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Núcleo Comum
Gestão Empresarial
Administração Estratégica
Prof. Me. Achiles Batista Ferreira Junior
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INTRODUÇÃO
Tendo em vista que uma empresa tem objetivos econômicos e
financeiros e obtêm tais resultados por meio dos relacionamentos positivos
com seus clientes, faz-se necessário, agora, estudar a perspectiva interna da
organização baseando-se em Kaplan e Norton (2004): lembre-se que a
perspectiva interna organizacional, que compõe as variáveis do BSC (Balanced
Scorecard), engloba os Processos de Gestão Operacional, os de Gestão de
Clientes, de Inovação e os Regulatórios Sociais.
Boa aula!
PROBLEMATIZAÇÃO
Veremos aqui diversos processos que juntos buscam levar a empresa a
uma situação mais favorável. O ponto principal é a análise do mercado, das
principais tendências que estão surgindo e das vantagens competitivas que
você pode ter em relação aos seus concorrentes.
Tente identificar as tendências e busque entender quais vantagens
seriam exclusivas a você!
PROCESSOS DE GESTÃO OPERACIONAL
Esses processos são formas de produção ou de prestação do serviço
que a organização oferece ao mercado. Por mais que o foco atual seja nos
clientes, é necessário ressaltar que os processos produtivos desempenham o
principal papel em toda a gestão da organização.
Lembre-se que Henri Fayol, um dos pais da administração, já
mencionava no início do século XX que a principal função de uma empresa é a
função técnica, pois dela são derivadas as demais funções essenciais (como
as comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas). Assim
esse processo (gestão operacional) se incumbe do abastecimento, produção,
distribuição e gerenciamento de riscos.
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Aqui, no Brasil, essas teorias demoraram um pouco para chegar, mas
foram sendo absorvidas pelas indústrias aos poucos, principalmente nos anos
1930.
Estude no artigo a seguir, do professor João Miguel Teixeira de Godoy,
algumas iniciativas que mostram a absorção dessas ideias por indústrias
brasileiras da época.
<https://150.162.1.115/index.php/esbocos/article/download/2175-
7976.2010v17n24p37/18488>
DESENVOLVER E SUSTENTAR RELACIONAMENTOS COM SEUS
FORNECEDORES
O objetivo dessa melhoria nos relacionamentos é diminuir o custo de
produção por meio do estabelecimento de uma relação sólida, madura e de alta
confiança com os parceiros fornecedores, garantindo o menor tempo na
entrega do insumo, a qualidade da matéria-prima e a confiança nos prazos
para o abastecimento.
Nesse momento é necessário considerar os fornecedores que oferecem
soluções e não apenas o menor preço da matéria-prima. Isso significa inclusive
promover ações de gestão ambiental para a empresa, como a logística reversa.
Essas soluções também podem aparecer como meios alternativos de
solicitação de materiais (os pedidos on-line) e como flexibilização dos
processos de entrega (terceirização), eliminando processos lentos, ou
obsoletos, e visando um abastecimento ágil e eficaz para o seu parceiro.
Não podemos deixar de lembrar que a qualidade do fornecedor impacta
diretamente na qualidade do produto e serviço da sua empresa, pois no
processo vitorioso os fornecedores ou serviços terceirizados são vistos pelo
cliente como parte integrante do produto/serviço da sua empresa.
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Produzir Produtos e Serviços
O processo de produção ou de prestação de serviços de uma empresa
pode ser mais eficiente desde que se considere a possibilidade de redução dos
custos de produção. Isso pode ser feito pela maximização dos recursos
produtivos (pessoas, máquinas, matérias-primas, tecnologias etc.) e pelo
aumento dos gastos dos clientes, agregando valores aos produtos e serviços.
Além disso, é necessário aprimorar continuamente os processos
produtivos, eliminando esforços desnecessários, tempo perdido, retrabalho e
analisando criteriosamente as tarefas, assim como fez Frederick Taylor ao criar
a Teoria Científica da Administração.
Maximizar o processo produtivo também deve ser uma prioridade,
evitando a perda de matéria-prima, períodos ociosos na produção e
aumentando a confiança nos maquinários. Isso irá melhorar a utilização dos
ativos fixos da empresa, bem como a eficiência do capital de giro com menores
prazos de estoque, menor tempo médio de contas a receber e maior confiança
nos processos comerciais.
Acompanhe a seguir dois exemplos de como a tecnologia e a inovação
podem trazer alternativas para produção que sejam mais baratas e que gerem
valor agregado ao produto.
<http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=agricultores-apostam-no-plantio-de-
tomate-com-reducao-de-custos-e-produtos-0402CC18316EC8B94326>
<http://tnh1.ne10.uol.com.br/video/alagoas-rural/2013/01/09/82623/reducao-de-
custos-e-aumento-na-producao-sao-alguns-dos-beneficios-da-colheita-
mecanizada>
Distribuir e Entregar Produtos e Serviços aos Clientes
Esse é um processo fundamental para a redução de custos de
produção, já que a distribuição sempre é onerosa para qualquer setor. Busque
meios de distribuir com menores custos, de criar canais de distribuição
alternativos e que venham ao encontro das necessidades do cliente. Então é
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necessário cumprir os prazos elevando os percentuais de entregas pontuais
com o intuito de melhorar a imagem da empresa para seus mercados.
PROCESSOS DE GESTÃO DE CLIENTES
O processo de Gestão de Clientes se refere aos mecanismos internos à
organização que aumentam o valor percebido para os seus clientes. Não se
aceita mais a ideia de que tudo o que a empresa oferece será acolhido pelos
clientes. No tempo de Henri Ford, os carros da Ford Motors Company eram
pretos, porque só se produziam carros pretos.
A intenção de Ford era otimizar a produção utilizando sempre a cor de
tinta que seca mais rápido. Como a linha de produção era única e sempre
seguia os mesmos processos, todos os carros eram iguais.
Sabemos que isso mudou, mas como? É o que você pode conferir no
breve artigo de Roberto Caproni, a seguir.
<http://www.jornaldosite.com.br/arquivo/anteriores/caproni/artcaproni49.htm>
Atualmente se produz exatamente aquilo que o cliente determina pelo
preço que a empresa determina, por meio dos valores agregados a ele.
Em uma economia altamente globalizada é mais comum a criação de
laços afetivos entre empresa e clientes, é o que se chama de Marketing de
Relacionamento. Quando a empresa consegue estabelecer vínculos
duradouros, capazes de gerar negócios de longo prazo, a fidelidade à marca é
estabelecida.
Esse marketing de relacionamento é amplamente incentivado pelas
empresas por meio da busca incessante pela Qualidade no Atendimento. Esse
é um processo interno da organização que compreende a seleção de clientes:
seu objetivo maior é concentrar-se apenas em clientes estratégicos.
Consiste na identificação de segmentos e nichos de mercado ainda
pouco explorados, objetivando criar produtos e serviços que sejam ajustáveis
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às necessidades e expectativas desses mercados, buscando adicionar valor a
esse relacionamento.
A seleção de clientes compreende a busca pela segmentação do
mercado e a separação dos consumidores lucrativos e com possibilidades da
realização de posteriores negócios com aqueles que não caracterizam o
público-alvo da empresa. Assim, o foco de qualquer organização devem ser
aqueles com reais possibilidades de gerar lucros econômicos!
Conquista de Clientes
Esse é considerado um dos processos mais complexos na
administração de empresas, já que envolve alto investimento, tanto para a
conquista, quanto para manter os clientes já existentes. Em um primeiro
momento, deve-se oferecer um produto com preço competitivo, com qualidade
aceitável pelos mercados e com uma comunicação clara, direta e que envolva
a satisfação de necessidades e desejos de consumidores ávidos a tornarem-se
clientes da sua empresa.
Nesse momento a organização deve divulgar os seus atributos de valor,
aquelas características que a diferenciam da concorrência. Paralelamente
escolhem-se os melhores veículos de comunicação para que efetivamente seja
possível conquistar tais consumidores.
O próximo passo é transformar esse consumidor que ocasionalmente
está tendo uma relação comercial com a sua empresa em um cliente fiel, ou
seja, estimular que se criem laços de lealdade, capazes de serem mensurados
por meio do marketing de relacionamento.
Retenção de Clientes
Às vezes o consumidor compra determinado produto ou serviço
seduzido por promoções especiais, porém a qualidade percebida, o
atendimento, o pós-venda e a real imagem que se teve da empresa é inferior à
expectativa, isso faz com que ele não se torne um cliente fiel.
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É muito mais barato manter clientes do que conquistá-los e a fórmula é
simples: cumpra o que foi prometido, ou seja, faça com que a expectativa do
seu cliente seja ao menos contemplada e se ela for superada o cliente pode se
tornar fiel.
Os clientes leais pagam pelo preço que acham justo, geralmente não é o
preço mais baixo que garante a sua permanência e eles sempre acham uma
justificativa para essa atitude. É a percepção de qualidade, exclusividade e de
valor atribuído aos seus produtos e serviços que os mantém satisfeitos!
Crescimento da Carteira de Clientes
Esse processo busca expandir o volume de consumo de clientes atuais,
seja por meio do oferecimento de novos produtos e serviços, ou pela compra
de produtos com valores adicionais. “Significa vender o sapato e juntamente
com ele, o cinto e a meia”, ou seja, agregar aos mesmos consumidores,
maiores possibilidades de alargar as margens de lucro, objetivando satisfação
de ambos os lados.
O CRM, ou Customer Relationship Management, é um conjunto de
abordagens e ferramentas que buscam melhorar o relacionamento da empresa
com seus clientes.
CRM – Customer Relationship Management
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No link abaixo, do portal do administrador, você poderá encontrar muito
mais sobre esse conceito.
<http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/crm-o-que-e-crm-e-
como-funciona/34063/>
PROCESSOS DE INOVAÇÃO
A inovação é uma regra no meio empresarial, principalmente nesse
período de globalização e de produtos altamente competitivos. Assim os
gestores das empresas precisam considerar duas situações: eles precisam
inovar nos produtos/serviços e, certamente, serão analisados e copiados pela
sua concorrência.
Atualmente as tecnologias estão à disposição de todas as empresas,
sejam elas, grandes, pequenas, do interior, da metrópole, enfim, a inovação
está acessível. Porém o que diferencia uma empresa vencedora das demais
não é apenas o pioneirismo na implantação de novas tecnologias, mas sim
como demonstrá-la para seus clientes.
Como discutimos anteriormente, será que administrar é uma ciência ou
uma arte? Podemos agora perceber que é sim uma ciência, pois envolve tanto
conhecimento técnico quanto científicos, mas também precisa do talento de um
artista, pois fazer com que o cliente perceba sua empresa como inovadora,
moderna e atenta às oportunidades não é fácil.
Para que você conheça os conceitos e o histórico da inovação acesse o
material a seguir, criado por Carlos Yukimura:
<http://prezi.com/dmq1ubwvgl9p/inovacao-conceitos-e-modelos/>
Identificação de Oportunidades
Iniciamos nossa explanação sobre inovação abordando a identificação
de oportunidades. Essa etapa nada mais é do que a aplicação do processo de
gestão de clientes, baseado em outras variáveis como inovação tecnológica,
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mudanças em legislações, necessidades dos consumidores e mudanças no
comportamento.
No estudo de Stadler, Gonçalves, Angelotti e Halicki (2008), são
discutidas as variáveis de mapeamento das influências ambientais internas e
externas, abrangendo concorrentes, clientes, preço, publicidade, funcionários,
informatização, tomada de decisões e poder público.
Isso comprova que as oportunidades em um processo constante de
inovação não necessariamente vêm do meio externo, mas sim de análises de
todos os envolvidos com o negócio da organização.
Além de se antecipar às futuras necessidades dos clientes, a etapa de
identificação de oportunidades também visa desenvolver produtos e serviços
mais eficazes, seguros e que efetivamente sejam úteis para os seus
consumidores finais.
No ramo da tecnologia da informação vê-se claramente que os
hardwares e softwares estão sendo desenvolvidos visando contemplar as
necessidades mais específicas dos consumidores, que têm à disposição uma
grande variedade de produtos e serviços.
Todas as organizações aprendem, conscientemente ou não, que essa é
a base do desenvolvimento sustentável e cada membro da organização deve
estar incluso nesse aprendizado. Portanto, o conhecimento do processo de
aprendizagem individual é fundamental.
Portfólio de Pesquisa e Desenvolvimento
Pesquisa e desenvolvimento é um processo que as organizações
realizam formalmente ou informalmente. Sob uma perspectiva profissional é
relevante que exista um portfólio de pesquisa e desenvolvimento, onde possam
ser acompanhados os projetos identificados na fase anterior, bem como os
objetivos a serem alcançados com a sua implementação.
Assim, o gerenciamento de produtos no decorrer das fases de
desenvolvimento e a redução de tempo e dos custos no seu ciclo são
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abordados por esse processo. A gestão de portfólio foca nas inovações e nos
segmentos de mercado identificados anteriormente na etapa de gestão de
clientes.
Projeto e Desenvolvimento
Depois de identificar as oportunidades e estabelecer um programa de
pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, é relevante
operacionalizar esse processo pela implantação dessas inovações aos clientes.
É importante destacar que as grandes corporações realizam o
desenvolvimento de produtos por meio de um departamento formalizado e
oficializado, responsável por essa etapa. Porém as pequenas empresas, os
microempresários e aqueles gestores que administram seus negócios com
base no improviso, muitas vezes, realizam essa etapa com muito sucesso.
Pela experiência de vida, conhecimento do mercado e muito talento,
esses empresários são bem-sucedidos nesse processo mesmo sem
conhecimento científico/teórico e isso merece o nosso reconhecimento. Porém
nós, gestores modernos, não podemos ignorar as ferramentas existentes e
deixar nossa empresa padecer sem nossa intervenção.
Utilizemos como exemplo um pet shop (segmento com grandes
perspectivas de crescimento na atualidade) onde o empresário percebendo que
os serviços de banho e tosa não são mais suficientes, já que os concorrentes
também o fazem, sente a demanda e desenvolve novos serviços para os
animais, como serviço de hospedagem.
Esse exemplo é uma grande oportunidade para a implementação de um
serviço novo em um mercado onde a demanda cresce exponencialmente. Esse
empresário pode ter utilizado apenas o seu conhecimento técnico para
desenvolver o serviço, porém ele o fez.
Enfim, nos estudos de marketing o desenvolvimento de produtos e
serviços precisa de atenção bastante especial, a fim de evitar desperdícios de
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tempo, dinheiro e de desgaste de imagem para a organização, por ter lançado
produtos com baixa aceitação do mercado.
Lançamento de Novos Produtos e Serviços
É hora de apresentar aos prováveis consumidores os produtos e
serviços que foram identificados anteriormente e passaram, formal ou
informalmente, pelas etapas anteriores.
Nesse momento, em caráter experimental, a empresa oferece seus
produtos ou serviços utilizando estratégias para quebrar as barreiras de
aceitação pelos mercados. A produção em nível esperado não é de imediato,
pois à medida que se lançam novidades é necessário monitorar a sua
aceitação e com base nesses dados replanejar a produção da organização.
É importante destacar que os produtos lançados podem ser e
certamente serão copiados pela concorrência em um curto período de tempo.
Por isso destaca-se que os valores percebidos pelos clientes devem ser
bastante diferenciados a ponto de mantê-los fiéis e pouco sensíveis às ofertas
da concorrência.
PROCESSOS REGULATÓRIOS SOCIAIS
Atualmente podemos considerar que as empresas estão vivendo uma
fase denominada era da gestão socioambiental, já que grande parte das
corporações modernas atrelam suas estratégias de negócios às práticas
sociais e ambientais corretas e de forma que possam se reverter em
lucratividade para ela.
Não precisamos nos esforçar para detectar nos discursos das empresas
a fala social e ambiental. Isso se dá por diversos fatores, como a criação e
aplicação de leis de proteção às pessoas e ao ambiente, o trabalho da mídia e,
principalmente, pelas mudanças no comportamento do consumidor, já que
graças a ele, as empresas implementam e divulgam essas ações politicamente
corretas.
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Nesta etapa, da perspectiva interna organizacional, falaremos sobre o
relacionamento da empresa com todos os seus stakeholders e de que forma
esse relacionamento pode ser proveitoso para todos. Envolve meio ambiente,
segurança, saúde, emprego e comunidade.
Meio Ambiente
Ao abordar a questão ambiental na perspectiva interna, precisamos
relembrar alguns conceitos da Abordagem Sistêmica da Administração, que vê
as organizações como sistemas altamente dinâmicos que interagem uns com
os outros.
Segundo Andrade (2002) os princípios de gestão ambiental estão
pautados na concepção sistêmica, onde a compreensão do todo é mais
importante que o conhecimento das partes.
“A organização deve ser visualizada como um conjunto de partes em constante interação, constituindo-se em um todo orientado para determinados fins, em permanente relação de interdependência com o ambiente externo” (ANDRADE, 2002, p. 90).
A implantação de um modelo de gestão ambiental muito se assemelha a
implantação de outros processos de gerenciamento. É necessário delinear
claramente os objetivos estratégicos da empresa com tais programas:
objetivos, meios e resultados.
Como em qualquer processo, cada empresa é analisada individualmente
na elaboração das suas estratégias, sendo necessário analisar a organização e
o ambiente onde a organização está inserida para então sugerir um modelo de
gestão ambiental.
Um adequado modelo de gestão ambiental fará com que seja possível
unir os objetivos e decisões estratégicas da organização com as decisões
ambientais, culminando no resultado esperado (diminuição do impacto).
É necessário que as empresas tenham claramente definidos, ao elaborar
as suas estratégias internas, o consumo de energia e de recursos utilizados
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nos processos de produção e distribuição, já que existem pressões sociais e de
órgãos reguladores para a diminuição desses impactos.
Muito se tem pesquisado nesse setor, já que além de representar menor
custo operacional para a empresa, também é possível obter ganhos de imagem
perante os mercados pela potencialização dos recursos disponíveis.
Da mesma forma os efluentes líquidos e gasosos não representam
apenas ameaças à natureza, mas geram prejuízos por ligar a marca à
agressão à natureza, matas, águas, solos e ar. Muitos consumidores
abandonam a empresa por tais motivos.
O descarte de resíduos sólidos tem sido alvo de campanhas que
envolvem a população, dessa forma as empresas que produzem tais resíduos,
precisam aliar essa variável ambiental aos seus objetivos estratégicos
organizacionais.
Sob esse aspecto também é importante destacar que as empresas são
responsáveis inclusive pelo descarte das embalagens de seus produtos.
Os produtos de limpeza, por exemplo, não podem agredir a saúde dos
usuários, devem ser biodegradáveis ou ao menos facilmente eliminados na
natureza, sua embalagem deve oferecer o menor risco ao ir para lixões e/ou
depósitos e preferencialmente deve ser reciclável.
Mais um exemplo são as baterias de celular usadas, que poderiam estar
em aterros sanitários ou nas ruas, porém as empresas estão incentivando a
devolução desse produto ao fabricante para que os impactos ambientais sejam
minimizados.
Assim percebemos que o impacto ambiental do produto está diretamente
ligado à criação de valor para a empresa.
Nessa perspectiva, ressalta-se a importância dos produtos com logística
reversa, ou seja, aqueles cuja embalagem (que seria descartada) volta ao
início do processo produtivo e é utilizada novamente. Essa ferramenta, por
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vezes, esbarra no seu alto custo, porém os consumidores a veem com bons
olhos e valorizam essas organizações.
Acompanhe um exemplo de logística reversa de produtos eletrônicos:
<http://www.youtube.com/watch?v=MJwJFnes1qE>
Indicadores de Gestão Ambiental
Para Tachizawa (2002), os indicadores têm a função de mensurar o
impacto da organização sobre o ambiente onde está inserida e o desempenho
interno frente ao desempenho global. Por meio de formas qualitativas, procura-
se identificar áreas sensíveis e críticas à ação prevista ou, por formas
quantitativas, faz-se a mensuração dos valores e índices dos elementos que
compõe o ambiente.
É necessário ressaltar que os objetivos estratégicos da gestão ambiental
para as empresas devem resultar em benefícios para todos os envolvidos. As
principais melhorias estão na segurança do trabalho e na higiene.
Para Chiavenato a segurança no trabalho é:
“o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas” (CHIAVENATO, 1997, p. 448).
A higiene, a saúde e a segurança no trabalho têm como objetivo garantir
condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter o nível de
saúde física, mental e espiritual dos colaboradores, pois a busca do equilíbrio
entre esses elementos tem como objetivo aumentar o conforto e a satisfação
dos colaboradores.
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Para as organizações, o custo de investimento em prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais é inferior ao prejuízo por funcionários
doentes ou ausentes do trabalho. Sob essa perspectiva, cada vez mais os
investimentos na saúde, higiene, segurança e qualidade de vida são vistos
como estratégicos para as empresas.
Práticas Trabalhistas
Essa variável se refere ao relacionamento entre empresa e funcionários,
utilizando práticas trabalhistas condizentes com a legislação pertinente e que
venham ao encontro dos direitos humanos no que diz respeito à proteção ao
indivíduo.
Ela também se relaciona com a oferta de vagas para minorias,
mostrando o respeito à diversidade, às limitações e particularidades das
pessoas, oportunizando um ganho social ao ambiente onde está inserida. Tudo
isso com o objetivo de oferecer práticas de trabalho justas, criando ambientes
éticos em que as pessoas têm liberdade de expressão.
Equiparar homens e mulheres em cargos de chefia, proporcionar
ingresso por meio de programas de incentivo às comunidades carentes ou
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pessoas excluídas socialmente e o relacionamento entre a empresa e os
sindicatos também deve ser saudável, preservando sempre o interesse do
funcionário.
Comunidade
Atualmente muito se fala no impacto das empresas nas comunidades.
Isso inclui a poluição, a destruição da natureza, a utilização dos recursos
naturais e tudo o que a empresa pode impactar negativamente no local onde
está inserida.
Porém não podemos deixar de reconhecer que as empresas são a força
motriz da sociedade e que delas é que surgem as riquezas que fazem com que
as pessoas se aglomerem em metrópoles e busquem melhores oportunidades
de vida. Assim foi no período pós Revolução Industrial.
Os impactos das empresas nas comunidades do entorno devem ser
monitorados com muita cautela, pois quanto melhor for essa relação, mais
benefícios para a empresa.
Os projetos sociais são amplamente incentivados para melhorar esse
relacionamento, pois deles são extraídos insumos para a publicidade positiva
da organização. Com esses projetos, além dos benefícios para a comunidade,
faz-se uma ampla divulgação que é bem vista pelos consumidores, trazendo a
imagem de uma empresa socialmente responsável.
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Esse quadro pode resumir em poucos indicadores as principais variáveis
a serem mensuradas para a perspectiva interna, desde a qualidade do produto
ou serviço até o lançamento de novos projetos na organização.
É importante destacar que não são somente as empresas privadas que
utilizam os Mapas Estratégicos do BSC, muitas organizações públicas ou do
terceiro setor possuem mapas estratégicos bem definidos e interligados.
A interligação ocorre por meio das relações de causa e efeito, que
demonstram aos colaboradores, acionistas, clientes e demais stakeholders a
operacionalização da estratégia, atribuindo a participação dos setores dentro
das perspectivas criadas por Kaplan e Norton.
SÍNTESE
Você estudou nesta etapa os processos que estão inclusos na
administração do BSC (Balanced Scorecard). Administrar bem os processos de
gestão operacional, de clientes, da inovação e os regulatórios sociais são uma
maneira de manter a sua empresa competitiva em diversos cenários e frentes
de atuação.
Essa metodologia é bem abrangente e pode ser aplicada à maioria das
empresas! Mantenha-se informado sobre essas influências e não se esqueça
de fazer os exercícios ao final desse tema.
Sucesso!
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QUESTÕES
1. A perspectiva interna organizacional que compõe as variáveis do BSC
(Balanced Scorecard) são:
a. Processos de Gestão Operacional; Gestão de Clientes; Inovação;
Regulatórios Sociais.
b. Processos de Gestão Operacional; Gestão de custos; Inovação;
Regulatórios Sociais.
c. Processos de Gestão estratégica; Gestão de Clientes; Inovação;
Regulatórios Políticos.
d. Processos de Gestão Operacional; Gestão da Concorrência; Vendas;
Regulatórios Políticos.
2. “O conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas,
empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições
inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as pessoas da
implantação de práticas preventivas” (CHIAVENATO, 1997 p. 448), é
identificado na gestão empresarial como:
a. BCG
b. CVP
c. Segurança no trabalho
d. BSC
3. Qual é o processo que formalmente ou informalmente as organizações
realizam, sob uma perspectiva profissionalizada, e que pode compor um
portfólio, onde são acompanhados os projetos identificados na fase anterior,
bem como os objetivos a serem alcançados com a sua implementação,
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a. Segurança no trabalho
b. SWOT
c. Contratação temporária
d. Pesquisa e desenvolvimento
4. No início do século XX e a principal função de uma empresa é a função
técnica, pois dela são derivadas as demais funções essenciais em uma
empresa (como as comerciais, financeiras, segurança, contábeis e
administrativas). Assim esse processo (gestão operacional) tem a
incumbência de abastecimento, produção, distribuição e gerenciamento de
riscos, tal afirmação é creditada a:
a. Henri Chandler, um dos pais da administração.
b. Henri Fayol, um dos pais da administração.
c. Henri Ford, um dos pais da engenharia.
d. Henri de Bolt, um dos pais da economia.
5. É considerada uma regra no meio empresarial, nesse período de
globalização e de produtos altamente competitivos, uma maneira de fazer
com que os gestores das empresas considerem essa situação como
principal, trata-se de:
a. Inovação
b. Segmentação cultural
c. Segmentação demográfica
d. Segmentação socioeconômica
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Gabarito comentado:
Questão 1
A alternativa correta é a A.
O BSC tornou-se um importante instrumento de alinhamento entre
processos e estratégias, na medida em que associa concretamente os fatores
impulsionadores do desempenho com medições de resultado.
Questão 2
A alternativa correta é a D.
O termo pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou investigação e
desenvolvimento (I&D) tem um significado comercial importante que é
independente da associação tradicional com pesquisa e desenvolvimento
tecnológico. As líderes de mercado são grandes investidoras em novas
tecnologias e suporte de processos de produção, por outro lado, empresas que
dependem somente de avanços tecnológicos são vistas como um terreno
arriscado para investimentos em longo prazo, pois se estão em busca
constante de inovação e renovação de linha, a obsolescência tende a oferecer
um tempo menor de lucratividade no retorno final.
Questão 3
A alternativa correta é a D.
O termo pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou investigação e
desenvolvimento (I&D) tem um significado comercial importante que é
independente da associação tradicional com pesquisa e desenvolvimento
tecnológico. As líderes de mercado são grandes investidoras em novas
tecnologias e suporte de processos de produção, por outro lado, empresas que
dependem somente de avanços tecnológicos são vistas como um terreno
arriscado para investimentos em longo prazo, pois se estão em busca
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constante de inovação e renovação de linha, a obsolescência tende a oferecer
um tempo menor de lucratividade no retorno final.
Questão 4
A alternativa correta é a D.
O engenheiro francês Jules Henri Fayol lutou mais de 30 anos tentando
salvar da falência uma indústria de mineração e aço. Seu esforço não foi em
vão, pois adquiriu o costume de anotar diariamente os fatos que chamavam
sua atenção. Constatou que o que fazia uma empresa funcionar eram seis
funções. Esta divisão é até hoje predominante no processo de
departamentalização das organizações: funções técnicas, comerciais,
financeiras, segurança, contábeis e administrativas.
Questão 5
A alternativa correta é a A.
Inovação é a exploração com sucesso de novas ideias e seu sucesso
para as empresas significa aumento de faturamento, acesso a novos
mercados, aumento das margens de lucro, entre outros benefícios.
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, L. C. G. de. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados
nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2004.
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abrangente da modera administração das organizações. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
DIAS, R. Introdução à administração: da competitividade à sustentabilidade.
Campinas: Editora Alínea, 2003.
FERREIRA JUNIOR, A. B.; RIEPING, M. ITREND´S, Análise e Tendência de
Mercados. Curitiba: Editora Intersaberes, 2014
KAPLAN, R.; NORTON, D. Mapas Estratégicos: Balanced Scorecard -
convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração - Edição Compacta. São
Paulo: Editora Atlas, 2006.
NOGUEIRA, A. J. F. M. Teoria Geral da Administração para o século XXI.
São Paulo: Ática, 2007.
RIBEIRO, A. L. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2003.
SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende.
São Paulo: Editora Best Seller, 2006.