instituir mecanismos para harmonizar os interesses dos setores
público, privado e do consumidor.
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São fundamentos básicos do Sistema
Descentralização
Representatividade e Parceria
Comprometimento
Credibilidade
ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMABRASILEIRO DE NORMALIZAÇÃO
O Sistema Brasileiro de Normalização tem a seguinte composição:
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO –
Órgão normativo do SINMETRO, ao qual compete formular, ordenar e supervisionar a
Política Nacional de Metrologia, Normalização Industrial e de Certificação da Qualidade
de Produtos Industriais.
Comitê Nacional de Normalização - CNN – Órgão criado pelo CONMETRO, com
composição paritária entre órgãos de governo e privados, com o objetivo de planejar e
avaliar a atividade de normalização técnica no Brasil.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO –
Órgão executivo do SINMETRO, identificado como Secretaria Executiva do CONMETRO
e do CNN e foro de compatibilização dos interesses governamentais.
O INMETRO, com relação à Normalização, exerce ainda o papel de articulador, no setor
governamental, para a emissão de Regulamentos Técnicos e supervisiona o sistema de
normalização consensual, conduzido pela ABNT.
Na área internacional, o Brasil é representado:
Pelo INMETRO nos organismos internacionais de normalização de carater regulatório,
como a OMC – Organização Mundial de Comércio, o Codex Alimentarius, o SIM –
Sistema Internacional de Metrologia e o MERCOSUL.
Pela ABNT nos foros internacionais de normalização voluntária, como ISO, IEC e
Comitê Mercosul de Normalização.
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DASNORMAS BRASILEIRAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas – Entidade privada, sem fins
lucrativos, reconhecida como o Foro Nacional de Normalização do SINMETRO, a qual
compete coordenar, orientar e supervisionar o processo de elaboração de Normas
Brasileiras, bem como numerar e editar as referidas normas.
O Sistema Brasileiro prevê a elaboração de normas técnicas em dois foros distintos,
coordenados pela ABN:
CB - Comitê Brasileiro – Órgão da ABNT responsável pela coordenação e planejamento
das atividades de normalização em uma área ou setor específico. Dentro do seu campo
de atuação é responsável, ainda, pela integração da ABNT no sistema de normalização
internacional.
Normalização Consensual
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ONS - Organismo de Normalização Setorial – Organismo público, privado ou misto, sem
fins lucrativos, que tem atividade reconhecida no campo da normalização em um dado
domínio setorial. É credenciado pela ABNT, segundo critérios aprovados pelo
CONMETRO.
Os ONS têm o papel de elaborar Normas Brasileiras para os setores aos quais foram
credenciados, bem como de representar o País em entidades internacionais no seu
campo de atuação, mediante delegação da ABNT.
Após a identificação pela ABNT, uma organização ou empresa , junto ao mercado ou
entidades nacionais e internacionais da necessidade de uma norma para produtos ou
serviços que atenda aos interesses do País, é iniciado o processo de normalização.
As Comissões de Estudo dos CB e ONS analisam e debatem as propostas de projetos
de norma. Obtido o consenso, o projeto é submetido à votação nacional. Após a
avaliação dos votos, o texto pode passar à condição de Norma Brasileira.
Para garantir a representatividade, as Comissões de Estudos são compostas por
representantes voluntários dos produtores, consumidores, governo, órgãos de defesa
do consumidor, entidades de classe, entidades técnicas e científicas, entre outras.
AS NORMAS TÉCNICAS
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CONCEITOS BÁSICOS
Documento Normativo
É o documento que estabelece regras, diretrizes ou características para atividades ou
seus resultados. Ele engloba documentos como Normas, Especificações Técnicas e
Regulamentos.
Além dos documentos técnicos, leis, portarias e regulamentos nacionais, estaduais ou
municipais compõem o conjunto de documentos normativos.
Norma
É o resultado de um processo de normalização realizado em um certo âmbito e aprovado
por autoridade reconhecida. Pode tomar a forma de um documento normativo, o qual
contém uma série de condições que devem ser cumpridas.
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Consenso
Consenso é o processo pelo qual um texto é submetido a apreciação, comentários e
aprovação de uma comunidade, técnica ou não, a fim de que se obtenha um texto o mais
próximo possível da realidade de aplicação. Tem o objetivo de atender aos interesses
e às necessidades da comunidade.
O consenso supõe a vontade de todos entrar em um acordo e cumpri-lo. Não é uma
votação apenas, mas um compromisso de interesse mútuo.
NORMA
Documento estabelecido por consenso e aprovado por
organismo reconhecido.
Norma Brasileira
Documento elaborado segundo procedimentos e conceitos definidos pelo Sistema
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – SINMETRO.
As Normas Brasileiras resultam de um processo de consenso nos diferentes foros do
sistema, cujo universo abrange o governo, o setor produtivo, o comércio e os
consumidores.
A norma é definida pelo CONMETRO como documento normativo de caráter
consensual aprovado no âmbito do Foro Nacional de Normalização – ABNT.
As Normas Brasileiras são identificadas pela ABNT com a sigla NBR.
Exemplos
NBR 6021 (antigo NB-62)
APRESENTAÇÃO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Norma que fixa diretrizes de ordem e clareza na apresentação de publicações
periódicas.
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Regulamento Técnico
É definido pelo CONMETRO como ato normativo de caráter compulsório, emanado de
autoridade estatal com competência específica para editá-lo, que contém regras
legislativas, regulatórias ou administrativas e que estatui as características técnicas
para um produto ou serviço.
Em geral, os Regulamentos Técnicos visam às atividades de saúde, segurança e meio
ambiente.
Exemplos:
RTQ-009
PRESERVATIVO MASCULINO DE BORRACHA
Este regulamento especifica requisitos para preservativo masculino confeccionado
em látex de borracha natural.
Por ser um documento que contém regras de caráter obrigatório, o Regulamento
Técnico é restrito ao que é essencialmente papel do Estado ou do Poder Público
impor à sociedade.
CERTIFICADO DE CONFORMIDADE
Documento emitido de acordo com os procedimentos de
um sistema de certificação de terceira parte, que atesta
que um produto ou serviço obedece a normas específicas
ou outras especificações técnicas.
REGULAMENTO
Documento compulsório.
Emitido por autoridade estatal.
Certificação
Procedimento pelo qual um organismo certificador de terceira parte fornece garantia por
escrito (certificado) que um sistema, processo, produto ou serviço estão em conformidade
com os requisitos de uma norma específica.
Exemplo:
Uma empresa tem seu sistema de gestão da qualidade certificado de acordo com a
norma ISO 9002, quando após a realização de auditoria por um Organismo de
Certificação é aprovado o cumprimento de todos os requisitos exigidos pela norma
ISO 9002 para o processo de fabricação de seu produto.
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SASSUNTOS A NORMALIZAR
Fatores a considerar
Qual a aplicação prática das Normas Técnicas?
São muitas. A Norma Técnica se faz presente na fabricação de produtos, na transferência
de tecnologia, por meio de informações codificadas. É aplicável na melhoria da
qualidade de vida por meio, por exemplo, de normas relativas à saúde, à segurança e
à preservação do meio ambiente.
Além disso, a norma reduz a variabilidade dos produtos, facilitando com isso a relação
entre fornecedor e consumidor.
Pode criar ou eliminar barreiras tecnológicas no que se refere ao comércio internacional,
protegendo, desse modo, o mercado interno.
Quais as vantagens das Normas Técnicas?
O uso de normas oferece a devida segurança, tanto para o fabricante quanto para o
consumidor, bem como a melhoria do funcionamento do mercado por meio de linguagem
precisa e comum.
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Além disso, define a concepção do produto, fabricação e distribuição, administração de
estoques, emissão de pedidos e controle de recebimento.
A Norma para ser eficiente deve:
Atender a uma necessidade real
Apresentar uma solução aceitável
Gerar benefícios para a empresa
Ser usada
Para que isso aconteça devemos:
Selecionar os assuntos a normalizar
Verificar as prioridades com respeito à:
Economia
Qualidade
Segurança
Fatores a considerar:
Repetitividade
Volume
Problemas
Reclamações
Segurança
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Principais Atividades
Redução de variedades
Padronização de embalagens
Coordenação prática de projeto e produção
Manutenção da qualidade de produtos e semi-acabados
Serviços de manutenção
Segurança
Se não existissem Normas, estariam dificultados
O avanço da tecnologia
O comércio entre países
Alguns campos de atividade, como o de transporte
ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS
Imagine o problema da interpretação de desenhos. Onde mostrar as dimensões? Como
representar os lados (arestas) visíveis e invisíveis? E os furos, além de inúmeros outros
detalhes inerentes ao desenho técnico? Isso somente no projeto.
E na produção? Como seria?
Com os diversos tipos de máquinas, com acionamentos, painel de comando, controle,
dispositivos de segurança completamente variados.
E se quiséssemos reparar um equipamento eletrônico, por exemplo, sem conhecermos
as características dos componentes, sem possuirmos o esquema de montagem?
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Talvez conseguíssemos solucionar o problema após a leitura de uma pilha de livros,
manuais e outras publicações.
A Norma Técnica é elaborada justamente para ajudar a resolver estes problemas.
A estrutura proposta neste manual tem como objetivo mostrar a necessidade do uso das
normas e facilitar a elaboração de normas técnicas nas empresas.
Tipos de Normas Técnicas
Classificação
Especificação
Método de Ensaio
Procedimento
Padronização
Simbologia
Terminologia
Norma de Classificação
Tipo de Norma que se destina a ordenar, designar, distribuir e/ou subdividir conceitos,
materiais ou objetos, segundo uma determinada sistemática.
Exemplos:
NBR 5980 (antigo CB-51)
CAIXA DE PAPELÃO ONDULADO
Estabelece um critério para designação dos diferentes estilos de caixas de papelão
ondulado.
NBR 11702
TINTA PARA EDIFICAÇÕES NÃO-INDUSTRIAIS
Classifica os tipos de produtos empregados nas pinturas de edificações não-
industriais.
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Norma de Especificação
Uma das definições da qualidade é a conformidade com as especificações.
Significa dizer que os produtos devem possuir, comprovadamente, as características
que estão descritas nos projetos, catálogos e normas de especificação.
A Norma de Especificação é, portanto, o tipo de Norma Técnica que se destina a fixar
as características de materiais, processos, componentes, equipamentos e elementos
de construção, bem como as condições para aceitação e/ou rejeição.
Exemplos:
NBR 5850 (antigo EB-569)
BEBEDOUROS COM REFRIGERAÇÃO MECÂNICA INCORPORADA
Fixa requisitos mínimos para bebedouros com refrigeração incorporada e estabelece
seus padrões de qualidade e capacidade.
NBR 10137 (antigo EB-624)
TORNEIRA DE BÓIA PARA RESERVATÓRIOS PREDIAIS
Fixa condições exigíveis de torneiras de bóia destinadas ao emprego em reservatórios
prediais de água fria.
Norma de Método de Ensaio
Tipo de Norma Técnica que se destina a prescrever a maneira de verificar ou determinar
características, condições ou requisitos exigidos de materiais, produtos ou equipamentos
de acordo com a respectiva especificação.
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Exemplos:
NBR 6918 (antigo MB-21)
MINÉRIO DE MANGANÊS
Fixa normas para análise química de minérios de manganês, tendo em vista o
controle da exportação.
NBR 5160 (antigo MB-449)
LÂMPADAS FLUORESCENTES PARA ILUMINAÇÃO GERAL
Fixa o modo pelo qual devem ser ensaiadas lâmpadas fluorescentes.
Norma de Procedimento
Tipo de Norma Técnica que se destina a fixar rotinas e/ou condições para:
Operação, Manutenção e Inspeção de Equipamentos
Inspeção de Matérias-Primas e Produtos
Execução de Cálculos, Projetos, Obras, Serviços e Instalações
Elaboração de Documentos
Uso de Materiais e Produtos
Trabalho com Segurança
Exemplos :
NBR ISO 9000 (Série)
É a classificação da ABNT para as normas ISO Série 9000.
Um conjunto de cinco normas que serve para a implantação do programa de gestão
da qualidade.
Essas normas estabelecem os requisitos mínimos de gestão da qualidade que
permitem às empresas mostrar que possuem condições de garantir a qualidade de
produtos e serviços.
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São Normas de Procedimento, porque contêm um conjunto de regras escritas para
organizar a execução das atividades da empresa, com a finalidade de obter e manter
a qualidade de seus produtos e serviços.
Vejamos, como exemplo, o requisito 4.5 da NBR ISO 9001:
4.5 – CONTROLE DE DOCUMENTOS E DE DADOS
Objetivo
O fornecedor deve dispor de documentos válidos, como garantia do Sistema da
Qualidade.
Significa que o fornecedor deve possuir um procedimento para assegurar que as
pessoas que necessitam recorrer a documentos, para realizarem seu trabalho,
tenham acesso, somente, a versões corretas e atualizadas.
Portanto, deve prever para os documentos controlados:
Análise
Liberação
Distribuição
Documentos apropriados nos locais certos
Retirar documentos obsoletos
Alterações
Análise e liberação como para primeira emissão
Documentar as alterações
Outras Normas de Procedimento destinadas a ordenar as atividades de garantia da
Qualidade Ambiental são as da Série ISO 14000, como, por exemplo:
NBR ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental - SGA – Especificação para
implantação e Guia
NBR ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental - SGA – Diretrizes Gerais
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NBR 9077 (antigo NB-208)
SAÍDA DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS
Fixa condições exigíveis a que devem obedecer os edifícios, a fim de que sua
população possa abandoná-los, em caso de incêndio, completamente protegida em
sua integridade física.
Norma de Padronização
Tipo de Norma Técnica que se destina a restringir a variedade, com o objetivo de
uniformizar as características construtivas, funcionais ou outras de materiais, elementos
de construção, aparelhos, produtos industriais, desenhos e projetos.
Exemplos:
NBR 6413 (antigo PB-3)
ENXADAS E ENXADÕES
Padroniza as dimensões, o peso e a dureza exigíveis no recebimento de enxadas e
enxadões.
NBR 6017 (antigo PB-474)
DIMENSÕES DE VÁLVULAS PARA PNEUS E CÂMARAS-DE-AR
Padroniza as dimensões das válvulas usadas para inflar e desinflar pneus com ou
sem câmara-de-ar, para veículos rodoviários automotores, seus rebocados e
combinados.
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Norma de Simbologia
Tipo de Norma que se destina a estabelecer condições gráficas e/ou literais para
conceitos, grandezas, sistemas ou partes de sistemas.
\São normas em que devem ser relacionados os símbolos e seus significados
correspondentes.
Exemplos:
NBR 10696 (antigo SB-73)
SÍMBOLOS GRÁFICOS DOS DIAGRAMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Estabelece símbolos gráficos a serem usados nos diagramas de acidentes e nos
boletins de ocorrência em estudos e levantamentos de acidentes de trânsito.
NBR 5444 (antigo SB-2)
SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS
Estabelece símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais.
Norma de Terminologia
Tipo de Norma que se destina a definir, relacionar e/ou dar equivalência, em diversas
línguas, aos termos técnicos empregados em um determinado setor de atividade,
visando ao estabelecimento de uma linguagem uniforme.
São normas nas quais estão relacionados, em ordem alfabética, os termos técnicos com
suas respectivas definições.
Exemplos:
NBR 7209 (antigo TB-63)
ARMÁRIOS E GABINETES DE COZINHA
Define os termos a serem utilizados na padronização e especificação de armários e
gabinetes de cozinha.
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NBR 7039 (antigo TB-170)
PILHAS E ACUMULADORES ELÉTRICOS
Define os termos relacionados com conversores eletroquímicos de energia.
ELABORAÇÃO DE NORMAS PARA A EMPRESA
A ABNT adotou como procedimento para a elaboração, redação e apresentação de
normas brasileiras a Parte 3 das Diretivas ISO/IEC:1989 – referente à Redação e
Apresentação de Normas Internacionais – com a finalidade de facilitar a comunicação
em nível internacional.
No entanto, para facilitar as empresas na elaboração, revisão, implantação e em
auditorias de suas normas, é sugerido como procedimento a elaboração de normas
básicas.
As normas básicas nada mais são do que procedimentos elaborados pelas empresas
com a finalidade de uniformizar a redação, a forma e compatibilizar os textos das normas
técnicas. Podem ser elaboradas, também, normas básicas para revisão, implantação e
auditorias das normas técnicas.
Como guia para a estruturação das normas básicas podemos utilizar as normas NBR
6024, NBR 6027 e NBR 6028 e a ABNT ISO/IEC Diretiva – Parte 3:1995.
A seguir são apresentados exemplos de Normas que devem ser elaboradas pela
empresa para ordenar suas atividades.
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Exemplos:
Norma Básica NN-1 – Diretrizes para o Preparo e Apresentação de Normas
Técnicas
Objetivo
Esta norma disciplina e uniformiza a “forma” de apresentação de uma Norma Técnica
com respeito a:
Identificação
Estrutura
Princípios de Redação
Referências a outros documentos normativos
Em outras palavras, trata da forma (jeito) da Norma.
Norma Básica NN-2 – Elaboração e Revisão de Normas Técnicas
Objetivo
Estabelece o procedimento para elaboração e revisão de Normas Técnicas com
respeito a:
Conteúdo técnico do texto normativo
Consenso
Aprovação/Homologação
Atualização Definitiva
Reprografia e Distribuição
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Norma Básica NN-3 – Implantação de Normas Técnicas
Objetivo
Estabelece o procedimento a ser observado para a implantação de Normas Técnicas.
O que é Implantação de Norma?
É a adoção de medidas técnico-administrativas com o objetivo de fazer com que a
norma seja aplicada por seus usuários.
Norma Básica NN-4 – Auditorias de Normas Técnicas
Objetivo
Esta norma estabelece o procedimento para auditoria de Normas Técnicas com
respeito a:
Programa de Auditoria
Equipe de Auditoria
Execução de Auditoria
Elaboração de Relatório de Auditoria
Tomadas de ação, diante das não-conformidades encontradas
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O que é uma Auditoria de Normas Técnicas?
É a verificação efetuada, in loco, pela equipe de auditoria para constatar a aplicação
da Norma Técnica.
A Auditoria do Acervo Normativo de uma Empresa:
Permite ter a segurança de que as Normas estão sendo cumpridas.
Permite implantar com êxito na empresa o Sistema de Garantia da Qualidade.
AUDITORIA É UMA OPORTUNIDADEDE MELHORIA, APROVEITE
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CASO PRÁTICO
Normalização em uma Pequena Empresa de Reciclagem
Vamos supor a fabricação de latas de alumínio.Vamos mostrar, em cada uma das fases
do processo – desde a coleta das latas vazias até a venda ao consumidor –, as normas
técnicas necessárias para garantir a qualidade do produto.
Suponhamos, ainda, que a produção se resuma nas seguintes operações: coleta,
prensagem e refusão das latas em lingotes de alumínio e a venda do produto ao
consumidor.
Coleta da lata vazia
Nesta etapa devemos ter, pelo menos, uma norma que descreva as características
necessárias para garantir que as latas coletadas sejam de alumínio e que tenham
dimensões compatíveis com o processo de prensagem que será utilizado pela empresa.
Esta norma é a NORMA DE ESPECIFICAÇÃO.
Prensagem das latas
A prensa é uma máquina. Portanto, é necessário que saibamos operá-la, para que seja
possível produzir de acordo com o que foi planejado para o controle do processo, sem
prejuízo em termos de retrabalho, desperdícios, quebra da prensa e, mais importante,
para que possamos evitar a ocorrência de acidentes.
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Nessa etapa podem ser utilizadas as seguintes normas:
para a seleção da prensa: NORMA DE ESPECIFICAÇÃO
para operação da prensa: NORMA DE PROCEDIMENTO
para a segurança do operário durante o funcionamento da prensa: NORMA DE
PROCEDIMENTO
Refusão em lingotes
Nessa fase, as latas serão fundidas e colocadas em fôrmas para serem transformadas
em lingotes de alumínio. Esta operação é feita num forno, onde os valores da
temperatura de funcionamento são muito importantes.
Não devemos esquecer, ainda, que a operação de lingotamento pode proporcionar
riscos para o empregado se não tivermos uma rotina aprovada para o trabalho.
Algumas normas são, então, necessárias:
para a operação do forno de acordo com a temperatura especificada para a fusão do
alumínio: NORMA DE PROCEDIMENTO;
para definir o modelo das fôrmas de lingotamento: NORMA DE PADRONIZAÇÃO;
para garantir a segurança na operação do forno e no lingotamento: NORMA DE
PROCEDIMENTO;
para realizar o controle da qualidade do produto de acordo com suas especificações,
são necessárias, pelo menos, três normas: NORMA DE ESPECIFICAÇÃO, NORMA
DE PROCEDIMENTO e NORMA DE MÉTODO DE ENSAIO.
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Venda ao Consumidor
Para que o consumidor possa adquirir o produto de acordo com suas expectativas, as
características do produto final devem ser especificadas e garantidas pela empresa.
A norma utilizada é uma NORMA DE ESPECIFICAÇÃO.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABNT / ISO. Guia 2: termos gerais e suas definições relativas à normalização e
atividades correlatas.
2. ABNT / ISO / IEC. Diretiva. Parte 3. Rio de Janeiro : ABNT, 1995.
3. COLETÂNEA de normas de sistemas da qualidade. Rio de Janeiro : ABNT, 1995.
4. MARANHÃO, Mauriti. ISO série 9000: manual de implementação. Rio de Janeiro :
CNI ; Qualitymark, 1994. 144p. : il., graf., tab. Bibliografia.
5. O MOMENTO de pensar a qualidade. Revista ABNT, Rio de Janeiro, out.1990. 20p. :
il. Edição Especial.
6. OBJETIVOS e princípios da normalização. Rio de Janeiro : ABNT, 1984. 135p. : il.,
graf., tab. Bibliografia.
7. REGAZZI FILHO, Carlos Luiz. Normalização e confiabilidade. Rio de Janeiro :
CEFET, 1988/1994. Notas de aula.
8. SOUTO, Franklin Claudio. Uma visão da normalização. Rio de Janeiro : Qualitymark,
1991. 134p. : il., graf., tab. Bibliografia.
9. PROGRAMA DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA EM NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL. Treinamento básico em gestão da qualidade. Rio de Janeiro :
INMETRO, 1994. 181p. : il., graf., tab.
10. AS VANTAGENS da normalização. Rio de Janeiro : ABNT, 1976. 114p. : il., graf.,
tab. Bibliografia.
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ANEX
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ANEXOS
ONDE CONSEGUIR INFORMAÇÕESSOBRE NORMAS TÉCNICAS
INMETRO
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Distrito Federal
SAS Q2, L1A
CEP: 70300 – Brasília – DF
Tel.: (0xx61) 225-0832
Fax: (0xx61) 223-4283
Telex: 611834
Rio de Janeiro
Rua Santa Alexandrina, 416
CEP: 20261-232 – Rio Comprido – RJ
Tel.: (0xx21) 273-9002
Fax: (0xx21) 293-0954
Av. N. S. das Graças, 50
CEP: 25250-020 – Xerém – Duque de Caxias - RJ
Tel.: (0xx21) 779-1311 pabx
Fax: (0xx21) 779-1635
Telex: 2130672
ABNT
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 – 27º andar
CEP: 20031-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (0xx21) 210-3122
Fax: (0xx21) 532-2143
Telex: 2137839
http://www.abn.org.br
e-mail: [email protected]
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Regional Leste
Sede/Escritório do Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13/28º andar
20003-900 – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: PABX (0xx21) 210-3122
Fax.: (0xx21) 240-8249
Escritório da Bahia: Av. Sete de Setembro, 608, sala 401
Edifício Barão de Cotegipe – 40060-001 – Salvador – BA
Telefax: (0xx71) 329-4799
Região Sudeste
Sede/Escritório de São Paulo: Rua Marquês de Itu, 88 – 7º andar
01223-000 – São Paulo – SP
Telefone: (0xx11) 222-0966
Fax: (0xx11) 222-4 433 – Fax/venda de normas (011) 222-0541
Regional Sul
Sede/Escritório do Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1.184 –
conj. 905/906 – 90010-001 – Porto Alegre – RS
Telefone: (0xx51) 226-2537/224-2601 – Fax: (051) 226-2537
Representação no Paraná: NT & C – Normalização Técnica Ltda.
Rua Lamenha Curitiba – PR
Telefone: (0xx41) 323-5286 – Fax: (041) 322-8355
Representação em Santa Catarina: Inspetoria do CREA - SC –
Rua Marinheiro Max Scharnn, 267
88095-001 – Estreito – Florianópolis - SC – Telefax: (0xx48) 248-6163
Regional Centro-Oeste
Sede/Escritório de Minas Gerais: Rua da Bahia, 1.148, grupo 1015
30160-906 – Belo Horizonte – MG – Tefefone: (0xx31) 273-4344
Escritório do Distrito Federal: SCS
Edifício Central, sala 401 – 70304-900 – Brasília – DF
Telefone: (0xx61) 223-5590 – Fax: (0xx61) 223-5310
Regional Norte-Nordeste
Representação em Pernambuco: Rua Francisco da Cunha, 995, conj. 101 –
Boa Viagem – 51020-040 – Recife – PE
Telefax: (0xx81) 465-7259
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ASSOCIAÇÕES INTERNACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO
ISO – International Organization for Standardization
1, Rue de Varembé, 1211
Géneve 20, Switzerland
IEC – International Eletrotechnical Commission
1, Rue de Varembé, 1211
Géneve 20, Switzerland
CEN – European Committee for Standardization
Rue Brederode 2, Bte 5, 1000
Bruxelles, Belgium
CENELEC – European Committee for Electrotechnical Standardization
Rue Brederode 2, Bte 5, 1000
Bruxelles, Belgium
COPANT – Pan American Standards Commission
Lima 711, Piso 5º , (1073)
Buenos Aires, Argentina
MERCOSUL – Mercado Comum do Cone Sul
Comitê Mercosul de Normalização
Memorial América Latina
Anexo Mário de Andrade, 664
CEP: 01154-060 - São Paulo - SP
Tel.: (011) 823-9846
Fax: (011) 823-9689
SIGLAS UTILIZADAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ASTM – Associação Americana de Ensaios e Materiais
CEN – Comitê Europeu de Normalização
CENELEC – Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica
CMN – Comitê Mercosul de Normalização
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CNN – Comitê Nacional de Normalização
CONMETRO – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
COPANT – Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas
IEC – Comissão Eletrotécnica Internacional
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
ISO – Organização Internacional de Normalização
MCE – Mercado Comum Europeu
MERCOSUL – Mercado Comum do Cone Sul
NBR – Norma Brasileira
OMC – Organização Mundial de Comércio
SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
COMITÊS BRASILEIROS DE NORMALIZAÇÃO
A ANBT possui, atualmente, 38 Comitês Brasileiros e dois Organismos de
Normalização Setorial nas seguintes áreas:
Comitês brasileiros
ABNT/CB-01 – mineração e metalúrgica
ABNT/CB-02 – construção civil
ABNT/CB-03 – eletricidade
ABNT/CB-04 – máquinas e equipamentos mecânicos
ABNT/CB-05 – automóveis, caminhões, tratores, veículos similares
e autopeças
ABNT/CB-06 – metrô-ferroviário
ABNT/CB-07 – navios, embarcações e tecnologia marítima
ABNT/CB-08 – aeronáutica e espaço
ABNT/CB-09 – combustíveis (exclusive nucleares)
ABNT/CB-10 – química, petroquímica e farmácia
ABNT/CB-11 – couro e calçados
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ABNT/CB-12 – agricultura e pecuária
ABNT/CB-13 – bebidas
ABNT/CB-14 – finanças, bancos, seguros, com. E documentação
ABNT/CB-15 – mobiliário
ABNT/CB-16 – transportes e tráfico
ABNT/CB-17 – têxteis
ABNT/CB-18 – cimento, concreto e agregados
ABNT/CB-19 – refratários
ABNT/CB-20 – energia nuclear
ABNT/CB-21 – computadores e processamento de dados
ABNT/CB-22 – isolação térmica e impermeabilização
ABNT/CB-23 – embalagem e acondicionamento
ABNT/CB-24 – segurança contra incêndio
ABNT/CB-25 – qualidade
ABNT/CB-26 – odonto-médico-hospitalar
ABNT/CB-28 – siderurgia
ABNT/CB-29 – celulose e papel
ABNT/CB-30 – tecnologia alimentar
ABNT/CB-31 – madeiras
ABNT/CB-32 – equipamentos de proteção individual
ABNT/CB-33 – joalheria, gemas, metais preciosos e bijuteria
ABNT/CB-35 – alumínio
ABNT/CB-36 – análises clínicas e diagnóstico in citro
ABNT/CB-37 – vidros planos
ABNT/CB-38 – meio ambiente
Organismo de normalização setorial
ANBT/ONS-27 – tecnologia gráfica
ABNT/ONS-34 – petróleo
GRUPO GESTOR
CNI/COMPI-UNIDADE DE COMPETITIVIDADE INDUSTRIALCoordenação : Susana KakutaRua Mariz e Barros 678/3º andar20270-002 - Maracanã - RJTel.: (21) 204-9617 Fax: (21) 204-9619 e-mail: [email protected]
SEBRAESEPN - Quadra 515 Lj. 32, Bloco C70770-530 - Brasília - DFTel.: (61) 348-7100 Fax: (61) 347-4120 e-mail: [email protected]
INMETRORua Santa Alexandrina, 416 - 10º andar20261-232 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 293-0616 Fax: (21) 502-0415 e-mail: [email protected]
MCTEsplanada dos Ministérios, Bloco E70067-900 - Brasília - DFTel.: (61) 317-7800 Fax: (61) 225-6039 e-mail: [email protected]
MDIC/SPIEsplanada dos Ministérios, Bloco J - 5º andar70056-900 - Brasília - DFTel.: (61) 329-77851 Fax: (61)329-7179 e-mail: [email protected]
ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28º andar20031-900 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21)210-3122 Fax: (21) 210-3122 e-mail: [email protected]
Confederação Nacional da Indústria - CNICoordenação EditorialASCOM/Assessoria de Comunicação Social
Normalização BibliográficaECON/Gerência de Documentação
Supervisão GráficaADM/Área de Produção Gráfica
SAC - Serviço de Atendimento ao ClienteRM/Área de Produção Gráfica
Rua Mariz e Barros 678/2º andar CEP 20270-002 - Maracanã - RJTel.: (21)204-9513/9514 Fax: (21) 204-9522e-mail: [email protected] home page: http://www.cni.org.br
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