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NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 1
COMPOSIÇÃO ADMINISTRATIVA
Segunda Vice-Presidência
Desembargador José Jacinto Costa Carvalho
Segundo Vice-Presidente
Juíza de Direito Luciana Yuki Fugishita Sorrentino
Juíza Assistente da Segunda Vice-Presidência
Coordenadora do Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação
Gabinete da Segunda Vice-Presidência
Rubem Azevedo Jacundá
Chefe de Gabinete da Segunda Vice-Presidência
Erika Maroja de Medeiros
Chefe de Gabinete Substituta da Segunda Vice-Presidência
Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação – NUPEMEC
Talitha Selvati Nobre Mendonça
Coordenadora Administrativa
Amanda Paula Rêgo do Nascimento
Coordenadora Administrativa Substituta
Sumário04 APRESENTAÇÃO
06 NUPEMEC
07 Gestão Estratégica
08 Destaques de 2016
13 Formação de Facilitadores
18 Sistemas Informatizados
19 Convênios e Parcerias
20 Objetivos e Metas
22 Programas Desenvolvidos
25 CEJUSCs
28 RESULTADOS ALCANÇADOS
29 Conciliação nos Centros Judiciários
de Solução de Conflitos
31 Conciliações Realizadas nos CEJUSCs
35 Mediação nos CEJUSCs
37 Estatística Comparada
39 Semana Nacional de Conciliação − SNC
47 CEJUSC-SUPER
52 Pesquisa de Satisfação do Usuário
58 CONSIDERAÇÕES FINAIS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 4
APrESENTAÇÃoHá pouco tempo, o discurso sobre a aplicação dos métodos au-
tocompositivos no Poder Judiciário poderia parecer utópico ou
inapropriado. Era difícil enxergar uma via diversa do processo
tradicional e da sua ritualística.
Mas o processo não se exaure em si mesmo, e as normas pro-
cessuais não se sobrepõem ao direito material, que, por vezes, é
arrefecido pelo tempo ou pela burocracia. Foi com essa proposta
que a Resolução 125/2010, do Conselho Nacional de Justiça, im-
plementou a Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequa-
do de Conflitos de Interesse, consolidada pelo Código de Processo
Civil e pela Lei 13.140/2015 (Lei de Mediação).
No âmbito do TJDFT, desde a implantação do Núcleo Permanen-
te de Mediação e Conciliação – NUPEMEC e dos primeiros Cen-
tros Judiciários de Solução de Conflitos e de Cidadania – CEJUSCs
no ano de 2011, é perceptível a mudança gradativa da cultura do
litígio para a cultura do diálogo e da pacificação social.
Com premissas como o empoderamento das partes envolvidas no
conflito e a construção criativa de soluções, a mediação e a con-
ciliação reacenderam o espírito de cidadania já acomodado com
a posição passiva de expectador dos seus problemas, que apenas
aguarda uma decisão de um terceiro nomeado pelo Estado.
Não se espera que a mediação e a conciliação substituam por
completo a jurisdição tradicional. Mas a realidade atual da
comunicação instantânea e do consumo em massa exige do
Poder Judiciário a adoção do sistema de múltiplas portas aos
jurisdicionados para a solução de seus conflitos.
De forma dinâmica, ativa e participativa, os CEJUSCs desenvol-
vem um trabalho de excelência no âmbito do Distrito Federal.
Os vocacionados profissionais da mediação e da conciliação,
servidores, estagiários e colaboradores, com acurada forma-
ção, dedicam tempo e energia a uma causa fraterna: facilitar
a comunicação entre as pessoas e possibilitar a construção de
soluções mais justas e adequadas a cada caso concreto.
É por tudo isso que não se pode deixar de registrar a gratidão
e a admiração de todos que dedicam seu dia a dia à causa da
mediação e da conciliação.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 5
A luta não é vã.
O sonho de fazer justiça de um jeito mais suave, delicado e,
sobretudo, efetivo transformou-se em realidade e é um ca-
minho sem volta. Quem já passou pela experiência de ter
um conflito solucionado pelo método adequado conseguiu
enxergar além do processo e poderá replicar em sua vida a
cultura do diálogo e da tolerância.
O presente relatório é a síntese das atividades desenvolvidas
pelo NUPEMEC e pelos CEJUSCs no ano de 2016. Muito traba-
lho foi realizado e muito está por vir.
Sigamos em frente sempre, os obstáculos só tornam a con-
quista mais grandiosa!
Juíza de Direito Luciana Yuki Fugishita Sorrentino
Juíza Assistente da Segunda Vice-Presidência
Coordenadora do NUPEMEC
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 6NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 6
NuPEmECO Núcleo Permanente de Mediação e Conciliação − NUPEMEC
é a unidade do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios – TJDFT responsável pela execução da Política Judi-
ciária Nacional de Resolução Adequada de Conflitos, instituída
pela Resolução 125/2010, do CNJ.
O NUPEMEC iniciou suas atividades em 2011, coordenando a
capacitação de mediadores e conciliadores e com três Centros
Judiciários de Solução de Conflitos e de Cidadania − CEJUSCs,
bem como gerenciando os sistemas de informação e de quali-
dade dos serviços prestados.
Com a consolidação da Política Judiciária em todo o país e o
advento do novo Código de Processo Civil − CPC, esta Corte se
empenhou para a ampliação dos atendimentos por meio dos
métodos autocompositivos, de modo que, no final de 2016, o
NUPEMEC já contava com dezoito centros judiciários e dois
postos avançados em universidades locais.
Como principais eixos de atuação, o Núcleo concentra a coor-
denação dos CEJUSCs, a formação de facilitadores, a pesquisa
de satisfação do usuário, o monitoramento estatístico, a divul-
gação dos métodos autocompositivos, a organização de ações
de cidadania e o desenvolvimento de soluções informatizadas
para o bom funcionamento dos centros.
Assim, o NUPEMEC encerrou o ano de 2016 com muitos mo-
tivos para comemorar: efetivou a ampliação do atendimento
de conciliação e mediação com a instalação de nove CEJUSCs
e um posto avançado de atendimento em conciliação pré-pro-
cessual no Instituto de Direito Público – IDP. Além disso, reali-
zou a elaboração do planejamento estratégico.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 7NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 7
Gestão estratéGica
“Quando a instituição traça objetivos e metas, e busca
alcançá-los, ela tem claramente definido por que ela
existe, o que é, como faz, e aonde quer chegar.”
Drucker
A gestão estratégica define com antecedência o que a institui-
ção faz e quais objetivos deverão ser atingidos em longo prazo.
No ano de 2016, o NUPEMEC, em alinhamento com o Plano Es-
tratégico do TJDFT, iniciou seu planejamento estratégico setorial.
Com olhar institucional, o Núcleo enxerga a sua estrutura
como um todo, reforçando a ideia de que o sucesso e a conti-
nuidade das atividades desenvolvidas dependem de organiza-
ção e definição de prioridades.
No ano de 2016, foram estabelecidos, em conjunto com os CE-
JUSCs vinculados, os princípios orientadores: Missão, Visão e
Valores, bem como iniciadas as definições das políticas, dire-
trizes e objetivos estratégicos para os próximos anos.
MISSÃO
Promover o acesso da sociedade do Distrito Federal e dos
Territórios à Justiça por meio da resolução consensual
de conflitos, com foco na satisfação do usuário, fomen-
tando o empoderamento social.
VISÃO
Ampliar, até 2020, o atendimento dos centros, com quali-
dade e eficiência, proporcionando uma nova percepção dos
conflitos e do acesso à Justiça.
VAlORES
Acesso à Justiça
Autorresponsabilidade
Cooperação
Diálogo
Eficiência
Empoderamento
Ética
Humanização
Protagonismo
Satisfação
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 8
O trabalho do TJDFT na área de conciliação e mediação fez
com que o Tribunal conquistasse o 1º lugar, entre os tribu-
nais de médio porte, no índice de conciliação da Justiça Es-
tadual de 1º Grau, no quesito Índice de Produtividade Com-
parada da Justiça (IPC-Jus).
O indicador computa o percentual de decisões e sentenças ho-
mologatórias de acordo em relação ao total de decisões termi-
nativas e de sentenças.
Em 2015, mais de 20% dos casos
foram resolvidos por meio de acordo.
Ao comparar os índices de conciliação das fases de execução e
de conhecimento no 1º Grau da Justiça Estadual, o Relatório Jus-
tiça em Números 2016 observa que os demais tribunais do país
apresentam um índice de conciliação maior na fase de conhe-
cimento (14%) do que na fase de execução (4%). No entanto, o
TJDFT é um dos únicos que invertem essa lógica, apresentando
um índice de conciliação maior na fase de execução (42%) do
que na fase de conhecimento (11%).
Em reconhecimento ao esforço realizado, o Presidente do TDFT,
Desembargador Mario Machado, encaminhou o Memorando-
-Circular GPR 19/2016:
*A publicação de 2016 se refere ao ano de 2015.
DESTAQuES DE 2016
1° LugAr – ÍNDiCE DE ProDuTiviDADE ComPArADA DA JuSTiÇA – JuSTiÇA Em NúmEroS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 9
ENTrEgA Do SELo JuSTiÇA Em NúmEroS 2016 – CATEgoriA BroNzE PArA o TJDFT
Durante o 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário, ocorrido
nos dias 5 e 6 de dezembro de 2016, o CNJ realizou a entrega
do Selo Justiça em Números – categoria bronze ao TJDFT. O
Selo é um reconhecimento da excelência na produção, gestão,
organização e disseminação de informações administrativas e
processuais nos tribunais brasileiros.
Para concorrer ao prêmio, os tribunais devem estar em con-
formidade com as Metas Nacionais estabelecidas para o ano.
Nesse contexto, coube ao NUPEMEC o cumprimento da Meta
3/2016, que tratava do Aumento do Número de Casos Resolvi-
dos por Conciliação em relação ao ano anterior.
Os tribunais inscritos são analisados por uma comissão ava-
liadora – formada pelos integrantes da Comissão de Gestão
Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ e pela Diretora
Executiva do Departamento de Pesquisas Judiciárias.
Como resultado do empenho e dedicação deste NUPEMEC e de
seus centros vinculados, o TJDFT recebeu, em cerimônia no Con-
selho Nacional de Justiça, o prêmio Projeto de Antecipação do
Código de Processo Civil no CEJUSC de Brasília e menção honrosa
pelo Programa Superendividados e Pauta Concentrada DPVAT.
O VI Prêmio Conciliar é Legal, na categoria juiz individual, foi
conferido à Juíza Coordenadora do NUPEMEC por antecipar a
aplicação do novo Código de Processo Civil e implantar as au-
diências de conciliação em oito varas cíveis de Brasília entre os
meses de junho de 2015 a março de 2016.
ENTrEgA Do Prêmio CoNCiLiAr é LEgAL 2016
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 10
Durante o período, foram realizadas
1.204 sessões de conciliação com índice
de acordo de 30%. Foram atendidas
5.075 pessoas, entre partes e advogados,
e negociados mais de R$ 36 milhões.
“Os dados concretos surpreenderam positivamente, pois os
valores se aproximam dos dados obtidos nos CEJUSCs que só
atendem aos juizados especiais cíveis e demonstram que, pelo
menos, 30% das demandas ajuizadas poderiam ter sido evita-
das se a cultura da conciliação e da pacificação social estivesse
mais arraigada no nosso dia a dia”.
A menção honrosa pelo Programa Superendividados foi rece-
bida pelo Segundo Vice-Presidente, Desembargador José Jacin-
to Costa Carvalho.
O CEJUSC-SUPER é voltado ao atendimento dos cidadãos com
dificuldades no cumprimento de suas obrigações financeiras
e alinha a conciliação a ações de cidadania, como a oficina
de educação financeira e as orientações individuais psicosso-
ciais e financeiras.
Na categoria Tribunal Estadual, a menção honrosa foi para o
Projeto Pauta Concentrada DPVAT, do CEJUSC-BSB.
A Pauta Concentrada é um dos modelos adotados nas conci-
liações do NUPEMEC, desde 2010, que visa trabalhar de forma
contínua, com um público específico e em datas fixadas pre-
viamente. Com o objetivo de melhorar o atendimento, as audi-
ências de uma mesma empresa são concentradas de maneira
a otimizar o trabalho de prepostos e advogados.
Na pauta envolvendo processos do DPVAT, são atendidas pes-
soas que sofreram danos pessoais causados por veículos au-
tomotores de via terrestre e permanecem incapacitadas em
diversos níveis, bem como famílias de segurados que falece-
ram em virtude de acidente de trânsito. O atendimento dessa
pauta tem como diferencial a realização da perícia médica no
momento da conciliação.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 11
O TJDFT e a Coordenação do Núcleo de Práticas Jurídicas do Ins-
tituto Brasiliense de Direito Público –NPJ/IDP inauguraram, em
setembro, um posto avançado do Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e de Cidadania de Brasília – CEJUSC-BSB.
O posto avançado facilita o acesso dos cidadãos à Justiça,
pois as partes envolvidas em processos judiciais não precisa-
rão mais se dirigir ao TJDFT ou a outro ponto de atendimento,
podendo realizar a conciliação no próprio NPJ do IDP. Uma
vez feito o acordo, ele será remetido ao TJDFT e homologado
pelo juiz responsável.
A parceria entre TJDFT e IDP existe desde 2014, quando os alu-
nos da instituição de ensino iniciaram estágio supervisionado
nas sessões de conciliação promovidas pelo Tribunal.
iNAugurAÇÃo Do SEguNDo PoSTo AvANÇADo DE CoNCiLiAÇÃo
CrEDENCiAmENTo DE ENTiDADES PrivADAS
O NUPEMEC iniciou, em outubro de 2016, o cadastramento das
entidades privadas atuantes na área de capacitação em méto-
dos autocompositivos que têm interesse em realizar a etapa
prática dos cursos de mediação judicial e de conciliação judi-
cial no TJDFT. Os termos para cadastramento estão definidos
na Portaria Conjunta 89 de 7 de outubro de 2016.
Para a Juíza Coordenadora do NUPEMEC, Luciana Sorrentino, o
credenciamento é um grande avanço para a Política de Trata-
mento Adequado de Conflitos no âmbito do TJDFT.
“A demanda por capacitação de mediadores judiciais tem cresci-
do dia a dia após a edição do novo CPC e da Lei de Mediação. O
NUPEMEC não tem condições de atendê-la de forma rápida em
razão da escassez de recursos materiais e humanos. O curso ofe-
recido pela ESMA seguirá os mesmos padrões técnicos e de qua-
lidade daqueles oferecidos pelo NUPEMEC e, certamente, será
uma ótima opção ao profissional que deseja ingressar na área.”
A primeira instituição a celebrar a parceria foi a Escola da
Magistratura da AMAGIS – ESMA para capacitar mediadores
judiciais, nos moldes da Resolução 125/2010, do Conselho Na-
cional de Justiça, na abertura da Semana Nacional de Conci-
liação, realizada no dia 21 de novembro.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 12
Em parceria com a Comissão de Mediação da OAB, o NUPEMEC
realizou o primeiro curso de capacitação em mediação para
advogados. A capacitação visa incentivar os advogados a co-
nhecer e fomentar a Política Nacional da Conciliação na OAB e
também nos seus escritórios.
Presente na aula inaugural, ocorrida em 16/11/2017, o Segundo
Vice-Presidente, Desembargador J.J. Carvalho, destacou que as
normas do novo Código de Processo Civil não permitem outro
caminho que não seja a mediação e a conciliação.
“Nós temos que nos conscientizar que a solução de conflitos, por
meio da mediação e da conciliação, é a regra[...] estamos com
108 milhões de processos ajuizados em um país que tem pouco
mais de 200 milhões de pessoas[...]”.
PrimEiro CurSo DE mEDiAÇÃo PArA ADvogADoS Em PArCEriA Com A oAB
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 13
A formação de facilitadores é atividade essencial para a prestação
de serviço de excelência à sociedade. Compreender os conceitos e
a metodologia aplicada aos métodos autocompositivos e seu em-
prego nos diversos contextos é o diferencial para alcançar resul-
tados positivos e elevar o nível de satisfação dos jurisdicionados.
Os interessados em se tornar conciliador e mediador são indica-
dos pelos centros, varas e juizados ao NUPEMEC. Este, por sua vez,
planeja as turmas que serão abertas ao longo do ano, dependen-
do da quantidade de interessados, instrutores e salas disponíveis.
Os alunos passam por duas etapas, a formação teórica e o es-
tágio supervisionado, seguindo as diretrizes do CNJ.
Curso de Conciliação:
Etapa teórica: 40h/a
Etapa prática: 60h
Curso de Mediação:
Etapa teórica: 40h/a
Etapa prática: 80h
Curso de Mediação de Família:
Etapa teórica: 24h/a
Etapa prática: 60h
* Resolução 125/2010, do CNJ | * Portaria Conjunta 20 de 2015
21 turmas 482 alunos
TiPo DE CAPACiTAção Nº DE TURMAS Nº DE ALUNoS
Conciliação 10 239
Mediação cível 9 209
Mediação de família 2 34
ToTAL 21 482
Na etapa prática, o TJDFT adota o modelo da autossupervisão,
pormenorizado no Manual de Mediação Judicial. Nessa fase do
curso de mediação, os processos passam por triagem e seguem
parâmetros de complexidade, ainda que sejam provenientes
de juizados especiais cíveis.
Trecho de vídeo corres-pondente à matéria
estudada
Simulação
Autossupervisão,acompanhadapelo instrutor
NUPEMEC de�neos grupos de 4 alunos
Sessões de autossupervisão, com no mínimo 2 observadores
Discussão sobre asessão realizada
Envio do relatório ao instrutor para correção
Conteúdo teórico
Figura 1: Etapa prática | Figura 2: Etapa teórica
FormAÇÃo DE FACiLiTADorES
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 14
PErFiL DoS ALuNoS
Em 2016, o TJDFT capacitou mais de trezentos voluntários, ver-
sus 84 servidores e 89 estagiários.
O dado sugeriu a necessidade de uma ação concreta do NUPEMEC
para priorização da capacitação do público interno, especialmen-
te no que trata dos servidores, por serem força de trabalho perene.
Nesse contexto, considerando a importância do voluntariado para
o atendimento da demanda de conciliação e mediação, o NUPE-
MEC instituiu o cadastramento das instituições privadas. A ação
proporcionará maior vazão da lista de espera, com a manutenção
da qualidade e alinhamento com as determinações do TJDFT.
grá�co 1 | Per�l dos alunos
Voluntários
Servidores
Estagiários
145
5
89
144
65
20
14
Conciliação
Mediação
Mediação em Família
STATUS DoS ALUNoS
Na tabela abaixo, pode-se observar o status dos alunos que ini-
ciaram a capacitação em 2016.
StatuS DoS ALUNoS
Desistência 7
Em capacitação (etapa prática) 254
Reprovados 80
Capacitados 120
Turma sem estágio 21
*Turma realizada apenas com a etapa teórica para o Nú-
cleo de Mediação da Secretaria de Saúde.
PErFiL DoS iNSTruTorES
Para ministrar os cursos de métodos autocompositivos oferta-
dos pelo NUPEMEC, os instrutores devem ser mediadores há dois
anos e realizar curso de formação de instrutor do CNJ. No TJDFT,
a instrutoria se dá de forma não remunerada, devendo o servi-
dor da Casa realizá-la em contraturno ao horário do expediente.
grá�co 2 | Per�l dos instrutores
64% Mediação em Família
23% Pós-graduação
13% Mestrado
INSTRUTORES
VíNCULo QUANTiDADE
Magistrado aposentado 1
Servidor 16
Sem vínculo 10
ToTAL 27
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 15
Com o objetivo de proporcionar aos representantes de empre-
sas, prepostos e advogados mais consciência para o momento
da negociação, desde 2012 o TJDFT oferece o Curso de Noções
Básicas para Representante de Empresas.
Bom para todos os envolvidos na sessão de conciliação, a ação
é ministrada por facilitadores capacitados especificamente
para essa ação.
Os assuntos são tratados com foco na atuação mais produ-
tiva dos representantes, de forma que aproveitem melhor a
oportunidade de comunicação e de resgate do cliente que a
conciliação representa.
Por meio do aprendizado dos representantes, as partes clien-
tes colhem benefícios, visto que a ação educa para um maior
compromisso da instituição na análise da demanda e uma
postura adequada e cordial da empresa à mesa de negociação.
Temas abordados:
teoria do conflito;
fundamentos de negociação;
introdução ao processo de conciliação (objetivos e van-
tagens);
etapas do processo de conciliação.
LoCAL Nº DE TURMAS Nº DE PARTiCiPANTES
CEJUSC-BSB 1 24
CEJUSC-JEC 5 188
CEJUSC-TAG 1 9
TOTAl 7 221
CurSoS DE NoÇõES BáSiCAS DE CoNCiLiAÇÃo PArA rEPrESENTANTES DE EmPrESAS
oFiCiNA DE PArENTALiDADE
FiNALiDADE: CRiAR UMA
RELAção SAUDáVEL
CoM oS FiLhoS.
Para auxiliar as famílias que enfrentam conflitos relaciona-
dos à ruptura do vínculo conjugal, o CNJ concebeu a Oficina
de Pais e Filhos.
A Oficina de Pais e Filhos tem como objetivo instrumentalizar as
famílias que enfrentam conflitos jurídicos relacionados ao divór-
cio ou à dissolução da união estável, nos quais vários ajustes e
mudanças pessoais ocorrem. A participação na Oficina pretende
auxiliar o casal separado a criar efetiva e saudável relação paren-
tal com os filhos e estabelecer comunicação produtiva.
A ação é incentivada em todo o país e, no TJDFT, ocorre nos
CEJUSCs descritos a seguir.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 16
LoCALNº DE
oFiCiNAS/2016Nº DE PARTiCiPANTES
CEJUSC-TAG 15 276
CEJUSC-NUC 3 76
CEJUSC-FAM 10 98
CEJUSC-SAO 1 4
CEJUSC-RFU 1 16
TOTAl 30 470
OfICINA DE PARENTAlIDADE PARA fIlhOS
A Oficina de Parentalidade voltada para os filhos é uma ino-
vação no TJDFT. Em 2016, o CEJUSC-NUC realizou a primeira
Oficina de Filhos com a participação de quatorze crianças, de
seis a onze anos de idade.
Considerando que o fim do casamento pode ser bem mais es-
tressante para os filhos, na Oficina os participantes encontram
espaço para expressar seus sentimentos e expectativas em re-
lação a esse momento novo em suas vidas.
Além de acolhimento, as crianças recebem o esclarecimento
de que o divórcio não deriva da conduta deles, mas de ques-
tões relacionadas, exclusivamente, aos adultos.
No final da atividade, as crianças são convidadas a escrever men-
sagens para outras que estejam vivenciando a separação dos pais.
Os comentários abaixo ilustram algumas dessas mensagens:
“Continue amando seus pais igualmente. Eles amam vocês do
jeito que são. Seja uma pessoa especial.”
“Não fiquem tristes por seus pais terem se separado.”
“Não importa o que estiver acontecendo com a sua família, não
se sinta culpado, pois a culpa não é sua.”
“Você tem direito de expressar seus sentimentos.”
“Não se sinta preso, não guarde seus problemas pra você. Con-
verse com pessoas do seu agrado.”
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 17
QuADro DE mEDiADorES E CoNCiLiADorES
CADASTRO NACIONAl DE MEDIADORES
JUDICIAIS E CONCIlIADORES – CNJ
O Conselho Nacional de Justiça – CNJ desenvolveu o Ca-
dastro Nacional de Mediadores e Conciliadores do CNJ.
Regulamentado pelo novo CPC e pela Emenda 2/2016 à Re-
solução CNJ 125/2010, o banco de dados conta com infor-
mações e contatos de mediadores, conciliadores e câmaras
privadas de mediação de todo o Brasil.
Os interessados registram-se no site do CNJ e indicam os
estados em que desejam atuar. Após o cadastro, cada tri-
bunal se manifesta sobre o aceite, de acordo com regula-
mentação própria.
Para fins de atuação no TJDFT, os solicitantes devem aten-
der aos requisitos instituídos pela Portaria Conjunta 88 de
4 de outubro de 2016 e anexar, no Cadastro Nacional do
CNJ, os documentos por ela exigidos.
O quadro de mediadores e conciliadores permite que as sessões
de autocomposição do TJDFT sejam conduzidas por profissio-
nais qualificados e habilitados pelas diretrizes do CNJ.
O controle é realizado pelo NUPEMEC por meio das portarias
de nomeação da Segunda Vice-Presidência e pode ocorrer de
duas formas:
ao término da etapa prática, quando aprovado, o aluno é
nomeado como mediador ou conciliador.
quando o TJDFT, por meio do NUPEMEC, aprova sua in-
clusão no Cadastro Nacional de Mediadores – CNJ e enca-
minha sua nomeação para a Segunda Vice-Presidência.
fACIlITADORES hAbIlITADOS PARA ATUAÇÃO NO TJDfT
TiPo DE FACiLiTADoR QUANTiDADE
Conciliador 871
Mediador 158
Mediador de Família 17
grá�co 3 | Per�l dos mediadores e conciliadores
55% Voluntário
23,7% Servidor
21,1% Estagiário
0,1% Magistrado
grá�co 4 | Gênero dos mediadores e conciliadores
grá�co 5 | Escolaridade dos mediadores e conciliadores
38% Masculino
62% Feminino
75% Superior incompleto
25% Superior completo
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 18
No ano de 2016, os sistemas informatizados do NUPEMEC pas-
saram por diversas atualizações e implementações.
SISCON
Para que os nove centros judiciários implantados em 2016 ini-
ciassem seu funcionamento e o treinamento da equipe para
utilização do Sistema de Conciliação – SISCON, o NUPEMEC
instalou o SISCON Simplificado.
No decorrer do ano, os sistemas foram atualizados para o modelo
utilizado pelo CEJUSC-BSB, por estar revisado, com mais ferramen-
tas e mais estável. Tal ação proporcionou ganhos significativos nos
centros. Além do acesso a recursos novos, os casos de solicitação
de manutenção para o NUPEMEC reduziram-se bastante, liberan-
do ambas as equipes para investir em outras demandas.
O módulo SISCON-Superendividados também passou por ajus-
tes. Com o amadurecimento das rotinas de trabalho do CEJUSC-
-SUPER, fez-se necessária uma revisão completa do sistema,
tornando-o mais constante e compatível com o trabalho do
Centro. Também outros três CEJUSCs passaram a realizar a eta-
pa de entrevistas do CEJUSC–SUPER. Assim, o NUPEMEC liberou
o acesso e realizou o treinamento dos servidores dos centros.
Com a vigência do novo Código de Processo Civil, diversas varas
do Distrito Federal passaram a buscar os serviços dos centros
para a realização das audiências de conciliação. Para tornar pos-
sível essa expansão, a equipe do NUPEMEC realizou, em cada
serventia, a instalação do módulo Agendamento na agenda do
CEJUSC. Assim, as serventias passaram a informar o processo,
o dia, a sala e o horário, via sistema, facilitando a gestão dos
agendamentos pelos centros nas diversas pautas ali realizadas.
PJ-E
A formulação do novo PLABI 2016-2018 levou em consideração
a crise econômica e as novas prioridades na gestão de Tecnolo-
gia da Informação – TI. Em decorrência disso, não foi contem-
plado o desenvolvimento do Sistema de Conciliação e Media-
ção. Sem a possibilidade de desenvolvimento pela Informática,
buscou-se juntamente com a equipe do PJ-e a possibilidade de
uma adaptação das rotinas processuais para que se realizasse
o registro dos atendimentos pré-processuais. Desse modo, o
registro dos casos, o agendamento, a realização da sessão e o
encerramento da demanda serão gerenciados no próprio cen-
tro. Com isso, os andamentos pré-processuais passarão a ser
publicados na internet, dando mais transparência às partes e
mais segurança na homologação de acordos pelos juízes.
APEX
No Oracle Application Express – APEX, em complemento ao
cadastro de facilitadores, foi desenvolvido o SISFACI, um novo
sistema para a gestão da formação de facilitadores. Nele está
incluído o cadastro de instrutores, o cadastro de instituições
credenciadas, o cadastro de peritos médicos, bem como o ca-
dastro, a formação e o acompanhamento de turmas, além de
relatórios de acompanhamento.
Também no APEX foi desenvolvido o controle de frequência
dos estagiários. Nele é possível informar a carga horária men-
sal do estagiário, bem como os dias a serem descontados, como
provas e atestados. Diariamente, o estagiário loga no sistema
e registra a sua entrada, e ao final do dia registra a sua saída.
Essa implementação possibilita tanto ao gestor como ao esta-
giário acompanhar o banco de horas.
SiSTEmAS iNFormATizADoS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 19
“propor ao Tribunal a realização de convê-
nios e parcerias com entes públicos e priva-
dos para atender aos fins desta Resolução;”
Art. 7°, inciso VI, da Resolução 125/2010, do CNJ.
O estabelecimento de parcerias com entes públicos e priva-
dos configura-se em uma das principais atividades do NUPE-
MEC. A prática proporciona vários benefícios, desde aumentar
o quadro de conciliadores, por meio do número de estagiários
e voluntários da conciliação, a uma progressiva mudança na
cultura judiciária – do litígio para o consenso.
Grande parte dos parceiros se encontram em uma das seguin-
tes categorias:
instituições parceiras para participação nas pautas es-
pecíficas e concentradas: neste grupo, encontram-se
instituições públicas ou privadas que, após firmar termo
de cooperação com o TJDFT, indicam seus prepostos e
advogados para participação no curso de representante
de empresas, oferecido de forma gratuita pelo NUPEMEC,
com o compromisso da instituição de adotar uma postu-
ra adequada à mesa de negociação.
credenciamento de instituições de ensino privadas para
realização de estágio em mediação/conciliação nas uni-
dades do NUPEMEC: neste caso, a etapa teórica do curso
de métodos autocompositivos é oferecida pela institui-
ção credenciada, bem como a supervisão do estágio.
Nesse propósito, o Núcleo e os centros possuem parcerias com
instituições de ensino, instituições financeiras, escritórios de
advocacia, bancos, seguradoras, operadoras de telefonia, em-
presas aéreas, entre outros.
Ademais, o NUPEMEC também firma convênios e parcerias com
objetivos diversos, como cursos específicos e ações de cidadania.
CoNvêNioS E PArCEriAS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 20
Organizações inteligentes planejam estrategicamente suas
atividades e se utilizam de objetivos e metas para que todos os
envolvidos contribuam de modo positivo com o estabelecido.
As metas são utilizadas para acompanhar e melhorar o de-
sempenho das atividades e indicadores das organizações.
No ano de 2016, ficou a cargo do NUPEMEC a coordenação
de três metas relacionadas com a conciliação para cumpri-
mento do TJDFT. A primeira, Meta 3 de 2016 do CNJ, visou a
ampliação dos atendimentos de conciliação nos Tribunais.
A segunda e a terceira são metas estratégicas do TJDFT para
ampliação e monitoramento dos avanços da política pública
no Distrito Federal.
mETA NACioNAL – mETA 3 DE 2016 Do CNJ
Como forma de incentivar e consolidar a Política Judiciária
Nacional de Tratamento Adequado de Conflitos de Interesse,
o CNJ estabeleceu para todos os tribunais estaduais a Meta
3, com o objetivo de “aumentar os casos resolvidos por con-
ciliação em relação ao ano anterior”, devendo ser cumprida
institucionalmente pelo Tribunal. Portanto, varas, juizados e
os CEJUSCs foram mobilizados para seu alcance.
Meta 3 de 2016 do CNJ: Aumentar os casos resolvidos
por conciliação em relação ao ano anterior.
META CUMPRIDA EM 124,46%
oBJETivoS E mETAS
A Meta 3 foi cumprida com 24,5% de acordos a mais em relação ao ano anterior. Seguindo os cálculos definidos pelo CNJ, este
TJDFT superou a meta definida:
DETALhAMENTo DA METADiSTRibUíDoS
EM 2015
CoNCiLiADoS
EM 2015
DiSTRibUíDoS
EM 2016
CoNCiLiADoS
EM 2016
GRAU DE
CUMPRiMENTo
2º Grau 63.985 0 81.703 83 -
1º Grau 153.490 22.006 127.226 25.959 142,32%
Juizados Especiais – Cíveis 55.729 19.392 62.426 23.287 107,20%
Juizados Especiais – Fazenda Pública 12.318 6 17.271 14 166,42%
CEJUSCs 0 2.579 0 5.993 -
ToTAL 285.522 43.983 288.626 55.336 124,46%
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 21
mETAS ESTrATégiCAS – TJDFT
Ao final do mês de setembro de 2016, por meio da Secretaria
de Planejamento e Gestão Estratégica – SEPG, o TJDFT adequou
as metas estratégicas da Casa, para que melhor representem
a mensuração dos objetivos a que se propõem. Desse modo, o
ano de 2016 retrata o ano-base de coleta dos dados.
Objetivo estratégico do TJDFT
» Fomentar Métodos Consensuais de Solução de Conitos.
A tabela a seguir mostra os resultados alcançados em 2016 e o quantitativo a ser atingido nos anos posteriores.
META UNID. DE MEDIDA 2016 2017 2018 2019 2020
Quantidade de sessões de conciliação
e mediação pré-processual designadasValor absoluto 5.607
Incremento de
1.000 sessões
em relação ao
ano anterior
Incremento de
1.000 sessões
em relação ao
ano anterior
Incremento de
1.000 sessões
em relação ao
ano anterior
Incremento de
1.000 sessões
em relação ao
ano anterior
Número de procedimentos resolvidos
por meio de conciliação e media-
ção pré-processual e processual
Valor absoluto 49.476
Incremento de
4% em relação
ao ano de 2016
(ano-base)
Incremento de
8% em relação
ao ano de 2016
(ano-base)
Incremento
de 12% em
relação ao
ano de 2016
(ano-base)
Incremento
de 16% em
relação ao
ano de 2016
(ano-base)
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 22
PArCEriA ANJoS Do AmANhÃ
Como forma de colaboração à responsabilidade social, parte fun-
damental do eixo da cidadania, o NUPEMEC estabeleceu, em se-
tembro de 2016, parceria com a Rede Solidária Anjos do Amanhã.
A Rede Solidária visa assegurar a crianças
e adolescentes em situação de vulnerabi-
lidade social assistidos pela Justiça da In-
fância e da Juventude do Distrito Federal o
acesso aos direitos previstos no Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA.
Os alunos dos cursos de mediação e conciliação oferecidos
gratuitamente pelo TJDFT são estimulados a contribuir com
doações para o programa de voluntariado da Vara da Infância
e da Juventude – VIJ-DF.
Os itens sugeridos para doação são definidos pela VIJ mês a
mês, e os alunos podem entregá-los durante o período das
aulas, no local do treinamento ou, a qualquer tempo, no
próprio Núcleo.
ProJETo “mEDiAr é DiviNo!”
Em visita ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás – TJGO, o Se-
gundo Vice-Presidente, Desembargador José Jacinto Costa Car-
valho, a Juíza Luciana Sorrentino, Assistente da Segunda Vice-
-Presidência, e equipe conheceram o projeto “Mediar é Divino!”.
O projeto visa, por meio da capacitação de líderes religiosos
(padres, pastores, conselheiros espirituais), disseminar a me-
diação e a conciliação de modo a oferecer a esses facilitadores
as ferramentas adequadas para auxiliar na resolução de con-
flitos existentes em suas comunidades.
A instituição religiosa deve acompanhar o voluntário por um
ano, divulgar o projeto na comunidade e disponibilizar espaço
adequado para a realização dos atendimentos, além de man-
ter o cadastro de mediadores atuantes atualizado e encami-
nhar ao NUPEMEC a estatística dos atendimentos realizados.
O programa prevê ainda que o acordo celebrado pode ser ho-
mologado pelo juiz coordenador.
A primeira turma do TJDFT contou com dezesseis alunos que
se encontram na etapa prática da capacitação para, posterior-
mente, realizarem atendimentos nas comunidades religiosas
às quais estão vinculados.
ProgrAmAS DESENvoLviDoS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 23
ProJETo CoNSTELAr E CoNCiLiAr
A dinâmica da “Constelação Familiar” no auxílio à Justiça é utiliza-
da em onze estados (Goiás, São Paulo, Rondônia, Bahia, Mato Gros-
so, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Alagoas
e Amapá). No TJDFT, a ferramenta está em projeto-piloto e vem
sendo aplicada como reforço antes das tentativas de conciliação.
A técnica, criada pelo psicólogo alemão Bert Hellinger, busca es-
clarecer para as partes o que há por trás do conflito que gerou o
processo judicial. Os conflitos levados para a sessão de conste-
lação no TJDFT versam sobre questões de endividamento, guar-
da de filhos, divórcios litigiosos, inventário, adoção e abandono.
A dinâmica possui passos bem definidos. Após uma breve explicação
de como o método surgiu e quais são seus benefícios, uma das partes
do processo sai do auditório e conta ao constelador qual é o conflito que
levou à ação judicial. Nenhuma informação sobre o caso é repassada aos
demais constelados nem ao público que assiste à sessão.
De forma intuitiva, o constelado escolhe na plateia pessoas que repre-
sentarão as partes envolvidas no litígio e aloca os representantes da for-
ma que imagina ser sua configuração familiar. O constelador começa,
então, a perguntar aos representantes como eles se sentem ocupando
tais lugares. É quando vários sentimentos vêm à tona. As sensações dos
representantes são o mais relevante para o constelador, já que estariam
neutros e sem informações adicionais sobre o conflito.
A partir de perguntas direcionadas aos representantes e ao constelado,
o facilitador movimenta as pessoas de lugar, criando um rearranjo que
acredita ser mais adequado para o caso e explicando para o constelado
quais atitudes adotar no dia a dia para alcançar uma mudança. Caso
as outras partes do processo estejam presentes na sessão, elas são con-
vidadas a assumir seus postos familiares no arranjo já reorganizado.
ProgrAmA mEDiADor-SErviDor
» Fomentar Métodos Consensuais de Solução de Conitos;
» Consolidar a Política de Valorização dos Magistrados e
dos Servidores.
Normatizado pela Resolução 14 de 3 de junho de 2016, o progra-
ma, coordenado pela Segunda Vice-Presidência, tem o propósito
de capacitar servidores do TJDFT para atuar como conciliadores
e mediadores.
Mediante autorização da chefia imediata, o servidor poderá
cumprir, até três vezes no mês, o expediente em local determi-
nado pela Segunda Vice-Presidência, atuando como mediador
ou conciliador, sendo vedada a exigência de compensação nos
locais originários de lotação. A autorização é válida também
para o período de capacitação.
Considerando o elevado investimento na capacitação e a alta
rotatividade dos estagiários e voluntários, o projeto pretende
aumentar o banco de mediadores e conciliadores com servido-
res da Casa, além de promover o reconhecimento e a valoriza-
ção do servidor.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 24
mEDiAÇÃo DigiTAL
Ainda como forma de estimular a Política Judiciária Nacional de
Tratamento Adequado de Conflitos de Interesse, o CNJ disponi-
bilizou o Sistema de Mediação Digital. A ferramenta possibilita a
negociação à distância, de forma rápida, eficiente e sem custos.
Os interessados devem acessar o site http://www.cnj.jus.br/
mediacaodigital/, cadastrar-se e seguir as instruções. A outra
parte receberá um convite para negociação. Também é pos-
sível solicitar uma conciliação/mediação presencial em qual-
quer fase da negociação.
O acordo celebrado digitalmente poderá ser homologado pela
Juíza Coordenadora do NUPEMEC com todas as garantias legais.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 25
Os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania –
CEJUSCs são as unidades, vinculadas ao NUPEMEC, responsá-
veis pela execução da Política Judiciária Nacional de Resolução
Adequada de Conflitos.
Nos centros ocorrem as sessões de conciliação e mediação,
além das atividades auxiliares e de cidadania, como as Ofici-
nas de Parentalidade.
Em 2016, o NUPEMEC já havia instalado 18 CEJUSCs, descritos
abaixo:
CEJuSCs
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE águAS CLArAS – CEJuSC-AgC
Juíza Rachel Adjuto Bontempo Brandão Coordenadora do CEJUSC-AGC
Bárbara Maria Toledo Patay Supervisora do CEJUSC-AGC
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE BrAzLâNDiA – CEJuSC-Brz
Juiz Fernando Brandini Barbagalo Coordenador do CEJUSC-BRZ
João Batista Pereira da Silva Supervisor do CEJUSC-BRZ
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE BrASÍLiA – CEJuSC-BSB
Juíza Caroline Santos Lima Coordenadora do CEJUSC-BSB
Fernanda Reis Montelo Cintra Supervisora do CEJUSC-BSB
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE CEiLâNDiA – CEJuSC-CEi
Juíza Camille Gonçalves Javarine Ferreira Coordenadora do CEJUSC-CEI
Rogério da Silva Cordeiro Supervisor do CEJUSC-CEI
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 26
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE rECANTo DAS EmAS – CEJuSC-EmA
Juíza Camille Gonçalves Javarine Ferreira Coordenadora do CEJUSC-EMA
Ester Rodrigues de Oliveira Supervisora do CEJUSC-EMA
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE FAmÍLiA – CEJuSC-BSB-FAm
Juiz Marco Antônio do Amaral e Juíza Silvana da Silva Chaves Coordenadores do CEJUSC-BSB-FAM
Marisa Maria Moraes Muniz Supervisora do CEJUSC-BSB-FAM
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA Do gAmA – CEJuSC-gAm
Juiz José Ronaldo Rossato Coordenador do CEJUSC-GAM
Lucio Flavio Pereira Queiroz Supervisor do CEJUSC-GAM
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA Do guArá – CEJuSC-guA
Juíza Glaucia Barbosa Rizzo da Silva Coordenadora do CEJUSC-GUA
Marcia de Morais Mendonça Supervisora do CEJUSC-GUA
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DoS JuizADoS ESPECiAiS CÍvEiS DE BrASÍLiA – CEJuSC-BSB-JEC
Juiz Josmar Gomes de Oliveira Coordenador do CEJUSC-BSB-JEC
Andrezza Gaglionone Passani Coordenadora Administrativa do CEJUSC-BSB-JEC
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA Do NúCLEo BANDEirANTE – CEJuSC-NuC
Juíza Camille Gonçalves Javarine Ferreira Coordenadora do CEJUSC-NUC
Iêda Santos Cabral Supervisora do CEJUSC-NUC
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA Do PArANoá – CEJuSC-PAr
Juiz Júlio César Lerias Ribeiro Coordenador do CEJUSC-PAR
Cristiane Resende Ribeiro Supervisora do CEJUSC-PAR
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE PLANALTiNA – CEJuSC-PLA
Juíza Catarina de Macedo Nogueira Coordenadora do CEJUSC-PLA
Therezinha Gomes de Oliveira Lopes Supervisora do CEJUSC-PLA
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA Do riACho FuNDo – CEJuSC-rFu
Juíza Glaucia Barbosa Rizzo da Silva Coordenadora do CEJUSC-RFU
Juliana de Oliveira Sampaio Souto Queiroga Supervisora do CEJUSC-RFU
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE SAmAmBAiA – CEJuSC-SAm
Juíza Glaucia Barbosa Rizzo da Silva Coordenadora do CEJUSC-SAM
Silvia Maria de Rezende de Menezes Supervisora do CEJUSC-SAM
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 27
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE SÃo SEBASTiÃo – CEJuSC-SAo
Juiz Fernando Mello Batista da Silva Coordenador do CEJUSC-SAO
Simone Ladeira de Assis Republicano Supervisora do CEJUSC-SAO
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE SoBrADiNho – CEJuSC-SoB
Juíza Erika Souto Camargo e Juíza Keila Cristina de Lima Alencar Ribeiro Coordenadoras do CEJUSC-SOB
Nilda Ilha Barbosa Xavier Supervisora do CEJUSC-SOB
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA SuPErENDiviDADoS – CEJuSC-SuPEr
Juiz Atalá Correia Coordenador do CEJUSC-SUPER
Andreia Oliveira de Siqueira Supervisora do CEJUSC-SUPER
CENTro JuDiCiário DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS E DE CiDADANiA DE TAguATiNgA – CEJuSC-TAg
Juíza Rachel Adjuto Bontempo Brandão Coordenadora do CEJUSC-TAG
Deusa Barakat Supervisora do CEJUSC-TAG
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 28
rESuLTADoS ALCANÇADoSNos Centros Judiciários vinculados ao NUPEMEC, utiliza-se a
metodologia estatística que, embora diferente dos critérios uti-
lizados por outras unidades do TJDFT, retrata, com maior exati-
dão, os resultados obtidos nas pautas de conciliação/mediação.
Trata-se de contabilizar, na apuração dos resultados, apenas
as conciliações efetivamente realizadas (com ou sem acordo),
de modo que o percentual de acordo é obtido a partir do total
dos casos/processos finalizados.
O método tem a vantagem de não incluir na grandeza, a partir
da qual se obtém o percentual de acordos, as audiências remar-
cadas, canceladas ou inaptas; pois, nessas hipóteses, trata-se de
insucesso na realização da audiência e não em seu resultado.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 29
CoNCiLiAÇÃo NoS CENTroS JuDiCiárioS DE SoLuÇÃo DE CoNFLiToS
O crescimento dos CEJUSCs no ano de 2016 proporcionou o
aumento das conciliações no TJDFT. Entre 2014 e 2016, tripli-
cou o número de sessões designadas, sessões realizadas e de
acordos, conforme gráficos a seguir.
ESFERAS DE ATUAção
processuais pré-processuais
áREAS DE ATUAção
cíveis
família
previdenciária
fazendária
grá�co 6 | Resultados por ano
Designadas
23.901
49.995
79.681
Realizadas
2014 2015 20162014 2015 2016
16.727
24.470
50.342
Acordo
2014 2015 2016
4.724
7.474
14.659
DESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS
79.191 50.038 2.486
ACoRDoVALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDAS
TAxA DE
ACoRDo
14.554 R$ 80.283.132,70 165.451 30,6%
Fonte: NUPEMEC/TJDFT
Atualmente, os centros judiciários organizam suas audiências
de conciliação em pautas, que podem envolver empresas par-
ceiras ou as próprias unidades do TJDFT:
pauta concentrada – tem a participação de uma insti-
tuição parceira (bancos, linhas aéreas, lojas de varejo,
DPVAT, etc.) que já possui processos em tramitação no
Tribunal. A empresa seleciona os processos nos quais
tem interesse em fazer uma proposta de acordo e enca-
minha para o centro concentrar o agendamento das ses-
sões, de acordo com o termo de convênio estabelecido.
pauta específica – geralmente está associada aos juiza-
dos especiais cíveis e também envolve a participação de
uma instituição parceira. O processo é distribuído para
um juizado ou vara, porém a sessão de conciliação é
agendada para um CEJUSC. Quando o jurisdicionado ini-
cia um processo (na redução a termo ou na distribuição)
e se verifica que a outra parte é empresa participante da
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 30
pauta específica, o agendamento ocorre para uma data
específica, que reúne todas as demandas daquela insti-
tuição em um único dia.
Para participar da pauta específica, a empresa deve ter
grande demanda no TJDFT, possuindo um número de
processos que justifique a concentração de seus atendi-
mentos em dias específicos. A instituição recebe a citação
no balcão e deve oferecer aos casos atendidos uma aná-
lise pormenorizada do processo. Entre outros deveres, é
primordial que seus representantes legais participem de
curso de capacitação para representantes de empresas
(mais bem detalhado na página 17 deste relatório).
pauta convencional – é aquela que não envolve uma ins-
tituição parceira e faz parte do procedimento ordinário do
centro. Os casos podem ser encaminhados de ofício pelo
juiz ou a pedido das partes por meio do Canal Conciliar, site
na internet, e podem ser processuais ou pré-processuais.
pauta contínua – nesses casos, o centro abre parte de
sua disponibilidade para o agendamento diretamente
das varas e juizados. Entre as possibilidades indicadas,
as serventias agendam as sessões que não tenham sido
agendadas inicialmente pela distribuição/redução a ter-
mo e para as quais tenha sido vislumbrada a possibilida-
de de conciliação/mediação.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 31
CoNCiLiAÇõES rEALizADAS NoS CEJuSCS
ProCESSuAiS – CEJuSCS
As conciliações processuais são aquelas em que a parte inte-
ressada tem sua demanda ajuizada no Poder Judiciário.
Com o advento do novo CPC e a implantação de novos centros,
o NUPEMEC investiu esforços nas pautas específicas, buscan-
do atender às demandas, primeiramente dos juizados espe-
ciais cíveis, ampliando assim o atendimento às serventias de
modo crescente e organizado.
No ano de 2016, foram obtidos os seguintes resultados:
UNiDADE DESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS ACoRDoVALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDAS
TAxA DE
ACoRDo
CEJUSC-AGC 2.491 1.863 48 494 R$ 1.302.899,93 4.519 27,2%
CEJUSC-BRZ 835 472 55 218 R$ 506.557,37 1.599 52,3%
CEJUSC-BSB 7.473 4.966 609 1.200 R$ 40.056.334,00 17.734 27,5%
CEJUSC-CEI 8.898 5.154 61 1.624 R$ 2.987.776,13 31.397 31,9%
CEJUSC-EMA 835 433 15 148 R$ 257.686,27 1.326 35,4%
CEJUSC-GAM 2.354 1.340 151 559 R$ 1.326.935,95 3.100 47,0%
CEJUSC-GUA 2.773 1.995 103 646 R$ 1.376.688,33 7.196 34,1%
CEJUSC-JEC-BSB 21.008 15.396 331 3.442 R$ 10.508.630,30 37.654 22,8%
CEJUSC-NUC 980 509 29 150 R$ 373.811,88 1.606 31,3%
CEJUSC-PAR 2.614 1.554 198 544 R$ 955.752,09 4.536 40,1%
CEJUSC-PLA 3.173 2.017 332 818 R$ 2.942.999,80 3.547 48,5%
CEJUSC-RFU 1.410 744 62 218 R$ 551.785,53 2.976 32,0%
CEJUSC-SAM 748 503 47 98 R$ 639.596,89 1.502 21,5%
CEJUSC-SAO 1.006 677 47 217 R$ 645.763,12 2.280 34,4%
CEJUSC-SOB 4.682 3.214 157 1.360 R$ 2.289.315,12 10.343 44,5%
CEJUSC-TAG 11.857 7.080 55 1.704 R$ 5.544.718,68 23.707 24,3%
TOTAl 73.137 47.917 2.300 13.440 R$ 72.267.251,39 155.022 29,5%
Fonte: NUPEMEC/TJDFT
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 32
UNiDADE DESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS ACoRDoVALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDAS
TAxA DE
ACoRDo
CEJUSC-BSB 2.981 288 23 211 R$ 1.252.553,73 3.402 79,60%
POSTO-UNICEUB 643 50 2 19 R$ 476.228,67 1.147 39,60%
CEJUSC-GUA 1 1 0 1 R$ 20.000,00 4 100,00%
CEJUSC-PAR 167 52 2 48 R$ 83.776,45 189 96,00%
CEJUSC-RFU 22 1 0 1 R$ 750,00 45 100,00%
CEJUSC-SAM 80 34 0 30 R$ 140.814,81 133 88,20%
CEJUSC-SUP 532 451 90 137 R$ 5.932.847,65 2.837 38,00%
CEJUSC-TAG 35 35 0 26 R$ 108.910,00 70 74,30%
TOTAl 4.461 912 117 473 R$ 8.015.881,31 7.827 59,50%
Fonte: NUPEMEC/TJDFT
As conciliações pré-processuais apresentam elevadas taxas de
acordo. Entretanto, ressalta-se que, diante da elevada taxa de
ausência (sessões realizadas/sessões designadas), o NUPEMEC
tem buscado estratégias de trabalho com as instituições par-
ceiras, com intento de reduzir a taxa de ausência e de, por
conseguinte, ampliar o percentual efetivo de acordos.
Pré-ProCESSuAiS – CEJuSCS
Os juizados especiais cíveis são órgãos do Poder Judiciário, dis-
ciplinados pela Lei 9.099/95. São um importante meio de acesso
à Justiça, pois permitem que cidadãos busquem soluções para
seus conflitos cotidianos de forma rápida, eficiente e gratuita.
A conciliação pré-processual é realizada entre as partes que
têm interesse em realizar uma sessão de conciliação antes do
ajuizamento da demanda no Poder Judiciário. Esse tipo de con-
ciliação pode ocorrer por pauta concentrada ou pauta conven-
cional, a pedido de qualquer das partes.
Em 2016, ocorreram sessões de conciliação pré-processuais
em sete CEJUSCs e um posto avançado, detalhados a seguir:
CoNCiLiAÇÃo NoS JuizADoS ESPECiAiS CÍvEiS
Assim como ocorre nos CEJUSCs, as sessões de conciliação
realizadas nos juizados buscam a resolução da lide por meio
da decisão das partes. Não havendo acordo, o caso segue
para sentença judicial.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 33
ProCESSuAL – JECS
Os juizados especiais cíveis são responsáveis por aproximada-
mente um terço de todos os processos distribuídos no Tribu-
nal. No ano de 2016, foram realizadas cerca de 56.000 sessões
de conciliações processuais, nas quais foram obtidos mais de
13.000 acordos e atendidos quase dois milhões de pessoas.
PRoCESSoS DiSTRibUíDoS CANCELADAS REALizADAS ACoRDoS PESSoAS ATENDiDAS VALoR NEGoCiADo
107.781 16.065 56.054 13.529 1.955.559 R$ 26.851.003,32
Fonte: PJ-e
Entre os atendimentos prestados, identificaram-se os dez mais
demandados, ou seja, as empresas contra as quais os cidadãos
mais ingressaram com processos:
NoME DA PARTEQUANT. DE PRoCESSoS
DiSTRibUíDoS
CLARO S.A. 2.133
BANCO DO BRASIL S.A. 1.097
TIM CELULAR S.A. 976
NoME DA PARTEQUANT. DE PRoCESSoS
DiSTRibUíDoS
TELEFÔNICA BRASIL S.A. 930
OI MÓVEL S.A. 718
OI S.A. 583
SKY BRASIL SERVIÇOS LTDA. 552
TAM LINHAS AÉREAS S.A. 541
BANCO BRADESCO S.A. 370
AMIL ASSIST. MÉDICA INTERN. S.A. 349
Fonte: PJ-e
CoNCiLiAÇÃo Pré-ProCESSuAL – JECS
Ainda no âmbito dos juizados, os setores que realizam con-
ciliações pré-processuais são o Núcleo de Atendimento de
Trânsito – NUTRAN e o Posto-Avançado do Juizado Especial
Itinerante de Brasília – Aeroporto. Nessas unidades, foram re-
alizadas cerca de 4.000 sessões de conciliação, das quais um
pouco mais da metade terminou em acordos. Durante o ano
de 2016, foram atendidos 9.675 cidadãos.
O NUTRAN é um serviço oferecido pelo TJDFT para atender
chamados relacionados a acidentes com veículos automotores
terrestres. A conciliação é realizada no próprio local do aciden-
te. Em caso de acordo, este é reduzido a termo e encaminhado
para homologação judicial, além de intimadas as partes para
o recebimento do termo respectivo na secretaria do juizado.
Impossibilitada ou frustrada por qualquer motivo a concilia-
ção, o pedido será reduzido a termo e encaminhado ao juizado
especial cível competente, para nova sessão de conciliação, in-
timadas desde logo as partes.
Já o Posto-Avançado do Juizado Especial Itinerante de Brasília,
localizado no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em razão da si-
tuação específica de conflitos relacionados a empresas aéreas,
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 34
adota procedimento distinto. Em um primeiro momento, um
servidor-conciliador realiza uma tentativa de entendimento
autocompositivo entre os usuários e respectivos prepostos das
empresas aéreas. Havendo consenso, é realizado um “ajuste
entre as partes”. Para homologação judicial, é necessária a so-
licitação das partes e o encaminhamento a um dos juizados
especiais cíveis de Brasília.
Em caso de impasse, as pretensões são reduzidas a termo e
distribuídas ao Juizado Especial Itinerante.
TiPo
UNiDADE
ESPECiFiCAção
UNiDADEDESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS ACoRDo
VALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDAS
TAxA DE
ACoRDo
JUIZADOAEROPORTO 2.822 2.822 0 1.450* R$ 0,00 6.083 51,4%
TRÂNSITO 1.137 1.134 130 946 R$ 100,00 3.592 94,2%
TOTAl 3.959 3.956 130 2.396 R$ 100,00 9.675 54,7%
*Termo de ajuste entre as partes.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 35
Assim como a conciliação, a mediação é uma técnica de reso-
lução de conflitos que privilegia a autocomposição das partes.
O uso das técnicas de mediação é mais indicado para proces-
sos em que as partes possuem vínculo contínuo, tendo sido
rompido o canal de comunicação (muito comum em causas de
família, de condôminos, etc.). Nesses casos, será necessária a
retomada da comunicação, para que as partes possam encon-
trar a solução em conjunto e retomar o convívio.
Esse procedimento, em regra, é mais demorado que o da con-
ciliação, exigindo maior preparo do mediador em sua tarefa de
auxílio às partes a alcançarem um denominador comum.
Em razão disso, a mediação tem sido utilizada nos casos de
maior complexidade, após análise de sua pertinência para me-
lhor tratamento da questão, o que diminuiu o número de ses-
sões de mediação designadas e realizadas.
grá�co 7 | Sessões pré-processual x processual
87,6% Pré-processual
12,4% Processual
Dentre as mediações, a grande maioria, 87,6%, é processual,
sendo apenas 12,4% pré-processuais. Isso se deve, em grande
parte, à opção dos juízes em não aceitar demandas de família
pré-processuais devido à complexidade dos casos e à possível
participação do Ministério Público.
No que se refere à especificidade das matérias, ressalta-se:
MATéRiA DE FAMíLiA MATéRiA CíVEL
31% regulamentação de visitas 34,6% usucapião
12,9% ação cautelar 6,3% embargos à execução
12,3% inventário 6,3% rescisão de contrato
grá�co 8 | Tipo de matéria
54,6% Família
45,4% Cível
mEDiAÇÃo NoS CEJuSCS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 36
MEDIAÇÃO PROCESSUAl
UNiDADE áREA DESiGNADAS REALizADAS ACoRDoS PESSoAS ATENDiDAS
CEJUSC-BSBCÍVEL 116 99 37 531
FAMÍLIA 5 5 0 26
CEJUSC-FAMCÍVEL 2 2 0 2
FAMÍLIA 1.712 1.331 653 2.786
CEJUSC-TAG CÍVEL 4 4 3 8
TOTAl 1.839 1.441 693 3.353
Fonte: NUPEMEC/TJDFT
MEDIAÇÃO PRé-PROCESSUAl
UNiDADE áREA DESiGNADAS REALizADAS ACoRDoS PESSoAS ATENDiDAS
CEJUSC-BSBCÍVEL 9 8 0 19
FAMÍLIA 10 10 0 0
CEJUSC-FAM FAMÍLIA 21 18 12 45
CEJUSC-TAG CÍVEL 2 2 1 2
TOTAl 42 38 13 66
Fonte: NUPEMEC/TJDFT
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 37
Motivados pela palestra proferida pelo Ministro do Superior
Tribunal de Justiça Marco Aurélio Buzzi na abertura da Sema-
na Nacional de Conciliação – 2016, o NUPEMEC efetuou estudo
comparativo entre as audiências de conciliação realizadas no
CEJUSC-BSB/JEC e as realizadas nos juizados especiais cíveis
do TJDFT, bem como entre as do CEJUSC-BSB e as das 25 varas
cíveis de Brasília do TJDFT.
Na referida palestra, o Ministro falou da obrigatoriedade das
sessões de conciliação de acordo com o novo Código de Pro-
cesso Civil, enfatizando que agora não se pode mais negar a
realidade da conciliação nos tribunais.
Na oportunidade, o magistrado apresentou as correlações en-
tre CEJUSCs, varas e juizados especiais cíveis considerando da-
dos do Estado de São Paulo, os quais ratificam a eficiência dos
CEJUSCs e demonstram o funcionamento positivo em relação
às serventias judiciais.
Na expectativa de conhecer o resultado de tais correlações no
TJDFT, o NUPEMEC comparou a estatística de atuação de um
único centro com as demais serventias desta Corte, seguindo
o modelo utilizado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP.
Os resultados encontrados no TJDFT demonstram a efetivida-
de do trabalho realizado nos CEJUSCs comparado ao das ser-
ventias judiciais cíveis, assim como ocorre no TJSP.
grá�co 9 | Origem dos processos nos CEJUSCs
72,7% Juizados Especiais Cíveis
27,3% Outros
ESTATÍSTiCA ComPArADA
JuizADoS ESPECiAiS CÍvEiS
Juizados EspeciaisCíveis
CEJUSCs Servidores lotadosnos JECs
Servidores lotadosnos CEJUSCs
grá�co 10 | Estrutura JECs x Cejuscs
Unidades
31
18
Quantidade de servidores
341
88
Parte dos processos distribuídos para os juizados tem suas
audiências realizadas pelos CEJUSCs. Por essa razão, deve-se
subtrair dos JECs as audiências dos CEJUSCs. A subtração con-
sidera os dados do CEJUSC-JEC.
JUIzADOS
ESP. CíVEISCEJUSCS
DADOS EXClUSIVOS
DOS JEC
GERAL MéDiA GERAL MéDiA GERAL MéDiA
Audiências
Realizadas 52.282 1.687 36.519 2.435 31.159 1.005
Acordos
Homologados 13.425 433 11.163 744 5.704 184
Fonte: PJ-e e NUPEMEC
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 38
Quando comparadas as quantidades de audiências de concilia-
ção realizadas, o trabalho exercido apenas pelo CEJUSC-BSB-JEC
equivale ao trabalho realizado em quinze Juizados Especiais Cíveis.
CEJUSC-JEC 15 JECs=
Quando a comparação se dá em quantidade de acordos ho-
mologados, a diferença é ainda maior. Nesse caso, o CEJUSC-
-BSB-JEC equivale a dezoito juizados especiais cíveis.
CEJUSC-JEC 18 JECs=
vArAS CÍvEiS DE BrASÍLiA
25 VARAS CíVEIS
DE bRASílIA CEJUSC-bSb
GERAL MéDiA
Audiências Re-
alizadas 3.656 146 5.254
Acordos Ho-
mologados 4.509 180 1.411
Fonte: COSIST e NUPEMEC
Quando comparadas as quantidades de audiências de con-
ciliação realizadas, o trabalho exercido apenas pelo CEJUSC-
-BSB equivale ao trabalho realizado em 36 varas cíveis.
CEJUSC-BSB 36VarasCíveis
=
Quando comparadas as quantidades de acordos homologa-
dos, o trabalho exercido pelo CEJUSC-BSB equivale ao trabalho
realizado em oito varas cíveis.
CEJUSC-BSB 8VarasCíveis
=
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 39
A Semana Nacional da Conciliação é uma das principais ações
institucionais do Poder Judiciário. Promovida pelo CNJ, envolve,
anualmente, todos os tribunais brasileiros, num esforço con-
centrado para conciliar o maior número possível de processos.
Entendendo a SNC como uma grande oportunidade de incen-
tivar e levar conhecimento à sociedade, somado ao esforço
processual, o TJDFT promoveu uma série de ações cidadãs, en-
tre as quais palestras, oficinas de parentalidade, mesa redon-
da, painéis da cidadania. Além das ações, o TJDFT estendeu a
SNC, programada pelo CNJ para os dias 21 a 25 de novembro
de 2016, para ocorrer desde o dia 16, ampliando o período de
atendimento concentrado.
CErimôNiA DE ABErTurA
A abertura da Semana Nacional de Conciliação – 2016 no TJDFT
foi realizada oficialmente no dia 21 de novembro e contou com
a palestra do Ministro Marco Buzzi, do STJ, que enfatizou a
importância e a obrigatoriedade da mediação e conciliação,
segundo o Código de Processo Civil. O Ministro apresentou,
também, estatísticas comparativas entre a quantidade de au-
diências e índices de acordos alcançados nas centrais de con-
ciliação e nas varas do Estado de São Paulo.
Na oportunidade, as autoridades expuseram suas percepções
sobre os avanços dos métodos autocompositivos.
O Desembargador Mario Machado, Presidente do TJDFT, falou
do atraso da legislação brasileira em dar “relevo a institutos
que podem contribuir com a pacificação social como a conci-
liação e a mediação”.
O Desembargador Costa Carvalho, Segundo Vice-Presidente do
TJDFT, ressaltou que a mediação e a conciliação são uma po-
lítica permanente da Casa, que não se esgota na realização da
Semana Nacional de Conciliação. Para o magistrado, o grande
desafio do Tribunal é dar efetividade ao novo Código de Pro-
cesso Civil e “incentivar a cultura da pacificação social e não a
cultura da sentença e do litígio, transformar o conflito em algo
positivo e contribuir para diminuição do acervo e para melho-
ria da prestação jurisdicional”. O desembargador enfatizou
ainda que, mesmo com poucos recursos, o TJDFT foi destaque
no relatório Justiça em Números do CNJ com o segundo me-
lhor índice de conciliação entre os tribunais de médio porte.
SEmANA NACioNAL DE CoNCiLiAÇÃo − SNC
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 40
SELo DE QuALiDADE DA SEguNDA viCE-PrESiDêNCiA Do TJDFT
O Selo de Qualidade da Segunda Vice-Presidência é concedido,
desde 2014, anualmente, por ato do Segundo Vice-Presidente,
aos colaboradores e incentivadores do Movimento Permanente
pela Conciliação e do desenvolvimento dos CEJUSCs no TJDFT,
nos termos da Portaria GSVP 93 de 19 de outubro de 2016.
A cerimônia de entrega é realizada durante a abertura da SNC
e, no ano de 2016, agraciou as pessoas e instituições abaixo:
Categoria personalidade pública: Ministro Marco Buzzi,
do Superior Tribunal de Justiça;
Categoria magistrados: os Juízes Marilza Neves Gebrim e
João Paulo das Neves, do TJDFT;
Categoria advogados: Priscila Camargo, do escritório Er-
nesto Borges Advogados;
Categoria empresa parceira: MRV Engenharia;
Categoria conciliador: Lúcio Matos;
Categoria mediador: Abadia Rosa Caetano;
Categoria instrutor: Helena Maria Costa;
Categoria instituição de ensino: Escola de Direito de Bra-
sília – EDP/IDP.
AÇõES DE CiDADANiA
Durante a Semana Nacional de Conciliação, foram realiza-
dos 65 eventos gratuitos, como palestras, cursos, oficinas de
educação financeira, oficinas de parentalidade, além de ou-
tras ações específicas. Magistrados, servidores e estagiários do
TJDFT, advogados, estudantes do ensino médio, universitários,
além da população em geral, puderam participar dos eventos
realizados nos CEJUSCs e nas universidades parceiras.
PARCERIA NUPEMEC E ANJOS DO AMANhÃ
Durante os eventos, foram arrecadadas latas de leite em pó in-
fantil. As doações foram encaminhadas ao Programa Anjos do
Amanhã, da Vara da Infância e da Juventude, em benefício das
crianças que vivem em situação de risco no Distrito Federal.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 41
PAINéIS DA CIDADANIA
Visando informar a população sobre como agir em situações
recorrentes de ajuizamento de ação, os CEJUSCs montaram
painéis da cidadania com temas como: transferência de veícu-
los, direito do consumidor, superendividamento, vantagens da
conciliação/mediação, importância do advogado na audiência
de conciliação, divulgação do site www.consumidor.gov e im-
portância das agências reguladoras.
3ª MESA REDONDA: CONSTRUINDO POlíTICAS PúblICAS PARA O ENfRENTAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO NO bRASIl
O evento teve como objetivo analisar as políticas públicas vol-
tadas para o crédito responsável no Brasil e teve como mo-
derador o Juiz Atalá Correia, Coordenador do CEJUSC-SUPER.
Os palestrantes abordaram os seguintes temas: iniciativas re-
guladoras do mercado financeiro brasileiro para o enfrenta-
mento do superendividamento; redes psicossociais de apoio
ao consumidor superendividado; desafios no combate do su-
perendividamento no Brasil; e políticas públicas que adotam
a educação financeira como premissa essencial no desenvolvi-
mento de uma sociedade mais justa e informada.
PAlESTRA: O ADVOgADO NO âMbITO DA CONCIlIAÇÃO
No dia 17 de novembro, a Juíza Rachel Adjuto Bontempo Bran-
dão, Coordenadora do CEJUSC de Taguatinga, em parceria com
mediadoras e advogadas, ministrou a palestra “O advogado no
âmbito da conciliação”. O evento foi realizado no auditório da
Subseção de Taguatinga da Ordem dos Advogados do Brasil e
contou com a participação de magistrados, advogados, servi-
dores, estudantes e público em geral.
PAlESTRA: PANORAMA DA MEDIAÇÃO NO bRASIl
No dia 22 de novembro, foi realizada, no CEJUSC de Planaltina,
a palestra “Panorama da mediação no Brasil”, ministrada pela
Juíza Eutália Maciel.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 42
PAlESTRA: DIVóRCIO: O fIM DA fAMílIA?
No dia 18 de novembro, foi realizado, no CEJUSC-BSB-FAM, a
palestra: “Divórcio: o fim da família?”. O evento foi ministra-
do pela Juíza Lucimeire Maria da Silva, da 4ª Vara de Família
de Brasília, e pelo servidor Rafael Rico, Supervisor substituto
do CEJUSC-SUPER.
PAlESTRA DO PROJETO CONSTElAR E CONCIlIAR: A CONSTElAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE RESOlUÇÃO DE CONflITOS
No dia 25 de novembro, o NUPEMEC realizou um evento do pro-
jeto Constelar e Conciliar. A Juíza Magáli Dellape Gomes, da Vara
Cível, de Família e de Órfãos e Sucessões do Núcleo Bandeiran-
te, e a voluntária Sra. Adhara Campos explicaram aos magistra-
dos, servidores e demais presentes o funcionamento do projeto,
as estatísticas e a prática de uma sessão de constelação.
ForÇA DE TrABALho
Aproximadamente 12.400 pessoas foram atendidas na Sema-
na Nacional de Conciliação realizada no TJDFT. Para isso, con-
tou com a participação de 257 conciliadores, distribuídos em
dezesseis circunscrições. As sessões foram realizadas em va-
ras, juizados e centros judiciários, com demandas processuais
e pré-processuais, de 1ª e 2ª Instâncias. Contou, ainda, com a
participação de 64 magistrados.
rESuLTADoS ESTATÍSTiCoS
De acordo com as diretrizes do CNJ, os resultados aferidos na
Semana Nacional de Conciliação devem considerar os dados
de toda a Corte, e não apenas dos centros vinculados ao NU-
PEMEC. O agendamento das audiências de conciliação é rea-
lizado para as datas da Semana, e os resultados devem ser
informados diariamente, em formulário virtual especialmente
desenvolvido, disponível na página do NUPEMEC.
No TJDFT, após a apuração dos dados, constatou-se que ape-
nas 33,3% das unidades judiciais informaram seus dados du-
rante a SNC-2016. A incompletude dos dados tem prejudicado
a prestação da informação ao CNJ e à sociedade bem como a
classificação deste Tribunal em seu resultado final, que julga-
mos ser muito superior ao informado.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 43
Na busca de uma ação pontual nas serventias, desde 2014 o
NUPEMEC solicita publicação de matérias informativas na in-
tranet e envia, por meio da Segunda Vice-Presidência e da Cor-
regedoria, ofícios às serventias. No entanto, mesmo as ações
informativas não têm surtido o efeito esperado.
41% acordos12.400 pessoas atendidas
A seguir, os resultados estatísticos registrados no TJDFT du-
rante a SNC-2016:
TiPo UNiDADE DESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS ACoRDoVALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDASTAxA DE ACoRDo
NUPEMEC 4.662 2.534 169 828 R$ 5.179.756,57 9.584 35,0%
JUIZADO 569 342 22 152 R$ 2.147.660,00 937 47,5%
VARA 1.711 893 36 495 R$ 5.552.332,90 1.883 57,8%
TOTAl 6.942 3.769 227 1.475 R$ 12.879.749,47 12.404 41,6%
Na Semana Nacional de Conciliação de 2016, os centros vincu-
lados ao NUPEMEC envidaram esforços para designar o maior
número de conciliações possível, considerando as caracterís-
ticas e especificações das demandas apresentadas. Os centros
vinculados ao NUPEMEC alcançaram os seguintes resultados:
UNiDADES DESiGNADAS REALizADAS REMARCADAS ACoRDoVALoRES
hoMoLoGADoS
PESSoAS
ATENDiDASTAxA DE ACoRDo
CEJUSC-AGC 208 160 9 41 R$ 75.931,87 455 27,2%
CEJUSC-BRZ 46 27 2 12 R$ 15.665,57 52 48,0%
CEJUSC-BSB 1.517 343 44 121 R$ 1.391.697,10 2.501 40,5%
CEJUSC-CEI 295 190 7 67 R$ 1.328.673,35 618 36,6%
CEJUSC-EMA 54 22 0 5 R$ 15.000,00 73 22,7%
CEJUSC-BSB-FAM 90 64 2 40 R$ 0,00 92 64,5%
CEJUSC-GAM 105 69 5 34 R$ 100.466,30 138 53,1%
CEJUSC-GUA 101 73 5 39 R$ 89.519,00 245 57,4%
CEJUSC-BSB-JEC 729 630 17 148 R$ 482.075,31 1.973 24,1%
CEJUSC-NUC 86 41 1 13 R$ 61.367,16 88 32,5%
CEJUSC-PAR 229 109 3 44 R$ 61.251,28 323 41,5%
CEJUSC-PLA 116 86 25 41 R$ 67.923,42 118 67,2%
CEJUSC-RFU 82 40 2 11 R$ 14.094,00 217 28,9%
CEJUSC-SAM 80 46 2 14 R$ 63.103,07 207 31,8%
CEJUSC-SAO 86 58 3 17 R$ 94.736,82 78 30,9%
CEJUSC-SOB 235 177 14 66 R$ 81.135,61 523 40,5%
CEJUSC-SUPER 114 87 25 16 R$ 831.139,10 410 25,8%
CEJUSC-TAG 489 312 3 99 R$ 405.977,61 1473 32,0%
TOTAl NUPEMEC 4.662 2.534 169 828 R$ 5.179.756,57 9.584 35,00%
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 44
uNiDADES JuDiCiAiS mAiS CoNCiLiADorAS
A Semana Nacional de Conciliação é um evento de todo o TJDFT,
e as unidades são convocadas pela Corregedoria e pela Segunda
Vice-Presidência a participar. Destacamos, na tabela seguinte,
as dez unidades judiciais mais conciliadoras na SNC-2016.
UNiDADECiRCUNS-
CRição
TiPo
UNiD.
DESiG-
NADAS
REALi-
zADAS
ACoR-
Do
VEFDF DF VARA 930 138 138
1ª VFOS PAR PARANOÁ VARA 63 63 38
2ª VFOS SOB SOBRADINHO VARA 51 51 34
JECRIM CEI CEILÂNDIA JUIZADO 29 29 32
2ª VFOS PAR PARANOÁ VARA 58 57 27
VFOS GUA GUARÁ VARA 64 67 26
VFOS AGC ÁGUAS CLARAS VARA 44 44 24
4ª VFOS CEI CEILÂNDIA VARA 28 28 23
1ª VFOS SOB SOBRADINHO VARA 51 49 22
1ª VFOS TAG TAGUATINGA VARA 38 37 18
iNSTiTuiÇõES PArCEirAS
Para que a mobilização da Semana Nacional de Conciliação
ocorra com sucesso, o NUPEMEC, além de incluir as pautas
convencionais, conta com a participação de 36 instituições
parceiras. Bancos e financeiras representam 47% das institui-
ções. A participação dos demais setores, como construtoras,
escritórios de advocacia e instituições de ensino, pode ser ob-
servada na figura a seguir:
1 2 3 4 5 6 7 8
47%
8%6%
14%
6%
11%
5%3%
grá�co 11 | Participação das Instituições Parceiras
1. Bancos e Financeiras
2. Construtoras
3. Escritórios de Advocacia
4. Instituições de Ensino
5. Seguradoras
6. Telecomunicações
7. Transporte Aéreo
8. Varejo
bancos e Financeiras:
Banco BMG
Banco Bradesco
Banco BRB
Banco Citibank
Banco CSF S.A.
(Carrefour)
Banco Daycoval
Banco do Brasil
Banco HSBC Losango
Banco Itaú
Banco Santander
BB Ativos
BV Financeira
Cartão BRB
Cetelem
Credijustra
SICOOB
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 45
Construtoras:
MRV Engenharia
Escritórios de Advocacia:
Escritório Gilmar Gonçalves Escritório Jacó Coelho
instituições de Ensino:
Faculdades SESC/SENAI
Mackenzie
Projeção
SENAC
Seguradoras:
Caixa Seguros Porto Seguro
Telecomunicações:
Claro
Oi
Sky
Tim
Vivo
Transporte Aéreo:
Azul Latam
Varejo:
CNova
Riachuelo
Via Varejo
PESQuiSA DE SATiSFAÇÃo DA SNC-2016
Nos CEJUSCs, durante a Semana Nacional de Conciliação de
2016, foi realizada a Pesquisa de Satisfação do Usuário, um
instrumento de grande importância para avaliação dos servi-
ços prestados e acompanhamento dos conciliadores.
Comparando os resultados da SNC com o resultado da Pesquisa
de Satisfação rotineira, não se constatou diferença significativa.
O fato demonstra manutenção da qualidade do serviço presta-
do e da expectativa do usuário perante a postura das empresas,
independente do esforço concentrado e do aumento do número
de sessões, bem como da publicidade da referida Semana.
Com relação à satisfação, 92% dos usuários mostraram-se sa-
tisfeitos ou muito satisfeitos após a sessão de conciliação. Na
avaliação dos conciliadores, 97% dos usuários consideraram
os conciliadores excelentes ou bons.
grá�co 12 | Nível de Satisfação Geral
35% Muito satisfeito
56% Satisfeito
7% Insatisfeito
2% Muito insatisfeito
grá�co 13 | Avaliação geral da atuação dos conciliadores
80,1% Excelente
17,3% Bom
1,9% Regular
0,3% Ruim
0,4% Péssimo
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 46
grá�co 14 | Houve melhora na imagem do Judiciário,após a sessão de conciliação?
58% Sim
27% Em parte
15% Não
O formulário de pesquisa aplicado nas unidades do NUPEMEC
coleta a percepção do usuário do Poder Judiciário desde o seu
primeiro atendimento no TJDFT. Durante a SNC, merece desta-
que o atendimento realizado pelos servidores desta Corte, com
95% de aprovação do usuário.
grá�co 15 | Atendimento dado pelos servidores do TJDFT
73% Excelente
22% Bom
3% Regular
1% Ruim
1% Péssimo
Quando consultados sobre a avaliação das empresas parcei-
ras, os jurisdicionados apresentaram percepção bastante posi-
tiva, o que ressalta a conciliação como oportunidade de resga-
te do cliente e mudança de visão da empresa ou de seu eixo de
atuação perante a sociedade.
grá�co 16 | A expectativa quanto à propostada empresa foi atendida?
16% Superada
20% Atendida
13% Parcialmente atendida
51% Não atendida
grá�co 17 | Houve melhora na imagem da empresa?
29% Sim
35% Manteve-se a mesma
36% Não
grá�co 18 | Avaliação geral da atuação dos prepostos
51% Excelente
27% Bom
16% Regular
5% Ruim
1% Péssimo
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 47
O programa de atendimento a consumidores superendivida-
dos foi iniciado em 2014. Suas estratégias buscam conscien-
tizar consumidores acerca da realidade do endividamento e
empoderar pessoas que se encontrem nessa situação para
que estejam aptas a negociar e conciliar. Para atingir essa fi-
nalidade, o programa é estruturado sobre premissas jurídicas,
financeiras e psicossociais. O participante deve frequentar ofi-
cina de educação financeira e, de forma facultativa, conta com
orientações financeiras e psicossociais.
Ao longo desse ciclo preparatório, o participante capacita-se para
assumir compromissos por meio de decisões informadas e para
dar cumprimento ao acordado. Objetiva-se, assim, não só o acordo,
mas uma mudança efetiva e sustentável em sua vida financeira.
No ano de 2016, o programa foi transformado em Centro Ju-
diciário de Solução de Conflitos e de Cidadania de Brasília –
CEJUSC-BSB. Mantêm-se, no entanto, eixos e etapas definidos
à época de sua implantação. A nova estruturação do programa
permitiu seu desenvolvimento e a ampliação de suas metas.
A formação de CEJUSC com foco no superendividamento foi
destaque no site do Conselho Nacional de Justiça.
Como reconhecimento da excelência desse trabalho, a expe-
riência do CEJUSC-SUPER foi apresentada no XIII Congres-
so Brasileiro de Direito do Consumidor, realizado em Foz do
Iguaçu-PR, entre os dias 1º/5 e 4/5, em painel denominado “Su-
perendividamento e Crédito – Sociedade de Consumo e Crise
Econômica”. Na oportunidade, o programa recebeu elogios de
delegações ali presentes, nacionais e estrangeiras.
O evento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Política e Direito
do Consumidor – Brasilcon e teve como tema os “25 Anos de Vigên-
cia do Código de Defesa do Consumidor: responsabilidade e ética”.
CEJUSC-SUPER foi criado com a finalidade de
promover a prevenção, o tratamento e a reso-
lução de conflitos envolvendo consumidores
em situação de superendividamento, confor-
me Portaria Conjunta 4 de 1º de fevereiro de 2016.
CEJuSC-SuPEr
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 48
PrEvENÇÃo
No contexto da prevenção, o CEJUSC-SUPER oferece à socieda-
de ações informativas, como palestras, oficinas, mesas redon-
das. No ano de 2016, foram realizadas as seguintes ações:
TiPo DE EVENTo QUANTiDADE PARTiCiPANTES
Oficina do superendividado 28 594
Constelação 8 106
Outras ações 7 279
Palestra 6 299
TOTAl 49 1278
2ª MESA REDONDA SObRE SUPERENDIVIDAMENTO
Em abril de 2016, ocorreu a 2ª Mesa Redonda sobre Superen-
dividamento, que versou sobre “Crédito e Consumo Responsá-
veis: a ética do outro”. O evento teve como objetivo reconhecer
as principais ações que caracterizam as práticas responsáveis
de crédito e de consumo, possibilitando percepção mais crítica
das relações de mercado.
Parceria GRUPo APoSENTAção Do TJDFT
A equipe do CEJUSC-SUPER ministrou palestra de prevenção
ao superendividamento, com o título “Educação Financeira –
Planejamento para a Vida”, aos servidores do Programa Apo-
sentAÇÃO do TJDFT. A aula representou o encontro de dois
programas do TJDFT voltados ao desenvolvimento humano
e apoio social. Como a aposentadoria é um momento de fre-
quente diminuição de renda, é importante promover a refle-
xão sobre o peso financeiro dessa transição.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 49
TrATAmENTo
A etapa de tratamento é a principal atividade desempenhada no
centro, abrangendo o percurso que se inicia com a solicitação
de participação até a efetiva sessão de conciliação. Nesse ciclo,
o consumidor endividado terá a oportunidade de refletir sobre
seus comportamentos, suas decisões financeiras e sobre enca-
minhamentos possíveis para a resolução de seus problemas.
Entrevistacadastral
O�cina deeducação�nanceira
Orientação�nanceiraindividual
Sessões deConciliação
Solicitação
Orientação Psicossocial IndividualConstelação Familiar
Grupo Temático - Enfrentamento
Iniciativas Psicossociais
Solicitaçõesde inscrições
1.236 Entrevistascadastrais
618 Acordos homologados
120
Orientações�nanceirasrealizadas
433Orientaçõespsicossociaisrealizadas
223481
24 turmasParticipantes
(O�cinas deEducação �nanceira)
RESULTADo DAS NEGoCiAçÕES
ACORDOS 120
REMARCAÇÕES/ANDAMENTO 65
AUSÊNCIAS 54
INFRUTÍFERAS 48
PESQuiSA DE SATiSFAÇÃo Do uSuário – CEJuSC-SuPEr
Os resultados a seguir retratam as Pesquisas de Satisfação do
Usuário e de Impacto relativas às ações de tratamento do Cen-
tro Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania Superen-
dividados, quais sejam: Oficina de Educação Financeira, Orien-
tações Individuais, Grupos Temáticos e Constelação Familiar.
A PSU relativa às conciliações é apresentada de forma agrupa-
da às demais pesquisas de satisfação das unidades vinculadas
ao NUPEMEC.
“Com esse programa vislumbro uma sociedade me-
lhor com indivíduos conscientes e saudáveis. Sinto
a humanização das instituições públicas. Esperança
de pessoas melhores por um mundo melhor para to-
dos e todas.” (PSU aplicada no CEJUSC-SUPER)
OfICINA DE EDUCAÇÃO fINANCEIRA
A PSU foi respondida por 505 de 574 participantes presentes
nas 27 turmas da oficina de educação financeira, no período
de janeiro a dezembro de 2016, representando uma taxa de
retorno de 88%, índice bastante expressivo.
96,2% SATISFAÇÃO com o Programa
87,9% Expectativas Superadas ou Atendidas
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 50
ENTREVISTA CADASTRAl – ATUAÇÃO DO ENTREVISTADOR E CONDIÇõES gERAIS
6,1%
0,6%
grá�co 19 | Título do grá�co
Atenção e cortesiado entrevistador
Imparcialidadee neutralidade
do entrevistador
Clareza das informa-ções durante entrevista
4,6%
0,2%
6,1%
7,5%
Qualidade doespaço físico
Facilidade paraencontrar o local
Muito bom BomÓtimo Regular Ruim Em branco
67,7%
64,8%
21,4%
20,8%
6,7%
2,6%
2,4%
5,7%64,2% 21%
13,5% 5,9%51,7% 28,7%
17,8%
0,8%
2,4%46,3% 29,7%
0,2%
Esse resultado expressa, principalmente, o empenho das equi-
pes em realizar um atendimento de qualidade, orientado ao
cidadão. Cabe ressaltar que, em 2016, as entrevistas passaram
a ser realizadas no CEJUSC-SUPER – Fórum Júlio Leal Fagundes
e no CEJUSC de Taguatinga, além do CEJUSC de Brasília. Essa
descentralização facilita o acesso ao Programa pelo cidadão,
garantindo o alinhamento com a missão e os valores do TJDFT.
Garante, ainda, que as condições oferecidas pelo TJDFT sejam
adequadas para a realização dessas entrevistas.
96,1% SATISFEITOS com a O�cina
97% indicariam para outra pessoa
ORIENTAÇõES INDIVIDUAIS
orientação Financeira
93% SATISFEITOS
grá�co 20 | Orientação �nanceira
Parcialmente NãoSim Em branco
Sentiu-se induzido atomar alguma decisão
que o contrarie?
As suas opiniõesforam respeitadas?
O orientador �nanceiroatendeu com cortesia?
90,5%
93,6%
98,4%
1,6%
6,3%
0
0
0
3,2%
1,6%
1%3,2%
orientação Psicossocial
90% SATISFEITOS
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 51
ouTrAS iNiCiATivAS PSiCoSSoCiAiS
gRUPO DE ENfRENTAMENTO
Os grupos temáticos de enfrentamento ligados ao CEJUSC-SU-
PER são oficinas com duração de três horas, nas quais o partici-
pante irá aprofundar os conhecimentos relativos a estratégias
de enfrentamento psicossocial para o superendividamento. As
oficinas permitem a identificação das estratégias adotadas pelo
participante até então e a análise de quais são adaptativas ou
desadaptativas. Nessa oportunidade, o participante pode en-
contrar sustentação teórica na psicologia social e nas teorias
de coping. Esses grupos temáticos são fruto de parceria com a
coordenação do curso de psicologia do UniCEUB.
Nº DE ENCONTROS: 5
Nº DE PARTICIPANTES: 23
Nº DE OUVINTES E VOLUNTÁRIOS: 4
SATISFAÇÃO 92% com notas entre 8 e 10
PERCEPÇÃO DE FORTALECIMENTO84% responderam que Sim
CONSTElAÇÃO fAMIlIAR
A constelação no âmbito do CEJUSC Superendividados faz par-
te do projeto Constelar e Conciliar do TJDFT. O grupo atende
exclusivamente os participantes do CEJUSC-SUPER e familia-
res. A constelação, com duração média de duas horas, é con-
duzida por um profissional com formação e experiência na
área. Em cada encontro, a temática de apenas uma pessoa é
constelada, e o grupo conta com a presença de um represen-
tante do centro.
Nº DE ENCONTROS: 8
Nº DE PARTICIPANTES: 43
Nº DE OUVINTES E VOLUNTÁRIOS: 61
82,5% SATISFEITOS
“Mudou a compreensão com a minha história
e meu passado e me deu a possibilidade de vi-
ver feliz e era algo que eu não tinha: felicidade.”
Comentário registrado na PSU – constelação)
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 52
“A possibilidade de conciliar é muito boa para as
partes, para a justiça e para o brasil. Devemos ten-
tar o acordo sempre. Parabéns à justiça do df por
‘patrocinar’ isso.” (Comentário registrado em for-
mulário da psu-2016)
A Pesquisa de Satisfação do Usuário − PSU é um instrumen-
to fundamental para a avaliação dos serviços prestados pelos
CEJUSCs, além de ser a principal ferramenta para o acompa-
nhamento da atuação dos conciliadores e mediadores.
Os usuários são convidados a responder a questões que ver-
sam sobre o alcance das expectativas, o nível de satisfação,
a atuação dos conciliadores, mediadores e prepostos, a visão
acerca do Poder Judiciário e a percepção geral sobre a negocia-
ção. São avaliados aspectos como a validade da tentativa de
acordo, a sensação de justiça com o resultado da negociação,
a existência ou não de pressão para fechamento de acordo e
outros aspectos gerais da prestação de serviço.
No ano de 2016, a PSU obteve 23.918 formulários válidos res-
pondidos de forma voluntária pelos usuários em todos os CE-
JUSCs. Esse valor garante a fidedignidade dos resultados al-
cançados, diminuindo sobremaneira o risco de uma avaliação
enviesada dos serviços oferecidos.
23.918 formulários válidos respondidos
de forma voluntária pelos usuários em
todos os CEJUSCs
Os formulários com maior índice de retorno foram os do tipo
conciliação-partes, que representam 62,1% do total, seguidos
pelos dos tipos conciliação-advogados (25,9%), sobre a atuação
do preposto (7,3%) e comentários (3,8%). Os formulários dos
tipos mediação-partes e mediação-advogados representam,
juntos, apenas 1% dos respondidos, uma vez que as sessões de
mediação são realizadas em proporções igualmente reduzidas.
Por se tratar de um centro diferenciado e com maior capaci-
dade de atendimento, o CEJUSC-BSB-JEC representa 30,8% dos
formulários válidos. Alguns centros iniciaram suas atividades
ao longo do ano de 2016. Assim, apresentaram um volume
reduzido de formulários válidos. Os centros em atividade há
mais tempo e com maior capacidade de atendimento envia-
ram um número maior de formulários.CE
JUSC
-AG
C
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CEJU
SC-B
RZCE
JUSC
-BSB
CEJU
SC-C
EICE
JUSC
-EM
ACE
JUSC
-FA
MCE
JUSC
-GA
MCE
JUSC
-GU
ACE
JUSC
-JEC
CEJU
SC-N
UC
CEJU
SC-P
AR
CEJU
SC-P
LACE
JUSC
-RFU
CEJU
SC-S
AM
CEJU
SC-S
AO
CEJU
SC-S
OB
CEJU
SC-S
UPE
RCE
JUSC
-TA
GMediação advogadosConciliação partes
Conciliação advogadosPrepostoComentários Mediação partes
grá�co 21 | Proporção de formulários válidos por CEJUSC
PESQuiSA DE SATiSFAÇÃo Do uSuário
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 53
Os resultados da PSU nos mostram que os usuários estão sa-
tisfeitos com a prestação de serviço. O nível de satisfação geral
positivo médio dos usuários é superior a 90%, como podemos
observar abaixo. Em todos os centros, o nível de satisfação ge-
ral é similar, havendo pequena variação.
grá�co 22 | Satisfação geral
36,4% Muito satisfeito
54,2% Satisfeito
6,9% Insatisfeito
2,5% Muito insatisfeito
grá�co 23 | Nível de satisfação geral por CEJUSC
CEJU
SC-A
GC
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
CEJU
SC-B
RZCE
JUSC
-BSB
CEJU
SC-C
EICE
JUSC
-EM
ACE
JUSC
-FA
MCE
JUSC
-GA
MCE
JUSC
-GU
ACE
JUSC
-JEC
CEJU
SC-N
UC
CEJU
SC-P
AR
CEJU
SC-P
LACE
JUSC
-RFU
CEJU
SC-S
AM
CEJU
SC-S
AO
CEJU
SC-S
OB
CEJU
SC-S
UPE
RCE
JUSC
-TA
G
Muito satisfeito Satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito
Mais de 85% dos usuários que responderam à pesquisa infor-
maram que houve mudança, ainda que parcial, na imagem
que têm do Poder Judiciário, após passarem por sessões de
conciliação ou mediação. Parte do motivo que se relaciona a
essa mudança na imagem se deve aos usuários sentirem que
participam da construção da solução do conflito.
Os dados revelam que, em 88,7% dos formulários válidos, os
usuários se sentiram pelo menos parcialmente responsáveis
pela resolução do conflito. Apesar da aplicação de técnicas
autocompositivas que buscam a participação ativa e igualitá-
ria dos envolvidos, 7,1% dos usuários se sentiram, de alguma
forma, pressionados a fechar acordo. Paralelamente, mais de
88% dos usuários consideraram a tentativa de acordo válida
ou parcialmente válida.
grá�co 24 | Houve mudança na imagem do Judiciário?
58% Sim
27% Em parte
15% Não
grá�co 25 | Sentiu que participou da solução
75,3% Sim
13,4% Em parte
15% Não
grá�co 26 | Sentiu-se pressionado a realizar acordo
3,6% Sim
3,5% Em parte
92,9% Não
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 54
74,9% Sim
13,2% Em parte
12,% Não
grá�co 27 | Tentativa de acordo foi válida
PERCEPÇÃO DOS ADVOgADOS
A presença dos advogados nas sessões vem sendo positiva para
os mediandos. Para 80,3% dos respondentes, o auxílio oferecido
pelos seus advogados na compreensão do caso e na construção
de um acordo foi excelente e para 14,6% foi bom. Os advogados,
por sua vez, estimam que a economia processual financeira em
mais de 76% dos casos é superior a R$500,00 e que a economia
processual de tempo é superior a um ano em 43,6% dos casos.
grá�co 28 | Auxílio do advogado
80,3% Excelente
14,6% Bom
3,1% Regular
1,0% Ruim
1,1% Péssimo
grá�co 29 | Economia processual de tempo estimada
54,4% Até 1 ano
32,5% De 1 a 2 anos
8,7% De 3 a 4 anos
2,3% De 5 a 6 anos
0,1% mais de 6 anos
1,9% outro
grá�co 30 | Economia processual �nanceira
19% Até R$ 500,00
31,4% De R$ 500,00 a 1.000,00
32,5% De R$ 2.000,00 a 4.000,00
11,3% De R$ 5.000,00 a 7.000,00
1,1% mais R$ 7.000,00
4,7% outro
AVAlIAÇÃO DOS CONCIlIADORES E MEDIADORES
Quando submetidos à avaliação dos usuários por meio da Pesqui-
sa de Satisfação, os conciliadores e mediadores atuantes apresen-
tam resultados de desempenho bastante expressivos, com mais
de 96% de avaliações positivas. De forma geral, há similaridade na
percepção sobre a atuação dos facilitadores pelos advogados e par-
tes. Quanto ao quesito “Auxílio na comunicação com a outra par-
te”, os participantes se apresentaram menos satisfeitos com a atu-
ação dos facilitadores quando comparada à dos advogados. Nos
demais quesitos, não houve diferença significativa na percepção.
grá�co 31 | Avaliação geral da atuação dos conciliadores
78,9% Excelente
17,7% Bom
2,6% Regular
0,4% Ruim
0,3% Péssimo
grá�co 32 | Avaliação geral da atuação dos conciliadoresna visão dos advogados
78,9% Excelente
17,8% Bom
2,5% Regular
0,5% Ruim
0,4% Péssimo
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 55
grá�co 33 | Avaliação geral da atuação dos conciliadoresna visão das partes
79% Excelente
17,7% Bom
2,6% Regular
0,4% Ruim
0,3% Péssimo
grá�co 34 | Auxílio na comunicação com a outra partena visão dos advogados
75,4% Excelente
19,7% Bom
3,9% Regular
0,5% Ruim
0,4% Péssimo
grá�co 35 | Auxílio na comunicação com a outra partena visão das partes
69,2% Excelente
24,0% Bom
5,3% Regular
0,9% Ruim
0,5% Péssimo
grá�co 36 | Imparcialidade e neutralidade na visão dos advogados
83,9% Excelente
13,2% Bom
2,1% Regular
0,5% Ruim
0,3% Péssimo
grá�co 37 | Imparcialidade e neutralidade na visão das partes
80,3% Excelente
15,7% Bom
3,0% Regular
0,6% Ruim
0,4% Péssimo
grá�co 38 | Apresentação do facilitador e das regras geraisna visão dos advogados
79,1% Excelente
17,3% Bom
2,5% Regular
0,5% Ruim
0,6% Péssimo
grá�co 39 | Apresentação do facilitador e das regras geraisna visão das partes
76,4% Excelente
20,1% Bom
2,6% Regular
0,5% Ruim
0,4% Péssimo
grá�co 40 | Atenção, zelo e preocupação em atender bem a todosna visão dos advogados
84,9% Excelente
13,0% Bom
1,6% Regular
0,3% Ruim
0,2% Péssimo
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 56
grá�co 41 | Atenção, zelo e preocupação em atender bem a todosna visão das partes
83,0% Excelente
14,8% Bom
1,7% Regular
0,4% Ruim
0,2% Péssimo
grá�co 42 | Esclarecimento dos procedimentos seguintes em casode não acordo na visão dos advogados
78,8% Excelente
16,3% Bom
3,8% Regular
0,8% Ruim
0,4% Péssimo
grá�co 43 | Esclarecimento dos procedimentos seguintes em casode não acordo na visão das partes
77,5% Excelente
18,3% Bom
0,6% Regular
0,3% Ruim
0,3% Péssimo
Os resultados apontam que o empenho do TJDFT em promo-
ver a capacitação de seus profissionais, com a realização de
cursos e a periódica análise dos serviços, traz benefícios di-
retos ao público-alvo, que visivelmente reconhece o trabalho
desenvolvido. Corrobora essa conclusão o fato de que, dentre
os usuários de mediação respondentes, 98,5% recomendariam
a mediação para outras pessoas.
A satisfação dos usuários com a atuação dos conciliadores, fru-
to do trabalho técnico da equipe, oportuniza aos jurisdicionados
espaços efetivos de diálogo e resolução de conflitos. Tais fatores,
avaliados pelos respondentes da pesquisa em aspectos específi-
cos, indicaram a excelência do serviço em itens essenciais, como
“imparcialidade” e “encorajamento pela busca de consenso”.
Observa-se que a adesão ao sistema autocompositivo traz resul-
tados extremamente favoráveis, tanto no aspecto quantitativo,
ao evitar o acúmulo de processos no Judiciário, como no quali-
tativo, ao melhorar a qualidade de vida dos jurisdicionados.
AVAlIAÇÃO DAS EMPRESAS
Assim como os conciliadores e mediadores, os prepostos capa-
citados passam pelo crivo da avaliação pela parte oposta. As
informações obtidas podem ser um excelente meio para que a
empresa identifique como se comporta seu representante na
oportunidade de resgatar o cliente, no caso, na sessão de con-
ciliação. Os resultados demonstram que em 25,6% dos casos
nas pautas convencional e concentrada, depois da sessão de
conciliação, a parte reconhece uma melhoria na imagem que
tinha da empresa. Essa melhoria da imagem é ainda maior
(33,9%) quando se trata dos parceiros de pauta específica.
grá�co 44 | Houve melhoria na imagem da empresa?pauta convencional / concentrada
25,6% Sim
36,3% Manteve-se a mesma
38,1% Não
grá�co 45 | Houve melhoria na imagem da empresa?pauta especí�ca
33,9% Sim
31,7% Manteve-se a mesma
34,4% Não
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 57
Os dados refletem que essa melhora na imagem das empresas
tem grande relação com as propostas que as empresas trazem
às sessões. Mais da metade dos usuários da pauta específica
consideraram que suas expectativas foram pelo menos par-
cialmente atendidas. Entre os usuários das pautas convencio-
nais e concentrada, o número foi menos expressivo.
grá�co 46 | A expectativa quanto à proposta da empresa foi atendida?pauta convencional / concentrada
5,4% Superada
20,5% Atendida
16,1% Parcialmente atendida
58,0% Não atendida
grá�co 47 | A expectativa quanto à proposta da empresa foi atendida?pauta especí�ca
8,6% Superada
21,6% Atendida
21,2% Parcialmente atendida
48,6% Não atendida
Quanto à atuação dos prepostos em si, mais de 76% dos usu-
ários a consideraram positiva de forma geral. Dentre os cri-
térios específicos da atuação dos prepostos, destaca-se uma
diferença superior a 6% na flexibilidade quanto à busca de so-
lução para um consenso na comparação entre os prepostos de
empresas parceiras da pauta específica e prepostos de empre-
sas das pautas convencional e concentrada.
grá�co 48 | Avaliação geral da atuação dos prepostos
52,8% Excelente
24,1% Bom
15,1% Regular
4,8% Ruim
2,2% Péssimo
grá�co 49 | Avaliação geral da atuação dos prepostospauta convencional / concentrada
52,9% Excelente
24,0% Bom
14,8% Regular
4,9% Ruim
3,4% Péssimo
51,8% Excelente
25,0% Bom
16,8% Regular
4,5% Ruim
1,8% Péssimo
grá�co 50 | Avaliação geral da atuação dos prepostospauta especí�ca
A negociação entre as empresas parceiras e os usuários tem
promovido resultados expressivos na busca de soluções de
consenso. Os resultados obtidos revelam que o estabelecimen-
to do diálogo leva à melhoria da imagem da empresa. Isso de-
monstra a importância da conciliação para o relacionamento
das empresas com seus clientes, em especial no resgate da
clientela que, em certo momento, mostrou-se insatisfeita com
os serviços prestados pela empresa, procurando o Judiciário
para a resolução da lide.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 58
CoNSiDErAÇõES FiNAiSNo ano de 2016, o NUPEMEC procurou disseminar a Política
Judiciária Nacional de Tratamento Adequado de Conflitos de
Interesse por meio da expansão das práticas autocompositiva
e ações de cidadania, otimizando os recursos humanos e es-
truturas físicas disponibilizadas por esta Corte.
Consoante preceituam o novo Código de Processo Civil e a Lei
de Mediação, os centros judiciários de solução de conflitos
passaram a realizar as sessões de conciliação da quase totali-
dade dos juizados especiais cíveis e parte das varas cíveis do
TJDFT. Como resultado, o número de audiências designadas e
realizadas, bem como os índices de acordo, foi triplicado em
relação ao ano de 2014.
Na busca de alinhar o teor processual com a mudança de cul-
tura – do litígio para a pacificação social –, o ano foi marcado
por ações cidadãs, levando conhecimento e informação à so-
ciedade. Nesse contexto, foram realizadas trinta Oficinas de
Parentalidade, com destaque para a Primeira Oficina de Paren-
talidade para Filhos, 24 turmas de Oficina de Educação Finan-
ceira e 65 eventos educativos durante a Semana Nacional de
Conciliação, entre outras atividades.
Ainda no eixo da cidadania, o NUPEMEC envidou esforços no
estabelecimento de parcerias e projetos que proporcionem aos
jurisdicionados a resolução de seus conflitos com máxima qua-
lidade, além de oferecer meios de acesso à Justiça, como concei-
to amplo, e não apenas como Poder Judiciário. Para tanto, des-
tacam-se os projetos “Mediar é Divino” e “Constelar e Conciliar”.
A resposta para tanto esforço é ratificada pelo alcance de 124%
da Meta Nacional 3 de 2016, do CNJ, e pelo reconhecimento do
principal interessado, o jurisdicionado.
Os serviços prestados pelos centros vinculados foram avalia-
dos como “positivo” por 90% das quase 24.000 pessoas que,
voluntariamente, responderam à Pesquisa de Satisfação do
Usuário. Ressalta-se ainda que, após a sessão de conciliação, a
imagem do Poder Judiciário mudou para melhor na percepção
de 86% dos respondentes.
NUPEMEC | RELATÓRIO ANUAL 2016 59
Sabemos que ainda existem desafios a serem superados, entre
eles a consolidação da mudança de cultura, que sabemos ser
um processo lento e gradual. Para tanto, é preciso que todos
conheçam o poder transformador e efetivo da mediação e con-
ciliação quando utilizadas de acordo com as técnicas preconi-
zadas pelo Conselho Nacional de Justiça.
Por fim, honra-nos saber que, por meio do empoderamento e
decisão informada das partes, os métodos autocompositivos
proporcionaram a resolução de 30.878 conflitos processuais ou
pré-processuais, o que corresponde a cerca de um terço dos
casos enviados à conciliação ou mediação.