nt março 2014
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Notícias do ténis
EDIÇÃO ONLINE MARÇO 2014
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Um novo recorde
O utra vez João Sousa. O tenista vimaranense vol-tou a deixar a sua assi-natura no ténis portu-
guês, com o 44.º posto na classifi-cação mundial. É um feito que não pode deixar de ser sublinhado, pois nunca antes um luso tinha conseguido entrar no «top» 50. O percurso de João Sousa no «ranking» mundial tem sido notá-vel a todos os títulos. Há pouco mais de um ano, precisamente a 1 de janeiro de 2013, estava em 100.º, depois de uma primeira incursão no «top» 100, durante sete semanas, de outubro a novembro, em que conseguiu a 92.ª como a sua posição mais alta na tabela. A verdade é que João Sousa é uma marca do ténis português como constitui um exemplo para todos, pelo seu espírito de sacrifí-cio, pela garra e determinação que emprega em cada encontro, mes-mo que seja frente ao número um do mundo, como aconteceu em fevereiro com Nadal, no Rio de Janeiro, e em setembro do ano passado com o sérvio Novak Djo-kovic, na terceira eliminatória do Open dos Estados Unidos. É um facto indesmentível tam-bém que o tenista de Guimarães cresceu fora de portas, na Cidade Condal, com muito denodo e sem a estreiteza dos sonhos. Mas não
podemos dissociar do êxito de João Sousa outra presença portu-guesa no sucesso da sua carreira: Frederico Marques. É de elementar justiça que salientemos o antigo jogador — recordo que conquistou o primeiro ponto ATP num Satélite em Porto Santo, em janeiro de 2005, e por isso foi-lhe rapado o cabelo —, que, percebe-se, estabeleceu com João Sousa uma relação profícua. Frederico Marques disse-o em outubro, depois de Kuala Lumpur: «João Sousa pode melhorar mui-to». O número um português tem melhorado muito e, assinalo, a competir agora num nível mais alto. É essa a diferença que faz dele um grande campeão.
Uma marca incontornável
do ténis português Editorial
A verdade é que
João Sousa é uma marca
do ténis português
como constitui um exemplo para
todos
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Federação Portuguesa de Ténis
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
João Sousa voltou a fazer história. Os quartos de final no ATP World Tour Rio de Janeiro, torneio de categoria 500, permitiram-lhe averbar 90 pontos e fixar um novo máximo
pessoal e de sempre no ténis português no «ranking» mundial: 44.ª posição (é o atual 45.º). O anterior recorde tinha sido assinado pelo tenista de Guimarães, em 28 de
outubro de 2013, depois do primeiro triunfo de um portguês em singulares em torneios do ATP World Tour.
O conquistador volta a fazer história
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Depois de ter fixado o máximo de sempre em finais de outubro
de 2013, João Sousa volta a fazer história com a 44.ª posição mundial
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O recorde já lhe pertencia, mas João Sousa voltou a estabelecer um novo máxi-
mo de um tenista português na hierarquia mundial. Os 90 pontos conquistados no ATP World Tour Rio de Janeiro, torneio de catego-ria 500, fixar-se na 44.ª posição mundial. «Com a minha prestação no ATP 500 do Rio de Janeiro, con-segui atingir o número 44 no ‘ranking’ ATP. É a minha melhor classificação de sempre, o que me deixa muito satisfeito e com vontade de fazer ainda mais e melhor. Irei continuar a treinar com determinação para conseguir chegar cada vez mais longe nos torneios», salientou João Sousa, na sua página no «facebook». O tenista vimaranense tinha como máximo pessoal (e do ténis português) o 47.º posto, a 28 de outubro de 2013, após o triunfo em Kuala Lumpur, o primeiro de um português em singulares no ATP World Tour. João Sousa fechou o ano passado no «top» 50, quando, em finais de 2012, se encontrava em 101.º. Radicado em Barcelona desde os 15 anos, João Sousa, treinado por Frederico Marques, posiciona-va-se em 192.º a 2 de janeiro de 2012, ano em que, pela primeira vez, entrou no «top» 100, um feito apenas alcançado por Rui Macha-do, Frederico Gil, Michelle Larcher
de Brito e Nuno Marques. Foi a 15 de outubro desse ano que o tenis-ta de Guimarães alcançou a 99.ª posição, tendo, nas sete semanas em que se manteve entre os 100 mais bem cotados, registado o 92.º lugar como o posto mais alto na sua carreira, a 22 do mesmo mês. Nesta temporada, João Sousa — que inicia o mês de Março no Masters 1.000 Indian Wells, nos Estados Unidos, com a inédita entrada no quadro principal de singulares — somou já 165 pontos para a classificação ATP. De 31 de dezembro de 2012 a finais de fevereiro de 2013, o vimaranense contabilizou 105 pontos. Foi no Rio de Janeiro que João Sousa somou mais pontos até ao presente, com a participação nos quartos de final. João Sousa foi travado pelo número um mundial, Rafael Nadal, dias depois de ambos terem realizado um treino no pó de tijolo do torneio da Cida-de Maravilhosa. No Rio de Janeiro, João Sousa jogou pela primeira vez na sua carreira um encontro correspon-dente aos quartos de final de um torneio de categoria 500 do ATP World Tour. Antes de viajar para a América do Sul, digressão que iniciou com a presença na primeira eliminató-ria do ATP World Tour Buenos Aires, na Argentina, da série 250,
A 31 de dezembro de 2012, João
Sousa ocupava a
101.ª posição na hierarquia
mundial. O número um
português é o atual 45.º no «ranking»
ATP, depois de ter atingido
a posição máxima
pessoal e de um português
na tabela: a
44.ª posição
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João Sousa somou 20 pontos em Montpellier, na França, em torneio da mesma categoria. Gael Monfils (na altura em 30.º) eliminou o por-tuguês. Em Acapulco, no México, o «conquistador» amealhou 45 pon-
tos — afastado por Andy Murray, na segunda ronda — e a primeira pontuação do ano foi obtida no Open da Austrália, terceiro torneio da época do luso, em que não foi além da primeira eliminatória do quadro principal de singulares.
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Em 2014, João Sousa somou já 165 pontos
para o
«ranking» ATP
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João Sousa e Rafael Nadal: os dois treinaram juntos
dias antes de se defrontaram nos quartos
de final do ATP World Tour Rio de Janeiro
C erca de 26 anos depois, o circuito profissional femini-no da ITF volta ao arquipé-
lago açoriano, com a realização de dois torneios Azores Ladies Open, o primeiro de 8 a 16 de março e o segundo na semana seguinte. Será necessário recuar a outu-bro de 1988 para lembrar a única prova do ITF Women realizada nos Açores, no CT São Miguel, em Ponta Delgada. A húngara Andrea Noszály, irmã de Sandor Noszály, um dos mais credencia-dos jogadores da sua geração, venceu a prova açoriana, tendo afastado Marta André nos oitavos de final, por 6-0 e 6-1. A ideia de voltar a organizar uma prova internacional nos Aço-res e inscrevê-la no circuito profis-sional feminino estava a ser «congeminada há dois anos», como refere Luís Carvalho, presi-dente do CT São Miguel. «A Associação de Ténis dos Açores tem como grande objetivo a divulgação da modalidade junto do público, por forma a potenciar o gosto pela prática da modalidade. Por outro lado, não poderemos esquecer a vertente turística, ten-do como pano de fundo não só o ténis, mas também os Açores como marca de uma região plena de potencialidades a nível turísti-co», referiu Luís Carvalho, acres-centando que «é nessa dicotomia que se baseia a realização destes dois torneios femininos». O presidente do CT São Miguel
sublinhou que os dois torneios, cada um dotado de 10 mil dólares de «prize money», têm como pre-missa o facto de «o ténis poder ser um grande veículo de promo-ção da Região Autónoma dos Açores, assim como uma via para a dinamização económica destas ilhas em meses de menor procura turística». Para a concretização dos even-tos, Luís Carvalho ressalvou a importância dos apoios de entida-des oficiais e outras. «Felizmente que os governantes ligados à área
Em 1988, a húngara
Andrea Noszály venceu a sueca Helena
Dahlstrom, por 6-1 e 6-3,
na final do único torneio
do ITF Women realizado nos
Açores. Um quarto de século depois, Azores Ladies
Open volta ao calendário
do circuito profissional
feminino, com
dois eventos
Novamente
nos Açores
Luís Carvalho
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do turismo — Secretaria e Direção Regional do Turismo — vão apoiar-nos», declarou o dirigente, frisan-do que, também, a Câmara Muni-cipal de Ponta Delgada e a trans-portadora aérea regional SATA disponibilizam apoio.
Luz na grelha principal. Bár-
bara Luz, a terceira portuguesa mais bem cotada no «ranking» mundial, tem presença assegura-da no Azores Ladies Open. É a única portuguesa com entrada direta no quadro principal de sin-gulares, em que figura como quar-ta cabeça de série. Treinada por Vasco Antunes, Bárbara Luz, de 21 anos, tem tido um percurso ascendente na hie-rarquia mundial e, no ano passa-do, venceu três torneios em singu-lares e um em pares. A mais credenciada no torneio açoriano da primeira semana é a checa Katerina Vankova, atual 282.ª mundial, detentora de 11 títulos individuais no circuito ITF
Women, dois dos quais conquista-dos em Portugal. No Porto, somou o primeiro em 2007, após triunfo sobre Catarina Ferreira, e o segundo em 2008, em Espinho, tendo levado a melhor sobre a marroquina Fátima El Allami, depois de ter-se sagrado vice-campeã na Cidade Invicta. Além de Luz, no torneio organi-zado sob a égide da Associação de Ténis dos Açores participarão igualmente Inês Murta, Cláudia Gaspar, Inês Teixeira, Maria Tava-res, Beatriz Rodrigues Bento, Inês Mesquita, Ana Filipa Santos, Joa-na Ferreira, Rita Pedroso, Cláudia Cianci, Sofia Sualehé, Bárbara Choon, Maria Palhoto, Mafalda Fernandes e Marta Magalhães. Todas estas tenistas, que repre-sentam a nova geração do ténis feminino português, vão jogar a fase de qualificação, a menos que quatro delas sejam contempladas com «wild card» para o quadro principal de singulares da prova açoriana do ITF Women.
Bárbara Luz
lidera o contingente
português no Azores
Ladies Open, que conta com
o apoio do
Governo Regional
Bárbara Luz é a portuguesa mais bem cotada inscrita
no Azores Ladies Open
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O Dia Mundial do Ténis, assi-nalado a 3 de março em todo o mundo, integrou
uma iniciativa inovadora: a confe-rência que, em Carcavelos, juntou cerca de uma centena de inscri-tos, treinadores na sua maioria. Organizada pelo Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Federação Portuguesa de Ténis, a
A Conferência Dia Mundial do Ténis, em
Carcavelos, foi uma inicia-tiva inovadora reconhecida
pela ITF
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Conferência Dia Mundial do Ténis, realizada no fim de semana ante-rior à comemoração, foi reconheci-da pela ITF como uma «iniciativa inovadora». Vítor Cabral, diretor do DdD explicou que «a conferência trou-xe uma atenção extra ao Dia Mun-dial do Ténis, serviu para ligar os treinadores ao evento da ITF e
Assinatura inovadora
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Assinatura inovadora
para fazer passar a mensagem do Dia Mundial do Ténis», assinalado em Portugal, de norte a sul (ver
página 11). A Conferência Dia Mundial do Ténis, com sessões divididas na sala do Hotel Riviera e num «court» do Carcavelos Ténis, reu-niu preletores de renome mundial: Carl Maes, um dos mais experien-tes treinadores no ténis feminino; Richard Gonzalez, sócio e diretor da Topspin Tennis Academy Espanha-Castellón; Miguel Cres-po, diretor de Investigação e For-mação do Departamento de Desenvolvimento da ITF; David Sanz, diretor de Docência e Inves-tigação da Real Federação de Ténis de Espanha; e Vítor Cabral, diretor do DdD e membro da Comissão Mundial de Treinadores da ITF. Miguel Crespo realçou o «papel da Federação Portuguesa de Ténis na formação de técnicos e no desenvolvimento da modalida-de», destacando que Portugal teve «uma progressão muito gran-de nos últimos anos». Crespo lembrou que a Federa-ção Portuguesa de Ténis tem cer-tificação máxima no domínio da formação de treinadores e que Portugal faz parte do número res-trito de 14 países com o nível «gold».
David Sanz abordou a questão das novas tecnologias e salientou que existem múltiplas vantagens, sugerindo que a utilização de pla-taformas reforça «os conhecimen-tos» dos treinadores. «Um treinador deve ter um con-junto de ferramentas atualizadas e multidisciplinares, para que possa ter um bom treino e faça uma cor-reta gestão do jogador», referiu. O uruguaio Richard Gonzalez, conceituado preparador físico, falou num problema que identifi-cou: o facto de preparadores físi-cos não viajarem com jogadores no circuito.
A conferência, em Carcave-los, realizou-se com um painel de
especialistas de renome
mundial
«Há muitos jogadores que via-jam sem preparador físico e ficam várias semanas sem trabalhar esta área. Um jogador sem potên-cia tem dificuldades em singrar no circuito», disse. Carl Maes foi o preletor do segundo e último dia, em que a Angelini Farmacêutica realizou duas sessões de informação, uma sobre suplementação de magné-sio, por André Ladeira, e a outra subordinada ao tema artroses no desporto, por João Paulo Guima-rães, que reforçou também a necessidade de suplementos para evitar problemas. Depois de uma sessão prática num dos «courts» cobertos do Carcavelos Ténis, Maes, diretor da Academia Kim Klijsters, apre-sentou um programa informático único no mundo: «Energy Lab». Este programa permite compilar toda a informação sobre um joga-dor a nível de rendimento, táticas, pancadas e a forma específica do
tenista analisado, utilizando oito câmaras de vídeo, que captam imagens de diversos ângulos. Depois, as informações são traba-lhadas informaticamente. Antes, Paulo Pereira e Hugo Solinha, do DdD, aludiram ao PNDT (Plano Nacional de Deteção de Talentos), «Play + Stay», «K-O p e n S m a s h t o u r » e «TennisXpress». A conferência, aberta por Vasco Costa, presidente da federação, encerrou com Vítor Cabral a cha-mar João Cunha e Silva e Ema-nuel Couto, para os questionar sobre a compatibilidade entre estudos e treino. Perante os vice-presidentes da FPT José Basílio Pinto Basto, João Paulo Santos (encerrou ofi-cialmente a conferência) e o secretário-geral Santos Costa, Miguel Crespo fechou com a afir-mação: «Portugal é um exemplo para muitos países como se devem fazer, e bem, as coisas».
A iniciativa realizou-se em Carcavelos e,
além das sessões
no Hotel Riviera,
o programa integrou
trabalho num dos «courts»
do Carcavelos
Ténis. O evento teve
a presença de um
painel de preletores de renome
mundial e reu-niu cerca de
100 inscritos,
uma esmagadora
maioria de técnicos
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Carl Maes
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Em todo o país F
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O mundo do futebol conhece-o. Como jogador, foi um dos valores na sua geração
e, depois de dependurar as chutei-ras, abraçou a carreira de treina-dor no Sporting. O que a maioria das pessoas desconhece é o pas-sado de Ricardo Sá Pinto no ténis, com praticante e como juiz de linha. Sá Pinto jogou ténis “dos sete aos 14 anos”, no Porto, no Estrela Vigorosa Sport e no Clube de Ténis do Porto. Por aqueles anos, o atual treinador do OFI Creta, na Grécia, já jogava futebol. «Várias vezes, cheguei a ser convidado para entrar para a competição, mas, como era fede-rado no futebol, era difícil conju-gar com o ténis», recordou Ricar-do Sá Pinto, que recuperou a memória da participação no «Sport Goffy». Ricardo Sá Pinto lembrou que jogou o torneio no Lawn Tennis Club da Foz. «Passei a primeira ronda nos regionais e, na segun
segunda eliminatória, que dava acesso à fase nacional, no Estoril, perdi com um adversário que era um ’pro’ na altura. Acho que foi a única vez em que não me importei de não ganhar, porque não podia viajar para Lisboa devido ao fute-bol», rememorou. Com Bjorn Borg e Ivan Lendl como ídolos, Ricardo Sá Pinto também disputou provas em clu-bes e tornou-se no número dois no Estrela Vigorosa Sport, no Por-to. No entanto, o futebol era a opção de Sá Pinto. «Se não fosse no futebol, seria no ténis que seguiria o profissionalismo, de cer-teza absoluta», garantiu. Naquela altura, acompanhava «muito Pedro Cordeiro, Nuno Mar-ques, Cunha e Silva, Bernardo Mota e Emanuel Couto». O curioso é que Ricardo Sá Pin-to foi juiz de linha «de quase todos eles», nos torneios realiza-dos no norte: no Campeonato Nacional Absoluto realizado no
Um passado
no ténis
Ricardo Sá Pinto tem uma ligação
forte ao ténis, que pratica
regularmente,
«apesar dos joelhos
não ajudarem muito», como sublinhou o treinador de
futebol, atualmente a trabalhar na Grécia
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João Sousa 50.º
Lawn Tennis Club da Foz, Oporto Open, Maia Cup, entre outros. Como juiz de linha, “durante dois a três anos», Ricardo Sá Pinto reuniu boas recordações. «Foi ótimo. Cheguei a ser juiz de linha até um ano e meio antes de ser profissional de futebol, no Salguei-ros, na primeira divisão», decla-rou. Ricardo Sá Pinto considerou que
o ténis português tem qualidade, não só em atletas como em treina-dores e árbitros, mas opinou que há que «criar as mesmas condi-ções que têm os espanhóis, para podermos ser ainda mais competi-tivos e não termos de ver, como no caso de João Sousa, os tenis-tas irem muito novos para fora do país para poderem concretizar os seus sonhos».
Sá Pinto
deseja que o ténis português
ganhe mais competitivi-
dade
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Nova vitória
nas Arábias
M agali de Lattre fez uma pausa nas aulas de ténis na capital dos Emira-
dos Árabes Unidos para voltar a competir. Na Abu Dahbi Wilson Cup, a campeã nacional absoluta em 2005 revalidou o título indivi-dual e voltou a sentir «muitas sau-dades de competir». Com um duplo 6-4, Magali de Lattre impôs-se a Sanjana Sudhir na final da Abu Dahbi Wilson Cup, competição oficial que integra o circuito dos Emirados Árabes Uni-dos, reservada aos escalões de oito a mais de 40 anos, com «prize money» de dez mil euros. «Senti-me bem ao longo do tor-neio. A final não foi num dos meus melhores dias, talvez por causa do cansaço acumulado ao longo da semana, em que tive de dar aulas
Radicada nos Emirados Árabes Unidos há quase três
anos, Magali de Lattre venceu
a Abu Dhabi
Wilson Cup em singulares. Foi o segundo
triunfo consecutivo
no torneio oficial
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e jogar também pares mistos, ao lado de Martim Café», referiu Magali de Lattre, igualmente vice-campeã nacional absoluta em 2004, ano em que conquistou o título em pares, conjuntamente com Neuza Silva. Magali de Lattre, que abando-nou a competição no circuito pro-fissional mundial em setembro de 2011, admitiu que sentiu dificulda-des físicas, «principalmente na final». «Já não é a mesma coisa, não treino como antes. Tento que os pontos sejam mais curtos, para poder aguentar os dois ‘sets’, pelo menos», afirmou. A tenista portuguesa, nascida em Lausana (Suíça), lembrou que não competia «desde o ano pas-sado, no mesmo torneio», que venceu em singulares.
De Lattre afirmou que «o bichinho da competição» nunca mais vai sair dela e deixou a certeza de que vai continuar a competir nos Emirados Árabes Unidos, onde se encontra radicada há quase três
anos.
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«Há poucos torneios de mulheres para jogar [em Abu Dabi], por isso só chego a jogar um ou dois torneios por ano, no máximo», frisou, dedicando o triunfo na Abu Dhabi Wilson Cup ao jornalista Car-
los Figueiredo, falecido recentemente.
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Magali de Lattre revalidou o título em singulares na Abu Dhabi Wilson Cup e dedicou-o ao jornalista Carlos Figueiredo
A corrida para o Masters
O Circuito Nacional de Padel arranca em março. O conjunto de competi-ções, que integra o Cam-
peonato Nacional, permitirá aos concorrentes reunir pontos para a presença no Masters. Destinado a pares masculinos, femininos e mistos, o Circuito Nacional de Padel será constituído por cinco provas Federação Portu-guesa de Ténis (FPT), mais o Campeonato Nacional e eventos oficiais, organizadas pelas associa-ções regionais. Depois do Campeonato Nacional, programado de 20 e 21 de setem-bro, os jogadores mais cotados no «ranking», 16 em masculinos e igual número em femininos, asse-guram a presença no Masters, em data e local a definir. Nos pares mistos, o torneio final do Circuito Nacional de Padel rece-berá os oito primeiros na classifica-ção, em masculinos e femininos. Para atingir o Masters, um joga-dor terá de atuar num mínimo de seis provas: três eventos FPT, Campeonato Nacional e duas com-petições oficiais. Para o «ranking» do Circuito Nacional de Padel, serão consideradas os dez melho-res resultados.
Lisboa na estreia. A primeira
prova do Circuito Nacional de Padel está calendarizada para 29 e 30 de março, em Lisboa. O local da prova será divulgado oportunamente, assim como os das outras competições, a segun-da a 5 e 6 de abril. A terceira prova está prevista para 10 e 11 de maio e a quarta programada para 28 e 29 de junho, novamente em Lisboa. A 5 e 6 de julho, realiza-se a
quinta prova, que antecede o Cam-peonato Nacional, a 20 e 21 de setembro. Após a competição de atribuição dos títulos de campeões nacionais em pares masculinos, femininos e mistos, as classificações determi-narão a presença no Masters.
Sete provas regionais. No
distrito de Lisboa, o conjunto de provas, com prémios monetários, tem já calendário definido. O primeiro torneio do circuito será a 15 de 16 de março, no Car-cavelos Ténis, a contar para a cor-rida ao Masters do Circuito Nacio-nal de Padel. Em maio, de 1 a 4, em local a designar, ocorrerá o Campeonato Regional de Padel, enquanto a segunda prova do circuito em Lis-boa está programada para São
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A corrida para o Masters
João TC, a 17 e 18 do mesmo mês. De 7 a 8 de junho, o circuito prossegue com a prova de CC Quinta da Moura. Em julho, o Lisboa Racket Cen-tre recebe a quarta prova, a 12 e 13.
A penúltima competição do calendário desenrola-se no CIF, de 6 e 7 de setembro e antecede o Campeonato Nacional de Padel. A fechar o conjunto de provas, CT Quinta da Marinha alberga o sexto evento. É a 27 e 28 de setembro.
O circuito termina com o Masters, que reunirá
os mais cotados
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O regresso
ao Mundial A
seleção nacional de ténis em cadeira de rodas vai regressar ao Campeonato do Mundo
Equipas. Cinco anos depois da pri-meira participação, Portugal joga em Antalya, na Turquia, de 29 de março a 2 de abril, a fase de quali-ficação europeia para o Grupo II do Mundial. «Esta será a nossa segunda par-ticipação no Mundial, mas, agora, num figurino competitivo diferente, pois vamos disputar o acesso dire-to ao Grupo II, no qual já estão seis países, faltando apurar mais seis, provenientes das fases de qualifi-cação de Europa (Turquia), África (Quénia), América (Porto Rico) e Ásia (Sri Lanka)», explicou Joa-quim Nunes, coordenador da Fede-ração Portuguesa de Ténis do ténis em cadeira de rodas. A equipa portuguesa —constituída por Carlos Leitão, cam-peão nacional, e João Sanona, vice-campeão — vai discutir um dos seis lugares no Grupo II junta-mente com Croácia, Hungria, Irlan-da, Israel, Lituânia, Roménia, Rús-sia, Espanha, Suíça e Turquia. Joaquim Nunes, que vai capita-near a seleção portuguesa, referiu que a fase de qualificação europeia em Antalya decorrerá «em seis campos de piso de terra batida» e terá uma fase de grupos, em número de quatro. «Depois da fase de apuramento, os vencedores de cada grupo dis-putam o acesso direto ao Grupo II por eliminação direta», disse.
A fase final do Mundial vai reali-zar-se em Alphen, na Holanda, de 26 de maio a 1 de Junho. No Gru-po II, África do Sul, Grécia, Bélgi-ca, Itália, Sri Lanka e Alemanha tiveram entrada direta, faltando apurar seis equipas O sorteio da fase de qualificação europeia do Campeonato do Mun-do de Ténis em Cadeira de Rodas realiza-se a 28 de março e a sele-ção nacional prepara já «a partici-pação no ponto de vista desporti-vo, procurando a melhor presta-ção possível dos jogadores».
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Joaquim Nunes
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O regresso de Portugal ao Mun-dial foi confirmado em finais de fevereiro e Joaquim Nunes ressal-vou o «esforço federativo na reco-lha de meios que suportam a des-locação» da seleção nacional à Turquia.
Memória. A primeira vez em
que Portugal participou no Mundial do Grupo II foi em 2009, em Not-tingham, na Inglaterra, depois de ter recebido um «wild card». Car-los Leitão, Paulo Espírito Santo, João Lobo e Renato Pereira for-
maram a selecão nacional, que teve como «capitão» Joaquim Nunes. Na altura, Alfredo Laranjinha, o coordenador do programa «Jogar Sentado», da Federação Portu-guesa de Ténis, considerou que o convite era «um prémio justo para os atletas portugueses, que têm desenvolvido uma atitude entu-siasta». O sorteio não foi favorável a Portugal e a Áustria, segunda cabeça de série e com o sétimo tenista do mundo, eliminou o sele-cionado português.
O sorteio da fase de
qualificação europeia do
Mundial, com doze
países, realiza-se
a 28 de março
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Carlos Leitão
João Sanona
O Campeonto Europeu de Ténis de Praia já tem data marcada: 8 a 10 de agosto. O local volta a
ser a praia de Brighton, no sul de Inglaterra. No ano passado, Portugal juntou-se a 19 nações para a disputa do Campeonato Europeu, inscreven-do quatro pares, dois em masculi-nos e igual número em femininos. Os pares Ruben Ferreira/Bruno Polónia e Pedro Correia/Filipe Rebelo alcançaram a terceira ron-da (oitavos de final). No quadro feminino, Ana Pereira e Susana Pereira atingiram os quartos de final, enquanto Inês Cristóvão e Joana Roda queda-ram-se pela primeira eliminatória. O mesmo resultado foi obtido pelas duas portuguesas no quadro de consolação. Nos pares mistos, as duplas Susana Pereira/Ruben Ferreira e Ana Pereira/Bruno Polónia ficaram isentos na primeira ronda e acaba-ram por ser afastados na segun-da. A confirmação da data do Cam-peonato Europeu de Ténis de Praia foi realizada pela ITF depois de anunciado em dezembro o Campeonato do Mundo Equipas, novamente em Moscovo, na Rús-sia. O Mundial Equipas está agenda-do de 17 a 20 de julho
Numa praia do sul de Inglaterra
oo de 17 a 20 de julho, pelo tercei-ro ano consecutivo na capital rus-sa. No quadro principal, o seleciona-do de Portugal cedeu frente à Rússia, sétimo cabeça de série, por 3-0. No «play-off» de apuramento dos nono ao 16.º lugares, a forma-ção lusa permitiu os triunfos da Suíça (2-1) e Chipre (3-0).
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Numa praia do sul de Inglaterra
No encontro que decidiu o 15.º e 16.º lugares, a seleção portugue-sa, constituída por Ana Pereira, Susana Pereira, Pedro Correia e Filipe Rebelo, consentiu que a Ucrânia triunfasse, por 2-1. Portugal, que apresentou Hugo Rola como «capitão», classificou-se em 16.º em vinte nações que participaram no Mundial Equipas, no National Tennis Centre.
O Campeonato do Mundo de Ténis de Praia ainda não tem data marcada pela ITF. No ano passa-do, a prova disputou-se em Bagno Delfino, na Itália. Ruben Ferreira e Bruno Polónia, Ana Noro e Inês Santos não lograram a qualifica-ção para a segunda ronda. Nos pares mistos, Noro e Ferreira tam-bém ficaram pela primeira elimina-tória.
O campeonato europeu volta a Brighton. No ano passado, a seleção por-
tuguesa foi uma das 20
equipas
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 21
As duplas feminina e masculina campeãs em Brighton, em 2013
O ténis é... um desporto que gos-to muito de praticar desde pequena e que gostaria poder continuar den-tro de uma carreira profissional.
Jogo ténis… porque faz-me sentir completa.
O que mais gosto no ténis... é competir, viajar, conhecer novas culturas e sítios, encontrar pessoas.
O que mais detesto no ténis… abdicar de sair com amigos se tenho um treino na manhã seguinte e ter cuidados alimentares.
Treinar é... ao mesmo tempo um divertimento e uma profissão.
Sucesso significa… muito traba-lho, dedicação e esforço antes de o alcançar.
No ténis, quero atingir... O melhor que conseguir.
Depois de vencer um encon-tro… fico feliz porque confirma que, anteriormente, fiz um bom trabalho.
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… viajar em torneios com a seleção.
E a maior tristeza no ténis... foi ter lesões
Se eu mandasse no ténis... tenta-ria criar mais ocasiões de intercâm-bio e treino coletivo entre atletas e treinadores.
Em Portugal, o ténis precisa
de… ser mais valorizado.
Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... uma grande recom-pensa pelo muito trabalho que teve de fazer para chegar lá.
Um bom treinador... é competen-te, dedicado e com grande capacida-de de organizar e liderar treinos.
O meu ídolo no ténis é atual-
mente... Roger Federer.
O meu torneio preferido são… os três ITF em Portugal.
A minha superfície preferida é… piso rápido.
No meu saco, não dispenso… as minhas mudas de roupa Tecnifibre, o Magnesium OK para recuperar e prevenir lesões e, obviamente, as minhas quatro raquetas Head.
«Treinar é divertimento»
Treinada há dez anos por Sérgio Moura,
e com Luís Lopes como preparador
físico, Cláudia
Cianci representa
o CETO. Soma dois
títulos em singulares no ITF Junior
(Montenegro e
Quénia) e um em pares
(Cairo)
22 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Cláudia
Cianci
17 anos
D.R
.
Associações Regionais
AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO
AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA
LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO
SETÚBAL VILA REAL VISEU