nos estados »6oo anno xxxii! rio de janeiro, 28 de abril...

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P0EÇO5! mo mo«soo nos estados... »6oo ANNO XXXII! RIO DE JANEIRO, 28 DE ABRIL DE 193? N. 1647 ^r\*mj .'rCTJtu;, '<—'_' ~^r_^+*~*+^^ NOÉ E SEUS TRES FILHOS A ORIGEM DAS RAÇAS ' Escripto e desenho dt CONTO R1RUCOCÍCERO VALLADA15ES Quando Deus quiz destruir o mundo, oborrécidá com cs grandes peccados comtr.ettfdos pelos homens, exceptuou o santo-varão ,Vcí c s>ia familia e maiicoti ..que c mesmo construísse uma grande arca e nella se recolhesse com toda á familia c um cósal Je, cada ser de toda a crea- ião e sementes de todo o reino vegetal. Após quarenta dias í quarenta nciics Ncé.e soa familia com cs seres da creação que elle ?scelhei;, sahiram óa... ...Arca, por ordem de Deus e. verificando que a Terra estava secca, plantaram as sementes. No fim de aci certo tempo, brotaram novos fruetos, lindos e saborosos, entre os quaes a uva, que produz o vinho. —Noc. porém,, não conhecia-a força da uva c, KZhiãndo cspremc!-a... :..e Ô&wdar o liquido cm grandes vasos, delle, abusou em grande quantidade e mostrou-se em toda a sua nudez em meio de sua tenda. Tinha .Voe tres filhos - Sem. Çham e Japliet. Cham foi o primeiro que viu a nudez do velho e fazendo grande troça chamou os dois irmãos paravei-o. Sem c Japhtt censuraram acremenie o procedimento do irmão, desrespeitando seu velho pae e, tomando de uma capa, cobriram lhe a nuder, com 05 rostos virados par.l que não a viss«nv Despertando .Voe do seu vinho, soube o que $cu filho"' njtiiot lhe fizera e tntão disse : . Maldito seja Clutm e servo dos servos seja dos seus irmãos ! Bem- ditos sejam .Çfm e Japhet que souberam hç^iar seu \clho pae e a benção do Se- nhor caia sobre elles e toda sua geração. Em seguida expulsou Cham Dahi vem a origem das raças. Sem fundou a raça semmca pu amarella; japliet. a branca pu üíisna, í Cham, com seus filhos, foram povoar a Afrka « fundaram a raça negra.

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Page 1: nos estados »6oo ANNO XXXII! RIO DE JANEIRO, 28 DE ABRIL ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1937_01647.pdfO TICO-TICO — _ — 28 — Ahrii — 1í>a7 BIBLIOTnECAXK I INPANTIL

P0EÇO5!mo mo «soonos estados... »6oo

ANNO XXXII! RIO DE JANEIRO, 28 DE ABRIL DE 193? N. 1647

^r\* mj .'rCTJtu;, '<—'_'

~^r _^+*~*+^^

NOÉ E SEUS TRES FILHOSA ORIGEM DAS RAÇAS '

Escripto e desenho dtCONTO R1RUCO CÍCERO VALLADA15ES

Quando Deus quiz destruir o mundo, oborrécidá com cs grandes peccados comtr.ettfdospelos homens, exceptuou o santo-varão ,Vcí c s>ia familia e maiicoti ..que c mesmo construísseuma grande arca e nella se recolhesse com toda á familia c um cósal Je, cada ser de toda a crea-ião e sementes de todo o reino vegetal.

Após quarenta dias í quarenta nciics Ncé.e soa familia com cs seres da creação que elle?scelhei;, sahiram óa...

...Arca, por ordem de Deus e. verificando que a Terra estava secca,

plantaram as sementes. No fim de aci certo tempo, brotaram novosfruetos, lindos e saborosos, entre os quaes a uva, que produz o vinho.

—Noc. porém,, não conhecia-a força da uva c, KZhiãndo cspremc!-a...

:..e Ô&wdar o liquido cm grandes vasos, delle, abusou em grande quantidade e

mostrou-se em toda a sua nudez em meio de sua tenda.

Tinha .Voe tres filhos - Sem. Çham e Japliet. Cham foi o primeiro que viu

a nudez do velho e fazendo grande troça chamou os dois irmãos paravei-o. Sem

c Japhtt censuraram acremenie o procedimento do irmão, desrespeitando seu

velho pae e, tomando de uma capa, cobriram lhe a nuder, com 05 rostos virados

par.l que não a viss«nv

Despertando .Voe do seu vinho, soube o que $cu filho"' njtiiot lhe fizera etntão disse :

. — Maldito seja Clutm e servo dos servos seja dos seus irmãos ! — Bem-ditos sejam .Çfm e Japhet que souberam hç^iar seu \clho pae e a benção do Se-nhor caia sobre elles e toda sua geração.

Em seguida expulsou Cham Dahi vem a origem das raças. Sem fundou a

raça semmca pu amarella; japliet. a branca pu üíisna, í Cham, com seus filhos,

foram povoar a Afrka « fundaram a raça negra.

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O TICO-TICO — _ — 28 — Ahrii — 1í>a7XK IBIBLIOTnECA INPANTIL

dO TICO-TICO]cohtos_máe vm& • EDUCA • ENSINA - DISTRAHE Ml ^/7lSA~ll

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KiMiotlicca Infantil «FO Tico-TicoTrnr. UnvMor, 3* KIO OE JANEIRO

Page 3: nos estados »6oo ANNO XXXII! RIO DE JANEIRO, 28 DE ABRIL ...memoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1937_01647.pdfO TICO-TICO — _ — 28 — Ahrii — 1í>a7 BIBLIOTnECAXK I INPANTIL

c£2L*2.,±é .

Rcdactor - Chefe : Carlos Manhães — Dircctor-ÍJeroiitc: A. de Foura e Silva

f|j^kO(g®e© B@ <y©^@

As dimensões da Tenraííeiiíi netinhos:

¦

%Conhecemos as dimensões do planeta em que vivemos ? Sim, mcv.ts

netinhos, responde-lhes Vovô, graças á invenção das medidas de lor.fi-

tude, isto é. do fnetro, que é uma medida de origem geographlca ou

planetária. Os inventores do metro, que Vovô disse uma vez a voc.s,

foram dois engenheiros francezes, Mechain e Delambre. que chegaram- a

uma conclusão da sua descoberta, o metro, da seguinte maneira : Calcula--ram rigorosamente a distancia existente entre a cidade franceza de Dun-

kerqtie c a cidade -.espanhola de "Barcelona. De posse dessa distancia,

calcularam, também rigorosamente, a que vae do equador ao polo da Teria,

dividindo o numero encontrado por dez milhões. A distancia ene.mirada

foi o metro, que vocês difinirão como a décima millioncsima parte da

distancia que vae do equador ao polo.

Dos cálculos feitos pelos dois notáveis engenheiros francezes deiu-

ziram-se varias distancias, fizeram-se outros cálculos. Assim ficou .se

sabendo que a distancia que vae de polo a polo da Terra e de vinte

milhões de metros e que expressa a ^circumferencia do planeta, conse-

quentemente, quarenta milhões de metros.

E o tamanho do eixo imaginário da Terra 7 Foi calculado ?

Foi, sim. Mede elle doze milhões, setecentos e doze mil _r>etc.s.

O eixo cü diâmetro do equador foi calculado em doze milhões, setecentos

e cincoenta e seis mil metros. O eixo, de polo a polo, come vimos ao-.aa.

é menor que o do equador, sendo essa differença para menos de quarenta

e quatro mil metros. Prova tal differença, meus netinhos, que a Testa _

um pouco achatada nos pólos.

Outras medidas, meus netinhos, foram descobertas, calculadas, em

conseqüência da util descoberta dos dois engenheiros francezes «tei qtte :<

Vovô atima falou a vocês.

V ü V Õ

Moral e civismo jDEUS

Têm as creança?. mesmo an^esde aprenderem a falar, um gestomuito expressivo do culto divino'.Levantam, como um cálice, assuas mãozinhas para os céus.

Deus é altura, é perfeição, _belleza. Escapa-nos á razão, par-que empolga todos os nossossentimentos.

O ar, a luz, o som, todo o in-finito do mar e do ceu; o maiorinfinito do pensamento e da almahumana — tudo isso — e muitomais — é Deus.

Deus é a fonte de toda a vi-Jae de toda a perfeição e belleza.O homem é rei da natureza por-que foi animado pelo sopro deDeus.

DeusJ o Supremo Creador doUniverso ! A elle devemos <ons-tantemente o nosso culto paiaque possamos ser dignos davida.

Somente o orgulho insensatodo pequeno sábio, ou a preguiçamórbida do materialista, poderãonegar — Deus —¦ que está den-tio de nós e se manifesta omni-potente em toda a parte — desiea Terra até" o Ceu,

TOSO DE CAMARGO

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O TICO-1ICO ~-_4 2a _ Aj>rij.— _*i7

Os cães e o suspensorio - Historia muda

.

CuriosidadesA nenhum animal, por inferior

e simples que seja, faltam os meiosdç defesa e o instineto de conser--vação. Quem vê uni porco es-pinho, sabe, de antemão, que, parase defender, esse animal enrola-^e numa bola hirta de espinhos,que pôde lançar á certa distancia,como dardos. Mas é preciso sa-ber que o porco espinho, além *dessa defesa natural, possue uma }intelligencia e uma tactica assom- "

brosas. E' o pcor inimigo dascobras. Ataca-as com destemor,finge-se de medroso, immobiliza-se e, quando a cobra, segura deap*anhal-o, descuida-se da defesa,o porco espinho lança-se sobreella com incrível rapidez e ataca-acom certeiro golpe no ponto vital.Por violentos que sejam os arrancosda cobra, não. consegue mais selivrar do inhnigò.

Uma das regiões mais quentesdo inundo não é, como dizem, oSenegal. No paiz de Ashanli, naCosta d'Ouro, o calor chega aoponto de se tornar insupportavel,mesmo aos indígenas. A roupa nocorpo, mesmo reduzida á maiorsimplicidade, depois de algumtempo, desfaz-se, como se fosse in-cinerada pelo sol terrivei. Os uni-cos allivios naquella região, são,chuva e a temperatura da noi tf,que baixa de muitos graus.

Cada qual tem seu modo de an-dar, de accôrdo com seu meio dcvida. Os que andam com frequen-cia á cavallo, quando marcham ápé,, mantém as pernas abertas.Os marinheiros fazem a mesmacousa, habituados a bordo dos na-vios a manter afastadas as pernaspara se equilibrarem durante ojogo do navio. Os esquimós, ácos-fumados a marchar sobre a nevec o gelò, equilibram-se de tal modoepie nunca escorregam e marchamsempre curvados para a' frentecomo se andassem de patins. Qsselvagens marcham gingaridtí é ospalagonios quasi que não dobramas pernas.

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de Moscou é \\SwÊ Bw^í^^f^^fF

riamente i a m 3-_*jwY«1!-''3tak_~Yi_SÍ__- . * MS

nascendo novos i^^w">w~v>vvv<<,vv>*<>—,^~~^^_~<

m0 Loteria te Bichasdestazer do ex-

J! cesso, promoveu^-r\ru*LTi_r._. _~ i- r-if-_,S- ¦*- — *¦»"»» *.A-.->*-_*-m*-t-m--->J

uma loteria para distribuir os fi-

lhotes entre ns creanças que con-

corriam.Aconteceu, porém, que a muitas

deltas, tocou em sorte filhotes deleões, tigres e outros animaes peri-

TEUS PAES E TEUS MESTRES SÓ TE DESEJAM O BEM.

*1>t**fs**S*iSV\'***S*»***t<**<*\r****+it^^

gosos, assim co-mo pássaros derespeitável ta-manho, difficeisde serem trans»

portados e ain-da mais seremcreados emcasa.

Houve b a 1 -

burdia tal, quea direcção viu-*

se forçada a trocar os animaes

por outros que mais facilidade offe-

teclam' para serem mantidos em

casa. .Para mais de 7.500 animaes fo-

ram: distribuídos e trocados.

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28 Abril — 1937 O TICO-TICO

. Dois homensconversavam ca.

mame .te depoisda. horas do tra-balho, e disseum deljes :

— Ha um te»souro tão pre-cioso na videque todo o òúrodo mundo se lhenão pode com-parar. . .

~ F: o di-nheiro — respon-deu o outro, estemetal que tentao mundo e oshomens, e faz com que a vida sejaum mar de rosas: desde a mesafarta, cheia de guloseimas deliciosas,ás distracções caras a que nunca opobre tem direito. Se eu fosse rico.estaria a estas horas gosando avida com toda a intimidade... nãotrabalharia, e não teria as pre-occu.pações que me atormentam; opão e a roupa da mulher e dosfilhos.

O dinheiro é a felicidade, Pedro.Crimes que seriam punidos, íaltasque seriam apontadas, escândalos evergonhas, tudo elle encobre... equem o tem, seja digno ou nâo, omundo rende homenagens.

•— Pedro, meu velho — disse ter-minando, e batendo dc. leve no hom-bro do companheiro — o thesourode que falas, certamente, é o di-nheiro.

O outro, que se conservava c*-lado todo tempo, balançou negativa-mente a cabeça e um sorriso bailava-lhe nos lábios, sorriso que têm ascreaturas experimentadas e fitando-ocomo um velho a uma creança, res-pondeu :

— Oh ! André, por que não medeixaste terminar a phrase ? Não éeste o thesouro a que me refiro...julgo-o tão inferior, tão diminuto,que elle não tem para mim o valor

absoluta q u e . „edão! Como te illu-des pensando que ariqueza é felicida-de ? Não julgues ascousas pelas appa-rendas, porque se

0 .grande taroMRS. MERVYN

í___IO£.

investiga<:res e perserutaresprofunda-mente, chegarás áconclusão de quenem tudo quc'bri-lha é ouro. Paratodo indivíduo cdinheiro deve teium valor relativo:útil ás necessi-dades inherentesá vida, e mesmocomo elementobenéfico entreos nossos seme^-lhantes, pois, <íc-vemos seccar la-

grimas, transformar a dôr em ale.gria, e tudo isto silenciosamente,com a mão direita para a esquerdanão ver... senão perde o valor :é luxo e ostentação.

A verdadeira caridade é umgrande triumpho sobre o orgulho eo egoísmo, sentimentos terríveisque paralisam os nobres impulsosdo coração.

Empregado desta maneira, é queeste metal sonante tem muito valorservindo de estimulo ás creaturasque juntam nas suas almas umgrande thesouro que os ladrões nãofurtam nem as traças roem — comodisse Christo .

Mas, afina!, qual é este the-souro, Pedro ? — perguntou, ner-voso, o André.

Pois ainda não comprehen-deste ? O thesouro, meu amigo, éum- bello conjuneto que todas aspessoas devem possuir : a bondadeque encerra a caridade e o amoifraterno; a obediência, cheia de res-peito c attenção: a modéstia, querescende a humildade: o estudo, queillumina a intelligencia; o trabalho,que engrandece o caracter, emfiroa paciência e a tolerância para osque erram enfraquecidos moral-mente, pois neste mundo, ninguémé perfeito.

Tudo passa An-drê... tudo passa !As vaidades fiu-manas" Se de.fazeincom a extineção davida. .. mas estethesouro. s é eterno! _____ ,____.

aaaaanmaaÊaaawjmnati

0 rateiiita íiliiEra uma vez um rei q_e tinha

tres filhos, (dois principes e umaprinceza). *

Sabendo que breve "a vida oabandonaria, chamou os filhos efalou-lhes :

"Meus filhos : acho-me mui-to doente e sei que não levareimuito tempo para ?norrer. Osmédicos me disseram que não tc-rei vida para inais tres mezes e, sieu viver este tempo todo, é umnovo milagre da Medicina.

lia dias veiu-me aò" Palácio umfeiticeiro e disse que só a águamágica da vida me curaria. Qual

de vocês se encarregai á de irbuscal-a 1

Os filhos ficaram em silencio.O rei novamente tornou a falar,perguntando qual delles a ia bus-car.

A princeza, que se chamavaIracy tomou a palavra e disse :

"Meu pae, estou disposta air até ao inferno, se para tanto fôrpreciso, para vos salvar a vida.

Quer que eu vá ? Si o senhornão consentir que vi sozinha, cha-marei meu noivo, e uma aia, parairem commigo."

O velho rei, vendo o procedi-monto da filha, abraçou-a, choran-do, e falou-lhe :

"Vae, minha filha, mas tenhacuidado. Não arrisques tua vidapor caus . de um velho pae, quemuito teíquer e que só deseja afelicidade de seus filhos."

A princeza arrumou tudo, des-pcdlé-is. _. s__ ir__ãos, tomou a

benção a seu pae e com o noivo,um rapaz muito bom, e de sua,Nydia, foi.

Ao chegar junto ao rio, que atra-vessava o jardim do Palácio, umamedalha, que tinha o retrato damãe, já fallecida, cahiu n'agua.0 principe entrou n'agua e trou-.e a graciosa lembrança da mãeda noiva.

Depois de vários perigos, a mo-ça chegou á fonte mágica. Umafada, que ali estava, perguntou :"Qual ó a pessoa mais feliz doUniverso 1" A princeza respon-deu : "E' meu pae". A fada tor-nou a falar : "Qual a mais bonitamulher do Mundo ?" A princeza !disse : "E' a senhora".

A fada, então, encheu-lhe uma !garrafa da água milagrosa e disse :"Minha filha. Sei que fi_esteessa viagem para vir procurar aágua magicfl para curar teu paeda sua grande enfermidade. Aquia tens. Seja sempre dedicada á¦teu pae, que eu, te protegerei".Assim dizendo, a fada desappare-ceu.

A moça voltou ao Palácio, ondeo pae, quasi morto, bebeu a água eficou robusto outra vez.

Abençoou a filha e ella se casoucom o rapaz e foram muito feli-zes. , \Mauu da Conceição Queiroz db-— Magalhães —

(13 annos)f****^************1******^ _*

X

.

.

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O TICO-TICO — Ü — 28 — Abril—- 1937

As surpresas do desenho

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- _e o viajante seadapta á atmosphe-ra i n g 1 e z a , comsuas largas aveni-das, seus parques,as creanças alegresexhibindo as suasmeias de lã, os oil-ções de flanella eseus gorros emb!e-maticos, então é cer-to que vaè gostar dcV i c to r i a , se f õr.té lá.

Gostará immensa-mente da linda cida-de situada na extre-midade norte da ilhad c Vancouvér, n aColômbia ingleza.

Victoria é separadada terra firme pelas águas azuesdo estreito de Geórgia e de Jnande Fuça. A 'ilha de Vancouvér,do tamanho da Suissa, e como ellamuito montanhosa, é, sem duvida,um, logar maravilhoso! E' pena quesuas partes do norte estejam aindapouco exploradas.

Victoria foi construída e des-envolveu-se de uma maneira aci-dental e peculiar dentro de bahiasem labyrintho. Debaixo dos espi-raes e dos muros acizentados dosprincipaes hotéis vemos os barcos

A ChiquinhaEsta tal dona »__hiquinh.-..Na roça foi cozinheira.Sahiu da sua terrinha . . .Como grande aventureira..

Chegou ne.shi "npitalVerdadeiro p.iiiiiso IE dc unia forma tal . . .Que Bté perdeu o juiy.o.

Faltava ainda hiiiíi cousa,Escolher a profissão.Dnnsar como a mariposa • . ..Em volta de uni lampcão.

V:io dansar num candobléChiffuinha tu lenhas calma,D.-insou e hiiteu com o pé . . .Chioiiinha não ganlmu palma.

I. Antunes

ri^\_^_yg_j^t.tf.f>?-' i i feli-á _"• "SKaB BrL_ffl«**_fflffiB^wÉI.!*'»-iM[j-_*>r.Wj J/V*.gKpwlaiíi lllli lÜf -MÜBlB.

y$ÊS3sEEi=Ê^im\' '-¦£-* M-tíJ-WB

UJ^__*>í«^-_.wr_ y

Victoria, na Ge-Iombia ingleza

da pesca. Quasi to-da a população en-contra na bicycleta omelhor meio de traiis-porte. A vida emVictoria é fácil <; emuito boa.

Os hindus, comseus turbantes, e onoutros orientaes dãoá cidade um ar mys-tico, fazendo comque melhor possamosapreciar os morangoscom creme e o cháaromatico e fresco.:

A vida em Victo-ria se centraliza emredor do palácio dogoverno, onde es.ereina sobre a pro-

vincia representando o reiA vida social tambem é cheia.Os jardins públicos estão repletos

de esbeltos cyprestes e massas dcflores se estendem sobre as casca-tas crystalinas e estas correm dapedra bruta e deslizam entre lyriospara ir esconder-se dentro de .-1-goma gruta agreste, tudo isso éindelével e delicioso.

E' necessário dizer que mui-tos são os que annualmente se di-rigem a esse logar ideal como umÉden moderno.

BEBÊ S

_________ P^l __________. H&V^- ;____¦ 'x\_______ Ksfc*"*-*k -\

£#'¦' BmmW JB|Hr:''- ; *: B ^r*

*'.' _rVM_ás__ál -*i

^ ____fl_-__-_3___ %/

-VVVV>íV*_VN*VV*-V->*V%i*-*WVV>*VV.V'

Dedeij. interessante filhinho do Sr. J.Ncnj e _c D. _/ai.- Ncry.

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23 — Abril — 1937 O TI e O - TI CO

m^atfaaa0a0%a^mufa»1mfnrM1m1^mlãmyaffa\mSm^^ ****r* ^^^^^^^^^^«^^¦^^¦^^fc*^"**^^-**^--.-.-.• -vv>

O ' A L D Ã O

Y^> ¥f ir/Os antigos, por muitotempo pensaram que o ai-godão provinha de um bi-chinho de carne e osso, quevivia nas arvores.

A origem desta lendado algodão, é muito antiga:

ga; definiam o algodão como sendo uma"lã vegetal", deixada pelo carneiro quc

na arvore vivia. Teofrastus. cc»l-firmou a lenda em sua botânica.Herodoto cahiu no mesmo erro.A lenda correu mundo. Escri-ptores do século XVII, affirma-vam ter. sido visto o "celebre

carneiro" na Rússia.\

#mj^mT^^mt*m1m*VSfmmYma0ajA)0^ainai*^^

Jv^^^^ww^^^^^^^^**^^^^^^^^^1^^^^^^^^^;

QUADRAS

Quem corre, saiba amiguinho,Affirma o rifão que cansa.Mas quem persevera, é certo.Tudo que quer sempre alcança.

Não tenhas medo, r.icnino,Das ameaças de alguém.O bezouro zune alioVae se ver não é ninguém.

WTodo animal, caro amigo.Merece, é certo, attenção.Só; maltrata os animaesQuem não tem bom coração.

PEDACINHOSA população da Terra está divi»

dida em cinco raças principaes, asaber: a caucasica, ou branca, amongolica, a etiopica, a americanae a malaia.

•Os tubarões são devoradores da

carne sangüínea do homem e ou-tros animaes, mas têm horror aoazeite.

fO urso "panda" é um animal

varissimo, tendo-se encontrado ape-nas um único exemplar, ainda fi-lhote, no Thibet. Uma senhoraamericana levou-o para a Americado Norte, criando-o com facilidadepor ser animal facilmente demesti-cavei. Mas, sendo impossível repro-duzir a raça, renciona enviai o par;?o logar onde foi encontrado, paraque possa tornar a viver com todaliberdade.

•Os botânicos, após muitas obser-

vações, chegaram á conclusão deque as plantas são sensíveis, têmolhos e instinctos dc conservação,sendo que alqumas dellas, como oplanta, cuja flor apanha insectos eos devora, age como um animal.Não é difficil observar a direcçãoque toma uma trepadeira semapoio, quando seus galhos se di-rigem com segurança para a pri-meira estaca ou arvore que a possasustentar. Parece que enxerga. S-alguém supprimir o apoio, ac qualse dirigia, a trepadeira fogo mudade direcção escolhendo outro apoioque estiver mais perto.

0UADRAS ]

Pintinho quasi sem pennasChama-se pinto peitado,Menino que não estudaNão será apreciado.

O cãozinho que te afagaDeve ser mui beta tratadoPor ser bicho, o. pobrezinho,Não deve ser enxotado.

Não confundas, menino,Os teus sapatos com patos,Gaveta desarrumada

, Parece sacco de gatos./WvVVVVVV^WVi/VV^^"A^V>Ai^VV^/V>AAiM<VW\

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O TICO-TICO —. »:-. 28 -~ Abril,—:-19S7-

O PATO BOBO

Falta um pato no gallinheiro Vá pro- Lamparina sahiu então a procurar o bi- --- encontrou-o pouco duposto a aer agar-curai o, chinho. e _ - . r»*»'-**í__i

Mas Lamparina é teimo*» c o pato . .—» • >» •* também não é muito cordato -**-^ *--»-*¦ <*¦*"«tinha, então, começou a escrever r ¦» t

- . na. -.boa. d* cerca, e o pato veiii ler. Uu, . . . «^Jto curioío. metteu 'a cabeça no buie, oomo e . . __ .1

• . - -«. ¦

ra- perdeu a partida. Lamparina «egu.rou-o. . / .

SEM DEU S , SEM CRENÇA NÃO SE VIVE,

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Esta arvore com extranho aspecto humano desenvolveu-se na-turalmente. mima collina norte-americana. O facto foi divulgado cmcuriosa nota do grande desenhista Ripley.

, âw*\W ___^^"^"*B__^B __B i

^E-" '""". -*• *^3 ______w__j__i:**^!_!X— " 3=— —*»•*¦ %***:Â,|i lg ¦} / /íj| Bi

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Mft&__*i*-pWà^^ /*ffl'%[w \ \£\ ^//ii/""^ ¦•i^v_ .yggpp' y^taX\ wl \j\ _Ê_f i^/s^éfSitày ^A pequena gaivota que aci-

ma vemos, tem o instincto de ca-çá tão desenvolvido que, mesmosem estar faminta, surprehendeenormes peixes com o seu com-prído bico, abandonando-os de-pois á beira dágua. São muito es-timadas pelos pescadores norueguezes.

"- Têm sido encontrados saposaprisionados no interior de blo-cos caíra reos de mais dc 20 an-nos de existência. Ao fragmen-'tarem-se os ditos blocos, o ani-'mal salta em plena vivacidade, o' que tem causado grande surpre-sa á sciencia que ainda não ex-plicou o facto.

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O TICO-TICO 10 28 — Abril — X .:_7

As aventuras do Camondongo Mickey{Desenho de Walter Disney e A. B /___._ e_c_M_p___f. para O TICO-TICO em todo o Brasil)

, __ Vou ver Se esse barulho vem de — Ah!r Recebi em cheio no rosto — Estou cego! A fuiigem da chami-íentro do fogão! uma porção de fuligcml né cahiu-me nos olhos!

'-¦_>l*-!-^*'~ ¦ tr/e I »<«¦_¦ '¦¦ r... r i , r L/üãmii .L, ,.->.i_i7__r \ _J\-S S ' *¦» . *'?^^w^ti:™Tfa~f"'>"-'"'">''-"''-^'^"^- ^*"^*^ ' r. j

— Ai! Mickey! Um vento quenteestá soprando, está queimando!

— Avança, Mickey! .Ha alguém atrazdaquella cortina1 Vamo_ ver quem é!

— O' bandido! Vae. mor-rer immediatamente!...

"""" , í*~'—H ^V^/1'.^yHI I ""*" 73 t I í 'ii"'"''— 'i "' v" ' ,|

spera um segundo! -- — Oh! Enganei- . ...um espelho! — Vamos ...tiros aqui dentro da nossa casa' —! Pum! Pum! me! Era apenas._ ver quem está dando...,^, „ Vamos, Dippy, procurar os ladro..-,...

11

y^hr*-*m>*' «]--,.J^f^B)%. l

....dc cabellos. Elles forçosamente estão' .. ..novidade.. — Vamos subir a secada! ...pessoa que vejamos deve ser alveja.9qUi! Sigamos por este corredor e , E' certamente gente ds policia que nos da, atiremos para matar!provavelmente encontraremos alguma..,' ( procura.,—Qualquer^. . (Continua)

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'ÀÂNO III

Órgão dos leitoresdO TICO-TICO MEU JORNAL

DIRECTOR: — Çhiquinho —- Colíaboradores: — Todos que quiierem

.N. 17

A creança diz nojornal o «jue quer

S Á O JOÃOSão João ij uma das

festas que mais aprecio.Ainda no anno passa-

do, meu pae fez umagrande festa.

Neste dia brinquei mui-to, convidei meus colle-gas. o Adamastor. o Be-lcm. Waldyr. etc.

Soltamos muitos fogose balões.

Por falta de sorte, oAdamastor queimou-secom um busca - pé. po-rém isso não foi nada,continuando a brincadei-ra; mais tarde, infeliz-mente, acabou a festa, quemuito gostei.

JURANDYR DAMAZIO(12 annos)

O leão e o mosquito ALLELUIA S*N^'N<>S/S'^-^v**'S/S*'V-'V*^>'S<'*r'V>^>N' VíiWW^aJ»

A CHUVAZézé era um pobre orphão,

que vivia com uma tia, velhae doente.

Elle trabalhava como jor-naleiro, e o pouco que ga-nhava, dava para comprar onecessário, para não morre-rem de fome.

Um dia, sua tia morreu.Zézé, ao acompanhal-a até

á ultima morada, apanhoumuita chuva e ficou doente.

Então, não poude mais tra-balhar.

A febre augmentava, c ellesentia frio.

Mas não tinha agasalhonem dinheiro para comprarmedicamentos.

Lá fora chovia.E o vento zunia dc encon-

tro ás venezeanas.O doentinho, encolhido na

esteira, estendida num can-to do misero barracão, cho-rava, e tremia com frio !

E a chuva continuava a ca-hir, monótona, indiffcrenteao seu soffrimcnto . . .

Agekôra de Carvoliv.v

(FÁBULA)

O mosquito apostou comos outros animaes que seriacapaz de bater-sc com o leãoe vencel-o.

Todos se riram.De que se riem ? — in-

dagou, intrigado, o mos-quito.

Rimo-nos dc tua ousa-dia. Como podes, pequenocomo és, bater-te com o reidos animaes ?

Exactamcnte, por causade minha pequenez. O leãonão cabe dentro de mimporque é muitíssimo maiordo que eu. Eu, porém, cai-bo dentro delle á vontade.

Interrogado o leão se ac-ccitaria o desafio, pôz-se arir, com ar de mofa. Por.fim, acceitou, porque a re-cusa estava sendo já inter-pretada como temor.

Soada a hora da luta, pu-zeram-se em campo os doiscontendores.

O leão assumiu logo a of-fensiva. Dava saltos tre-mendos para alcançar o mos-quito e engulil-o de uma boc-cada. O mosquito, porém,muito ágil e, além disso pro-vido de um par de azas (queo leão não tinha), voava sem-pre em direcção contrariaá dos betes do leão. E as-sim continuou por muitotempo. Quando viu que oseu antagonista sc achava jábastante fatigado, resolveu,então, o mosquito iniciar oataque contra elle. Encara-pitou-se-lhe na juba e, dahi,passou para o seu nariz. Aonotar aquelle corpo estra-nho no focinho, o leão sen-tiu-se tão incommodado quelançou mão do único recursopossível : bufou o quantopoude. Mas, nem assimconseguiu safar o mosquito.Um espirro providencial éque veiu livrai-o de tão im-portuno hospede.

O mosquito, então, tomouo alvitre de introduzir-sc-lheno ouvido. Assim fez. Aosentir a intromissão dc seurival no canal auditivo, oleão sentiu a cabeça andará roda, teve náuseas e aca-bou por desfallecer. 0 mos-quito, então, foi proclamadoo vencedor pelos outros ani-mães.

Sebastião Camargo de Souza

Sabbado de Alleluia ! Ahora solemne, anniinciadapela musica divina dos an-jos nas alturas, pelos órgãoscompassivos nas igrejas, c naterra com repicar alegre dasdoze badaladas-do meio-dia.

A hora bemdicta, cm quenos eleva ás maiores altitu-des, para mostrar-nos o po-der do Salvador, e o seutriumpho neste bello dia, on-de resplandece o poder, aventura de Christo resusci-tado.

O brilho refulgente dc ho-je, illuminando todos os co-rações atravez dos séculospassados, dissiparão as tre-vas da noite, para o esplen-dor, como sc dissiparam aságuas do Mar Vermelho, napassagem de Moysés ! Namesma noite, cm que Jesuselevou-se triumphante, paraabrir-nos as portas do céu.

Os milagres grandiosos, osolhares compassivos e bon-dosos que o bom Senhor lan-çou sobre o infame Judas,pela ingratidão negra ao seuMestre. E tudo isso nasmesmas horas silenciosas,que Jesus passou no Jardimdas Oliveiras, na amargura-da oração do Horto.

Tanto poder, tão sublimeamor ao homem, só encon-tramos no coração dócil eventuroso, nas orações sua-ves. que desusavam dos la-bies do Salvador, aos fieisque o aoompanhavam napropagação da Religião deDeus pelo mundo.

E foi nesta mesma escuri-dão, em que Jesus sob opoder de Pilatos, soffreu otortuoso flagello e a coroa-ção de espinhos.

Meus irmãos, pelos soffri-mentos amargurados que oPilho do Homem soffreusem que seus lábios se man-chassem com uma só quei-xa ; vemos até onde chegoua ingratidão do homem, c.então, ergamos as nossasvistas ao céu, c oremos paraque Elle, o grande Deus, ofilho simples de um pobrecarpinteiro de Belém, nospurifique com o seu poder eque nos perdoe, alimentandosempre o nosso coração coma sua-diurna misericórdia enos mostre o caminho dobem. da paz, do amor e doParaíso.

E' hoje o dia tr-iumphan-le de Christo, a noite glorio-

O castigo da desobz-diencia

Uma vez, tres meninospediram a seus paes per-missão para irem pescar ;

pae não consentindo,Talou :

- "Hoje, não ; porque3 riacho está muitocheio.

Elles fingiram não ou-vir as palavras do pae cforam pescar numa pe-dreira.

Amaury. o mais levado,era o cabeça ; Franciscoe Oscar o acompanha-ram.

Chegando lá. o Oscar.jue era o mais moç».disse :

— "Eu vou cahir,Amaury. Soccorrc-me !"

Amaury quiz soccorrcl-o ; para não cahir nos cs-pinhos, rolou uma pedrei-ra enorme, quebrando aperna e abrindo o pulso.

Ainda machucados, ju-raram ao pae e a mãe nãomais desobedecel-os.

IMaria de Lo: ides Quei-

roz de Magalhães —(7 annos)

DESPEDIDA(Monólogo para alumno de

ienra idade)

Chegou o fimDo anno escolar.Agora, sim,Vou descansar t

Em todo o annoMuito estudei.Si não me engano,Aproveitei . . .

Collegas meus,E professora.Adeus ! Adeus !Já vou me embora f

(Sahe correndo, sobraçan-do livros).

Bellarmino Barbosa!(Acre)

sa, que se elevou á sua gran-de resurreição, no mais ele-vado c bello throno.

E os sinos continuam aannunciar I

Alleluia !... Alleluia !...JJercilia Simões

(13 annos)

SEM DEUS, SEM CRENÇA NÃO SE VIVE

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SUPPLEMF.NTO DO MEU JORNAL"ni I!

''È2_____^_:

GAVETINHÃ-^mPQ- SABE

MODA E BüHDA-DO é o melhor fi-gurino que se ven-de no Brasil.

Os primeiros en-saios para obter pho-tographias submari-nas foram feitos em18 5 0, mas só em1911 os resultadosobtidos foram com-pletos.

•Quando subi-

m o s escadas, geral-nente pisamos com aspontas dos pés. Si o

•M/ermos pondo o•uidado de pisar olegráo com o pé to-

do, a fadiga serámuito menor.

•A turqueza é uma

pedra duríssima. Porisso mesmo dizia nmjoalheiro a um seufreguez : "Si o se-nhor cahir, com estapedra, do alto de umatorre, fique certo deque chegará em baixoaos pedaços, mas apedrinha chegaráperfeita ..."

•O uniforme que

Carlos XH usou nabatalha de Poltava,foi vendido recente-mente cm Edinburgopela somma de 22 millibras esterlinas.

•Tambem um só pe-(laço do traje que tra-

zia Luiz XVI quandofoi conduzido ao sup-plicio foi vendido poralio preço, maior queo anterior.

•O bacillo da lepra

é dos que resistem atodos os ácidos.

•Não devemos beber

agua antes das refei-ções. O melhor é to-inal-a depois, c nãoi m m o d í a 1 a m c n-te após 0 nllinio bo-Carto, Deixando pas-sar pelo menos quín-tu minutos, teremos*^'*A^A^_.^A_*..^AiA_AA^V^*'^V^/^

concorrido para umabôa digestão, sem per-turbações.

•A fazenda de côr

purpura com que scfazem os mantos doscardeaes é fabricadatradicionalmente poruma familia de pro-testantes, e sua fabri-cação e colorido sãosegredo que vempassando de paes afilhos.

•lia uma qualidade

de moscas em que ca-da uma produz20.000 larvas quechegam ao estadoadulto em cinco dias.

•A pessoa que só

pensa cm si, só sepreoecupa com o seubem estar, só desejao que ha de bom parasi próprio, esquecen-do-se de que os de-mais tambem têm di-reitos que devem serrespeitados, chama-se— egoista.

•Altruísta, ao con-

trario, é o que, sempensar em si, semquerer tudo para sipróprio, deseja o bemdo próximo e tudo fazpara vêr seu seme-Ihanfe feliz.

.•Nenhum m cnino

deve recusar-se a serexaminado pelo me-dico, pois só o medi-co pode -conhecer,porque estudou, si es-tá doente ou não, siprecisa remedois e deque remédios precisa.

•A cegonha é consi-

derada, na Europa,

Kks^r%i

A*s quintas-feirascircula

O MALHO

como a ave da sorte.Raro será o camponezeuropeu que não cui-de com carinho deuma dessas aves, queninguém mata, nemmesmo para alimcn-tar-se.

•Na ilha Bermuda

não existem automo-v e i s particulares.Desde 19 0 8 foi aliprohibida a circula-ção de autos de pro-priedade privada.

•Devemos pensar

sempre com respeitonos homens que setêm sacrificado pelobem da Humanidade.

•A guerra é um dos

maiores horrores quepossam attingir umpaiz. Os moços de-vem querer sempre apaz e afastar de suasmentes a idéa de quequalquer guerra pos-sa ser benéfica.

•Homero foi o autor

da "Odysséa", cujoheróe foi Ulysses

•O reino dos Mayas

era localisado ondehoje se encontra aRepublica sul - ameri-cana de Guatemala.

OO conheci-

mento das cousas se

obtém, observando,ouvindo, perguntou-do, raciocina n-do. Quando já sabe-mos lêr, os livros nosensinam muitas cou-sas interessantes eúteis.

• .Durante a ultima

revolução na Grécia,foi condemnado ámorte um papagaioporque lhe haviamensinado a gritar :Viva Venizelos I

•A palavra Abyssi-

nia é derivada deHabesch, árabe, quesignificava origina-r i a m e n t e mui-tida o, rebanho ouexercito.

•Ethiopia vem do

grego e quer dizera p p r o x i m a d a-mente, "paiz doshomens de côr" . As-sim eram denomina-dos antigamente to-dos os paizes vizi-nhos do Egypto ; ha-bitados quasi todosexclusivamente pornegros.

•Em Tokio foi inau-

g*urada nina nova aca-demia de Bojutsu, ar-te da defesa própriacom bastões, parameninas. Segundoseu director, as me-ninas poderão, depoisde formadas, defen-der-se com as suassombrinha.

•Ha uma* moléstia

chamada chronidose,que consiste no se-guinte : o paciente,isto é, a pessoa que

Almaoacii d'0 Tico-Tico para 1937A MAHAV1LHA DAS MARAVILHAS. A'VENDA

ILLUSTRAÇÃO

BRASILEIRA

Mensario d*j luxo. í

delia sofíre, passa asuar um suor de cò-res diversas, entre overde e o violeta.

•A bebida, ao cou-

trario do que muitosviciados asseguram,não afugenta os sof-frimentos. Antes, osaccentúa, porque põeem actividade os cen-tros nervosos do ce-rebro, fazendo comque todas as maguas,soffrimentos e triste-zas sejam relembra-dos.

•O dia 1.° de Maio

é consagrado ao Tra-balho. E' feriadouniversal.

•No jardim zoologi-

co de Londres ha umpássaro sem azas.Tem o nome de kiuiic é natural de Nova-Zeelandia. Os scien-tistas pensam que setrata de um sobrevi-vente das épocas pri-mitivas. O kiwi sópõe dois ovos poranno.

•Em 19 2 9 foram

vendidos em Nova-York, 2 3 5 milhões delivros.

•Segundo se acredi-

Ia, existem deposita-das em uma casa defíond Street as jóiasque pertenceram a

.Mine Dubarry.•

As catacumbas' deS. Calixto, cm Roma,têm 14 milhas de ex-tensão.

•A Hollanda, com as

obras executadas noZudérzée, começa-das em 19 0 8 c ago-ra cm v-esneras de se-rem concluídas, ob-teve mais de 5 0 0 milacres de terra de cul-turas.

A ORDEM É A PRIMEIRA LEIDO CÉO.

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y^ INI w^ ^mi BS11

\_gr J_\ No si!enc:o da noite alta ouviu-se um grito rerrivcl que_WF___M_m I Part'a do palacete do industrial Dr Edgard Sardinha, em

WJ* ______% I ^anta Thereza, todo fechado áquella hora da madrugada.íM W^Atrf&Ê\ I ^Pesar ^a hora adeantada, quando todos dormiam, a vizi-

¦ nhança se alarmou e nas janellas dos prédios vizinhos..,

...surgiram rostos angustiados. Alguém se lembrou então detelephonar á policia. Poucos minutos depois, saltavam de uniautomóvel, que parava á porta do palacete, dois agentes e urainvestigador da policia. Em redor do palacete, tudo era...

.-..silencio. Os policiaes, apressados, bateram a potta deentrada do palacete e com grande surpresa verificaramque a mesma cedia sem esforço. Estava apenas...

...encostada. Urgia, assim, investigar. Cautelosos, comos revólveres engatilhados e as lanternas electricas emfuneção, os policiaes foram correndo os aposentos do...

...palacete, quando um grito se ouviu partido de um quarro.Os policiaes dirigiram-se ao sposenro de onde partira o gritoe ahi viram, estendido no chão. um menino de cerca...

(Continua no próximo numero) oc

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{> T I C O -TICO 14 28 — Abril — 1937

DESENHOS E A GENTE FAZ

I * "i

fe »> (

A casa, desenho dc Walter Montei- Paisagem, idèà dc Lucy Layola (6 Bill, retrato porro dos Prazeres (6 annos).

Mickey, desenho deSylvio Briquet' (12

¦Tanos).

Behrino Pinto (10annos).

l í> 'S! ~^^S5í«kMÍ

\-è^*'«»._ '.-.- Dr.' Pinto, dese-nho de Ivan de

Jest-3, composição dc Maria José Retrato, por Augas- Souza (10 an-de Nichilc (10 annos). to Abreu (11 a.unos). nos)

AA$A?<tt___ \

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,iVas s'eli>as, trabalho dc Paulo Rios{\2 annos).

^*ti ^^Á_^^^^^^^_ZSm_=S^B^ Paisagem, desenho de Lu- /-*%&&\ \ ^—v f^^ '^_^^^^____^_^__^W^^I zamõr (11 annos). / / ] *_9Í \Burro, desenho ^~'- ~ ' *s*v. / / J )

de Rosa Vas- Veleiro, desenho de Déa de Car- /^jfc _r f Iconceitos ( 10 valho Silva (11 annos). r^rirÁ T^ f

annos)„ (/Ac* *W I (\

Avião, desenho dc DéeioBrasil (9 annos).

Menino, desenhode Rosa MariaVasconcellos (1 0

annos)Roosevclt, caricatura pelo meninoAmérico Carvalho Pinto (14 annos).

Nesio ^sz^gta são convidados a collaborar todos os pequenos desenhistas do Brasil, isto é, todosos leitores d'0 TICO-TICO. Os originaes, desenhados cm papel branco, sem pauta, com tinta chinezaNankim, devem ser enviados á redacção desta revista.

NUNCA TE ENVAIDEÇAS DO TEU SABER

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2» — Abril 1ÍJ37 15 — O TICO-TICO

AVENTURAS- DE PAULINO — Yolanda Storni (Fi>i)

JwT^SaMj^lI*»jCsyA Br^BH fl^HflHEn ^L J3 Ai mr 1 If*. I ^""T^^***",1"fc »* *r Ja-*' v-w.j*ia*^f. "**-». i*-**jf*^

O' avô dos allemãesinhos desp-er- tos Dractos, na janella, D. Miloca cor- nos talvez estejam em companhiatando não vê os nettos e começa a re para perguntar o que ha e logo dos seus filhos fazendo alguma tra-chamal-os desesperadamente em ai- tem o presentimento que os peque- vessura.

Realmente indo até a garage ali raneto os quitutes. Foi só o tempo da que se desse uma explosão. D. Milo-encontra os pequenos já com uma pobre senhora chamar o seu Manoel. ca entregou os allemãesinhos ao avôfaipsena fogueira bem perto das la- jardineiro para apagar o fogo com afflicto e applicou unia tremendatas de gazolina, calmamente prepa- mangueira de regar o jardim, antes surra, nos dois filhos.

O PÊNDULO DEFOUCAULT

Fgucault, celebre physico. tendoobservado que um pêndulo osciüasempre num mesmo plano aindaque se mova o quadro onde elleestá fixo, fez, desse facto, magis-trai demonstração da rotação daTerra. Effectivamente, se esse pia-no de cscillação, é invariável, oceor-rerá que a Terra, ao girar, provo-cará no pêndulo uma revoluçãopara a direita.

Foucault fez sua demonstraçãono Pantheon de Paris no anno de1851. Suspendeu do tecto do Pan-theon um fio, á ponta do qual atouum pedaço de chumbo terminadoem ponta. Dc cada um dos ladosIdispoz montes dc areia cujos cimos

deviam tocar o pêndulo a cadaoscillação. Posto o pêndulo cmmovimento, verificou-se que o mes-mo se deslocava para a direita dei-xando, de cada vez, um risco dif-ferente nos montes de areia.

¦'.***^»^>ATS|»Í i

Sendo o plano de oscillação in-variável, forçoso foi reconhecer-seque o que se movia era os montesde areia c, por conseguinte, aTerra.

VARIEDADES

Qualquer homem, por selvagemou inculto que seja, possue sem-pre certo senso artístico, que semanifesta nos objectos que fa-bríca. Poucos são os que nãopossuem o intuito de symetria e,mesmo sem instrumentos de me-dição executam seus trabalhosmuito próximo da perfeição.

A aranha, quando constróe suateia nunca esquece de assentarem primeiro logar o eixo princi-pai e estica os fios tão regular-mente, que não se encontrará umque esteja mais frouxo, nem forado legar.

*VV'"WVV*'-W''V%^í'',%-*V-^^

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A C A R A V E L L A 4 P A G I N A DE ARMAR N. 3¦¦_¦¦¦ ¦¦'¦¦ li l— Ml T- - ll li '

-- ir" iii i in -¦ ii iT - -- A. ¦_¦ ¦¦¦¦----¦,¦¦ i..i ¦¦¦¦ i ¦___»¦_¦__ „_,., n -—-_--.ra-r-i -_,¦_,-- -r...—.. , -. ¦- ¦-, ¦ -_.-*. ¦ -. .- -,-r-_.-,r* .¦¦-_¦¦.-,. ., . .,_-——.... .... ,_ . _.. ,

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ÍCo/iíiniicJ no próximo numere)

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O T ICO- T I C O — 18 — 28 Abril rm

I monstro que revive)As creanças que todas as noites ro-

deavam o bondoso, Tio André parao»\ Ir ;is historias que elle lhes contava,aguardavam o momento em que o c -ti-irado ancião começasse a falar.

E elle começou assim:li:i uill monstro que revive sempre

annos dçpois que é exterminado.Ka quasi dois mil annos elle domina-

va o mundo quando appareceu o maiordo:: Prophetas, o Esperado das Nações,Jesus Christo, combatendo-o apenas comdoze homens', seus disciplos c apóstolosque venceram o monstro do paganismo.

Custou muito sangue de martyres aluta que se travou entre o Bem e oMal, entre a Treva e a Luz.

Venceu o Bem. Triumphou a Luz.O monstro parecia aniquilado, quando

reviveu novamente, no tempo da IdadeMedia, Ia no Oriente, .pretendendo tra-gar os christãos,.

Foi ainda uma vez subjugado pelosCavalleiros da' Cruz durante ns Cru-zadas.

Passaram-se, novamente, muitos se-culos e agora nos' nossos dias elle revi-ve, cada vez mais cruel sob a mascarado atheismo, lei/ando a morte, a ruina adestruição por onde passa.

Ateia o incêndio da guerra, arrazan-cio templos onde se venera o Deus ver-

\ dadeiro e assassinando seus ministros,os sacerdotes, os frades e as religiosasque cuidam da educação das creançasabandonadas e tratam de enfermos e lou-

Disfarçado co;n programmas político-sociaes o monstro revive rasgando, rai-voso, o Evangelho e incutindo na almadas creanças o Ódio em vez do Amor,a Descrença, e todas os sentimentoscontrários ã moral.

— Precisamos, então, combater essemonstro; disse o Pedrinho, um garotodecidido e forte.

i— Precisamos, sim, respondeu o bon-doso Tio André. Devemos combatel-o,afervorando nossa fé e transmittindo-aa todos com os nossos exemplos dc amorao trabalho, aos nossos irmãos, á nos-sa pátria e ao nosso Deus a quem tudoelevemos.

—- Todos unidos pela nossa fé e con-tra o monstro do atheismo ! Bradou oPedrinho erguendo-se.

—- Todos unidos ! repetiram as cre»antas, emquanto o eco das suas vozesinfantis, porem sinceras e ardentes, seerguia ao céo cstrellado, onde brilhava

B constellação do Cruzeiro do Sul, sym-bolo protector da nossa Pátria, que serásempre fiel ;i crença dos seus maioresque a baptisaram com o nome de Terrada Santa Cruz !

Enstorgh Wanderley.

AS FAÇANHAS D O T U P I M I Q U 1 A

- jJpA^^f" .

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—- -^ ___ _fi|l^^

'— Sim, escolhi bem a arma ! Agora deito o deposito de balas aquino chCio e vou atirar na fera !

A^y^s^z* <t*^ vf-ÍFf íl

*— Olha, Fritz! A fera jã não está, mais aqui! Essa fera ccifàjnmente não sabe que a calma é a virtude dos caçadores.

s— Bem, Fritz, emquanto não ha feres, you descansar na barraca.c você yae preparar p. almoço 1

(Continua no próximo numero).

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mm foo,7d ' "¦ ""' ' ' i

Novella de Brandon Walsh — N.° 1

O chinez Ming Foo, empregando astucia, levou um,pirata capturado a confessar onde estava o thesourp dospiratas, em troca da liberdade e esse pirata oífereceu-se parapilotar o "AUDAZ" até á ilha onde o thesouro foraescondido.

•— Esse palerma assegurou-me que hoje seriaavistada a ilha. Se não fôr verdade torço-lhe o pescoço,pode-me acreditar.

Y — Não ha negar. As vezes a verdade\t passeia pela bocca do diabo. Meus olhos \

vulgares estão vendo a ilha em questão. I

_________ ~j Temos que deitar ferro na enseada. Amanhã )¦^pppigi estarão mais ricos do que jamais terão sonhado, i

jijpí\{':___ZEiTr7~Ti 1<£ J 3f.

IMM^W^^Ir^iMI^AA^^i^^^^Ar^M^^Nt^MW^^VMMVMMMMMMM^yMMM^M^MVM^^^MMMVV^wM^ IM^^á^^^^^^^^^^^^AA^^^S^^^VMVWM^MMMMM^MMV^MMMMMMMWMMMM^MMMW-WMM^MiIlMfc

Ming Foo é um chinez calmo, ponderado. Irritantemente cal mo. Mas audacioso. Tão audacioso que, nos golpes que o destino,ás vezes, lhe desfere, sabe conduzir-se de tal modo que parece vencer o próprio destino. Dotado de indomável força de vontade,alcança tudo que quer. E' pertinaz, constante, sabe querer. Depoi s, nada o intimida, como vocês verão no próximo numero.

«AMMAAMAAAA^^AAAM^MS^MM^W^^/MA^AI^^AAMAMV^WWVW^^WVfVi.

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O TICO-TICO — 20 —

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS

1

28 — Abril — 1S37

(Desenho de Tfoéo)

Umaaventur— dizifoi .

das mais extraordinárias ... no fundo .dc um precipício. . . . quando deparei com um íhíSOas de minha vida de caçador Eu havia descido para examinar o enorme. Desarmado, não tive eta-a Tinoco a mister Brown — fundo do abysmo . . vidas. Subi pela ...

. . .lado, sem escorregar. Mas quo... escarpa que era quasi {> pru- . . . nal, depois que cheguei cm ei- foi que você usou nas botas ? Imo. O processo é que foi origi . - . ma, desci pelo outro ... — Colla-tudot — respondeu Ti-

noco ...

ZEf MACACO E O SALIM Desenho de Storni

PDA

.j. S~±\'OUTÜMAH "WSEU" rs~~\l nÀÜSANHUlZf '' cURlOÍO-à

• /<___a mvv-i\ \.-/ \ZJtI S5r_> VL0G'V.>VF APAt.fte.pof,-

•DE/-LHS. -« áÉmmWflfF P? X*a*^J/£ÈÊki"4 /_______ Í^ÉTÜ IHSLilTüu A Ç^^——^-,,7Z.Á _____BM_k f^___ ,G_í?í-ãa_W \P1.Ii*° /__J1%L_ ^MINl-IA NOTA- (AFlNALfORQUtrruRKAiw&J QSZmm\^MT -^y^Q^ í7% /r"^iT ámívsAíswT ACItED'°°mt*~

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28 — Abril — 1037 21 r— O TICO-TICO

/_¦ Rlflmnl A ovo* pela mar v-, d \ \ / ^3895!-_f^R%i__3_w/ —^~-° Rio~ tvcv V^y ^-fli

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IO PRÊMIO DA TRAIÇÃO £

Amanhecia, quando o telephone daPolicia Marítima tilintou. O com-missario despertou, aborrecido e foiattender :

E* a Policia Marítima.O navio inglez "Astnrias" car-

repa valioso contrabando de ópio.Na barra será transbordado parauma lancha de bandidos !

O policial insistiu para que o de-.unciacte revelasse o seu nome, mas

inutilmente ; elle desligara o appare-lho. * * •

Uma elegante embarcação singra-va velozmente as gazeas águas daGuanabara.

Incommoda-me a ausência dePedro ! — exclamou uni indivíduocorpulento, que parecia o chefe dogrupo.

Hontem, no "Café Dulcina", des-enrolou-se ligeira, mas aggressivadiscussão, entre elle e Roberto, cul-minada com troca de soecos ! — ata-lho ti outro.

- Vem o navio, pessoal I Vigilan-cia 1

Realmente, o gigantesco transatlan-tico britannico approrimava-se ma-gestosamente, levantando da proaondas dc espumas.

Desceu- um sacco do portaló 1 —gritou o piloto.

A barca abordou e recolheu a car-ga com grande normalidade e satisfac-ção de todos.

De repente, quatro lanchas poli-ciaes surgiram, oceultas na neblina,e investiram contra os bandidos !

Offensiva 1As metralhadoras funecionaram li-

vremente, mas as manobras sitiantesüos perseguidores imprensavam osfugitivos, tolhendo-lhes os movimen-tos, para a abordagem final.

Destruíram o leme 1 — gritou otimoneiro, notando a desobediênciada direcção.

Petíro trahiu-nos !Saberei me vingar .' — bradou

Roherto.

Como?Assim ! — c desappareceu nas

mansas ondas.O chefe, homem intelligente e de

recursos, ordenou que descarregas-sem fumaça para auxiliar a fuga dorapaz. Os policiaes, alheios ao es-trutagema, proseguiram, com a victo-ria imminente e minutos depois, real.

O fugitivo alcançando a terra, en-xugnu a roupa c internou-se na ei-dade, disposto a executar o que pro-mettera.

Pedro, ignorando o suecedido, isto«', a fuga de Roberto, pensava estarlivre e, como prova, ceiava calma-mente, num restaurante moderno,que muitas vezes servira de ponto deconcentração, quando a figura athle-tica e heróica do vingador, surgiu-lhe anieaçadoramente.

NTão . . , mas . . . balbuciou, rer-voso.

— Covarde 1 — gritou o recém-chegado e, empunhando um revólver,descarregou-o friamente no corpo re-pugnante do trahidor, matando-o.

Foi preso e cumpriu, junto com osamigos, a condemnação da Justiça.

Esse 6 o triste fim de todos os tra-Jíidorcs.

H. Terra

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O TICO-TICO 28 Abril — 1937

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Quando uma donzella dos indios Pueblopretende casar, escolhe um joven que lheagrada e consulta o seu próprio pae* O paeda moça, então, procura conhecer o jovem, edepois de tel-o conhecido, se verificar queserá um bom marido, concordará então coma escolha.-Min f«h!;-»i ¦» ¦ ¦- i r- t- • ¦- — ¦ ii _ ,

© i*>2T. ct km» rf A"o Ãy*.a'''»*íf'.-.;""?C-»»* Sr':^ín '.'¦...¦.-A^^

Usualmente o jovem toca os hombros damoça que lhe toca os seus; mas acontecemcasos de se dar o contrario; então, repellidas,envergonhadas, as donzellas deixam as suasaldeias e fogem para suicidar-se.

Eis que é chegada por fim'A festa do encerramentoDo anno lectivo. Por mim,Affirmo neste momento,Que durante o anno escolarNão me cansei de estudar.. *

Si bom êxamê não fiz,Não foi por falta de estudo. . -A sorte foi quem não quiz,Que eu fosse distincta em tuJj?,Não foi porque não estudasse :.Provam os collegas da clar.se.

"-— —' —- •>

Um explorador contou ter visto uma tían-ça entre os indios da Columbia Britânica emque um jovem e uma jovem se escolhiam mu-tuamente, na dança, tocando com os dedosos hombros um do outro.

Nem sempre existem a corte e o namora,entre as tribus indus do Japão. Quando aproposta de um jovem for acceita, elle im-mediatamente faz a trouxa de quanto pos-sue vindo installar-se calmamente na casada noiva, que passa a ser immediatamente asua esposa.

(Continua no próximo numero)

A ESTUDIOSA(MONÓLOGO)

Mas, p*ra o anno, hão de verQue bonita figurinhaEm meu exame hei de farer....

Espero que a morte minhaNão me seja tão ruim;Pois serei approvado. Oh ! Sim!..

I

E até mesmo um louvorzinhoDa banca examinadoraE um rico presentezinhoDa parte da professora.Tudo isso então hei de terP'ra o anno, si Deus quiser...

Bdlarmino Barbosa(Acre)

NUNCA TE ENVAIDEÇAS DO TEU SABER

i

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28 — Abril — 198'3 O TICO-TICO

As proezas de Gafo Felix(Desenho de Pat Sultivan — Exchuiuid.de d O TICO-TICO para o Braitt)

a \^T\ 'U*^4^*" -^ J$

— Com tanto dinheiro que recebi .....uma cartola! — Escolho esta cartola! -rEu arranjei prender os bandidosdo premio, sou um grande homem! Sou um homem importante! Sou rico e, e elle é que ficou importante{ Vou meVou comprar deyo andar de cartola. embora!~—""' pa r" '—~~ "t Y~

^v ©©"- »-al. <z-

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ta tirei éü6 T

Chegaste mesmo na hora. Felix!Tenho uma porção de cartas pedindovocê para "mascotte".

— Escolha uma dellas e vá servirainda uma vez da "mascotte!" Você éde sorte!

— Irei servir de "mascotte" 3 esaesenhor Da remi. O nome agrada-me!— Venha...

_ ^»___B«___.^™#»**ta"«*—"^"^«^oe3e—¦'¦^¦^s* yy»»"'1" " "'"' '

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.S-~X í ©TV ) ! (¦¦

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©^©Jrr...cá, Gato Felix! Estou em grandedifficuldade para' resolver um casosérioi

— De que se tr.ua? Ande depressa!Não posso perder tempo com fedelho do jseu tamanho'

— Eu não soube a lição de arithe-metica, na escola, c o professor deu-meum castigo!

______

— Mandou-me que copiasse censvezes um algarismo e eu me esquecidesse algarismo'.

'11 -• i c'-" *•¦¦« '¦* -•'" '¦* *¦•'- »¦¦"* "" '¦-""' I

— Vou collocar esta cadeira contraa luz e você se recordará! — Obrigado,Gato FelixLuj.

w- i

...Você é mesmo sabido!, E' o algaris»^mo 4.

(Continua)

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O TICO-TICO — _. —< 28 Abril — 19:57

Justamente nesse periodo alarmante . Floriano recebe o convite com uma in-Deodoro. adoece. Sente-se abandonado' ,"".,/differença vque assombrou toda gente. Apelos amigos; quer renunciar, è mandou" "posse estava marcada para ás IO horas echamar Tloriano para assumir como "" 4 cl|é^ âs 9, ainda"estava cie pyjama, tran-Vicc-Presidente a: Presidência da Repu- | qüillo, tomo se nada' tivesse acontecido.blica Com: essa . mesma .. V*. [

W^o\WÊo\\\\\\1k\WÊI^^SSftJInl ^_^_2i!___Sissm;

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...calma prestou o compromisso e assumiu a Presiden-cia da Republica. Ninguém lhe viu no rosto uma som-bra de emoção; e ha um facto singular que traduz asimplicidade desse homem. Logo depois de ter...

.. .assumido a Presi.encia da Republica,fprarn-lhe avisar que o Núncio Apostólico]

!. ..'Í^ÇMpiprimental-q.. Floriano'chama umcriado cio Palácio para ir" comprar uma.',.

It •- ?,„,.camisa decente afim de puder receber o represei!?junte do Papa! E' incrível! Floriano Peixoto, Ge-neral do exercito, Vicc-Prcsidente da Republica,cheio de medalhas e honrarias — nao possuía

. .uma camisa decente! A sua calma era o assombro de todos quan.tos o/conhçciam, e vários facto_ confirmam os seus modos imper-turbaveis. Unir. esses ha a celebre imimaç$_ dos generaes. 1

(Continua)

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A prisão que guardava Maria e Miquimba era umahumida caverna onde a luz nunca entrava e o frio nuncacessava. Os dois prisioneiros pareciam conformados por-que jamais perdiam a esperança na acção do seu destinodo amigo Spot.

Quando Spot olhou para t interior da prisão, viuMaria com a Cabeça entre as * úos, meditando, emquan-to Miquimba, deitado n0 chã* iiumido, parecia dorrnir.Naquella altitude, ambos, no < mtahto, confiavam numimprevisto qjie lhes reslituiss» % liberdade tão almejada

Spot só tinha um pensamento — libertar a esposa eMiquimba da prisão onde se encontrava. Para isso conse-guir tudo faria, inclusive desposar a rainha mulata, quenão cessava de querer tornar-se sua esposa.

(Continua no próximo numero)

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O TICO-TICO — 2G 28 — Abril — 1937

BST.

(Entra tle gorro branco e aventaldoe que usam os pasteleiros, traoendopas iuãos uma i>equena cacarola <lenluminio e de fundo falso, o que seconsegue cotlando um disco de papC-lão prateado, distante uns quatro acluco centímetros do verdadeiro fundodis cacarola.

Esse disco tem, uma parte movei quose ergue como uma tampa.

Fala com desembaraço c tom con-vlncente) : Exeellentiss.n.as senhoras,meusV senhores, queridas 'crianças 'enão menos queridos "eríanços", istoè: as crianças do sexo mas.ulino.

Desde que augmentou a carestia darida, augir/entou também cm mim avontade de barateal-a.

Quando eu digo: baratear a vida,não quero dizer dal-a de- tarato, porqualquer "dez réis de mel coado" oa«er coado.

Não, meus senhores, senhoras e de-mais projeetos de futuros senhores. Avida o uma das consas mais caras quenós temos e, paradefendel-a, conser-vando-a, devemosbarateal:a, ou m"e-lhor: baratear a ca-réstia da vida.

Tara isso me de-dlquei a estudar...as causas da cares-tia e, após profun-dissimos exames emgraphicos e estatis-tieas, «onclui que ar urestia da vida éluncção do encare-cimento dos gene-ros alimentícios: co-in'e.tiveis e "bebes-

tiveis", assim comodos artigos "vesti-

mentiveis", • ijxce-ptuando c h a p éos,mrias, e sapatosque não são consi-d;;rados vestimenta-e estão deixando deser usados por...' < niiomia pelos ra- ¦

pazes, por elegan-cia, pelas moças opor descaeo pelosque andam descal-

ços. . . nas praias.bf_VVV-V--»-VVS

fÀÊLm\^ ^^ÜB *

O doceiromágico

MONÓLOGO

Nã® podendo baratear os genero3de primeira e de ultima necessidade,como a carne, a farinha, a batata, por-que muitos teriam escrúpulos de co?M'_r carne, farinha ou batata barata

Si ZINHO O CÂNOBIRO?

O canoefro não está só! Neste desenho eiicootri»m we um cr.vador, um .mliü,unia raposa, uma maria, uni esquilo c U/m» tuinlia. I*i onurm _«ies vivcwtes

no desenho.

com receio de que tivessem gosto debarata, resolvi me dedicar a magiaindiana, ou seja: ao fakyrismo. pois,oomo si sabe, os fakirs consegueiaríi-rar tudo do nada.

Assim inventei uirfa cacarola em -quese podem preparar biscoitos, por exem-'A ¦pio, com o auxilio das ondas hertzi-

Ianas.que passarem por um forno depadaria ou pastelaria. As emanaçõesalimentícias vêm* dali atravez do es-paço e são recebidos pela minha cajça-rola, que possue uma antenna sensível,o que não deixa de ser plausivel.

Feita a. ligação o apparelho começaa funecionar, captando os alimentosLiscoilos. ou abiscoitando os eltinen-tos que servirão de alimentos.

Emqü-tnto estive falando o appare-lho funecionou e os biscoito fioar^urpromptos,. em "ponto de bala", eomose diz em linguagem... pasteleiraou. . . balística.

Como vêm, a ca-carola continua co-mo quando aqui en-treí, o que não ___>•pede que eu, comtres números o trespalavras mágicas,obtenha saborososbiscoitos que tereio prazer de offere-cer aos presentes,não os offerecendoaos ausentes por-que. . . não estãopresentes, é claro.

Attenção ! (Fazuns "passe;." ma-gicos sobre a caça-rola dizendo) :Um . . . dois . . .tres. . . biscoito sefez ! . . . (Mc(le amão n;j cacarola,levanta a tampa do¦Voado falso" reti-ra alguns biscoito:,que ufícrece rosouvintes) Está re-Eolvido o problemada carestia da vi-da ! (Sae).

E. Wauderley

SEM DEUS, SE M CRENÇA NÃOSEYIVE

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J_Jifllft_|ConcursosRESULTADO DO CONCURSO N. 21E

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Solução exacta do concurso

Sol uc ionistas : — AntoniclV.. dos Santos, Newton da Cunha eSilva, Naria Magdalena Santos, MariaHelena de S. Freire, Romulo Ary Co-senza, Nilto de Souza Marques, Celi-na Gloria Alonso, Gil Vieira Cosim-bra, Yvone Firmbach, Lais de Mace-do, Jarém Guarany Gomes, EvandroLuiz de Abreu Lima, F. G. Nasci-r.ie to, José S. Couri, Cecilia MoraesDias, Jurandyr Damazio, Nydia Papfda Fonseca, Omar Alves de Carvalho,Hamilton H. de OÍiveira, WandaRocsi, Ayrton Rocha, Levi Lustosa,Jorge Canteiro Tarelly, FranciscoBenthen Filho, Aluizio Chaves, A.Raymundo Nonato,, Wanda Falck,Zorilda de Azevedo Sá, Myrthes Ma-chado Caldas, José Corado Irmão, An-tonio Epiphanio de Araujo, Berthelotde Sá Miranda, Carlos Martins Filho,'.' elina dc Luordes Lobo, Juci MariaP. e Silva, Zita Guimarães, Edil deSouza Barros, Almira Nogueira, Al-r.tir Nogueira, Linda Prcuss, There-y.inha Maria :\í. Corrêa, Iracy Mattos,Maír Cosenza, leonor Nogueira Soa-res, Otto Carvalho, Benedicla Sôniade Campos, Reno da Costa Dourado,Therezinha Caruso, Paulo Araujo Ma-chado, José da Costa, Osvir CarneiroSantos, Bany Carneiro Santos, Dulce

PÍLULAS

t_^í^'í'*T. J " s_k-^ >rQçk T _É ¦ * JB _L___hFv-___--_-klT^S. í-___x

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHYLINA)

Empregadas com suecesso nas moléstiasdo estômago, fígado ou intestinos. Essaspílulas, alem de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias doligado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funeçõespastro-intestinaes.

fy' venda em todas as pharmacias. De-positarios: JOÃO BAPTISTA DA FON-SECA. Rua Acre. 38. - Vidro 2$50Ò.pelo correio 3SO0O. — Rio de Janeiro.

da Cunha e Süva, Marilda de Carva-lho, Adylio Luiz Monteiro de Barros,Ayrton Balthazar, Júlio DominguesC, Neuza Carvalheira, Serginho, El-za A. Moreira, Zuleika dc A. Filguei-ras, Onofre Leite, Sydncy da SilvaMonteiro, Niiton Meliga, Homero Ne-ves Trindade, "miz Eduardo, ReginaCereja Duarte, Aglair Medeiros, Da-niel Amaral L., Maria Augus*a Ra-me Carmen Fernandes, Elnio Fiori,Alfredo de Souza Péres, Walter Car-valho, Hugo P. da Fonseca, José Pi-mentel, Marita Passos, Alexis de Bar-ror, Giammattey, Oswaldo Gomes,Léa Vianna de Vasconcellos, MariaThereza de Castro C., Norma Craziel-Ia, Aldir Madeira de Mattos, MariaJosé Lyra, Everardo Martins, Litinha

T I € TICOPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSIGNATUKAS

Brasil:..... 1 anuo.... 2õ$0006 me-es... 13$00U

Estrangeiro: 1 anno.... 75$u0-6 mezes... 3.$000

Às assignaturas começam .eínpreno dia 1 do mez em qua íorem to-madas e serão acceitas anaual ousemestralmente. TODA A CORRES-PONDENCIA como toda a remessade dinheiro, (que pode ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida á S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephone: 23-4422. '

Pierre, Chcrubim C, Castro Filho,Hebe Nair Nitzsche. Adhcnor LeiteTeixeira. Newton Godoy. EslelinhaDinorah B. Lniz Augusto B. Santos,Mariza Boisson, llitinha Gomes deMattos, Therezinha Guimarães San-ches, Walter Josino Finamore, ClecyPnio Cardoso, Léo B. Corrêa, LevyPolli Barreto. Maria Célia Azevedo.Paulo Duarte Monteiro, Hélio MottaHaydt, Heloisa Motta Haydt, HelietteMotta Haydt, Therezinha de Jesus.João Bosco Lemos Ferreiro. HélioLopes. Alberto Castro, Hélio de Cas-tro, Enedina Machado, Oswaldo dcAlmeida. Turico Mariano,. M.igalyCru/ Moreira, Ruth L. Lisboa, AnnaLuiza. Oswaldo Lucas da Silva, Ignezdc Albuquerque -Séve, José A. Fer-nandes da Costa Bello. Wilkar Perei-ra, Maria Eloy Neves, Hildyres Paula,Dèa de Carvalho Silva, Adhcnor LeiteTeixeira, Carlos Lanzclotte, Oswaldoile Loureiro Maior Junior, Othon Lo-bo Oliveira. Berenice Ferreira Costa.Nejly Ramos Pitanga, Carmen Leal,Célia Ferreira Leal, Déa Jover, GloriaGonçalves, Disael Ruth Carneiro B.,José J. Araujo, Armando Vaz J.. Ire-

cê M. B. Lobo, Amilcar B. Botelhode Magalhães.

Foram premiados com um liwlo li-vro de historias infantis os seguintes¦cor urreutes :

ZULEIKA DE A. FILGUEIRAS

Residente na estação "Emilio Ri-bas", Campos do Jordão, Estado deSão Paulo.

IRACY MATTOSResidente i rua Pereira Lopes, nu-

nutro 11, São Christovão, nesta Ca-pilai. .

ZITA GUIMARÃES'lcsi..ente á rua Bernardo Vieira,

n. ti72, Recife, Pernambuco.

RESULTADO DO CONCURSO N. 22

Fespestas certas :

!.* —- Manga2.* —¦ Lua, pua3." —f Após, sopa4." — Rir_;" — Jaca.

S o l a ci o n is t as :—- TherezinhaCaruso, José Arnaldo F. C. Bello,Igne_ iie A. Séve, Anna Luiza. Maga-ly Cruz Moreira, João Bosco L. Fer-reira, Therezinha de Jesus, HélioMotta Haydt, Heloisa M^tta Haydt,Heliette Motta Haydt, Lit-nha Pierre.Aldir Madeira de Mattos, Marita Pas-sos, José Pimentel, Levi Lustosa, Be-nedicta Sônia de Campos, LindaPreuss, Almir Nogueira. Almiria No-gíieira, Edil dc Souza Barros, Hamil-ton H. dc Oliveira, José da Costa,

COLEÇÃO «THEMSIrlO PRIMAKiO POR MEIODO DESENHO -INTERESSA ACR1AHÇA E FACILITA O MESTREVEJA HAS LIVRARIAS DO BRASILAS OBRAS OeSTA COIÍÇAO OU Fe-ÇA rvospecros /«-"ArELI.R SETM"g RAMALHO OKTiGVO 9- 2? - RIO

DEPOSITO EM S PAULOJ. COUTO-RRIACMUELO 28-A

II O M E O V E R \I 1 LS. forte, caro meninoSõ útil ao teu BrasilTens vermes. Não mais hesitesToma já ROMEOVERMII*.OE FARIA & CIA. — Tt. S. José, VIe R. Arcliias Cordeiro, 127 A - Rio

AS FLORES SÃO O PENSAMENTO DAS PLANTAS.

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O TICO-TICO 28 28 — Abril — Í5B7

mm*******W^^ft^W*S«V-NrV^«V\>V-VVV*

-_f_____k

diga.^queeiilhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

íarém G. Gomes, Lais Macedo, MariaMagdalena Santos. Newton da Cunhae Silva, Othoniel Victorino dos San-tos, Evandro Luiz de Abreu c Lima,F. C. Nascimento, José I- Couri, Ny-dia Papf da Fonseca, Alba Corrêa,Ornar Alves de Carvalho. Dilma Ro-cha, Nair Mattos, Therezinha MariaM. Corrêa, Francisco B. Filho, Ma-nú Licio Marques, Leonor NogueiraSoares, Vicente Giorelli, O-to Carva-lho, Samsão Luiz, Jorge Canteiro T.,"Abilio Cláudio de Lauro Souza,Amancio G. dos Santos, Dulce daCunha Silva, Celina Gloria Alonso,Osvir Carneiro Santos, Rony Carnei-ro Santos, Marilda de Carvalho, AlcyM. Monteiro dc Barros, Ayrton B.,'Edison Menezes, Neuza Carvalheira,Serginho, Elza Alves Moreira, PauloCastanheira D., Onofra Leite, Zulei-ka de Andrade Filgueiras, Sidney daSilva Monteiro, Nilton Mcliga, Adhc-nor Leite Teixeira, Dalva Cercza Du-arte, Daniel Amaral L., Paulo Mei-relles, Aglair Medeiros, Maria Augus-ta Ramos, Elnio Fiori Walter Carva-lho, Alfredo S. Péres, Hugo Papf daFonseca, Palmyra Carvalho, Alexisde Barros Giainmattcy, Léa Viannade Vasconcellos, Giselia Pety Falcão,Maria José Lyra, Anna Lúcia Louza-

da, Rodolpho Louzada, Cherubim C.Castro Filho, Mariza Boisson, Esteli-nha Dinora Boisson, Sônia Cruz doRosário, Luiz Augusto B. Sant03, Ri-tinha Gomes de Mattos, Hebe NairNitzsche. Therezinha Guimarães San-ches, Clécy Porto Cardoso, Léo R.Corrêa, Maria Célia Azevedo, HclioMotta Haydl, Levy Polli Barreto, Al-bertô de Castro, Hélio de Castro, He-lio Tropc, Arnaldo L. Lisboa, Os-waldo Lucas da Silva, José HenriqueMartins Alves, Oswaldo Cândido deSouza, Wilkar Pereira, Rodolpho Fer-nandes Neves, Dahyres Paula, Adhc-nor Leite Teixeira, Luicia dos Santos,Déa de Carvalho Silva, Oswaldo deLoureiro Maior Júnior, HumbertoLanzelotte, Nilza Ferreira Costa,Othon Lobo Oliveira, Wilson F. dePaula, Maria Helena da S. Freire, Ro-mulo Ary Consenza, Elza Otero Go-mes, Nilta de Souza Marques, NydiaBarbosa, Arlelte da C. Aballo, Epo-nina Genesio, Nelly Ramos P., Amil-car B. Botelho de Magalhães.

Foram premiados com um lindo li-vro de historias infantis os seguintesconcurrentes :

WALTER CARVALHOResidente á rua D. Isabel, n. 130,

Bomsuccesso, nesta Capital.

OSWALDO CÂNDIDO DE SOUZAResidente á rua Parahyba, n. 22,

praça da Bandeira, nesta Capital.

CONCURSOS ATRAZADOS

N. 15 —

Zorilda de Azevedo Sá, AmilcarBczzi Botelho dc Magalhães.

N. 16 —Paulo Barbosa, Amilcar Bezze Bote-

lho de Magalhães.

. .__> & b & s

_____Éfff.~ ¦W__'7C'JH

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y ¦ v ' ¦¦ -_i_™*^^__[_______ _L jfcurt <

*^'^_^____|

WBaW^W^^ AmW

O galante Aurélio, filhinho do casalAurélio Augusto Martins-D. Hor-

tensía de Moraes Martins.

N. 17 —Zorilda de Azevedo Sá, Ney Mattos

D., Francisco Benthcn Filho, JoséCorado Irmão, Angélica Maria Ca-}ado.

N. 18 —Paulo dc Campos, Angélica Maria

Cajado.N. 19 —

: Aristides R. Norato, Aracy Camposde Sá, Zorilda dc Azevedo Sá, AntônioEpiphanio de Araujo, Jos Corado Ir-mão, Francisco Benthen Filho, An-toniel Victorino dos Santos, Bcrthc-lot tíé Sá Miranda, Almiria Nogueira,Angélica Maria Cajado, Juci Maria P.e Silva, Amilcar B. Botelho de Maga-lliães.

N. 20 —Almiria Nogueira, Antoniel V. dos

Santos, Angélica Maria Cíijado, JuciMaria Plácido e Silva, Amilcar B.Botelho de Magalhães.

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28 — Abril 1_7. 20 O TICO-TICO

CONCURSO N. 33

Para os leitores desta Capital e dos— Estados —

h H_B___Pmr~T^ — mm—ís™^ j

Mais um fácil concurso de palavrascruzadas offerecemos aos nossos lei-tores. As "chaves" do concurso sãoas seguintes :

Horizont ae * :

1 — Tonalidade— Progcnitor

(i — Da gallinha7 — Compromisso

10 — Não é funda11 — Fluido12 — Oswaldo Gomes13 — Biscoito1(3 — Nome de mulher17 — Preposição simples18 — Contracção19 — Isolado22 — Igreja24 — Metade2(5 — Via publica29 — Ave nacional30 — Otto Oliveira

Verticacs :

— Valentia, denodo- Da gallinha— Peregrinação devota— Transpira* ás avessas— Muitos fiínus— Grandes saçcos—- Pedra

14 — Vários15 — Nota de musica

A_Sí9 __¦

20 — Resa21s— Deposito de água benta2? r-_ Falta25 — O que respiramos27 — Urania Alves.

As soluções devem ser enviadas .*.redacção d'0 TICO-TICO, separadas dc outros quaesquer concursose acompanhadas não só do vale qúctem o numero 33, como também, dasdeclarações de nome, idade e resi-dencia do concurrente. Para esteconcurso, que será encerrado no dia27 de Maio, daremos como prêmios,pòr sorte, entre as soluções certas,tres lindos livros illustrados.

IVALEPARA O

CONCURSOM-_-U___M-_H-___

N2 33CONCURSO N. 34

Para os leitores desta Capital e dos— Estados próximos —

Perguntas'.

1." — Qual a ave domestica que èpaiz da America ?(2 syllabas)

Lourdes Pacheco

2.' — Qual a parenta que, sem ainicial, é accidente geogra-phico '?(2 syllabas)

Armando Vasconcellos

3." — Qual o réptil formado do vi-vente e do objecto de toi-lcttc ?(3 syllabas)

Sara Vasconcellos

4." — Qual o nome de homem quelido ás avessas é reflexo dcluz de um planeta ?(2 syllabas)

Mario Lima

5.' — Qual a parte do vestuárioque tem nome de fructa ?(2 syllabas)

Margarida Barroso

Eis organizado o novo concursocom cinco perguntas fáceis. As so-luçõcs devem ser enviadas á redac-ção d'O TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos cacompanhadas do nome, idade e re-sidencia do concurrente, e ainda dovale que tem o numero 34.

ao, g««

De autoria da conhecida educa-dora D. Adelaide Lucinda de Mo-.raes, acaba de appareçer um in-teressante e bem feito livro paraereanças escolares, sob o tituloacima, com optimas illustrações econtendo matéria de relevância paraos que estão começando a estudar.

1 A professora Adelaide Lucindade Moraes é uma das mais anima-das propagadoras das novas theo-rias pedagógicas e tem um longotirocinio que lhe confie grande au-toridade para escrever sobre as-sumptos educacionaes.

O livrinho é de leitura agrada-*vel e qualquer creança terá prazerem folheal-o. Foi lançado pelaEditora Rio Branco, á Rua SãoTose, 42.

' ¦"•'¦•v'* ."•VSj'V/N'>ílSd-vV_ ^****r^^^V^^^N^w^^^^^V^^N^^Sf^^V^S^V^^^^V*»

jí AS SURPRESAS DO i|ji

"desenho

Para este concurso, que será en-cerrado no dia 17 de Maio vindouro,daremos como prêmios, por sorte,entre as soluções certas, dois lindoslivros illustrados.

VALEPARA OCONCUftíONâ 34

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O TICO-TICO — 30 — 28. Abril — 19ST

^^^^mW^mBrmmm*smm\m^sm^^*F^ÊXÊ^m^*a^mm^^m^m\m mmW' m - __^B' "- C_B_H >i if.i ^ r_«/WT«M6rT^r^i i ? bb^ a=jhv _m gl

PPS Jl JMl fS ^P-^88*"*^ DENTAL

II lili E UliKIIIH CONCURSO!BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

"O Tico-Tico", na sua preoccupação constante de dar aos seus milhares de leitores moti-vos-de recreio e de cultura, iniciou no numero de 2 de Dezembro ultimo a pubKcaçào de umconcurso de férias, ao qual denominou

CONCURSO DE BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASILNesse concurso, terão os leitores d'"0 Tico-Tico" occasião de colleccionar as bandeiras c

os escudos de todos os Estados do Brasil, por isso que em cada numero d'"0 Tico-Tico" serádada, em pagina solta, colorida, uma folha com a bandeira e o escudo de cada Estado do Brasil.Es$a folha solta será colleccionada por todos os leitores que, também, collarão no mappa pu-blicado uma serie de coupons numerados, que estão sahindo n'"0 Tico-Tico". Completo omappa, com os coupons publicados juntamente com as folhas das bandeiras e escudos dos Esta-dos do Brasil os leitores d'"0 Tico:Tico" obterão pela troca do mesmo mappa, um numero como qual entrarão em sorteio para a posse de

RIQUÍSSIMOS PREMIOS DO VALOR DE 10:0 0 0 $ 0 0 0bem como uma artística capa para o álbum então organisado. A relação desses prêmios, porser extensa, publicaremos num dos próximosnúmeros.

No numero de hoje publicamos o couponn.° 21, que deverá ser collado pelos concurrentesno mappa publica'do em 9 de Dezembro ultimo.

UANDElItAS E ESCUDOS JÁ PUBLICADOSEstado do Amazonas — O TICO-TICO de 9/12/93G

.on curso

dO Tico-TÍcoMS||§r

COUPONN." 21

Ceará —Pará 0 —R. G. do N•-R.- C. do S. —.Periiaiiili.0 —Maranhão —Piauhy , .;+-Paraliyki —Alftjfoas i • ,, -t—Sergyfte —Tíaliia —

„ 16/12/936_ 23/12/9.%„ 30/12/936„ 6/ 1/937„ 13/ 1/937„ 20/ 1/937

„ .,.,„.&/1/937„ 3/2/937

... . , -./IO/ 2/937'., 17/2/937

.. 24/2/937

BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

jjstádo do E. Santo —M. Geraer, —São Paulo —Rio de Jau." —D. Federal —ParanáSta. Catli.» ~r

,, Goyaz —M.' Grosso —

3/ 3/937.10/ 3/93717/ 3/93724/ 3/93731/ 3/937

7/ 4/93711/ 4/93721/ 4/93728/ 4/'»37

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28 rr Abril 1937. )l •;— O T I C O - T 1 C ü

CURIOSIDA DE S

Um dia um chinez recebeu de presente de umeuropeu um relógio. Levou-o para casa e todos seadmiravam de ouvir o tic-tac que não cessava um sóinstante. Chegando a noite, o chinez começou a ficarintrigado com o tic-tac incessante e lembrou-se que astraças faziam esse ruido quando furavam n madeira.Foi logo comprar um insecticida, mas, como apesardisso, as traças não morriam, jogou o relógio no fogo.

As formações de coral nos archipelagos da Poly-nesia dão origem a verdadeiras ilhas, mas se el!..s le-vam annos ou séculos a se formarem podem, de re-pente, desapparecer, devido a não terem uma basesegura, não só como os sedimentos mais antigos cora-liferos se desaggregam, causando o desmoronamentoda inteira formação.

O único animal que, depois do homem, caminhaerecto, é o pingüim. O urso e o macaco, só occasio-nalmente caminham erectos, mas facilmente cansam.

Primeira ConcentraçãoMariana NacionalDias 1, 2 e 3 de Maio á reunir-se no

Rio de Janeiro. Uma brilhante parada deforças Marianas, esta Concentração virá

coordenar actividades e concertar planospara dar ainda maior eíficiencia ao Ma-

rianismo Brasileiro.CONGREGADOS! TRABALHAE

E COOPERAE ! para que a ConcentraçãoNacional tenha o mais esplendoroso e útil

fdos êxitos. •

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as aventuras PQ; chiquinho A d_______i da montanha

Benjamim serrava uma raboa quando Chiquinho ...como fizeram Tefíé è outros... collegas do volan-lhe perguntou: — Para que é isttP — Para concertar tp! E, assim, Benjamim depois de concertar o carro,

o carro e fazermos, também, a descida da montanha, feito de um caixote, atrellou Jagunço e convidou auma vez que, nãopodemos fazer a subida... Lili para entrar no brinquedo..

J.

_L S"^ ' '¦ _ _/_!___ ' ^ÍV " *_!___• ^s__

^4^-y'y £. ¦: "'¦¦¦".. \ >\ i

_,,__r-7—,,_.; ,11.. I. ,i,..._-__.__ii i,_ ...ii ._ ¦' - ¦ -' i ¦ ' ¦ i.'

i-i - f

— Vocês estão doidos! disse a menina, não vêem O carro virou, despejando os passageiros á bordaque isso vae acabar em desastre) Os meninos não li- de uma ribanceira, fazendo-os rollar até um charco,garam ao aviso, embarcaram no carro e iniciaram Os meninos tiveram medo das sanguesugas e trataramdescida- perigosa do morro. Jagunço estacou- ., de sahir dali,...¦ss_

,Tr>ur ^ ¦

¦-¦¦,¦. ¦¦ __' Jiwohas,¦ mais ücpi»aws."."-Joe__?f«l e regressaYérrt á'casa. A .. .casa, »• tempo de suavisarem o susto; molhados eLili. que assistira otfesustre; já tiàviá corrido á casa sujos de lama. — Vejam, disse a Lili, de que escapeipara buscar soecorro. Felizmente os volantes, aliás, osvoanres chegaram em,.,.

eu, se acompanhasse vocês sem ouvir a voz da razão,Com vocês toda a cautella é nouca!