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XVI Seminário Sobre a Economia Mineira – Diamantina, 16 a 20 de setembro de 2014 EMANCIPAÇÕES DISTRITAIS EM MINAS GERAIS NA DÉCADA DE 1990 E SUAS RELAÇÕES COM O FLUXO MIGRATÓRIO DAS MESORREGIÕES MINEIRAS MARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/UFMG MARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/UFMG [email protected] [email protected] RICARDO ALEXANDRINO GARCIA - UFMG RICARDO ALEXANDRINO GARCIA - UFMG [email protected] [email protected] Diamantina, 18 de setembro de 2014 Diamantina, 18 de setembro de 2014

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XVI Seminário Sobre a Economia Mineira – Diamantina, 16 a 20 de setembro de 2014

EMANCIPAÇÕES DISTRITAIS EM MINAS GERAIS NA DÉCADA DE 1990 E SUAS RELAÇÕES COM O FLUXO

MIGRATÓRIO DAS MESORREGIÕES MINEIRAS

MARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/UFMGMARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/[email protected]@gmail.com

RICARDO ALEXANDRINO GARCIA - UFMGRICARDO ALEXANDRINO GARCIA - [email protected]@gmail.com

Diamantina, 18 de setembro de 2014Diamantina, 18 de setembro de 2014

XVI Seminário Sobre a Economia Mineira – Diamantina, 16 a 20 de setembro de 2014

EMANCIPAÇÕES DISTRITAIS EM MINAS GERAIS NA DÉCADA DE 1990 E SUAS RELAÇÕES COM O FLUXO

MIGRATÓRIO DAS MESORREGIÕES MINEIRAS

MARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/UFMGMARCOS ANTÔNIO NUNES - IGTEC/[email protected]@gmail.com

RICARDO ALEXANDRINO GARCIA - UFMGRICARDO ALEXANDRINO GARCIA - [email protected]@gmail.com

Diamantina, 18 de setembro de 2014Diamantina, 18 de setembro de 2014

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

• Por que estudar as emancipações distritais?

• Na pesquisa utilizou-se a análise comparativa dos saldos migratórios

• Breve panorama do municipalismo brasileiro

• É possível mensurar o grau de sucesso das emancipações?

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O MUNICIPALISMO NOS PERÍODOS E CONSTITUIÇÕES O MUNICIPALISMO NOS PERÍODOS E CONSTITUIÇÕES BRASILEIRASBRASILEIRAS

• BRASIL COLÔNIA: Casas Legislativas Municipais – interesses locais. O

município tinha um presidente e três vereadores. São Vicente (1532)

• BRASIL IMPÉRIO (Const. 1824): Centralismo – restrição do exercício das

funções municipais. Municípios perdem a função judicante que lhes dera prestígio.

• BRASIL REPÚBLICA (Const. 1891): Retorno da autonomia municipal – leis

orgânicas municipais, sem, contudo, ter plena autonomia.

• SEGUNDA REPÚBLICA – “Governo Constitucional” (Const. 1934): Os

municípios foram dotados de mais recursos financeiros – retirada dos estados

uma parcela dos seus impostos.

• ESTADO NOVO (Golpe de Estado) (Const. 1937): Retoma o modelo

centralizador; os prefeitos seriam nomeados pelos governadores e não mais

eleitos.

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O MUNICIPALISMO NOS PERÍODOS E CONSTITUIÇÕES O MUNICIPALISMO NOS PERÍODOS E CONSTITUIÇÕES BRASILEIRASBRASILEIRAS

• CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA (1946): Renasce o municipalismo no Brasil.

Redistribuição de tributos a favor de estados e municípios. Surgem municípios em

todos os estados. (Fim da Seg. Guerra, fim do nazifacismo, renasce o pluripartidarismo

no Brasil).

• REGIME MILITAR (Const. 1967): Novo centralismo, limitou a criação de municípios

para não cometer os excessos verificados após a Const. 1946.

• CONSTITUIÇÃO CIDADÃ (1988): Restabeleceu a autonomia dos municípios e

assegurou-lhes a transferência de outros impostos, além de governo próprio mediante

voto popular. Autonomia às assembleias estaduais para legislarem sobre a criação de

municípios.

• EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 15 (1996): Novo freio, lei complementar federal

para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios.

Incorporação: reunião de um município a outro. Um deles perde a personalidade.

Fusão: União de dois ou mais municípios, os dois perdem a personalidade.

Desmembramento: Separação de parte de um município para se integrar a outro.

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EMANCIPAÇÕES E EMANCIPAÇÕES E CONSTITUIÇÕESCONSTITUIÇÕES

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EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MUNICÍPIOS NO BRASILEVOLUÇÃO DO NÚMERO DE MUNICÍPIOS NO BRASIL

Tabela 3: Evolução do número de municípios brasileiros (1940-2013)

Ano Número de municípios Taxa de crescimento entre períodos (%)

1940 1.574 -

1950 1.889 20,0

1960 2.766 46,4

1970 3.952 42,9

1980 3.991 1,0

1991 4.491 12,5

2000 5.507 22,6

2010 5.565 1,1

2013 5.570 0,1

Fonte: Adaptado de Bremaeker (1991); dados de 2000 e 2010 são do IBGE.Nota: O número de municípios para 2013 não figura no site oficial.

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EMANCIPAÇÕES POR REGIÕESEMANCIPAÇÕES POR REGIÕES

REGIÃO/ESTADO ANO

Centro-Oeste 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013*

Distrito Federal 1 1 1 1 1 1 1

Goiás 146 169 173 211 242 246 246

Mato Grosso 29 34 55 95 126 141 141

Mato Grosso do Sul 35 50 55 72 77 78 79

Sub-total 211 254 284 379 446 466 467

Nordeste 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013

Alagoas 69 94 94 97 101 102 102

Bahia 194 336 336 415 415 417 417

Ceará 142 142 141 178 184 184 184

Maranhão 91 130 130 136 217 217 217

Paraíba 88 171 171 171 223 223 223

Pernambuco 103 165 165 168 185 185 185

Piauí 71 114 114 118 221 224 224

Rio Grande do Norte 83 150 150 152 166 167 167

Sergipe 62 74 74 74 75 75 75

Sub-total 903 1.376 1.375 1.509 1.787 1.794 1.794

Norte 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013

Acre 7 7 12 12 22 22 22

Amapá 5 5 5 9 16 16 16

Amazonas 44 44 44 62 62 62 62

Pará 60 83 83 105 143 143 144

Rondônia 2 2 7 23 52 52 52

Roraima 2 2 2 8 15 15 15

Tocantins 33 52 50 79 139 139 139

Sub-total 153 195 203 298 449 449 450

Sudeste 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013

Espírito Santo 37 53 53 67 77 78 78

Minas Gerais 483 722 722 723 853 853 853

Rio de Janeiro 62 64 64 70 91 92 92

São Paulo 503 571 571 572 645 645 645

Sub-total 1.085 1.410 1.410 1.432 1.666 1.668 1.668

Sul 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013

Paraná 162 288 290 323 399 399 399

Rio Grande do Sul 150 232 232 333 467 496 497

Santa Catarina 102 197 197 217 293 293 295

Sub-total 414 717 719 873 1159 1188 1191

TOTAL 2.766 3.952 3.991 4.491 5.507 5.565 5.570

Tabela 1- Evolução do número de municípios brasileiros segundo a região e unidades da Federação (1960-2013)

Fonte: IBGE. Disponível em: <http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/>. Acesso em: 9 set. 2014.Nota: Dados adaptados do mapa temático do sítio do IBGE. Os dados para o ano de 2013 se referem às cinco emancipações ocorridas judicialmente a partir de janeiro de 2013.

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DADOS GERAISDADOS GERAIS

• Brasil: 5.570 municípios (2013)

• Área em km²: 8.515.767,049 (IBGE)

• Área média municipal: 1.528,863km²

• Área média municípios mineiros: 687,986km² (IGTEC/SECTES-MG)

Tabela 4- Total de municípios e área média municipal segundo as regiões brasileiras

 REGIÃO

NÚMERO DE MUNICÍPIOS

(2013)ÁREA (KM²)

ÁREA MÉDIA MUNICIPAL

(KM²)

Norte 450 3.853.575,6 8.563,5

Nordeste 1.794 1.554.387,7 866,4

Sudeste 1.668 924.596,1 554,3

Sul 1.191 563.802,1 473,4

Centro-Oeste 467 1.606.366,8 3.439,8

FONTE: Adaptado de Bremaeker (1991); dados territoriais do IBGE.

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SEDES DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS E SUAS SEDES DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS E SUAS CATEGORIAS - 2000CATEGORIAS - 2000

Figura 1- Sedes dos municípios brasileiros em 2000.Fonte: LESTE/IGC/UFMG.

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MUNICÍPIOS-MÃE E EMANCIPADOS NA DÉCADA DE MUNICÍPIOS-MÃE E EMANCIPADOS NA DÉCADA DE 19901990

Figura 2- Sedes municipais dos municípios remanescentes e emancipados na década de 1990.Fonte: LESTE/IGC/UFMG.

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MUNICÍPIOS EMANCIPADOS NA DÉCADA DE MUNICÍPIOS EMANCIPADOS NA DÉCADA DE 19901990

Figura 3- Municípios emancipados na década de 1990.Fonte: LESTE/IGC/UFMG.

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EMANCIPAÇÕES E MOTIVAÇÕESEMANCIPAÇÕES E MOTIVAÇÕES

• Estudo realizado junto aos municípios emancipados apontou as principais razões para a criação de municípios:

• O descaso da administração do município de origem (54,2% dos casos);

• A existência de uma forte atividade econômica local (23,6%):

- importante: não destruição das bases econômicas do município (BARACHO, 2000).

- Estudo Viabilidade Econômica – Evitar o caráter político-eleitoral das emancipações;

• A grande extensão territorial do município de origem (20,8%):

- Senador Blairo Maggi (MT), o caso de Altamira no Pará ;

• O grande aumento da população local, apontado por 1,4%.

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METODOLOGIAMETODOLOGIA

• Foram selecionadas as colunas relativas às migrações internas

• Seleção e distinção das categorias municipais: municípios “filhos” ou

emancipados; municípios “mães”, ou remanescentes; e municípios que

não tiveram emancipações, ou “neutros”.

• Foram filtrados os dados das 12 mesorregiões mineiras, a partir do

banco de dados de migração do Estado de Minas Gerais (planilha

eletrônica), segundo aquelas categorias.

• Foram calculados os saldos migratórios e as taxas líquidas de

migração para as mesorregiões mineiras.

• Foram escolhidos para a análise os períodos quinquenais 1995-2000 e

2005-2010.

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METODOLOGIAMETODOLOGIA

Adotou-se as 12 mesorregiões do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), por elas sintetizarem as diferentes regiões mineiras.

Figura 4- Mesorregiões de Minas Gerais estabelecidas pelo IBGE.Nota: Elaborado pelo Instituto de Geociências Aplicadas, hoje Instituto de Geoinformação e Tecnologia – IGTEC.

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RESULTADOSRESULTADOS

• No entanto, o balanço migratório, no cômputo geral, é positivo nos municípios recém-criados, mesmo aqueles localizados em regiões com histórico de repulsão demográfica.

• Estudo de Augusto & Brito (2006), apontou taxas líquidas de migração negativas no quinquênio 95/00 em várias microrregiões do estado, notadamente naquelas com histórico de emigração: “[...] Por outro lado, Peçanha (Vale do Rio Doce) e Araçuaí (Vale do Jequitinhonha), com taxas negativas superiores a 7,0%, foram as mais baixas do Estado”.

• O que confirmou a hipótese aventada pela pesquisa.

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RESULTADOSRESULTADOS

Tabela 5- Saldo migratório das mesorregiões de Minas Gerais, Minas Gerais, demais unidades da Federação e Brasil, segundo as categorias municipais, nos períodos de 1995-2000 e 2005-2010

Mesorregiões e outras Unidades Espaciais

Neutros Filhos Mães

1995-2000 2005-2010 1995-2000 2005-2010 1995-2000 2005-2010

Noroeste de Minas -3.046 -3.240 2.371 1.221 -6.578 -4.765

Norte de Minas -10.924 -8.922 5.051 -1.935 -40.806 -33.753

Jequitinhonha -25.966 -23.756 70 -1.136 -15.757 -9.341

Vale do Mucuri -9.381 -6.565 194 -1.942 -15.741 -7.642

T. Mineiro e A. Paranaíba 30.360 31.403 547 2.412 6.129 7.666

Central Mineira -7.392 -1.727 - - - -

Metrop. de Belo Horizonte 35.154 -3.805 15.858 14.146 38.616 30.857

Vale do Rio Doce -28.760 -24.168 9.354 9.639 -18.451 -10.769

Oeste de Minas 16.456 19.328 125 16 123 249

Sul e Sudoeste de Minas 45.517 13.211 839 594 3.214 1.528

Campo das Vertentes 1.359 -1.483 1.056 1.057 142 51

Zona da Mata 10.197 -2.814 3.982 1.576 -7.897 -9.288

Minas Gerais 53.574 -12.538 39.447 25.648 -57.006 -35.207

Demais Unid. Federação -266.090 -151.361 562.879 340.623 -332.799 -167.204

BRASIL -212.516 -163.899 602.326 366.271 -389.805 -202.411

Fonte: Fundação João PinheiroNota: A Mesorregião Central Mineira não sofreu nenhum desmembramento municipal no período.

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RESULTADOSRESULTADOS

Tabela 6- Taxas líquidas de migração das mesorregiões de Minas Gerais, Minas Gerais, demais unidades da Federação e Brasil, segundo as categorias municipais, nos períodos de 1995-2000 e 2005-2010.

Fonte: Fundação João PinheiroNota: A Mesorregião Central Mineira não sofreu nenhum desmembramento municipal no período.

Mesorregiões e outras Unidades Espaciais

Neutros Filhos Mães

1995-2000 2005-2010 1995-2000 2005-2010 1995-2000 2005-2010

Noroeste de Minas -1,95 -1,90 6,25 2,75 -4,46 -3,01

Norte de Minas -1,93 -1,42 1,72 -0,58 -5,98 -4,84

Jequitinhonha -5,96 -5,44 0,10 -1,50 -7,30 -4,23

Vale do Mucuri -5,70 -4,16 0,43 -4,06 -7,94 -3,90

T. Mineiro e A. Paranaíba 2,02 1,82 1,85 7,40 2,06 2,21

Central Mineira -1,90 -0,42 - - - -

Metrop. de Belo Horizonte 0,68 -0,07 22,46 13,71 13,70 8,21

Vale do Rio Doce -2,47 -1,99 6,35 5,76 -7,02 -4,11

Oeste de Minas 2,18 2,24 2,47 0,28 0,20 0,38

Sul e Sudoeste de Minas 2,13 0,56 5,92 3,87 6,27 2,52

Campo das Vertentes 0,28 -0,28 9,52 8,20 1,40 0,44

Zona da Mata 0,65 -0,17 4,84 1,73 -2,15 -2,35

Minas Gerais 0,37 -0,08 4,89 2,77 -2,21 -1,26

Demais Unid. Federação -0,23 -0,12 8,84 4,09 -1,07 -0,48

BRASIL -0,16 -0,11 8,39 3,96 -1,16 -0,54

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CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

• A análise do fenômeno das emancipações distritais envolve diferentes escalas, inclusive espaciais, que não se limita ao nível regional e mesmo nacional.

• Quanto aos resultados da pesquisa, eles confirmam a hipótese inicial, de que os saldos migratórios dos municípios recém-criados, em geral, foram positivos nos quinquênios subsequentes.

• Pela análise dos dois quinquênios, é imprudente afirmar que os municípios recém-criados continuarão ostentando taxas líquidas de migração superiores às de outras categorias

• Faz-se necessária uma análise comparativa para o próximo quinquênio e avaliar outros parâmetros, como a migração de retorno e, sobretudo, a própria capacidade desses municípios criarem oportunidades efetivas de emprego e renda.

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ESTUDO DO IPEAESTUDO DO IPEA

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AUGUSTO, Hélder; BRITO, Fauto. Migrações em Minas Gerais: tendências recentes a partir da análise de suas microrregiões. In: Anais do XII Seminário sobre a Economia Mineira. Diamantina: Cedeplar, 2006.

BARACHO, Maria Amarante Pastor. Impactos da emancipação na arrecadação de ICMS dos municípios. Revista do Legislativo, Belo Horizonte, p. 57–66. abr./set. 2000.

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NUNES, Marcos A. Estruturação e reestruturações territoriais da região do Jequitinhonha em Minas Gerais. 2001. 2006f. Dissertação (Mestrado em Geografia e Organização Humana do Espaço), Universidade Federal de Minas Gerais, 2001

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REFERÊNCIASREFERÊNCIAS

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A grandeza de um município não se avalia pelo número de habitantes, e sim pela qualidade de vida que a

população tem.

Guiomar Raul WingertEx-prefeito de Linha Nova - RS

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS