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Hoje vai rolar a festa! Hoje tem churrasco!! Que seu aniversário seja abençoado e comemorado com muita alegria, saúde e felicidade! Forte abraço! Parabéns pelo aniversário!
A vibração ocupacional está presente nas mais variadas
formas de trabalho e um dos ris-
cos à saúde dos trabalhadores
nas atividades realizadas em in-
dústrias é a vibração em mãos e
braços.
O advento dos motores elétri-
cos trouxe consigo o surgimento
de ferramentas motorizadas no
ambiente de trabalho, que têm
proporcionado facilidade e otimi-
zação nas atividades industriais.
Estas ferramentas ou máquinas
rotativas, como toda máquina me-
cânica, produzem vibrações devi-
do ao seu funcionamento.
Vibração em mãos e braços pode ser atenuada com uso de
luva especial
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Norminha O mundo do trabalho Desde 18/Agosto/2009
Nesta edição: 10 páginas
Com investimento de qua-
se R$ 400 mil captados junto à
iniciativa privada, o programa IAC
de Qualidade de Equipamentos de
Proteção Individual na Agricultura
(IAC-Quepia) concluiu a obra de
seu novo laboratório de pesqui-
sas, construído da cidade de Jun-
diaí (SP). No próximo dia 17, um
evento exclusivo para empresas
apoiadoras do programa marcará
a abertura do principal centro de
estudos do País voltado à quali-
dade de vestimentas protetivas
utilizadas no trabalho rural com
agrotóxicos.
Considerado pelos pesquisa-
dores da área um dos mais mo-
dernos espaços do gênero do
mundo, o laboratório Quepia tam-
bém teve expandido seu campo
de atuação: a partir de agora, além
de estudos de conformidade apli-
cados a vestimentas de proteção
agrícola, o programa passa a cer-
tificar a qualidade de luvas em-
pregadas pelo trabalhador brasi-
leiro no manuseio de agroquími-
cos.
De acordo com o pesquisador
científico Hamilton Ramos, coor-
denador do programa IAC-Que-
pia, o novo laboratório, com 300
metros quadrados construídos, a-
brigará uma equipe de profissio-
nais estudiosos da exposição do
trabalho rural aos agroquímicos e
da atividade fabril da indústria
global de vestimentas de prote-
ção.
Criado há 12 anos e sem fins
lucrativos, o programa Quepia re-
sulta de uma parceria entre o Cen-
tro de Engenharia e Automação do
Instituto Agronômico (CEA/IAC),
órgão oficial de pesquisas que
funciona há quase 40 anos na
cidade de Jundiaí, no interior de
São Paulo, e o setor privado, in-
cluindo fabricantes de vestimen-
tas protetivas e de defensivos a-
grícolas. O projeto do novo labo-
ratório também recebeu apoio fi-
nanceiro da Fundag - Fundação
de Apoio à Pesquisa Agrícola.
Mais informações:
www.quepia.com.br N
Segundo o engenheiro Tuffi
Saliba, a vibração é um movimen-
to oscilatório de um corpo devido
a forças desequilibradas de com-
ponentes rotativos e movimentos
alternados de uma máquina ou e-
quipamento. Se o corpo vibra, es-
te descreve um movimento osci-
latório e periódico, envolvendo
deslocamento num certo tempo.
Assim se têm envolvidas no mo-
vimento uma velocidade, uma a-
celeração e uma frequência.
Confira o artigo completo na
edição de setembro da Revista
Proteção.
Norminha
quentes, aumentaram a insegu-
rança e, consequentemente, o ní-
vel de autoexigência ante o medo
de perder o emprego por não ser
avaliado adequadamente, o que,
de forma direta, aumenta o nível
de sujeição frente às práticas de-
spóticas presentes no mundo do
trabalho.
Essa nova realidade do mundo
do trabalho precarizado, flexível,
Cursos de Higiene Ocupacional e eSocial em
Araçatuba, Presidente Prudente; NR-12 em Vitória (ES)
fragmentado e produtor de de-
semprego usa, frequentemente, a
micropolítica das humilhações
cotidianas e sistemáticas como
instrumento de controle da biopo-
lítica, que desestrutura emocio-
nalmente os trabalhadores, po-
dendo levá-los a desistir do em-
prego frente às ameaças cotidia-
nas e ao olhar silencioso dos pa-
res que assistem e testemunham.
Setembro Amarelo: A relação entre trabalho e suicídio
As consequências são nocivas
para todos os trabalhadores, por-
quanto causam conflitos em suas
vidas, alteram valores, transtor-
nam as emoções e corroem o ca-
ráter individual, contribuindo para
a fragmentação das biografias la-
borais e destruição dos laços de
amizade no coletivo.
Autoria de: Venco, Selma e
Barreto, Margarida; 2014.
Norminha
Curso na Fundacentro do Paraná
No Paraná, nos dias 25 e
26 de setembro, acontece o curso
“Impactos das nanotecnologias e
das novas tecnologias à saúde
dos trabalhadores e ao meio am-
biente”, com carga horária de 8
horas.
Para a docente e Pesquisadora
da Fundacentro do Paraná, Mey
Rose de Mello Pereira Rink, a in-
tenção do curso é apresentar aos
profissionais de SST os concei-
tos referentes às nanotecnologias
e às novas tecnologias, bem co-
mo os seus possíveis impactos à
segurança e saúde, com a pers-
pectiva de capacitá-los a acom-
panhar e intervir, quando neces-
sário, na implantação desses no-
vos processos nas empresas em
que trabalham.
De forma a contemplar a temá-
tica, a Pesquisadora usará dife-
rentes dinâmicas com os partici-
pantes, incluindo relatos de ca-
sos, propostas e desafios na ava-
liação e controle dos riscos e de-
senvolvimento de pesquisa. Para
tanto, solicita-se que cada parti-
cipante compareça com um no-
tebook no dia 26 de setembro.
A coordenação informa que o
material didático do curso será
disponibilizado na íntegra aos
participantes que levarem pen
drive.
O curso, destinado a profis-
sionais da área de SST e líderes
sindicais, acontece das 13h30 às
17h30, na Fundacentro, localiza-
da à rua Paula Gomes, 313, São
Francisco, Curitiba-PR.
Informações pelo telefone (41)
3313-5200 ou pelo e-mail:
Norminha
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 10 - 13 de setembro de 2018 - Nº 484
[email protected] - [email protected] - [email protected] (Gratuito no seu e-mail)
Novo laboratório do programa IAC-
Quepia abre as portas no próximo
dia 17, na cidade de Jundiaí/SP
Prevenção ao suicídio é uma luta de todos
Salvador (BA) terá palestra sobre palestra sobre “Adoecimento
psicológico na categoria bancária”
Uma realidade perversa e pou-
co conhecida pela sociedade. Pre-
ocupado com os dados, o Sindi-
cato da Bahia realiza durante todo
o mês uma ampla campanha de
prevenção ao suicídio e as doen-
ças psicológicas decorrentes do
trabalho.
Entre as atividades, visita às a-
gências e uma palestra sobre A-
doecimento psicológico na cate-
goria bancária. O evento acontece
no dia 15 de setembro, às 8h30,
no teatro Raul Seixas, no Sindi-
cato dos Bancários. Entre as con-
vidadas com presença confirma-
da, a procuradora do Trabalho,
Ana Emília Albuquerque, e as mé-
dicas Suerda Fortaleza de Souza
(Cesat) e Cristiane Maria Galvão
Barbosa (Fundacentro). Norminha
O Setembro Amarelo, mês
de prevenção ao suicídio, começa
com uma informação preocupan-
te. O assédio moral adoece e ma-
ta. Os bancários sabem disso. A
categoria é a terceira em número
de suicídios no país, atrás dos po-
liciais e médicos. Quando se trata
de afastamento por problemas
psicológicos decorrentes do tra-
balho, os bancários da Bahia pu-
lam para o primeiro lugar.
Dados do Ministério Público
do Trabalho revelam que, se antes
os trabalhadores eram afastados
em decorrência das LER/Dorts,
hoje o assédio é o principal moti-
vo. O relatório aponta que 78%
das denúncias feitas contra os
bancos no Estado entre 2012 e
2014 são decorrentes da prática.
Seminário SST em Brasília
No Distrito Federal, nos
dias 26 e 27 de setembro, aconte-
ce o “XXVIII Seminário de Promo-
ção da Segurança e Saúde no Tra-
balho do Distrito Federal”, que
tem como objetivo disseminar co-
nhecimentos sobre Segurança e
Saúde no Trabalho para propiciar
a atualização profissional, a me-
lhoria das condições e dos am-
bientes de trabalho e contribuir
para o desenvolvimento da cultura
de prevenção de acidentes e do-
enças decorrentes do trabalho.
O evento é voltado para profis-
sionais da área de Segurança e
Saúde no Trabalho, membros de
CIPAs, sindicalistas, empresá-
rios, administradores, servidores
públicos, estudantes e represen-
tantes de entidades públicas e pri-
vadas interessados na valorização
do homem e na humanização do
trabalho.
Sob coordenação técnica do E-
ducador, Luiz Augusto Damasce-
no Brasil, o evento será realizado
no auditório do Senac/DF, das
13h às 17h30 (no dia 26) e das
14h às 17h30 (no dia 27). O audi-
tório do Senac-DF está localizado
na Asa Sul, 703/903, Sul, Brasi-
lia-DF.
Inscrições.
Informações:
Telefone 61 35357300
Norminha
NORMINHAS MINISTÉRIO
TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA
PORTAL NORMINHA
FACEBOOK NORMINHA
ARQUIVOS FUNDACENTRO
INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO
CBO NRs
CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST
OBSERVATÓRIO VIÁRIO
Revista Digital Semanal
O que dá razão e sentido ao
viver pode constituir-se em razão
para morrer, como refletia Camus.
O trabalho, enquanto atividade
humana, dá sentido à vida, forta-
lecendo a identidade e a dignida-
de do trabalhador.
Os novos modelos de gestão
adotados pelas empresas, asso-
ciados às reestruturações e down-
sizing (redução de pessoas) fre-
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Seminário em Pernambuco debate a Constituição Federal
e a Reforma Trabalhista
Aumento na demanda de tra-
balho em todos os aspectos en-
volvendo à prevenção, provocado
pela rotatividadeda mão de obra
em função da competividade e-
xacerbada do mercado, além da
perda de direitos, como a falta de
participação do sindicato como
representante legal na assessoria
dos seus associados, seja na dis-
cussão de melhores condições no
ambiente de trabalho, seja corri-
gindo distorções do não paga-
mento do piso, quando da sua ho-
mologação, considerando que a-
tualmente é feito na própria em-
presa sem a presença do repre-
sentante sindical.
A terceirização geral e irrestrita
por si só provocará alterações
sistemáticas na composição dos
Sesmts, uma vez que sua apli-
cação é diretamente proporcional
ao grau de risco e número de fun-
cionários constantes no CNPJ da
empresa e terceirizando esses tra-
balhadores contratados, não teráa
obrigatoriedade do cumprimento
da NR-4.
Com todo esse desequilíbrio
reinante entre capital e trabalho,
onde até a “justiça” que figura-
tivamente “usa vendas” para não
se desviar do foco, do que é justo,
observamos ultimamente que le-
gislam em causa própria ao invés
do coletivo, do menos favorecido.
Então, quantas outras surpresas
desagradáveis estão sendo reser-
vadas para a nossa categoria di-
ferenciada?
Eu acredito piamente que de-
sejo sem ação, sem atitude, pode
ser comparado com oferecer re-
médio para defunto; precisamos
todos cantar, em uma só voz, a
velha canção: “Vem vamos embo-
ra que esperar não é saber, quem
sabe faz a hora não espera acon-
tecer”.
Podemos não ter o poder do
capital, mas temos, nesse mo-
mento, em nossas mãos, a arma
mais poderosa que conduz ou
afasta aqueles que são contra os
interesses dos trabalhadores e da
nação, o voto.
Chegou o momento de fazer o
uso efetivo desta ferramenta co-
mo cidadão brasileiro.
Como prevencionistas que
somos, independente da ideolo-
gia e do partido, vamos concen-
trar nossa energia, nosso foco,
nosso poder de criticidade na se-
leção daqueles que possuem i-
deais em comum com a nossa re-
alidade, com o mundo da pre-
venção, com o DNA voltado às
questões de segurança e saúde
dos trabalhadores em geral.
Vamos sair da desesperança,
do desalento, do sentimento de
ter sido dominado e virar o jogo,
dominando quem tenta nos fazer
prisioneiros do sistema da lei do
Gerson, de somente querer levar
vantagem.
Juntos e organizados, faremos
uma grande diferença.
Sebastião Ferreira da Silva
1º Secretário do SINTESP
Primeiro Passo
Cuiabá recebe a 1ª Corrida contra a Escravidão
Evento tem como objetivo contribuir para a conscientização da socie-
dade sobre a importância do combate à prática do trabalho escravo
nálogas às de escravo e da atu-
ação dos auditores-fiscais do Tra-
balho. Somente no Mato Grosso
foram resgatados 6.129 trabalha-
dores no período de 1995 a 2017.
O estado figura em segundo lugar
no ranking nacional, ficando atrás
apenas do Pará, onde ocorreram
mais de 12 mil resgates.
Nos últimos três anos os nú-
meros de Mato Grosso são os se-
guintes:
2015 – 44 trabalhadores res-
gatados (30 na zona rural e 14 na
urbana)
2016 – 20 trabalhadores res-
gatados (11 na zona rural e 9 na
urbana)
2017 – 81 trabalhadores res-
gatados (31 na zona rural e 50 na
urbana)
Ministério do Trabalho
Assessoria de imprensa
Norminha
Sebastião Ferreira da Silva
1º Secretário do SINTESP
Em 1º de setembro de
1971, eu, com 22 anos, iniciava
minha vida no mundo do traba-
lho, como auxiliar de almoxari-
fado, em uma empresa nacional
consagrada no ramo de armas e
munições.
Meu juramento silencioso ao
transpor, pela primeira vez, os
portões da empresa como funcio-
nário foi que, se dependesse de
mim, só sairia dali aposentado...
Após alguns anos de trabalho,
diante da pressão que o Brasil so-
fria por parte de organismos in-
ternacionais, como a OIT, pelos
índices alarmantes de acidentes e
doenças do trabalho, chegando
em 1978 ao número de mais de
1.500.000 trabalhadores, com 4.
342 óbitos e com o advento da
criação de cursos emergenciais
para minimizar esta catástrofe, fiz
a minha formação profissional em
240 horas, passando a atuar co-
mo Supervisor de Segurança do
Trabalho, que posteriormente
passou para Técnico de Seguran-
ça do Trabalho, permanecendo
nesse primeiro emprego por 16
anos até surgir uma melhor opor-
tunidade tanto financeira quanto
profissional em outra empresa,
multinacional, com uma cultura
prevencionista consolidada.
Mesmo lembrando do meu ju-
ramento inicial de permanecer na
primeira empresa até a aposenta-
doria, visualizando uma oportuni-
dade de melhoria, solicitei minha
dispensa, mas por ser época de
negociação coletiva, tive de soli-
citar a liberaçãoatravés de uma
carta de próprio punho.
Nesta segunda empresa cum-
pri meu juramento permanecendo
por 19 anos até a minha aposen-
tadoria.
Relatei essa história inicial-
mente, porque hoje TUDO ESTÁ
DOMINADO pela Terceirização,
Lei 14.429, de 2017, e Reforma
Trabalhista, Lei 13.467 de 2017,
devidamente respaldadas pela
Supremo Tribunal Federal, que no
dia 30 de agosto de 2018, com
julgamento de 7 a 4 votos pela
terceirização geral e irrestrita das
atividades de trabalho, enterrou
de vez qualquer possibilidade de
alteração.
Dados do Departamento Inter-
sindical de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos
- Dieese, dão conta que 12,7
milhões de trabalhadores terceiri-
zados (6,8%) do mercado de tra-
balho atualmente, recebiam em
dezembro de 2013, 24,7% a me-
nos do que aqueles que tinham
contrato direto com as empresas,
além de um acréscimo de três ho-
ras a mais na sua jornada semanal
de trabalho, deixando-os mais
suscetíveis aos acidentes de tra-
balho.
O que isso implica para nossa
categoria? Tudo.
tedores, João Rufino do Egito Fi-
lho, Luis Carlos Saraiva Neves e
Jailda Eulidia da Silva Pinto, Pro-
curadora do Trabalho da 6ª. Re-
gião.
O seminário acontece das 9h
às 12h e a coordenação do evento
solicita 2 quilos de alimentos co-
mo taxa de inscrição a serem en-
tregues no dia do evento.
Informações pelos telefones:
(81) 3427-4775 e e-mail:
A Fundacentro está localizada
na rua Djalma Farias, 126, Tor-
reão, Recife-PE.
Também estão na agenda da
Fundacentro de Pernambuco co-
mo eventos a serem realizados no
mês de setembro, a 242ª. Reunião
Ordinária do Comitê Permanente
Terceirização... Tudo Dominado
Ações acontecem em
Pernambuco e Paraíba
Por ACS / Alexandra Rinaldi
No dia 5 de outubro de
2018, no auditório da Fundacen-
tro em Recife será realizado o se-
minário “30 anos da Constituição
Federal e a Reforma Trabalhista:
como ficam a segurança e a saúde
do trabalhador”?
Sob coordenação de Luiz An-
tonio de Melo (chefe técnico) e
Jose Hélio Lopes (educador), am-
bos da Fundacentro de Pernam-
buco, o seminário contará com a
expositora, Luciana Paula Con-
forti, magistrada do Tribunal Re-
gional do Trabalho da 6ª. Região
(PE) e com a presença dos deba-
Regional sobre Condições e Meio
Ambiente do Trabalho na Indús-
tria da Construção da Paraíba –
CPR-PB.
A reunião do CPR-PB aconte-
ce no dia 18, das 14h às 17h, e te-
rá como pautas, a leitura e apro-
vação da 241ª reunião, apresenta-
ção de case: nova cultura da
construção civil sob a ótica da
prevenção de acidentes e das re-
lações de trabalho e informes ge-
rais. José Hélio Lopes Batista é o
coordenador do CPR-PB.
No dia 19 de setembro, acon-
tece a ação educativa com pro-
fessores e agentes comunitários
de saúde para o trabalho seguro
em poços e cisternas.
Em maio de 2018, a Funda-
centro lançou o Guia Básico de
Prevenção de Acidentes em Espa-
ços Confinados. Nele, o leitor en-
contrará informações básicas so-
bre os perigos e as medidas de
segurança na construção e na
limpeza de poços/cisternas, co-
muns em regiões de seca do país
e consideradas atividades de ris-
co por envolverem espaços confi-
nados.
De acordo com os organiza-
dores, depois do lançamento do
guia sobre o tema, o momento é
envolver as duas categorias para
que possam atuar como multipli-
cadores no combate aos riscos e
perigos existentes nas atividades
de poços e cisternas. José Hélio
Lopes Batista será um dos docen-
tes na ação.
A ação educativa será realiza-
da das 9h às 12h, em Barra de
São Miguel (PB) e é destinada
somente aos professores da rede
municipal e agentes comunitários
de saúde. Norminha
Cuiabá (MT) sediará no dia
20 de novembro a 1ª Corrida Con-
tra a Escravidão, promovida pelo
Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait) com
apoio dos auditores-fiscais do
Trabalho da Superintendência Re-
gional do Trabalho do Mato Gros-
so (SRT-MT).
O evento, que será lançado
nesta sexta-feira (14), às 9h, na
sede da SRT-MT, é resultado de
uma deliberação do 36º Encontro
Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Enafit). As inscrições
podem ser feitas pelo endereço
eletrônico
https://www.ticketagora.com.br/e
/1-Corrida-Contra-A-Escravidao-
6750 .
A 1ª Corrida contra a Escravi-
dão tem como objetivo contribuir
para a conscientização da socie-
dade sobre a importância do com-
bate ao trabalho em condições a-
Página 03/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 484 – 13/09/2018
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“Tão dando muita moral para o eSocial”
Entenda a NR 18, uma das principais NRs para a Construção Civil
Senac Ribeirão
Preto capacita
profissionais da
saúde para o
preparo correto
de medicamentos
Aulas iniciam em 15 de setembro
e são voltadas para atuantes na
área de enfermagem; inscrições
já estão abertas
Para minimizar os erros
de administração de medicamen-
tos e, assim, promover a seguran-
ça dos pacientes, o Senac Ribei-
rão Preto está com inscrições a-
bertas para o curso Segurança no
Preparo de Medicamentos. Volta-
da para profissionais da área de
enfermagem, a capacitação inicia
em 15 de setembro, com aulas
aos sábados, das 8 às 12 horas.
“Administrar corretamente o
medicamento é de extrema impor-
tância no exercício da profissão de
enfermagem. A prática exige co-
nhecimento, habilidade e domínio
de outras áreas, como matemática
básica e farmacologia”, pontua
Fábio Leme, coordenador da área
de saúde e bem-estar da unidade.
“Por isso a importância do aper-
feiçoamento e da permanente atu-
alização no preparo e na admi-
nistração de remédios.”
Durante o curso, o aluno a-
prenderá sobre o preparo seguro
de medicamentos, reconhecendo
as diferentes unidades de grande-
za; matemática básica; leitura e in-
terpretação das prescrições médi-
cas. Segurança do paciente, pro-
cesso de dispensação de medica-
mento, formas de apresentação,
cálculos e tipos de diluições são
outros conteúdos programados.
Os interessados na formação
Segurança no Preparo de Medica-
mentos devem atender aos pré-re-
quisitos de estar cursando, ou ter
concluído, a qualificação profis-
sional de Auxiliar de Enfermagem
e ter, ao menos, 18 anos. Mais
informações no Portal Senac
(www.sp.senac.br/ribeiraopreto),
no qual também é possível se ins-
crever. Norminha
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro
de Segurança do Trabalho *
Todo mundo sabe que o
assunto da moda é o temido, a-
guardado e idolatrado eSocial,
mas apesar disso não tenho es-
crito muito sobre o tema. É ver-
dade, professor! Já mandei dois
e-mails pedindo que o senhor fi-
zesse um vídeo sobre o tema e até
hoje nada. Meu filho, o problema
é que há muita informação circu-
lando sobre o tema e de um dia
para o outro há várias mudanças
e estou estudando para não falar
muita besteira.
Ok, professor. Mas vamos a
alguns comentários: Eu queria
começar falando que acredito ser
um grande avanço a implantação
do eSocial, mas realmente não a-
credito que será toda esta revolu-
ção que os profissionais de Saúde
e Segurança do Trabalho estão a-
guardando. Explico o porquê. Na
minha cabeça, boa parte das em-
presas irão tentar burlar o sistema
omitindo as informações e o que
os olhos não veem o coração não
sente, neste caso seria “o bolso
não sente”. Sim, professor, mas a
empresa ficará com um passivo e
o dia que descobrirem, ela estará
enrolada. Concordo, mas aí é que
está o problema, o eSocial tem
como principal vantagem para o
governo a fiscalização a distância,
mas caso seja necessário ir até as
empresas não teremos fiscais su-
ficientes. Mas, professor, não
precisa ir na empresa, eles pode-
rão notifica-la para se explicar.
Ok, mas para que haja esta expli-
cação será necessário identificar
o problema via sistema e lembre
que no meu exemplo a empresa
estava maquiando as informa-
ções. Sei que estou sendo um
pouco pessimista, mas é algo si-
milar ao que ocorre hoje com a
declaração da Receita Federal.
Vemos vários casos de denúncias
sobre declarações burladas, mas
tenho certeza que uma grande
parcela não é identificada. Prova-
velmente dentro de pouco tempo
teremos profissionais que cobra-
rão para que a empresa esteja
“protegida”. Que horror, profes-
sor! O senhor não acredita em na-
da no eSocial?
Não distorça as minhas pala-
vras, comecei dizendo que acre-
dito que será um grande avanço,
apenas tenho convicção que não
existe sistema perfeito. Por exem-
plo, com a coleta de dados, caso
a maioria das empresas estejam
informando a realidade, o gover-
no terá um banco de dados ex-
celente e poderá cruzar dezenas
de informações que possibilitarão
conhecer a empresa melhor que
os próprio SESMT. Como assim,
professor? Por exemplo, se na
sua empresa você não faz o re-
conhecimento e as avaliações
ambientais de forma adequada,
com base nos dados de empresas
com a mesma atividade econômi-
ca e consequentemente com pro-
cessos similares será possível
deduzir os prováveis riscos do
ambiente de trabalho, mesmo
sem entrar nesta empresa. Os ca-
sos de NTEP serão rapidamente
identificados, as ações regressi-
vas do INSS deverão aumentar,
pois ficará mais fácil saber se a
doença tem maior probabilidade
de ser de responsabilidade da
empresa, o recolhimento da apo-
sentadoria especial, que hoje nem
sempre é feito, em muitas em-
presas, mas por ignorância na le-
gislação do que por má fé, tam-
bém será facilmente identificado.
Professor, agora você mudou de
ideia e acha que o eSocial será
excelente? Perceba que para tudo
isto funcionar precisamos de in-
formações corretas por parte da
empresa e é justamente este o
medo que eu citei no início do
texto. De qualquer forma, espero
que eu esteja apenas sendo muito
pessimista e que o eSocial seja
tudo de bom que a maioria dos
profissionais estão aguardando.
Norminha
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro
de Segurança do Trabalho
Criador de SEGURITO
Leia mais na Edição 144
O que é a NR 18? Publicada em junho de 1978
(e trazendo mais de 20 atualiza-
ções que você conhecerá ao lon-
go do conteúdo), a NR 18 mantém
como objetivos principais o esta-
belecimento de alguns pareceres
e diretrizes destinados ao planeja-
mento, organização e demais
questões de ordem administrati-
va. A norma discute e promove
uma ampla reflexão sobre as con-
dições e meio ambiente de traba-
lho na indústria da construção ci-
vil.
Ao seguir os protocolos dis-
postos por esta NR, todos os co-
laboradores e demais envolvidos
na indústria da construção esta-
rão garantidos quanto a preven-
ção de acidentes – o que resulta
em um ambiente especialmente
preparado, de qualidade e dentro
do que espera a lei.
A NR 18 – Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indús-
tria da Construção Civil – possui
27 tópicos, os quais destacam
atividades relativas a:
* Estruturas metálicas.
* Demolição.
* Escavações, fundações e
desmonte de rochas.
* Operações de soldagem e
corte a quente.
* Medidas de proteção contra
quedas de altura.
* Movimentação e transporte
de materiais pessoas.
* Andaimes e plataformas de
trabalho.
* Instalações elétricas.
* Máquinas, equipamentos e
ferramentas.
* Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs).
* Transporte de trabalhado- res em veículos automotores.
* Proteção contra episódios de
incêndio.
• Treinamento.
• Estruturas de concreto.
Processo de cumprimento e
implantação da NR 18
Cumprir minuciosamente to-
dos os pontos exigidos pela NR
18 só traz benefícios para o pro-
jeto.
Além de garantir a plena se-
gurança de todos os colabora-
dores envolvidos – desde que se-
jam utilizados os EPIs pertinentes
a cada cenário, possíveis multas
e autuações oriundas dos órgãos
competentes também são distan-
ciadas. Em suma, você obtém
muito mais segurança e liberdade
para dar sequência a obra e cum-
prir com os cronogramas previa-
mente estipulados.
Veja a seguir alguns dos pro-
cessos que você deve realizar pa-
ra garantir total cumprimento da
norma regulamentadora:
Antes de iniciar a construção
do próprio canteiro de obras, o
projeto e início das atividades de-
vem ser comunicados a Delega-
cia Regional do Trabalho, ou ór-
gão local competente para tal.
Devem estar incluídas no docu-
mento informações como endere-
ço da obra, endereço e qualifi-
cação do contratante, tipo de
construção, número de colabora-
dores contratados para o projetos
e datas previstas para início e
término da construção.
Se a obra contar com mais de
20 colaboradores, faz-se neces-
sária a criação do PCMAT (Pro-
grama de Condições e Meio Am-
biente de Trabalho na Indústria da
Construção). O documento deve
ser assinado por um profissional
da área de Segurança do Traba-
lho, devidamente habilitado. Este
documento também deve ser dis-
ponibilizado ao MTE, sempre que
solicitado para fins de fiscaliza-
ção.
A NR 18 também exige a cria-
ção de uma CIPA (Comissão In-
terna de Prevenção de Acidentes).
As condições de criação se alte-
ram de acordo com o número de
colaboradores e período de dura-
ção da obra:
- Canteiros de obras que fun-
cionarão por menos de 180 dias
necessitam apenas de uma co-
missão provisória de acidentes.
- Canteiros com menos de 70
funcionários podem possuir uma
comissão centralizada.
Grandes empresas, com cola-
boradores distribuídos em vários
estabelecimentos, também de-
vem criar comissões centraliza-
das em cada unidade (desde que
cada uma delas possua ao menos
70 colaboradores ou, ainda, 1 re- presentante para cada 50 funcio-
nários).
Após atender todas as exigên-
cias propostas pela NR 18, é pos-
sível utilizar um checklist especí-
fico para verificação de todas as
ações. O próprio Ministério do
Trabalho e Emprego oferece um
modelo de checklist!
Algumas atualizações da NR
18 que você deve conhecer
Como comentamos no início
do artigo, desde a sua publicação
original a NR 18 sofreu inúmeras
alterações, adequando-se às exi-
gências e novas condições desen-
volvidas ano a ano. Entre as al-
terações mais importantes da nor-
ma regulamentadora, temos:
Portaria MTE 644/2013: Inclui
a necessidade de autorização e li-
beração, por parte do engenheiro
responsável pela fundação, de to-
da e qualquer escavação no can-
teiro (em atenção a NBR 6122:
2010).
Altera a opção pelo escora-
mento (encamisamento) em obras
com tubulões a céu aberto, tor-
nando-a de responsabilidade do
engenheiro especialista em fun-
dações ou solo.
Inclui a necessidade de um
sistema de segurança com trava-
mento nos equipamentos de des-
cida e içamento de trabalhadores
e materiais utilizado na execução
de tubulões a céu aberto.
Inclui a necessidade de uma
sondagem ou estudo geotécnico
local para o início das atividades
de escavação em projetos de tu-
bulões a céu aberto.
Portaria SIT 296/2011: Altera a
responsabilidade sobre a elabora-
ção do PCMAT, informando que o
documento deve ser criado por
um profissional legalmente habi-
litado na área de segurança do tra-
balho.
Adiciona como documentos
necessários ao PCMAT o crono-
grama de implantação das medi-
das preventivas definidas em con-
formidade com as etapas de exe-
cução da obra e o layout inicial e
atualizado do canteiro de obras
e/ou frente de trabalho.
Portaria MTE 597/2015
Proíbe a instalação de eleva-
dores tracionados com um único
cabo para transporte exclusivo de
materiais em edificações com
mais de 13 pavimentos a partir do
térreo ou altura equivalente, a
partir de 10/5/2015.
Proíbe a instalação de elevadores
tracionados com um único cabo para
transporte exclusivo de materiais em
edificações, a partir de 10/5/2017.
Permite o funcionamento dos ele-
vadores tracionados com um único
cabo para transporte exclusivo de
materiais, sem limitação de altura,
desde que tenham sido instalados até
10/5/2015.
Permite o funcionamento dos ele-
vadores tracionados com um único
cabo para transporte exclusivo de m-
ateriais, desde que tenham sido ins-
talados até 10/5/2017, para edifica-
ções com até 13 pavimentos a partir
do térreo ou altura equivalente. N
FernandoZanelli
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Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 484 -13/09/2018 - Fim da Página 04/10
O XI Encontro Nacional de Co-
missões Internas de Biossegu-
rança (ENCIBio), que ocorrerá em
conjunto com o 8º Encontro Bie-
nal de Biossegurança (EBBio),
neste ano de 2018 será em Vitó-
ria, ES , nos dias 01 e 02 de outu-
bro.
O ENCIBio, com realização a
cada dois anos, tem como missão
trazer atualizações para os mem-
bros das Comissões Internas de
Biossegurança (CIBios) e promo-
ver discussões sobre a legislação
em Biossegurança no Brasil e no
mundo.
O EBBio se apresenta como
um fórum privilegiado para dis-
cussões, debates e encaminha-
mentos relacionados aos vários
enfoques da questão de Biosse-
gurança, contextualizando-os nos
âmbitos estadual, regional e na-
cional. Também assume a missão
de auxiliar na formação de recur-
sos humanos capazes de respon-
Advogados, Gestores de Inovação
Tecnológica, Professores, etc).
Será realizado no Centro de
Treinamento Dom João Batista,
Alameda Irmã Nieta – Praia do
Canto, Vitória – ES, 29055-790
Para mais informações, envie
um e-mail para:
CLIQUE AQUI e faça sua ins-
crição agora mesmo.
Em caso de dúvida, favor en-
trar em contato com a organização
do evento, pelos telefones: (27)
99939-0771. Norminha
Vitória (ES) recebe em outubro o XI Encontro Nacional de Comissões Internas de Biossegurança
der aos desafios do uso das tec-
nologias, buscando o desenvolvi-
mento sustentável dentro de uma
concepção técnica-científica, e-
conômica, social e ambiental.
O ENCIBio/EBBio2018 como
evento conjunto é uma iniciativa
única no âmbito nacional e uma
das poucas oportunidades para a
discussão técnico-científica de
tema tão relevante para o desen-
volvimento sustentável de nosso
país, em um debate de nível qua-
lificado, sem abordagens ideoló-
gicas. Portanto, em um país em
que são findáveis eventos desta
natureza, a realização do IX En-
contro Nacional de Comissões
Internas de Biossegurança em
conjunto com o 8º Encontro Bie-
nal de Biossegurança é mais um
passo para a consolidação da Bi-
otecnologia no Brasil.
O evento é aberto a todos os
profissionais e estudantes de á-
reas envolvidas ao tema (Biólo-
gos, Farmacêuticos, Médicos, A-
grônomos, Enfermeiros, Biomé-
dicos, Nutricionistas, Engenhei-
ros, Odontólogos, Médicos Vete-
rinários, Químicos, Jornalistas,
Brasil reduz em 44,6% número de fumantes passivos
no ambiente do trabalho
Tempo de espera em
carga e descarga é computado para fins de horas extras? Primeira turma do Tribunal
Superior do Trabalho foi
unânime ao decidir a favor da
empresa
Um processo no qual se
discutiu a possibilidade de paga-
mento de horas extras a motorista
profissional, por ser considerado
tempo à disposição do emprega-
dor o período de espera para car-
ga e descarga, chegou ao Tribunal
Superior do Trabalho recente-
mente após o Tribunal do Traba-
lho do Rio Grande do Norte ter
condenado empresa pelo paga-
mento de horas extras e reflexos
legais pelo tempo de espera rela-
tivo à descarga do caminhão.
Todavia, a Primeira Turma do
Tribunal Superior do Trabalho
discordou do julgado potiguar, e
desobrigou a empresa ao paga-
mento das horas extras decorren-
tes da soma dos períodos de con-
dução do veículo e de espera para
descarga.
Ainda, afirmou que de acordo
com a CLT (art. 235-C), o tempo
de espera em determinadas situa-
ções, como a de carga e descarga,
não é computado na jornada de
trabalho para a apuração de servi-
ço extraordinário.
O Tribunal Regional do Rio
Grande do Norte, havia considera-
do que, apesar de o ex-emprega-
do não ter dirigido mais de oito
horas por dia, aguardava cerca de
12 horas para descarregar. Assim,
a jornada sempre era superior às
oito horas ordinárias, pois com-
preendia os tempos de direção e
de espera.
A condenação não se manteve
no âmbito do Tribunal Superior
do Trabalho, que, por unanimida-
de na Primeira Turma, aplicou o
dispositivo legal (art. 235-C, § 8º,
CLT) para reconhecer que o tem-
po de espera em que o motorista
profissional aguarda carga ou
descarga do veículo não se con-
sidera trabalho efetivo e não é
computado como jornada de tra-
balho e nem como horas extraor-
dinárias.
Nesse sentido, a empresa não
deverá ser responsável por paga-
mento das horas extras decorren-
tes do tempo de espera de seus
motoristas profissionais.
Norminha Fonte: www.tst.jus.br Sereno Advogados
Dados do Ministério da Saú-
de apontam queda em 44,6% no
percentual de fumantes passivos
no local de trabalho nos últimos
nove anos. O percentual, segundo
a pasta, passou de 12,1% em
2009, para 6,7% em 2017.
Os números são do último le-
vantamento do Sistema de Vigi-
lância de Fatores de Risco e Pro-
teção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel
2017). O estudo ouviu, ao todo,
53.034 pessoas nas 26 capitais e
no Distrito Federal.
A série histórica apontou redu-
ção de fumantes passivos no am-
biente de trabalho de 45,6% entre
mulheres e 43,5% entre homens.
Em 2009, as mulheres represen-
tavam 7,9% deles, passando para
4,3% em 2017. Já entre os ho-
mens, o percentual era de 17% e
reduziu para 9,6% no ano passa-
do.
Os dados destacam que a fre-
quência de fumantes passivos no
local de trabalho é maior entre ho-
mens de 45 a 54 anos e mulheres
de 35 a 44 anos. O menor per-
centual foi entre mulheres e ho-
mens com 65 anos ou mais. O
estudo mostra ainda que a fre-
quência de fumantes passivos
nesse ambiente diminuiu com o
aumento da escolaridade para
ambos sexos.
Nas capitais, a frequência de
fumantes passivos no local de tra-
balho variou entre 3,7%, em Por-
to Alegre e 9,7%, em Porto Velho.
Entre os homens, as maiores fre-
quências foram observadas em
Porto Velho (14,5%), no Recife
(13,0%) e em Campo Grande (12,
9%) e, entre as mulheres, no Dis-
trito Federal (6,4%), em João
Pessoa (6,0%) e Rio Branco
(5,9%).
Já as menores frequências en-
tre os homens foram observadas
em Porto Alegre (5,2%), Curitiba
(5,9%) e no Distrito Federal (6,
7%). Para o sexo feminino, as
menores frequências ocorreram
em São Luís (2,1%), Porto Alegre
(2,4%) e Vitória (2,6%).
Fumantes passivos no domi-
cílio
Ainda de acordo com o Minis-
tério, dados da Vigitel também a-
pontam queda de 37,8% no nú-
mero de fumantes passivos no lo-
cal de domicilio, saindo de 12,7%
em 2009 para 7,9% em 2017.
Entre as mulheres, a redução foi
de 43,3% e entre os homens, de
37,8%.
Em 2009, as mulheres repre-
sentavam 13,4% dos fumantes
passivos no local de domicilio,
passando para 8,4% em 2017. Já
entre os homens, o percentual era
de 11,9% em 2009 e 7,4% no ano
passado.
Os números que também mos-
tram que a frequência de fuman-
tes passivos no domicilio é maior
entre homens de 25 a 34 anos e
entre mulheres de 18 a 24 anos.
O menor percentual foi entre mu-
lheres e homens na faixa etária de
65 anos ou mais.
A prevalência de fumantes
passivos no domicílio variou en-
tre 5,2%, em Palmas, e 10,4%,
em Macapá. Entre os homens, as
maiores frequências foram obser-
vadas nas capitais Aracaju (9,
8%), Belo Horizonte (9,5%) e
Fortaleza (9,4%) e, entre as mu-
lheres, em Macapá (12,7%), no
Recife (11,4%) e em Natal (10,
4%).
Já as menores frequências en-
tre os homens foram observadas
em Salvador e São Luís (ambas
com 4,6%) e Manaus (4,8%); e
as menores, entre as mulheres,
em Palmas e Vitória (ambas com
4, 7%) e Florianópolis (5,5%).
Consumo
Por fim, dados do ministério
revelam que a frequência do con-
sumo do tabaco entre fumantes
nas capitais brasileiras caiu 36%
no período de 2006 a 2017. Nos
últimos anos, a prevalência de fu-
mantes passou de 15,7%, em
2006, para 10,1% em 2017.
A frequência do hábito de fu-
mar foi maior entre adultos com
menor escolaridade (13,2%) e
caiu para 7,4% entre aqueles com
12 anos ou mais de estudo. O in-
quérito também mostrou que, en-
tre as capitais com maior preva-
lência de fumantes estão Curitiba
(15,6%), São Paulo (14,2%) e
Porto Alegre (12,5%). Salvador
foi a capital com menor prevalên-
cia de fumantes (4,1%).
Norminha Agência Brasil
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VIGÊNCIA DA INSTRUÇÃO NOR-
MATIVA Nº 40/2016. RESCISÃO
INDIRETA DO CONTRATO DE
TRABALHO. FALTA GRAVE DO
EMPREGADOR. AUSÊNCIA DE
RECOLHIMENTO DO FGTS. I. A
jurisprudência desta Corte Supe-
rior é no sentido de que a au-
sência de recolhimentos dos de-
pósitos de FGTS configura con-
duta grave a ensejar a rescisão
indireta do contrato de trabalho.
II. Recurso de revista de que se
conhece, por violação do art. 483,
d, da CLT, e a que se dá provi-
mento.
(TST - RR: 10270672015515
0082, Relator: Alexandre Luiz Ra-
mos, Data de Julgamento: 22/08/
Descobri que meu patrão não deposita meu FGTS. E agora?
2018, 4ª Turma, Data de Publica-
ção: DEJT 24/08/2018)
RECURSO DE REVISTA IN-
TERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS
LEIS N os 13.015/2014, 13.105/
2015 E 13.467/2017. RESCISÃO
INDIRETA DO CONTRATO DE
TRABALHO. AUSÊNCIA DE RE-
COLHIMENTO DO FGTS. A reten-
ção indevida de parcelas relativas
ao FGTS é motivo suficiente para
o reconhecimento da rescisão in-
direta, representando prática de
falta grave do empregador. Recur-
so de revista conhecido e provido.
(TST - RR: 7123920155060
012, Relator: Alberto Luiz Bres-
ciani de Fontan Pereira, Data de
Julgamento: 21/08/2018, 3ª Tur-
ma, Data de Publicação: DEJT
24/08/2018)
Fique de olho! E na dúvida,
procure um advogado.
Norminha Menezes Advocacia
2006. Essa norma proibia a utili-
zação, em veículos de qualquer
espécie, de equipamento que pro-
duzisse som em nível de pressão
sonora superior a 80 decibéis,
medido a sete metros de distância
do veículo.
Relator
O relator do projeto, deputado
Marcio Alvino (PR-SP), concor-
dou com o autor. “Concordamos
que o sossego público deve ser
respeitado e que a fiscalização de-
ve atuar com rigor para coibir prá-
ticas ilegais que incomodem ou
perturbem a paz das pessoas.
Mas seria razoável deixar a cargo
da mera percepção do agente de
fiscalização do trânsito a defini-
ção sobre o sossego ter sido ou
não violado? Não ficaríamos su-
jeitos à discricionariedade desse
agente público?”, questionou Al-
vino. Norminha
Fonte: Assessoria Câmara Notícias
Sofri um acidente de
trabalho, e agora?
Não possuir a CAT não impede
o direito de pleitear a responsa-
bilização do empregador pelo aci-
dente de trabalho, mas auxilia,
ainda mais quando emitida ime-
diatamente após o acidente.
4) Possuir Laudos e Atestados
Médicos que demonstrem a gravi-
dade da lesão.
Para que o acidente de traba-
lho seja indenizável, é importante
que a lesão tenha produzido a per-
da ou diminuição da capacidade
funcionalde um ou mais mem-
bros, em caráter definitivo.
5) Certificar-se de que o aci-
dente de trabalho ocorreu no exer-
cício regular das funções do em-
pregado.
Outro ponto chave para a iden-
tificação de um acidente de traba-
lho indenizável, é certificar-se de
que o empregado se acidentou e-
xercendo as suas funções nor-
mais, sem que nenhuma atitude
ou conduta irresponsável tenha
sido adotada pelo mesmo. Ex: o-
perador de empilhadeira que se
acidenta enquanto brincava com a
máquina, fazendo manobras ou-
sadas.
6) Observar a data em que o-
correu o acidente de trabalho.
Ainda que todos os requisitos
tenham sido preenchidos, é im-
prescindível observar o lapso
temporal entre o acidente e o
ajuizamento da ação, para fins de
contagem do prazo de prescrição.
Existem hoje duas correntes
jurisprudenciais, cujos entendi-
mentos são aplicáveis a depender
do caso prático:
a) Prazo de 03 (três) anos a
contar do acidente de trabalho, a
teor do art. 206, § 3º, V, do Có-
digo Civil.
b) Prazo de 02 (dois) anos a
contar da ciência inequívoca da
incapacidade permanente, segun-
do jurisprudência do TST, basea-
do nas Súmulas 230, STF e 278,
STJ. Norminha
Mias? www.tiburcioecavalcanti.com.br
A Comissão de Viação e
Transportes da Câmara dos De-
putados aprovou o Projeto de De-
creto Legislativo 542/16, do de-
putado Cabo Sabino (PR-CE),
que revoga a atual norma do Con-
selho Nacional de Trânsito (Con-
tran) sobre som automotivo (Re-
solução 624, de 2016).
A resolução proíbe a utiliza-
ção, em veículos de qualquer es-
pécie, de equipamento que pro-
duza som audível pelo lado ex-
terno, independentemente do vo-
lume ou frequência, que perturbe
o sossego público, nas vias ter-
restres abertas à circulação.
Conforme esta norma, o agen-
te de trânsito deverá registrar, no
campo de observações do auto de
infração, a forma de constatação
do fato gerador da infração.
Para Cabo Sabino, trata-se de
“uma medida oportunista, com
vistas a aumentar a arrecadação
dos órgãos de trânsito”. Isto por-
que a resolução eliminou o crité-
rio estabelecido pela norma antes
em vigor, que exigira a medição
do som por meio de decibelí-
metro.
O deputado quer recuperar a
validade da resolução anterior, de
Aprovada revogação de norma do Contran que proíbe som audível fora do carro
Fui demitido! Qual o prazo
para pagamento das minhas
verbas rescisórias?
O artigo 477 em seu § 6º
diz que a entrega ao empregado
de documentos que comprovem
o fim do contrato de trabalho aos
órgãos competentes (para fins de
levantamento de FGTS e Seguro-
Desemprego, por exemplo) bem
como o pagamento das verbas
rescisórias deverão ser efetuados
até dez dias contados a partir do
término do contrato.
E se não for pago dentro deste
prazo? O que acontece?
O § 8º do mesmo artigo pune
a inobservância do prazo de 10
(dez) dias com pagamento de
multa a favor do empregado, em
valor equivalente ao seu salário,
devidamente corrigido pelo índi-
ce de variação do BTN, bem como
sujeitará o infrator à multa de 160
BTN, por trabalhador. No caso de
não ser o empregado responsável
pelo atraso.
Fique de olho!
Norminha Menezes Advocacia
Advocacia Especializada
Por Bruno Tiburcio*
Elaboramos um passo a pas-
so para a identificação de um aci-
dente de trabalho passível de in-
denização por danos morais e ma-
teriais.
1) Identificar se é uma doença
profissional ou acidente de traba-
lho.
– Doença Profissional é aquela
desencadeada pelo exercício de
um trabalho específico, ou seja,
uma doença típica daquela fun-
ção. Ex: Digitador, que contrai
LER/DORT (doenças de esforço
repetitivo).
– Acidente de Trabalho pode
ser resumido como um evento
isoladoonde o trabalhador contrai
lesão que o deixe incapacitado de
exercer suas atividades profissio-
nais.
* A doença profissional e o aci-
dente de trabalho são equiparados
pelo art. 21, da Lei nº 8.231/91.
2) Não basta sofrer o acidente
de trabalho, tem que comprovar
que sofreu.
Este é um ponto chave dos aci-
dentes de trabalho: Nem sempre
existem testemunhas oculares ou
documentos que comprovem que
aquele acidente de trabalho ocor-
reu dentro das dependências da
empresa, em condições normais
de trabalho.
Sendo assim, é importante que
o trabalhador identifique se outras
pessoas presenciaram o acidente
– testemunhas –, e sempre que
possível se documente, reunindo:
registros médicos de atendimento
hospitalar ou ambulatorial; laudos
médicos; atestados, etc.
3) Emitir a CAT – Comuni-
cação de Acidente de Trabalho.
A Comunicação de Acidente de
Trabalho deveria ser – mas nem
sempre é – emitida pelo emprega-
dor junto a Previdência Social, no
primeiro dia útil após o acidente.
Caso o empregador não a emita –
o que é comum –, o empregado
deverá procurar o Sindicato ou ele
mesmo emitir a CAT no site da
previdência social.
Falta grave do empregador
e que costuma passar desperce-
bida pelo empregado é a ausência
de depósitos do FGTS.
De acordo com Lei 8.036/
1990, todos os empregadores são
obrigados a depositar, em conta
bancária vinculada, o correspon-
dente a 8% da remuneração do
trabalhador no mês anterior, in-
cluídos cálculos referentes a co-
missões, gorjetas e gratificações.
Para verificar se os depósitos
estão corretos, basta requerer
junto à Caixa o extrato analítico da
conta do FGTS. A consulta pode
ser feita também através do site e
pelo aplicativo.
E mesmo que o empregado te-
nha rescindido o contrato por sua
vontade (ou por justa causa) – ca-
sos em que não há levantamento
deste valor – os depósitos de i-
gual forma precisam estar regu-
larizados na conta vinculada.
Caso não haja depósitos ou
eles estejam em atraso, o empre-
gado pode realizar a denúncia (a-
nônima) em qualquer agência do
Ministério do Trabalho de sua ci-
dade ou no Sindicato de sua ca-
tegoria.
O empregado também pode
pleitear judicialmente o pagamen-
to das parcelas não pagas. A ju- risprudência é pacífica no sentido
de que cabe rescisão indireta (es-
pécie de justa causa que o empre-
gado dá ao empregador) pela falta
destes pagamentos:
RECURSO DE REVISTA. A-
CÓRDÃO REGIONAL PUBLICA-
DO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.
015/2014. DESPACHO DE AD- MISSIBILIDADE PUBLICADO NA
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Senac Bebedouro apoia e participa
da 27ª Semana de Prevenção às
Deficiências
Evento gratuito e aberto ao público terá uma programação diversificada
entre 21 e 28 de setembro
lo Penna, que é psicopedagoga e
orientadora educacional. “A inten-
ção é sensibilizar os alunos sobre
os cuidados no trânsito, pois os
acidentes podem trazer graves
consequências físicas e cogniti-
vas aos envolvidos”, diz Luis An-
tonio de Lima, gerente da unida-
de.
A instituição também partici-
pará da programação no dia 26/9,
no Anfiteatro do Centro Universi-
tário Unifafibe. Estudantes do Se-
nac prestigiarão o Fórum Regio-
nal de Direitos das Pessoas com
Deficiências para entenderem a
Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e
identificarem as ações de integra-
ção no dia a dia. O bate-papo a-
contecerá em dois horários: às 13
horas e 16 horas.
Todas as atividades do evento
são gratuitas e abertas ao público.
O interessado em saber mais in-
formações sobre a programação
pode entrar em contato com o Se-
nac Bebedouro pelo telefone (17)
3344-6500 ou ir diretamente à
unidade. Norminha
Ex-empregado não tem direito à permanência em plano de saúde custeado exclusivamente
pelo empregador
O etanol é um
combustível
mais limpo
que a
gasolina?
Já é quase senso comum
dizer que o etanol é um combus-
tível mais limpo que a gasolina.
Mas, poucas pessoas sabem ex-
plicar o porquê.
Afinal, perguntam os proprie-
tários de automóveis flex: o etanol
é ou não é mais limpo que a ga-
solina? Mas, ele também não e-
mite o tal dióxido de carbono, o
CO2 do efeito estufa, igual à
gasolina? Sim, o etanol também
emite o CO2 , porém com duas
diferenças em relação a gasolina:
primeiro o volume de CO2 emiti-
do pelo etanol é muito menor,
pois seu teor de carbono é tam-
bém muito menor; em segundo
lugar, as emissões de CO2 do eta-
nol são compensadas pela cana-
de-açúcar que, ao se desenvolver
no campo, absorve da atmosfera
esse mesmo dióxido de carbono
que é emitido pelo escapamento
do automóvel, pois o seu cresci-
mento é a partir do processo de
fotossíntese, que precisa do CO2
que está na atmosfera.
Então, não existem contas ma-
temáticas precisas, porém admi-
te-se que o que o carro quando
queima etanol emite de CO2 de
um lado, a cana-de-açúcar absor-
ve mais ou menos o mesmo do
outro lado. Outro motivo pelo
qual o etanol é considerado um
combustível mais limpo é tam-
bém pelo teor mais baixo de car-
bono, que não provoca a mesma
formação de depósitos carbonífe-
ros dentro do motor, como a ga-
solina.
Norminha Boris Feldman
Fonte: Auto Papo
Olá, tudo bem com vocês?
Esta decisão do Superior Tribunal
de Justiça (STJ) é de suma impor-
tância, haja vista se tratar de plano
de saúde e contrato de trabalho,
mais precisamente sobre a inde-
vida manutenção do plano de
saúde para os empregados desli-
gados, quando o plano é custeado
inteiramente pelo empregador.
Decisão completa do STJ
Na hipótese de planos coleti-
vos de saúde custeados exclusi-
vamente pelo empregador, o ex-
empregado aposentado ou demi-
tido sem justa causa não tem di-
reito a permanecer como benefi-
ciário, salvo disposição expressa
em contrato, acordo ou conven-
ção coletiva de trabalho. Nessas
situações, o pagamento de copar-
ticipação não é caracterizado co-
mo contribuição. Além disso, a o-
ferta de serviços médicos pelo
empregador, diretamente ou por
meio de operadora de plano de
saúde, não configura salário indi-
reto.
A tese foi fixada pela Segunda
Seção do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) ao julgar dois re-
cursos especiais repetitivos (Te-
ma 989). Com o julgamento – que
consolida para os efeitos jurídi-
Acontece neste mês, em Be-
bedouro (SP), a 27ª Semana de
Prevenção às Deficiências, que
busca sensibilizar a comunidade
sobre inclusão social e respeito às
diferenças, entre outros tópicos.
Pelo sétimo ano consecutivo, o
Senac apoia a ação realizada pelo
Conselho Municipal para Assun-
tos da Pessoa com Deficiência de
Bebedouro (CMAPDB). Esta edi-
ção acontecerá de 21 a 28 de se-
tembro.
Parte do comitê organizador da
Semana, o Senac Bebedouro ofe-
recerá, por meio dos alunos dos
cursos Técnico em Enfermagem,
Técnico em Informática e Técnico
em Nutrição, atendimentos gratui-
tos de aferição de pressão e testes
de glicemia e Índice de Massa
Corporal (IMC). Os estudantes
também orientarão sobre rotina
nutricional e como desenvolver
um currículo atrativo. As ativida-
des serão realizadas na abertura,
no dia 21/9, das 10 às 15 horas,
na Praça Barão do Rio Branco.
Já no dia 24/9, a agenda conta
com uma Roda de Conversa In-
clusiva, que será promovida no
Senac em três horários: às 14 ho-
ras, 15 horas e 20 horas. O tema
será Nós no Trânsito, com a con-
dução de Maria Aparecida Zucate-
cos de repetitivo um entendimen-
to já pacificado no âmbito do STJ
–, pelo menos 615 ações que
estavam suspensas poderão ago-
ra ter solução definitiva nos tribu-
nais de todo o país.
De forma unânime, o colegia-
do seguiu o voto do relator, mi-
nistro Villas Bôas Cueva. O mi-
nistro destacou inicialmente que,
nos termos dos artigos 30 e 31 da
Lei 9.656/98, é assegurado ao
trabalhador demitido sem justa
causa ou aposentado que contri-
buiu para o plano de saúde o di-
reito de manutenção como benefi-
ciário, nas mesmas condições de
cobertura assistencial do período
em que estava vigente o contrato
de trabalho, desde que assuma o
pagamento integral do plano.
Coparticipação
O ministro também lembrou
que, segundo os mesmos artigos
da Lei 9.656/98, não é conside-
rada contribuição a coparticipa-
ção do consumidor exclusiva-
mente em procedimentos médi-
cos. Por consequência, apontou,
contribuir para o plano de saúde
significa pagar uma mensalidade,
independentemente do usufruto
dos serviços de assistência médi-
ca.
“Logo, quanto aos planos de
saúde coletivos custeados exclu-
sivamente pelo empregador, não
há direito de permanência do ex-
empregado aposentado ou demi-
tido sem justa causa como bene-
ficiário, salvo disposição contrá-
ria expressa prevista em contrato
ou em convenção coletiva de tr-
abalho, sendo irrelevante a exis-
tência de coparticipação, pois,
como visto, esta não se confunde
com contribuição”, afirmou o re-
lator.
No entanto, Villas Bôas Cueva
ponderou que, na hipótese de
empregados que sejam incluídos
em outro plano privado de assis-
tência à saúde, com pagamento
de valor periódico fixo, oferecido
pelo empregador em substituição
ao originalmente disponibilizado
sem a sua participação, há a inci-
dência dos direitos de perma-
nência previstos na Lei 9.656/98.
Salário indireto
“Quanto à caracterização co-
mo salário indireto do plano de
assistência médica, hospitalar e
odontológica concedido pelo em-
pregador, o artigo 458, parágrafo
2º, IV, da CLT é expresso em dis-
por que esse benefício não possui
índole salarial, sejam os serviços
prestados diretamente pela em-
presa ou por determinada opera-
dora”, apontou o ministro.
Ao fixar a tese, o ministro res-
saltou que o Tribunal Superior do
Trabalho também adota o enten-
dimento de que é indevida a ma-
nutenção do plano de saúde para
os empregados desligados quan-
do o plano é custeado inteira-
mente pelo empregador.
Em um dos casos analisados
pelo colegiado, o ex-empregado
ajuizou ação de obrigação de fa-
zer objetivando sua manutenção
no plano de saúde coletivo em-
presarial nas mesmas condições
de cobertura do período em que
estava vigente o contrato de tra-
balho. Em primeiro grau, o ma-
gistrado havia julgado proceden-
te o pedido por considerar, entre
outros fundamentos, que a assis-
tência à saúde constituiria salário
indireto. A decisão foi mantida
pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo.
Após a fixação da tese, a seção
deu provimento ao recurso espe-
cial da administradora do plano
para julgar improcedentes os pe-
didos da ação, já que, de acordo
com os autos, o autor não con-
tribuiu para o plano no decurso
do contrato de trabalho.
Norminha Lorena Lucena TôrresPRO
Especialista em Direito
Ambiental e atuante em Direito
de Família e Sucessões
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Companhias estarão presentes na Conferência Na Prática, evento da
Fundação Estudar apoiado pelo JusBrasil, para se conectar com
universitários e recém-formados
Falta de adequação de se-
gurança nas máquinas, descuido
ou imprudência provocam cerca
de 700 mil acidentes de trabalho
por ano em todo o País, segundo
dados levantados pela Previdên-
cia Social e pelo Ministério do
Trabalho. Levando em considera-
ção esse cenário negativo, a mul-
tinacional alemã Pilz promove no
próximo dia 25 de setembro, das
8h às 12h, no Novotel Porto Ale-
gre Três Figueiras, em Porto Ale-
gre (RS), o Workshop NR-12 –
Conceitos e Aplicações.
“O objetivo é mostrar as ferra-
mentas para eliminar os riscos
dos acidentes de trabalho, assim
como demonstrar o processo de
projeto e adequação de máquinas
para torná-las seguras e em con-
formidade com a legislação brasi-
leira NR-12”, afirma Pedro Medi-
na, diretor da Pilz.
Segundo Medina, o público
será inserido no cenário atual de
acidentes no Brasil e entenderá a
origem e os principais aspectos
da NR-12 e por qual motivo essa
legislação se tornou um impor-
tante pilar para garantir a segu-
rança em máquinas.
“Considerando um universo
industrial altamente tecnológico
com sistemas autônomos, é fun-
damental conhecer o ciclo de se-
gurança de uma máquina, enten-
der a importância dos processos,
documentação e exemplos de
boas práticas que devem ser apli-
cados em todo o parque fabril”,
destaca. Norminha
Participe de levantamento inédito
sobre o futuro do trabalho
Você sente que sua carreira
foi afetada pela ausência de al-
guma habilidade digital? Como a
tecnologia impacta a sua empre-
sa? O que vai ser mais importante
para seu crescimento profissio-
nal? Tera e Época NEGÓCIOS
convidam você a participar de
uma pesquisa inédita para nos
ajudar a encontrar respostas para
essas perguntas.
Queremos mapear os possí-
veis futuros do mercado de traba-
lho, além de levantar dados que
ajudem você a se qualificar. Con-
vidamos também vocês, diretores
de Recursos Humanos, para en-
tender de que forma as empresas
estão mudando seus processos
de contratação e gestão para atrair
e reter talentos.
As respostas são confidenciais
e anônimas. O resultado do levan-
tamento, que tem co-realização da
Scoop&Co, será divulgado em
novembro. A pesquisa está aberta
até o dia 14 de setembro. É rápi-
do!
Raízen, Itaú, Mattos Filho e Levy & Salomão buscam jovens
talentos para a área jurídica
Vamos construir um futuro me-
lhor para todos? Para comparti-
lhar sua experiência, basta clicar
neste link. Norminha
É possível fazer acordo extrajudicial na Justiça
do Trabalho?
empregado não é prejudicado pe-
la prescrição.
Ainda, o fato de as partes acor-
darem entre si não afasta o direito
da parte ao recebimento da multa
do art. 477 da CLT, a qual é devida
se as verbas rescisórias não forem
pagas no prazo legal.
Essa hipótese visa evitar mai-
ores desgastes para as partes,
bem como “desaforgar” a Justiça
do Trabalho, uma vez que caso
haja a composição amigável é
uma demanda a menos.
A cultura do acordo ganhou
força com o Novo Código de Pro-
cesso civil e foi recepcionada pela
justiça do trabalho, o que é um a-
vanço para as partes envolvidas.
Norminha Jéssica Castro Cardoso - Advogada,
especialista em Direito do Trabalho e
Previdenciário.
Ou seja, descontar das verbas
rescisórias o aviso prévio não
cumprido pelo trabalhador...
PODE! 👍
Assim tem sido o entendimen-
to recente de julgamentos traba-
lhistas. Norminha
Reges Soares
Advogado Trabalhista,
Trabalhista Empresarial e
Consultor
Importantes empresas co-
mo Itaú, Ambev, Raízen, Levy &
Salomão, Fleichmann, entre ou-
tras, estarão presentes na Confe-
rência Na Prática Jurídica, evento
gratuito promovido pela Funda-
ção Estudar dia 23 de outubro que
busca conectar jovens com o
mercado de trabalho por meio do
acesso à bate-papos com recruta-
dores, painéis de conteúdo com a
presença de profissionais do mer-
cado e networking com outros
participantes.
Segundo Leonardo Gomes,
Gerente de Seleção da Fundação
Estudar, são grandes os desafios
das empresas para buscarem jo-
vens que atuem na área jurídica,
pois muitos não conhecem todas
as possibilidades de atuação.
“Além de expandirmos o cam- po de visão das oportunidades
que os jovens possuem dentro
dessa área, ainda conseguimos
identificar quais são as empresas
que mais têm fit cultural com o
propósito de cada um”, afirma.
Para participar da Conferência
Na Prática, basta se inscrever no
processo seletivo pelo site. Den-
tre os jovens selecionados, os
que alcançarem melhor desempe-
nho terão a oportunidade de reali-
zar um pitch para as dezenas de
empresas confirmadas e aumen-
tar sua possibilidade de conquis-
tar uma vaga.
Outro grande diferencial é o
“match” entre candidatos e em-
presas. Durante o processo sele-
tivo para a Conferência, é feita
uma análise no perfil dos partici-
pantes e seus objetivos de carrei-
ra, assim como da cultura organi-
zacional das empresas presentes.
Deste modo, cada participante re-
cebe uma lista com um top 5 de
organizações que mais se asse-
melham a seu perfil profissional.
As companhias também recebem
sugestões de candidatos que te-
nham fit com sua cultura.
A fim de facilitar a comuni-
cação entre jovens e empresas, a
Fundação Estudar oferece um a-
plicativo exclusivo para o evento.
A ferramenta permite que as orga-
nizações localizem potenciais
candidatos e marquem entrevis-
tas e que os jovens enviem suas
principais dúvidas para os repre-
sentantes. Nas últimas edições
das Conferências, um em cada
três jovens foram contratados por
companhias que se alinham às
suas metas de carreira.
A Conferência Na Prática Jurí-
dica acontece em São Paulo. As
inscrições são gratuitas e vão até
3 de setembro pelo site:
https://www.napratica.org.br/edi
coes/conferencia-juridica
Confira todas as empresas
que já estão confirmadas:
Itaú, Raízen, Levy & Salomão,
PVG Advogados, BMA, Freitas
Leite, Mattos Filho, Cescon Bar-
rieu, TozziniFreire, Trench Rossi,
Fialho Salles, Demarest, Leite,
Tosto e Barros, Ambev, Le Fosse
e Fleichmann.
Serviço:
Conferência Na Prática Jurídica
Data: 23 de outubro de 2018
Horário: das 8h às 18h
Local: São Paulo
Inscrições: até 3 de setembro
https://www.napratica.org.br/edi
coes/conferencia-juridica
Norminha
Antes da reforma traba-
lhistas não havia respaldo jurídico
para que empregado e emprega-
dora transacionassem fora da jus-
tiça do trabalho, o que caso ocor-
resse não garantia qualquer segu-
rança jurídica para as partes.
Após a reforma, introduziu-se
na CLT os art. 855-b e seguintes
os quais regulam essa hipótese de
acordo, no qual empresa e empre-
gado, cada um representado por
advogados distintos obrigatoria-
mente, acordam os termos do res-
pectivo e levam a Justiça do Tra-
balho apenas para homologação.
Após a distribuição da ação, o
juiz analisará o pedido de homo-
logação, sendo facultado a desig-
nação de audiência para que a ho-
mologação aconteça.
Importante esclarecer que a
distribuição da petição de pedido
de homologação de acordo sus-
pende o prazo prescricional pra os
direitos nela especificados, o que
é razoável, pois, o juiz tem a fa-
culdade de homologar ou não o a-
cordo, assim, caso não o faça o
sa pode descontar os salários cor-
respondentes ao período?
O artigo 487 da CLT é claro ao
estabelecer que a falta de aviso
prévio por parte do empregado dá
ao empregador o direito de des-
contar os salários corresponden-
tes. E, se não existe salário a rece-
ber, o valor pode ser descontado
de outros créditos do empregado,
como férias e 13º salário.
O que pode acontecer se eu não cumprir o Aviso Prévio?
É importante relatar primeira-
mente que, quando um emprega-
do ou empregador decide rescin-
dir o contrato de trabalho sem
jus-ta causa, ele deve notificar a
outra parte da sua decisão
antecipada-mente, de acordo
com a CLT.
A partir dai surge a seguinte
dúvida e se o empregado não
cumprir o aviso prévio? A empre-
Pilz do Brasil realiza em Porto Alegre workshop gratuito sobre
segurança em máquinas e equipamentos
Como a tecnologia afeta a sua carreira?
Página 08/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 484 - 13/09/2018
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Terceirização irrestrita anima
setor empresarial
O negócio do grupo varejis-
ta Ri Happy é fazer as crianças
sorrirem. Líder no mercado de
brinquedos e vestuário infantil,
com mais de 250 unidades espa-
lhadas pelo Brasil, a empresa
controlada pelo fundo americano
Carlyle também é dona das mar-
cas PBKids, Ri Happy Baby e
Mundo Ri Happy. Desde a sema-
na passada, a Ri Happy está fa-
zendo a felicidade de muitos a-
dultos.
A rede anunciou a contratação
de 3 mil funcionários para refor-
çar os times de suas lojas. Os no-
vos empregados atuarão nas fun-
ções de vendas, caixa, estoque,
fiscal de loja e auxiliar de pacote.
Eles serão recrutados de forma
temporária para o melhor período
do ano, o Dia das Crianças, em 12
de outubro, e muitos deles per-
manecerão até depois do Natal.
O recrutamento será feito por
meio de uma espécie de Uber do
emprego, o Leeve, aplicativo que
une contratantes e candidatos às
vagas com apoio de geolocaliza-
ção.
Norminha
ma de verificar o estado de saúde
do funcionário, sendo uma garan-
tia de que tudo está bem.
Essa responsabilidade é de o-
brigação do empregador, que pre-
cisa estar sempre em alerta com
relação às condições de saúde
dos funcionários.
É por meio desses exames,
que é possível identificar prová- veis problemas que podem cons-
tar na saúde do trabalhador.
Fazendo os exames médicos
periodicamente, é possível verifi-
car também se há algo que impe- ça o funcionário de exercer suas
O desembargador federal
Kássio Nunes Marques, do Tribu-
nal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1), com sede em Brasília,
derrubou a liminar que suspendia
o uso e a comercialização de pro-
dutos que contenham os ingre-
dientes ativos Glifosato, Abamec-
tina e Tiram. Também estavam
impedidas as concessões de no-
vos registros de insumos com os
compostos em questão. A decisão
foi publicada no último dia 03/08
e atendeu a um pedido da União.
Cabe recurso da decisão.
atividades na empresa.
Se os resultados forem favorá-
veis à saúde do seu funcionário,
ótimo! Isso é sinal de que ele está
apto para exercer as suas funções.
Porém, caso os exames apre-
sentem alguma alteração, é ne-
cessário que o funcionário receba
todas as orientações importantes
para resolver o seu problema.
Vale ressaltar que, todas as
empresas são obrigadas a realizar
o Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO),
sendo fundamental seguir as nor-
mas estabelecidas.
As empresas que não estive-
rem em dia com os seus exames
periódicos ou não os realizar, po-
dem levar uma multa por não
cumprimento das normas.
Entenda como os exames po-
dem ser realizados
Os exames podem ser realiza-
dos da seguinte maneira:
Exames Semestrais
Visa acompanhar a saúde do
trabalhador, de acordo com as
normas do PCMSO.
Exames Anuais
Para colaboradores com me-
nos de 18 anos ou com idade a
partir dos 45 anos.
Esses exames são para fun-
cionários que estão expostos a
fatores de risco ou para aqueles
que possuem doenças crônicas e
necessitam de acompanhamento
periódico.
Exames Bienais
Para colaboradores que não
estão expostos a fatores de ris-
cos, com idade entre 18 anos e 45
anos.
Agora que entendemos a im-
portância da realização dos exa-
mes ocupacionais, vamos conhe-
cer alguns desses exames.
Exame Admissional
Esse exame deve ser realizado
antes mesmo do funcionário co-
meçar a trabalhar na empresa.
O objetivo dele é verificar se
está tudo bem com a saúde do
trabalhador e se ele está apto para
realizar suas novas funções.
Esse exame é obrigatório para
qualquer trabalhador, sendo op-
cional apenas para funcionários
domésticos. Durante o exame, o
médico procura se informar sobre
o histórico de saúde do traba-
lhador. Além disso, são checados
itens como peso, altura, pressão
arterial, condições cardíacas e
psíquicas.
OAB vai ao STF contra nova exigência da CLT para ação
trabalhista
à justiça, prejudicando a tutela
constitucional do trabalho e das
verbas trabalhistas”, afirma o pre-
sidente nacional da OAB, Claudio
Lamachia.
Os dispositivos contestados
pela OAB são os parágrafos 1º e 3º
do art. 840 da CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho), na redação
conferida pela Lei n. 13.467/17, a
chamada Reforma Trabalhista.
Para a Ordem, a nova redação vul-
nera diversas garantias constitu-
cionais, como acesso à Justiça,
proteção do trabalho, proteção do
salário, a tutela judicial dos cré-
ditos trabalhistas e a segurança
jurídica.
Leia aqui a petição inicial da
ADIN proposta pela OAB.
Norminha (Fonte: Conselho Federal)
Decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Regional acatou pedido da
União Federal para liberação de produtos à base de Glifosato,
Abamectina e Tiram
Exames periódicos: Quais o funcionário deve fazer em seu tempo de empresa Exames para a troca de função
Caso o funcionário mude de fun-
ção na empresa será necessário
que ele faça novos exames.
O objetivo é que os exames in-
diquem que o funcionário está ap-
to a trocar de função, sem que há-
ja riscos para sua saúde.
Exames de retorno
Caso o funcionário seja afas-
tado das suas funções, por motivo
de acidente, doença ou parto, será
necessário fazer esse tipo de exa-
me antes que ele volte a trabalhar.
Exame Demissional
Quando o funcionário for des-
ligado da empresa, será necessá-
rio que ele faça o exame demis-
sional para que seja comprovado
que ele apresenta boas condições
de saúde.
Caso o funcionário cumpra a-
viso prévio, esse exame deve ser
feito até 15 dias antes da saída do
funcionário.
Caso o aviso prévio não tenha
sido solicitado, o exame deve ser
realizado até à data da homologa-
ção do contrato de trabalho.
Espero que você tenha enten-
dido a importância dos exames o-
cupacionais e quais são os exa-
mes fundamentais. Até breve!
Raphael Lima Norminha
Os exames periódicos
são fundamentais para garantir
que a saúde do funcionário esteja
em dia. Fazer esse tipo de avalia-
ção tem como objetivo, orientar o
funcionário para possíveis fatores
de risco que ele se expõe no seu
ambiente de trabalho.
Por isso, não é apenas o “exa-
me admissional e o demissional”
que são importantes. Há outros e-
xames necessários. E é sobre isso
que conversaremos nesse artigo.
Não deixe de conferir e boa lei-
tura!
A importância dos exames mé-
dicos periódicos
Os exames médicos periódicos
não são necessários apenas por-
que constam na legislação.
Na verdade, eles são uma for-
Justiça suspende liminar que impedia
venda e uso de Glifosato
A suspensão havia sido deter-
minada no início de agosto pela
juíza federal substituta da 7ª Vara
do Distrito Federal, Luciana Ra-
quel Tolentino de Moura. O prin-
cipal argumento para a liminar era
de que a Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária devia concluir o
processo de reavaliação toxicoló-
gica dos produtos em questão.
O juiz lembra que o processo
de reavaliação é complexo e que a
demora na conclusão do traba-
lho é compreensível. “Nada justi-
fica a suspensão dos registros
dos produtos que contenham co-
mo ingredientes ativos abamecti-
na, glifosato e tiram de maneira
tão abrupta, sem a análise dos
graves impactos que tal medida
trará à economia do País e à po-
pulação em geral, máxime porque
os produtos que contém os prin-
cípios ativos ora questionados,
para obterem o registro e serem
comercializados, já foram apro-
vados por todos os órgãos públi-
cos competentes para tanto, com
base em estudos que comprova-
ram não oferecem eles riscos pa-
ra a saúde humana e para o meio
ambiente, estando em uso há vá-
rios anos, sendo a determinação
judicial de reavaliação desses in-
gredientes ativos, situação relati-
vamente comum em tal segmento
de produtos, uma vez que, con-
forme a ciência avança, é neces-
sária a realização de novos testes
e estudos para ampliar o conhe-
cimento humano sobre a maté-
ria”, escreve na decisão.
Leia o despacho na íntegra no
link serviços do site da FAEP.
Norminha
FAEP
A OAB Nacional ingres-
sou com ação no Supremo Tribu-
nal Federal questionando a legali-
dade de dispositivos da Nova CLT
que alteram a inicial de reclama-
ção trabalhista, que agora deve
contemplar também a liquidação,
com pedido de indicação de valor,
sob pena de extinção do processo
sem julgamento de mérito. Se-
gundo a Ordem, esta previsão
configura um obstáculo ao acesso
à Justiça. A Ação Direta de In-
constitucionalidade foi protocola-
da na quinta-feira (30/08) e requer
a concessão de medida cautelar. A
ADIN foi proposta após decisão
do Conselho Federal da OAB.
“A nova exigência processual,
ao imputar ao autor o ônus de pre-
cisar o valor demandado, em mo-
mento anterior mesmo à apresen-
tação da contestação e à juntada
de documentação pelo emprega-
dor, sob pena de extinção do pro-
cesso, configura óbice ao acesso
Por fim, o médico emite o A-
testado de Saúde Ocupacional,
um documento que comprova que
o trabalhador está com uma boa
saúde para exercer suas funções.
Exames Complementares
Esses exames são feitos nos
casos em que a função do funcio-
nário represente riscos para sua
saúde.
O médico também pode solici-
tar esse exame caso veja que o
funcionário apresente condições
que precisam ser averiguadas
com uma maior atenção.
Exames Periódicos
O PCMSO exige que exames
periódicos sejam realizados a-
nualmente, para verificar o estado
de saúde do trabalhador.
Porém, só há a necessidade de
os exames serem feitos anual-
mente para os seguintes funcio-
nários:
. Com idades menores de 18
anos e maiores de 45 anos;
. Se sofrerem de doenças crô-
nicas;
. Funcionários que trabalhem
com ocupações que ocasionem
ou agravem doenças ocupacio-
nais;
Caso o funcionário trabalhe
exposto a riscos nocivos, os exa-
mes devem ser realizados há cada
6 meses.
Para funcionários que não se
encaixem nessas condições, os e-
xames devem ser realizados de
dois em dois anos.
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irrenunciáveis.
O pedido foi julgado impro-
cedente pelo juízo da 1ª Vara do
Trabalho de Uruguaiana e pelo
Tribunal Regional do Trabalho da
4ª Região (RS). Segundo o TRT, a
norma interna da fundação, ao
instituir o adicional de penosida-
de, é expressa ao condicionar seu
pagamento à opção.
Ao examinar o recurso, no en-
tanto, o relator do caso no TST a-
pontou que o direito ao adicional
de insalubridade, assegurado no
artigo 192 da CLT e no artigo 7º,
XXIII, da Constituição da Repúbli-
ca, é norma de ordem pública re-
lacionada às condições de tra-
balho insalubres acima dos limi-
tes de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho. Por
isso, a turma deu provimento ao
recurso e determinou a remessa
do processo ao TRT para apre-
ciação do pedido relativo ao adi-
cional de insalubridade.
Norminha
Fonte: Tribunal Superior do
Trabalho
Colaborou: Enrique Diez Parapar
Fisioterapeuta do Trabalho – Professor
de Educação Física
www.edpconsultoria.com.br
meio ambiente”, conta Alexandre
Rena, docente do Senac Presi-
dente Prudente.
O objetivo da exposição é pro-
porcionar aos alunos a experiên-
cia de colocar em prática os co-
nhecimentos adquiridos durante
o curso. A mostra ficará aberta ao
público no piso Manoel Goulart,
próximo aos caixas eletrônicos.
“Executar um projeto prático
em todas as suas etapas – desde
as negociações com fornecedo-
res, prestadores de serviços e cli-
entes até o acompanhamento dos
visitantes – possibilita aos alunos
experimentar a vivência profissio-
nal no design de interiores”, des-
taca Rita de Cássia Holanda, ge-
rente do Senac Presidente Pru-
dente.
Concepção
Para elaborar o projeto, os alu-
nos foram divididos em grupos.
Cada turma ficou responsável por
um ambiente da residência. O
conceito principal adotado foi o
de, ao entrar na casa, ter o prazer
de encontrar o conforto e a beleza
como aliados, além de poder
desfrutar de momentos
relaxantes, inspirados nas
emoções trazidas por um jardim
sensorial.
de, ao entrar na casa, ter o prazer
de encontrar o conforto e a beleza
como aliados, além de poder des-
frutar de momentos relaxantes,
inspirados nas emoções trazidas
por um jardim sensorial.
“Desvendar o caminho que o
designer de interiores deve per-
correr para transformar esses de-
sejos em realidade é a proposta
da Mostra Senac Design 2018”,
ressalta Alexandre. Os visitantes
podem conferir os espaços gra-
tuitamente até o dia 23 de setem-
bro, no Prudenshopping.
Norminha Serviço:
Mostra Senac Design 2018
Data: de 6 a 23 de
setembro de 2018
Horários: de segunda a sábado,
das 10 às 23 horas | aos
domingos e feriados,
das 14 às 23 horas
Local: Prudenshopping – piso
Manoel Goulart (ao lado dos
caixas eletrônicos)
Endereço: Av. Manoel Goulart,
2.400 – Jardim das Rosas –
Presidente Prudente/ SP
Visitação gratuita
Ações de combate à violência contra a mulher são discutidas no Mato Grosso do Sul
O Ministério Público do
Trabalho (MPT) em São Bernardo
do Campo e o programa Inserir/
Proesq da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp) fecharam
uma parceria para a realização de
oficinas com informações sobre
como empregar de modo efetivo
trabalhadores com distúrbios
psicossociais.
Os primeiros encontros terão
como tema os trabalhadores e
trabalhadoras com esquizofrenia.
O curso será destinado às em-
presas do ABC, e faz parte das a-
ções do MPT para conscientizar
as empresas de que é possível ter
produtividade empregando pes-
soas com deficiência. Outro obje-
tivo é garantir o direito ao traba-
Funcionário pode acumular adicionais de insalubridade
e penosidade, decide TST
graduada em Saúde Mental pela
Unifesp, Bruno Bertolucci Ortiz,
psiquiatra doutorando da Unifesp,
Norma Silva, assistente social do
Inserir e Bárbara Roberta da Silva,
usuária do programa Inserir.
Inscrições:
Quando:
24/09 das 08h às 17h
26/10 das 08h às 17h
Onde:
No Senac Santo André
Av. Ramiro Corleone, 110
Norminha
No Brasil, o Mato Grosso do Sul
ocupa o sexto lugar em
homicídios de mulheres
Por ACS/ Débora Maria Santos
A cada 15 segundos uma
mulher é agredida no Brasil, e a
cada uma hora e meia uma mulher
é vítima fatal. Além disso, de a-
cordo com dados oficiais, em
2017, o Brasil registrou 4.473 ho-
micídios dolosos contra mulhe-
res, comparando ao ano anterior,
teve um aumento de 6,5%.
De acordo com os Dados da
Violência 2018, o estado do Mato
Grosso do Sul ocupa o 6º lugar
em homicídios de mulheres no
país. A Fundacentro do Mato
Grosso do Sul, em parceria com a
Subsecretaria de Estado de Políti-
cas Públicas para Mulheres de
Mato Grosso do Sul, juntamente
com a Transportadora Atlas reali-
zou, palestra sobre “Violência Do-
méstica e Familiar Contra a Mu-
lher”.
A iniciativa faz parte da Cam-
panha Agosto Lilás, mas a disse-
minação do tema e ações de
conscientização serão adotadas
durante o ano todo. A preocu-
pação da instituição e das empre-
sas que procuram informações de
como identificar e promover ini-
ciativas também dentro do local
de trabalho está ligado a erradicar
qualquer tipo de violência contra
a mulher.
Para abordar o tema, a Funda-
centro/MS convidou a psicóloga
Melania Araújo Pandolfi que des-
taca vários tipos de violência e-
xistentes: moral, sexual, patrimo-
nial, psicológica e cárcere priva-
do. A psicóloga salienta que to-
dos os tipos de violências são
prejudiciais à saúde da mulher.
Em destaque, comenta que a dor
psicológica deixa sequelas tão
penosas quanto à física. Além
disso, as marcas são dificilmente
apagadas e, isto, reflete em vários
pontos: autoestima, capacidade
laboral e produtividade no traba-
lho.
O evento ocorreu em Três La-
goas, também teve a colaboração
da técnica Bruna Oliveira, da Su-
bsecretaria de Estado de Políticas
Públicas para Mulheres de Mato
Grosso do Sul. Melania e Bruna
comentam que é muito importante
essa abertura para tratar deste
tema e, sobretudo, a preocupação
das empresas com o convívio so-
cial do funcionário.
Para elas, o evento foi satis-
fatório porque perceberam o inte-
resse e preocupação dos partici-
pantes sobre o assunto. “Preci-
samos fazer com que esse tema
seja discutido, que se preocupem
e se interessem em buscar solu-
ção para algo que já foi banal no
passado”, salientam.
“As mulheres precisam conhe-
cer os seus direitos. É preciso in-
formá-las sobre quais são e como
podem exigir esses direitos. Pro-
mover ações educativas tanto pa-
ra as mulheres quanto para os ho-
mens, ou seja, é fundamental que
toda a sociedade participe”, frisa
a psicóloga.
Em entrevista, a psicóloga Me-
lania Araújo Pandolfi, ressalta a
importância de levar informação e
sensibilizar a sociedade para o
fim da violência contra mulheres
e meninas por meio de ações de
mobilização, palestras, debates,
encontros, panfletagens, eventos
e seminários visando à divulga-
ção da Lei Maria da Penha, esten-
dendo-se as atividades não so-
mente no mês de agosto, mas du-
rante todo o ano para o público
em geral.
Norminha
O Senac Presidente Pru-
dente (SP) realiza, desde6 de se-
tembro, a Mostra Senac Design
2018, idealizada e realizada pelos
alunos do curso Técnico em De-
sign de Interiores. Nesta edição, a
mostra reproduz ambientes resi-
denciais em um espaço de 72 m²,
tendo como foco a integração dos
moradores com a natureza.
A casa foi planejada para um
casal fictício – a artista plástica
Pietra e o fotógrafo Otávio – e di-
vidida em área de convívio; rela-
xamento, com um espaço de lazer
composto por um jardim senso-
rial, rústico, lúdico e contem-
porâneo; e uma cozinha gourmet
com churrasqueira.
Para apresentar a relação ho-
mem-natureza aliada ao design
foi trabalhado o hobbie do casal
de cultivar plantas como inspira-
ção. “O ambiente conta também
com um Spa e futtons, envoltos
em um paisagismo que propicia a
integração dos moradores com o
É inadmissível exigir que o
empregado opte entre os adicio-
nais de penosidade e insalubri-
dade, pois o último é um direito
fundamental irrenunciável. Assim
entendeu a 6ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho ao reconhe-
cer a possibilidade de cumulação
dos adicionais a uma agente da
Fundação de Atendimento Sócio-
Educativo do Rio Grande do Sul.
Por maioria, a turma entendeu
que esse tipo de transação impli-
ca na renúncia a direito previsto
em norma constitucional e traba-
lhista de caráter obrigatório, com
prejuízo para o empregado.
“Trata-se, no âmbito dos direi-
tos fundamentais, de situação di-
ferenciada de trabalho para a qual
se impõe tratamento distinto”, a-
firmou o relator, ministro Augusto
César Leite de Carvalho. Segundo
ele, “não cabe condicionar o exer-
cício desse direito à não fruição de
qualquer outro direito”.
Agente socioeducadora, a au-
tora da ação sustentou ter direito
ao adicional de insalubridade por
ter contato direto com adoles-
centes portadores de doenças in-
fectocontagiosas.
Segundo o processo, a funda-
ção pedia para os funcionários as-
sinarem uma declaração em que
podiam optar pelo adicional de
penosidade, correspondente a
40% do salário básico. No enten-
dimento da funcionária, o termo
de opção pelo adicional de peno-
sidade seria nulo, pois impediria a
aplicação de preceitos trabahistas
trabalho deste público e o cum-
primento da Lei de Cotas para
pessoas com deficiência.
As oficinas irão abordar a
questão da saúde mental no tra-
balho nos dias atuais, além de co-
mo auxiliar alguém com esqui-
zofrenia e os aspectos da funcio-
nalidade humana. Está prevista
uma roda de conversa com pes-
soas com esquizofrenia emprega-
das que irão compartilhar suas ex-
periências.
A iniciativa foi viabilizada por
meio de reversão de multas pagas
por empresas que cometeram in-
frações trabalhistas. As oficinas
serão ministrada por Luciene Re-
dondo, coordenadora do Inserir,
Loredane de Angelis Morandi, pós
Jardim sensorial é destaque em mostra de design
criada pelos alunos do Senac Presidente Prudente
Unifesp e MPT promovem curso sobre contratação de pessoas com deficiências psicossociais
Página 10/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 10 - Nº 484 - 13/09/2018
Senac
Votuporanga
abre inscrições
para curso
rápido de
fotografia
Em um mundo com mui-
tos apelos visuais e tomado pela
tecnologia, é cada vez mais co-
mum as pessoas tirarem fotos de
praticamente tudo o que vê e de
boa parte das próprias experiên-
cias. Quem possui esse hábito
pode gostar da ideia de tornar o
hobbie uma fonte de renda. E um
caminho para essa realização é a-
prender mais sobre o assunto no
curso de curta duração Formação
Básica em Fotografia do Senac
Votuporanga. As inscrições já es-
tão abertas.
As aulas ensinam técnicas e
manuseio do equipamento foto-
gráfico, além de estimularem a
formação de senso crítico no mo-
mento de produzir as fotos, para
atingir a qualidade das imagens.
Para fazer a capacitação, é neces-
sário máquina semiprofissional
ou profissional. Mais informações
podem ser obtidas no Portal Se-
nac:
www.sp.senac.br/votuporanga.
Serviço:
Formação Básica em Fotografia
Data: 19 de setembro a 10 de
novembro de 2018
Horário: segundas e quartas-
feiras, das 19 horas às 21h30 e
aos sábados das 9 às 12 horas
Norminha
Ações da Fundacentro no Pará
abrangem palestras, produção
de materiais e visitas técnicas
São abordados temas como segurança em instalações elétricas, gestão
e eSocial, saúde mental e trabalho na cadeia do alumínio
O Presidente e Corregedor
do Tribunal Regional do Trabalho
de Mato Grosso do Sul, Desem-
bargador João de Deus Gomes de
Souza, realizou correição na Vara
do Trabalho de Corumbá na últi-
ma segunda-feira, 10 de setem-
bro. Além de inspecionar as ativi-
dades judiciárias, o magistrado se
reuniu com advogados.
De janeiro a julho deste ano, a
Vara do Trabalho de Corumbá jul-
gou 442 processos e recebeu 326
novos casos, 31% a menos do
que no mesmo período de 2017.
Em Mato Grosso do Sul, a queda
no número de processos recebi-
dos foi de 38%. O principal moti-
vo dessa diminuição é a reforma
trabalhista que entrou em vigor
em novembro de 2017.
Os assuntos mais recorrentes
são verbas rescisórias, aviso pré-
vio, férias, décimo terceiro pro-
porcional, horas extras, adicional
Saúde no trabalho contribui para aumento da produtividade
de insalubridade e intervalo intra-
jornada.
Este ano, a Justiça do Traba-
lho completa 25 anos de instala-
ção em Mato Grosso do Sul e
uma série de atividades está pre-
vista para marcar a data. Em Co-
rumbá, será realizado o "Con-
gresso Sul-Mato-Grossense so-
Vara do Trabalho de Corumbá recebeu inspeção no dia 10 de setembro
profissionais de diferentes áreas
para discutir questões relaciona-
das ao assédio moral, assédio se-
xual, discriminações de gênero,
violência organizacional, trabalho
infantil e trabalho escravo e as for-
mas de atuação em defesa da saú-
de, dos direitos humanos e so-
ciais do trabalhador. Norminha
Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 484 – 13/09/2018 - Fim da Página 10/10
Por ACS/ Cristiane Reimberg
A Fundacentro do Pará
realiza nesta e na próxima semana
mais duas palestras, que fazem
parte da ação de Atualização em
Segurança e Saúde do Trabalha-
dor. Na semana passada, além da
palestra realizada, a instituição re-
cebeu a visita de estudantes da
Universidade Estadual do Pará –
UEPA e realizou reunião sobre
projeto com a Universidade Fede-
ral do Pará – UFPA.
Ontem, 12 de setembro, o em-
genheiro de segurança do traba-
lho, Edivaldo Padilha, abordou o
tema: “Segurança em Instalações
e Serviços em Eletricidade: pron-
tuário de instalações elétricas”. Já
no dia 19 de setembro, a médica
do trabalho e perita judicial, Wan-
da Burlamaqui apresenta a pales-
tra “Gerenciamento dos Serviços
de Saúde e Segurança no Con-
texto do eSocial”.
Ambas as palestras serão rea-
lizadas, em suas respectivas da-
tas, às 14h no auditório da Fun-
dacentro/PA, localizada na Rua
Bernal do Couto, 781, no bairro
Umarizal, em Belém/PA. Para se
inscrever, basta enviar os seguin-
tes dados - nome completo, pro-
fissão e contatos – por e-mail
br).
Solicita-se a doação de um pa-
cote de biscoito doce ou salgado
a ser entregue no dia da palestra.
Também é possível fazer a ins-
crição antes do início do evento.
Mais informações podem ser ob-
tidas pelo telefone (91)3222-
1973. A coordenação pedagógica
é da pedagoga da Fundacen-
tro/PA, Doracy Moraes.
Atividades realizadas
A última palestra, em 5 de se-
tembro, reuniu 54 participantes,
entre profissionais e estudantes
da área de SST. A psicóloga da
Fundacentro/PA, Laura Nogueira,
Reunião sobre trabalho na cadeia do
alumínio com UFPA em 4 de
setembro (Fotos: Fundacentro/PA)
falou sobre a saúde mental do tra-
balhador no contexto da Reforma
Trabalhista. Ela é doutora em De-
senvolvimento Socioambiental
pela UFPA e mestre em Saúde
Pública pela Fundação Oswaldo
Cruz - Fiocruz.
Em seu doutorado, Laura No-
gueira realizou a pesquisa “O
Sofrimento Negado - Trabalho,
Saúde/Doença, Prazer e Sofri-
mento dos Trabalhadores do Alu-
mínio do Pará-Brasil”. Tema que
tem rendido algumas ações. No
dia 4 de setembro, por exemplo,
Laura Nogueira e Doracy Moraes
realizaram reunião na Fundacen-
tro para dar continuidade na ela-
boração de um livreto, a ser pu-
blicado pela UFPA, sobre direitos
dos trabalhadores da cadeia pro-
dutiva do alumínio.
A atividade faz parte do Projeto
de Extensão "Saúde do Trabalha-
dor e Direito dos Vitimados por
Acidente de Trabalho no Comple-
xo de Alumínio de Barcarena –
Pará".
Já no dia 6 de setembro, estu-
dantes da disciplina Enfermagem
do Trabalho do curso de gradu-
ação em Enfermagem da UEPA vi-
sitaram a unidade da Fundacentro
no Pará. Os alunos foram rece-
bidos por Doracy Moraes e Laura
Nogueira e puderam saber mais
sobre as ações realizadas pela
instituição, além de aprofundarem
seus conhecimentos na área de
SST. Norminha
Essencial para o bem-estar
da população, a saúde também é
elemento fundamental para o de-
senvolvimento econômico e so-
cial do País. O aumento da com-
petitividade empresarial, por e-
xemplo, depende se o funcionário
está saudável ou não. A avaliação
é do médico e diretor da Asso-
ciação Nacional de Medicina do
Trabalho, Gualter Maia.
De acordo com o especialista,
as empresas só conseguem man-
ter a atividade principal e gerar lu-
cro, basicamente pela atividade
dos seus funcionários. “Se hou-
ver um tipo de ação das empresas
no sentido de que, a saúde desses
colaboradores possa melhorar a
cada dia, haverá um custo menor
para a companhia, aumentando a
produção e a renda dela”, disse.
“A maioria das empresas tem
plano de saúde e isso é pago pela
empresa. Assim, quanto mais in-
vestir em promoção à saúde des-
se trabalhador, melhor vai ser o
desempenho da empresa. Se as
empresas vão bem, maior vai ser
o número de empregados, sem
contar que o adoecimento dessa
população de trabalhadores é re-
duzido”, completa Maia.
No Brasil, a assistência à saú-
de pode ser compreendida pelo
Sistema Único de Saúde (SUS),
de caráter público e universal, e o
Sistema de Saúde Suplementar,
que são os planos ou seguros de
saúde privados.
De maneira geral, as despesas
com saúde no país têm aumen-
tado de forma significativa ao lon-
go dos últimos anos. Dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) apontam que,
só em 2015, os gastos com con-
sumo final de bens e serviços de
saúde chegaram a R$ 546 bi-
lhões, valor que corresponde a
9,1% do Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro.
Diante desse quadro, o diretor
da Associação Brasileira de Re-
cursos Humanos e responsável
pelo Núcleo da Saúde, Luiz Ed-
mundo Rosa, afirma que o custo
da saúde não é um problema só
do Brasil, mas sim mundial.
Saúde no trabalho
Segundo ele, no Brasil, exis-
tem alguns fatores que contri-
buem para a elevação desses gas-
tos. “Nós temos a tecnologia, nós
temos mudanças nos procedi-
mentos médicos ou novos remé-
dios que custam muito caro. Então
é uma sucessão de fatos”, co-
mentou.
“Mas existe, ao mesmo tempo,
um desperdício muito grande,
porque pessoas fazem mais exa-
mes do que precisam e muitas ve-
zes, não é culpa delas, é orienta-
ção médica”, acrescenta o diretor.
Ainda de acordo com as infor-
mações do balanço feito pelo IB
GE, a atividade de maior peso ao
longo da série foi, de fato, a saúde
privada. A participação da área
passou de 2,1% do valor adicio-
nado, em 2010, para 2,8%, ou se-
ja, R$ 144,4 bilhões, em 2015.
Outros números relacionados
a essa questão constam em rela-
tório temático voltado para a área
da saúde, apresentado pela Con-
federação Nacional da Indústria
(CNI). Pela relevância do tema e
pela preocupação com a sustenta-
bilidade do sistema de saúde su-
plementar, o assunto faz parte de
um grupo de propostas encami-
nhadas aos candidatos à Presi-
dência da República.
Norminha Rondonia Agora
bre Violências no Trabalho: En-
frentamento e Superação", no An-
fiteatro Salomão Baruki, no Cam-
pus Pantanal da Universidade Fe-
deral de Mato Grosso do Sul, nos
dias 12 e 13 de novembro.
A inscrição já está aberta, é de
graça, e pode ser feita no site da
Fundacentro. O evento vai reunir
Direito previdenciário deve ser obrigatório nos cursos de direito, pedem debatedores
Diante da atual discussão
sobre seguridade social no país,
a inclusão da disciplina de direito
previdenciário na matriz curricu-
lar dos cursos de direito é de ex-
trema importância para a forma-
ção dos estudantes da área. Essa
avaliação foi apresentada pelos
convidados da audiência pública
promovida pela Comissão de Di-
reitos Humanos e Legislação Par-
ticipativa (CDH).
A advogada e professora Anna
Carla Fracalossi apresentou um
estudo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) que
demonstra que um em cada qua-
tro brasileiros terá 65 anos ou +
em 2060. Para ela, é necessário
adequar a matriz curricular do di-
reito a essa realidade.
Fizemos um artigo científico
no programa da Universidade Fe-
deral da Bahia que analisou criti-
camente as finanças do orça-
mento brasileiro em detrimento
do que foi apresentado como fun-
damento da proposta da Reforma
da Previdência. Percebemos que,
na verdade, a Previdência não é
deficitária, mas sim superavitária.
Essa visão crítica só é permitida
quando o estudante tem acesso às
informações. Se ele não tiver a-
cesso, ele se tornará um repetidor
do que é dito a ele.
Anna Carla apresentou dados
do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) revelando que o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS)
é o principal litigante em matéria
de judicialização no país, ocu-
pando o primeiro lugar em pro-
cessos (22,3%) e sendo respon-
sável pela demanda de 43,12%
das ações que tramitam na Justiça
Federal. Norminha