noticiário 07 02 2016

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MARIANNA FONTES Prefeitura diz que famílias terão de ser removidas e remanejadas dos prédios do Condomínio Bosque Azul BAIRROS EM DEBATE O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 Ano XL, Nº 8937 Fundador/Diretor: Oscar Pires facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon R$ 1,50 KANÁ MANHÃES DOVULGAÇÃO KANÁ MANHÃES GOVERNO DO ESTADO SE REÚNE COM A INDÚSTRIA ECONOMIA, PÁG.5 TCE APROVA A COMPRA DE CÂMERAS DE SEGURANÇA POLÍCIA, PÁG.6 INFRAERO NA LUTA CONTRA O MOSQUITO GERAL, PÁG.9 WANDERLEY GIL Logística do petróleo ainda é pauta a ser buscada pelo governo municipal para atender as demandas das operações offshore na Região da Bacia de Campos Crise afeta projetos importantes Prédio da UERJ em fase de conclusão O prédio que abrigará o Laboratório da UERJ já está pronto aguardando o recebi- mento e montagem dos equi- pamentos. Ainda de acordo com infomações da prefeitu- ra, inicialmente, a universi- dade trabalhará no municí- pio com cursos de mestrado e extensão em Ciências da Tecnologia, reforçando a vo- cação tecnológica da cidade. Ela explicou que o LAA, em parceria com a Petrobras, trará para o município dois projetos inovadores na área de materiais compósitos, ou seja, à base de fibra de vidro mais resina. Serão desenvol- vidos ainda cinco cursos de extensão. São eles: adesão e aderência; laminador de ma- teriais compósitos; inspeção de materiais por raio-X; apli- GERAL KANÁ MANHÃES Eduardo Sampaio visitou o local Situação da política nacional e ataque geopolítico regional emperram o andamento da construção do novo porto e ampliação do Aeroporto de Macaé, fundamentais para diversas atividades econômicas PÁG. 3 cador de adesivos; e materiais compósitos. A Uerj também deve atuar em Macaé com um mestrado multi-institucional em parceria com a Universi- dade Federal do Rio de Janei- ro (UFRJ) e o Instituto Fede- ral Fluminense (IFF). PÁG.7 Comunidade luta pela sua regularização Considerada uma das áreas mais carentes da cidade, bairro sofre há décadas com o abandono. Por ter crescido de maneira desordenada em um terreno onde funcionava um lixão, os serviços pú- blicos acabaram não chegando no local, tudo isso devido ao impasse sobre qual a melhor solução: a urbanização ou a remoção dessas pessoas para outro local. Ocupado de forma ilegal, ou não, o fato é que a comunidade já possui vida própria e hoje é lar para mais de 1.600 pessoas. Segundo a prefeitura, a localidade apresenta situações que impedem a intervenção imediata do poder públi- co municipal. Uma determinação judicial exige que as famílias sejam retiradas do local. PÁG.8 Águas Maravilhosas, que cresceu em cima de um lixão, acumula diversos problemas Cadastro do passe escolar é até o dia 15 Semana Santa deve movimentar a pesca ÍNDICE TEMPO POLÍTICA ECONOMIA GERAL Procedimento está sendo feito na sede da secretaria Municipal de Educação PÁG. 7 Procura pelo pescado em Macaé deve aumentar nesse período PÁG. 6 WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES Primeira sessão do ano está agendada para o próximo dia 16 Vendas devem subir em março Sessões do plenário voltam após recesso Câmara começa 2016 já pautada por eleições e por novas concessões PÁG. 3 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 36º C Mínima 24º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS Defesa Civil recebe novo treinamento Impostos se aproximam de R$250 bi em 2016 Universidade foca na expansão do ensino Banda Batukada anima o Carnaval Agentes receberam instruções para atuar nas cachoeiras PÁG. 6 Valor corresponde às contas pagas no início do ano PÁG. 5 UERJ pretende iniciar as atividades nesse semestre PÁG. 7 Grupo promete agitar o feriado no Tênis Clube CAPA

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Page 1: Noticiário 07 02 2016

MARIANNA FONTES

Prefeitura diz que famílias terão de ser removidas e remanejadas dos prédios do Condomínio Bosque Azul

BAIRROS EM DEBATE

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016Ano XL, Nº 8937Fundador/Diretor: Oscar Pires

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

R$ 1,50

KANÁ MANHÃES DOVULGAÇÃOKANÁ MANHÃES

GOVERNO DO ESTADO SE REÚNE COM A INDÚSTRIAECONOMIA, PÁG.5

TCE APROVA A COMPRA DE CÂMERAS DE SEGURANÇAPOLÍCIA, PÁG.6

INFRAERO NA LUTA CONTRA O MOSQUITOGERAL, PÁG.9

WANDERLEY GIL

Logística do petróleo ainda é pauta a ser buscada pelo governo municipal para atender as demandas das operações offshore na Região da Bacia de Campos

Crise afeta projetos importantes

Prédio da UERJ em fase de conclusão O prédio que abrigará o Laboratório da UERJ já está pronto aguardando o recebi-mento e montagem dos equi-pamentos. Ainda de acordo com infomações da prefeitu-ra, inicialmente, a universi-dade trabalhará no municí-pio com cursos de mestrado e extensão em Ciências da Tecnologia, reforçando a vo-cação tecnológica da cidade. Ela explicou que o LAA, em parceria com a Petrobras, trará para o município dois projetos inovadores na área de materiais compósitos, ou seja, à base de fibra de vidro mais resina. Serão desenvol-vidos ainda cinco cursos de extensão. São eles: adesão e aderência; laminador de ma-teriais compósitos; inspeção de materiais por raio-X; apli-

GERAL

KANÁ MANHÃES

Eduardo Sampaio visitou o local

Situação da política nacional e ataque geopolítico regional emperram o andamento da construção do novo porto e ampliação do Aeroporto de Macaé, fundamentais para diversas atividades econômicas PÁG. 3

cador de adesivos; e materiais compósitos. A Uerj também deve atuar em Macaé com um mestrado multi-institucional em parceria com a Universi-dade Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ) e o Instituto Fede-ral Fluminense (IFF). PÁG.7

Comunidade luta pela sua regularização

Considerada uma das áreas mais carentes da cidade, bairro sofre há décadas com o abandono. Por ter crescido de maneira desordenada em um terreno onde funcionava um lixão, os serviços pú-blicos acabaram não chegando no local, tudo isso devido ao impasse sobre qual a melhor solução: a urbanização ou a remoção dessas pessoas para outro local. Ocupado de forma ilegal, ou não, o fato é que a comunidade já possui vida própria e hoje é lar para mais de 1.600 pessoas. Segundo a prefeitura, a localidade apresenta situações que impedem a intervenção imediata do poder públi-co municipal. Uma determinação judicial exige que as famílias sejam retiradas do local. PÁG.8

Águas Maravilhosas, que cresceu em cima de um lixão, acumula diversos problemas

Cadastro do passe escolar é até o dia 15

Semana Santa deve movimentar a pesca

ÍNDICE

TEMPO

POLÍTICA ECONOMIAGERAL

Procedimento está sendo feito na sede da secretaria Municipal de Educação PÁG. 7

Procura pelo pescado em Macaé deve aumentar nesse período PÁG. 6

WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES

Primeira sessão do ano está agendada para o próximo dia 16 Vendas devem subir em março

Sessões do plenário voltam após recesso Câmara começa 2016 já pautada por eleições e por novas concessões PÁG. 3

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 36º CMínima 24º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA ECONOMIA GERAL CADERNO DOIS

Defesa Civil recebe novo treinamento

Impostos se aproximam de R$250 bi em 2016

Universidade foca na expansão do ensino

Banda Batukada anima o Carnaval

Agentes receberam instruções para atuar nas cachoeiras PÁG. 6

Valor corresponde às contas pagas no início do ano PÁG. 5

UERJ pretende iniciar as atividades nesse semestre PÁG. 7

Grupo promete agitar o feriado no Tênis Clube CAPA

Page 2: Noticiário 07 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 312 PUBLICAÇÃO: 12 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Destaques do Ano vão receber diplomas

Está marcada para o dia 18 de dezem-bro a festa de confraternização daqueles que foram apontados em diversos setores como “Destaques do Ano de 1981”, numa promoção deste jornal. Márcia de Matos destacou-se como Gerente da Poupança e todos recebem diploma no Restaurante Varandão.

Correios terá cabina pública de telex

Está prevista para os próximos 120 dias a instalação de uma cabina pública de telex na Agência de Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que teve obras de reforma iniciadas, após quase dezoito anos sem sofrer qualquer espécie de reparo.

PP reúne diretório e PTB recebe Sandra

O Vereador Rubem Gonzaga de Almeida Pe-reira, segundo secretário do Diretório do Par-tido Popular, informou que todos os membros estarão reunidos domingo com o Deputado

Cláudio Moacyr a fim de tratar de assuntos ligados à campanha eleitoral de 1982, quando serão conhecidos os nomes de pessoas que de-sejam candidatar-se a vereador, vice-prefeito e prefeito.

Governador do Rotary Club visita Macaé dia 17

Os diretores do Rotary Club Macaé-Sul con-firmaram para o dia 17 deste mês a realização festiva de entrega do Diploma de Admissão em Rotary Internacional, que contará com a presença de Carlos Pinto Loja - Governador do Distrito 457, e Mauro Ribeiro Viegas - Go-vernador do biênio 80-81.

BR-101 tem esquema de Carnaval

Prefeito de Macaé anuncia que Educação continua sendo prioridade neste ano letivo

A Autopista Flumi-nense preparou a Operação Especial

de Tráfego, que teve início ontem (3) e segue até o dia 16 de fevereiro. A expecta-tiva é de que circulem 1,2 milhão de veículos nesse período. O dia de maior movimento deve ser na sexta-feira (5) e no dia 10, onde são esperados

111 mil e 130 mil veículos, respectivamente. Segun-do a concessionária, os usuários vão contar com uma faixa reversível para facilitar o deslocamento de quem segue na pista sentido Região dos Lagos e Norte Fluminense. Os condutores devem respei-tar as leis de trânsito para evitar acidentes.

Obras na Linha AzulUma das principais vias da cidade, a Avenida Lacerda Agostinho, conhecida como Li-nha Azul, é uma das localidades onde há intervenções por conta de obras de melhorias. Diante disso, os condutores que trafe-gam por ali precisam redobrar a atenção ao passar pela ponte próxima ao acesso das comu-nidades Malvinas e Nova Ho-landa. Nesse trecho, no sentido em direção à Ajuda, o trânsito está operando em meia pista devido a ampliação da rede de água da Nova Cedae. Apesar de o bloqueio ser fundamental pa-ra que o serviço seja executado, os motoristas reclamam que a sinalização implantada não é suficiente. O resultado disso, segundo a população, são os riscos de acidentes, já que a via é caracterizada como de trânsi-to rápido. De acordo com a se-cretaria de Mobilidade, há um painel de mensagem variável (painel luminoso) indicando a realização de obras e próximo ao local também há barreiras físicas (cones) para maior segu-rança dos motoristas ao passar pelo trecho.

WANDERLEY GIL

WANDERLEY GIL

Page 3: Noticiário 07 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 3

PolíticaLOGÍSTICA

Porto e Aeroporto ainda são demandas para MacaéCrise política nacional e ataque geopolítico regional emperram andamento de projetos importantes para as atividades econômicasMárcio [email protected]

A instabilidade do cenário político nacional e interes-ses econômicos regionais

afetam diretamente a consolida-ção de dois projetos importantes para os momentos, atual e futu-ro, das atividades do petróleo em Macaé: o novo porto e o reforço da pista de pousos e decolagens do Aeroporto da cidade.

Prestes a concluir a constru-ção de um novo terminal de passageiros, dentro da política de modernização de uma das principais bases logística para as atividades o�shore no país, o Ae-roporto ainda não tem previsão de retorno dos voos comerciais, o que depende diretamente das

obras na pista.Através de entendimento fir-

mado entre a prefeitura e a Secre-taria Nacional de Aviação, o pro-jeto seria executado no primeiro semestre deste ano. Mesmo com as intervenções já planejadas pe-la Infraero, falta a liberação dos recursos alocados no Fundo Na-cional de Aviação Civil.

O projeto havia sido liberado pelo ex-ministro Eliseu Padilha, que acabou deixando a Secretaria de Aviação Civil em dezembro do ano passado.

O mesmo impasse ocorreu após a saída do ex-ministro Mo-reira Franco, que esteve em Ma-caé em 2014, abrindo a possibili-dade de realização das obras no Aeroporto de Macaé.

Hoje a prefeitura aguarda a

nomeação de um novo ministro para retomar a pauta sobre as obras de reforma da pista.

ATAQUE GEOPOLÍTICOEstruturado desde 2012, o

projeto do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) ainda vive o processo de liberação de licen-ciamento prévio para a sua ins-talação.

Único empreendimento volta-do a atender o mercado do petró-leo, o Tepor é fruto de interesse da iniciativa privada, mas já foi considerado pela prefeitura como 'pauta prioritária' para o desenvolvimento econômico do município.

Em 2014, o governo do Estado sinalizou o entendimento de ins-tituir como 'questão de interesse'

a construção de um novo porto em Macaé.

No entanto, um posiciona-mento do Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodi-versidade (ICMBio) sobre a influência do projeto ao Parque Nacional da Restinga de Juruba-tiba atrasa a conclusão da análi-se feita pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Para lideranças que acompa-nham a consolidação do projeto, a manobra de frear o andamento do Tepor é um ataque geopolítico sofrido por Macaé, com interesse de favorecer o Porto do Açu, que possui hoje empresa contratada com a Petrobras para realizar a logística marítima para ativida-des que ocorrem nas Bacias de Campos e do Espírito Santo.

KANÁ MANHÃES

Logística do petróleo ainda é pauta a ser buscada pelo governo municipal para atender demandas das operações offshore

Câmara retorna trabalhos em plenário em semana agitada

LEGISLATURA

Parlamento inicia sessões em 2016 já pautadas por eleições e por novas concessões

Após pouco mais de 45 dias de recesso, a Câmara de Verea-dores se prepara para iniciar os trabalhos em plenário, do últi-mo ano da atual legislatura, em uma semana agitada.

Apesar de apenas um mês e meio que separa a última sessão de 2015 e a primeira reunião no Palácio Natálio Salvador Antu-nes de 2016, ao que parece, os ânimos dos parlamentares, as-sim como do público que parti-cipa do cotidiano do Legislativo, ainda estarão exaltados. E um dos pontos principais para esse clima é, sem dúvidas, as discus-sões sobre a nova concessão do transporte público municipal.

Apesar de inaugurar os de-bates registrados no Plenário Nacif Salim Sélem, a Audiência Pública sobre as novas linhas realizada no dia 8 do mês passa-do não teve validade legal para o processo de elaboração da nova concorrência pública do trans-porte, em virtude do prazo de convocação da reunião.

Mas, seguindo as normas regimentais, e as diretrizes de lei federal e da Lei Orgânica do Município, o parlamento promove uma nova Audiência sobre o tema no próximo dia 18, um dia após a segunda sessão ordinária de 2016.

E, pelo que se viu na reunião de janeiro, um novo enfrenta-mento entre a bancada de go-verno e o bloco de oposição é esperado em relação ao tema

polêmico e que envolve a rotina de mais de 150 mil pessoas que utilizam o serviço diariamento, e que rende ao município um custeio de pouco mais de R$ 6 milhões por mês, para a manu-tenção do subsídio da passagem a R$ 1.

O debate sobre a nova con-cessão do transporte público promete inaugurar também os embates políticos em plenário, relativos ao processo eleitoral

deste ano.De uma forma mais 'íntima',

a bancada do governo vive uma discussão interna à parte: a de-finição sobre o futuro candidato a vice na possível chapa que irá defender a reeleição do prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB). Há alguns nomes na casa cotado para assumir o posto, como é o caso do vereador Julinho do Ae-roporto (PPL), líder do governo no parlamento municipal.

WANDERLEY GIL

Câmara de Vereadores inicia primeira sessão ordinária deste ano no próximo dia 16

Governo deve se reunir com o conselho consultivo após o período do Carnaval

NOTA

PONTODE VISTAO mês de fevereiro começou reservando os primeiros 15 dias, ou mais da metade do mês, para mais um grande período de lazer, prolongando as férias dos que podem usufruir de tempo para curtir a vida, principalmente quando neste período de verão quentíssimo, acontece o Carnaval que, iniciado oficial-mente hoje, só acaba na terça-feira gorda, quando as pessoas extravasam toda a alegria.

Não há como não registrar aqui os importantes fatos que ocorrem e, caminhando em grande velocidade, as obras do Complexo Logístico do Porto do Açu, que reúne atu-almente mais de seis mil trabalhadores, parecendo dia e noite correr contra o tempo.

A estratégia de Dr. Aluízio para as eleições deste ano, como já se observa nos “blogueiros chapa branca”, a serviço do governo municipal, é colar a figura do ex-prefeito Riverton Mussi Ramos e de Christino Áureo, ao vereador Chico Machado, pré-candidato a prefeito, imaginando que desta forma Chico perde voto. Enquetes feitas por alguns partidos indicam o contrário e o Dr. tem de ficar com olho aberto.

Como o “feriadão” de Carnaval leva muita gente para o lazer fora do município, desde quinta-feira a cidade começou a ficar vazia. O movimento no trânsito foi ficando mais leve nas ruas e congestionando as rodovias, principalmente a RJ 106 - Amaral Peixoto, que dá acesso a Armação dos Búzios, já muito conhecido como o “bairro chic de Macaé”, onde todos se encontram na Rua das Pedras.

Até domingo.

Foi simplesmente jocoso o comentário do locutor que transmitiu pela televisão o jogo entre o Macaé Esporte e o Flamengo, quando alguns refletores pegaram fogo, assustando não só os torcedores que mudaram apressadamente de lugar, e mostrando as labaredas fortes. Disseram que tudo ocorria por falta de manutenção. Se continuar, Macaé poderá perder o mando de campo.

Tempo de Carnaval

O Porto do Açu

Mas, será que é assim para todos? Claro que não. Existem aqueles que estão reclusos por algum motivo, ou preferem mes-mo o ócio, apenas vendo o bloco passar. E qual de nós brasileiros que não admite que o ano só co-meça depois do Carnaval? Quem recorda da Macaé antiga ainda lembra dos blocos de rua organi-zados nos clubes ou das escolas de samba que não dependiam tanto do subsídio da prefeitura para desfilar. Agora, se não tem grana, não sai? Também, não foi mantida a tradição do desfile porque antes ele acontecia na Avenida Rui Barbosa, ou Rua Di-reita, tendo como ápice o palan-que armado em frente ao prédio onde funcionava a prefeitura, hoje Palácio Claudio Moacyr de Azevedo, homenagem prestada pela Câmara Municipal por ter sido ele, um excelente político, bom prefeito e deputado estadu-al. Uma pena que não consiga-mos ter em Macaé um Carnaval que atraia turistas para a cida-

de. Os mais antigos vão lembrar que, de Niterói, capital do antigo Estado do Rio, vinham para esta cidade o Bloco do Álcool Atrás e outros. As sedes sociais do Tênis, Ypiranga, Fluminense, Ameri-cano (a sede do Flamenguinho veio depois), recebiam decora-ção especial e eram disputadas pelos foliões. Um Carnaval ale-gre, com as populares figuras como a de Agenor Pinheiro, o Pingo, elevado a Rei Momo pelo então prefeito Claudio Moacyr, de quem recebia a chave da cida-de para abrir as portas da folia. Mas a cidade ainda disputava com Cabo Frio a exploração do turismo. Depois, virou capital do petróleo, os royalties jorra-ram, houve mudanças bruscas de comportamento e a tradi-ção foi ficando esquecida. Nem a prometida Cidade do Samba (como existe em outros municí-pios) imitando a Marquês de Sa-pucaí, foi construída. O dinheiro acabou... A folia diminuiu... e o Carnaval...

Quem não conhece toda a sua estrutura e apenas atra-vés de informações, fotogra-fias e vídeos, acompanha o desenvolvimento do projeto, não imagina, ao percorrer a retroárea de 90 km2, que o gigantismo de um projeto que até agora tem investi-mento total de R$ 11,2 bilhões - Prumo Logística Global R$ 5,5 bilhões, Anglo American R$ 3,3 bilhões, Edson Chou-est R$ 950 milhões, NOV R$ 360 milhões, Technip R$ 650 milhões, BP R$ 400 milhões e Wartsila R$ 50 milhões - vai se tornando um dos maiores portos do mundo. No planeja-mento, a partir de 2016, com os dois terminais onshore e offshore funcionando e embarcando minério, está previsto 1,2 milhão de barris diários de transbordo, 4,5 milhões de toneladas de com-bustível marítimo, em 2017 4 docas flutuantes para repa-ros navais e, em 2019 3,3 GW, consumindo 15 milhões de m3 de GNL, com conexão ao sistema nacional de gás. Bem,

ali será construído, ainda, 400 unidades habitacionais (hotelaria) e o Heliporto, por onde serão embarcados os trabalhadores para as plata-formas. Os números não são nada modestos e apenas para efeito de comparação, R$ 11,2 bilhões correspondem aos orçamentos de quase cinco anos do município de Macaé. Percorrer a ponte de três qui-lômetros (terminal o�shore) para embarque de minérios, ou o terminal 2 - onshore, onde estarão os berços de atracação de rebocadores e estaleiros, é uma sensação de que estamos em outro mun-do. Ali serão geradas energia e até o abastecimento de água através do parque aquífero que já conta com cinco poços. Bem, escrever sobre o Porto do Açu, uma história longa e notável, depende de muito espaço. Apenas fazemos aqui o registro, igual o fizemos quando a Petrobras “invadiu” Macaé e a sua história de 39 anos está registrada nas pági-nas deste jornal.

PONTADA

Page 4: Noticiário 07 02 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

A festa do Rei Momo vai estancar, por ora, a sangria gerada por um dos mais profundos cenários de depressão econômica já visto ou sentido pela população brasileira, ao menos nas duas décadas em que a evolução do processo produtivo do petróleo nacional foi suficientemente capaz de transformar a realidade dos municípios do Norte Fluminense.

A tentativa de afundar a todos no mar de lama no qual hoje estão atolados os principais dirigentes do PT é parte de uma estratégia que busca, unica-mente, diminuir aos olhos dos brasileiros a enorme dimensão dos graves crimes cometidos pelo parti-do e seus aliados.

Anormalidade

Estratégia do PT: Afundar todos em um mar de lama

Mas todos devem estar preparados para o retorno da anormali-

dade.Em janeiro, o clima de eu-

foria criado pelo Ano Novo foi capaz de amenizar os efeitos do período de desa-celeração das atividades do petróleo em Macaé, gerando o fechamento de empresas e o encerramento de mais de 13 mil postos de trabalho. No entanto, logo nos primeiros dias de 2016 já deu para sen-tir que este não será um ano de facilidades.

De cara, o governo muni-cipal anunciou a previsão de queda de mais de R$ 500 mi-lhões na arrecadação munici-pal, visto o fraco desempenho da valorização do barril do petróleo no mercado interna-cional, somado a novos cortes feitos pela Petrobras em sua política de desinvestimentos.

Os servidores do Estado passaram a receber parcela-do os seus vencimentos, em cotas que atropelam o calen-dário normal de liberação dos salários, sem alterar a cruel programação de vencimento de impostos, como o malfada-do IPVA.

No âmbito nacional, a instituição ou não do impe-achment cria um circo dos horrores no Planalto Cen-tral, marcado por um enredo pautado pela enxurrada de denúncias de corrupção que vão desde contas na Suíça à lavagem de propina através da compra de apartamentos em áreas nobres do litoral de São Paulo.

Por mais que seja difícil, é preciso acreditar que Macaé e o Brasil viverão dias melho-res. E, por mais que o senti-mento seja de descrédito, o período eleitoral precisa ser o sopro da esperança de re-flexão sobre o rumo político e administrativo da cidade. E isso não está implícito apenas no registro do voto na urna eletrônica, mas sim na consciência sobre as suas escolhas.

Por mais que haja aqueles que se sentem satisfeitos com o cenário de que “Tudo está perdido”, a democracia ainda é um dos principais trunfos da política brasileira, e essa li-berdade está sim diretamen-te ligada ao direito ao voto e à escolha do futuro que todos nós queremos.

Quero manifestar a minha mais pro-funda indignação

com as reiteradas ten-tativas que têm sido fei-tas para envolver o PS-DB - e o meu nome em particular - nos escân-dalos investigados pe-la Operação Lava Jato. Pretendo interpelar o lobista Fernando Mou-ra para que confirme a citação feita ao meu no-me em seu depoimento. Também interpelarei o ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, para que, mesmo já tendo des-mentido enfaticamente os fatos citados, ele se manifeste oficialmente sobre o assunto.

Estou sendo alvo de declarações criminosas, feitas por réus confes-sos e que se limitam a lançar suspeições ab-surdas, sem qualquer tipo de sustentação que não a afirmação de que “ouviu dizer”. Afirmati-vas graves estão sendo feitas sem um indício, sem uma prova, uma evidência.

A reputação de pesso-as sérias não pode ficar refém de interesses in-confessos.

N o c a s o d o d e p o i -

mento do lobista Fer-nando Moura chamam atenção as inúmeras contradições em que ele têm incorrido e que vêm sendo tratadas pe-la imprensa. Basta dizer que ele não havia se-quer mencionado meu nome em depoimento anterior.

É preciso que se in-vestigue a fundo para que sejam reveladas as verdadeiras motivações das falsas acusações.

A tentativa de afundar a todos no mar de lama no qual hoje estão ato-lados os principais di-rigentes do PT é parte de uma estratégia que busca, unicamente, di-minuir aos olhos dos brasileiros a enorme dimensão dos graves crimes cometidos pelo partido e seus aliados.

Continuarei com a de-terminação de sempre, apoiando a operação La-va Jato e lutando contra aqueles que se apodera-ram do Estado Nacional para manter um projeto de poder que tanto mal vem fazendo ao Brasil e aos brasileiros.

Senador Aécio Neves, Presi-dente Nacional do PSDB.

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EXPEDIENTE GUIA DO LEITOR Telefones úteis

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Vegetação de restinga da Lagoa de Imboassica recebe proteção

MobilidadeDesenvolvida com grande intensidade e agi-lidade ao longo do ano passado, o Plano Mu-nicipal de Ciclomobilidade ainda precisa ser ampliado em Macaé, fortalecendo a política de adesão, junto a sociedade, de uma pro-posta de transporte público sustentável, tanto ao meio ambiente, quanto ao próprio cidadão. Hoje, por incrível que pareça, ainda há motoris-tas que desrespeitam o trecho exclusivo para a circulação de bicicletas, que soma mais de 50 quilômetros.

AudiênciaFalando em transporte, vale destacar a impor-tância da participação dos usuários do trans-porte público municipal na Audiência Pública agendada pela Câmara de Vereadores para o próximo dia 18, com objetivo de se discutir a concessão das novas linhas da cidade. O pro-jeto definido pelo governo já foi apresentado pela secretaria municipal de Mobilidade Urba-na no dia 8 do mês passado. Propostas como a criação de BRTs e a integração de vans fazem parte do novo pacote.

AsfaltoHoje, apesar das intervenções já realizadas pela Odebrecht Ambiental, ainda é compli-cado circular com veículos por ruas do Novo Cavaleiros e do Bairro da Glória. Na Aveni-da Aristeu Ferreira da Silva, crateras voltam a surpreender motoristas, uma situação que gera alto índice de insatisfação. Nesta sema-na, a prefeitura deu continuidade às obras de pavimentação. Vamos ver ser agora a situa-ção do principal acesso ao Polo Offshore vai melhorar.

CortesMuita gente ainda vive a expectativa sobre os nomes que serão cortados pela prefeitura, através da necessidade de redução do custeio da folha de pagamento. Segundo o governo, um total aproximado de 600 cargos comis-sionados serão extintos, uma decisão dura em meio ao cenário pré-eleitoral. Além disso, servidores que estavam cedidos a gabinetes de vereadores começam a reassumir seus pos-tos de trabalho dentro da gestão municipal. A recomposição do quadro efetivo é necessária!

EleiçõesE o calendário eleitoral em Macaé vai mesmo começar após as festas de Carnaval. Durante os próximos dias de folia, muitos pré-candida-tos aproveitarão para fazer presença em festas tradicionais de bairros, por onde desfilam bate-rias e bois pintadinhos. Como não haverá des-file neste ano, o jeito é acompanhar os even-tos que ocorrem nos barracões e quadras das agremiações da cidade. Quem é bem-vindo, ainda pode aproveitar a música e a alegria do povo no Carnaval.

ÁguaNo ritmo que as obras andam, a Nova Cedae só deve concluir a instalação da nova rede de distribuição de água, à Linha 3, lá para setem-bro ou outubro. Hoje as intervenções são reali-zadas no trecho da Linha Azul próximo a ponte sobre um dos braços do Rio Macaé, no acesso à Nova Esperança. O andamento do projeto se encontra no mesmo lugar há, pelo menos, um mês. Se continuar como está, o sonho da água para os moradores do Lagomar ainda vai demorar.

IPVAÉ bom lembrar que, de acordo com o calendá-rio instituído pelo governo do Estado, a primei-ra parcela do Imposto de Propriedade de Ve-ículos Automotores (IPVA) para veículos com finais 7, 8 e 9 vence na semana pós Carnaval. Com isso, o governo estadual fecha a primeira etapa de cobrança do imposto que registrou um reajuste de 30% neste ano. A segunda parcela começa a vencer a partir do dia 18. O final da cobrança acontece em março. O jeito é economizar para pagar.

VistoriaPor outro lado, motoristas que já pagaram o IPVA em cota única, não conseguem agen-dar o serviço de vistoria dos veículos para a agência do Departamento Estadual de Trân-sito (Detran) em Macaé. Mais uma vez, as va-gas disponíveis pelo sistema na internet são bastante disputadas, e preferenciais para os despachantes. Com isso, quem quer agilizar a regularização dos veículos vai ter que seguir a mesma peregrinação dos anos anteriores, buscando o serviço em outras cidades.

GuerraNão há como negar, mais que a crise econô-mica, o risco de epidemia de dengue, chikun-gunya e do temido zika vírus merece a atenção e a iniciativa de toda a população macaense, no combate ao mosquito transmissor das do-enças: o Aedes Aegypti. Apesar de todas as ações coordenadas pelo poder público, os ín-dices de infestação do inseto ainda é grande, o que eleva também o risco de contaminação da população. O alerta vale para proteger a família de todos!

Instalado há 15 dias, o semáforo situado no trecho da Linha Azul próximo ao Bosque Azul já está funcionando em sistema de alerta. De acordo com a secretaria municipal de Mobilidade Urbana, o sistema cumpre a etapa de adaptação em relação ao tráfego normal, e intenso, da via expressa da cidade.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 5

PolíciaCOLUNA

Consumismo em tempos de crise

Pelo fato de vivermos em uma sociedade capitalista, temos tendência a consu-mirmos produtos desneces-sários, diariamente. Desta forma, surge a dúvida do que devemos priorizar em nosso orçamento mensal.

COMO ANALISARMOS O CONSUMISMO?

A sociedade consumista tem sua origem no século XIX. Sabe-se por meio de Karl Marx que o capitalismo é um sistema de produção estimulado pelo mecanismo de marketing, que molda o pensamento da sociedade levando-a cada vez mais a ter acesso a todos os tipos de bens de consumo. Com a revolução industrial, ini-ciou-se o processo de pro-dução em massa de produ-tos industrializados. Assim, surge a necessidade de um mercado cada vez maior de consumidores. Observamos, diariamente, uma demanda enorme de produtos e pres-tações de serviços que são ofertados, com a desculpa de que são produzidos para tornar nossa vida mais fácil e feliz. Nesta semana de car-naval, um casal de amigos me disse que mesmo ficando sem dinheiro para pagar su-as contas básicas de começo de ano, como IPTU e IPVA, passará a semana festiva na Bahia em um pacote de turis-mo. Perguntei o motivo para se endividarem. Eles infor-maram que, segundo uma propaganda nos meios de comunicação; naquele Esta-do ocorre o melhor carnaval do mundo.

O CONSUMO EXCESSIVO É PREJUDICIAL?

Certamente, algumas pes-soas efetuam compras de maneira compulsiva, ou seja, sem a mínima necessidade, principalmente algumas mu-lheres que possuem coleção de bolsas ou sapatos. Obser-vo este fenômeno na minha casa, onde minha filha, que é adolescente, possui roupas que nunca fez uso, por ela ter crescido não servem mais. A sociedade acelerou o espaço de tempo entre a vontade de compra e sua realização. Antes da década de 80/90, quando se desejava comprar algum bem de consumo, como fogão, televisão, car-ro, entre outros, tínhamos que juntar dinheiro, por al-guns meses, para conseguir efetuar a compra. Hoje em dia, temos facilidades como cartões de crédito, cheques e boletos bancários; com o valor diluído em várias pres-tações dentro do orçamento familiar, embora os juros estejam embutidos no valor do produto. Em alguns ca-sos extremos, o consumidor compulsivo necessita de um acompanhamento psicológi-co, para um controle de sua vida financeira. Ostentação não é sinônimo de felicida-de, muito pelo contrário, demonstra um vazio a ser preenchido.

A MÍDIA AUXILIA NESTE PROCESSO?

Vivemos em um mundo onde os meios de comunica-ção impulsionam o capitalis-

mo, e nos apresentam uma mixagem de bens e serviços em uma velocidade muito rápida. A cada dia, temos ar-tefatos novos para adquirir, e ao mesmo tempo perdemos a competência para descobrir a pertinência do produto, e sua real serventia; passamos a consumir de maneira acrí-tica, de tal forma que basta um produto ser lançado no mercado, que se torna indis-pensável, fundamental, sem o qual a vida não pode ser boa. Enquanto a tecnologia é supersônica, a nossa reflexão sobre o real valor das coisas caminha em uma velocidade reduzida. Recentemente, as-sisti em um canal de TV pro-paganda de produtos como faca elétrica, descascador de alho, pastilhas para purificar água mineral. Analisando, tecnicamente, estes produ-tos são realmente indispen-sáveis para nossa vida?

ESSES AVANÇOS TECNOLÓGICOS POSSUEM MALEFÍCIOS?

Infelizmente sim. O núme-ro de artefatos tecnológicos que são lançados no merca-do atualmente, com preços de fácil aquisição por qual-quer classe social, vemos na mão de qualquer adulto ou criança. Se mal empregados são nocivos à sociedade. Po-demos citar o facebook ou whatsApp, uma excelente ferramenta para comunica-ção; porém pode potenciali-zar o bullying. Esses mesmos aparelhos também podem ser utilizados em crimes co-mo extorsão, práticas de pe-dofilia e muito mais. Porém, não vamos esquecer que di-minuem nossa interação in-terpessoal. Como exemplo, menciono uma reunião de negócios que fui convidado, na qual meu amigo em me-nos de dez minutos inter-rompeu a nossa conversa por três vezes para atender seu celular, na quarta vez ele se espantou, pois era eu ligando do meu aparelho, estando do lado dele; e perguntei-lhe se assim ninguém interrompe-ria a conversa; ele ficou sem graça e pediu desculpas.

QUAL SUA VISÃO PARA O CONSUMO EXCESSIVO EM TEMPO DE CRISE?

No meu ponto de vista, as últimas gerações parecem que nasceram para consu-mir. Quando não conseguem são tomados pela sensação de frustração, pobreza de es-pírito e autoexclusão. Vive-mos um mundo que enfrenta a solidão com aparelhos ele-trônicos, pois nos tornamos felizes longe da convivência humana. Observe as pesso-as como se comportam nas ruas, restaurantes e praças públicas, cada um conectado isoladamente. Com relação à crise, temos que saber prio-rizar nossas necessidades, pois de que adianta de uma forma efêmera, ostentar-mos coisas desnecessárias, e depois cairmos na realida-de de nosso cotidiano com algumas dívidas e contas a pagar? Sugiro que, princi-palmente neste começo de ano, quitem todas as suas dividas, ai sim, vá à praia e tome uma refrescante água de coco, pagamento à vista. O saudoso historiador e cien-tista político Jacob Gorender (1923-2013), em um de seus discursos proferiu a seguinte frase: “Importa mais do que tudo, a imagem, a aparência, a exibição. A ostentação do consumo vale mais do que o próprio consumo.”

NOTA

Carnaval exige atenção de condutores e foliões. Se for beber, condutor deve virar carona, ir de táxi ou a pé

Tenente-coronel Ramiro Campos, consultor de segurança, analisa as questões do consumismo frente a atual crise econômica

SEGURANÇA

TCE aprova edital para compra de câmeras de monitoramentoSistema funciona há quatro anos no município e garante mais segurança para a população

Em janeiro, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE- RJ)

aprovou o edital de pregão da Prefeitura de Macaé,visando a contratação de empresa es-pecializada em serviços de instalação, manutenção e for-necimento de câmeras de mo-nitoramento.

Com isso, a empresa vence-dora terá que adquirir mais 12 câmeras IP Dome, 12 postes para instalação desses equipa-mentos e licenças de software de videomonitoramento, entre outros materiais. Em julho do ano passado, a Prefeitura infor-mou que, além das câmeras, o município adquiriu um cami-nhão com dois cestos aéreos e braço que alcança 13 metros de altura, capaz de girar 360º para manutenção e substituição de câmeras, evitando desgastes.

O Sistema de Monitoramento por Câmeras integra o Batalhão da Polícia Militar (PM) e Gru-pamento da Guarda Municipal proporcionando aos cidadãos uma maior sensação de segu-rança. De acordo com a Prefei-tura, esse é o primeiro Centro de Operações do interior flumi-nense, integrante do Programa de Desenvolvimento Social de Macaé e Região (Prodesmar).

O sistema funciona há quatro anos e conta hoje com 54 câme-ras. Com a compra, Macaé irá contar com 66 equipamentos. Ainda segundo a Prefeitura, o balanço de quatro anos do serviço é positivo, não somen-te pela diminuição dos índices de violência ou pela economia gerada a partir dessa estraté-

gia para garantir segurança mais eficiente. Mas, sim, pela metodologia de abordagem que proporciona mais segu-rança para a população e para os profissionais envolvidos na operação, que acontece de for-ma conjunta.

Percebendo que se trata de elementos armados, por exem-plo, o Comando comunica as características dos suspeitos à Polícia Militar e orienta os agentes sobre sua direção, a fim de que a abordagem aconteça em local de pouco movimento.

A medida preserva os pedestres e os policiais de um tiroteio em potencial.

Além disso, o sistema passou a ter também suas atribuições estendidas. Atualmente, ele fis-caliza o ordenamento público em questões relativas ao setor de Posturas (comércio e pro-paganda irregular), Ambiente (despejo de inservíveis, poda irregular de árvores), depreda-ções, pichações, entre outros.

Diariamente, trabalham no projeto um servidor da guarda municipal, 17 operadores, dois

da Secretaria de Mobilidade Urbana, e cinco viaturas de rondas centrais urbanas. To-dos estão em conexão, através de rádio, com cerca de 100 plan-tonistas e viaturas da Guarda, policiais militares do 32º Ba-talhão e mais os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192). Os servidores da Guarda Munici-pal possuem capacitação para operar o sistema e, com isso, é gerada uma economia de cer-ca de R$ 300 mil por mês com contratação de terceirizados.

KANÁ MANHÃES

Além das 12 câmeras a serem adquiridas pela Prefeitura, há um caminhão com dois cestos aéreos e braço que alcança 13 metros de altura, capaz de girar 360º auxiliando no sistema

Agentes da Defesa Civil recebem treinamento de Primeiros Socorros

VERÃO

Objetivo é qualificar a equipe para atuar durante o verão na região serrana

Desde sábado (6), a seguran-ça nas cachoeiras do Sana foram redobradas com a presença de quatro agentes realizando rondas. A presença dos agentes acontecerá em todos os finais de semana, até o término da alta temporada, em março.

Durante a última semana, a Secretaria Municipal de Prote-ção e Defesa Civil realizou mais um curso de Primeiros Socorros. Desta vez, voltado para áreas de cachoeiras. O treinamento foi realizado no Sana com o obje-tivo de qualificar a equipe para atuar no verão, quando a Região Serrana de Macaé recebe muitos turistas.

Vinte e dois agentes, sendo uma enfermeira, participaram do treinamento, que foi dividi-do em duas partes: resgate da vítima e primeiros socorros nas margens da cachoeira. Em casos de acidentes, após o resgate e o transporte até a ambulância, a ví-tima é encaminhada ao posto de saúde mais próximo para receber atendimento médico completo.

Neste ano, os servidores da Defesa Civil já passaram por

vários treinamentos, entre eles: Primeiros Socorros e Combate a Incêndio e Primeiros Socorros com foco no Projeto Praia para Todos. Além disso, motoristas do Sistema Integrado de Macaé (SIT) que realizam o transporte escolar municipal também estão sendo capacitados pela equipe gestora da Defesa Civil, com o curso básico de Primeiros So-corros em transportes públicos.

DICAS E NORMAS NASCACHOEIRAS DO SANA

Para manter a preserva-

ção da natureza, é necessário que os frequentadores do Sa-na respeitem as regras. Não é permitido som alto, entrar com churrasqueira e isopores, levar bebida alcoólica, portar objetos cortantes e inflamá-veis, comércio ambulante, uti-lizar óleo bronzeador, retirar animais, vegetais e pedras do lugar, causar sujeira e rabiscos nas pedras e árvores, trafegar com veículo motorizado e levar animais domésticos.

Além disso, ao chegar no Sa-na, o carro deve ficar estaciona-

do, obedecendo a sinalização de trânsito e o turista deve transi-tar a pé pelas ruas do Arraial e a caminho das cachoeiras, respei-tando a comunidade local e o si-lêncio noturno. O acampamen-to deve ser feito nas áreas des-tinadas pela prefeitura. Trilhas até a Pedra do Peito do Pombo só devem ser feitas acompanha-das de um guia turístico. Mais informações são encontradas no guichê turístico Cria Sana, com horário de visitação das 8h às 18h, de acordo com as condi-ções climáticas.

KANÁ MANHÃES

Agentes da Defesa Civil realizam rondas pelas cachoeiras do Sana, durante os finais de semana

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Economia NOTA

Merenda escolar: agricultura familiar reforça fornecimento para este ano

INDÚSTRIA

Impasse entre indústria e governo ganha novos desdobramentosNa última semana, governador Luiz Fernando Pezão confirmou que poderá rever a política de tributos do setor

Guilherme Magalhã[email protected]

Na última semana (3), re-presentantes da indústria regional se reuniram com o

governador Luiz Fernando Pezão para discutir alternativas para a crise do estado. Incentivado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), um dos principais temas abordados no encontro foi a nova política de elevação de tributos proposta para o setor, que recebeu do próprio go-vernador a garantia de revisão.

Na ocasião, em resposta aos prin-cipais problemas apontados pelos representantes do setor, o gover-nador se comprometeu a levar em consideração a possibilidade de re-dução da tributação dos segmentos mais afetados, para evitar a perda de competitividade.

“Estou aberto ao debate. Sei o quanto a carga tributária onera as empresas. Surgiram pleitos dos setores de petróleo e de papel, que vamos resolver. Todo setor que se sentir atingido e prejudicado na sua competitividade com relação a ou-tros estados, iremos adequar nossas alíquotas”, ressaltou o governador.

Por sua vez, destacando o setor de petróleo como uma oportuni-dade para alavancar a economia do estado, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa, ponde-rou sobre a urgência de o governo buscar equilíbrio fiscal e uma es-trutura permanente nas contas públicas.

“A crise que afeta o Rio de Ja-neiro, afeta antes o Brasil. Existem áreas já descobertas com volume de petróleo que dependem apenas do Executivo Federal liberar as licita-ções esse ano. É importante o Rio se posicionar sobre isso, porque vai refletir em participações para os cofres públicos e para a atividade econômica do estado”, disse.

Em 2015, a indústria do Rio de Janeiro sofreu o menor nível de ati-vidade em 12 anos, com quase todos os setores registrando queda. Como consequência, os reflexos no mer-cado de trabalho foram imediatos: cerca de 46 mil postos de trabalhos fechados.

Alta tributação do setor pode im-pactar ainda mais em 2016

Previsto para entrar em vigor em março, o novo pacote tributário já aprovado pela Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Ja-

neiro) torna possível a criação de diversos encargos extras como a Taxa Única de Serviços Tributários da Receita Estadual e a Taxa de Fis-calização de Energia Elétrica. Além disso, em Macaé, um dos principais pontos de impacto da nova medida seria a regulamentação da Taxa de Fiscalização de Petróleo e Gás.

“Neste cenário de dificuldade, o ponto alto do problema com o aumento da carga tributária é que ela compromete muito a situação das empresas do estado, e Macaé não fica fora disso, já que tem uma taxa específica do novo texto da lei voltada, especificamente, para o setor de Óleo e Gás. Chega a ser irônico nós vermos que, enquanto Macaé se volta cada vez mais para o estímulo ao setor, o estado segue almejando expandir suas políti-cas arrecadatórias”, destacou em entrevista recente o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Marcelo Reid, ressaltando que o pacote também inclui a criação de Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) e sobre Operações de Circulação de Petró-leo, com impacto superior previsto em R$ 15 bilhões na carga tributária em 2016.

PESCA

Procura por pescado deve aumentar até a Semana Santa

De acordo com os pescadores e vendedores do Mercado Muni-cipal de Peixes, a tendência é que, nas próximas semanas, a procura por pescado no estabelecimento comece a se elevar por conta do pe-ríodo da Quaresma, que se estende até a Semana Santa, em abril.

“É sempre neste período, que vai de agora até o meio de abril, que podemos considerar realmente uma das fases mais regulares do

Expectativa é que venda no Mercado Municipal de Peixes seja impulsionada pelo período da Quaresma

ano para nós”, contou o vendedor Marcelo de Souza, ressaltando que durante o período da Qua-resma, iniciado tradicionalmente na Quarta-Feira de Cinzas, os ca-tólicos evitam comer carnes ver-melhas e optam por comer peixes às quartas e sextas-feiras durante 40 dias.

No domingo de Carnaval o Mer-cado Municipal de Peixes funciona das 7h até às 12h. Terça-feira o lo-cal fica aberto até 12h, e segunda-feira e quarta-feira até às 17h.

Atualmente, cerca de 1.300 pescadores atuam na pesca no município, totalizando quase 15 mil pessoas vivendo, direta ou in-diretamente, do setor.

SERVIÇO

CURTAS● ENTRA defeso - Com objetivo

de assegurar a renda dos pescadores locais durante o próximo período de defeso do camarão, que acontecerá nas regiões Sul e Sudeste a partir de 1º de março de 2016, começará a ser pago o seguro de defeso do crustáceo.

● SAI defeso - Em contrapartida, no próximo dia 15 de fevereiro, a sardinha sai do período de defeso.

DINHEIRO

Impostos já se aproximam de 250 bilhões este ano

Com apenas um mês de 2016 completado, o valor pago pelos brasileiros em impostos já se aproxima do patamar de R$ 250 bilhões , de acordo com a Asso-ciação Comercial de São Paulo (ACSP). A marca equivale ao montante pago em impostos, ta-xas e contribuições no país desde o primeiro dia do ano. O dinheiro

Valor corresponde a contribuições pagas desde o primeiro dia de 2016

é destinado à União, aos estados e aos municípios.

No dia 30 de dezembro do ano passado foi alcançada, pela pri-meira vez em um ano, a marca iné-dita de R$ 2 trilhões pagos pelos brasileiros em impostos.

Instalado na sede da ACSP na região central de São Paulo, o Im-postômetro completou uma déca-da no ano passado. Atualmente, outros municípios instalaram seus próprios painéis, como Florianó-polis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.

O objetivo da ferramenta é cons-cientizar o cidadão sobre a alta car-ga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade. Pelo portal (www.impostometro.com.br), é possível descobrir o que dá para os gover-nos fazerem com todo o dinheiro arrecadado como, por exemplo, quantas cestas básicas é possível fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos, além de le-vantar os valores que as populações de cada estado e município brasi-leiro pagaram em tributos.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 7

Geral As escolas municipais são preparadas para receber os alunos para o ano letivo de 2016, que começa na segunda-feira (15). Entre as medidas que buscam garantir a segurança dos estudantes está o recolhimento de materiais inservíveis.

NOTA

PESQUISA

UERJ chega a Macaé com foco na expansão do ensinoA previsão é de que a universidade comece a funcionar ainda neste semestre, por meio do Laboratório de Adesão e Aderência

Juliane [email protected]

A Educação em Macaé se-gue apontada como uma das prioridades do órgão

municipal. E, ao que tudo in-dica, ainda neste semestre o município passará a contar com mais uma universidade pública de ensino. Trata-se da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que tem previsão para começar a funcionar no primeiro semestre por meio do Laboratório de Adesão e Aderência (LAA), instalado na Cidade Universitária.

A universidade ganhou seu espaço na cidade por meio de uma parceria firmada com a Prefeitura. Elas assinaram convênio de cooperação técni-ca com interveniência da Fun-dação Educacional de Macaé (Funemac). A ideia é que seja criado o Polo de Ciência, Tec-nologia e Inovação (PCTIM) da universidade no município em uma área de 21 mil metros quadrados, no Condomínio Bela Vista, próximo ao Par-que de Tubos do município. “A Uerj trará grande contribuição para Macaé, já que ampliará a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a pós-graduação oferecidos no município e na região. É, reconhecidamente, a maior instituição de ensino público estadual do Rio de Janeiro e, certamente, for-mará muitos profissionais de excelência, a exemplo do que

a Cidade Universitária já ofe-rece”, disse o presidente da Funemac, Gleison Guimarães.

O Coordenador da Uerj em Macaé, Prof. Eduardo Sam-paio, considera que, nesse momento de crise, as parce-rias, tanto com as instituições públicas, quanto com as em-presas, são fundamentais. “A educação é uma importante ferramenta para essa fase de dificuldade econômica e os

KANÁ MANHÃES

Eduardo Sampaio mostra os tubos de fibra de vidro que irão passar por testes no laboratório

Centros Tecnológicos são fun-damentais, tanto para a for-mação de recursos humanos, quanto ao desenvolvimento tecnológico. E a UERJ vem pa-ra a cidade com o foco de aju-dar a impulsionar essa cultura empreendedora. A universida-de já faz bem feito a parte aca-dêmica, e agora estamos nos aprimorando para trazer para dentro da instituição as parce-rias com as empresas. "Temos

que ter uma participação mais efetiva na busca da sustentabi-lidade da pesquisa, através de parcerias com as empresas e com as instituições de fomen-to públicas e privadas, e não apenas esperar os recursos do estado”, ressalta o professor.

Sampaio lembra, ainda, que o país desde o ano 2000 co-meçou a incentivar a inovação tecnológica. “A Uerj está en-trando aqui em um momento

muito bom politicamente. A nível federal, temos a assina-tura do Marco Legal da Ciên-cia e Tecnologia. Temos tam-bém uma Reitoria que conhe-ce e apoia a Inovação e sabe da importância de Macaé para o setor produtivo do Estado. Apesar do momento ruim, o município está apoiando e incentivando o setor tecnoló-gico. A cidade tem a Funemac, Instituto Macaé de Ciência &

Tecnologia (IMCT) e, recente-mente, foi inaugurada a Incu-badora de Empreendimentos Tecnológicos”, pontua.

A previsão é de que, até o final do ano, a universidade esteja atuando na cidade com quatro laboratórios tecnológi-cos em funcionamento e cur-sos de extensão. “Nosso obje-tivo também é trazer cada vez mais a população para dentro da universidade, contribuindo assim para a cidadania. Nesse momento, em que muitos es-tão jogando o país para baixo, é importante a gente pensar que todo tempo de crise tam-bém é tempo de oportunidade, visando que as universidades sejam solidárias. Já temos aqui na Cidade Universitária um espaço cedido temporaria-mente pela UFRJ. Ao mesmo tempo, os equipamentos dos Laboratórios da Uerj serão compartilhados para as aulas dos cursos de graduação.

Atualmente, a Cidade Uni-versitária abriga a Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), a Universidade Federal Flumi-nense (UFF) e a Universida-de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), complexo que é ge-rido pela prefeitura. As ins-tituições oferecem juntas 18 cursos de graduação gratuitos e outros de pós-graduação em diversas áreas. O polo está lo-calizado à Rua Aloísio da Silva Gomes, 50, bairro Granja dos Cavaleiros.

UERJ

Laboratório em fase de conclusão

O prédio que abrigará o La-boratório da UERJ já está pron-to aguardando o recebimento e montagem dos equipamentos. Ainda de acordo com infoma-ções da Prefeitura, inicialmen-te, a universidade trabalhará no município com cursos de mestrado e extensão em Ciên-cias da Tecnologia, reforçando a vocação tecnológica da cidade.

A Prefeitura explicou que o LAA, em parceria com a Petro-bras, trará para o município dois projetos inovadores na área de materiais compósitos, ou seja, à base de fibra de vidro mais resina: “Desenvolvimento de ensaios de golpe de aríete em tubulações de fibra de vidro”, que visa verificar a resistência das tubulações nas mudanças bruscas de pressão e desenvol-ver tecnologias de uniões por colagem; e “Desenvolvimento de procedimento de reparo permanente de materiais com-pósitos sobre reparo de contin-gência", que implantará uma in-fraestrutura capaz de atender a demanda da indústria local por soluções com os materiais com-pósitos e ensaios mecânicos.

“Serão desenvolvidos ainda cinco cursos de extensão. São eles: adesão e aderência; lami-nador de materiais compósi-

A UERJ trará para a cidade dois projetos inovadores na área de materiais compósitos, ou seja, à base de fibra de vidro

tos; inspeção de materiais por raio-X; aplicador de adesivos; e materiais compósitos. A Uerj também deve atuar em Ma-caé com um mestrado multi-institucional em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Institu-to Federal Fluminense (IFF)”, informou.

Ainda de acordo com infor-mações, o prédio do LAA foi construído em material pul-trudado, que é a fibra de vidro mais resina, em parceria com

a empresa Pultrusão do Brasil. O coordenador do campus da Uerj, Eduardo Sampaio, é en-genheiro e possui 15 anos de trabalhos prestados à Petrobras com laboratório focado no de-senvolvimento de novas tecno-logias de reparos de estruturas com materiais compósitos. A equipe inicial da instituição que vai atuar no LAA é formada por 12 integrantes entre professo-res, técnicos, engenheiros, qua-tro alunos de mestrado e três de iniciação científica.

KANÁ MANHÃES

O laboratório da Universidade foi construído com material à base de fibra de vidro, mesma técnica a ser ensinada na unidade

NOVOS ALUNOS

Últimos dias de cadastro do passe escolar

Encerra no próximo dia 15 o prazo para cadastro do passe escolar dos novos alunos que vão ingressar na rede muni-cipal de ensino. Até esta data, também poderá ser solicitada a segunda via do beneficio. O atendimento está sendo feito no setor de Passe Escolar, das 8h às 17h, no térreo da Secreta-ria de Educação, na Rua Antero Perlingeiro, 402, Centro

É necessário apresentar a certidão de nascimento ou documento de identidade do aluno (original), comprovan-te de residência (original) e declaração da escola direcio-nada para o passe escolar com carimbo da unidade municipal de ensino e da direção (origi-nal). O estudante deve compa-recer ao local para ser fotogra-fado. E os estudantes que não solicitarem a primeira via do passe escolar não terão direto ao transporte gratuito.

De acordo com informações da Prefeitura, o passe eletrôni-co é um documento que bene-ficia somente os alunos mora-dores do município de Macaé. O trabalho desenvolvido pela equipe do Passe Escolar é in-formatizado.

É importante lembrar tam-bém que, este ano, os alunos da

O atendimento está sendo feito das 8h às 17h, no térreo da Secretaria de Educação, na Rua Antero Perlingeiro, 402, Centro

rede municipal de ensino que utilizam o transporte escolar devem ficar atentos às mu-danças anunciadas pelo órgão municipal. De acordo com as informações, a partir deste se-mestre letivo, o passe escolar será estendido para estudantes do segundo segmento do Ensi-no Fundamental (6º ao 9º ano) de cinco unidades municipais, que antes contavam com o transporte dedicado (ônibus e vans).

A medida visa atender às determinações legais do muni-cípio e o atendimento segue a Lei Municipal nº 2.237/02, em que o artigo 1º determina que o Poder Executivo é autoriza-do a adquirir passes escolares

e distribuí-los aos estudantes do ensino fundamental e mé-dio da rede pública, a fim de garantir-lhes o transporte ur-bano gratuito.

De acordo com os dados di-vulgados pelo órgão munici-pal, a ampliação do passe es-colar será dirigida aos alunos das unidades municipais Olga Benário Prestes, Elza Ibrahim, Maria Letícia Santos Carvalho, Generino Teotônio de Luna e Engenho da Praia. Já os estu-dantes da região serrana con-tinuarão com passe escolar. Os alunos que não fizeram o cadastro, devem comparecer na Secretaria de Educação, situada na Rua Antero Perlin-geiro, 402, Centro.

KANÁ MANHÃES

Pais e responsáveis devem comparecer no setor de Passe Escolar, das 8h às 17h, munidos de documentos

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 7 de fevereiro, a quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Águas Maravilhosas

Comunidade vive impasse de desocupaçãoÁguas Maravilhosas cresceu em cima de lixão e hoje não conta com nenhum tipo de infraestruturaMarianna [email protected]

Esta semana, o Bairros em Debate volta a mostrar um pouco da realidade

dos moradores da comunida-de Águas Maravilhosas. Con-siderada uma das áreas mais carentes da cidade, ela sofre há décadas com o abandono.

Por ter crescido de maneira desordenada em um terreno onde funcionava um lixão, os serviços públicos acabaram não chegando no local, tudo isso devido ao impasse sobre qual a melhor solução: a urba-nização ou a remoção dessas pessoas para outro local.

Localizada às margens da Linha Azul, Águas Maravi-lhosas foi um lixão por quase 30 anos. O local foi desativado no início dos anos 2000, mas até hoje deixa as suas marcas. Segundo ambientalistas do Núcleo em Ecologia e Desen-volvimento Socioambiental de Macaé (NUPEM/UFRJ), a situação dessa região é com-plicada e, devido à gravidade,

FOTOS: MARIANNA FONTES

Prefeitura diz que a determinação judicial prevê a remoção das famílias

não deveria ser habitada.Existe um conflito em rela-

ção à água, ou seja, os morado-res não podem pegá-la do sub-

Segundo a prefeitura, a locali-dade apresenta situações que im-pedem a intervenção imediata do poder público municipal. A Águas Maravilhosas é uma Área de Pro-teção Ambiental (APA), cuja de-terminação judicial exige que as

famílias sejam retiradas do local.A Secretaria de Habitação já

realizou a identificação de todas as famílias que foram cadas-tradas no Cad-único, uma das etapas para realização da trans-ferência. A previsão é que, com a

conclusão das obras, a mudança para as unidades habitacionais do Bosque Azul aconteça ainda neste primeiro semestre, já que o primeiro lote dos apartamentos atendeu moradores de área de risco do Morro de Sant Anna.

O que diz a prefeitura

solo porque ele está contami-nado. Segundo os moradores, como não há abastecimento de água no local, a maioria

utiliza poços artesianos.Sem água e sem rede de sa-

neamento. De acordo com a população local, são dois os

destinos finais do esgoto: fos-sas, que são limpas por cami-nhões pagos pelos moradores, ou os recursos hídricos sem

nenhum tipo de tratamento.Em 2010, o Instituto Es-

tadual do Ambiente (INEA) apresentou um relatório es-clarecendo a necessidade de remoção urgente dos mo-radores dessa área. Além do problema do lixão, existe a questão da proximidade com o rio. De acordo com o Código Florestal - artigo 2º - e com o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) - 303, artigo 3º - é necessária uma distância de, no mínimo, 50 metros para cursos d’água de 10 a 50 metros de largura (si-tuação em que se enquadra o Rio Macaé).

Ocupado de forma ilegal, ou não, o fato é que a comu-nidade já possui vida própria, com comércios, lanchonetes, bares, borracharia e igreja, assim como qualquer outro local. “Hoje vivem cerca de 1.600 pessoas aqui. Em nove anos que vivo aqui nunca vi al-gum tipo de melhoria ser feito para nós”, relata o presidente da Associação de Moradores, Rondineli Coutinho Souza.

Água parada sem proteção pode virar criadouro do mosquito

Caixas d'água sem tampaA comunidade é uma das áreas endêmicas no que se refere à proliferação do Ae-des aegypti. Por conta disso, a pedido da associação de moradores, o Centro de Con-trole de Zoonoses (CCZ) fez um mutirão no local, onde

conversou com os moradores e identificou pontos com focos do mosquito.

No entanto, toda mobili-zação não foi suficiente para eliminar o perigo de uma epi-demia. As caixas d'água comu-nitárias estão sem a tampa, ou

seja, água parada com as altas temperaturas se tornam cria-douros.

“Três delas estão nessa situ-ação. Além do risco das doen-ças, compromete a qualidade da água que a gente consome”, alerta Rondineli.

Ruas não são pavimentadasOutro problema enfrentado

pelos moradores é a falta de pa-vimentação nas ruas. Quando faz sol, a poeira invade as ca-sas e causa diversos problemas de saúde, principalmente para quem tem alergias e problemas respiratórios.

Já, quando chove, é a lama que causa transtornos. Segundo os moradores, alguns pontos ficam intransitáveis, impedindo a passa-gem de veículos. “A situação pior fica na Rua Principal. É um sofri-mento para entrar e sair de casa”, conta Maria do Rosário.

Além da lama, o esgoto também é um problema. “Nós não temos rede, então vai tudo para a fossa. A prefeitura vem para limpar, mas é uma luta para conseguir o cami-nhão”, conta Maria do Rosário.

Silvana relata que muitas vezes os dejetos transbordam. “Por con-ta da chuva o esgoto foi todo para o meu terreno. Cansei de esperar por uma solução, então joguei terra para melhorar porque os vizinhos estavam reclamando do mau cheiro”, explica.

TRAVESSIA DE PEDESTRES NA LINHA AZUL

Apesar de ser considerada de trânsito rápido, muitos motoris-tas abusam dos limites de veloci-

dade na Linha Azul. Com isso, ca-sos de atropelamentos, inclusive com morte, já foram relatados pela população.

Esse problema tem sido relata-do por quem vive em Águas Ma-ravilhosas. Os moradores contam que muitas pessoas atravessam diariamente na via, o que aponta uma grande necessidade de um semáforo no trecho.

“Aqui tem atropelamento di-reto, inclusive há registro de aci-dentes com morte. As crianças precisam atravessar a pista para ir para escola. É muito perigoso. A gente fica com medo, pois não

dá para confiar nos motoristas. A maioria abusa dos limites de ve-locidade”, conta o presidente do bairro.

Recentemente, a secretaria de Mobilidade Urbana instalou se-máforos em frente ao condomínio Bosque Azul. Segundo o órgão, o trecho da Águas Maravilhosas/Piracema e do Senai (Botafogo) serão os dois próximos a serem contemplados com a sinalização.

Mas independente de a prefei-tura tomar ou não uma atitude, os motoristas também têm o dever de colaborar para promover um trânsito seguro.

Acessibilidade é uma das dificuldades de quem mora ali

Boa parte da comunidade conta com “gatos”

Comunidade às escurasNo final de 2012, algumas ruas da comunidade receberam a instalação da rede elétrica da Ampla, empresa responsável pelo fornecimento no muni-cípio. Na época, os moradores ressaltam que apenas algumas vias tinham sido contempladas.

Na ocasião, a Ampla explicou que a comunidade Águas Mara-vilhosas encontra-se às margens de um rio, local considerado co-mo Área de Preservação Perma-nente (APP), de acordo com a Lei nº 12651/12 e MP nº 571/12,

e por esse motivo a concessioná-ria não possui autorização para construir rede de energia elétri-ca no local.

A empresa esclareceu que, de acordo com a legislação, a dis-tância mínima do rio para que possa haver edificação é de 30 metros medidos de sua margem.

Quase dois anos depois, a Rua Medeiros continua sem energia. As casas que surgiram em gran-de quantidade às margens do rio utilizam gatos para não ficar às escuras. Em algumas situações,

a nossa equipe encontrou casas equipadas com aparelhos de ar condicionado, todos consumin-do energia de maneira ilegal e inadequada.

Já do outro lado do Canal do Rio Macaé, onde a situação é menos precária, moradores re-clamam da iluminação pública. Segundo a população, os postes ficam muito distantes um do outro, deixando vários trechos na escuridão. Além disso, ainda há os postes que estão com as lâmpadas queimadas.

Lazer é na ruaBoa parte dos moradores tem

menos de 18 anos. E, apesar da pouca idade, já conhecem a du-ra realidade desde novos. Em vez de praças com quadra e parqui-nho, na comunidade a diversão é na rua. “Meu filho reclama muito que não tem um espaço, então acaba brincando na rua ou no terreno”, conta Silvana da Silva Santos.

Já uma outra moradora, que pede para não ser identificada, não acredita que o poder públi-co vá implantar melhorias no lo-cal. “Antes de cobrar tudo isso, a gente precisa brigar pelo direito de ter a nossa terra legalizada. Só assim vamos poder reivindicar o saneamento, o lazer, a pavimen-tação das ruas”, diz. Crianças brincam no meio da rua

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AEROPORTO

Infraero na luta contra o Aedes aegypti Funcionários estão empenhados em fazer mutirões para eliminar focos do mosquito Marianna [email protected]

No entorno do Aeroporto de Macaé, os únicos que têm permissão para vo-

ar são os helicópteros e aviões. Através de uma mobilização, os funcionários da Infraero realizaram, na última quinta-feira (4), um mutirão para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da den-gue, febre chikungunya e o zika vírus.

Segundo o superintenden-te, Hélio Batista dos Santos Filho, a ação reuniu cerca de 40 pessoas das áreas de Ma-nutenção, Operações, Segu-rança, Navegação Aérea, em-presas aéreas e contratados. A limpeza foi feita em todo sítio aeroportuário, isto é, em todas as dependências, inclusive no canteiro de obras do novo ter-minal.

“Esse movimento de en-frentamento ao mosquito vai muito além dessas ações. Procuramos, através de pales-tras e informativos nas redes sociais, despertar nas pesso-as a necessidade de se tomar cuidados e, principalmente, que levem essas ações para suas casas, conversem com seus vizinhos, nas escolas, na sua vida social. A Infraero está atuando com ações desse tipo em todos os aeroportos sob sua administração”, disse ele, ressaltando que a ação con-tinuará semanalmente, sem prazo para terminar.

Assim como eles, toda a população pode e deve fazer também a sua parte. O am-biente doméstico é respon-sável por cerca de 90% dos criadouros do mosquito.

Apenas 10 minutos por se-

mana podem proteger a sua família, assim como seus vi-zinhos. Entre as dicas estão: não deixe água da chuva acu-mulada sobre a laje; mante-

DIVULGAÇÃO

A primeira grande ação aconteceu na quinta-feira e reuniu cerca de 40 funcionários

nha fechados os depósitos de água como caixas d’água, to-néis e barris; encha de areia até às bordas os pratinhos de vasos de plantas; guarde gar-

rafas viradas de cabeça para baixo; guarde pneus e outros objetos que podem acumu-lar água tampados em locais cobertos; coloque o lixo em

sacos plásticos e mantenha a lixeira fechada. Não jogue o lixo em terrenos baldios.

Em caso de dúvidas, ou para fazer denúncias de possíveis

criadouros, a população pode entrar em contato com o Cen-tro de Controle de Zoonoses (CCZ) através dos números: 2796-1186 ou 0800-022-6461.

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