nossa saúde nº 4
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Publicação trimestral do Baía Sul Hospital Dia - edição nº 4, fevereiro de 2011. Redação e edição: All PressTRANSCRIPT
NossaSaúdeR E V I S T A
Baía SulHospital Dia
Publicação trimestral do Baía Sul Hospital Dia | Edição nº 4 | Fevereiro de 2011
Baía Sul Hospital Dia | Rua Menino Deus, 63, Bloco B – 88020-210 – Centro – Florianópolis – SC
HPV:Vacina para prevenir» Página 3
Em forma: Cuide do corpoo ano todo» Páginas 9 e 10
Cirurgia de Parkinson podeser alívio para sofrimento
Avanços na medicina tornam osprocedimentos mais seguros Páginas 6 a 8
O P I N I Ã O
Não importa o que aconteça da-
qui para frente: o ano de 2011
já tem pelo menos um fato que
marcará a história do País. Pela primei-
ra vez temos uma mulher na Presidência
da República. Não é pouca coisa: afi nal,
as mulheres só conquistaram o direito
ao voto em 1932 (na época as casa-
das precisavam de autorização do ma-
rido para ir às urnas) e o sexo femini-
no segue em minoria nos postos de co-
mando tanto no setor público quanto
nas empresas privadas. Agora, indepen-
dente da preferência partidária de cada
um, o fundamental é torcermos para que
as coisas sigam bem no plano Federal
e Estadual, fi scalizarmos a atuação de
nossos representantes e, principalmen-
te, fazermos nossa parte para o cresci-
mento e o desenvolvimento econômico
e social do País.
Não tenho receio em afi rmar que
nós, do Baía Sul Hospital Dia, estamos
fazendo nossa parte. No ano de 2011
seguiremos investindo e ousando. Da-
remos passos importantes, por exem-
plo, na consolidação de um Centro
Integrado de Saúde. Isso será
possível pelo fato de as es-
truturas aqui existentes se-
rem complementares en-
tre si: temos laboratório
de análises clínicas, con-
sultórios de especialida-
des diversas, centro de diagnóstico por
imagem e, agora, um moderno hospi-
tal de alta complexidade – o Hospital
Baía Sul. A integração de todas essas
estruturas, primando sempre pela qua-
lidade e efi ciência dos serviços ofere-
cidos, é o caminho que temos a trilhar
para o sucesso.
Os resultados do esforço feito nos
últimos anos já aparecem. Recebemos
recentemente a visita da enfermeira do
maior estabelecimento hospitalar priva-
do de Angola, a Clínica Girassol, acon-
tecimento importante em nossa estra-
tégia de captação de clientes estran-
geiros, e avançamos em projetos impor-
tantes, como a implantação do prontu-
ário eletrônico e a padronização e me-
lhoria contínua de nossos procedimen-
tos. O refl exo é a garantia de mais qua-
lidade nos serviço que prestamos.
Qualidade que buscamos garantir
também na revista Nossa Saúde, di-
versifi cando os temas tratados. Nes-
sa edição, por exemplo, trazemos ma-
térias sobre a tecnologia como auxiliar
dos pacientes com Mal de Parkinson e
a vacina contra o HPV. E também ofere-
cemos aos leitores dicas preciosas de
especialistas sobre os cuidados ne-
cessários para chegar ao verão
2011/2012 com um corpo bo-
nito e a saúde preservada.
Boa leitura!
Ano de investimento
IntercâmbioA enfermeira chefe do Serviço de Me-dicina da Clínica Girassol, de Luanda (Angola), Edna Carla de Nazaré Vieira, veio a Santa Catarina conhecer o Cen-tro Integrado de Saúde Baía Sul – Baía Sul Hospital Dia, Hospital Baía Sul, Clí-nica Imagem, Imagem Mulher, Ima-gem Cárdio, Coris, Laboratório Santa Luzia e o Baía Sul Medical Center. A
Clínica Girassol é o maior cen-tro de saúde privado do pa-ís africano, com 260 leitos e com atuação em 30 es-
pecialidades médicas. Ed-na foi recebida pelo Dire-
tor Executivo, Newton Quadros.
PUBLICAÇÃO DO
Baía SulHospital Dia
Diretor-PresidenteIrineu May Brodbeck
Diretor-TécnicoCarlos Gilberto Crippa
Diretor ExecutivoNewton Quadros
Conselho de AdministraçãoNewton QuadrosCarlos Alberto TeixeiraTeodoro Rogério VahlCássia Maria ZóccoliPierre Galvagni SilveiraSandro Ávila
Conselho EditorialIrineu May BrodbeckNewton QuadrosGiovani LoboFabiani FiorioRogério Kiefer
Jornalista ResponsávelDéborah Almada - DRT/RS [email protected]
Redação e EdiçãoAll Press Comunicação(48) 3028 0183www.allpresscom.com.br
Concepção grá� caOffi cio |offi ciocom.com.br
Fotogra� aDivulgação
ImpressãoGráfi ca Natal
Tiragem10.000 exemplares
Rua Menino Deus, 63 – 88020-210 Centro – Florianópolis – SC – Brasil+55 (48) 2107 [email protected] www.bshd.com.br
térias sobre a tecnologia como auxiliar dos pacientes com Mal de Parkinson e a vacina contra o HPV. E também ofere-cemos aos leitores dicas preciosas de especialistas sobre os cuidados ne-cessários para chegar ao verão
Clínica Girassol é o maior cen-tro de saúde privado do pa-ís africano, com 260 leitos e com atuação em 30 es-
pecialidades médicas. Ed-na foi recebida pelo Dire-
A Angolana Edna visitou o BSHD
Omint é parceiraO Baía Sul Hospital Dia fechou par-ceria com a Omint, operadora de pla-nos de saúde de alto padrão sediada em São Paulo e que conta atualmen-te com 96 mil clientes. Com a par-ceria, o BSHD atenderá aos associa-dos da Omint que estejam em férias ou viagens de negócios na região de Florianópolis.Nascida na Argentina em 1967, a Omint completou ano passado 30 anos de atuação no Brasil, sempre buscando renovar o conceito de as-sistência médica. Entre outros servi-ços pioneiros, a empresa lançou em 2003 seus Planos Saúde Integral, os primeiros do país a oferecer cobertu-ras médicas e odontológicas no mes-mo contrato.
nós, do Baía Sul Hospital Dia, estamos fazendo nossa parte. No ano de 2011 seguiremos investindo e ousando. Da-remos passos importantes, por exem-
plo, na consolidação de um Centro Integrado de Saúde. Isso será
possível pelo fato de as es-
Carlos Gilberto CrippaDiretor
NOSSASAÚDE | F E V E R E I R O 2 0 1 1
Uma cirurgia para retirada de
um câncer, seguida de recons-
trução da mama e remode-
lação para simetria da mama oposta,
realizada no mesmo ato cirúrgico pe-
lo mastologista Carlos Gilberto Crippa
e pelo cirurgião plástico Vilberto Vieira,
inaugurou ofi cialmente dia 25 de janei-
ro o novo Hospital Baía Sul, em Floria-
nópolis. A cirurgia durou aproximada-
mente quatro horas e a paciente rece-
beu alta em 24 horas.
Com uma equipe de 135 colabora-
dores, o Hospital Baia Sul está equi-
pado para procedimentos de alta
complexidade como neurocirurgias, ci-
rurgias ortopédicas, bariátricas, onco-
lógicas, vasculares, torácicas e vide-
ocirurgias. O HBS tem 70 leitos, sen-
do 15 de UTI, três salas de cirurgia e
atenderá pacientes por meio de con-
vênios com diversas operadoras priva-
das. O investimento, feito por um gru-
po de médicos e empresários da Capi-
Primeira cirurgia no HBSProcedimento foi realizado simultaneamente pelos cirurgiões Gilberto Crippa e Vilberto Vieira.
I N A U G U R A Ç Ã O
3
tal, chega a R$ 30 milhões. O hospital
terá também serviço de pronto-aten-
dimento, com previsão de abertura ao
público em março.
Tumor maligno mais freqüente entre
as mulheres, o câncer de mama apre-
senta maior incidência no Sul e Sudes-
te. Entretanto, a evolução no tratamen-
to é constante, alicerçada nos procedi-
mentos cirúrgico, clínico e radioterápi-
co, aliados a um diagnóstico precoce.
“Apalpar um nódulo maligno nos per-
mite concluir, baseados em estudos
de crescimento celular, que ele está
ali, em média, há 10 anos. Este mes-
mo nódulo poderia ser detectado pelos
métodos de imagem cinco anos antes,
adiantando em muito seu tratamento”,
comenta o dr. Crippa. A estética se tor-
nou uma grande aliada no tratamento
cirúrgico, já que o procedimento onco-
lógico e estético é realizado simultane-
amente, como ocorreu na cirurgia inau-
gural do Hospital Baia Sul. Baía SulHospital Dia
HBS é um dos mais modernos hospitais da região
F E V E R E I R O 2 0 1 1 | NOSSASAÚDE 4
HPVPrevina-se deste mal
T R A T A M E N T O
Uso rotineiro de preservativo diminui o risco de infecção,
mas não oferece proteção completa
A infecção por HPV - sigla em in-
glês para Human Papilloma Vi-
rus - é a doença sexualmente
transmissível (DST) mais comum no mo-
mento e pode atingir tanto homens co-
mo mulheres. Estima-se em até 80% o
risco de uma mulher sexualmente ativa
ter uma infecção por HPV durante a sua
vida. Apesar da maioria delas eliminar o
vírus espontaneamente, o HPV é a prin-
cipal causa de câncer de colo de útero e
de verrugas genitais, segundo o ginecolo-
gista e obstetra Luiz Fernando Frassetto.
O contágio se dá principalmente pe-
la via sexual, mas o contato pele-pele
(ou com a mucosa) é sufi ciente para a
contaminação, o que justifi ca a parcial
efi cácia do preservativo (em torno de
60%). Existem mais de 200 tipos dife-
rentes de HPV, que podem ser diagnos-
ticados pela presença de verrugas geni-
tais, lesões à colposcopia (exame rea-
lizado com lentes de aumento), altera-
ções nas células no exame de Papani-
colaou ou o encontro de DNA do HPV,
por meio de testes específi cos de biolo-
gia molecular, em céluas ou tecidos do
corpo humano.
“Como a infecção normalmente
é assintomática é importante que
se faça o exame de Papanicola-
ou para identifi car precocemente
as lesões. Verrugas ou lesões ge-
nitais com prurido, e sangramentos
após as relações sexuais ou entre
as menstruações podem vir de le-
sões no trato genital ocasionadas
por HPV”, alerta Frassetto.
O uso rotineiro de preservativo
diminui o risco de infecção, embora
não ofereça proteção completa. A me-
lhor forma de prevenção do HPV é pe-
la imunização por vacinas.
5NOSSASAÚDE | F E V E R E I R O 2 0 1 1
Existem hoje no mercado dois ti-
pos de vacina para a prevenção do
HPV: a bivalente (contra os HPV 16
e 18) e a quadrivalente (contra os
HPV 6 e 11 (responsáveis pelas ver-
rugas genitais), 16 e 18 (respon-
sáveis pelo câncer de colo de úte-
ro). As duas apresentam uma efi cá-
cia em torno de 100% na preven-
ção de lesão pré-cancerosa e cân-
cer do colo uterino. “A vacina con-
tra o HPV é um dos maiores avan-
ços da medicina nos últimos anos,
pois só no Brasil estima-se que 10
milhões de pessoas estejam infec-
tados pelos HPV, principal causa do
câncer de colo de útero, que atinge
cerca de 20 mil mulheres por ano
no país”, acrescenta o ginecologis-
ta e obstetra Edison Natal Fedrizzi,
Chefe do Centro de Pesquisa Clínica
“Projeto HPV” da Universidade Fe-
deral de Santa Catarina.
O melhor momento do uso da va-
cina é antes do indivíduo se expor ao
HPV, ou seja, antes de iniciar sua ati-
vidade sexual. Considerando que a
média de idade de início das rela-
ções sexuais é aos 14 anos, a fai-
xa etária mais indicada para a vaci-
nação é por volta dos 12-13 anos,
podendo ser realizada dos 10 a 25
anos para a vacina bivalente e de 9 a
26 anos para a quadrivalente. Estas
são as recomendações em bula ain-
da vigentes no Brasil, ape-
sar de já ser libera-
da em outros paí-
ses para mulhe-
res acima de
9 anos (sem
idade limite)
e homens até os 26 anos, em função
dos últimos resultados dos estudos
de efi cácia da vacina observados no
fi nal do ano passado, esclarece o dr.
Fedrizzi. Para a imunização são ne-
cessárias três doses, com a segunda
aplicação após um ou dois meses da
primeira e a terceira após quatro me-
ses da segunda.
A efi cácia comprovada das duas
vacinas é de 10 anos, que é o tempo
de estudo que se tem hoje. Mas acre-
dita-se que ela possa ser efi caz por
mais tempo, 20, 30 anos ou até mes-
mo para toda a vida. Baía SulHospital Dia
Vacina é a melhor forma de prevenção
NOSSASAÚDE
da vigentes no Brasil, ape-sar de já ser libera-da em outros paí-
mo para toda a vida. mo para toda a vida.
Modelo anatômico do Papiloma Vírus – imagem produzida na Universidade de Wisconsin (EUA)
E S P E C I A L
Descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico britânico James Parkinson, a doença que leva seu sobrenome ainda não teve suas causas defi nidas, nem pode ser curada.
Cirurgia de Parkinson:tecnologia para uma vida melhor
F E V E R E I R O 2 0 1 1 | NOSSASAÚDE 6
Novas tecnologias utilizadas no
tratamento do Parkinson vêm
se mostrando auxiliares impor-
tantes no combate aos sintomas que
mais incomodam os doentes: o tremor,
a rigidez nas articulações e a lentidão
de movimentos.
“A doença de Parkinson é uma perda
dos neurônios que produzem Dopamina,
Dr. Marcelo Neves Linhares
7NOSSASAÚDE | F E V E R E I R O 2 0 1 1
Cirurgia de Parkinson:tecnologia para uma vida melhor
um neurotransmissor importante. Essa
perda faz com que os pacientes, a partir
de certo momento, tenham os sintomas
característicos do Parkinson”, explica o
neurocirurgião Marcelo Neves Linhares,
do Instituto de Neurocirurgia – Neuron,
situado no Baía Sul Medical Center, em
Florianópolis. Ele já implantou em 17 pa-
cientes uma das técnicas de cirurgia con-
tra os sintomas da doença: a estimulação
cerebral profunda, que consiste num ele-
trodo (chamado de forma simplifi cada de
marcapasso) colocado no cérebro. O pro-
cedimento é pouco invasivo.
A operação, entretanto, só deve ser
utilizada quando o tratamento por medi-
cação (L-Dopa e agonistas dopaminér-
gicos) já não é sufi ciente devido à pro-
gressão da doença, o que ocorre nor-
malmente cinco a dez anos após o diag-
nóstico (que pode ser feito por um clíni-
co geral, mas preferencialmente por um
neurologista especialista
na doença).
Não há um exame es-
pecífi co para diagnóstico,
por isso a importância de
neurologista clínico para
dar o parecer. Há casos
em que os sintomas são
percebidos pelas pesso-
as que convivem com o
paciente antes dele pró-
prio. “A detecção precoce
não vai curar o paciente,
mas ele poderá ser trata-
do adequadamente, fazer
fi sioterapia, fonoaudiolo-
gia, tomar a medicação
adequada precocemen-
te”, detalha o médico.
Melhora na atividade motora“A efi cácia do marcapasso é a melhora
na qualidade de vida, nas atividades do
dia a dia do paciente. O que buscamos
mais é uma melhora na atividade moto-
ra”, afi rma o neurocirurgião. É conhecido
o caso do ator Paulo José, que contraiu
a doença e só retornou aos palcos após
a implantação do eletrodo. Nos Estados
Unidos, outro ator com Parkinson, Micha-
el J. Fox, mantém uma fundação de apoio
a pesquisas sobre a doença.
Mas há casos em que a técnica do
marcapasso não pode ser realizada, ou
porque o paciente não tem um quadro clí-
nico compatível ou porque a idade é mui-
to avançada. Por isso, é preciso selecionar
o paciente apto. “O resultado da cirurgia
vai depender de uma boa seleção. Procu-
ramos fazer com que todos os pacientes
tenham uma avaliação de um neurologis-
ta especialista em Parkinson, um fonoau-
diólogo, um psiquiatra e um neuropsicólo-
go, além do neurocirurgião”, diz o médico.
Durante a cirurgia, o próprio paciente
auxilia os médicos. “Estimulamos aque-
la região predeterminada para vermos
se conseguimos a melhora clínica do
paciente na hora da cirurgia. O paciente
colabora dizendo se está melhor. Depois
que localizamos o ‘alvo’, implantamos o
marcapasso, com o paciente acordado”.
Posteriormente, com anestesia geral, é
implantado o gerador (bateria), que fun-
ciona por telemetria (controle remoto).
Uma vantagem dessa técnica é a possi-
bilidade de desligar, aumentar ou dimi-
nuir o estímulo do eletrodo para melhor
adequação.
A adaptação após a operação leva
de um a dois meses. O paciente então
retorna ao seu neurologista de origem
para acompanhamento. Normalmen-
te os medicamentos não são interrom-
pidos, mas pode ser reduzida a quanti-
dade. Fisioterapia e fonoaudiologia tam-
bém são fundamentais.
“Faz oito anos que tenho Parkinson. Antes da cirurgia, era um baixo astral, uma depressão. Eu não podia andar, nem nada, só � cava deitado. Era horrível, uma situação triste mesmo. Depois da cirurgia, melhorou 80%, uma melhora incrível. Hoje, levo uma vida normal. Bem melhor mesmo. Para mim, a cirurgia foi um milagre. E, graças a Deus, não preciso fazer nada, nem tomar medicamento, nem fazer � sioterapia, nem fonoaudiologia”.
RENATO CÉSAR DE BRITO,
54 anos, fez a cirurgia em março de 2010.
F E V E R E I R O 2 0 1 1 | NOSSASAÚDE 8
“Minha situação, antes, era realmente periclitante. Era muito transtorno na vida. Ainda estou no período de ajuste posterior à cirurgia. Posso dizer que já melhorei mais de 60%. A cirurgia me fez bem. Continuo com a medicação, mas andando bastante, me movimentando bastante. E posso crescer ainda mais, melhorando minhas condições. Além do revigor físico, tem o amparo psicológico. Sinto-me mais capacitado para exercer funções do dia a dia. Nada de extravagante, mas me permite uma qualidade de vida muito maior”.
TARCÍSIO CARDOSO,
70 anos, fez a cirurgia em novembro de 2010, após 13 anos de Parkinson.
Dados dos EUA indicam que
em torno de 0,5% a 1% da popu-
lação tem Parkinson, sendo que a
incidência aumenta com o aumen-
to da idade. Não é uma doença
hereditária, mas há uma incidên-
cia familiar. “Mas existe o que cha-
mamos de ‘parkinsonismo’, que
são outras doenças que dão sinto-
mas similares ao do Parkinson. Po-
de-se confundi-las, por isso é im-
portante um neurologista com ex-
periência em Parkinson para dar o
diagnóstico. Outras doenças com
sintomas similares ao Par kinson
não têm uma boa resposta cirúr-
gica”, diz o neurocirurgião.
Segundo Linhares, “há uma
esperança que com as células
tronco se possa, de alguma ma-
neira, fazer com que as células
possam voltar a produzir Dopa-
mina. Mas hoje o melhor trata-
mento para o paciente que não
responde ao tratamento clínico é
a cirurgia”. Baía SulHospital Dia
Doença atinge até 1% da população
movimentando bastante.
Eletrodo de estimulação cerebral profunda
Trajetória do eletrodo sob a pele
do pescoço
Gerador de pulsos debaixo da pele
Doença atinge até 1% da população
Gerador de pulsos debaixo da pele
A pressa é inimiga do corpo saudável
Com o fi m do verão, é comum deixar de cuidar do corpo.
Aí passam os meses até uma novela recomeçar: multidões nas academias em busca de milagres e gente torrando no sol por um bronzeado. Mas as consequências à saúde podem comprometer o próprio verão.Ouvimos três especialistas para ajudar a tornar duradouros os benefícios. Quando se prioriza a saúde, o refl exo estético é certeiro. Como diz o médico do esporte Glaycon Michels, “o que nos engorda não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, mas sim entre o Ano Novo e o Natal”.
é certeiro. Como diz o médico do esporte Glaycon Michels, “o que nos engorda não é o que comemos entre o Natal e o Ano Novo, mas sim entre o Ano Novo e o Natal”.
NOSSASAÚDE | F E V E R E I R O 2 0 1 1 9
A dermatologista
Tatiana Basso Biasi alerta: “Não recomenda-
mos a exposição inten-
cional ao sol para bron-
zeamento”. Segundo
ela, o bronzeado “signifi -
ca que a pele foi agredi-
da e respondeu escure-
cendo”. Os danos vão de
pequenas manchas até
câncer de pele.
A recomendação
é cuidar-se o ano
inteiro. Além de fotoprotetor (fi ltro), é in-
dicado o uso de hidratantes após o banho,
sabonetes de rosto e produtos com antioxi-
dantes. Autobronzeadores
ou bronzeamento por ja-
to estão liberados.
Aos que herdaram
marcas do sol, há clare-
adores aplicados em casa,
“peelings” e sistemas de luzes. E há
aparelhos para tratar vasinhos, manchas,
fl acidez e rugas. Mas melhor que remediar é
prevenir. Uma dieta rica em frutas e verduras
hidrata, combate os danos da radiação, previ-
ne o envelhecimento da pele e até tumores.
E M F O R M A
Sol não é bronzeador
F E V E R E I R O 2 0 1 1 | NOSSASAÚDE 10
“Mais risco tem
quem fi ca parado do
que quem faz exercício
sem orientação”, diz o
dr. Glaycon Michels.
A quem quer se exerci-
tar, ele recomenda uma
avaliação médica que
considere os exercícios
que o paciente gosta de
fazer, suas necessidades
e suas limitações. Geral-
mente, a adaptação leva
no mínimo duas semanas, com exercícios mode-
rados de no mínimo 20 minutos na maioria dos
dias da semana. Excessos podem causar de ten-
dinite a artrose.
Resultados estéticos “bastante satisfatórios”
aparecem em um mês. “Em termos de proteção
cardiovascular, em seis meses de exercício con-
tínuo tem-se os mesmos benefícios de quem se
exercitou a vida toda. Mas perde-se essa prote-
ção em um mês de sedentarismo”, considera o
médico. Caminhadas e corridas têm o melhor
custo/benefício. O ideal é aliar exercícios resis-
tidos (musculação), aeróbicos e de fl exibilidade.
Antes de tudo, porém, vem a alimentação.
PELE
O QUE É BOM: boa alimentação,
fotoprotetores, hidratantes após o
banho, sabonetes de rosto, produtos
com antioxidantes, autobronzeadores
e bronzeamento por jato.
O QUE É RUIM: sol.
“De outubro a dezem-
bro, as academias lotam de
gente querendo milagres”,
diz a educadora física
Priscila Barbi. Mas a quali-
dade requer tempo. Segun-
do ela, com um programa
de exercícios individualiza-
do – e adaptação de um a
dois meses –, os resultados
vêm no quinto mês – com-
binando exercícios três ve-
zes por semana, dieta, des-
canso e ausência de patologias que interfe-
riram. Para quem não gosta de academia, a
educadora não descarta as aulas de ginásti-
ca televisivas, aparelhos aeróbicos e estações
em casa, desde que se saiba a execução cor-
reta dos movimentos.
No inverno, como nosso metabolismo ba-
sal acelera, o balanceamento da alimentação
e a prática de exercícios tra zem bons resulta-
dos. Já no verão, suamos mais e temos a ilusão
de emagrecer. A dica é emagrecer no inverno e
manter no verão. Baía SulHospital Dia
Cuidado ao modelar o corpo
Emagreça no inverno
FORMA FÍSICA:
O QUE É BOM: boa alimentação,
caminhadas, corridas e exercícios
prescritos/acompanhados por
profi ssional.
O QUE É RUIM: sobrecarga/
inadequação de exercícios e
sedentarismo.
profi ssional.O QUE É RUIM: sobrecarga/ inadequação de exercícios e sedentarismo.
NOSSASAÚDE | M A I O 2 0 1 0 11
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