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DEZEMBRO/2011 ANO 16 Nº 67 Volvo fará ônibus híbrido em Curitiba
O Double Decker da Comil está chegando
A ABRATI premia empresas do setor por
suas boas práticas
A Scania fornece 289 chassis articulados para o Projeto Transmilênio
www.marcopolo.com.br
MAIS PRESERVAÇÃO... TERRA MAIS VIVA.Andar mais de ônibus proporciona vantagens para a qualidade de vida, para o meio ambiente, para a diminuição da poluição e dos congestionamentos nas cidades e para todo mundo. Embarque na ideia por uma mobilidade sustentável porque o futuro tem um só caminho e uma só direção: a preservação.
A Irizar comemora 120 anos
empenhada em
vigoroso processo de
expansão internacional.
umárioS
Em noite festiva, os
representantes das
empresas vencedoras
da primeira edição
receberam em
Brasília o Prêmio
ANTP/ABRATI de
Boas Práticas no
Transporte Rodoviário
de Passageiros.
Na última reunião do ano entre os associados e
a Diretoria da ABRATI , o diretor-geral da ANTT,
Bernardo Figueiredo, destacou as contribuições
do setor ao processo da licitação.
Realizado no dia 7 de dezembro, o jantar
anual de confraternização da ABRATI contou, mais uma
vez, com a presença de integrantes do poder público, de
parlamentares e de elevado número de associados.
18
12 14
Mais duas importantes empresas – a Gontijo, de Belo Horizonte, e a Progresso,
de Recife – incorporaram novos ônibus a suas frotas. Todos com
carroçarias Marcopolo Geração 7 e motorização Scania.
No inicio de 2012, a Comil passa
a produzir seu primeiro ônibus
Campione Double Decker, além do
novo Campione HD 4.05.
Tradicional empresa de
transporte rodoviário
de passageiros do Rio
de Janeiro, a Bel-Tour é
conhecida pela qualidade
dos seus serviços e
pela busca permanente
por inovação.
30
LEIA MAIS:
Cartas................................................................ 6
Carta do Presidente .......................................... 7
Bagageiro ......................................................... 8
ICA .................................................................. 22
Volvo híbrido .................................................. 26
A Bus World em Kortrijk ................................. 36
Caminhos Musicais Guanabara ...................... 54
Marcopolo Top de Marketing ........................ 61
Scania mobilidade .......................................... 62
Scania novos motores .................................... 64
Opinião ........................................................... 66
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6 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A Revista ABRATI é uma publicação da
Associação Brasileira das Empresas de
Transporte Terrestre de Passageiros
Editor Responsável
Ciro Marcos Rosa
Produção, edição e editoração eletrônica
Plá Comunicação – Brasília
Editor Executivo
Nélio Lima – MTb 7903
Impressão
Gráfica e Editora Athalaia – Brasília
Imagem da capa
Divulgação Comil
Esta revista pode ser acessada via
internet: http://www.abrati.org.br
Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre
de Passageiros
Presidente Renan Chieppe
Vice-PresidenteLuiz Wagner Chieppe
Diretor Administrativo-FinanceiroPaulo Alencar Porto Lima
DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros, Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu, Francisco Tude de Melo Neto, Jacob Barata Filho, Leônidas Elias Júnior, Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Pedro Antonio Teixeira, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura.
SuperintendenteJosé Luiz Santolin
Assessoria TécnicaAtaíde de Almeida
Assessoria de Comunicação SocialCiro Marcos Rosa
SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944Brasília - Distrito Federal
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PIRATAS – 1O inevitável parabéns redundante
à ABRATI pela edição nº 66 da revista.
Ótimos destaques! Excelente cobertu-
ra da operação dos piratas.
Agora eu digo uma coisa: em rela-
ção aos piratas, tanto o que a ANTT
não faz quanto o pouco que ela faz
é por falta de vontade, organização
e foco, reflexo da lentidão e falta de
prioridade características dos órgãos
públicos. De outra sorte, e eu até diria
que se fosse eu, grande parte do sis-
tema clandestino já estaria quebrado
e fora de operação. Aliás, sequer teria
chegado ao ponto que chegou! Sei de
casos que bastou a aplicar a lei devida
ao setor, e os veículos piratas nunca
mais saíram dos pátios de apreensão.
É só pontuar e focar as ações. Duvido
que eles resistam!
Por menor que seja o contingente
disponível para o trabalho, basta es-
tratégia enxuta e bem definida para
combater e eliminar, pelo menos a
quase zero, essa praga que nos aflige.
Esse atentado à vida! Não tem essa de
liminar em outros estados, as linhas
são interestaduais. A ANTT, ligada
direto à Presidência da República, tem
que ter autonomia e mão pesada o su-
ficiente para resolver isso! O negócio é
tão absurdamente atrevido que vemos
os clandestinos até usando todos os
pontos de apoio de excelência que nós
usamos. Cita-se a exemplo, os postos
da Rede Graal no sudeste e pontos es-
tratégicos ao longo da BR-153, da Rio
Bahia e da BR-040, comuns à Gontijo,
Satélite Norte, Transbrasiliana, Real
Expresso, Cometa, Expresso Itamarati,
Itapemirim, Entram e tantas outras.
Uma vergonha pra a Agência admi-
tir sua incapacidade, que na verdade
é recursos e pessoal mal alocados.
Uma ofensa para os ônibus que dão
seu tudo para fazer valer um dos mais
artasC
nobres e solenes direitos de nosso
povo: Ir e Vir! Ir e Vir com dignidade,
respeito e a devida qualidade. Força
aos ônibus... respeito aos nossos
“faróis”!!!
Delvanor Soares da Paz
SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP
PIRATAS - 2A matéria da edição 66 (setembro
de 2011) mostra com exatidão o que
precisa ser feito para acabar com a
farra dos ônibus piratas. Basta o poder
público querer. Os piratas agem tão
livremente que não se preocupam em
ocultar-se, seja nas cidades do Norte
e Nordeste, seja nas grandes capitais
como São Paulo e Rio de Janeiro. A
alegação de que falta pessoal para
fiscalizar é procedente, mas mesmo
com a atual escassez de gente seria
possível coibir essa atividade cujos
praticantes hoje se dão ao luxo de ter
endereço certo e usar cartão de visita.
Douglas G. Ferrentini
LIMEIRA – SP
TRANSPÚBLICOTive o prazer de visitar a Transpú-
blico em São Paulo e pude ver que
a indústria de ônibus do Brasil tem
conquistado grandes avanços, como
retratado pela Revista ABRATI. O
melhor é a variedade de montadoras
e encarroçadoras existentes, muitas
delas com sua produção orientada
para importantes segmentos do setor
de transporte rodoviário de passagei-
ros. O pior é o fato de que esses pro-
dutos tão avançados ainda precisam
trafegar em vias públicas e rodovias
malconservadas, cheias de buracos,
sem sinalização e sem perspectivas
de melhorar.
Atílio Mariano de Souza
SÃO PAULO – SP
arta do PresidenteC
Justo reconhecimento às boas práticas
H á muitos anos as empresas de transporte rodoviário de passageiros vêm se
dedicando a desenvolver sistemas que possam contribuir para o aprimora-
mento dos serviços prestados aos usuários, e que tornem as viagens cada vez
mais seguras e confortáveis.
Elas operam com frotas modernas, periodicamente renovadas, como as que
têm sido mostradas na Revista ABRATI, e cujos ônibus nada ficam a dever aos que
circulam em outros países. O trabalho das empresas encontra correspondência nos
resultados das pesquisas que a ABRATI realiza e que mostram índices bastante
elevados de satisfação com o serviço, atingindo mais de 87%.
As mesmas pesquisas indicam que o passageiro leva mais em consideração a
segurança, o conforto e a regularidade, e menos o fator preço, preocupando-se mais
com a oferta do serviço na hora desejada, que permita o seu deslocamento para
outras cidades a qualquer momento. E, hoje, as empresas ligam todos os municípios
brasileiros, com abrangência só comparável à Empresa de Correios e Telégrafos.
Conhecendo de perto a realidade das empresas e suas preocupações com
a implantação de programas de qualidade e boas práticas de gestão, a ABRATI,
em parceria com a ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos – houve
por bem criar, neste ano, o Prêmio ANTP/ABRATI de Boas Práticas no Transporte
Rodoviário de Passageiros.
O prêmio tem por finalidade reconhecer e premiar boas práticas desenvolvidas
por empresas operadoras de transporte rodoviário de passageiros que atuam nos
segmentos interestadual e internacional. Nesta primeira edição, candidataram-se
oito empresas, que inscreveram 16 “cases”, os quais foram avaliados por um júri
independente formado por cinco especialistas em transporte e marketing.
O objetivo da ABRATI ao criar o Prêmio Boas Práticas foi reconhecer e premiar
as inúmeras ações empreendidas pelas empresas do sistema regular. O setor tem
estado sempre à frente na prestação de serviços de qualidade aos passageiros;
suas operadoras trabalham rotineiramente os conceitos de qualidade, responsa-
bilidade social e responsabilidade ambiental. Com o Prêmio, a ABRATI quer dar
maior visibilidade a essas ações e às empresas que as desenvolvem.
Grande número de associadas da ABRATI já manifestou o desejo de partici-
par das próximas edições do Prêmio. Várias delas não puderam inscrever-se na
primeira edição, em virtude do prazo reduzido entre a decisão de criar o Prêmio
e o julgamento dos trabalhos. Para o próximo ano, haverá maior prazo e temos
certeza de que haverá um número ainda mais elevado de empresas interessadas
em mostrar as Boas Práticas que vêm implementando.
O setor interestadual e internacional tem
estado sempre à frente na prestação de serviços de qualidade
aos passageiros, e isso é feito por operadoras
que trabalham rotineiramente os
conceitos de qualidade, responsabilidade social
e responsabilidade ambiental.
Júlio
Fer
nand
es
Renan Chieppe, Presidente da ABRATI.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 7
8 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
B A G A G E I R O
PREMIAÇÃO PRODUTO
BRT
RANKING
MERCEDES-BENZ É “EMPRESA DO ANO” PELA SEGUNDA VEZ CONSECUTIVA
CARROÇARIA CAIO SOLAR COMPLETA UM ANO DE SUCESSO NO FRETAMENTO
TERCEIRA FASE DO SISTEMA TRANSMILÊNIO ADQUIRE MAIS 295 ÔNIBUS DA SCANIA
NOBRE SEGURADORA ESTÁ ENTRE AS 20 MAIORES SEGURADORAS DO BRASIL
Pelo segundo ano
consecutivo a Mercedes-
Benz do Brasil foi
escolhida como “Empresa
do Ano” no Prêmio
AutoData – Os Melhores
do Setor Automotivo.
O prêmio é uma das
principais iniciativas
de reconhecimento a
empresas e executivos
do setor automotivo. “A
conquista dessa dupla
premiação coroa o êxito
da nossa Companhia nos
investimentos que tem feito
visando o fortalecimento
de suas operações no
País”, declarou Joachim
Joachim Maier
Maier, vice-presidente de
Vendas da Mercedes-Benz
do Brasil. Nessa que foi
a 12 edição do prêmio,
a companhia também
conquistou o troféu de
“Montadora do Ano”,
acumulando assim as
duas mais importantes
premiações do evento .
Conforme divulgado na Revis-
ta Valor Econômico – Anuário
2011 – a Nobre Seguradora
está entre as 20 maiores
Seguradoras do País. Mere-
cendo o 8º lugar em menor
índice de sinistralidade, entre
as grandes e, o destaque de
11º lugar no Ranking das
“20 mais rentáveis sobre o
patrimônio líquido, entre as
grandes”. Pedro Albuquer-
que – Diretor Presidente da
Nobre Seguradora – afirma
que os excelentes resultados
obtidos pela Companhia,
decorrem de alguns fatores
como: excelente prestação
de serviços; produtos que
atendem a necessidade do
segurado e a observância a
uma ética impecável na con-
dução dos negócios.
Pedro Jorge de Almeida
Albuquerque, Diretor-Presidente
da Nobre Seguradora: a
primeira no ranking nacional,
não partencendo a bancos ou
a capital estrangeiro.
A carroçaria Caio Solar,
desenvolvida especialmente
para o setor de fretamento,
completou um ano de
bem-sucedida presença
no mercado. Desde o seu
lançamento, em 2010,
ela tem conquistado a
preferência de clientes de
todo o País. A característica
que mais a diferencia dos
demais produtos para o
segmento é a maior largura
da categoria – 2.600
mm –, que proporciona
maior conforto para os
passageiros, com mais
A Scania Colômbia vai
fornecer mais 295 chassis
de ônibus para a Coobus,
cooperativa que atua no
Sistema Integrado de
Transporte Público de
Bogotá. Os ônibus vão
espaço para movimentação
no interior do veículo, além
de várias configurações e
espaçamentos, de acordo
com a distribuição das
poltronas. A largura do
corredor supera a que
é exigida pelas normas
vigentes.
operar na terceira fase
do sistema TransMilenio.
São 277 chassis modelo
K250 4x2 e 18 articulados
modelo K310 6x2/2. As
unidades serão entregues
em 2012 e 2013.
Foto
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REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 9
DESEMPENHO
VENDA
FAMOSOS
RESPONSABILIDADE SOCIAL
MARCOPOLO PRODUZ 8.982 UNIDADES E CRESCE 24,6% NO TERCEIRO TRIMESTRE
MASCARELLO FORNECE 20 ÔNIBUS ROMA PARA EMPRESA DE DUQUE DE CAXIAS
PILOTOS DA FÓRMULA 1 DESFILAM EM INTERLAGOS A BORDO DO ACCELO
PROGRAMA DA MERCEDES-BENZ DE COMBATE À DEPENDÊNCIA QUÍMICA
O Programa de Prevenção e
Recuperação de Dependen-
tes mantido pela Mercedes-
-Benz do Brasil está comple-
tando 26 anos de existência.
No programa, o tratamento é
feito com foco no combate
à dependência química, que
envolve não somente o uso
de drogas ilícitas e do álcool,
A Mercedes-Benz oferece tratamento gratuito em clínicas
especializadas para a recuperação de dependentes químicos.
A Marcopolo S.A. registrou
crescimento de 24,6% no
terceiro trimestre de 2011
no Brasil, em relação ao
mesmo período de 2010.
A receita líquida chegou a
R$ 888,6 milhões, sendo
produzidas 8.982 unidades.
A Mascarello entregou 20 unidades do seu ônibus Roma
350 para a Expresso Mangaratiba, de Duque de Caxias,
Estado do Rio de Janeiro. As carroçarias foram montadas
sobre chassis modelo VW 17.260 EOT.
No recente Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1,
realizado no autódromo de Interlagos, em São
Paulo, o tradicional desfile dos pilotos foi
em um caminhão Mercedes-Benz Accelo 1016, já
dotado da nova tecnologia BlueTec 5, que atende a
norma Proconve P7. Para a finalidade, o caminhão
recebeu uma carroçaria especial.
A produção global nos nove
primeiros meses do ano foi
de 23.242 unidades, o que
resultou na receita líquida
de R$ 2,420 bilhões. A
previsão é fechar o ano
com uma produção global
de 30.200 unidades.
mas também abrange o vício
em tabaco e medicamentos.
As atividades promovem o
resgate à qualidade de vida
e reinserção social, e contam
com o acompanhamento de
assistentes sociais, médi-
cos, enfermeiros e facilita-
dores. Inclui tambem apoio
aos familiares.
MERCADO GLOBAL
MARCOPOLO COMPRA PARTICIPAÇÃO NA ENCARROÇADORA LÍDER DA AUSTRÁLIA
A Marcopolo assinou
contrato para comprar
75% de participação
na empresa Volgren
Australia Pty. Limited, de
Melbourne, Austrália. A
Volgren é líder no mercado
australiano, com 40%
de market share. Maior
encarroçadora de ônibus
daquele país, ela emprega
mais de 560 funcionários.
No ano fiscal de julho/10
a junho/11, vendeu 698
carroçarias e alcançou
receita de 207,1 milhões
de dólares australianos – o
correspondente a R$ 383
milhões. O contrato prevê
que a Marcopolo terá o
direito de, ao final de três
anos, adquirir os restantes
25% de participação.
O pequeno mercado
australiano tem crescido à
média de 12% ao ano.
euniãoR
Diretor-Geral da ANTT promete diálogoBernardo Figueiredo compareceu ao auditório da ABRATI no início da tarde de 7 de dezembro, dia
da última reunião de 2011 entre a Diretoria e as associadas, e fez um relato sobre os preparativos para
a realização da licitação das linhas interestaduais de ônibus, no primeiro semestre de 2012.
O Diretor-Geral da ANTT, Bernardo
Figueiredo, garantiu aos empresá-
rios do setor de transporte rodoviário
interestadual e internacional de pas-
sageiros que não vê dificuldade em
fazer alguma mudança no modelo que
a Agência está desenhando para licitar
as linhas interestaduais. Ele informou
que espera lançar o edital correspon-
dente ainda em dezembro de 2011,
mas ressalvou que até o fim de janeiro
de 2012 a ANTT pretende continuar
dialogando com os empresários em
torno de uma minuta do futuro contrato
de prestação de serviços.
Figueiredo fez essas declarações
no dia 7 de dezembro, quando compa-
receu à sede da ABRATI, em Brasília,
para falar aos empresários sobre as
licitações, a convite da Diretoria da
ABRATI e do presidente Renan Chie-
ppe. Prometeu introduzir nas regras
que vão disciplinar a prestação dos
serviços “instrumentos que possibili-
tem eventuais reajustes, para que os
próprios empresários possam utilizá-
-los no futuro”. Mas não entrou em
detalhes nem avançou no raciocínio,
apenas observou que a ideia da Agên-
cia é que o edital e o futuro contrato
“sejam permeáveis”.
Bernardo Figueiredo também in-
formou que no momento os técnicos
da Agência estão reavaliando todo o
trabalho de montagem do novo mode-
lo. “As contribuições que recebemos
Representantes das empresas associadas lotaram o auditório da Associação e participaram das discussões.
Foto
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12 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Francisco Tude, da Auto Viação
Progresso, o presidente Renan Chieppe e
o deputado federal Mauro Lopes.
Cláudio Nelson Abreu tratou das atividades
desenvolvidas pelo GT da Desoneração.
O diretor-geral da ANTT qualificou de “muito importantes” para a modelagem da licitação
as contribuições apresentadas pelas empresas operadoras por intermédio da ABRATI.
Bernardo Figueiredo e o vice-presidente
da ABRATI, Luiz Wagner Chieppe.
Paula Barcellos apresentou informe sobre
as propostas do GT de Marketing.
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nos obrigaram a fazer uma reavaliação
do que havíamos realizado”, disse,
acrescentando que vê como natural a
possibilidade de assumir o erro e fazer
as correções necessárias. “Estamos
felizes com a contribuição da ABRATI.
Queremos construir um processo e dar
um salto de qualidade.”
Perguntado sobre se o tempo não é
exíguo para a preparação adequada do
processo licitatório, o Diretor-Geral da
ANTT respondeu: “O prazo não vai nos
obrigar a fazer nada de forma inadequa-
da. De todo modo, teremos a oportunida-
de de criar instrumentos de revisão e de
rearranjo daquilo que estamos fazendo”.
O atual mandato de Bernardo Figuei-
redo à frente da Agência Nacional de
Transportes Terrestres vai até 17 de
fevereiro de 2012, mas o Governo já
encaminhou mensagem ao Senado Fe-
deral propondo sua recondução ao cargo.
Ao agradecer a visita do Diretor-
-Geral, o presidente Renan Chieppe
reafirmou a confiança dos empresários
em um processo licitatório que atenda
aos interesses das operadoras, do
Governo e, sobretudo, dos usuários de
transporte interestadual de passageiros.
“Continuamos trabalhando, investindo
e confiando. E achamos que o Governo
precisa ter sensibilidade na condução
desse processo”.
Na última reunião do ano na ABRATI,
expressivo número de associados lotou o
auditório da ABRATI para discutir assun-
tos de interesse do setor e tomar conhe-
cimento dos informes apresentados por
Cláudio Nelson Abreu, do Grupo de Tra-
balho de Desoneração e Infraestrutura, e
por Paula Corrêa, do Grupo de Trabalho
de Marketing. O coordenador dos grupos,
Luiz Wagner Chiep pe, vice-presidente
da ABRATI, também discorreu sobre o
trabalho realizado até aqui.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 13
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onfraternizaçãoC
Encontro de encerramento do ano reúne empresários, executivos, políticos e integrantes de órgãos do Governo Federal
Na noite de 7 de dezembro,
aproximadamente 300
convidados participaram
do coquetel e jantar de
confraternização da ABRATI,
no Clube Naval de Brasília.
Como acontece todos os anos,
o tradicional evento,
que marca o encerramento
formal das atividades da
Associação, no ano, mais uma
vez ensejou aos participantes
estabelecer ou renovar
contatos, além de rever amigos
e conhecidos. Patrocinada
pela Mercedes-Benz do Brasil
e copatrocinada pela Ipiranga
Produtos de Petróleo e pela
FABUS, a festa serviu ainda
como uma pausa necessária
na intensa atuação que as
empresas e sua Associação
nacional desenvolveram ao
longo de 2011.Gilson Mansur, Aguinaldo Mariano, Ricardo José, Constantino Basile Valtas e Curt Axthelm,
todos da Mercedes-Benz.
Renan Chieppe, Bernardo Figueiredo e Abílio Gontijo Júnior.
Foto
s: A
gênc
ia F
ull T
ime
14 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
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Otávio Cunha e Luiz Wagner Chieppe.
João Gurcaz, deputado federal Mauro Lopes, Renan Chieppe, senador Acyr Gurcaz, Paulo
Corso e Mário Luft.
Reinaldo Conti, João Paulo Ranalli, Roger Mansur, Axier
Etzarreta e Wanderley Perez Avilez.
Washington Coura, Renan Chieppe e
Robson Rodrigues.
Maurício Ferreira, Milton Ferreira da Silva Jr., Flávio Coelho Dantas, Eden Affonso, Marcelo
Aragão, Hélio Alves, Valdecir Castro, Marcos Morandin e Marcos Aurélio Mourão, todos da
Ipiranga Produtos de Petróleo.
Ricardo José, Renan Chieppe, Gilson Mansur e Curt Axthelm.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 15
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onfraternizaçãoC
Luiz Wagner Chieppe, Heinz Kumm Júnior, Bernardo Figueiredo, Renan
Chieppe, Marcelo Antunes e Carlos Otávio de Souza Antunes.
Wilson Pereira, Mário Luft, Gilson Mansur e Ricardo José.
Luiz Roberto Ribeiro e Deoclécio Corradi.
João Gurcaz, Ramiro de Lima Dias e
José Luiz Santolin.
Bernardo Figueiredo, Noboru Ofugi, Manoel Lucívio de
Loyola e Renan Chieppe.
Marco de Luca e
José Luis Gonçalves.
Altair Moreira, Carlos Otávio de Souza Antunes,
Vivaldo Mazon e Heinz Kumm Júnior.
Foto
s: A
gênc
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ull T
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16 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
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Alexandre Resende, Denise
Cadete, senador Ricardo
Ferraço e Valeska Pinto.
João Jodailson Caldas Rolin de
Oliveira e Antonio Carlos Abreu.
Mário Luft, Ricardo Rocha, Paulo Roberto Petersen, Doreni
Caramori e Pedro Teixeira.
Mônica e Renan Chieppe, Paulo Corso, Márcia e Luiz
Wagner Chieppe.
Jocimar Moreira e Cláudio Flor. Heron Manzini e Joel Fernandes.
Eduardo Monteiro Pinto, Paulo Humberto Gonçalves e Antônio Bruzzi.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 17
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remiaçãoP
As ganhadoras do Prêmio Boas PráticasNa noite de 7 de dezembro, durante a festa de confraternização, a ABRATI (Associação Brasileira
das Empresas de Transporte de Passageiros) e a ANTP (Associação Nacional do Transporte Público)
premiaram as empresas ganhadoras do Prêmio Boas Práticas no Transporte Rodoviário de Passageiros.
O prêmio Boas Práticas foi instituído
no início do segundo semestre
deste ano com a finalidade de reco-
nhecer e premiar boas práticas desen-
volvidas por empresas operadoras de
transporte rodoviário de passageiros
que atuam nos segmentos interesta-
dual e internacional. Oito empresas
candidataram-se ao prêmio nesta
sua primeira edição, inscrevendo 16
cases, que foram avaliados por um júri
independente formado por cinco espe-
cialistas em comunicação e marketing.
“Nosso propósito ao criar o Prê-
mio Boas Práticas foi reconhecer e
premiar as inúmeras ações praticadas
pelas empresas do sistema regular de
transporte de passageiros por ônibus
nos segmentos interestadual e inter-
nacional – informa Renan Chieppe, pre-
sidente da ABRATI. – Nosso setor tem
estado sempre à frente na prestação
de serviços de qualidade aos passa-
geiros, e isso é feito há muitos anos
por operadoras que trabalham rotinei-
ramente os conceitos de qualidade,
responsabilidade social e ambiental.
Pretendemos dar maior visibilidade a
essas ações a às empresas que as
desenvolvem.”
Na festa da premiação, da esquerda para a direita: Dacio Ferreira, Paula Barcellos, Fernanda Peroba, Mário Luft, Renan Chieppe, Carlos Otávio
de Souza Antunes, Paulo Porto Lima, Angélica Lopes, Halinka Garcia, Rodrigo Mont’Alverne, Almir Spironeli e Carlos Magalhães.Fo
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18 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
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Categoria Adesão dos Colaboradores1º lugar – JCA Holding Transportes (RJ), case “Novos Caminhos JCA – Uma estratégia de transformação organizacional a partir dos valores”.2º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “Gestão de pessoas, um processo contínuo”.3º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Adesão dos Colaboradores”.
Categoria Atendimento ao Cliente1º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “Jeito Águia Branca de atender”.2º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Atendimento ao Cliente”.3º lugar – Viação Garcia (PR), case “Inovação tecnológica: conforto e segurança ao passageiro Garcia”.
Categoria Responsabilidade Sócio Ambiental1º lugar – Viação Águia Branca (ES), case “A Sustentabilidade no Transporte Rodoviário de Passageiros”.2º lugar – Expresso Guanabara (CE), case “Responsabilidade Sócio Ambiental”.3º lugar – Empresas Reunidas Paulista de Transporte (SP), case “Esporte como Ferramenta de Desenvolvimento Social e Humano”.
Dacio Ferreira, Valeska Pinto e Valesca Falqueto.
O presidente Renan
Chieppe, da ABRATI,
abriu a cerimônia.
Denise Cadete, da ANTP,
falou sobre os objetivos
do Prêmio.
Carlos Otávio de Souza Antunes e Noboru Ofugi.
Vencedoras
Mário Luft e Alexandre Resende, da ANTP.
Valeska Pinto, Noboru Ofugi, Alexandre Resende e José Luiz Paiva Mota.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 19
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Valeska Pinto e Carlos Magalhães.
Paulo Porto Lima e Denise Cadete.
José Luiz Paiva Mota e Rodrigo Mont’Alverne.
Maxwel Lopes, Denise Cadete e Paula Barcellos.
Paula Barcellos, Maxwell Lopes, Valesca Falqueto, Virgílio
Pasolini, Fernanda Peroba e Dacio Ferreira.
Virgílio Pasolini, Noboru Ofugi e Fernanda Peroba.
Alexandre Resende, Almir Spironeli e Valeska Pinto.
Rodrigo Mont’Alverne, Angélica Lopes. Paulo Porto Lima, Halinka Garcia,
Carlos Magalhães, Eliza Ferraz e Larissa Maia.
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20 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
erceiro setorT
O ICA conquista o Prêmio Itaú–Unicef de 2011Mantido pela Viação Santa Cruz, o ICA – Instituição de Incentivo à Criança e ao Adolescente de Mogi
Mirim – foi o vencedor do Prêmio Itaú-Unicef edição 2011, pelo trabalho que vem desenvolvendo
desde 2002 por intermédio do Projeto Carpe Diem. A premiação, atribuída na categoria Grande Porte,
reconheceu o Carpe Diem como um dos cinco melhores projetos na área em todo o Brasil.
Iniciativa da Fundação Itaú Social e
do Unicef, Fundo das Nações Unidas
para a Infância, o prêmio conquistado
pelo ICA tem o objetivo de identificar
e dar visibilidade ao trabalho de orga-
nizações da sociedade civil, sem fins
lucrativos, que desenvolvam, em arti-
culação com a escola pública, ações
socioeducativas voltadas a crianças e
adolescentes com 6 a 18 anos de ida-
de, em condições de vulnerabilidade,
formando uma rede de proteção social
e educação.
Implantado em 2002, o projeto
Carpe Diem resultou de estudo que
definiu a arte-educação como principal
ferramenta para o desenvolvimento de
crianças e adolescentes. A metodolo-
gia do projeto é aplicada em diferentes
pontos do município de Mogi Mirim-SP,
dentro de uma perspectiva multiplica-
dora e descentralizadora.
Os espaços de atuação são a sede
da instituição e escolas públicas,
unidades nas zonas norte e leste
da cidade, e organizações parceiras.
Atualmente, são atendidos aproxima-
damente 660 crianças e adolescentes,
em articulação com os poderes público
e privado, e com a sociedade civil
organizada.
O ICA foi criado em 1997, por ini-
ciativa de Sofia Idalina Mantovani Ma-
zon, co-fundadora da Viação Santa Cruz
S.A. Até o ano de 2013, a instituição
pretende alcançar todas as crianças,
adolescentes e jovens da cidade de
Mogi Mirim, trabalhando para que suas
realidades sociais sejam transforma-
das a partir de uma atuação positiva
e tendo em mente a construção de um
mundo melhor alicerçado na verdade,
no bem e no belo.
A atuação do ICA procura desenvol-
ver em crianças, adolescentes e jovens
que se encontrem em situação de
vulnerabilidade social a consciência da
realidade e de suas potencialidades,
através do aprimoramento moral, ético
e de cidadania. Busca, ainda, criar
oportunidades de atuação positiva na
sociedade.
As atividades da instituição estão
pautadas nos valores da ética, solida-
riedade, respeito, determinação, fé,
responsabilidade e transparência.
O ICA conta com o apoio do Grupo
Santa Cruz, do qual fazem parte a Via-
ção Santa Cruz, o Expresso Cristália
e Viação Nasser. Também participam
instituições, redes sociais, fundações,
Comunicação como parte das atividades educacionais desenvolvidas pelo Projeto Carpe Diem.
Foto
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ivul
gaçã
o
22 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
escolas, parceiros governamentais
e não governamentais. Os projetos
desenvolvidos situam-se nas áreas
educacional, cultural e social. Além do
Programa Carpe Diem, são implemen-
tadas numerosas outras iniciativas
complementares.
Na parte educacional, o ICA man-
tém o projeto “Espiral da Leitura”,
focado em ações de incentivo à lei-
tura no município. Na parte cultural,
o projeto “Acorde” intensifica as
atividades de Especialização Musical;
o “Trupe Sofia” aperfeiçoa em jovens
talentos as atividades de circo, teatro
e dança. E o “Quintal Cultural” abre,
gratuitamente, o espaço físico do ICA
à população para apresentações de
grupos artísticos da cidade e região.
A atuação na parte social se con-
cretiza por meio dos projetos “Ícaro”,
que oferece cursos gratuitos na área
metal-mecânica para maiores de 14
anos; do “Menina Mulher”, que incenti-
va e orienta o desenvolvimento afetivo
e a saúde sexual de adolescentes
entre 13 e 18 anos, e do “Asas”, que
busca garantir a igualdade de oportu-
nidade para deficientes, por meio de
ações voltadas para a capacitação
profissional.
Com o objetivo de manter, desen-
volver e criar novos projetos, o ICA
criou ferramentas para a captação de
recursos de forma sistemática. Por
meio de parcerias, mantém estreitos
laços com empresas da cidade e
região. Também utiliza leis de renún-
cia fiscal e participa de concursos
nacionais, como o Criança Esperança,
Instituto HSBC Solidariedade, ABRINQ,
entre outros.
A administração do ICA está es-
truturada em três grandes núcleos:
Núcleo de Administração e Finanças,
Núcleo Sócio Educativo e Núcleo de
Relações com a Comunidade. Cada um
desses núcleos possui coordenações
específicas conforme a demanda da
área como, por exemplo, as coorde-
nações Educacional, Cultural e Social
voltadas à execução dos projetos, e
as coordenações Administrativa e de
Comunicação, voltadas ao gerencia-
mento financeiro e da equipe de cola-
boradores, à captação de recursos e
à consolidação da imagem do ICA. Os
três núcleos reportam-se à Coordena-
ção Geral que, por sua vez, reporta-se
à Diretoria.
Literatura, uma das áreas de atuação do projeto Carpe Diem que mais motivam as crianças.
As atividades artísticas também constituem frentes de atuação do projeto.
Anteriormente à conquista do
Prêmio Itaú-Unicef 2011, o trabalho
desenvolvido pelo ICA foi premiado
em vários momentos desde a sua
fundação. Em 2000, o ICA esteve
entre as 20 melhores instituições do
País, na avaliação do Prêmio Criança
da Fundação Abrinq. Em 2005 foi
semifinalista regional pela Fundação
Itaú Social e o Unicef, com o Prêmio
Itaú-Unicef. Em 2007, como finalista
nacional, ficou entre as 33 melhores
organizações do Brasil.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 23
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Volvo vai produzir ônibus híbrido no BrasilA montadora de Curitiba mantém a aposta no ônibus híbrido (biodiesel e eletricidade), vence a
disputa interna na Volvo mundial e vai produzir em Curitiba o primeiro híbrido fora da matriz sueca.
O anúncio foi feito simultaneamente à notícia de que a Volvo vai investir mais R$ 210 milhões na
ampliação de sua planta na capital paranaense, inclusive com a construção da fábrica do híbrido.
Além da fábrica de ônibus híbridos
com motores elétrico e a biodiesel,
também serão construídas em Curitiba
uma fábrica de câmbios e uma fábrica
de cabines de caminhão, acrescidas
de novas alas administrativas e de
um espaço destinado ao atendimento
de clientes de caminhões. As obras
estarão concluídas até dezembro do
próximo ano. Serão cerca de 300.000
metros quadrados de novas alas,
prevendo-se a geração de mais 2.000
empregos. O atual quadro de funcioná-
rios da montadora é de quase 5.000
pessoas.
Curitiba venceu a Índia e o México
na disputa interna para a implantação
da fábrica do híbrido. O investimento
na nova linha será de R$ 16 milhões,
sendo abertas 30 vagas de alta quali-
ficação para engenheiros. O desenho
do chassi do híbrido – movido a eletri-
cidade e a biodiesel – será feito em
Curitiba. Boa parte do desenvolvimento
do produto será local, em cooperação
com os parceiros que produzem as
carroçarias, já que no Brasil a Volvo
fabrica somente o chassi do ônibus,
sendo o encarroçamento de responsa-
bilidade de outras empresas.
DOIS MOTORES
O processo de pré-produção come-
çará já no próximo ano, prevendo-se
a montagem de 80 unidades. O pro-
duto definido é um chassi padrão, na
configuração 4x2 eixos. Será adotada
tecnologia similar à usada da Fórmula
1 para transformar a energia mecânica
das frenagens em energia elétrica.
Os dois motores funcionam em
paralelo ou de forma independente.
Além de ser usado como gerador de
energia durante as frenagens, o motor
elétrico é utilizado para arrancar o ôni-
bus e acelerá-lo até uma velocidade de
aproximadamente 20 quilômetros por
hora. Já o motor a biodiesel entra em
funcionamento em velocidades mais
altas. A cada vez que se acionam os
freios, a energia de desaceleração é
utilizada para carregar as baterias.
Quando o veículo está parado, seja no
trânsito, seja em pontos de parada ou
em semáforos, o motor a biodiesel é
automaticamente desligado.
Os estudos da Volvo demonstram
que o tempo em que o veículo fica
parado pode representar até 50% do
período total de operação do ônibus.
Durante todo esse tempo, não há
emissão de poluentes, pois o motor
a biodiesel se apaga completamente.
A primeira linha de Curitiba a operar
o ônibus híbrido será a Interbairros 1,
que circula em bairros no entorno do
Centro.
Um ônibus híbrido – o HibriBus – já foi testado pela Volvo em algumas capitais brasileiras.
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26 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
O modelo Volvo B420R 8x2 foi
eleito o ônibus do ano pelo prêmio
AutoData 2011, promovido pela revis-
ta AutoData. O veículo, produzido em
Curitiba pela Volvo Bus Latin America
desde agosto de 2010, destina-se aos
segmentos rodoviário e de turismo.
“É um orgulho receber este prêmio,
que endossa a tradição da Volvo em
veículos rodoviários e em inovação.
O B420R 8x2 oferece uma solução
avançada para o segmento de turismo,
trazendo o que há de melhor em tecno-
logia”, disse o presidente da Volvo Bus
Latin America, Luis Carlos Pimenta.
Equipado com motor de 12 litros
e 420cv de potência, o chassi Volvo
B420R 8x2 atende a todos os padrões
Volvo B420R 8x2 é eleito ônibus do ano
de exigências das empresas que ope-
ram na área, especialmente no que se
refere a conforto, maior capacidade de
transporte e segurança. O veículo já sai
Foi fechado o maior contrato de venda de ônibus da Volvo na
Colômbia. Serão 688 chassis de ônibus da marca destinados à
terceira fase de expansão do Sistema Transmilênio, de Bogotá. O
negócio, estimado em US$ 110 milhões, totaliza 145 unidades,
sendo 48 articuladas e 97 biarticuladas, que se destinam às
operadoras G Movil e Express. “A venda reafirma a posição da
Volvo como o principal fornecedor de soluções de BRTs na América
Latina, principalmente em função da alta capacidade de transpor-
te dos nossos chassis e de seus baixos custos operacionais”,
afirmou Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.
de fábrica com uma série de atributos
como computador de bordo para diag-
nóstico de falhas; o freio motor mais
potente do mercado; caixa de câmbio
eletrônica inteligente I-Shift e arquitetu-
ra eletrônica de última geração.
“O modelo reúne toda a nossa
experiência em transporte rodoviário
e performance de veículos. A alta
tecnologia permite que o chassi tenha
500 quilos a menos que os da concor-
rência, mantendo os padrões Volvo de
qualidade e segurança”, explica José
Luis Gonçalves, gerente de ônibus
rodoviários da Volvo Bus Latin America.
A maior venda de ônibus para o Projeto Transmilênio
A grande maioria dos articulados em Bogotá é Volvo.
José Luis GonçalvesJosé Luis Pimenta
O ônibus B420R 8x2 com carroçaria Marcopolo da Geração 6.
Cré
dito
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 27
mpresaE
Conforto e inovação é com a Bel-TourUma das mais tradicionais empresas de transporte rodoviário de passageiros do Rio de Janeiro, a
Bel-Tour é também uma das mais modernas, seja por manter sua frota sempre renovada e atualizada,
seja por utilizar os mais avançados processos de treinamento e preparação do seu pessoal.
Ela se destaca ainda pela permanente busca por inovação.
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30 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Fundada em 1963 na cidade do Rio
de Janeiro, em seu início a Bel-Tour
era uma transportadora turística que
operava com apenas três veículos.
Pouco depois, porém, ingressou no
segmento de fretamento contínuo e ob-
teve contratos importantes para trans-
portar o pessoal de diversas unidades
da Marinha e da Petrobras. Firmou-se
nesse mercado e, aos poucos, graças
à qualidade dos seus serviços, foi con-
quistando grandes clientes do setor
industrial e de órgãos públicos. A frota
aumentou continuamente.
Um dos momentos marcantes de
sua trajetória como transportadora de
pessoas ocorreu em 1985, quando,
já com 80 ônibus, comprou a empre-
sa Rivera, permissionária de linhas
rodoviárias entre a cidade do Rio de
Janeiro e cidades do Sul de Minas
Gerais. Desde então, os passageiros
que se deslocam nas duas direções
acostumaram-se a contar com um
transporte de qualidade no qual se
destacam o conforto e a segurança dos
veículos, a pontualidade nas viagens
e o alto nível do tratamento recebido
dos funcionários da empresa.
QUALIFICAÇÃO
Em oito das linhas interestaduais
é oferecido o serviço executivo. Para
todas elas funciona o serviço de venda
de passagens por telefone, evitando
que o cliente tenha que se deslocar
apenas para comprar a passagem.
Para manter o alto padrão dos seus
serviços, a Bel-Tour mantém atualmen-
te uma frota de 115 veículos, cuja
idade média é de aproximadamente
4,8 anos. Essa frota roda cerca de
456.000 quilômetros por mês, divi-
didos entre os veículos que cobrem
as linhas interestaduais (206.000
quilômetros mensais) e os que fazem
fretamento (250.000 quilômetros
mensais).
O treinamento e o comprometimento do pessoal garantem a prestação do melhor serviço.
A limpeza e a perfeita higienização dos carros da Bel-Tour, somadas ao melhor atendimento, tornam as viagens sempre muito agradáveis.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 31
O quadro de pessoal é de 300
funcionários e são mantidas quatro es-
paçosas garagens cuja área total soma
9.900 m². As oficinas estão estrutu-
radas para a adequada manutenção
preventiva da frota. Esse cuidado se
soma à alta qualificação dos demais
profissionais envolvidos na operação
para garantir baixo nível de panes e
índice de acidentes próximo de zero.
UNIDADES DE NEGÓCIO
A diretoria, o corpo gerencial e
demais colaboradores com cargo de
chefia participam constantemente
de treinamento e dinâmicas, do que
resulta a incorporação de modernas
técnicas de gestão cujo foco é sem-
pre o aperfeiçoamento dos serviços
prestados.
Com o mesmo objetivo, a Bel-
-Tour mantém um eficiente setor de
RH, de maneira a fazer com que os
processos de seleção, treinamento e
desenvolvimento continuado de todos
colaboradores resultem em impacto
positivo na organização.
A companhia é administrada pelos
sócios Alberto Garcia Fernandes Velas-
co e Martinho Ferreira de Moura.
A atuação da empresa se desdo-
bra em quatro unidades de negócio.
São as seguintes: 1) linhas rodoviá-
rias interestaduais; 2) encomendas;
3) fretamento e 4) serviço de vans
Paineiras-Corcovado. Esta última uni-
dade oferece um eficiente serviço de
vans que operam exclusivamente na
atividade de transporte de turistas e
visitantes entre as Paineiras e o alto
do Corcovado, onde está localizada
a grande estátua do Cristo Redentor,
uma das maiores atrações turísticas
da cidade do Rio de Janeiro.
COMPROMETIMENTO
Graças ao alto grau de compro-
metimento do conjunto da empresa
com os objetivos do negócio, ela pode
oferecer aos seus clientes uma vasta
gama de alternativas de serviços que
vão de passeios turísticos, congressos
e eventos diversos, a visitas pontuais
e transporte eventual de grupos em
percursos de curta, média e longa
distância para qualquer lugar do
Brasil e até mesmo do exterior. São
atendidas pessoas físicas, empresas,
associações, sindicatos, condomínios,
instituições religiosas, instituições de
ensino e outras.
No segmento de fretamento contí-
nuo, a Bel-Tour faz o transporte diário
de equipes, funcionários de empresas,
órgãos públicos e outros, também em
percursos de curta, média e longa
distância.
mpresaE
32 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Linhas rodoviárias interestaduaisRio de Janeiro (RJ) – São Lourenço (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Lambarí (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Varginha (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Alfenas (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Lavras (MG), via Barra Mansa
Rio de Janeiro (RJ) – Lavras (MG), via Três Rios
Rio de Janeiro (RJ) – Campo Belo (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Pouso Alegre (MG)
Rio de Janeiro (RJ) – Monte Sião (MG)
Barra Mansa (MG) – Varginha (MG)O fretamento para transporte
de pessoal de empresas e órgãos
públicos é uma atividade que
exige alta especialização.
A Bel-Tour atua nessa área
desde a década de 1960.
A permanente renovação da
frota possibilita à Bel-Tour oferecer aos seus
clientes um transporte da mais alta qualidade.
Cidades atendidas por seccionamentos: Três Rios (RJ), Barra Mansa (RJ),
Engenheiro Passos (RJ), Cruzeiro (SP), Conceição do Rio Verde (MG), Campanha
(MG), Cambuquira (MG), Três Corações (MG) e Santa Rita do Sapucaí (MG).
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REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 33
eiraF
Bus World, pujança em tempo de crise
Apesar da crise econômica na Europa – uma triste
realidade, hoje –, a indústria ligada aos ônibus, por fatores
diversos, demonstrou a sua força em Kortrijk, Bélgica.
36 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Por Cláudio Nelson C. R. Abreu
Diretor da ABRATI
e do Grupo Santa Cruz
Com o rodoviário
Futura a VDL enfrentou
e venceu concorrentes
muito fortes. Ficou
com o título de
Coach of The Year 2012.
A exemplo do que aconteceu na edição anterior
(2009), na Bus World Europe deste ano, realizada
de 21 a 26 de outubro, a tônica foi a preocupação com
o meio ambiente. Sobretudo nos ônibus urbanos, os
híbridos ganham cada vez mais espaço. É interessante
notar que os fabricantes preferem não falar no preço
desses veículos, cujos clientes são ou empresas
públicas ou empresas privadas com tarifa subsidiada.
Visitar a Bus World é uma experiência interessante.
Rever conhecidos, alguns que até se tornaram amigos,
conhecer novidades, é sempre prazeroso.
Por incrível que pareça, foi lá que vim a conhecer o
engenheiro Diego Jimenez, da Bosch, que revelou: em
breve teremos por aqui a possibilidade de transmitir
nos monitores de vídeo instalados no interior dos ôni-
bus a mesma imagem do GPS, para que o passageiro
tenha as informações básicas sobre a viagem. Aquilo
que já existe nos aviões (o flight map).
Na feira contatei mais um brasileiro, o engenheiro
Jean Goedert, da Pedro Sanz, empresa espanhola que
tem fábrica no Brasil e fornece material para diversos
fabricantes de ar-condicionado. Aproveitei a conversa
para discutir as possíveis razões da diferença sensível
de temperatura entre a frente, o meio e a traseira do
salão de passageiros, o que chega a incomodar.
Fechados os números da feira de 2011, pode-se
concluir que foram batidos alguns recordes. Casos,
por exemplo, da área de exposição (61.000 m2 ago-
ra, contra 48.500 m2 em 2009) e da quantidade de
visitantes (31.698 agora, contra 28.127 em 2009).
Por coincidência, o número de países dos visitantes
permaneceu o mesmo, 118, porém caiu o número de
expositores: 340 expositores de 32 países, contra 389
de 34 países em 2009). Desse total, 70 (quantidade
igual à de 2009) eram fabricantes de ônibus.
Nas páginas seguintes, uma visão geral do que foi
mostrado em Kortrijk.
Júlio
Fer
nand
es
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 37
eiraF
Já está se tornando tradição: em
Kortrijk a Scania foi a montadora que
apresentou o estande mais clean,
mostrou lançamentos e fez a melhor
coletiva de Imprensa, com começo,
meio e fim, inclusive com espaço para
perguntas e respostas. Ou seja, fez o
óbvio, e com louvor.
Na coletiva de imprensa, fiel as
suas origens, Martin Lundstedt, um
dos principais executivos da Scania
para o segmento ônibus, lembrou os
100 anos do primeiro ônibus da marca.
Os lançamentos foram os ônibus ur-
banos Citywide LE (low entry) e Citywide
LF (low floor), ambos integrais Scania,
que são oferecidos com dois ou três
eixos, além da versão articulada com
18m de comprimento. São equipados
com motores longitudinal (o LE) e trans-
versal (o LF) de 5 cilindros e 9 litros.
A versão LE tem motor com potências
Scaniade 230/280/320 cv (diesel/biodiesel),
270 cv (bioetanol) e 270/305 cv (gás
natural/biogás). A versão LF tem motor
com potências de 230/280 cv (diesel/
biodiesel), 270 cv (bioetanol) e 270 cv
(gás natural/biogás).
Para reduzir as emissões do CO2, a
montadora criou um programa denomi-
nado Ecosolution, que busca maximi-
zar a eficiência do veículo, operando de
preferência com biodiesel, bioetanol ou
biogás. O Ecosolution prevê inclusive
o treinamento do motorista e o seu
acompanhamento.
A Scania mostrou ainda o rodo-
viário Touring HD 6x2, encarroçado
no conceito de ônibus integral pela
chinesa Higer, com 13,70m de com-
primento, 3,80m de altura e motor de
480 cv, além do intermunicipal OmniEx-
press, com 12,20m de comprimento,
3,20m de altura e motor de 320 cv. A
carroçaria tem estrutura em aço inox
e revestimento de alumínio.
No próprio ambiente do estande
a Scania realizou um interessante
workshop, com duração em torno
de 30 minutos, em horários pré-
-determinados. O tema era “Moving
People. Changing Minds”. Conduzido
pelos diretores do segmento de ônibus
rodoviários e intermunicipais, Anders
Dewoon, e do segmento de ônibus
urbanos e suburbanos, Anders Liss, o
debate teve a ver com o desafio de as
pessoas utilizarem ônibus na cidade e
se sentirem confortáveis e felizes – o
que constitui enorme desafio nos dias
de hoje, especialmente onde não há
corredores exclusivos e a velocidade
média vem caindo.
Faz parte da equipe o hoje amigo
Rolf Hedberg, que já trabalhou na
Scania Brasil.
O ônibus rodoviário Touring HD 6x2: dotado de chassi Scania, tem motor de 480 cv e é encarroçado pela empresa chinesa Higer.
38 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A VDL Bus & Coach, empresa holande-
sa, a cada ano vem se destacando entre
as montadoras europeias. Faz parte do
VDL Groep e, em 2010, acumulou vendas
de 426 milhões de euros. Tem atuação
diversificada, que vai da produção de
sistemas para o setor de agricultura até
o de mecatrônica.
Há tempos acompanho a evolução
da VDL, seja pela leitura de notícias em
revistas especializadas, seja visitando
seus estandes na Bus World e na IAA,
ocasiões em que sempre tenho o pra-
zer de conversar com Wim Chatrou, um
dos seus grandes colaboradores. Neste
ano, a companhia conseguiu conquistar
o honroso título de “Coach of the Year
2012” para o seu modelo rodoviário
Futura, “the travel expert”, disputando
com concorrentes muito fortes. O veículo
Essa fabricante belga que produz ônibus integrais e
semi-reboques para carga, fez um facelift e introduziu uma
série de melhoramentos no item conforto de passageiros
e motorista da sua tradicional linha de ônibus, agora
com a sigla TX (em lugar do T9, como antes). Entre os
vários modelos rodoviários apresentados em seu amplo
estande destacamos o TX 17 Astronef, com 14,04m de
comprimento, 3,73m de altura e motor DAF de 462 cv.
A Van Hool, que informa ter uma receita anual em
torno de 300 milhões de euros no segmento ônibus,
exporta para vários países, inclusive os Estados Unidos
da América. Fabrica ônibus urbanos híbridos e desenvolve
pesquisas na área.
Durante a Bus World foi assinado um acordo de
cooperação pelo qual a Scania escolheu a Van Hool
como encarroçadora preferencial de seus chassis para
upper e double-deckers. Assim como já acontece com
os Scania+Higher, os Scania+Van Hool passarão a ter
assistência técnica, incluindo a carroçaria, na própria rede
de concessionárias autorizadas Scania.
No ano passado, com o modelo Citea (acima), a VDL já havia conquistado o título de
ônibus do ano 2011. Agora, ganhou o título de ônibus do ano 2012, com o modelo
rodoviário Futura, apresentado na página de abertura desta matéria.
Rodoviário TX 17 Astronef, da Van Hool.
VDL
Van Hool
exposto era do modelo 6x2, com 14,845m de comprimento, 3,70m de altura
e motor DAF de 462 cv.
Trata-se de mais uma prova de que a VDL está no caminho certo: ano pas-
sado, ela já havia conquistado o título de “Bus of The Year 2011” para o seu
modelo urbano Citea, com 12,0m de comprimento, 2,92m de altura e motor
Cummins de 224 cv. Que eu saiba, é algo inédito montadoras ganharem em
sequência tão cobiçados prêmios.
Seguindo tendência das grandes montadoras europeias, ela atua também
no mercado de ônibus usados (“second-hand buses) para alavancar a venda
dos seus novos. Pena que essa prática não tenha chegado ao Brasil até agora;
seria mais uma opção para os empresários.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 39
Celebrando os 125 anos do au-
tomóvel, a Mercedes-Benz lançou o
primeiro ônibus equipado com motor
Euro VI, a ser exigido na Europa em
2014. Trata-se do Travego L Edition
1, 6x2, com 14,03m de comprimento,
Continua sendo uma fabricante
de ônibus com personalidade própria,
com bastante sobriedade, riqueza
de acabamentos e preocupação com
segurança.
Acabei finalmente “descobrindo”
que Setra vem da palavra alemã
“selbsttragend”, que numa tradução
livre significa auto-sustentável ou auto-
-portante, vale dizer, uma estrutura tipo
monobloco.
A Setra, que é controlada desde
1995 pelo grupo Daimler, via Evobus
(que também controla a Mercedes-
-Benz ônibus), destacou os 60 anos
da sua marca (antes, durante 40 anos,
operou como Kässbohrer, nome da
família do seu fundador, Otto).
Setra
eiraF
Na Bus World, a Setra lançou uma
edição especial do seu luxuoso ônibus
rodoviário modelo S 416 HDH, 6x2,
com 13,19m de comprimento, 3,86m
de altura e motor Mercedes-Benz OM
457 hLA de 455 cv potência.
Em primeiro plano, exemplar do rodoviário S 416 HDH, da Setra: luxo e bom acabamento.
Travego L Edition 1: a Mercedes-Benz já na era Euro VI. O tradicional modelo urbano Citaro: motor de 299 cv.
Mercedes-Benz3,71m de altura e motor OM 471 com
476 cv. A montadora garante que o
novo motor foi exaustivamente testado
e apresenta vantagens em relação ao
Euro V, como o menor consumo de
combustível e de AdBlue (Arla 32).
Dentre outros produtos expostos, o
urbano Citaro também teve o seu lugar
de destaque: o modelo em questão ti-
nha 12,105m de comprimento, 3,12m
de altura e motor OM 457(h)LA EEV
com 299 cv.
40 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
O Skyliner, da Neoplan, sempre muito imponente.
O rodoviário 9500 Em 2012 a Volvo vai produzir o híbrido 7900, lançado agora na Bus World.
Rodoviário Lion’s Coach, destaque da MAN.
Nas palavras do presidente e CEO da Volvo
Bus Corporation, Håkan Karlsson, o ônibus urba-
no híbrido é a melhor solução. Coerente, a Volvo
lançou oficialmente na Bus World o modelo 7900,
que estará disponível no mercado em meados de
2012 e substituirá o 7700.
Sem novidades perceptíveis, o destaque da MAN no segmento dos
rodoviários foi o Lion’s Coach. Já na Neoplan, o destaque era o imponente
Skyliner, com 14,0m de comprimento e 4,0m de altura, motor MAN D 2676
LOH EEV com 504 cv. Ponto a favor da MAN/Neoplan é o fato de terem sido
as montadoras que disponibilizaram ao público prospectos técnicos com-
Volvo
MAN/Neoplan
pletos sobre toda a sua linha de produtos,
de chassis a ônibus integrais, passando
por motores.
A MAN apresentou ônibus urbanos a gás
e também a diesel, na versão Euro VI.
O 7900 apresenta consumo 37% menor (o 7700 é 35% menor) em
relação ao ônibus a diesel equivalente em tamanho. O 7900 híbrido
tem dois motores: um Volvo D5F, a diesel, com 219 cv, e outro, elé-
trico, com 163 cv. Entre outros produtos, a Volvo apresentou também
o rodoviário 9500, com 12,29m de comprimento, 3,61m de altura e
motor Volvo D9B380, com 380 cv.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 41
Com presença em vários
países, entre eles o Brasil, a Iri-
zar, que fechou o ano de 2010
com receita de 433 milhões
de euros, lançou o luxuoso
rodoviário i6, que tem 12,92m
de comprimento, 3,50m de
altura e motor DAF PR265 com
360 cv.
Apresentando-se como subsidiária integral
da Tata Motors, segunda maior fabricante de
ônibus do mundo (a primeira é a Daimler/
Evobus), a Tata Hispano mostrou ônibus rodo-
viários, urbanos e um híbrido. Destaque para o
rodoviário Xerus, com 14,0m de comprimento
e 3,85m de altura, sobre chassi Mercedes-
-Benz OC 500 6x2, e para o luxuoso Naya, com
13,0m de comprimento e 3,85m de altura,
sobre chassi Volvo B13R. O híbrido foi o CNG/
elétrico, provando que a empresa investe em
novas tecnologias.
A exemplo da Bus World 2009, a
Temsa, de origem turca e controlada
pelo poderoso grupo Sabanci, ocu-
pou novamente um galpão inteiro só
para ela. Apresentou vários produtos,
dos quais destaco o Safari HD, com
14,075m de comprimento, 3,668m de
altura e motor DAF MX340 de 460 cv.
eiraF
Irizar
Rodoviário i6, o novo lançamento da Irizar.Abaixo, em primeiro
plano, o Safari HD, com
14,07 m de comprimento.
O rodoviário Xerus, produzido na Espanha pela Tata, com chassi Mercedes-Benz.
Tata Hispano
Temsa
42 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Em um amplo estande, a Irisbus apresentou vários
produtos, dos quais se destaca o rodoviário Magelys,
com 12,20m de comprimento, 3,62m de altura e motor
Iveco de 380 cv. Fora do estande, no pátio externo da
feira, havia a nova Daily Tourys. Em conversa com um
dos seus representantes no estande, restou esclarecido
que a Irisbus não tem planos de vir para o Brasil no curto
prazo. E que, quando vier, será apenas como fabricante
de chassi.
É uma companhia chinesa, com ações listadas na bolsa de
valores de Hong Kong e que tem entre seus acionistas Warren
Buffet, com algo em torno de 10% do capital. É uma montadora
de automóveis e veículos leves e está muito focada em tecno-
logia. Em 2010, firmou uma joint venture com a Daimler para
o desenvolvimento de carros elétricos na China. No mesmo
ano, segundo informa, obteve receita de aproximadamente 6,8
bilhões de dólares americanos. Apresenta-se como a primeira
fabricante de um ônibus 100% elétrico, o e-BUS 12, que é um
urbano com 12,0m de comprimento e 3,2m de altura. O motor
elétrico tem 217 cv e autonomia de 250 km.
IrisbusBYD
O ônibus elétrico e-BUS, da BYD: urbano com autonomia de 250 km.
O modelo Bravo, da espanhola Ayatz. Modelos Spica e Glory, ambos da Beulas, outra espanhola.
O Magelys, rodoviário com motorização da Iveco.
Ayatz Beulas
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 43
eiraF
King Long
Sunsundeghi
Viseon
Youtong
A King Long expôs o rodoviário XMQ6130Y.
Outra chinesa, a Youtong, mostrou o seu modelo 6119.
A Sunsundeghi (Espanha) destacou o Sideral 2000, com chassi Volvo.O modelo C12HD, da Viseon (Alemanha).
44 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A Empresa Gontijo de
Transportes foi uma das
primeiras a adquirir ônibus
da Geração 7 da Marcopolo
para suprir suas necessidades
de renovação anual de frota.
Todos eles, como sempre,
montados sobre chassis
Scania. Agora, para completar
a programação de 2011, a
companhia incorporou mais
um lote de veículos com a
mesma configuração.
Foram mais 142 ônibus novos, sen-
do 100 para a Gontijo e 42 para a
São Geraldo, do mesmo grupo. Todos
já estão em operação.
Os veículos são equipados com o
que há de mais moderno em termos
de segurança e conforto para os
passageiros.
Todos têm chassi Scania 6X2
K-420, equipados com motor de
420cv dotados de injeção eletrônica.
A caixa de marchas dispõe de Confort
Shift com acionamento eletropneumá-
tico e retarder. A suspensão é contro-
lada eletronicamente.
A carroçaria é Marcopolo, do mo-
delo G7, com 46 lugares, sanitário,
ar-condicionado digital e calefação,
poltronas de última geração e banco
do motorista com regulagem eletro-
pneumática.
A Gontijo é uma das principais
operadoras brasileiras de transporte
rodoviário interestadual e internacional
Vill
ela
Des
ign
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 47
nhecidos pelo tratamento atencioso
que atribuem ao público. Esse é o
resultado de um trabalho permanente
de preparação, sempre voltada à pres-
tação do melhor serviço, com ênfase
nos aspectos de segurança e conforto
das pessoas que utilizam os ônibus
da empresa.
rotaF
Um dos novos Scania/Marcopolo G7 incorporados à frota da Gontijo.
de passageiros. É também uma das
mais tradicionais, tendo sido fundada
em 1943 por Abílio Pinto Gontijo,
pioneiro que continua à frente dos
negócios até hoje.
A frota da Gontijo é composta de
cerca de 900 veículos, que rodam
aproximadamente 12 milhões de qui-
lômetros por mês e percorrem grande
parte do território brasileiro, além de
fazerem uma linha internacional que
liga Salvador a Assunção, Paraguai.
São operados mais de 200 serviços
interestaduais e intermunicipais.
O Parque Rodoviário Gontijo, em
Belo Horizonte, onde a empresa está
instalada, tem mais de 20.000 metros
quadrados de área construída, em um
terreno de aproximadamente 100.000
metros quadrados. A capacidade de
operação é de 2.000 ônibus. São
mantidas outras garagens – mais de
meia centena – em 19 estados.
ALTO DESEMPENHO
No setor de transporte rodoviário
de passageiros, a Gontijo sempre se
destacou pelo alto desempenho em
crescimento da receita operacional,
rentabilidade sobre o patrimônio,
baixo endividamento e liquidez. Os
resultados são explicados pela efici-
ência administrativa que caracteriza
sua atuação, baseada em um bem-
-sucedido modelo de gestão familiar
em que a grande preocupação é buscar
de forma permanente a racionalização
e redução dos custos, sempre que
possível combinada com um ritmo
moderado de crescimento, de acordo
com as condições da economia.
A seleção criteriosa do pessoal
e o treinamento e retreinamento de
todos os colaboradores pelo menos
uma vez por ano, ao lado da utilização
dos veículos e equipamentos mais
atualizados, constituem os pilares da
política de qualidade da empresa. A
Gontijo é famosa pela competência e
urbanidade do seu pessoal, refletido
na atenção e no tratamento dispensa-
do aos milhares de passageiros. Seus
motoristas, bilheteiros, trocadores e
demais colaboradores que mantêm
contato direto com o público são co-
Padronizados, os carros são configurados para o serviço convencional.
Foto
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48 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
rodutoP
A encarroçadora acaba de anunciar o
que chamou de “um novo conceito de
transporte de passageiros de alto padrão”.
Trata-se do seu primeiro veículo double
decker, o Campione DD. A decisão
de produzir o veículo ocorre em
momento de forte crescimento do setor
de transporte público, com aumento
da demanda por ônibus de turismo de
qualidade, graças, principalmente, à
proximidade da Copa do Mundo de
2014 e da Olimpíada de 2016.
O primeiro Double Decker da Comil foi anunciado
simultaneamente com a mudança de design do
modelo Campione HD 4.05. Ambos seguem o mesmo
estilo de linhas suavemente arredondadas.
Apostando no crescimento dos mercados interno
e externo, a encarroçadora investiu R$ 8 milhões na
concepção dos dois novos produtos.
Seguindo o conceito de evoluir nas áreas que, sem
abrir mão da qualidade, proporcionem economia para as
empresas de transporte, a encarroçadora desenvolveu
várias inovações. Por exemplo, realizou estudos biodinâ-
micos com o objetivo de reduzir o consumo de combus-
tível e o desgaste de pneus. O resultado se materializou
na curvatura frontal dos carros. Os veículos também
se destacam pelos detalhes cromados, que conferem
requinte e sofisticação, como nos automóveis de luxo.
Contemplando a utilização desses ônibus para turismo
e viagens de longa distância, a carroçaria é dotada de
ampla área envidraçada e de teto solar opcional, o que
proporciona uma perfeita visão da paisagem.
Comil anuncia seu Double Decker
50 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A curvatura frontal dá
ao Campione DD um design
futurista que, além da beleza,
cumpre papel importante na
economia de combustível e de pneus.
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 51
NOVO CONCEITO
Também internamente, tanto o
Campione DD como o HD seguem o
mesmo design. Ambos apresentam um
novo conceito em que as linhas, cores
e texturas são mais suaves. Além
disso, incorporam soluções de espaço
e ergonomia que proporcionam maior
conforto e segurança ao usuário. Um
novo porta-pacotes, mais compacto,
e um novo sistema de iluminação e
de direcionamento do ar-condicionado
foram desenvolvidos para valorizar a
individualidade do usuário. O sistema
de som integrado e a opção de moni-
tores em LED completam o conforto
do passageiro.
A escada de acesso tem corrimão
em ambos os lados, com iluminação
indireta integrada aos degraus para
facilitar a plena utilização noturna sem
perturbar os passageiros. Dentre os
principais diferenciais de iluminação
está a utilização total de lâmpadas
Led, com sistema “fade in/fade out”,
que liga e desliga as luzes lentamen-
te, aumentando o conforto visual dos
passageiros.
Nos toaletes, foram aplicados os
mais modernos sistemas para garantir
a higiene. Projetados em PMMA (Poli-
metil Meta Acrilato) e com aditivos an-
timicrobianos, os banheiros dispõem
de torneiras acionadas por sensor de
aproximação. O design tem cantos
arredondados e superfícies lisas,
garantindo fácil limpeza e reduzindo o
tempo de manutenção.
PISO INFERIOR
No modelo DD, o comprador pode-
rá optar por diversos incrementos no
piso inferior como, por exemplo, sofás,
mesa de jogos, bar, equipamentos de
entretenimento, entre outros. Para o
modelo HD, onde o piso inferior se
torna um compartimento de cargas, a
preocupação foi dar ao cliente o maior
volume da categoria: 20 m3.
Nos dois modelos, a cabine do mo-
torista foi concebida a partir de estu-
dos ergonômicos voltados ao conforto
do motorista e de seu auxiliar, o que
proporcionou um produto com amplo
espaço interno, excelente campo de
visibilidade externa e um painel em que
todos os comandos eletrônicos são de
fácil acesso e manuseio.
Segundo Tiago Zanette, gerente de
engenharia da Comil, os veículos esta-
rão disponíveis a partir de janeiro de
2012 nas configurações de chassi 6x2
e 8x2 para chassis Mercedes-Benz,
Scania e Volvo. A expectativa é de que
em 2012 sejam comercializadas cerca
de 150 unidades dos dois modelos.
A América Latina é o principal
mercado do ônibus Double Decker.
São grandes consumidores desse
segmento a Argentina, o Peru, o Chile
e o Brasil. Cada país, em particular,
tem um perfil de uso para esse tipo de
carro. Na Argentina, por exemplo, o DD
é utilizado no transporte rodoviário de
linhas entre províncias e em viagens
internacionais e de turismo. A prática
também já é adotada por algumas
empresas brasileiras.
ançamentoL
O modelo HD segue o desenho do
Double Decker e apresenta o mesmo
requintado acabamento. Destaca-se o
bagageiro de grande capacidade.
52 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A movimentação das empresas de
transporte rodoviário de passageiros
para renovar suas frotas em todo o
País, somada à boa aceitação da linha
Campione, lançada em 2010, possibi-
litou à Comil vender 1.140 ônibus nos
primeiros oito meses de 2011. No ano
passado, em igual perío do (janeiro a
agosto), haviam sido comercializadas
781 unidades. Com o desempenho
deste ano, a empresa atingiu o market
share de 17,4% no segmento. Sua
expectativa é encerrar o ano com cerca
de 2.000 unidades vendidas, ou 56%
mais que em 2010.
Segundo Dario Ferreira, diretor co-
mercial da Comil, a Transpúblico deste
ano, em São Paulo, foi muito positiva
para as vendas da encarroçadora:
“Fizemos contato com novos clientes
A encarroçadora supera a expectativa de vendas de rodoviários de janeiro a agosto
potenciais de diversas regiões do País
e recebemos clientes do mercado in-
ternacional. Todos gostaram muito dos
lançamentos, gerando perspectivas de
bons negócios que devem continuar
se revertendo em vendas até o fim
deste ano e o início de 2012”, infor-
ma Ferreira. Ele acredita que a família
Campione de rodoviários conquistou
o mercado pelo design inteligente, o
conforto e a segurança. “Pensamos
em todos os públicos: no empresário,
no chefe de garagem, no gerente de
operação/manutenção, no motorista
e no usuário final.”
Mesmo antes da Transpúblico,
uma série de importantes negócios
já havia sido acertada. Em março, por
exemplo, a empresa comemorou a
marca de 35.000 rodoviários Campio-
ne comercializados, fechando a venda
de 79 unidades para o Grupo Santa
Cruz, de Mogi-Mirim, São Paulo.
Outra transação importante foi com
a empresa Princesa dos Campos, do
Paraná. Os carros, modelos Campione
3.65 e 3.45, foram entregues em abril
e imediatamente passaram a atender
linhas rodoviárias intermunicipais da
operadora.
Em Minas Gerais, os resultados
também foram expressivos para a
Comil no período. Entre os destaques
figurou a venda de 20 novos ônibus
Campione 3.25 para a Expresso Gar-
dênia. Segundo o diretor de vendas,
Antônio Afonso da Silva, a nova con-
figuração das carroçarias do modelo
Campione foi decisiva para a concreti-
zação do negócio.
O novo design do rodoviário Campione ajudou a Comil a consolidar sua posição entre as principais fabricantes da categoria no Brasil.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 53
ulturaC
Caminhos Musicais GuanabaraAo patrocinar a Orquestra Filarmônica Estrelas da Serra, formada por crianças e jovens da cidade de
Croatá, no interior cearense, a Expresso Guanabara reafirma seu compromisso de contribuir para o
desenvolvimento da cultura no País.
Com visão pioneira e inovadora,
a Expresso Guanabara tem pre-
sença destacada no apoio a diversas
iniciativas socioculturais nas regiões
onde opera. Investir na cultura regional
faz parte da política de atuação da
empresa e é por isso que, anualmente,
a empresa é premiada com o Selo de
Responsabilidade Social concedido
pelo Governo do Estado do Ceará.
Dentro dessa filosofia, a empresa
lançou em 2010 o projeto “Caminhos
Musicais Guanabara”, desenvolvido
com a Orquestra Filarmônica Estrelas
da Serra, que realizou apresentações
em várias cidades do interior cearense.
Em 2011, a Guanabara deu conti-
nuidade ao projeto, levando a orques-
tra para concertos em cidades não só
do Ceará, mas também de outros esta-
dos: no Piauí, Parnaíba; na Paraí ba, Pa-
tos; no Rio Grande do Norte, Mossoró.
E no Ceará, em cidades como Sobral,
Crato e Juazeiro do Norte.
Concerto na cidade de Mossoró, durante a turnê Caminhos Musicais Guanabara.
Foto
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54 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A Orquestra Filarmônica Estrelas
da Serra surgiu no cenário musical cea-
rense em 2009 e, com o apoio do Pro-
jeto Caminhos Musicais Guanabara,
teve ascensão surpreendente. Hoje,
é considerada uma das melhores do
Ceará. Além da música de qualidade,
o que mais encanta é que a orquestra
é formada por crianças e jovens de
nove a 21 anos, todos estudantes da
rede municipal de ensino do municí-
pio de Croatá. Regida pelo maestro
Hélio Júnior, a Filarmônica tem 40
componentes que tocam saxofones,
trompetes, flautas, clarinetas, baixo,
bateria, dentre outros instrumentos.
Hélio Júnior, que antes de assumir
a regência da orquestra era guarda mu-
nicipal em Croatá, conta que começou
a desenvolver seus dons musicais “por
livre e espontânea pressão da minha
mãe”, que o matriculava em aulas de
música e o obrigava a aprender a tocar
qualquer instrumento que visse pela
frente. Depois de muita insistência
dela, Hélio Júnior, enfim, tomou gosto
pelo estudo da música e fez alguns
cursos de regência, embora se consi-
dere um autoditada.
Para ele, o apoio da Guanabara foi
fundamental na trajetória da orquestra.
“Nós somos o corpo e a Guanabara
é o sangue que nos alimenta”, diz
o regente. E exemplifica o tamanho
dessa importância: “Graças ao patro-
cínio da Guanabara, fomos a primeira
orquestra do Ceará a gravar um DVD
em alta definição; a primeira a realizar
uma turnê interestadual com apresen-
tações em locais abertos ao público;
abrimos os concertos do pianista
Arthur Moreira Lima e somos uma das
poucas do Ceará que dispõe de sede
com sala acústica para ensaios, sala
de inclusão digital, sala de instrumen-
tos etc., tudo isso patrocinado pela
Guanabara”.
O fundador da orquestra é o músico
Silvério Oliveira, que fazia parte da
Banda Municipal de Croatá e teve a
ideia de criar uma escolinha de música
para incentivar as crianças carentes da
região. A partir daí, nasceu a Filarmô-
nica. Hoje o projeto beneficia mais de
200 crianças de baixa renda do mu-
nicípio de Croatá. Os jovens talentos
que compõem a orquestra executam
um repertório eclético, composto de
músicas regionais, populares e inter-
A sede da orquestra dispõe de sala para ensaios dotada de revestimento acústico.
Corte de fita simbólica pela prefeita de Croatá, Aurineide Veras, pelo gerente de Marketing
da Guanabara, Rodrigo Mont’Alverne, e pelo regente Hélio Júnior.
nacionais, emocionando o público por
onde passa.
A Expresso Guanabara acredita
firmemente que o desenvolvimento
social, assim como o crescimento
econômico, deve ter como um de seus
pilares o incentivo às manifestações
culturais. Por isso, apoia e patrocina
artistas das mais diversas áreas,
sempre com o intuito de respaldar a
cultura como ícone indispensável ao
conhecimento humano.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 55
A Empresa Auto Viação Progresso S/A, de Recife, incorporou à sua frota 26 novas unidades dos
modelos da Geração 7 da Marcopolo, sendo seis 1800 Double Decker. Todos os ônibus DD operam o
serviço leito e contam com chassis Scania equipados com motores de 420 cv e câmbios automáticos.
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 59
O s novos Double Decker da Progres-
so já estão rodando no sistema
non stop (sem paradas intermediárias)
nas linhas que ligam Recife às capi-
tais de Alagoas, Paraíba e Maranhão.
Os salões receberam a configuração
própria adotada pela empresa, que
consiste em 40 leitos distribuídos nos
dois pisos. Foram instalados quatro
monitores na parte de cima e um na
parte de baixo. É oferecido serviço de
bordo, com rodomoças e, entre outros
itens de conforto, os passageiros
também dispõem de internet a bordo
e carregador de celular.
Proporcionar o máximo de conforto
aos passageiros é um dos pontos mais
valorizados na política operacional
da Auto Viação Progresso. A escolha
dos carros de quatro eixos e do mais
avançado sistema de frenagem e troca
rotaF
de marchas para os novos veículos
atende a essa política.
Aos 77 anos, a Viação Progresso
se mantém como uma das empresas
de ônibus mais modernas do País.
Trabalha continuamente para oferecer
novas comodidades aos seus passa-
geiros, tanto nos ônibus como nos
terminais. São exemplos as salas VIP
instaladas nos principais terminais por
onde passam suas linhas. A renovação
constante da frota e os mais eficientes
canais de comunicação postos à dis-
posição dos usuários também ilustram
como essa política é levada a sério.
Como sempre fez ao longo de toda
a sua história, a empresa não se des-
cuida das áreas de apoio, manutenção
e operação. A venda de passagens é
um exemplo. Além de a emissão de
bilhetes ser informatizada, a compa-
nhia mantém um serviço de entrega
que pode ser acionado sempre que
o usuário queira receber o bilhete em
sua residência ou escritório.
Por entender que a pontualidade e
o bem-estar estão entre as exigências
mais sensíveis do usuário, a empresa
criou um rigoroso sistema de avaliação
das paradas, em todas as suas linhas.
Graças a isso, foram eliminadas as pa-
radas desnecessárias, o que tornou as
viagens mais rápidas e confortáveis. É
uma forma de a empresa demonstrar
respeito ainda maior aos que utilizam
os seus serviços. Com o mesmo pro-
pósito, os programas de treinamento
e reciclagem dos motoristas estão
sempre sendo aperfeiçoados e atua-
lizados, e incorporam rotineiramente
todos os novos conceitos de qualidade
no atendimento ao passageiro.
Os novos Double Decker 1800 da Geração 7 tornaram-se uma atração a mais nas linhas da Progresso para os estados vizinhos a Pernambuco.
Div
ulga
ção
60 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
Prêmio AutoData, outra conquistaA Marcopolo também conquistou o Prêmio AutoData 2011 na categoria
Encarroçador de Ônibus. O prêmio se deveu ao excelente desempenho
alcançado nos últimos anos, sobretudo em 2010, quando registrou receita
líquida e volume de produção recordes.
A conquista também destacou o programa de investimentos da empresa
– R$ 300 milhões, de 2011 a 2015 –, a contínua ampliação da capacidade
produtiva em suas plantas em todo o mundo, com destaque para as fábricas
brasileiras, e a formação de mão de obra qualificada, fator essencial para
elevação da produtividade e competitividade internacional da companhia.
O prêmio é um reconhecimento da AutoData Editora às empresas, pro-
dutos e profissionais do setor que mais se destacaram ao longo do ano na
busca de objetivos determinados, inovações, tecnologia e produtividade.
econhecimentoR
Mais um Top de Marketing para a MarcopoloA encarroçadora de Caxias do Sul conquistou o Prêmio Top de Marketing ADVB 2011 na categoria
especial Top Responsabilidade Social, que reconhece empresas que cultivaram e desenvolveram o
conceito de responsabilidade social empresarial em 2010.
Aconquista foi possível porque em
2010 a Marcopolo continuou de-
senvolvendo diversos projetos sociais
voltados aos seus colaboradores e à
comunidade no entorno de todas as
suas unidades, tanto no Brasil como
no exterior. São projetos que abrangem
uma extensa gama de atua ção social
e ambiental e contribuem para o apri-
moramento nas áreas de educação e
carreira, qualidade de vida, integração
com as famílias dos colaboradores,
reconhecimento e valorização, de-
senvolvimento social e preocupação
ambiental.
Em todas as unidades fabris da
Marcopolo foram oferecidos programas
para atender às necessidades espe-
cíficas do quadro funcional. Também
foram concedidas bolsas de estudo
para o ensino regular e para o estudo
de idiomas em algumas unidades fora
do Brasil, contemplando uma necessi-
dade gerada pela internacionalização.
Um dos projetos de maior destaque
é a Escola de Formação Profissional
Marcopolo, cujo objetivo é proporcio-
nar aos jovens das comunidades do
entorno da empresa, especialmente
aqueles em situação de vulnerabilida-
de social, oportunidade de formação
técnica e social, dando-lhes condições
de entrar no mercado de trabalho e,
assim, melhores perspectivas de vida.
Div
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As ações ambientais sempre contam com a participação dos colaboradores.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 61
Além dos veículos voltados aos sistemas BRT (Bus Rapid Transit), a Scania tem uma proposta
mais flexível e de custo mais baixo que pode ser implementada de maneira isolada ou em
conjunto com outras soluções de mobilidade urbana. Trata-se do Bus Rapid Service – o BRS.
Proposta da Scania para mobilidade urbana
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62 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
A Scania aproveitou o evento de
lançamento da sua linha 2012
de chassis e motores para ônibus
para apresentar o projeto “Mobilidade
Urbana: Soluções Scania”, com forte
destaque para uma solução que já vem
sendo implementada na cidade do Rio
de Janeiro: o sistema BRS (Bus Rapid
Service), de grande simplicidade e pra-
ticidade, e que, além de não demandar
intervenções drásticas na infraestrutu-
ra viária das cidades, tampouco exige
investimentos elevados, como é o caso
dos corredores especiais (BRTs).
O sistema não requer o uso de
ônibus articulados ou biarticulados,
mas apenas a adequada preparação e
sinalização das vias por onde vão tra-
fegar os ônibus. Estes se diferenciam
dos convencionais por certas caracte-
rísticas como, por exemplo, motoriza-
ção traseira, suspensão pneumática,
piso baixo, espaço interno mais amplo
e maior comodidade para o operador.
O sistema começou a ser implan-
tado no Rio a partir da aquisição, pelo
Grupo Breda, de 200 unidades do
chassi K 230 4x2 da Scania. Encar-
roçados pela Neobus, inicialmente
os veículos estão operando entre o
centro e a Zona Sul da cidade, em
vias normais onde foram demarcadas
as faixas privativas (não segregadas)
do BRS. Ao trafegar por essas vias,
praticamente exclusivas, os ônibus
reduzem em pelo menos 30 por cento
o tempo de viagem.
Também simultaneamente ao lan-
çamento da nova linha, a Scania pro-
moveu no Rio de Janeiro uma palestra
do consultor de infraestrutura e plane-
jamento estratégico em trânsito urbano
Cláudio de Senna Frederico, que falou
sobre as alternativas para a mobilidade
urbana nas grandes cidades brasilei-
ras, considerando que esse mercado
promete demandar investimentos nos
próximos anos, em razão dos eventos
que o Brasil vai sediar.
Cláudio de Senna sustentou que,
“para realizar investimentos em in-
fraestrutura na malha de transporte
urbano é preciso ter planejamento,
veículos adequados e reorganização
operacional, tudo isso visando a um
serviço mais rápido, eficiente e seguro
para os passageiros”.
O gerente executivo de Vendas de
Ônibus da Scania no Brasil, Wilson
Pereira, informou que, com a chegada
dos jogos da Copa do Mundo de 2014
e da Olimpíada de 2016, a montadora
vai intensificar o trabalho junto às
prefeituras das cidades sedes para
oferecer soluções ideais de transporte.
Denominado Mega BRS, o veículo é apontado como ideal para o sistema de faixas privativas.
Ônibus com carroçaria Neobus: desenho arrojado, motorização traseira, piso baixo, suspensão pneumática, espaço interno mais amplo.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 63
ançamentoL
A nova linha de motores ScaniaOs novos motores chegam para atender com melhor desempenho e economia de combustível a
norma brasileira Proconve P7, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2012. Na realidade, também
estão enquadrados nas principais normas do mundo inteiro, desde a Euro 3 e a Euro 4.
No dia 25 de novembro, no Rio de
Janeiro,a Scania apresentou sua
nova linha de motores de ônibus, como
parte de um lançamento mundial que
se propõe oferecer veículos ainda mais
potentes, econômicos e sustentáveis.
Conforme afirmou na ocasião o ge-
rente executivo de Vendas de Ônibus
no Brasil, Wilson Pereira, é mais um
importante passo no processo de evo-
lução contínua dos produtos da marca.
Segundo ele, a nova plataforma de
motores “chega ao mercado brasileiro
de chassis de ônibus para proporcionar
aos operadores ainda mais economia
e, à sociedade, um ar mais limpo”.
Os produtos da linha 2012 de
motores e chassis Scania para ônibus
Baseada na plataforma global de motores da Scania, a nova linha tem várias potências, divididas em dois pacotes: 9 litros e 13 litros.
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64 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011
oferecem as opções de 9 litros e de 13
litros, que substituem os atuais moto-
res de 9, 11 e 12 litros. Os motores
da Série K têm potências de 250 hp
até 440 hp. Os da Série F são motores
dianteiros e têm 250 hp ou 310 hp.
Além dos motores, a linha 2012
continua oferecendo como opcionais
novas versões da caixa de câmbio
automatizada – Opticruise – e retarder.
Na nova arquitetura, ligeiras alte-
rações no diâmetro e no curso dos
pistões, e um aumento da cilindrada,
resultaram em ganhos de 9% no torque
e 5% na potência.
Unidades injetoras controladas
eletronicamente são usadas para a
alimentação de combustível, e um
turbocompressor convencional fornece
expressiva pressão adicional já a partir
das baixas rotações.
Os motores de 5 cilindros em
linha, de 8,9 litros, estão sendo subs-
tituídos. Em seu lugar, entram duas
novas unidades de 9,3 litros, com
maior diâmetro e potências de 250 e
310 hp. Os torques oferecidos são,
respectivamente, de 1.150 e 1.550
Nm. Eixos balanceadores duplos no
cárter tornam a operação do motor
suave e flexível. Os motores mantêm
as mesmas características de seus
irmãos maiores de 6 cilindros.
Os novos motores de 6 cilindros
de 12,7 litros dão continuidade aos
seus antecessores de 11,7 litros. As
opções de potência, uniformemente
distribuídas de 360, 400 e 440 hp,
asseguram excelente desempenho,
informa o fabricante.
O MOTOR A ETANOL
O motor sustentável de 9 litros
da Scania será o único do mercado
brasileiro a dispensar o uso do Arla
32 ou qualquer outro reagente químico
para atender à norma Proconve P7.
Abastecido com etanol adicionado a
5% de aditivo promovedor de ignição,
o motor reduz em até 90% a emissão
de CO2 no meio ambiente.
“Há 20 anos vendemos esse ôni-
bus na Europa, o que nos possibilitou
adquirir uma grande experiência no
segmento. Por isso pudemos sair na
frente na disputa pelo mercado brasi-
leiro”, observa Cristopher Podgorski,
vice-presidente de Vendas e Marketing
da Scania para a América Latina.
Todos os motores Scania têm câmaras de combustão idênticas e dividem vários componentes.
Wilson Pereira: “Um importante passo na
evolução contínua de nossos produtos”.
Cristopher Podgorski: “Temos mais de 20
anos de experiência em ônibus a etanol”.
REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011 65
piniãoO
Uma atividade que pede liberdade de criação
Div
ulga
ção
Ivan Comodaro, da
Comtex Assessoria Empresarial
O setor de transporte não produz
somente empregos, transporte,
impostos e lucros, mas um avanço no
desenvolvimento de toda a tecnologia
voltada para o segmento rodoviário.
Ideal é que as rodovias e termi-
nais rodoviários acompanhem essa
evolução.
O setor é destituído de benesses e
penduricalhos governamentais, como a
imprensa divulga sobre outros e vários
segmentos econômicos.
Faço um complemento à carta
do leitor Rodrigo Lisboa de Quadros
(Revista ABRATI nº 66), quando fala
da licitação e faz menção ao grupo de
pioneiros do setor. Olvidou o sr. Tito
Mascioli, da Viação Cometa, com quem
trabalhei por muitos anos.
Sem desmerecer ninguém, a Come-
ta foi um verdadeiro marco divisório,
fundamental no desenvolvimento do
setor, trazendo para o País, dos Es-
tados Unidos e da Europa, avanços
importantíssimos e inestimáveis na
gestão e operação do transporte.
Trouxe o conceito da altíssima
produtividade nas linhas operadas,
escolhidas com uma visão estratégica
e aplicando regras e normas de gestão
desconhecidas por aqui.
Implantou um sistema de TI quan-
do alguns bancos ainda não a pos-
suíam. Importou e implantou aquilo
que o Governo não fez, que foi o Siste-
ma de Radiocomunicação, conectando
ônibus, agências, garagens, escritórios
e rodoviárias.
TI mais radiocomunicação foram a
internet da época.
Importou a mais moderna frota
do País, composta pelo GM chamado
de Morubixaba, todo em duralumínio,
com suspensão a ar, motor traseiro,
design avançadíssimo, ar-condiciona-
do. Com o que existia na época, era
como comparar uma nave espacial e
um avião monomotor, conhecido por
teco-teco.
Desenvolveu na manutenção o con-
ceito de revisões preventivas e correti-
vas, como se aplicava na aviação, pois
ele foi oficial de alta patente na Força
Aérea Italiana, donde trouxe conceitos
tecnológicos avançados.
O sr. Jelson Antunes, para quem
tive a honra de trabalhar por muitos
anos, dizia assim para os outros:
“Quando for falar da Cometa, escove
os dentes antes”.
Poderíamos discorrer sobre um
número infindável de empreendedores
que contribuíram para a Nação, com
seus intelectos privilegiados, brilhan-
tes e imensuráveis. Como também
alguns homens do Governo.
Os atuais empreendedores preci-
sam ter liberdade de ação e criação,
pois o setor conta com pessoas de
notável inteligência, patriotismo, e que
amam o que fazem.
Os atuais empreendedores
precisam ter liberdade de ação e criação, pois o setor conta com pessoas de notável inteligência e patriotismo, e que amam
o que fazem.
Ivan Comodaro ingressou na Viação
Cometa em 9 de maio de 1966, com 25
anos de idade, e desligou-se da empresa no
dia 3 de agosto de 2009, com 68 anos.Foi
inicialmente Encarregado de Estatísticas e,
mais tarde, Chefe do Departamento de Pla-
nejamento e Controle, cargo ocupado por
29 anos. Em 1986 e nos 12 anos seguintes
enfrentou talvez o seu maior desafio pro-
fissional: a implantação e implementação
da famosa Ponte Rodoviária Rio-SãoPaulo,
operada em conjunto pelas empresas Co-
meta, Itapemirim e Expresso Brasileiro. Em
2002, Comodaro foi promovido a Superin-
tendente Geral da Viação Cometa. Nos 43
anos em que colaborou com a companhia,
ele testemunhou o desenvolvimento e ex-
pansão do sistema brasileiro de transporte
rodoviário de passageiros, para o qual deu
contínuas e importantes contribuições.
Nesse processo, teve o privilégio de tra-
balhar diretamente com dois gigantes do
transporte rodoviário de passageiros no
Brasil, Tito Mascioli (fundador e artífice da
Cometa) e Jélson da Costa Antunes, criador
do Grupo JCA e mais tarde dono da Cometa.
66 REVISTA ABRATI, DEZEMBRO 2011