notícias de portugal nº1-revista trimestral
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O Miguel
Chamo-me Miguel e tal como o meu nome
sou a pessoa mais comum das comuns.
Isto quer dizer que o meu status social,
habilitações académicas, aspecto físico,
enfim a minha vida, é igual à de todos os
Miguéis, Joães e Marias cá de Lisboa.
Figura simpática, hã?! É claro que o
desenho favorece-me, se formos olhar
mais atentamente deparamo-nos com os
defeitos (barriga descaída, pelos no nariz,
etc.. ) típicos da idade de “Alforreca” ,
Principalmente de perfil!
Alforrecas? As alforrecas são pessoas
como nós que ainda não são velhas mas
também já não são novas!
A EMPRESA Sábado, Fevereiro 15, 2014 Revista Mensal Price €
A Escritora
Agora, só para partilhar uma
maldade…Esta miúda é a autora! Já viram
bem o arzinho dela a secretária? Tadinha!
A miúda andava frustrada e resolveu
escrever um livro! Ah! Ah! Ah! Ah! Até
parece a chefe da repartição das finanças
da minha freguesia, mas a essa demos-lhe
uma alcunha lá na rua…A miúda Tody!
Eu tomei a iniciativa de me apresentar,
porque se deixasse ser a autora a
apresentar-me, provavelmente teriam um
herói cheio de atributos louváveis que só
vos enfadariam. Aquela miúda, a autora, só
cá para nós – Não serve para nada!
Enfim…É o que os Migueís, Joães e
Marias cá da terra provavelmente
merecem.
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A História
É obvio que a nossa autora amuou e disse-me que já que tinha começado a
introdução com a minha apresentação, agora teria de acabar. Mais! Tinha
também de falar-vos sobre os objectivos sociais e educativos deste livro e blá,
blá, blá, blá. Aqueles palavreados que ela gosta de usar. Coisas de quem
manda…
Comecemos e finalizemos: - Amigos e amigas, todos nós sabemos que há
uma crise à espreita da oportunidade de nos mandar para o desemprego. Nós
os afortunados que temos emprego, é como se tivéssemos ½ copo de
Champanhe. Porquê?
Porque o trabalho conforme o encaramos, pode parecer meio cheio ou meio
vazio e tal como o champanhe, pode saber a meio seco, doce ou brutus!
Proponho agora um brinde ao leitor deste meu champanhe doce, com sabor a
Portugal! Os meus colegas, de trabalho de acordo com a anterior metáfora,
serão os frutos vermelhos que dão ainda mais sabor, a este champagne.
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O Cuba!
Sujeitinho engraçado…Super descontraído
é o “Problem Solver” da empresa. Com ele
tudo fica mais claro (paradoxo?). É claro
que com o seu fatinho e com este ar de
santinho, nos seus 25 anos imberbes, ele
engana qualquer um!
Haviam de o ver quando chega ao seu
gabinete…E as miúdas dele??? Eu só
queria um olhar, de uma daquelas, que fica
lavada em lágrimas por causa dele.
Quando o Cuba apareceu por cá, há cinco
anos, começou como vendedor, mas o que
é certo, é que já vai em Director de
Marketing e braço direito da CEO…
Ah! A CEO! Como é que eu deixava
escapar esta? Olhem só! Apresento-vos a
CEO.
A EMPRESA
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La Mama!
Cá está ela! La Mama!
Esta Senhora é tão simpática
que não conseguimos deixar de
gostar dela. Sempre com um ar
entusiasmado e vibrante, quando
todos os dias, às 9h em ponto,
chega ao escritório e nos
cumprimenta.
Nunca a vi zangada. Claro está
que, como ela não se zanga,
arranjou alguém para se zangar
por ela. Óbvio! O Cuba? Não,
esse é charmoso da casa. Quem
então? O senhor Artur! O marido
de La Mama…
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O Sr.Artur
Sujeitinho minucioso, mi…mi…mi… ou seja
decididamente mini…minucioso, mesquinho
(bolas! Esta tem um e, não um i !) mixórdias
(Ah! Esta já tem um i!), enfim…
Não gosto dele, não gostamos dele por cá, na
empresa e finalmente esperamos que vós não
gostais dele! Muito embora e só cá para nós, já
não é a primeira vez que topo, que ele
empresta dinheiro ao nosso bom Pepe. Talvez
porque o Pepe tem a coragem de usar o
capachinho que o Sr. Artur não tem coragem
de por.
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O Pepe Contabilista
O Pepe é o contabilista da empresa, tem um pequeno Fiat a cair aos bocados
e vive numa pequena vivenda em Almada, juntamente com a sua esposa, os
seus cincos filhos, a sogra, o sogro e a mãe.
É o homem mais paciente e tolerante que eu já conheci! Também não admira,
com cinco filhos, sogros e mãe…Brutal! Mas se conhecerem a esposa iam
adorá-la igualmente. Ela é tanto ou mais paciente que ele e os dois juntos
fazem qualquer um acreditar que ainda é possível um casamento feliz. De
anos, anos e anos…Até ao fim da vida! Espero que o meu casamento seja
assim. Talvez por tudo isto o Sr. Artur seja tão preocupado e atencioso com o
Pepe. Quem sabe?
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As Manas Catatua
D. Julieta e a menina Judite,
respeitáveis idosas, vizinhas da
mesma rua à longa data, todos os
dias, de manhãzinha, tal como
tinham combinado, abriam as suas
persianas logo que se levantavam.
Não fosse o diabo tecê-las durante
a noite.
Elas podiam precisar de auxílio
sem que ninguém desse por nada,
já que ambas viviam sozinhas, ora
por causa da saudosa viuvez ou
por causa da solteira meninice.
Então lá tinham o seu sinal de que
tudo estava bem.
A ANTIGUIDADE Revista Mensal Price € Sábado, Fevereiro 15, 2014