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Editorial
Queridos Leitores,
A nossa capa de São João mostra as lousas dos professores de classe dos 1ºs e 2ºs anos. A pipa dança pelo ar e traz a letra P. A menina passeia na noite escura do inver-no que se aproxima, iluminando-a com sua lanterna, surge o L. Assim as consoantes são imagens que vão pouco a pouco sendo introduzidas às crianças do 1º ano. No 2º ano, a terra espelha o céu, e os planos, em cima e embaixo são fortemente vivenciados à medida que a criança assume sua corporalidade e abre seus olhos para o mundo ao redor. Abrem-se as lousas. Abre-se o mundo da aprendizagem. Esperamos que o NÓS de São João traga luz e calor aos seus lares neste inverno.
Boa leitura!
PoemaPoemas, 3Tema do períodoA FESTA DO FUTURO, 4 a 5ContoA HERANÇA DO TIO JOSÉ, 6 e 7PedagógicoA Arca de Noé, 8 a 9Maranhãovilhosa, 10 a 15Química no 9º ano, 16 e 17InformativoParque Estadual de Intervales, 18 a 19Instituto de desenvolvimento Waldorf, 20SaúdeCuidados com pré-escolares e escolares na prevenção das gripes e resfriados, 21 a 23
Expediente
Agradecemos a todos que colaboraram com esta edição.
Representantes do Corpo Docente:Adriana Leibl e Patrícia Enes Figueira
Associação Pedagógica Rudolf Steiner:Rosemarie Schalldach
Coordenador: Adriana Leibl, Dra. Catia Chuba, Patrícia Enes Figueira,
Guilherme Korbe, Walkiria Cavalcanti e Claudia Lang
Capa: no sentido horário, lousas
Lúcia Tomsic de Assis, 1º B,
Karla C. F. Neves, 2º A,
Almut Maria Lenk, 1º A e
Gustavo de Andrade Costa, 2º B
Criação do Nosinho: Alunos do 8ºB
Diagramação: Graphium Editora
Impressão Gráfica: Graphium Gráfica e Editora
Tiragem: 300 exemplares
Site: www.ewrs.com.br
Poema3
Os alunos dos 9ºs anos A e B desenvolveram, na aula de Redação em parceria com a Área de Dança, a produção de textos poéticos sobre a Festa Junina e a história que inspira as danças este ano. Alguns poemas estão aqui selecionados para a apreciação do leitor.
Gabriela Duarte Francischinelli e Dora Fontana Baseio
Profªs de Dança e de RedaçãoEm Dia de São João,O casamento foi armadoMoça e moço se amandoDo tal realizado.Só que havia um problema,Aquele sol que todos conheciamHá tanto tempo não se via.Então João MeninoA moça ajudou,Mandando procurarO grande Xangô.Assim foi feito e realizado o casamento.Do sol esplendor. Guilherme Tadeu Aluno do 9º A
Venham, venham cá tomar um quentão Nessa Festa de São João. Esquentar o corpo, espantar o frio, Sentar-se com amigos no meio fi o. Celebro, assim, o dia todo, E no outro, tudo de novo, Essa é a Festa de São João. Mathias Machado Aluno do 9º B
A noite de São João,Não é muito escura não,Temos uma grande fogueira,Onde brincamos a noite inteira.Na noite de São João,Come-se de montão,Temos milho, canja e pamonha,Tudo é muito bom!
Rafael Libertini Argondizo Aluno do 9º B
4Tema do Período
A FESTA DO FUTURO
No fi nal do mês de maio, foi festejado o dia de Pentecostes, uma festa do futuro que ainda carece de uma verdadeira com-preensão por parte do homem atual, segun-do Rudolf Steiner. Trata-se do recebimento do sopro espiritual que derrama línguas de fogo sobre as cabeças dos apóstolos, levan-do ao nascimento da palavra humana pura, expressão livre do Eu humano.
Os discípulos permaneceram dez dias, entre a Ascensão e a manhã de Pentecos-tes reunidos, mas desamparados e perdi-dos com a ausência do Cristo. Eles estão comovidos pelo sentimento de abando-no e desolação e a palavra proferida pelo Cristo na terra impacta-os positivamente com lembranças de união, amor e sabe-doria; compreendem o Ser Cristo, Seus atos, Sua vida e obra. Nesta disposição de abertura, recebem o Espírito Santo que os une e faz com que comunguem de uma verdade que passam a propagar às quatro direções da terra.
Podemos inferir que se trata de um acontecimento individual - presenciar o Espírito Santo, mas que teve, a partir de então, um componente social; o grupo compartilha da mesma experiência e pos-teriormente a propaga pelo mundo. Há uma movimentação entre o eu e o outro, o individual e grupal. Certamente é uma situação bastante conhecida do nosso co-tidiano atual em que pendulamos entre o eu e o grupo durante o dia.
Como Seres Humanos temos o pensar, sentir e atuar a nossa disposição. Quando entretidos na atividade pensante somos essencialmente individualistas e antisso-
ciais, pois estamos voltados a nós mesmos, à atividade de se isolar em refl exão. Con-tudo, quando percebemos a individuali-dade alheia no âmbito social, precisamos fazer um movimento em direção ao outro, esquecendo-nos por alguns momentos, para captar a essência do outro. Rudolf Steiner descreve em sua oitava palestra da Antropologia Geral esse movimento da alma humana e batiza esse sentido especial de “Euar”, como cheirar, degustar, falar... Quando capto o “Eu alheio” adormeço em mim para acordar no outro, mas logo me surpreendo com isso e volto a mim, a minha capacidade refl exiva, estranhando o outro. É uma oscilação, em que quando percebo o outro, estou adormecido, em estado de sonho e quando estou em mim, sou antissocial. A citação de Rudolf Stei-ner abaixo vai além:
“Quem não considera a possibilida-de de que, quando o homem pensa está, simplesmente, desenvolvendo impulsos antissociais, não chegará a nenhum escla-recimento do problema social.”
Há um alerta na frase acima para que tenhamos consciência de que não somos absolutamente sociais em nosso estado pensante, ou seja, durante toda a vigília praticamente. Também, pode nos es-pantar, mas em nossa vida afetiva somos paradoxais: o subconsciente tende sempre a julgar as pessoas de acordo com simpa-tias e antipatias. Esse julgamento nos leva a equívocos e, quando de fato nos apro-ximamos do outro e o compreendemos, acontece a aceitação e uma nova imagem do indivíduo é formada, daquele que nos
5 Tema do Período
despertou antipatia. Equivocamo-nos, também, quando dizemos que no amor somos altruístas e sociais; temos a mais nobre das intenções! Após uma análise mais profunda, muitas vezes é possível diagnosticar que somos levados por sa-tisfações pessoais e atos de puro egoísmo que pouca relação tem com o Amor.
As constatações não nos surpreendem quando analisamos o problema crescen-te no âmbito das relações, tanto pesso-ais como profi ssionais da atualidade. A simples consciência do fato de que não somos um ser social por natureza, mas sim antissocial por excelência, talvez já nos ajude a compreender que se trata de uma tarefa ser social, um exercício e não uma simples dádiva. Os problemas são múltiplos no âmbito profi ssional e gover-namental; antigamente, dispunha-se de um faraó ou rei para transmitir conhe-cimento, sabedoria e era sua a tomada de decisão. As empresas têm um chefe para solucionar problemas e, nós mortais comuns, por incrível que pareça, pade-cemos da falta dessa fi gura poderosa, ca-rismática e iluminada que tome as rédeas nas mãos. O vazio deixado faz parte da nossa época e da evolução da consciência, como também o egoísmo e a percepção de si como eu humano são objetivos da época da alma da consciência e tarefa da quinta época cultural pós-atlântica.
Qual seria a nova fórmula para a rela-ção de trabalho? O GRUPO deve substi-tuir essa forma antiga de administração; cada indivíduo traz as suas capacidades pessoais para o todo e assim enriquece o debate, motivado pelo objetivo comum. No encontro do grupo, o pessoal precisa ser deixado de lado em prol do todo, da
missão que os norteia. Pode-se imaginar que é preciso de um autoconhecimento e uma autoeducação muito consistente para que esse trabalho vigore e viceje, mas também esses são os imperativos da nossa época. As qualidades que o trabalho em união pode atingir superam as ações iso-ladas de individualidades. O grupo pode ser criativo, multifacetado e profundo em suas deliberações, chegando a grandes re-alizações coletivas e pessoais.
Chegamos, enfi m, a São João, a gran-de festa de junho, festa com cores, odores e cara brasileira. Diz João Batista: “Ele tem que crescer, eu tenho que diminuir” (João 3,22-36). É uma festa do encon-tro, do reconhecimento do outro, menos individualista. Também, uma passagem da oração do professor dada por Rudolf Steiner, mas inspirada nas palavras de Paulo, ressalta: “Não eu, mas o Cristo em mim”. Assim o professor se prepara para receber e atuar junto das crianças e dos jovens, forma-se um espaço onde o eu individual pode se ligar ao Cristo, ao universal e esse é um acontecimento de Pentecostes. Sabendo de nossa tarefa talvez possamos na época de São João, na própria festa junina, celebrar o encontro social com compreensão, alegria e muito trabalho em equipe.
Abraço junino a todos,
Melanie Guerra Coordenadora do Centro de
Formação de Professores Waldorf
Benesch Friedrich, Pentecostes na Atuali-
dade; Comunidade de Cristãos, 2013.
Steiner Rudolf, A Arte de Educar 1, GA 293.
6Conto
A HERANÇA DO TIO JOSÉ
Quando o velho José morreu deixou a cada uma das três sobrinhas – Paquita, Dolores e Maria – um pequeno saco cheio de fi lipes (que é, como os netinhos sabem, o nome de uma moeda de ouro espanhola, porque tem o retrato do rei Filipe).
Paquita, assim que entrou de posse da herança, começou a gastar loucamente. Comprou vestidos soberbos, cães de raça, pássaros exóticos vindos em gaiolas de ouro, tapetes orientais riquíssimos, doces fi nos, bebidas caras. Dolores, muito avara, fez exatamente o contrário. Costurou o dinheiro todo no colchão, dormia incomodamente sobre ele, com receio de que o furtassem enquanto dormia, passava fome para não ir comprar pão e carne no mercado e ter assim que sair de casa; de noite acordava, sobressaltada, e fi cava horas e horas apalpando as moedas, contando e recontando. Quanto a Maria, não tinha ambições nem ganância. Empregava o dinheiro em benefi cio das criancinhas órfãs, dos doentes pobres, dos velhos que não tivessem sustento. Dava o que tinha, sempre a lamentar que não tivesse o sufi ciente para enxugar todas as lágrimas do mundo e socorrer a todas a penúrias.
Paquita foi gastando, foi gastando, até que um dia viu o fundo do saco de moedas. Procurou em tudo quanto foi canto: nada. Teve que começar ai vender pela metade, ou pela terça parte,
os objetos sem utilidade que comprara. Desfez-se dos vestidos, da coleção de pássaros, dos cães de raça. Quando não tinha mais o que vender, recorreu à irmã:
- Mana Dolores, ajuda-me. Não tenho nem com o que comprar um pão.
- Culpa tua, que gastaste sem conta nem medida! Pensavas que o dinheiro não tivesse fi m? Pois agora, arruma-te como puderes! E deixa-me em paz, que estou para receber a visita de nossa mana Maria.
Efetivamente, Maria, vendo que Dolores não saía de casa para vir vê-la - tal era o seu medo de deixar o dinheiro! - mandara avisar que passaria pela casa da irmã, a fi m de colher notícias.
Paquita aproveitou o ensejo para renovar o pedido de dinheiro, dessa vez endereçando-se a Maria. Esta, muito complacente, puxou três moedas de ouro e deu-lhas.
- Eis outra que daqui a pouco estará sem vintém e tentará recorrer a mim! Pensou a avarenta, já decidida a não arriscar o rico dinheirinho com gente assim perdulária.
O tempo se passou. Dolores, pouco a pouco, ia se tranquilizando, ao ver que ninguém lhe roubava as moedas que diariamente, às apalpadelas, contava cuidadosamente, e já se arriscava mesmo a ir até a casa da irmã. Estranhava que ela continuasse dando esmolas às mancheias, jamais negando um auxílio a
7 Conto
quantos batessem à porta; e por isso, não vencendo a curiosidade, foi, à oculta da irmã, verifi car o saco de moedas.
Grande foi o seu espanto, ao verifi car que o saco permanecia quase intato, tal qual o entregara o testamenteiro de tio José!
E como a avareza caminha lado a lado com os piores sentimentos, entre os quais a suspeita, a maldosa pensou logo que sua irmã tivesse roubado as moedas. Correu para casa, descosturou o colchão, despejou palha e moedas no chão, separou estas e...
Em vez dos fi lipes resplandecentes, ali estavam meras rodelas de ferro, com a cara e coroa da moeda, mas sem valor algum.
- Maria me roubou! Maria trocou minhas moedas! Começou a gritar a
sovina. Apareceu uma fada com o olhar
severíssimo: - Por que acusas uma inocente? Fica
sabendo, perversa criatura, que a riqueza dos avaros também se dissipa como a dos pródigos. Só a riqueza dos que fazem o bem se multiplica e se conserva. O melhor rendimento de juros está na caridade, pois o bem dos infelizes é empreendimento que reproduz misteriosamente as inversões nele aplicadas. Aprende isso, e se chegares a ter dinheiro novamente, vê como o aplicas no Banco de Deus, que é o mais seguro!
Enciclopédia universal da fábula – Fábulas, mitos, lendas e contos populares. São Paulo; Editora das Américas, 1958. Vol. 26, p. 367-373
8Pedagógico
A Arca de Noé
Ao redor dos nove anos de idade ini-cia-se, na criança, o nascimento de uma forma de autoconsciência que começa a separá-la do mundo. Essa consciência de si própria pode ser, não raro, dolorosa. É a dor de separar-se do querido mun-do à sua volta. Por outro lado, permite à criança experimentar a força de sua pró-pria alma, em oscilação entre a entrega ao mundo e a busca do que lhe é próprio. É uma verdadeira reviravolta de sua iden-tidade, que indica uma importante reor-ganização de sua vida anímica e de suas vivências corporais.
Rudolf Steiner mencionou a expres-são “passagem da vida” para traduzir esse momento. Comparou-o a um fato da natureza: um rio que se infi ltra, mas que em outro local ressurge e continua a fl uir. Ou seja, forças poderão desaparecer para o interior humano, porém mais tarde, poderão novamente ressurgir em forma transformada, renovada.
Para ajudar a criança a que ela chegue de modo adequado ao encontro do Eu, nosso currículo dá-nos algumas ferra-mentas. Uma delas é contar histórias do Antigo Testamento.
Enquanto me preparava para trazer o Gênesis, algo fazia com que me detesse nas imagens sobre Noé, a Construção da Arca e o Dilúvio. O que querem nos mostrar? Pesquisei sobre a simbologia da “Arca”. Li algumas interpretações, refl eti
e fi z muitas perguntas... Depois veio uma imensa vontade de que esta história eco-asse por mais tempo dentro de meus alu-nos, que tivessem uma imagem concreta daquela embarcação que salvaria a terra. Algo próprio para a idade deles. Como executar esse projeto? Só com muita ajuda! Então, recorri às famílias. Quem pudesse e quisesse poderia costurar um casal de animais... Aos poucos eles foram chegando: girafa, elefante, leão, boi, ca-valo, cachorro, pato, galinha, serpente, camelo, caracol e muito mais. Uma lin-da arca feltrada quase preencheu todo o espaço do nosso “cantinho”. Enquanto a bicharada entrava, a cena foi envolvida por profundo azul.
Olhos brilharam, faces iluminaram. Sorrisos, bocas entreabertas... Seguiram--se dias de encantamento.
O Dilúvio foi contado e a cena trans-formou-se. A escuridão azul foi pincelada de luz e os animais começaram a sair da arca. E, novamente, o caracol foi o últi-mo da fi la.
Chegou a Páscoa e, quando voltamos, a Arca já não estava mais lá, no cantinho.
Ao tirá-la, afl oraram novas refl exões: na Arca de Noé preservou-se em si a vida durante o período do dilúvio purifi cador e a recriação da humanidade renovada
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9 Pedagógico
foi possível. Ali, dentro da Arca, os ani-mais, Noé e os seus são bem guardados; nada pode entrar ou sair. Tudo é escuro. Irrompe o Dilúvio. Ao fi m, quando as
águas baixam, todos saem para um novo começo. Um arco-íris aparece. Uma nova aliança é feita entre Deus e Noé. Não se-ria algo antigo que ali desaparece, para algo novo surgir?
Profª Gláucia Dias PinheiroProfessora de Classe do 3º A
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Maranhãovilhosa
Viagem do 8º A ao Maranhão
Viajar pelo Maranhão e conhecer a belíssima costa, seus segredos, sua cultura, sua gente. Região repleta de manguezais, deslumbrantes dunas, reentrâncias, cultura maravi-lhosa, de várias formas e cores. Essa foi a nossa tarefa!
E nos encantar com esse emaranhado de palmeiras, dunas, azulejos, lagoas, festas, música, calor humano, paisagens exuberantes, comunidades, artesanato, eterno verão.Acompanhe nossa viagem no www.maranhaovilhosa.blogspot.com.br
Profª Susana
Maranhãovilhosa Na viagem para o Maranhão,Comemos muitos peixes e camarão,Cheia de história e cultura,Com uma pitada de aventura.Nos Lençóis Maranhenses Tinha muita duna e pouca genteMuitos lagos e lagoas,Enchiam a região de coisas boas.Cada lojinha que você não tem idéia,Com buriti, argila e outras coisas belas.Eira, beira e tribeira,Enchiam as janelas de pura riqueza.Essa viagem foi muito legal,Com Bumba meu Boi foi ainda mais sensacional,A festa do Divino então encheu de alegria o meu coração,O doce de espécie é uma delíciacom coco e outras regalias.São Luís, Atins, Raposa,Maracanã, Alcântara e BarreirinhasForam os municípios que a nossa série enfrentouCom muita maturidade, alegria e amor. Lourenço Diniz Franca
10Pedagógico
Viagem ao Maranhão
Imagine só, que maravilhoso!
Caminhar em dunas e nadar em lagoas,
Visitar o centro histórico e assistir
à apresentações das boas.
Posso dizer que nossa viagem se resume a isso,
Mas acho que estaria mentindo,
Pois sem o voo dos guarás e a Festa do Divino,
Esses dez dias se tornam apenas
um detalhe pequenino.
Manhãs de calor, tardes chuvosas ou vice-versa,
Nada atrapalhava nossa rotina.
No meio das atividades, um pouco de conversa,
Que às vezes chegava de forma repentina.
Os últimos dias foram os mais cansativos,
Mas também os mais legais.
Dormimos em redes e fi camos queimadinhos,
Pois o sol quente nos torrava demais.
Amei a viagem de coração,
E tenho certeza de algum dia irei voltar ao Maranhão!
Elisa Prado
11 Pedagógico
MARANHÃO- A Viagem dos Sonhos
“Maranhão meu tesouro meu torrão” - Humberto Maracanã
Chegamos ao tão esperado momento: a viagem de avião. Nosso destino? Mara-nhão. Nos primeiros dias da viagem conhecemos o centro histórico de São Luis. Lá vimos casas antigas, azulejos diferentes e dançamos ao som do tambor de crioula.
O calor era escaldante, muito diferente de São Paulo.
Depois de quatro noites no Centro Histórico fomos conhecer Alcântara. Em Al-cântara acontecia a Festa do Divino Espírito Santo! Tivemos a oportunidade de comer o doce-de-espécie qua, na minha opinião, é muuuuuuito bom! A festa era muito ani-mada e com muita música.
Depois de Alcântara chegamos ao momento mais esperado da viagem: os Lençóis Maranhenses. Quando entrei na primeira lagoa dos Lençóis eu parei e pensei: fi nal-mente vou conhecer esse lugar maravilhoso!
Os Lençóis Maranhenses são maravilhosos, as lagoas são azuis e suas águas são quentes como piscina. Todo mundo gostava de descer correndo pelas dunas e cair nas águas das lagoas.
Uma coisa que me lembra muito o Maranhão é o guaraná Jesus, uma bebida que muitas pessoas da classe fi caram viciadas, eu sou uma delas. O guaraná é rosa e bem docinho.
Em relação à nossa classe, eu acho que essa viagem uniu todo mun-do. É claro que teve algumas intrigas (acontece nas melhores famílias)!
Espero que depois da viagem a classe continue unida e um ajudando o outro!
Giulia Salvatore
12Pedagógico
13 Pedagógico
Poema Maranhão
Nós viajamos para o Maranhão
Com muita animação.
Visitamos o centro histórico
E pudemos aprender muitas
histórias do tempo colonial
Vimos a maré enchendo e recuando
Num movimento harmônico
Os homens tocando tambor de crioula
E as coureiras dançando muito encantadoras.
Em Alcântara vimos a Festa do Divino
Com as pessoas dançando com muito espírito
Quando chegamos nos Lençóis Maranhenses
A alegria penetrou no meu coração
As dunas magnífi cas e as lagoas cristalinas
No dia de dizer adeus,
Meu coração entristeceu
Por deixar esse magnífi co lugar
Mas por outro lado foi bom porque pude rever minha família do coração
Alice Bueno
14Pedagógico
Caros amigos, O 8º A está muito empenhado e trabalhando com vontade no preparo da peça teatral
Dom Quixote de Miguel de Cervantes. Em agosto vamos tirar essa delícia do forno para que todos possam apreciá-la!Por enquanto, queremos deixar vocês com água na boca com algumas receitas preparadas pelos nossos brilhantes “chefs”. Até lá!
Profª Susana
Bolo de La Mancha Júlia
Ingredientes:
• 31 unidades de alunos maduros
• 1 unidade de um diretor criativo
• 1 unidade de uma professora especial
• 150 g de atenção
• 100 g de confi ança
• alegria a gosto
• expectativa moderada
• 130 g de animação
Modo de Preparo:
Unte a forma com confi ança, coloque 31 unidades de alunos. Misture num pote à parte a professora, o diretor e 130 g de paciência, e uma pitada de esperança.
Pegue a forma com os alunos e divida em grupos e ponha criatividade a gosto em cada grupo.
Agora junte os grupos, pegue o pote com a professora e o diretor, junte com os alunos e ponha alegria e risadas a gosto.
Ponha no forno por 4 meses e enquanto isso, prepare a cobertura com 200 g de an-siedade.
Estrogoxote Elisa Amaral de A. Prado
Ingredientes:
• 1 diretor da marca “Amauri”
• 1 professora trabalhadora
• 31 kgs de alunos ansiosos
• 1/2 xícara de nervosisimo
• 1 xícara grande de expectativa
• 2 colheres de sopa de risadas
• 4 colheres de chá de “lanchinhos das 3hs”
• 7 toneladas de criatividade para a improvisação
Modo de fazer:
Despeje os 31 kgs de alunos ansiosos numa bacia bem arrumada, e acrescente meta-de da xícara de expectativa. Deixe descansar por alguns minutos. Adicione a professora trabalhadora e o diretor, que de preferência seja da marca “Amauri”, e despeje o resto da expectativa. Leve tudo ao fogo e mexa sem parar, adicionando aos poucos a 1/2 xícara de nervosismo, as 2 colheres de sopa de risadas e as 7 toneladas de criatividade para im-provisação. Tire do fogo e coloque numa vasilha de servir. Depois salpique com as quatro colheres de chá de “lanchinho das 3hs”, para dar o toque fi nal. Eu te aconselho a guardar o prato na geladeira, pois só poderá ser servido no dia 14 de agosto.
Bom apetite!
15 Pedagógico
Química no 9º ano
A densidade foi um dos temas traba-lhados durante a época de química.
Os alunos observaram e analisaram ex-perimentos, casos e até mesmo anedotas com esse tema e chegaram à conclusão de que essa propriedade especifi ca é a relação
entre a massa de um material e o volume que ele ocupa.
Foram incentivados a fazer uma ilustra-ção que exemplifi casse o que aprenderam.
Tábata S. R. RotgerProfª de Química para o Ensino Médio
16Pedagógico
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19 Informativo
20Informativo
Instituto de desenvolvimento Waldorf“Presta homenagem à Serpente,” disse o homem da Lâmpada, “estás lhe devendo a tua
vida, e teus povos lhe devem a ponte, que pela primeira vez uniu as duas margens vizinhas
por terra e as vivifi cou. Aquelas pedras preciosas que boiavam e resplandeciam, os restos de
seu corpo sacrifi cado são os pilares desta magnífi ca ponte, é com elas que a ponte se construiu
e que se sustentará.” Goethe
Em 1970 surgiu em nossa escola um primeiro Seminário, buscando responder à pergunta: como formar professores Waldorf? Após 25 anos de intensos trabalhos de formação docente, novas perguntas surgiram: como conciliar uma formação consistente com as difíceis demandas da vida moderna? Como criar horários mais fl exíveis e compatíveis com a jornada de trabalho dos interessados? Como oferecer certifi cação reconhecida pelo CEE (Conselho Estadual de Educação)? Assim, o atual Centro de Formação de Professores foi estruturado.
Hoje, impõem-se outras questões; ouvi-las atentamente, conviver com elas e ter a coragem de abrir novos caminhos é que gerou o impulso que está prestes a nascer...
Queremos continuar formando professores Waldorf, como há 43 anos tem sido feito. Mas queremos dar mais um passo, indo ao encontro de uma missão altamente contemporânea e urgente: precisamos nos abrir para o diálogo com a atualidade, com outras linhas pedagógicas, com a brasilidade e atuar a partir do próprio cerne da Pedagogia Waldorf.
E queremos compartilhar com toda a Comunidade Escolar esse nascimento: o Instituto de Desenvolvimento Waldorf
inaugura em breve suas atividades! Portanto, a vocação do Instituto é essa: buscar novas linguagens, sem perder os fundamentos que nos dão solidez.
Esse impulso de renovação conta com a experiência da coordenação do CFPW e o apoio de sua Mantenedora, a Associação Pedagógica Rudolf Steiner. O Instituto deseja se empenhar ainda mais no preparo de professores Waldorf, incitar a pesquisa nas áreas da pedagogia, fi losofi a e artes, além de promover cursos e refl exões para pais, educadores e interessados em geral. Propõe-se a zelar pelo desenvolvimento continuado do indivíduo, almejando assim apresentar a Pedagogia Waldorf de maneira criativa e dinâmica.
A primeira programação do Instituto prevê o oferecimento de diferentes cursos no segundo semestre de 2013, compondo um catálogo que será veiculado para a comunidade escolar e para um público mais amplo. No ano de 2014, novos cursos serão oferecidos, além de um curso introdutório de Antroposofi a, pré-requisito para a posterior formação de professores.
Esperamos que gostem, apoiem e divulguem a iniciativa!
Florencia Gugliemo, Melanie Mangels Guerra, Paula Levy
Cuidados com pré-escolares e escolares na prevenção das gripes e
resfriados.
Que delícia a chegada da época do outo-
no e depois do inverno com seu «friozinho»
tão gostoso, com seus dias curtos e ensolara-
dos de céu azul tão lindo!
As poucas chuvas e o clima que vai se tor-
nando seco com grandes inversões térmicas…
Com o aumento da poluição, das
doenças alérgicas e principalmente das
infecções virais e bacterianas que se espa-
lham tanto nesta época do ano…
O que pode fortalecer nossos sistemas
de defesa e tornar a nossa saúde mais vi-
gorosa?
Sabemos que nossa saúde é um estado
de equilíbrio não permanente, no qual a
todo o momento buscamos o restabele-
cimento de nosso estado original que se
apresenta na ausência de sintomas e plena
capacidade para as nossas atividades nas
diferentes áreas da vida. A dominação dos
sintomas, ou seja, da expressão da doença
(presença do desequilíbrio),
nos reconduz à cura e nos
leva a uma nova condição,
a qual chamamos de saúde
aprimorada.
Obter a cura, portanto,
signifi ca fortalecer-se por
meio da doença, ativando
processos orgânicos sau-
dáveis que buscam vencê-
-la de modo a atingir uma
saúde superior.
Precisamos compre-
ender que nossa natureza
orgânica é estruturada em
um ambiente interno sem contato com
o mundo exterior e outro aberto a ele.
Nesta interface do ambiente interno x
ambiente externo temos a nossa pele, os
nossos órgãos dos sentidos, nosso apare-
lho respiratório e nosso aparelho digesti-
21 Saúde
vo. Tanto no ambiente externo ao nosso
organismo, como nesta interface corporal
encontramos milhões de microrganismos
que convivem conosco, normalmente em
harmonia, protegendo, provocando, e
ajudando o homem a conquistar novos
e melhores estados de saúde. Entre estes,
aqueles que vivem no ar, ao redor de nós
todos os dias, os chamados vírus, bacté-
rias ou o tão falado vírus infl uenza ou o
vírus H1N1.
Nesta época do ano, e em cada novo
ano e de maneira cíclica, eles provocam em
nós novos estados de saúde, causando mui-
tos casos de doenças nas vias respiratórias
tais como resfriados e gripes, otites, sinu-
sites, amigdalites, pneumonias, faringites,
rinites, bronquites e outras, com a conse-
quente presença de processos naturais or-
gânicos de defesa imunológica como febre,
dor de cabeça, congestão ou coriza nasal,
espirros, tosse, dores musculares, irritação
na garganta, perda do apetite, fraqueza,
prostração, mal estar, entre outros.
Alguns hábitos simples de higiene
podem diminuir a contaminação e trans-
missão das doenças como: o não com-
partilhar alimentos, copos ou objetos de
uso pessoal; lavar as mãos com frequência
com água e sabão; cobrir com as mãos o
nariz e a boca nos momentos de espir-
ros e tosses; evitar o contato com pessoas
doentes e não permanecer em locais fe-
chados com muita gente. Evitar banhos
muito quentes e demorados.
Manter os ambientes arejados, limpos
de poeira e mofo, sem fumaça de cigar-
ro, sem cheiro de produtos químicos e de
limpeza e utilizar vaporizadores e aquece-
dores quando necessário.
PARA LIMPEZA DAS VIAS RES-
PIRATÓRIAS E FORTALECIMEN-
TO EM GERAL
Usar soluções nasais nas narinas para
limpar as secreções e vaporizações com chás
de camomila ou sálvia.O banho hipertér-
mico com chá de tomilho, além de aquecer
o organismo promove a expectoração.
Para fortalecer as forças de saúde do
nosso organismo precisamos cuidar prin-
cipalmente do nosso calor corporal, da
nossa alimentação, do nosso sono e uti-
lizar medicamentos naturais.
CALOR
A pessoa que se resfria, tem sua tem-
peratura periférica diminuída, acarre-
tando no organismo um aumento da
atividade metabólica com consequente
aumento do elemento aquoso. Este se
apresenta nas corizas e catarro que rapi-
damente viram meio de cultura para o
desenvolvimento dos microrganismos.
Atenção aos pés frios ou molhados,
roupa imprópria, bebidas geladas! Aga-
salhe-se bem usando malha de lã, gorro,
cachecol, luva, meia calça, casacões, ves-
timentas muito necessárias para a manu-
tenção do nosso calor corporal. Lembrar
também dos bons cobertores nas camas.
A febre se caracteriza por uma tem-
peratura corporal acima da normalida-
de cuja fi nalidade é aumentar as defesas
do organismo e impedir a sobrevivên-
cia e multiplicação dos vírus e bactérias
22Saúde
dentro de nós. Ela é a melhor defesa do
organismo! Com ela nossos batimentos
cardíacos, nossa frequência respirató-
ria e nossas células brancas de defesa do
sangue aumentam. A febre deve sempre
ser benvinda, pois ela expressa a força da
individualidade do ser humano na sua
própria defesa. É sabido que as crianças e
jovens maiores de 5 anos não apresentam
a convulsão febril. Abaixo desta idade,
dependendo da faixa etária, precisamos
controlar o grau da febre e usar antitér-
micos quando necessário. Entretanto, é
importante lembrar que a febre tem ge-
ralmente um ciclo de 3 dias para resta-
belecer a saúde do organismo, e que após
24 hs de febre, principalmente a alta, o
médico deve ser consultado!
ALIMENTAÇÃO
Abusar dos chás quentes com ervas
antigripais tais como eucalipto, artemí-
sia, azedinha, gengibre, guaco, hortelã,
sálvia. Lembrar-se das gostosas sopas de
legumes; das frutas, principalmente as
cítricas que contém muita vitamina C
como a laranja, mexerica e o limão. Con-
sumir legumes crus por causa das suas vi-
taminas. Suspender o leite de vaca, pois
ele colabora com a produção de muco,
assim como também o excesso de açúcar
e a farinha branca. O mel, gengibre, alho
e rabanete podem ajudar; própolis e leve-
dura de cerveja aumentam a resistência às
novas infecções.
SONO
Uma noite bem dormida de 10 hs ou
12 hs dependendo da idade da criança ou
jovem, revitaliza o organismo e aumenta
suas defesas imunitárias naturais.
Lembrar que, sobretudo no período
da febre, o descanso e o sono são funda-
mentais!
MEDICAMENTOS
Sabemos que os medicamentos ho-
meopáticos e Antroposófi cos apóiam
nossas forças curativas e podem ser usa-
dos quando necessários, mesmo sem re-
ceita médica.
Em relação à medicação antroposófi -
ca Weleda temos:
O Previgrip®, que pode ser usado nas
infecções recorrentes, na profi laxia de gri-
pes e como estímulo ao sistema imuno-
lógico através das forcas autocurativas do
organismo.
O Infl udoron®, que atua no tratamen-
to de gripes, resfriados e enfermidades
infl amatórias agudas do sistema respira-
tório.
O Erysidoron 1®, que tem a função
de auxiliar os processos infl amatórios
agudos e os febris.
Do laboratório antroposófi co Siri-
mim, temos:
O Ferrum-phosphorus-aconitum, que é
usado no tratamento das gripes e resfriados.
Minha intenção neste texto foi des-
crever, resumidamente, como podemos
ATIVAMENTE estimular nosso estado
de equilíbrio saudável e harmonioso,
buscando as verdadeiras fontes de prote-
ção e cura.Dra. Maria Luiza Seixas Levy
Médica clínica geral e pediátricaClínica Tobias
www.clinicatobias.com
23 Saúde
Agenda
MANTENEDORAAssociação Pedagógica Rudolf SteinerRua Job Lane, 900 Cep 04639-001Alto da Boa Vista São PauloTel.: +11 5523-6655 Fax: 5686-9863e-mail: [email protected]
15/06 Festa da Lanterna
20/06 Palestra (Comissão de Palestras)
22/06 Festa Junina
24/06 Dia de São João
28/06 Encerramento do 1º Semestre
29/07 Início do 2º Semestre
15 a 18/08 Peça Teatral (8º A)
29/08 Palestra (Comissão de Palestras)
31/08 XII Inter-Waldorf
07/09 Independência do Brasil
14/09 Olimpíadas
21/09 Festa da Primavera
26/09 Palestra (Comissão de Palestras)
27/09 Festa Escolar Interna
28/09 Festa Escolar Externa
29/09 Dia de São Micael
04 a 05/10 Apresentação do Trabalho Anual