noticiário - 07 e 08/04/2013

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PLANEJAMENTO WWW.ODEBATEON.COM.BRMACAÉ(RJ),DOMINGO,7ESEGUNDA-FEIRA,8DEABRILDE2013 ANOXXXVII Nº8053 FUNDADOR/DIRETOR:OSCARPIRES OJORNALDEMAIORCIRCULAÇÃODOMUNICÍPIO R$1,50 Governo prepara a cidade para a Brasil Offshore Entre novidades está a criação de linhas de ônibus especiais para atender visitantes pág. 3 WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES Com grande aparato, equipes do 32º Batalhão de Polícia Militar realizaram incursões no local. Drogas foram encontradas em pontos identificados como de vendas, onde suspeitos foram presos Principal estrada que dá acesso ao bairro apresenta sérios problemas de infraestrutura Polícia Militar sufoca tráfico Megaoperação realizada no Lagomar durante todo o sábado (6) resultou na prisão de integrantes do crime organizado, e apreensão de drogas. Comando do 32º BPM vai manter policiamento ostensivo pág. 5 Moradores solicitam do governo a realização de projetos que melhorem também a rede de iluminação pública pág. 9 KANÁ MANHÃES Acesso ao Horto ainda é precário BAIRROS EM DEBATE CIDADE ECONOMIA KANÁ MANHÃES projeto apresentado nesta semana na Câmara, pelo vereador Igor Sardinha (PT), propõe que ban- cos passem a ser obrigados a abrir as portas uma hora antes do horário convencional para atender exclusivamente aos idosos, gestantes e deficientes fí- sicos. A proposta ainda entrará em discussão. pág. 12 completando um ano, o movimento "Deixa o Sol entrar" prepara novas ações para que o governo mu- nicipal tome as providências necessárias para a Praia do Pecado não ficar literalmente nas sombras. O caso coloca em discussão a legislação em vigor através do Código de Urbanismo de Macaé que permite a construção de prédios altos próximos a praia. pág. 10 Projeto propõe horário especial nas agências Nova pesquisa da UFRJ aponta degradação Recentemente, um levantamento realizado por pesquisadores do NUPEM/ UFRJ-Campus Macaé, IFF-Macaé, LCA/UENF e Labtox mos- trou indícios do comprometimento da foz do rio Macaé. O estudo realizado entre 2009 e 2010 teve como principal objetivo avaliar a qualidade ambiental do estuário (foz) do Rio Macaé. pág. 8 WANDERLEY GIL Comércio prevê aumento nas vendas Preço do tomate chega a R$ 8,00 em Macaé Movimento busca mudança em gabarito Além de registrar um “boom” na principal fonte de renda do mercado interno de Macaé, a presença de representantes das empresas de diversos locais do Brasil e do mundo im- pulsiona o faturamento de outros segmentos da economia macaense. Com o comércio não é diferente. A expectativa de grande parte dos lojistas é que a Brasil Offshore faça com que o fluxo de pessoas aumente e, com isso, as ven- das subam significativamente. pág. 6 Produção afetada pelas chuvas chega à mesa do consumidor macaense com um aumento expressivo pág. 6

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Noticiário - 07 e 08/04/2013

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Page 1: Noticiário - 07 e 08/04/2013

PLANEJAMENTO

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013 • ANO XXXVII • Nº8053 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Governo prepara a cidade para a Brasil OffshoreEntre novidades está a criação de linhas de ônibus especiais para atender visitantes pág. 3

WANDERLEY GIL

KANÁ MANHÃES

Com grande aparato, equipes do 32º Batalhão de Polícia Militar realizaram incursões no local. Drogas foram encontradas em pontos identificados como de vendas, onde suspeitos foram presos

Principal estrada que dá acesso ao bairro apresenta sérios problemas de infraestrutura

Polícia Militar sufoca tráficoMegaoperação realizada no Lagomar durante todo o sábado (6) resultou na prisão de integrantes do crime organizado, e apreensão de drogas. Comando do 32º BPM vai manter policiamento ostensivo pág. 5

Moradores solicitam do governo a realização de projetos que melhorem também a rede de iluminação públicapág. 9

KANÁ MANHÃES

Acesso ao Horto ainda é precário

BAIRROS EM DEBATECIDADE ECONOMIA

KANÁ MANHÃES

projeto apresentado nesta semana na Câmara, pelo vereador Igor Sardinha (PT), propõe que ban-cos passem a ser obrigados a abrir as portas uma hora antes do horário convencional para atender exclusivamente aos idosos, gestantes e deficientes fí-sicos. A proposta ainda entrará em discussão. pág. 12

completando um ano, o movimento "Deixa o Sol entrar" prepara novas ações para que o governo mu-nicipal tome as providências necessárias para a Praia do Pecado não ficar literalmente nas sombras. O caso coloca em discussão a legislação em vigor através do Código de Urbanismo de Macaé que permite a construção de prédios altos próximos a praia. pág. 10

Projeto propõe horário especial nas agências

Nova pesquisa da UFRJ aponta degradação

Recentemente, um levantamento realizado por pesquisadores do NUPEM/ UFRJ-Campus Macaé, IFF-Macaé, LCA/UENF e Labtox mos-trou indícios do comprometimento da foz do rio Macaé. O estudo realizado entre 2009 e 2010 teve como principal objetivo avaliar a qualidade ambiental do estuário (foz) do Rio Macaé. pág. 8

WANDERLEY GIL

Comércio prevê aumento nas vendas

Preço do tomate chega a R$ 8,00 em Macaé

Movimento busca mudança em gabarito

Além de registrar um “boom” na principal fonte de renda do mercado interno de Macaé, a presença de representantes das empresas de diversos locais do Brasil e do mundo im-pulsiona o faturamento de outros segmentos da economia macaense. Com o comércio não é diferente. A expectativa de grande parte dos lojistas é que a Brasil Offshore faça com que o fluxo de pessoas aumente e, com isso, as ven-das subam significativamente. pág. 6

Produção afetada pelas chuvas chega à mesa do consumidor macaense com um aumento expressivo pág. 6

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2 MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013

CidadeNOTA

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SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAA seguir, as principais notícias veiculadas na edição extra de número 167 do jornal O DEBATE, que circulou entre os dias 19 a 20 de julho de 1980.

IFF oferece vagas para professor substituto e temporário

INSS de Macaé registra problemas

Câmara mantém vetos do prefeitoEnergia solar, a vantagem da economia

“O assunto hoje é energia solar”. Assim iniciou a reportagem de Maria Luiza com o Sr. Luiz Tausch, brasileiro, paulistano, filho de austríaco e alemã, vivendo primeiro em São Paulo e depois em Blumenau.

* * *Presidente do CEP contesta vereador que defendeu prefeito

Referindo-se ao pronunciamento do vere-ador Cristovam Barcellos, feito na Câmara municipal em defesa do Prefeito Carlos Mus-si, quando este era criticado pelo vereador Ivair Simões, o professor Ricardo Meirelles, presidente do Centro Estadual de Profes-sores (CEP) Núcleo Macaé, dirigiu carta aberta ao edil explicando as razões da luta de classe.

* * *Provas para IBGE começam dia 21

Serão realizadas a partir da próxima se-mana, em todo o Estado do Rio de Janeiro, as provas de seleção dos candidatos a re-censeador, informou o IBGE.

* * *Em fase de conclusão o hangar da VOTEC

Encontra-se em fase de conclusão, com inauguração prevista para os próximos 30 dias, o hangar da VOTEC junto ao Aero-porto de Macaé.

* * *Povo reclama do pão

mais caro e SUNAB não atende telefone

Dezenas de pessoas têm comparecido na redação de O Debate reclamando do preço do pão, que foi elevado para Cr$ 5,00, e tam-bém da SUNAB, que não atende os telefones 262-0168 e 262-0797, este, constantemente ocupado.

em votos secretos, a maioria do parlamento municipal aprovou ontem a manutenção de to-dos os vetos a emendas apresentadas por vere-adores ao projeto de lei que estabeleceu, a partir

do dia 1º do mês passado, o subsídio da tarifa do transporte público, criando assim a passagem a R$ 1,00. Mesmo com a argumentação dos par-lamentares autores das propostas.

o instituto federal Fluminense (IFF) está com inscrições abertas para a contratação de Pro-fessor Substituto e Temporário. As oportunida-des são para os campi Bom Jesus do Itabapoana, Campos-Centro, Macaé, Quissamã e Itaperuna.

As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de abril, das 8h às 18h, mediante entrega de docu-mentação em qualquer campus do IFF e paga-mento da taxa de inscrição no valor de R$ 25,00. E os interessados na isenção da taxa de inscrição, deverão fazer o requerimento até hoje, dia 4, di-retamente no protocolo do campus de interesse, mediante requerimento, com a apresentação dos documentos exigidos.

De acordo com o edital, para Professor Tem-porário são oferecidas 13 vagas em diversas áreas como Biologia, Eletroeletrônica, Física, Libras, Telecomunicações, entre outras. E para Professor Substituto são oferecidas quatro va-gas para as áreas de Eletrotécnica, Informática, Mecânica e Química.

o número reduzido de profissionais para atendimento e uma série de problemas regis-trados na infraestrutura da agência do Insti-tuto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Macaé tem gerado uma série de denúncias por parte dos usuários que buscam atendi-mento. Mesmo com o agendamento dos ser-viços, filas e muito tempo de espera ainda fazem parte da rotina dos beneficiários.

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MACAÉ, TERÇA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2012 3

Política Rodada de Negócios é um dos maiores atrativos para as empresas que participam da Brasil Offshore

NOTA

Governo prepara setores para a Brasil Offshore

INTERNACIONAL

Linhas de transporte público especial, reforma do Centro de Convenções e simulados fazem parte do planejamento para atender empresas e visitantesMárcio [email protected]

Em pouco mais de dois meses, e como aconte-ce há 12 anos, Macaé se

transformará na Capital Mun-dial do Petróleo, atraindo os olhares e o interesse de empre-sas, comitivas governamentais e profissionais da indústria do petróleo que migrarão para o município com o objetivo de participar da nova edição da Brasil Offshore.

Porém, antes do Centro de Convenções Jornalista Rober-to Marinho receber o público estimado em mais de 50 mil pessoas, em cada um dos qua-tro dias de realização do evento, a cidade precisa passar por um processo de ajustes, essencial a atender as movimentações que modificam, por completo, a já atípica rotina.

Alguns procedimentos já estão sendo adotados pelo go-verno, com objetivo de mitigar problemas, amenizar impactos e atender da melhor forma os representantes das empresas que possuem potencial para aplicar novos investimentos no município que possui um dos mais consolidados parques empresariais do Rio de Janeiro, polo dos municípios beneficia-dos pela exploração do petró-leo e capaz de oferecer um dos mais propícios e interessantes

ambientes de negócios do país.Segundo a equipe da secre-

taria municipal de Desenvolvi-mento Econômico, atualmente a infraestrutura do Centro de Convenções, construído espe-cialmente para ser a casa da Brasil Offshore, está passando por manutenção.

O trabalho é executado pela empresa responsável pela cons-trução recorde da estrutura. Procedimentos como a troca do gradil lateral de proteção do Centro, além da pintura da

estrutura que protege a parte da frente do espaço, estão em andamento.

Na parte interna, todo o sis-tema de iluminação está sendo trocado e novamente fixado no teto da estrutura que também recebe reparos após a identifi-cação de goteiras.

Banheiros e todo o sistema de esgotamento sanitário do Cen-tro também passa por reformas, alguns pontos estão sendo mo-dificados devido a ampliação, em 10%, do espaço destinado

aos expositores, para a coloca-ção dos estandes.

A proposta é garantir maior segurança aos expositores e aos visitantes que irão participar do evento. De acordo com o prefei-to Dr. Aluízio Júnior (PV), essa será a maior edição de todos os tempos da Brasil Offshore.

"Estamos arrumando a casa, preparando a cidade para rece-ber as empresas e os visitantes que pretendem participar dos quatro dias de evento", afirmou Dr. Aluízio.

WANDERLEY GIL

Centro de Convenções passa por reformas para garantir segurança do evento, em junho

Linhas especiais e simuladosum dos principais desafios para a administração munici-pal para garantir a realização da maior edição da história da Brasil Offshore é amenizar os impactos gerados no trânsito, em virtude do deslocamento das pessoas que migram da área sul da cidade, onde está situa-da a rede hoteleira, em direção ao norte do município, local do Centro de Convenções.

Nesta semana, o governo re-alizará testes na proposta apre-

sentada para utilizar, de forma eficiente, o transporte coletivo.

A proposta visa implantar linhas especiais e específicas para a feira, a partir da cria-ção de pontos de embarque e desembarque de passageiros que serão disponibilizados aos profissionais que atuam nas empresas situadas na região do Polo Offshore, situado no Novo Cavaleiros e Granja dos Cava-leiros, além do Parque dos Tu-bos, em Imboassica. Cabiúnas

também deve integrar a rota especial.

A proposta é evitar o desloca-mento de veículos até o Centro de Convenções. Para isso, o pre-ço cobrado nos estacionamen-tos que serão criados ao redor do Centro de Convenções, as-sim como no Parque de Expo-sição Latiff Mussi, será caro.

Além do transporte e do trân-sito, a segurança dos visitantes e expositores também está sendo planejada pelo governo.

Nesta semana, simulados de atendimento de emergências também serão realizados, atra-vés da atuação das secretarias de Mobilidade Urbana e Saúde, com apoio da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Outras instituições ligadas a segurança, como as Polícias Civil e Federal, além da Delegacia da Capitania dos Portos também serão convi-dados para o exercício.

Outras atividades estão sendo planejadas.

Evento atenderá público técnicoprincipal interessado nas movimentações geradas pe-la Brasil Offshore, o público técnico é o foco principal do planejamento que está sendo organizado pelo governo.

Algumas novidades estão sendo planejadas pela organi-zação, como a gratuidade para a participação da Conferência Internacional, um dos princi-pais pontos da programação do evento.

A proposta é oferecer às em-

presas e profissionais a oportu-nidade de acompanhar as dis-cussões relativas a dinâmica do mundo do petróleo, abordada por palestrantes convidados a participar da programação.

As informações apresentadas pelo governo visam incentivar a participação das pessoas envol-vidas com a dinâmica de produ-ção de petróleo em Macaé.

O planejamento foi apresen-tado pela equipe da secretaria de Desenvolvimento Econô-

mico a representantes do setor empresarial, que participam da Comissão Municipal da Firjan, durante a reunião mensal do conselho, realizada na última quarta-feira (2).

Segundo o governo, a Brasil Offshore será uma oportuni-dade de apresentar também Macaé de uma outra forma, um modelo não conhecido pe-las pessoas que participam das movimentações da indústria do petróleo.

Outros setores como o poten-cial turístico da cidade, além dos índices positivos apresen-tados por setores que contri-buem com a qualidade de vida da população, também serão expostos no estande da Prefei-tura, situado logo na entrada do pavilhão principal do Centro de Convenções.

Um gabinete oficial será mon-tado no local para o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV), que deverá receber autoridades.

WANDERLEY GIL

Feira terá como foco atrair público técnico que participa das atividades da indústria do petróleo em Macaé

PONTODE VISTA

Se no cenário político munici-pal o clima anda em banho-maria porque ainda é cedo para analisar medidas mais relevantes e de gran-de interesse da população que vai ser refletida até os 180 dias serem completados, no cenário estadual a “guerra sucessória” já anda fa-zendo vítimas e no plano federal, estão criadas muitas expectativas. A primeira delas é a publicação do acórdão do julgamento do processo do mensalão, já atrasado, fazendo os advogados de defesa, tenta-rem recursos de todas as formas e meios para atrasar ainda mais o processo até que um novo ministro seja nomeado pela presidente Dil-ma Rousseff para substituir Carlos Ayres Brito. Mas, se depender do ministro Joaquim Barbosa, presi-dente do Supremo Tribunal Federal (STF), o rigor da lei será respeitado porque ele sente que a população deseja ver resultados e não aca-bar em pizza o maior julgamento da história feito pela Corte. Outra expectativa que também incomoda é o “estrago” que a nova legislação sobre as empregadas domésticas está causando. Embora os políticos não sintam o calor da panela de pressão porque vivem em Brasília, conhecida como a ilha da fantasia, o benefício que achamos ser mais do que justo para as trabalhadoras, tenha transformado o cenário nos lares brasileiros em um verdadeiro caos. Ao comparar a família como

uma empresa, as demissões vão ocorrendo e o papel de diaristas ganha um novo status, ou seja, em vez de trabalhar apenas em uma casa de família, a empregada do-méstica terá que se inscrever como Micro Empresário Individual (MEI), pagar seus próprios impostos e, diversificar as residências onde vão trabalhar. Tudo isso ainda vai dar panos para manga porque até o auxílio-creche para as domésti-cas - que dependem da existência de creches para deixar os filhos enquanto trabalham - assegurado pela emenda constitucional das do-mésticas ampliando os direitos tra-balhistas para a categoria, quem vai arcar com mais esse custo? Todos aguardam a regulamentação dos novos direitos como FGTS obriga-tório, adicional noturno, seguro-de-semprego, salário-família e seguro contra acidente de trabalho, além de jornada de oito horas diárias e 44 semanais, e pagamento de hora extra, com remuneração de 50% sobre o valor da hora normal, para o que exceder. Sem falar, ainda, na possível onda de ações trabalhistas que deverão ser desencadeadas no Ministério do Trabalho. Dito isso, o que, aliás, virou assunto prioritá-rio nas rodas de conversas, só nos resta torcer para que Dr. Aluízio cumpra uma de suas promessas de campanha que é a de construir uma creche em cada bairro, projeto que, até agora, não saiu do papel.

Não vamos cansar aqui de re-gistrar a necessidade do governo de mudanças, assim denominado o processo político desencadeado lá atrás por Dr. Aluízio para tirar Macaé do caos em que se encontra e estava afundando cada vez mais, algumas reivindicações da popula-ção que está cansada de promessas e nada mais. A cidade que inchou com o crescimento desordenado e a onda de invasões que ainda con-tinua acontecendo “nas barbas” de órgãos públicos responsáveis para impedir este tipo de ação, está atola-da num verdadeiro mar de esgoto a céu aberto por falta de saneamento básico, bandeira principal do atual governo que estabeleceu o prazo de um ano para colocar rede de esgoto em todos os bairros e água nas tor-neiras das comunidades que vivem na periferia porque a administração pública não foi capaz de oferecer habitação regular para as milhares de pessoas que chegaram a Macaé em busca de uma oportunidade. Se algum técnico da prefeitura “mer-gulhar na história” e pesquisar vai encontrar, no início da década de 60, as ações de ocupação irregular, combatida inicialmente no pontal da Barra de Macaé mas permitida nos dois lados da rodovia Macaé-Campos (RJ-106), que se transfor-mou primeiro na Barra propriamente conhecida, Brasília, Nova Brasília, Fronteira, Ilha da Fumaça depois ba-tizada de Nova Holanda, Malvinas, Nova Malvinas, Nova Esperança...

e por aí vai a lista sem falar na en-costa do Morro de Santana onde já ocorreu deslizamentos com mortes mas continua a permissividade de construção na encosta de onde era um dos cartões postais de Macaé. Se em 2004 o déficit habitacional era de 10 mil unidades, hoje esta necessidade alcança mais de 20 mil e enquanto não se planeja a oferta e construção de novas moradias, a especulação imobiliária continua elevando estratosfericamente os va-lores de imóveis, mesmo em bairros não “legalizados” pelo poder público. Mas, vamos lá. Agora, com um grupo da Petrobras fazendo parte do gover-no municipal (já dizem por aí que a nossa Macaé virou a Macaébras), poderíamos pensar que tudo ficaria mais fácil, não? Se os tecnocratas não planejarem viadutos na extensão da rodovia RJ-106 entre Macaé e Rio das Ostras, como também no lado norte em direção a Cabiúnas, não insistirem em construir a nova pista do aeroporto de 2.100 metros para a qual a prefeitura já doou a área, em criar polos ou zonas especiais para diversificar a economia, despoluir a lagoa de Imboassica (Carlos Minc prometeu R$ 25 milhões do FECAM para o projeto), construir escolas que possam atender em tempo integral, diminuir o impacto da imobilidade urbana além de mudar as regras do jogo do SIT e parar de pagar subsí-dios, se não forem tomadas medidas urgentes, vamos continuar enfren-tando os mesmos problemas.

A LLX, do empresário Eike Batista, que está construindo um superporto em Açu, município de São João da Barra e que deveria entrar em funcio-namento este ano mas teve o prazo adiado para 2014, se não apressar o ritmo, pode fazer água. Pelo menos é o que indica a Bolsa de Valores com a enorme queda das ações do grupo EBX, principalmente a OGX, que pas-sou a viver o pior momento com queda de 90% em 12 meses. A conferir.

Com o fim das auditorias feitas nas obras e contratos realizados na gestão anterior, a Delta Construções também vai desmontar o can-teiro de obras da urbanização da Praia de Imbetiba. Os moradores receberam quase que, com fogos, a decisão do prefeito em refazer o projeto que estava indo na contramão dos anseios da população. A Delta Construções está fora do governo.

O caderno Prosa, que circulou ontem no O Globo, dedica nada mais nada menos do que quase três páginas ao filósofo macaense Claudio Ulpiano. A família vai lançar livro inédito que dedica grande parte a Gilles Deleuze. Sob o título de A Grande Aventura do Pensamento, a obra lançada pelo Centro de Estudos Claudio Ulpiano da Funemac, vai custar R$ 58,00.

Enquanto isso... Lá no Maranhão, o Ministério Público Federal, pro-pôs ação de improbidade contra o ex-presidente e o ex-diretor da Fundação José Sarney, acusados de cometer irregularidades na aplicação de recursos. De acordo com MPF, houve prejuízo de R$ 298 mil aos cofres públicos, dos R$ 1,3 bilhão doado pela Petrobras para financiar exposição permanente.

Até domingo.

PONTADAS

Expectativa geral

Olhar o futuro* * *

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4 MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Apesar de estar situada no epicentro das operações offshore do Brasil, Macaé ainda não adquiriu o res-peito a que tem de direito.

A execução, em massa, operada pelo sádico, psicopata e cruel Adolph Hitler nos anos 1930/1940, quando ordenou a matança de milhões de judeus e de outras minorias pode, sem qualquer dúvida, ser comparada com o que fizeram e estão fazendo com os moradores do Morro do Bumba

Respeito ao povo

Holocausto do Bumba

Ao ser uma das cidades que mais registra a uti-lização de tecnologias

avançadas, que interliga bases operacionais situadas a quilô-metros, e léguas, de distância, o município ainda sofre com problemas bem mais simples que as operações registradas na Bacia de Campos.

Ao viver as expectativas de registrar a ampliação da extra-ção do petróleo em camadas si-tuadas a mais de sete quilôme-tros da superfície do mar, ação que demanda um conhecimen-to científico fora do comum, o município registra problemas que impedem uma comunica-ção simples e limpa através de aparelhos celulares.

Apesar da reclamação de to-dos os usuários de quase todas as operadoras de telefonia mó-vel, o município ainda não ad-quiriu o respeito pelas empre-sas que registram lucros anuais absurdos, mas que não respei-tam a demanda necessária da população envolvida na maior atividade econômica do país.

A dificuldade no acesso ao serviço, gerada a partir de pro-

blemas como falhas no sinal das redes, interferências nas li-gações e a complicações na re-alização das chamadas são fato-res relacionados pelos usuários que registram suas denúncias e insatisfações no Procon, solici-tando a aplicação do Código do Consumidor.

A atuação do órgão máximo responsável por acompanhar a exploração do serviço, a Agên-cia Nacional das Telecomuni-cações (Anatel), é fundamental para garantir que investimentos sejam aplicados para o funcio-namento adequado do serviço.

Não dá mais para aceitar que Macaé seja vista como uma cidade de importância secun-dária. A dependência de quase todas as atividades econômicas realizadas no município dian-te da utilização dos chamados sistemas sem fios é primordial para o equilíbrio econômico do país.

O respeito aos cidadãos e aos usuários deve ser prioridade nessas discussões que devem esquentar a partir do posiciona-mento registrado nesta semana na Câmara de Vereadores.

A execução, em massa, operada pelo sádico, psicopata e cruel Adol-

ph Hitler nos anos 1930/1940, quando ordenou a matança de milhões de judeus e de outras minorias pode, sem qualquer dúvida, ser comparada com o que fizeram e estão fazendo com os moradores do Morro do Bumba que perderam suas vidas e os sobreviventes que estão alojados no 3º Regimento de Infantaria, em São Gonçalo, esperando pelas construções de moradias que lhes foram prometidas.

Naquele tempo de Hitler, víti-mas eram queimadas e asfixia-das inteiramente, sem piedade, durante a sua ditadura. Quando o mundo tomou conhecimento daquela barbárie, já era tarde, a crueldade já havia ocorrido e não houve qualquer distinção entre os seres humanos que o louco ditador resolveu exter-minar. Eram pessoas de todas as idades, idosos, crianças, ci-ganos, homossexuais, todos, perseguidos durante o nazismo. Antes mesmo de começar o seu julgamento, Hitler apareceu morto!

Recentemente, precisamente em 2010, ocorreu a já conhecida catástrofe do Morro do Bumba, em Niterói, quando centenas de pessoas morreram pela inércia e desproteção que o poder pú-blico da cidade exercia. Uma vergonha inigualável. Pior, ne-nhum gestor público foi punido. Muito pelo contrário, termina-ram seus mandatos tranquilos, morando bem, viajando para o exterior a fim de um bom des-canso e, pasmem, todos acredi-tando que os moradores da área atingida, que ainda estão vivos, deveriam ser protegidos.

Então, qual é a diferença en-tre aquela situação de horror e essa que vivemos aqui, agora, em Niterói? Nenhuma. Deixa-ram famílias inteiras morando em área de risco, sem qual-quer proteção e, aconteceu o que todos já sabiam, o que era esperado. Morreram centenas de pobres inocentes e os so-

breviventes estão a quase três anos aguardando a construção dos prédios que lhes serviriam de moradias. Eis que, laudos técnicos confirmaram que as construções dos edifícios estão sobre terrenos afundados e com rachaduras generalizadas. Con-cluíram pela demolição de dois prédios, mas, ninguém até ago-ra informou quem pagará pelos prejuízos que foram causados.

A verdade é que, a Caixa Econômica Federal aprovou o projeto e liberou parte dos 22 milhões que estão sendo destinados à Imperial Cons-truções Ltda. que é a autora dessas obras dos prédios que estão caindo. Antes, felizmen-te, dos 268 desabrigados que estão vivendo como “animais” no Regimento de Infantaria de São Gonçalo, irem para lá. Ve-jam bem, desses 268 atingidos, existem 144 crianças. E quando os gestores públicos são per-guntados sobre quais serão os destinos de toda essa gente, eles respondem: estamos providen-ciando uma solução adequada para o caso. São aquelas coisas de pessoas sem quaisquer res-ponsabilidades que deveriam receber punições severas.

O que os gestores públicos de Niterói promoveram e con-tinuam promovendo, tem quase a mesma conotação das atitudes de Hitler, pois, atingiram pesso-as que também não têm como se defenderem. Seriam encami-nhadas como “bois” em direção aos matadouros e não voltariam vivas. Pura covardia. Até quan-do veremos posicionamentos escabrosos como esses? Quem pagará por essas irresponsabi-lidades de matanças de seres humanos inocentes? Quem aprovou o projeto, quem libe-rou as verbas e quem fiscalizou as obras? É muita gente que de-veria estar “em cana”, há muito tempo.

O problema não é o que eles fazem, é o que deixamos eles fazerem!

Célio Junger VidaurreAdvogado e cronista político

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TELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2762-0820DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2759-1312DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2759-0698DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058

Offshore IPara garantir a realização da maior edi-

ção da história da Brasil Offshore, o gover-no tem adotado uma série de medidas com objetivo de “arrumar a casa”. O Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho passa atualmente por um processo de re-forma, executado pela mesma empresa responsável pela construção recorde da estrutura. Toda a preparação para receber as empresas e os visitantes conta com um aparato especial.

Offshore IIO prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) terá

um gabinete para trabalhos dentro do Cen-tro de Convenções, no estande da prefeitu-ra, durante os quatro dias de realização da feira. O espaço será destinado para receber autoridades. Porém, a expectativa é que o lí-der do executivo utilize pouco o espaço. Ao adotar uma postura diferenciada de gover-nar a cidade, Dr. Aluízio pretende manter as rondas diárias feitas em diversos bairros e comunidades do município.

Offshore IIIO governo antecipou também que o esta-

cionamento para veículos ao redor do Cen-tro de Convenções será caro. O objetivo é incentivar os visitantes a seguir para a Brasil Offshore utilizando transportes de massa. Linhas especiais, com coletivos refrigerados, serão implantadas, com pontos situados em Imboassica, Novo Cavaleiros e Cabiúnas. Os empresários e profissionais serão orientados a utilizar o transporte especial.

Offshore IVFaltando pouco mais de dois meses para a

realização da feira, a Brasil Offshore já mexe com o comportamento de alguns serviços da cidade. Contratações extras estão sendo feitas por hotéis, bares e restaurantes, pa-ra atender a demanda de cerca de 50 mil pessoas, público estimado para circular, por dia, no Centro de Convenções. A disponi-bilização de veículos para aluguel também está sendo ampliada por lojas especializa-das no setor.

AmbienteMembros da Câmara Temática sobre

Meio Ambiente da Comissão Municipal da Firjan deverão buscar contato, nos próximos dias, com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores, pa-ra discutir questões relativas a visitação às ilhas do Arquipélago de Santana. Pontos como a preservação do ecossistema local, e a exploração turística sustentável das praias, serão abordados pelos represen-tantes das duas instituições.

ImprudênciaSem a presença de agentes de trânsito,

motoristas furam o sinal situado no cru-zamento entre a rodovia Amaral Peixoto e a avenida Fábio Franco. A imprudência é ainda mais grave devido ao tráfego intenso de carros, principalmente nos horários de rush. O desrespeito à travessia de pedestres também é comum no local. A sinalização deveria ser respeitada pelos condutores, po-rém, as infrações são comuns e recorrentes.

FiscalizaçãoA equipe da subsecretaria municipal de

Posturas deve intensificar a fiscalização diante de uma prática comum na cidade, a ocupação do passeio público através do despejo de materiais de construção e en-tulhos gerados pela construção civil. Em cidades como Rio das Ostras, o procedi-mento gera multa aos proprietários dos imóveis. O procedimento é fundamental para garantir o ordenamento da cidade, além de garantir respeito ao cidadão.

VacinaçãoComeça dia 15 de abril a Campanha Nacio-

nal de Vacinação contra a Gripe, que acontece até o dia 26 de abril. A Prefeitura participa da programação e o dia “D” de mobilização nacional será no dia 20. A iniciativa busca reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos prioritários. A secretaria de Saúde se prepara para participar da campanha.

ImboassicaEm operação desde o final de março, a Esta-

ção de Tratamento de Esgoto (ETE) do Mutum beneficia a Lagoa de Imboassica, que deixa de receber dejetos de localidades já interligadas à ETE. A bacia do Mirante da Lagoa envia os resíduos para a ETE, com eficiência superior, no início da operação, de 90%. Porém, para que a emissão de poluentes no recurso hídrico seja reduzido a 0%, mais investimentos em sanea-mento básico precisam ser aplicados.

A remoção da Rodoviária de Macaé do centro da cidade é uma das principais medidas que devem ser adotadas para amenizar os impactos ao trânsito. Ao registrar a circulação de cerca de um milhão de passageiros por ano, o espaço não comporta mais a demanda de usuários. A circulação dos coletivos que atuam no transporte intermunicipal também acaba gerando impactos ao tráfego de veículos.

NOTA

Prefeitura realizou nesta nova contratação de professores para a educação

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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2012 5

PolíciaLAGOMAR

Polícia prende oito suspeitos em menos de duas horas de operaçãoAções para o combate ao tráfico de drogas tiveram início na manhã de sábado (6). Foram encontradas drogas e armamentoBertha [email protected]

Em menos de duas ho-ras do início da ope-ração de combate ao

tráfico de drogas no Lago-mar, pessoas com suspeita de ligação com o tráfico foram presas. Este foi o balanço di-vulgado pelo 32º Batalhão de Polícia Militar.

As ações que contaram com o apoio das equipes do Servi-ço de Inteligência da PM (P2) e do GAT (Grupo de Ações Táticas), tiveram início às 11 da manhã deste sábado (6). O ponto de partida das equi-pes, segundo o comandante do 32º BPM, tenente-coronel Ramiro de Oliveira Campos, foram denúncias partidas de pessoas que moram dentro da comunidade.

De acordo com o coman-dante, as informações eram de que no local haveria um baile funk com venda de entorpecentes na noite deste sábado (6).

“Moradores me procuraram na sexta-feira (5) para denun-ciar as ações criminosas dentro da comunidade do Lagomar. Estive no local com eles para identificar possíveis locais que serviriam de esconderijo para bandidos, bem como para rea-lização de bailes funks e venda de drogas. Desta forma, inicia-mos a operação para sufocar e exterminar qualquer ato ilíci-to dentro naquela localidade", pontuou Ramiro.

Os primeiros suspeitos a se-rem capturados foram um jo-vem de 18 anos e Renato Silva Alves, 23 anos. De acordo com informações da polícia, eles ten-taram fugir em uma moto rou-bada quando avistaram a guarni-

ção e na perseguição acabaram colidindo com a viatura, na Rua W 14. Com os dois, os militares encontraram uma pistola 9 mi-límetros, de uso exclusivo das Forças Armadas da Argentina, com seis munições intactas.

Minutos depois, os policias encontraram seis jovens, três deles menores de idade, em

KANÁ MANHÃES

As ações no Lagomar contaram com o apoio das equipes do Serviço de Inteligência da PM (P2) e do GAT (Grupo de Ações Táticas)

um local que serviria como um provável ponto de ven-da de drogas, localizado na Travessa 28. Duas jovens de 19 anos, uma delas conheci-da como "Carolzinha do Pó", um homem conhecido como "Cachaceiro" e os outros três menores, foram presos em fla-grante com 60 pedras de cra-

ck e 10 papelotes de cocaína.O envolvimento de mulheres

no tráfico em Macaé tem sido crescente. De acordo com in-formações da polícia, umas das mulheres presas na operação se-ria chefe do tráfico na Travessa 28 e estaria com o filho de dois anos no momento de sua prisão.

A criança ficou sobre a

guarda da tia. "A minha indignação é de as

mulheres estarem largando seus lares para assumir o tráfico de drogas. É repudiante esta meni-na estar em um local desses junto com uma criança. Eu fico me per-guntando qual será o futuro deste menor", indagou Ramiro Campos.

A operação no local acon-

tece por tempo indetermi-nado. Todos os suspeitos foram conduzidos à 123a Delegacia Policial de Macaé (DP), onde ficaram presos, com exceção dos menores de idade que foram encaminha-dos para o CRIAM, em Ma-caé, instituição que cuida de jovens infratores.

Pássaros apreendidos são devolvidos à naturezaCAÇA

pássaros apreendidos ou entregues voluntaria-mente foram soltos em seu habitat natural na mata do Parque Atalaia, em Macaé, na quinta-feira (4). A de-volução deles à natureza contribuirá para o repovo-amento de aves na região serrana do município. A soltura foi feita por agentes da Guarda Ambiental e bi-ólogos da Secretaria Muni-cipal de Ambiente (Sema) e acompanhada pelo vice-prefeito, Danilo Funke.

Foram soltos os seguintes pássaros: canário-da-terra-verdadeiro(Sicalis flaveo-

Ação foi realizada pela equipe da Guarda Ambiental no Parque Atalaia

la), coleirinho (Sporophila caerulescens), sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca) e dois periquitos-maraca-nã jovens (Aratinga leuco-phthalma), que nasceram em cativeiro e passaram por período de observação em viveiro adequado, na base da Guarda Ambiental, em Morro Grande.

Até serem soltos, esses pássaros passaram por qua-rentena na Guarda, período em que receberam alimen-tação adequada e avaliação técnica. Eles foram levados para o parque em gaiolas, que foram destruídas logo após a soltura.

Um coleirinho não po-de ser solto, pois está na fase de muda da penagem e continua recebendo os cuidados de técnicos da

Sema e da Guarda até que esteja pronto para voltar ao seuhabitat natural. As aves que foram soltas se adapta-ram bem, já que no local as equipes da prefeitura dispo-nibilizaram frutas e alimen-tos comuns a cada espécie.

A caça e comercialização ilegais de animais silvestres têm prejudicado a repro-dução das espécies no mu-nicípio. Como são crimes ambientais, foram intensi-ficadas as ações de comba-te conforme a Lei Federal 9.605/1998. Quem tiver denúncia sobre animais mantidos em cativeiro de-ve entrar em contato com a Guarda Ambiental pelo celular (22) 9701.9770 ou com a Sema pelos telefones (22) 2762.4802/ 2759.9487 e 2796.1380.

SECOM

Ação representa respeito a proteção do meio ambiente

Menor que vendia drogas é apreendidoBARRETO

as operacões para sufocar o tráfico de drogas e dimunir os índices da criminalidade em Macaé estão surtindo efeito. A Polícia Militar ocupou a ci-dade há cerca de um mês, com

De acordo com a polícia, ele estava com 17 buchas de maconha e 14 pedras de crack

operacões que vão desde mon-tagem de barreiras em pontos estratégicos, como incursões em comunidades.

E foi em uma dessas ativi-dades, que os policiais do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), apreenderam um me-nor, suspeito de atuar no tráfico de drogas no Barreto.

Com ele foram encontradas, 17 buchas de maconha e 14

pedras de crack, além de um celular da marca Samsung e 11 reais em espécie. O menor foi encaminhadado junto com o seu responsável para a 123ª De-legacia Policial de Macaé (DP), onde foi autuado e apreendido no art. 33 da lei 11.343/06 (tráfi-co de entorpecentes). Ele agora aguarda sua transferência para o CRIAM, instituicão que cuida de menores infratores.

DIVULGACÃO P2

O menor foi autuado e apreendido por tráfico de entrorpecentes e transferido para o CRIAM

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6 MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 ABRIL DE 2013

Economia Prefeito se reúne com lojistas do município Dr. Aluízio esteve reunido na noite desta quinta-feira (5)

NOTA

Vendas no comércio devem aumentar até 20% com a feira

BRASIL OFFSHORE

Comerciantes comemoram evento e afirmam que fluxo sobe significativamente

Patricia [email protected]

Além de registrar um “boom” na principal fonte de renda do mer-

cado interno de Macaé, a pre-sença de representantes das empresas de diversos locais do Brasil e do mundo impulsiona o faturamento de outros segmen-tos da economia macaense.

Com o comércio não é dife-rente. A expectativa de grande parte dos lojistas é que a Brasil Offshore, realizada entre os dias 11 e 14 de junho, faça com que o fluxo de pessoas aumente e, com isso, as vendas subam sig-nificativamente.

“Essa época é ótima para as ven-das. Geralmente, temos um aumen-to de 15% a 20% e acabamos con-tratando temporários para atender a alta demanda”, afirma Gil Max Silva, gerente da loja Di Santini.

Vilma Cavalcante, subgeren-te da South, espera que o mo-vimento melhore bastante, já que, segundo ela, os dois últi-mos meses têm sido bem fracos. “A tendência é de aumento das vendas, porque teremos mais pessoas de fora na cidade.”

Além da Brasil Offshore, Le-liane dos Santos, vendedora da Taco, lembra que os dias da feira caem na mesma semana do Dia dos Namorados, época em que as vendas já costumam

aumentar. “Esse período de-ve ser ótimo, porque teremos o evento do petróleo, quando milhares de pessoas virão para cidade, e o Dia dos Namorados, que já vendemos muito bem. Provavelmente, iremos contra-tar cerca de três funcionários para essa semana.”

Já o subgerente da Rebrum, Marlon de Oliveira, afirma que a quantidade de vendas não muda muito. “Claro que a fre-quência é bem maior, mas aqui no calçadão nossas vendas não aumentam tanto. As vendas no shopping devem melhorar, porque as pessoas que vêm pa-ra a Brasil Offshore frequentam mais o shopping.”

KANÁ MANHÃES

Comércio tem expectativa positiva em relação à Brasil Offshore

Chuvas afetam produção e fazem preços do tomate dispararALIMENTOS

os consumidores que foram aos principais supermercados de Macaé nesta semana senti-ram uma grande diferença nos preços do tomate. A equipe do jornal O DEBATE foi a alguns supermercados da cidade e se deparou com valores altíssimos, de tirar o fôlego da clientela.

“Na semana passada com-prei tomate por menos de R$ 6,00 o quilo e agora o preço já está a mais de R$ 8,00. Além do tomate, a cebola e a batata também estão bem mais caras. Até outro dia, comprávamos esses itens por pouco mais de R$ 1,00 e hoje estão quase a R$ 4,00”, reclama a dona de casa Judith Soares.

Como o tomate é um alimen-to bastante utilizado diariamen-te pela maioria das famílias, es-te preço assusta e preocupa os clientes, que se perguntam até quando o produto permanecerá com este valor.

“Está realmente muito caro. As pessoas estão até publicando brincadeiras no Facebook rela-cionadas a esse aumento signi-ficativo do tomate”, conta o en-genheiro Pedro Nogueira. Nas

Em uma semana, produto sobe de R$ 6,00 para R$ 8,25 e preocupa consumidores

redes sociais, diversos usuários estão publicando fotos ilustra-tivas do tomate ao lado de uma carteira e um ladrão pedindo para “passar o tomate”, suge-rindo que o produto vale mais do que a carteira.

No Hortifruti, o preço do to-mate ainda não subiu tanto e está na casa dos R$ 6,99. Já no Econômico Supermercado, o valor foi para R$ 8,25, preocu-pando os consumidores. “Espe-ro que não demore muito para

CRÉDITO

Preço do tomate chega a R$ 8,25 e assusta consumidores

voltar ao preço normal. Está muito caro, fica complicado comprar e ficar satisfeito”, disse a dona de casa Daniela Souza.

Josemar, subgerente do Eco-nômico, afirma que o aumento

é devido ao mau tempo. “Está chovendo muito e, por isso, a produção acaba sendo afetada. Todos esses itens têm relação direta com o clima. Quando chove muito, a produção cai

e o preço aumenta por conse-quência. O tomate já chegou a R$ 10,00. Agora até diminuiu um pouco. Assim que o tempo melhorar, os preços devem nor-malizar”, garante.

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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013 7

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8 MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013

GeralESTUDOS

UFRJ divulga nova pesquisa sobre condições do Rio MacaéArtigo aborda as emissões naturais e antrópicas de nitrogênio, fósforo e metais para a Bacia do Rio Macaé Juliane [email protected]

Recentemente, um le-vantamento realizado por pesquisadores do

NUPEM/ UFRJ-Campus Ma-caé, IFF-Macaé, LCA/UENF e Labtox mostrou indícios do comprometimento da foz do rio Macaé. A pesquisa realizada en-tre 2009 e 2010, cujos dados fo-ram divulgados na revista cien-tífica Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology (vol. 90 nº 1), teve como princi-pal objetivo avaliar a qualidade ambiental do estuário (foz) do Rio Macaé por meio de ensaios ecotoxicológicos.

Após essa publicação, outra pesquisa desenvolvida pelos professores Mauricio Mussi Molisani e Franscisco de Assis Esteves do NUPEM - Universi-dade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Campus Macaé Profes-sor Aloísio Teixeira, entre outros pesquisadores, também ganhou espaço no meio científico, e se relaciona com o trabalho ante-rior, pois indica possíveis causas do comprometimento da quali-dade das águas do rio Macaé.

O professor Maurico explica que o artigo divulgado recente-mente no periódico científico, Química Nova (v. 36 nº 1, p.27-33, 2013) aborda as emissões natu-rais e antrópicas de nitrogênio, fósforo e metais para a Bacia do Rio Macaé e a relação com as ati-vidades de exploração de Petró-leo e Gás na Bacia de Campos.

Segundo o docente, a qualida-de da água do rio Macaé pode ser representada pela sua com-posição química que é deter-minada por processos naturais, mas também pelas atividades humanas que jogam efluentes sem tratamento no rio. Estes efluentes são uma mistura de compostos (matéria orgânica, derivados do petróleo, pesti-cidas, fertilizantes, hormônios

a até mesmo remédios) que possuem composição química que pode piorar a qualidade das águas. “Esta composição química pode ser representada pela presença de nitrogênio (N), fósforo (P) e metais pesados co-mo cádmio (Cd), chumbo (Pb), cobre (Cu) e zinco (Zn), além de muitas outras substâncias. Segundo o professor Mauricio Mussi, um dos objetivos deste estudo é saber a importância de processos naturais e das ativida-des humanas que determinam a qualidade das águas do rio Ma-

KANÁ MANHÃES

De acordo com os pesquisadores, a qualidade da água do Rio Macaé pode ser representada pela sua composição química

caé. Para isso nós estimamos, através de fatores de emissão, a quantidade de N, P, Zn, Cu, Pb e Cd que as fontes naturais e hu-manas emitem para a bacia do rio Macaé”, explica.

Por meio dos dados obtidos, os profissionais verificaram que os processos naturais, co-mo a erosão dos diversos tipos de solos da região e a deposição atmosférica emitem para a ba-cia do rio Macaé, 153 toneladas de N por ano; 4,2 de P; 11 de Zn; 1,9 de Cu; 3,7 (Pb) e 1,60 de Cd. Por outro lado, as atividades

humanas como urbanização, agricultura e pecuária lançam na bacia do rio Macaé, 1.446 to-neladas de N por ano; 783 de P; 18 de Zn; 5,1 de Cu; 4,2 de Pb e 2,1 de Cd. Deste modo, os lança-mentos de substâncias quími-cas por atividades humanas são responsáveis por 90% e 99% da entrada de N e P no rio Macaé; enquanto que para os metais (Zn, Cu, Pb, Cd) esta emissão corresponde a 62%, 73%, 53%, 57%, respectivamente. Segundo Mauricio, atualmente a compo-sição química das águas do rio

Macaé é determinada por ativi-dades humanas e não mais so-mente por processos naturais, sendo este cenário observado para grande parte das bacias hidrográficas do Brasil.

“Dentre as atividades hu-manas, podemos afirmar que a urbanização e a pecuária são as principais responsáveis pe-la emissão de N e P para o rio Macaé, devido aos efluentes enriquecidos com matéria or-gânica (ex. esgotos domésticos sem tratamento e fezes dos ani-mais). Para os metais pesados

foram constatados que a urba-nização através do lançamento de efluentes domésticos e in-dustriais e a geração de rejeitos sólidos (lixo) são os principais responsáveis. O enriquecimen-to de nutrientes como N e P nas águas do rio Macaé podem causar efeitos como eutrofiza-ção (acúmulo e decomposição de matéria orgânica de algas e redução da concentração de oxigênio dissolvido nas águas), enquanto que os metais em excesso podem contaminar os organismos”, pontua.

e qual a relação deste estudo com exploração de petróleo e gás como, por exemplo, na Ba-cia de Campos? A exploração de petróleo e gás em bacias pe-trolíferas marinhas é apontada pelos pesquisadores como uma atividade econômica crescente na costa brasileira e pode gerar emissões de substâncias que são usualmente relacionadas a derrames de petróleo e outros efluentes relativos à produção em águas costeiras e oceânicas. Por outro lado, a exploração offshore de petróleo e gás co-mo, por exemplo, na Bacia de Campos (RJ) demanda os mais diversos serviços que necessi-tam de uma crescente popula-ção e da diversificação das ati-vidades econômicas e serviços localizados no continente, que podem induzir modificações em ecossistemas continentais distantes das áreas de produção em alto mar.

“Como exemplo, pode-se relatar o crescimento po-pulacional e econômico em regiões como o município de Macaé (RJ), que é a base operacional das atividades de exploração de petróleo e gás na Bacia de Campos, que po-de estar induzindo o aumento das emissões de nutrientes e metais para os ecossistemas da região, gerando pressão sobre os recursos naturais continentais”, ressaltam.

Mauricio explica que a ba-cia hidrográfica do Rio Macaé é um conjunto de ecossiste-

mas que promovem impor-tantes serviços econômicos e ambientais, inclusive para as atividades de exploração de petróleo e gás na Bacia de Campos (ex. suprimento de água para as plataformas). Po-rém modificações importan-tes neste ecossistema aquá-tico estão ocorrendo desde a instalação da estrutura para exploração na década de 70, que desencadeou um acentua-do crescimento econômico no município de Macaé e região. “A expansão da produção em novos poços na Bacia de Cam-pos tem atraído novos inves-timentos e levado ao aumento exponencial da indústria de serviços. Porém este estudo mostra que o crescimento de Macaé alavancado pela ex-ploração do petróleo em alto mar implica em aumento da poluição química do rio Ma-caé devido ao aumento da po-pulação e consequentemente do lançamento de esgoto e de resíduos sólidos não trata-dos. Obviamente junto com o crescimento da população de Macaé pode haver o aumen-to de outras atividades como agricultura, pecuária, geração de energia e turismo que po-dem incrementar as emissões de nutrientes e metais para o Rio Macaé”, relata.

Segundo o professor Fran-cisco Esteves, este estudo mostra mais uma vez a neces-sidade de se realizar o sane-amento em Macaé e contro-

lar os resíduos gerados por todas as atividades humanas para preservar a bacia do rio Macaé. “Esta análise reforça a necessidade da aplicação dos royalties no saneamen-

KANÁ MANHÃES

Outro flagrante feito pela equipe de reportagem do Jornal foi com relação ao despejo de óleo em um dos braços do Rio

Relação do estudo com a exploração de petróleo e gás

to básico, pois as atividades “offshore” de exploração de petróleo resultam na poluição “inshore” do rio Macaé e da Lagoa de Imboassica. Este é um fenômeno que pode acon-

tecer a nível nacional, pois novos poços de petróleo são encontrados a todo o momen-to na costa do Brasil e como consequência vemos muitas cidades costeiras se transfor-

mando em bases operacionais e recebendo pessoas e toda uma indústria de serviços que podem aumentar a emissão de poluentes para os ecossiste-mas” finaliza Esteves.

“Este estudo mostra

mais uma vez a necessidade de se realizar o saneamento em Macaé”FRANCISCO ESTEVES professor e pesquisador

“A composição

química das águas do rio Macaé é determinada por atividades humanas”MAURICIO MUSSI MOLISANI pesquisador

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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013 Geral 9

BAIRROS EM DEBATE Horto

Moradores do Horto aguardam há anos pelas melhoriasPista coberta por buracos e falta de pontos de ônibus estão entre as reclamaçõesMarianna [email protected]

Cercada de uma rica área verde, a região do Horto, apesar de apre-

sentar aspectos rurais, fica localizada a poucos minutos do Centro. Por ser uma região mais tranquila, o local tem sofri-do uma significativa expansão imobiliária nos últimos anos. Mas ao mesmo tempo, a in-fraestrutura segue de maneira lenta, não dando conta do cres-cimento local.

Essa semana o Bairros em Debate volta ao bairro para mostrar que pouca coisa mudou nos últimos anos, servindo de alerta para as autoridades res-ponsáveis para que elas tomem as devidas providências.

São estradas cheias de bu-racos, falta de sinalização e de iluminação pública, transporte público precário, falta de áreas de lazer, escola em situação pre-cária, esgoto a céu aberto, entre outros problemas.

Uma das principais reclama-ções de quem vive nessa região é em relação às péssimas condi-ções em que se encontra a Es-trada do Horto, antiga Macaé-Glicério. Entra ano e sai ano, a situação no lugar parece nunca ser resolvida.

Não bastassem os diversos buracos que tomam conta do asfalto, a ponte de madeira em péssimas condições coloca to-

dos os dias a vida de motoristas em risco, já que por ali passam, além de carros e motos, cami-nhões pesados e ônibus.

“Disseram que essa ponte de madeira é suspensa por con-creto na parte de baixo, mas mesmo assim ela está precá-ria. Tenho medo de passar e a qualquer hora ela cair. Se eles vieram e fizeram a operação tapa-buraco ano passado, não custava nada ter feito uma ma-nutenção nessa ponte. Aqui passam veículos pesados, não tem condições de ficar nesse estado. Essa é a principal liga-ção entre o Horto e os outros bairros da cidade”, ressalta o morador Felipe da Silva.

Quanto aos buracos, no ano passado, a Prefeitura chegou a realizar pequenas melhorias, através da secretaria de Manu-tenção, mas apenas em alguns trechos, que já voltam a sofrer com a situação novamente. Em outros pontos, ainda é possível ver crateras no meio da pista, colocando em risco a vida dos condutores. Apesar das pro-messas de revitalizar a pista e pontes, o governo sofreu mu-danças e os problemas passa-dos continuaram, se tornando de responsabilidade da atual gestão.

Ligando um dos bairros que mais cresce em Macaé a vias como a Linha Verde e a RJ-168, a Estrada do Horto é a princi-pal opção de acesso para quem

FOTOS KANÁ MANHÃES

Acesso ao bairro é complicado e perigoso devido aos enormes buracos e falta de sinalização

mora no bairro. Apesar de já ser pavimentada, a via está em péssimo estado de conservação, gerando riscos para quem trafe-ga nessa região.

Mas o problema não se res-tringe apenas a buracos e a ponte abandonada. A falta de sinalização é outra situação que os moradores reclamam. Não

existem placas e a pista não está sinalizada, situação que coloca em risco a vida de quem precisa passar por ali todos os dias.

Entre buracos, pontes em

péssimo estado de conservação e pouca sinalização, quem passa pelo local precisa ter uma aten-ção redobrada para não sofrer um acidente.

População espera ônibus em locais desapropriadosEnquanto o governo vem instalando novos pontos de ônibus pela cidade, os mo-radores do Horto ainda es-peram pelo transporte em locais desapropriados. Faça chuva ou faça sol, a popula-ção não conta com pontos de ônibus cobertos, situação que gera muitos desconfor-tos.

“Você só sabe que isso é um ponto por causa da placa, porque cobertura ou banco

não existem aqui. As crian-ças às vezes chegam molha-das na escola, os trabalhado-res também, porque toda vez que chove a gente fica nessas condições. É cansativo”, con-ta Dolores Costa.

A qualidade do serviço prestado aos moradores tam-bém é motivo de reclamação. Além da qualidade dos veí-culos, os usuários que utili-zam o transporte diariamen-te questionam os horários de

circulação das conduções. Segundo eles, depois de

determinados horários não há transporte para o bairro. “Se você quer curtir a noite, aproveitar, depois das 23 ho-ras você não consegue mais ônibus. É chato, porque você ou espera amanhecer para voltar para casa ou nem sai, se não tiver carro. Para pio-rar, os ônibus vivem lotados, principalmente nos horários de pico”, conta Pedro Lisboa.

População espera transporte público debaixo de chuva

Escola do bairro está abandonadaOs moradores do Horto re-latam que desde o início do ano passado aguardam pela obra do novo prédio da Escola Munici-palizada Fazenda Santa Maria, no Horto. E que este ano, com as chamadas obras emergenciais realizadas na instituição, salas de aula chegaram a ser improvi-sadas para atender os alunos.

“É um absurdo ver nossos fi-lhos estudando em sala improvi-sada de madeira, com aproxima-damente 13m², para atender 30 alunos. Em dias de muito calor, meu filho chega em casa com a roupa toda molhada de suor. Agora, imagine, uma criança passar parte do dia em um am-biente assim. Qual a concentra-ção ele vai ter para aprender? A escola está passando por essa obra emergencial, troca de telha-do, reparo na cozinha e com isso as crianças ficam ali inalando cimento, com a saúde exposta e só esse ano, após as aulas, meu filho já ficou doente duas vezes. Por que essa obra não foi feita durante o período das férias?”, questiona uma mãe.

Ainda segundo os relatos dos responsáveis, a escola foi apon-tada como escola urbanizada, já que antes era apenas rural, no entanto, não conta com estru-tura para o número de alunos matriculados que somam mais de 200 e as salas são pequenas. “Onde meus filhos estudam não tem uma janela. Nossos filhos adoecem sempre. Estão sempre com alergia, pois a escola vive molhada”, pontuou.

As reclamações não param por aí. “A escola que foi construída como de Zona Rural sempre foi

Escola em péssimo estado é alvo de reclamações de pais

uma escola de fazenda e não con-ta com parquinhos para as crian-ças e não recebe livro didático. E para piorar a situação, nem por-teiro tem na instituição. Ela está ou não está abandonada? São mais de 200 alunos matriculados que ficam aí aos cuidados apenas dos professores e diretores e ca-dê a segurança?”, questionam.

“Queremos apenas uma esco-la decente para nossos filhos. Sei que de modo geral o ensino pú-blico em Macaé não é ruim, tem escolas boas no município, mas o que é oferecido aqui está precá-rio e isso nos deixa preocupados, pois sabemos que a educação in-fantil e fundamental é a base, o alicerce da educação. Ao redor da escola está cheio de mato, passa bicho do mato por ali, cobra. O lugar está abandonado. Já entrei em contato com a ouvidoria por e-mail mas até o momento não recebi nenhuma resposta”, disse.

“Meu filho não está aprenden-do nada. O ensino está muito fraco. Não quero tirá-lo da esco-la porque fica próximo de casa

e isso é um ponto positivo, mas por outro lado, ele, assim como os outros alunos estão sendo pre-judicados”, relatou outra mãe.

Saneamento ainda é um problema na regiãoOs problemas com o cres-cimento dessa região já estão começando a surgir, entre eles a questão do saneamento. Um córrego que corta boa parte do bairro está virando um de-pósito de esgoto a céu aberto.

Quem vive ali lamenta que a poluição já começa a aparecer na região. Alguns moradores já chegaram a relatar para a equipe de reportagem que há alguns meses ainda era pos-sível pescar no córrego. “Nós pegávamos peixes grandes aqui, agora não tem nada. É triste ver isso assim e se nada for feito agora, a tendência é piorar. Tem que tomar uma providência enquanto ainda

há tempo”, conta o morador Antônio.

Não se sabe a origem do es-goto, mas alguns moradores suspeitam que possa estar vindo de um condomínio, que mesmo com estação de trata-mento, despeja os resíduos no córrego, comprometendo toda a qualidade deste recurso hídrico.

O esgoto bruto correndo a céu aberto serve de criadouro para insetos, como mosquitos. Entre algumas doenças que podem ser contraídas através do contato com o esgoto, es-tão a desinteria, leptospirose, dengue, varíola, amebíase, bouba, tétano, difteria, asca-

ridíase, dentre outras.Já quando despejado em

algum córrego d'água, os im-pactos ambientais gerados são diversos, entre eles, alto consumo de oxigênio da água, causando desequilíbrio no ecossistema, podendo causar a mortandade de peixes. Além disso, os custos com tratamen-to de mananciais degradados são muito mais elevados.

O esgoto também pode tran-sitar pelo solo, comprome-tendo lençóis freáticos. Esse destino acontece geralmente em locais não servidos por re-des coletoras de esgoto, como zona rural, região de praia e periferias da cidade. Muitas residências despejam esgoto in natura em córrego

Resposta da PrefeituraProcurada, a Prefei-tura informa que repre-sentantes da secretaria de Limpeza Pública e Manutenção irão ao local para verificar a situação, elaborar um diagnóstico e, assim, executar ações no bairro. Quanto aos pontos de ônibus e reclamações de transporte, ela diz que o assunto foi encaminha-do à Mobilidade Urbana para análise técnica e pro-vidências.

Quanto a falta de lazer, o governo municipal diz que no momento não existe ne-nhum projeto neste senti-do para o bairro, contudo os moradores podem fa-zer a solicitação de praças e quadras no orçamento participativo.

Em relação ao esgoto, a cidade ainda apresenta muitas deficiências em saneamento básico e du-rante esses três meses, essas necessidades foram e continuam sendo mapea-das. A previsão do governo municipal é que, em qua-tro anos, todo o município tenha o seu esgoto tratado adequadamente.

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10 Geral MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013

Saúde Pública ainda gera reclamações

CAOS

Pacientes se queixam da falta de médicos e estrutura da UPA da BarraLetícia [email protected]

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Mas Macaé não tem muito

que festejar nesta importante data. Constante alvo de reclamações, a saúde pública é um dos maiores desafios que a atual gestão que go-verna o município enfrenta desde a sua posse. Falta de médicos nas unidades de atendimento, demora na marcação de exames e de pro-cedimentos cirúrgicos são temas que levam diariamente leitores até a redação do Jornal O Debate. Desta vez, fomos procurados por usuários do Sistema Único de Saú-de (SUS) para denunciar as defici-ências no atendimento da UPA da Barra, que de acordo com pacien-tes, apresentou mais um problema esta semana, a falta de cilindros de oxigênio que auxilia na respiração e sobrevivência dos pacientes em quadros críticos.

De acordo com Mario Nunes de

Paulo, a situação aconteceu na noi-te de terça-feira (2). Mario, levou sua mãe, Maria Nunes da Concei-ção para ser atendida na UPA da Barra, após sentir um mal súbito. Ao ser avaliada, a aposentada foi diagnosticada com princípio de infarto. A paciente recebeu os cuidados do médico de plantão e respirava com através do gás me-dicinal. Às 21h20, Mario recebeu a notícia de que sua mãe seria transferida para o Hospital Públi-co Municipal (HPM), pois havia pouco oxigênio no cilindro e a uni-dade não possuía material reserva naquele momento.

Indignado, Mario questionou o motivo da ausência do gás funda-mental para a sobrevivência de vá-rios pacientes, de acordo com ele, a resposta que recebeu o deixou cho-cado. “O médico disse que o pedido foi feito, porém, nada foi resolvido e eles teriam que transferir minha mãe”, comentou.

Mario ainda conta que assim co-mo Maria Nunes, outros pacientes

foram removidos para o HPM. “O médico disse que se demorasse mais cinco minutos, minha mãe e outros pacientes poderiam ter morrido. Foi um momento terrível, uma correria que me deu medo em mim e outros acompanhantes. É um absurdo essa situação. Se não tem oxigênio, não pode ter atendimento. Só que precisa sabe o caos que está a saúde em Macaé”, ressalta.

Em nota, a SECOM se posicio-nou sobre a situação: “O problema da falta de oxigênio, na unidade ocorreu em razão de uma falha da empresa responsável pela re-posição do oxigênio que realizou o procedimento na noite de terça (02) quando a previsão era para que a realização fosse feita à tarde. A transferência dos três pacientes foi feita de forma preventiva, antes do desabastecimento total de oxi-gênio. O gás medicinal da unidade é feita através de uma rede de dis-tribuição instalada nas salas e en-fermarias. A situação foi pontual e já foi normalizada no mesmo dia”.

KANÁ MANHÃES

De acordo com a SECOM, o oxigênio já foi reabastecido na unidade

Falta de médicosem matérias anteriores, a Prefeitura declarou que a UPA da Barra não sofre com a falta de profissionais da medicina para atender a demanda diária. Em contrapartida, os pacientes contestam a afirmação e insis-tem que o número de médicos é insuficiente para atender a população que procura o local.

“A gente entra e não tem hora para sair. Tem dia que é melhor voltar para casa por-que se for esperar é capaz de ficarmos pior. Falta médico na UPA, falta médico na cidade. A desorganização está saindo do controle”, comenta Ronal-

do da Silva.Mario Nunes relata outro

drama vivido na mesma uni-dade. “Minha mulher precisou de atendimento e a UPA esta-va lotada. Quando questionei a demora, o responsável pelo plantão disse que os médicos estavam com horas extras acu-muladas e não tinham obrigação de dar sequência aos plantões. Aí eu pergunto, aonde estão os substitutos? Cadê os médicos da rede pública?”, indaga Mario.

Entramos em contato com a SECOM para apurar quantos médicos atuam por plantão na UPA da Barra, se o número é

o suficiente para atender a demanda e se existem substi-tutos no caso de falta dos pro-fissionais. Sem responder to-das as perguntas, recebemos a seguinte nota: “O número de profissionais na unidade da Barra varia. A população conta ainda com outras unida-des de atendimento de emer-gência na cidade como a UPA do Lagomar, Pronto Socorro do bairro Aeroporto, Pronto Socorro Municipal, na Imbe-tiba, Unidade de Emergências Pediátricas, Pronto Socorro Odontológico e Hospital Pú-blico Municipal (HPM)”.

Caminhada na Natureza terá mais uma edição hojeEXERCÍCIO

será realizada na ma-nhã de hoje (7), em Rio das Ostras, mais uma edição da Caminhada na Natureza. A passeata que já é sucesso na cidade sede e municípios da região mistura a prática es-portiva e o meio ambiente. O evento gratuito terá início às 8h e é aberto ao público de todas as idades.

A passeata é uma iniciativa da “Associação de Caminhan-tes Anda Rio das Ostras”, em parceira com a Secretaria Mu-nicipal de Turismo e com o apoio do Rio das Ostras Con-vention & Visitors Bureau e da ANDA BRASIL, que tem o ob-jetivo de incentivar o turismo, a prática da atividade física em contato com a natureza, a valorização do meio ambiente e a inclusão social.

Nesta edição, os participan-tes farão uma caminhada His-tórico e Cultural, que inclui as praias e atrativos do mu-nicípio. O roteiro conta com

Evento esportivo-cultural terá início na Extensão do Bosque, em Rio das Ostras

10 km de percurso e terá iní-cio na Secretaria de Turismo com passagens pelas praias da Tartaruga, do Bosque, Centro e Boca da Barra.

A passeata vai contar com

dois postos de controle, no Quiosque da Economia Soli-dária (Praia da Tartaruga) e outro na Casa de Cultura, on-de os grupos caminhantes re-ceberão apoio e terão o cartão

de participação carimbado.Além da população rios-

trense, o evento que é uma modalidade esportiva não competitiva, atrai amantes da caminhada de outras regiões.

DIVULGAÇÃO

O roteiroconta com 10 km de percurso e terá passagens pelas praias da Tartaruga, do Bosque, Centro e Boca da Barra

Na edição anterior que apre-sentou o Circuito Lagoa do Iriry, a passeata contou com representantes de Macaé e Barra de São João.

As inscrições e o creden-

ciamento serão realizados na saída da caminhada, na Praça Prefeito Claudio Ribeiro s/nº, na Extensão do Bosque. A atividade é gratuita e não tem limite de idade.

UFRJ prorroga inscrição para o “Saúde, Mídia e Informação” II EDIÇÃO

a universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, prorrogou o período de inscrição para o segundo encontro do "Saúde, Mídia e Informação”. A ati-vidade é uma realização do Projeto Extensão Universi-tária “Construindo Pontes entre a Evidência Científica e a Gestão em Saúde - UFRJ Macaé". Este ano a temática é a "Divulgação Científica e Formação Profissional: ca-minhos e conexões”.

As inscrições são gratuitas e os interessados poderão se inscrever pelo <http://updatesaude.wordpress.com/2013/03/25/saude-mi-dia-e-informacao-2013>.

O evento que tem como principal objetivo aproxi-mar o conhecimento cien-

Com a prorrogação, prazo que encerrava no próximo dia 10 segue até o dia 15

tífico em saúde, produzi-do nas universidades, dos profissionais que atuam na assistência e gestão em saúde, aumentando a qua-lidade dos serviços pres-tados no Sistema Único de Saúde será realizado nos dias 7 e 8 de maio, no polo Cidade Universitária.

A professora e coordena-dora das atividades, Uliana Pontes ressalta que o even-to irá congregar profissio-nais e estudantes das áreas de saúde, comunicação e educação para o debate das oportunidades e desafios de formar profissionais multi-plicadores de conhecimento científico acessível a todos. “Serão aceitas submissões de relatos de experiências ou de artigos científicos sobre os temas correlatos, como: For-mação Profissional e Divul-gação Científica; Populariza-ção da Ciência; Informação e Gestão em Saúde; Sistemas de Informação em Saúde; Jornalismo, Saúde e Ciência,

dentre outros”, destaca.De acordo com a docente,

a programação do dia 07 de maio, terça-feira, prevê duas mesas redondas: “In-formação e Conhecimen-to em Saúde nas práticas profissionais” e “Formando profissionais que comparti-lham conhecimentos cien-tíficos”. Já na quarta-feira, dia 08, serão realizadas as sessões de apresentação oral dos trabalhos selecionados, além da entrega da menção honrosa aos melhores, no encerramento do evento. Palestras, minicursos e ofi-cinas culturais completam a programação.

Outras informações refe-rentes às atividades podem ser obtidas das 08 às 17 ho-ras. Cidade Universitária - UFRJ campus Macaé e pelo email [email protected] .

O evento tem apoio da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

WANDERLEY GIL

Evento vai acontecer nos dias 7 e 8 de maio, na Cidade Universitária

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MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013 Geral 11 CHAPÉU

Na contramão da sustentabilidadepensamos apenas no nosso bem-estar e nos esquecemos do alcance que um pequeno ato de compra pode terMartinho Santafé

Obsolescência pro-gramada (ou plane-jada) significa redu-

zir a vida útil de um produto para aumentar o consumo de versões mais recentes. Pla-nejar o envelhecimento de um produto é uma ação pra-ticada deliberadamente por diversos setores da indústria. Um exemplo bastante óbvio é a “geladeira da vovó” que até hoje funciona, enquanto pro-dutos similares atuais come-çam a apresentar problemas alguns anos após a compra.

Neste caso, o produto é desen-volvido para durar apenas um período programado pelo seu fabricante. Com esta prática, o consumidor já compra um pro-duto que tem validade mais curta do que deveria. O próximo passo é não funcionar adequadamente após o limite estabelecido pela fábrica ou parar de funcionar.

Essa estratégia aplicada pe-las empresas estimula o con-sumismo através do forte ape-lo do marketing que induz à compra de modelos modernos e atrativos, e não ao conserto do produto. Em alguns casos, o conserto se torna proposita-damente mais caro para que o cliente não tenha alternativa.

Os equipamentos eletrônicos são campeões da prática de obso-lescência programada. Por exem-plo, os computadores pessoais. Após determinado período come-çam a ficar extremamente lentos e já não funcionam como era espe-rado ou se tornam obsoletos.

Com isso, a economia não para de crescer. Para as indús-trias, é o progresso tecnológi-co que determina a renovação.

Para falar deste tema tão polêmico e atual, a VI Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos, realização da Revista Visão So-cioambiental, com o patrocínio

das prefeituras de Macaé, Rio das Ostras, UENF e apoio de O Debate, trará a Macaé a escrito-ra, gestora ambiental e gerente de Educação Ambiental da Di-retoria de Gestão das Águas e do Território do Instituto Es-tadual do Ambiente (INEA), Pólita Gonçalves. Sua palestra

DIVULGAÇÃO

abordará o tema de seu livro “O Consumo do Supérfluo” e será no dia 15 de maio, às 15 horas, no Auditório da Cidade Univer-sitária de Macaé. A VI Feira de RSE será nos dias 14, 15 e 16 de maio, das 14 às 21 horas na Ci-dade Universitária de Macaé.

Segundo Pólita, na maior parte

do tempo, quando consumimospensamos apenas no nosso

bem-estar e nos esquecemos do alcance que um pequeno ato de compra pode ter. “Sem dúvida é importante a nos-sa satisfaçãocom os objetos e serviços consumidos, mas quem fica atento aos impactos

sociais e ambientais também está praticando um ato de

cidadania e fazendo a sua parte na construção de um mundo melhor e menos desi-gual”, afirma a autora.

O objetivo de seu livro é mostrar um caminho para o consumidor começar já essa

mudança, na construção de novas rotinas, que começam

dentro da própria casa. “A re-alidade é que com a obsolescên-cia programada os produtos se tornam ultrapassados e quando não são reciclados começam a gerar um grave problema am-biental e social, com os lixões”.

Obsolescência é prática intencionalpor que os produtos eletrônicos quebram facilmente? Por que tro-camos tanto de celular e existem várias versões deles? Se parar de funcionar o que compensa mais, consertar ou comprar outro?

De um lado, a tecnologia vai se inovando e produzindo pro-dutos melhores, do outro os pro-dutos vão sendo ultrapassados rapidamente trazendo conse-

quências para o meio ambiente. Contrariando as ações susten-táveis, estratégias de marketing e de incentivo ao consumo são propagadas, cada vez mais. O conceito de obsolescência pro-gramada, que é a prática inten-cional da indústria de diminuir a durabilidade dos produtos, une-se a outras iniciativas que fomentam as compras. Em pa-

íses desenvolvidos, a vida útil dos eletroeletrônicos já caiu de seis para apenas dois anos, entre 1997 e 2005.

A grande oferta de produtos e a concorrência fazem com que se torne mais fácil e barato adquirir algo atual, mas será que o barato sai caro? Todo o gasto, por exemplo, para a produção de um novo celular, inclui, entre outros fatores, a extra-

ção das matérias primas, o contexto social do local e dos trabalhadores envolvidos no processo, além do impacto ambiental após a vida útil do celular. Uma hora ou outra os custos, seja dos recursos naturais, humanos ou materiais, vão pesar.

Para o professor José Abrantes, pesquisador em Engenharia Me-cânica do Centro Universitário Augusto Motta, a obsolescência

é fruto do individualismo, consu-mismo e do desperdício. Para ele “só mudaremos quando já esti-vermos muito próximo do fim de condições mínimas de uma vida digna em nosso planeta”.

Autor do artigo <http://www.aedb.br/seget/artigos06/430_Segetciclo.pdf> sobre o ciclo de vida de um produto e conserva-ção do meio ambiente, o profes-

sor reflete sobre soluções para a obsolescência. “A solução seria uma forte mudança de hábitos e comportamentos na matriz de consumo, o que vai de encontro ao modelo consumista que está em prática no mundo atual. Não vejo outra alternativa que não seja esta mudança no consumo, embora reconheça ser pratica-mente” impossível, enfatiza.

segundo levantamentos recentes, 80% do lixo ele-trônico produzido nas nações ricas é destinado aos países em desenvolvimento. Anualmente 40 bilhões de toneladas de li-xo eletrônico são produzidos, desses acredita-se que 70% vão parar na China e de lá são

exportados para outros países como Cambodja e Vietnã.

O pesquisador e articulador de projetos de apropriação crí-tica de tecnologia, cofundador do blog Lixo Eletrônico e da rede MetaReciclagem Felipe Fonseca, afirma : “São os paí-ses mais pobres e com menos

infraestrutura que acabam re-cebendo o material descartado, e é a população menos protegi-da em termos de segurança do trabalho que trabalha de ma-neira precária com esse tipo de material”.

Felipe Fonseca começou o in-teresse pelo tema trabalhando

Os destinos do lixo eletrônicocom a recuperação de compu-tadores usados, descobrindo no trabalho a extensão dos males causados pela obsolescência pro-gramada. Ele sugere dicas para minimizar as consequências ne-gativas do consumo desenfreado:

1 - Reutilizar os equipamen-tos para estender sua vida útil.

2 - Descartar de maneira responsável.

3 - Pressionar a regulamen-tação aprovada pelo Brasil da Política Nacional de Resíduos Sólidos que prevê a logística reversa dos eletroeletrôni-cos e a devida responsabili-zação pela deposição final de

eletroeletrônicos.”4 - Antes de comprar produ-

tos, checar se o fabricante tem uma política de coleta de equi-pamentos ao fim da vida útil.

5 - Dar visibilidade a todas as etapas do processo de fabrica-ção, consumo e deposição final dos eletroeletrônicos.

Recurso contra a criseobsolescência programa-da é um termo é originário do processo de “descartalização” criado a partir da década de 1930 por algumas economias capitalistas europeias no intui-to de movimentar a “máquina econômica” com mais produ-ção, uma vez que o estoque de produtos que se encontrava totalmente parado nas fábricas e, principalmente, nos portos, devido à Grande Depressão Econômica de 1929, fez travar o giro da economia.

O produto mais ilustrativo dessa prática (e dessa época) foi a lâmpada. Nos anos 1920, uma simples lâmpada durava mais de 2500 horas. Perceben-do, nesse caso, que as vendas seriam bem menores dada a elevada durabilidade do produ-to, os fabricantes rapidamente trataram de dar uma vida útil

bem baixa a esse produto. Pou-co tempo depois, o ciclo de vida desse produto caia para menos de 1000 horas.

De acordo com o documentá-rio The Lightbulb Conspiracy (A Conspiração da Lâmpada) dirigido por Cosima Dannorit-zer, fabricantes de lâmpadas se reuniram para definir padrões de produção que aumentariam o consumo.

Empresas de variados seg-mentos produtivos descartaram projetos cujo foco era a dura-bilidade; designers criaram (e ainda criam; vide os celulares e os notebooks, por exemplo) produtos que ficariam defasa-dos em curto espaço de tempo e chips foram colocados em im-pressoras para contar o número de impressões, dimimuindo-as para pouco tempo.

Aos poucos, além das lâmpa-

das e impressoras outros produ-tos foram ganhando essa mesma tendência; em especial, os ele-troeletrônicos e suas múltiplas versões e a indústria de confec-ção que “força” uma nova moda e tendência (incluindo estilos e, principalmente, cores de rou-pas) a cada estação do ano.

Marcus Eduardo de Oliveira, economista, professor e espe-cialista em Política Internacio-nal pela Universidad de La Ha-bana - Cuba, diz que a prática da obsolescência programada se configura numa maquiavéli-ca estratégia de mercado, tendo em vista que em alguns casos o conserto, propositadamente, é mais caro, o que inevitavelmen-te faz com que os consumidores não tenham alternativas, a não ser partir para uma nova com-pra.

Segundo ele, isso nada mais

é do que uma manipulação das indústrias em prol do ato de consumir. “Em outras palavras, é andar na contramão das ati-tudes sustentáveis, enaltecendo assim um profundo desrespeito das indústrias para com os con-sumidores, com o planeta e com a natureza.

Na prática, alguns segmentos produtivos que ainda adotam esse procedimento incorrem na ‘necessidade’ de forçar mais produção e, portanto, mais po-luição, tanto no ato da produção quanto no descarte. É a eco-nomia que não quer parar de crescer, trazendo em seu rastro dilapidação ambiental”.

Essa prática nada recomen-dável, afirma Oliveira, embute um desajuste sobre a atividade econômica que resvala sobre-maneira na capacidade do pla-neta em suportar produções

em escalas cada vez mais alu-cinantes.

“É importante lembrar que a humanidade já está con-sumindo 30% a mais do que o p l a n e t a é capaz de re-por e é pre-ciso que haja uma redução em até 40% nas emissões de gases de efeito estufa para que a temperatu-ra não suba mais do que 2º C. O forte apelo ao consumo se concentra ba-sicamente nas mãos de 20% da humanida-de que “engole”

80% de tudo o que é produzido no planeta, demandando recur-sos naturais que a natureza não é capaz de prover. Lamentavel-mente, a obsolescência progra-mada tem contribuído muito

para isso”, concluiu.

sumindo 30% a mais do que o p l a n e t a é capaz de re-por e é pre-ciso que haja uma redução em até 40% nas emissões de gases de efeito estufa para que a temperatu-ra não suba mais do que 2º C. O forte apelo ao consumo se concentra ba-sicamente nas mãos de 20% da humanida-de que “engole”

mente, a obsolescência progra-mada tem contribuído muito

para isso”, concluiu.

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12 Geral MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013

Projeto defende horário especial em bancos

PROPOSTA

Igor Sardinha reapresentou proposta nesta semana na Câmara para atender demanda de usuáriosMárcio [email protected]

O vereador Igor Sar-dinha (PT) reapre-sentou nesta semana,

na Câmara Municipal, o pro-jeto de lei que obriga aos ban-cos instalados na cidade abri-rem as portas uma hora antes do horário convencional para atender exclusivamente aos idosos, gestantes e deficientes físicos. Os caixas prioritários, que são um direito constitu-cional, continuariam ativos durante todo o dia.

A proposta tem como objetivo dar mais qualidade ao atendi-mento preferencial no município.

"Se o banco abre as suas portas para atendimento ao público em geral às 11h, ele teria que passar a abrir às 10h para nessa uma hora atender exclusivamente aos idosos, às gestantes e aos portadores de deficiência. Dessa forma con-seguiríamos, definitivamente e verdadeiramente, oferecer um atendimento prioritário e diferenciado a essa parcela da população", explicou Igor.

Em Macaé, milhares de

pessoas são atendidas pelas filas preferenciais. Constan-temente elas se tornam mais morosas do que a própria fila normal, devido ao número de caixas em funcionamento vol-tado para esse público.

Com o faturamento dos ban-cos batendo recordes a cada ano, o vereador acredita na possibili-dade de investimentos no setor para a viabilidade do projeto.

“Alguns números reforçam e relata o quanto tem de con-dições essas instituições para promover o atendimento de qualidade e humano à popula-

ção. Vemos todos os dias a difi-culdade dos idosos, gestantes e deficientes nos bancos, é neces-sário criarmos alternativas pa-ra garantirmos a qualidade do atendimento”, disse o vereador.

Igor falou ainda do aspecto legal do projeto, ressaltando o amparo dado pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo Estatuto do Idoso. “Nós utilizaremos toda a força do

WANDERLEY GIL

Parlamentar defende demandas apresentadas por aposentados

nosso mandato nessa luta. O STF já decidiu que os bancos se submetem sim ao Código de Defesa do Consumidor e o mesmo, claro, no que tan-ge ao direito ao atendimento prioritário e a legitimidade dos municípios atuarem de maneira complementar à le-gislação. Que os demais ve-readores possam se unir ao nosso mandato nessa briga",

disse Igor Sardinha.Ainda em 2011, o petista

conseguiu o apoio da ASA-PEM (Associação dos Apo-sentados, Pensionistas e Idosos de Macaé) e da APAE -Macaé - (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para a aprovação do Projeto de Lei que deverá ser discu-tida nas próximas sessões da Câmara Municipal.

Movimento solicita ao governo medidas contra o sombreamento

AÇÕES

o movimento “deixa o Sol Entrar” continua sua luta pela conscientização da população sobre o impacto dos altos pré-dios na região da Praia do Pe-cado e cobrar das autoridades políticas, medidas para solução do problema.

Completando um ano, o mo-vimento prepara novas ações para que o governo municipal tome as providências neces-sárias para a Praia do Pecado não ficar literalmente nas som-bras. O caso é que a legislação em vigor através do Código de Urbanismo de Macaé permite a construção de prédios altos e próximos à praia que projetam sombras na orla. Em certas épocas do ano, às 13h30min a sombra já alcança as pessoas que utilizam o espaço de lazer mais democrático da cidade.

Desde sua criação, o movi-mento já realizou diversas ações: Abaixo-assinados, mobilizações, passeatas, passeio ciclístico na

“Deixa o Sol Entrar” quer discutir a aplicação de um novo gabarito na Praia do Pecado

orla e apitaço, organizados com o objetivo de chamar atenção do poder público para o problema de sombreamento da praia.

“Realizamos caminhada, grupo de corrida de rua e show com uma banda local, na Praia do Pecado. Neste dia em ques-tão, atingimos a marca de 1200 assinaturas em nosso abaixo-assinado. O evento contou com ampla divulgação da mídia e

apoio de diversas empresas macaenses. Montamos também um site e recentemente uma pá-gina no facebook, esta última teve 11000 pessoas alcançadas em apenas uma semana de cria-ção”, relatou André Coelho, re-presentante do movimento.

Contando com o apoio decla-rado da população de todos os locais da cidade, o movimento também se reuniu com diver-

sas autoridades políticas que declararam apoio à redução do gabarito da região. O prefeito, Dr. Aluízio (PV), declarou o seu apoio durante a campanha eleitoral, e ratificou sua defesa à causa após a sua eleição.

Em março deste ano, o mo-vimento “Deixa o Sol Entrar” inaugurou o espaço da Tribuna Cidadã, na Câmara de Vereado-res, onde toda bancada presente

DIVULGAÇÃO

Membros do movimento entregaram documento ao prefeito Dr. Aluízio

também declarou apoio ao plei-to. Também no mês passado, foi entregue a Dr. Aluízio um docu-mento que objetiva subsidiar um novo projeto de lei e dar agilidade ao trâmite. O prefeito se compro-meteu em avaliar tecnicamente este documento que lhe foi entre-gue e, em caráter de urgência, en-caminhar um novo projeto de lei para apreciação dos vereadores.

Contudo, o problema continua

preocupando e colocando em risco os banhistas e amantes da região.

“As ações têm que ser emer-genciais, pois se o projeto não for encaminhado e votado rapi-damente, daqui a pouco não te-remos mais regiões preservadas de sombra na Praia do Pecado. Aliás, pecado é deixar uma das mais belas praias da região ficar nas sombras”, declarou.

Na próxima quarta-feira (10) o movimento terá uma reunião decisiva com o prefeito. Mais uma vez será solicitado envio de uma emenda em caráter de urgência que trate da questão do gabarito da Praia do Pecado, já que se trata de um ponto pa-cífico entre população e poder público. A ideia é que o prefeito oriente sua base aliada pela vo-tação favorável ao projeto.

“Esperamos brevemente comemorar esta vitória para a população macaense. A atual administração do município precisa dar um basta a este gra-ve problema que fere o local de lazer mais democrático dos ma-caenses, a Praia e dar fim a este grave problema que enfrentare-mos até a sua resolução”, encer-rou André.

Governo atenderá demandas de lojistasREUNIÃO

o prefeito dr. Aluízio Jú-nior (PV) se reuniu, na noite de quinta-feira (5), com lojis-tas e membros da Associação Comercial e Industrial de Ma-caé (Acim) na sede da própria instituição.

Além do prefeito, estiveram também presentes o vice-prefeito Danilo Funke e os responsáveis e representantes das secretarias de Mobilida-de Urbana, Limpeza Pública, Desenvolvimento Econômi-co e Tecnológico, Trabalho e Renda, Fundação de Es-porte e Turismo (Fesportur) e Fundo Municipal de De-senvolvimento Econômico e Social (Fumdec).

Durante a reunião foram discutidos alguns pontos ti-dos como prioridades por parte dos profissionais do comércio e do governo mu-nicipal, como a questão dos estacionamentos na região central da cidade, horários e locais adequados para carga e descarga de produtos e a lim-peza do calçadão em horários

Membros da Acim apresentaram solicitações ao Prefeito

diferenciados.Com relação à limpeza, Dr.

Aluízio garantiu aos lojistas a ação de uma equipe para a retirada da grande quantida-de de lixo acumulado no final de cada expediente do Calça-dão, a partir das 18h, já nesta segunda-feira (8). Campanhas educativas sobre a destinação correta do lixo por parte dos comerciantes e população, também serão realizadas pela Prefeitura em parceria com a Acim. “Todos somos respon-sáveis por nossa cidade e se cada um fizer a sua parte, o trabalho será mais fácil, rápi-do e eficiente. Será bom tan-to para o comerciante quanto para o cliente”, ressaltou.

Já na área de Mobilidade Urbana a principal questão é reorganizar os estacionamen-tos no centro da cidade, com a construção de um possível estacionamento público ver-tical e priorizar o transporte público com a criação de cor-redores exclusivos de ônibus. A intenção é desafogar o trân-sito no horário comercial di-minuindo o número de carros circulando no Centro. Os lo-jistas do shopping localizado na Linha Verde também serão

beneficiados com mudanças na sinalização no trecho que dá acesso ao local, o que dará maior fluidez e segurança ao trânsito.

Para avaliar o andamento das ações, será realizada uma reunião com os lojistas pelo menos uma vez por mês.

O presidente da Acim, Evandro Cunha, falou da im-portância da associação, lojis-tas e prefeitura trabalharem em parceria.

“Este foi um momento histórico para a Acim, pois nunca aconteceu uma reu-nião nossa diretamente com o prefeito e seus secretários. O prefeito também nos deu a oportunidade de nos reu-nirmos com o governo pe-lo menos uma vez por mês para verificar qual a melhor maneira possível de atender às solicitações do comércio local. Queremos deixar claro que vamos dar todo o apoio possível às ações realizadas no nosso comércio, dando sugestões, opinando, fiscali-zando e fazendo o possível para auxiliar a Prefeitura. Nossa intenção é procu-rar o melhor caminho para todos”, destacou.

FLÁVIO SARDOU/SECOM

Dr. Aluízio garantiu a realização de ações para beneficiar comércio

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MACAÉ, SÁBADO, 28 DE JULHO DE 2012 Geral 13

PCCV dos professores será revisado por comissão

LEGISLATIVO

o vereador Guto Garcia (PT) esteve essa semana com o secretário municipal de Ad-ministração, Aderson Ferreira, conversando sobre a necessi-dade de revisar o Plano de Car-gos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos profissionais da Educação.

Entre os pontos apresenta-dos pelo parlamentar estão o reajuste do valor da tabela dos auxiliares de serviços escolares no PCCV; a redução de carga horária de trabalho dos Auxi-liares de Serviços Gerais de 40 para 30 horas semanais.

Outro assunto tratado foi o ganho de 20% para porteiros, merendeiras e auxiliares de serviços gerais que trabalham nas escolas com baixo IDH e difícil acesso, a alteração da ta-bela de referência da portaria da Secretaria de Educação 003-2003 prevista na Lei 2175-2001 que institui o Programa Muni-cipal Dinheiro na Escola, o ga-nho de 2% de aumento para os professores a cada 120 horas de curso feito no ano, e o plano de saúde para os servidores. Todas as questões já são indicações de Guto Garcia aprovadas e outras em trâmite no Legislativo.

O secretário Aderson expli-cou que neste momento todos os esforços estão voltados para a regularização do servidor, mas que no próximo mês será possí-vel a implantação da comissão de revisão do PCCV.

Guto Garcia destacou o resul-tado do encontro durante a ses-são plenária realizada quarta-feira, 3, e parabenizou as ações do secretário que estabeleceu metas dentro de um processo, como a retomada do recadas-

Guto Garcia analisou pontos do Plano junto ao secretário de Administração

tramento, o recenseamento, análise da demanda técnica das secretarias, a unificação dos re-cursos humanos das secretarias até culminar na implantação do

ponto eletrônico. “Tenho certeza de que o ser-

vidor será valorizado e adequa-do dentro da administração”, destacou Guto.

~DIVULGAÇÃO

Guto apontou pontos do PCCV para Aderson Ferreira

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14 Geral MACAÉ, DOMINGO, 7 E SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL DE 2013