nossa responsabilidade
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NOSSA RESPONSABILIDADE
Um dia desses, tivemos a
oportunidade de observar um menino de seus dez anos, a quem a mãe vestiu, calçou os sapatos e
amarrou-lhe os cadarços.
Durante todo o tempo, o garoto permaneceu qual
um boneco, quieto, deixando-se vestir.Surpreendidos pela
cena, perguntamos à mãe por que o seu filho não se vestia sozinho.
Ah, disse-nos ela, se deixar por conta dele, ele faz tudo errado e eu gosto de vê-lo bem ajeitado.
O fato nos levou a pensar a respeito de como conduzimos a educação dos nossos pequenos e constatamos que, verdadeiramente, muitas vezes
fazemos as tarefas que lhes competem, simplesmente pelo fato de ser mais rápido, mais
fácil.
Naturalmente, é muito mais rápido à mãe guardar todos os brinquedos da criança, do que insistir,
pedir, argumentar e ensinar como se faz.
O que não nos apercebemos, com tais atitudes, é que estamos
formando homens do amanhã que, assim servidos, com quem
lhes execute as tarefas, se tornarão dependentes eternos, sem iniciativa e com extremado
egoísmo.
Importante que envolvamos as crianças nas tarefas do lar,
mesmo que disponhamos de serviçal paga para isso.
Desta forma, arrumar a mala para
uma viagem, escolher as roupas
que deve levar, ajudar a escolher o
lugar para passar as férias, tudo isto faz
parte do amadurecimento do
indivíduo.
Estimular os filhos a prepararem o lanche, quando convidam os amiguinhos, permitir que
passem a manteiga no pão, que inventem sanduíches, disponham a mesa.
São tarefas construtivistas que
auxiliam a organização do pensamento, a
valorização da família e dos amigos.
Recordamos que os chamados selvagens permitem ao filho o desenvolvimento
pleno, ensejando que ele realize as tarefas
do cotidiano.
Os que nos dizemos civilizados, acreditamos que formaremos um super-homem, massacrando os
filhos com cursos e cursos. São tantos que à criança não sobra tempo para pensar, criar,
organizar o pensamento.
É uma maratona de uma aula para
outra, enquanto as próprias mães se
desgastam, servindo como motoristas. As
crianças se tornarão criaturas
cansadas, estressadas.
Esquecemos que a sabedoria está no
meio, não nos extremos.
Ensinemos nossos filhos a plantar, regar, lidar com a
terra, para que não passem muito tempo
frente ao computador ou à televisão.
Dosemos as horas para todas as tarefas, tanto
quanto para as brincadeiras.
Não nos acomodemos, pois o comodismo dos pais tem dado
péssimos resultados. Recordemos que o nosso maior investimento será
sempre na bolsa de valores para a formação do caráter digno dos nossos
rebentos.
REFLETINDO...
Tarefas construtivistas
são aquelas que desenvolvem o
ser na capacidade de
fazer, compreender o
que faz e usar os recursos
utilizados em uma tarefa para
facilitar a realização de
outras.
Se persistirmos na preocupação de criar indivíduos
instruídos, informados, mas não educados,
estaremos contribuindo para que a sociedade do amanhã seja uma sociedade carente, onde
cada um viverá somente para si
mesmo.
É preciso respeitar a infância da criança como a fase muito importante de sua adaptação ao
mundo e à sociedade.
PENSEMOS NISSO!!!
Fonte: Site “Momento Espírita”Formatação: [email protected]
Fotos: Internetwww.slideshare.net/jairowildgen