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O ERRO MÉDICO SOB A O ERRO MÉDICO SOB A ÓTICA JURÍDICAÓTICA JURÍDICA
PROFESSOR:PROFESSOR: Joaquim Dourado
DATA:DATA: 25 de Abril de 2014
LOCAL:LOCAL: Cuiabá/MT
SUMÁRIOSUMÁRIO
ApresentaçãoConstataçõesAspectos LegaisPrevenção do Erro MédicoConclusãoParte PráticaAvaliação
““O desprendimento, a sabedoria e a O desprendimento, a sabedoria e a
percepção fazem do médico um mortal percepção fazem do médico um mortal
incomum. Por isso, antes de tudo, é incomum. Por isso, antes de tudo, é
preciso ter nascido para isso. Quem preciso ter nascido para isso. Quem
tiver vocação para super-homem, vira tiver vocação para super-homem, vira
médico...”médico...”
Jornalista Jornalista Alexandre GarciaAlexandre Garcia
““Aquele que quiser adquirir um Aquele que quiser adquirir um
conhecimento exato da arte médica conhecimento exato da arte médica
deverá possuir boa disposição para isso, deverá possuir boa disposição para isso,
frequentar uma boa escola, receber frequentar uma boa escola, receber
instrução desde a infância, ter vontade instrução desde a infância, ter vontade
de trabalhar e ter tempo para se dedicar de trabalhar e ter tempo para se dedicar
aos estudos.”aos estudos.”
Recomendação de Hipócrates feita há 2400 Recomendação de Hipócrates feita há 2400
anos.anos.
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINAEXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINA
CENÁRIO ATUALCENÁRIO ATUAL
O ensino médico e o excesso de formandos;A educação médica voltada para a prática livre do erro;Os médicos têm dificuldades em administrar o erro;Cultura da infalibilidade profissional;Distribuição geográfica inadequada da Medicina;Livre acesso dos pacientes ao conhecimento médico;A complexidade da arte médica;Desmistificação profissional;Aparecimento dos planos de saúde;
Retirada dos órgãos governamentais da área de saúde;Alto custo da Medicina;Maior utilização de procedimentos de alta
complexidade;Baixa remuneração dos médicos;Exercício defensivo da atividade;Código de Defesa do Consumidor;Possibilidade de conversão do dano em vantagem
financeira “Loteria Judicial” e o Acesso facilitado à Justiça;
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINAEXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINA
CENÁRIO ATUALCENÁRIO ATUAL
As mudanças na relação médico-paciente;Atendimento massificado;Falta de comunicação do médico com o paciente;Desvalorização das informações do paciente;Fornecimento de informações de forma inadequada;Não entendimento das expectativas do paciente;Abordagem mecanicista e imediatista do paciente;Medicalização excessiva.
EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINAEXERCÍCIO PROFISSIONAL DA MEDICINA
CENÁRIO ATUALCENÁRIO ATUAL
MÉDICO x
PACIENTE
PRESTADOR DE SERVIÇOx
USUÁRIO
MEDICINA DEFENSIVAMEDICINA DEFENSIVA
Medo de Errar
Medicina Defensiva
Exagero nos pedidos de exames complementares e sofisticados;Recusa em procedimentos de maior risco;
Aposentadoria precoce;Abandono da profissão.
CONSTATAÇÃOCONSTATAÇÃO
1. Muito mais do que uma insatisfação para com o resultado obtido, a maior revolta do paciente e seus familiares era com o mau atendimento recebido por parte do médico-assistente, especialmente depois do tratamento feito.
2. Em quase todos os casos havia um outro médico a insuflar pacientes ou familiares contra o médico-assistente, com críticas ou insinuações.
As decisões dos tribunais brasileiros vêm demonstrando, cada vez mais, nos litígios entre médicos e pacientes, em demandas civis, uma inclinação em favorecer os segundos.
CONSTATAÇÃOCONSTATAÇÃO
CONSTATAÇÃOCONSTATAÇÃO
“O erro médico é qualquer atitude
ou resultado do trabalho médico em desacordo com a expectativa do paciente ou de seus familiares.”
ÚLTIMA CONSTATAÇÃOÚLTIMA CONSTATAÇÃO
Os pacientes demonstram satisfação quando:Os pacientes demonstram satisfação quando:
São completamente informados da sua
condição médica e da terapia;São parceiros ativos na discussão das opções
de tratamento;Compreendem os benefícios das diferentes
abordagens terapêuticas.
EU SOU UMA PESSOAEU SOU UMA PESSOA
Dona enfermeira,Seu doutor,
me escutem por favor,eu não sou o vinte e três
nem o lúpus eritematoso disseminadomeu nome é João ou Maria, todo a seu dispor,
Não é miocardiopatia que tinha no coração,é a vida vivida com muita emoção
Não é coronariopatiao meu padecer é a tanta amargura
que não posso esquecerNão é por dor que estou chorando
É que hoje eu vi o sol nascere fiquei pensando:
Quantas vezes isto ainda vou ver?Dona enfermeira, Seu Doutor
o que me magoa, quero confessar,é que me tratam como caso
mas, por favor, eu sou é uma pessoa.
Ilustração poética do médico mestre em pneumologia Professor Gerson Pomp.
DEFINIÇÃO JURÍDICA DEFINIÇÃO JURÍDICA DO ERRO MÉDICODO ERRO MÉDICO
BREVE HISTÓRICO BREVE HISTÓRICO DO ERRO MÉDICODO ERRO MÉDICO
“Código de Hamurabi (1686-1750 a.C.) = pena de talião. “O médico
que mata ou cega um cidadão livre no tratamento terá suas mãos
cortadas; se morre um escravo, paga-se seu preço; se fica cego,
paga-se a metade”. “Quem um olho furou, que seja furado um olho”; Livro dos Vedas e o Levítico estabeleciam penas rigorosas para os
médicos que não aplicassem com rigor a medicina da época;Visigodos = entrega do médico à família da vítima para justiçamento
em caso de suposta imperícia;Egito Antigo = primeiro livro de observância das regras da ciência
médica. A inobservância era punida até com a morte;Roma Antiga = Lei das XII Tábuas (452 a.C.) e Lex Aguillia de
damno (séc. III a.C.).
BREVE HISTÓRICO BREVE HISTÓRICO DO ERRO MÉDICODO ERRO MÉDICO
Grécia Antiga = tratamento rigoroso do suposto erro médico.
Glaucus e Alexandre, o Grande.Idade Média = Surgimento das universidades e das
corporações de médicos (séc. XIII)Direito francês (séc. XIX) – Código de Napoleão (1804) =
primeiras normas codificadas da responsabilidade médicaDoutrina francesa da responsabilidade civil médica: 1) o
médico, como profissional, está sujeito às sanções da lei; 2) na
aplicação destas sanções, os tribunais devem ser prudentes; 3)
isto não afeta o prestígio nem o progresso da medicina.
RESOLUÇÃO CFM 1931/2009 CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
Art. 1º - É vedado ao médico causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.
ERRO MÉDICO: DEFINIÇÃO ERRO MÉDICO: DEFINIÇÃO JURÍDICAJURÍDICA
É o dano, é o agravo à saúde do paciente provocado pela ação ou inação do médico, no exercício
profissional, sem a intenção de cometê-lo, em razão da inobservância de uma regra de conduta (imprudência,
negligência, imperícia).
O TRATAMENTO JURÍDICO O TRATAMENTO JURÍDICO DO ERRO MÉDICODO ERRO MÉDICO
No aspecto civil.
No aspecto penal.
No aspecto ético-profissional.
O TRATAMENTO JURÍDICO DO O TRATAMENTO JURÍDICO DO ERRO MÉDICO NO ASPECTO ERRO MÉDICO NO ASPECTO
CIVILCIVIL
Código Civil BrasileiroCódigo de Defesa do ConsumidorLeis Civis Especiais
Processo Civil (Ação Indenizatória)
A NATUREZA JURÍDICA DO A NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO MÉDICOCONTRATO MÉDICO
Contrato de Prestação de Serviços.Regulado pelo CDC.
Fornecedor de Produtos ou Serviços
Consumidor
Relação de Consumo
A NATUREZA JURÍDICA DO A NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO MÉDICOCONTRATO MÉDICO
Obrigações de meio.Obrigações de resultado.
“O médico tem a obrigação de cuidar do paciente, e não de curá-lo”
ERRO MÉDICO E CULPAERRO MÉDICO E CULPA
DOLO: Vontade livre e consciente de prejudicar o paciente.
CULPA: Violação não intencional de um dever de conduta. Comportamento irresponsável do médico em seus deveres elementares.
- IMPRUDÊNCIA:- IMPRUDÊNCIA: consiste em fazer o que não deveria ser feito.
CULPACULPA
- NEGLIGÊNCIA:- NEGLIGÊNCIA: consiste em não fazer o que deveria ser feito.
- IMPERÍCIA:- IMPERÍCIA: consiste em fazer mal o deveria ser bem feito.
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
Designa a obrigação de reparar ou de ressarcir o dano, quando injustamente causado a outrem, ou seja, os danos comprovadamente causados às vítimas devem ser indenizados pelo ofensor.
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Teoria Subjetiva ou Teoria da Culpa
Teoria Objetiva ou Teoria do Risco
RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVASUBJETIVA
CondutaCulposa
Dano
Nexo de Causalidade
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Art. 186Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, . Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
CÓDIGO DE DEFESA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCONSUMIDOR
Art. 14 – (...)
§ 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil do médico por erro profissional é subjetiva, dependendo sempre da comprovação da culpa.
RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVAOBJETIVA
Conduta
Dano
Nexo de Causalidade
CÓDIGO CIVIL BRASILEIROCÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Art. 927Art. 927. (...). (...)
Parágrafo únicoParágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, . Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.direitos de outrem.
CÓDIGO DE DEFESA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCONSUMIDOR
Art. Art. 14. O fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
e riscos.
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
A rA responsabilidade civil dos
estabelecimentos hospitalares e dos
planos e seguros de saúde, enquanto
fornecedores de produtos e serviços, é
sempre objetiva (Teoria do Risco).
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
•Do Médico Subjetiva
•Do Hospital
•Do Plano Objetiva
de Saúde
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
• Responsabilidade Solidária
Médico Hospital
Médico Plano de Saúde
• Ação de Regresso
Hospital Médico
Plano de Saúde Médico
CAUSAS EXCLUDENTES DO CAUSAS EXCLUDENTES DO NEXO CAUSALNEXO CAUSAL
Caso fortuito e força maior;
Fato exclusivo da vítima;
Fato de terceiro.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
Semelhante a qualquer cidadão, o médico se submete ao princípio básico do direito que estabelece a obrigação de responder pelos eventuais prejuízos causados a terceiros, no exercício da sua profissão, em decorrência de falhas.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
DANODANO
- - EstéticoEstético
-Material Material (Patrimonial)(Patrimonial)
- Moral- Moral
DANO - FUNDAMENTO LEGALDANO - FUNDAMENTO LEGAL
CONSTITUIÇÃO FEDERALDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...) V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;(...)X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação.”.
DANO - FUNDAMENTO LEGALDANO - FUNDAMENTO LEGAL
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORDOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:(...)VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRODOS ATOS ILÍCITOS
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Art. 949Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o . No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o
ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e
dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de
algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Art. 950Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o . Se da ofensa resultar defeito pelo qual o
ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se
lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim
da convalescença, incluirá pensão correspondente à da convalescença, incluirá pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir
que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se
ainda no caso de indenização devida por aquele que, no ainda no caso de indenização devida por aquele que, no
exercício de atividade profissional, por negligência, exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o
trabalho.trabalho.
REPARAÇÃO DO DANOREPARAÇÃO DO DANO
VALORAÇÃO DO DANO MORAL
• Situação econômica do ofensor e da vítima.
• Sofrimento suportado pela vítima ou seus parentes.
• Repercussão social do fato lesivo.• Consequências pessoais do fato lesivo.• Grau de culpa.
CULPA MÉDICA E ÔNUS DA CULPA MÉDICA E ÔNUS DA PROVA - TEORIASPROVA - TEORIAS
. Inversão do Ônus da Prova;
. Perda de uma Chance de Cura;
. Carga Probatória Dinâmica
ÔNUS DA PROVAÔNUS DA PROVA
O ônus da prova cabe a quem alega (art. 333 do Código de Processo Civil - CPC)
CÓDIGO DE DEFESA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDORCONSUMIDOR
Código de Defesa do Consumidor
Art. 14. “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes sobre sua fruição e riscos.”
§ 4º “A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.”
Art. 6º“São direitos do consumidor:
VIII – a facilitação de defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.”
RESPONSABILIDADE CIVILRESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade civil do cirurgião chefe por problemas anestésicos.
Responsabilidade civil do médico residente e do médico preceptor
PRESCRIÇÃO DA REPARAÇÃO DO PRESCRIÇÃO DA REPARAÇÃO DO DANO EM CASO DE ERRO MÉDICODANO EM CASO DE ERRO MÉDICO
Lei Anterior (Código Civil de 1916) = 20 anos
Lei Atual (Código Civil de 2002) = 3 anos
Código de Defesa do Consumidor = 5 anos
Prazo normalmente contado do momento em que o paciente percebe o erro.
FASES DO PROCESSO JUDICIAL FASES DO PROCESSO JUDICIAL CIVIL EM CASO DE ERRO MÉDICOCIVIL EM CASO DE ERRO MÉDICO
INICIAL – Pedido do paciente ou de seus representantes
CONTESTAÇÃO – Defesa do médico e/ou hospital e/ou plano de saúde
FASE PROBATÓRIA a) Perícia - 1) Nomeação de Perito Oficial pelo Juiz
- 2) Indicação de Perito Assistente Técnico
- 3) Formulação dos Quesitos
- 4) Respostas aos Quesitos (laudo pericial)
b) Depoimento das partes
c) Testemunhas
d) Outras provas
SENTENÇA (Decisão do Juiz de Direito)
RECURSO DE APELAÇÃO
ACÓRDÃO (Decisão do Tribunal)
FUNDAMENTOS DA FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE
PENALPENAL
Código Penal BrasileiroLeis Penais EspeciaisCódigo de Processo Penal
Processo Criminal(Ação criminal – imposição de pena)
RESPONSABILIDADE PENALRESPONSABILIDADE PENAL
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
(Art. 18)(Art. 18)
Crime DolosoCrime Doloso – quando o agente quis o resultado ou – quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo;assumiu o risco de produzi-lo;
Crime Culposo Crime Culposo – quando o agente deu causa ao – quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, negligência ou imperícia. resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente (Parágrafo único do art. 18 do CPB).dolosamente (Parágrafo único do art. 18 do CPB).
RESPONSABILIDADE PENALRESPONSABILIDADE PENAL
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Homicídio simplesHomicídio simples
Art. 121 – Matar alguém: Art. 121 – Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos.Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Homicídio culposo Homicídio culposo
§ 3º do art. 121 – Se o homicídio é culposo:§ 3º do art. 121 – Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos. Pena - detenção, de um a três anos.
RESPONSABILIDADE PENALRESPONSABILIDADE PENAL
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Lesão corporal Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a
saúde de outrem: saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano.Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal culposaLesão corporal culposa
§ 6º do art. 129 – Se a lesão é culposa:§ 6º do art. 129 – Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.Pena - detenção, de dois meses a um ano.
RESPONSABILIDADE PENALRESPONSABILIDADE PENAL
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Omissão de socorro :Omissão de socorro :
Art. 135 Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-– Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se da – A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.a morte.
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE PENALPENAL
PROCESSO CRIMINAL
-Ex officio-Notícia Criminal-Representação do Ofendido-Requisição Judicial ou do MP
Inquérito PolicialDELEGACIA DE POLÍCIA
Arquivamento(Pelo Juiz)
Denúncia(Pelo Ministério Público)
Instrução CriminalVARA CRIMINAL
Absolvição Condenação
RESPONSABILIDADE PENALRESPONSABILIDADE PENAL
ESPÉCIES DE PENAESPÉCIES DE PENA
Privativas de liberdade;Privativas de liberdade;Detenção;Detenção;Reclusão.Reclusão.
Restritivas de direitos;Restritivas de direitos;Prestação pecuniária;Prestação pecuniária;Perda de bens e valores;Perda de bens e valores;Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; Interdição temporária de direitos;Interdição temporária de direitos;Limitação de fim de semana.Limitação de fim de semana.
Multa.Multa.
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE ÉTICO-PROFISSIONALÉTICO-PROFISSIONAL
Código de Ética MédicaCódigo de Processo Ético Profissional
Processo Ético-Profissional (Processo Administrativo para imposição de sanção)
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE ÉTICO-PROFISSIONALÉTICO-PROFISSIONAL
PROCESSO ÉTICO DISCIPLINAR NO CRM
SINDICÂNCIA
ArquivamentoProcesso Ético
Disciplinar
Absolvição Condenação
-Ex officio-Denúncia-Comissão de Ética
RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE ÉTICO-PROFISSIONALÉTICO-PROFISSIONAL
LEI FEDERAL 3.268/1957 - artigo 22:
As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais aos seus membros são as seguintes:
A. Advertência confidencial em aviso reservado;B. Censura confidencial em aviso reservado;C. Censura pública em publicação oficial;D. Suspensão do exercício profissional até 30 (trinta) dias;E. Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal.
Retardo na intervenção cirúrgica, com consequências graves
para o doente. Prescrição medicamentosa indevida ou com superdosagem. Negligência nos cuidados pré e pós-operatórios. Omissão das instruções necessárias ao paciente.
Abandono de corpo estranho intracorpóreo (compressas,
instrumental, etc).
Contágio por instrumentos mal esterilizados.
Esquecimento de garrote nas cirurgias plásticas ou ortopédicas,
com seqüelas funcionais ou perda do membro.
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR NEGLIGÊNCIANEGLIGÊNCIA
Queimaduras severas conseqüentes à radioterapia mal
conduzida.
Cegueira resultante do esquecimento da colocação da proteção
plumbífera para os olhos, por ocasião do tratamento
radioterápico dos tumores da face.
Iatrogênese devido à administração de solução hipertônica,
promovendo necrose tecidual.
Acidentes anestésicos conseqüentes à troca indevida de
medicamentos.
Realização de duas ou mais anestesias simultâneas.
Formação de abcessos por instrumental contaminado.
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR NEGLIGÊNCIANEGLIGÊNCIA
Uso de depressores do sistema nervoso central, nas anestesias
gerais, sem material de ventilação, determinando hipóxia,
hipercapnia e parada cardíaca com morte ou seqüelas
irreversíveis.
Sequelas neurológicas devido à hipóxia, por falta de material
necessário à reanimação fetal.
Necrose de membros devido a aparelhos gessados colocados
indevidamente.
Convulsões decorrentes da utilização de anestésicos em
consultório, resultando em morte por superdosagem e falta de
condições de tratamento.
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR NEGLIGÊNCIANEGLIGÊNCIA
Secção cirúrgica do nervo facial, por inabilidade profissional, nas
cirurgias plásticas da face, das parótidas, das fraturas do ramo
ascendente da mandíbula, das anquiloses têmporo-
mandibulares, da otoesclerose, dentre outras.
Secção dos ureteres, nas cesarianas.
Secção da artéria femural, nas cirurgias de varizes.
Formação de fistulas vésico-vaginais em decorrência de trabalho
de parto mal conduzido.
Formação de fistulas retais, na cirurgia perineal.
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR IMPERÍCIAIMPERÍCIA
Incontinência do esfíncter anal, na cirurgia de hemorróidas.
Insuficiência tireoideana devido ao uso de hormônios, nas
terapias para emagrecimento.
Acidentes vasculares cerebrais por crise hipertensiva provocada
pela interação de inibidores da monoaminoxidase e substâncias
adrenérgicas.
Óbitos conseqüentes a acidentes havidos em transfusões de
sangue heterólogo.
Necrose de extremidades (dedos, orelhas, nariz, pênis) devido à
injeção de anestésicos locais com vasoconstritores.
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR IMPERÍCIAIMPERÍCIA
Cirurgião que opera o paciente sem solicitar risco cirúrgico
prévio ou sem examiná-lo antes do ato cirúrgico.
Médico que receita produto farmacêutico ou avalia um paciente
por telefone
ERROS MÉDICOS POR ERROS MÉDICOS POR IMPRUDÊNCIAIMPRUDÊNCIA
SOCIALIZAÇÃO DO RISCO SOCIALIZAÇÃO DO RISCO MÉDICOMÉDICO
Tendência Atual:
Migrar da teoria da culpa subjetiva para a teoria do risco.
A responsabilidade civil médica individual deve evoluir para o contexto de seguro e seguridade social, adquirindo um caráter político, econômico e social.
1. Interfere negativamente na relação médico-paciente.
2. Estimula os processos contra os médicos.
3. Eleva os custos dos serviços médicos.
4. Pode facilitar o erro médico.
5. Facilita a indústria das indenizações.
6. Fornece uma proteção aparente ao profissional.
7. Cria um cenário cativo para o médico.
8. Não cobre o dano moral.
DESVANTAGENS DO SEGURO DE DESVANTAGENS DO SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO RESPONSABILIDADE CIVIL DO
MÉDICOMÉDICO
1. Melhor modalidade de liquidação do dano.2. Melhor condição de liberdade e segurança no trabalho.3. Assegura o equilíbrio social e a ordem pública.4. Melhor forma de justiça social.5. Melhor forma de previdência propriamente dita.6. Livra o médico e paciente de processos penosos e demorados.7. Evita explorações, ruínas, injustiças e iniqüidades.8. Independe da situação econômica do causador do dano.9. Corrige o aviltamento patrimonial da vítima.10. Contribui como superávit do sistema em programas de prevenção do dano.11. Estimula a solidariedade social.12. Tem falhas, mas tem o maior número de benefícios e vantagens.13. Corrige o fato de o paciente ser totalmente esquecido e o médico falsamente
lembrado.
VANTAGENS DO SEGURO DE VANTAGENS DO SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO RESPONSABILIDADE CIVIL DO
MÉDICOMÉDICO
A PREVENÇÃO DO ERRO A PREVENÇÃO DO ERRO MÉDICO MÉDICO
(MEDICINA PREVENTIVA)(MEDICINA PREVENTIVA)
“O maior erro dos médicos é tentar curar o corpo sem procurar curar a alma. Entretanto,
corpo e alma são um e não podem ser tratado separadamente”.
Platão
São indignas da arte médica a crítica destrutiva ou antiética.
Jamais deverá o médico prescrever utilizando-se de códigos secretos, só interpretados por determinadas farmácias de manipulação.
Ao médico é vedado exigir ou receber porcentagens ou qualquer outro tipo de gratificação pelas receitas aviadas.
Jamais divulgar informações sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico.
PROFILAXIA DO ERRO PROFILAXIA DO ERRO MÉDICOMÉDICO
O médico deve possuir um fichário com o registro minucioso de todas as ocorrências percebidas durante o tratamento, que possibilite documentar verazmente as condições do mesmo diante de qualquer tribunal. Em ambiente hospitalar o documento destinado a tal fim é o prontuário médico.
O médico deve evitar prognósticos sumamente otimistas e promessas demasiadas aos pacientes.
PROFILAXIA DO ERRO PROFILAXIA DO ERRO MÉDICOMÉDICO
O médico deve avisar a seu paciente de qualquer ausência eventual e delegar poderes a um substituto qualificado. Tal fato deve ser registrado no prontuário médico do paciente e ter a anuência do mesmo.
Os assistentes ou empregados devem ser rigorosamente selecionados pelo médico, posto que a indiscrição daqueles pode comprometê-lo ou causar constrangimentos perante o paciente.
Toda a prescrição realizada por telefone é temerária e perigosa.
PROFILAXIA DO ERRO PROFILAXIA DO ERRO MÉDICOMÉDICO
As condições físicas das instalações e o funcionamento de seus equipamentos devem ser freqüentemente verificadas pelo médico. O anestesista deve obrigatoriamente fazê-lo antes de realizar a indução anestésica de seu paciente.
Jamais poderá o médico abandonar o paciente ou renunciar ao tratamento do mesmo sem encaminhá-lo a um substituto qualificado, em comum acordo com o doente. A relação médico-paciente deve terminar legal e eticamente.
PROFILAXIA DO ERRO PROFILAXIA DO ERRO MÉDICOMÉDICO
O médico não deve esterilizar o paciente senão quando houver indicações médicas suficientes e respaldo ético para tal procedimento. Jamais deverá fazê-lo sem a obtenção do Termo de Consentimento do paciente e de seu cônjuge.
A mulher paciente deve ser examinada, exceto nas comprovadas urgências, sempre em presença de terceiros. A familiaridade indevida pode perverter a relação médico-paciente e conduzir a graves constrangimentos para o facultativo. Tal recomendação é igualmente válida para as médicas.
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O atraso aos plantões médicos ou a falta só é admissível por motivo de força maior. Nesse caso, o médico deve informar o fato imediatamente ao seu supervisor de plantão.
Para transferir o plantão deverá obrigatoriamente o médico aguardar a chegada do seu substituto, informando-o dos casos mais graves ou que requeiram maior atenção, registrando no prontuário tal providência.
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Nos hospitais públicos ou particulares, a falta de algum medicamento, material ou equipa-mento imprescindível ao tratamento do paciente deve lhe ser comunicada verbalmente, bem como ao diretor do hospital e ao CRM, por escrito.
Procedimentos cirúrgicos tecnicamente mais simples não devem ser banalizados pelo cirurgião que, em caso de complicações, certamente será acusado pelo paciente e seus familiares.
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O risco cirúrgico e o exame clínico pré-operatório, realizados pelo cirurgião e pelo anestesista, são impositivos, devendo as informações obtidas em tais expedientes serem criteriosamente registradas no prontuário médico.
O cirurgião não deve olvidar jamais de seus deveres como chefe da equipe cirúrgica, sendo o principal responsável pelo paciente.
O cirurgião jamais deverá “improvisar” em procedimentos cirúrgicos.
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Imediatamente após retirar-se do centro cirúrgico, o cirurgião deve informar aos familiares do doente as condições clínicas do mesmo e os aspectos referentes ao ato cirúrgico.
Jamais conceder alta hospitalar a paciente com queixas não esclarecidas.
As complicações pós operatórias devem ser tratadas com a máxima diligência e o paciente e seus familiares devem ser mantidos permanentemente informados.
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Todo paciente deve ser examinado por seu médico, preliminarmente à concessão da alta hospitalar.
Todas as recomendações e prescrições feitas no ato da alta devem ser registradas no prontuário. É de bom alvitre que as recomendações mais relevantes sejam feitas ao paciente em documento escrito, elaborado em duas vias, do qual o paciente ou seu preposto dará recibo de próprio punho, ficando o mesmo apensado ao prontuário.
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Nas intervenções cirúrgicas com objetivos estéticos, deve o cirurgião confrontar meticulosamente as expectativas do paciente em relação aos resultados possíveis. Não deve o médico, em nenhuma hipótese, alimentar perspectivas fantasiosas ou inexequíveis, garantir resultados, minimizar riscos ou ocultar informações do paciente.
Não deve o médico vulgarizar a cirurgia plástica com propaganda antiética ou enganosa, que a nivelam aos tratamentos nos salões de beleza.
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A cirurgia plástica, como qualquer outra, deve impositivamente ser realizada em ambiente hospitalar, cercada do necessário aparato para suporte à vida do paciente.
O cirurgião plástico deve ter arquivada no prontuário do paciente a documentação fotográfica pré-operatória.
O cirurgião plástico não deve fornecer ao paciente documentos gráficos modificados por computador (fotos, desenhos, etc.).
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O obstetra deve obrigatoriamente acompanhar a parturiente no período de dilatação, em virtude das graves intercorrências que podem surgir já nesta fase do trabalho de parto e que devem ser debeladas prontamente. Ademais, a ausência do médico nesse primeiro período do parto, no qual a paciente, ordinariamente, encontra-se apreensiva e insegura, pode ser interpretada pela mesma como uma atitude de descaso. Nessa circunstância, as complicações e os insucessos certamente não terão o beneplácito da paciente e de seus familiares.
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É desejável que o paciente e seus familiares travem contato prévio com o anestesista que o assistirá no ato operatório, por intermédio da consulta pré-anestésica. Nessa oportunidade serão esclarecidas as dúvidas do paciente e de seus familiares, além de serem prestadas outras informações referentes à anestesia.
O anestesista não pode se afastar do seu paciente durante a manutenção da anestesia e, após a cirurgia, deverá acompanhá-lo na fase inicial de recuperação anestésica.
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São de responsabilidade intransferível do anestesista os critérios de alta no período de recuperação pós-anestésica.
Os medicamentos administrados e as intercor-rências havidas devem ser cuidadosamente registrados na ficha de anestesia, que será arquivada no prontuário médico do paciente.
Jamais deve o risco da anestesia ser maior que o risco da operação.
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PREVENÇÃO DO ERRO MÉDICOPREVENÇÃO DO ERRO MÉDICO • Evite procedimentos com os quais não esteja familiarizado ou fora de sua
área de especialização e não se afaste dos procedimentos consagrados;
• Muita atenção nos cuidados pós-operatórios, especialmente dos pacientes
que não seguem as orientações ou não comparecem aos retornos
marcados pelo médico. Enviar um simples e-mail com os cuidados a serem
seguidos é uma prova importante, porém, simples de ser produzida;
• Um médico nunca deve realizar, salvo em casos de urgência ou de
emergência, exames em áreas íntimas (especialmente de pacientes do
sexo oposto) sem estar devidamente acompanhado por uma enfermeira ou
assistente, ainda que haja autorização ou mesmo insistência da paciente.
Lembre-se que alegações de assédio sexual são comuns e que não agindo
assim você poderá estar “num mato sem cachorro” pela falta de uma
testemunha;
(Conselhos úteis fornecido pelo advogado Ernesto Lippmann em seu livro “Manual dos Direitos do Médico”, Editora Segmento Farma, edição 2008, pág. 39/40.)
PREVENÇÃO DO ERRO MÉDICOPREVENÇÃO DO ERRO MÉDICO
• A manutenção de equipamentos cirúrgicos como bisturis elétricos,
raios laser e outros deve ser cuidadosa, pois o médico responde
por acidentes causados por defeitos do aparelho;
• Evite os plantões e sobreavisos por telefone, especialmente quando
não é possível ter certeza de chegar a tempo das situações de
emergência e urgência e, sobretudo, jamais os faça de forma
simultânea e sem cobertura;
• Atestados dados “por favor” estão entre as maiores fontes de
processos éticos e penais contra os médicos. Pense nisso antes de
fazer o “favor” de dar um atestado sem ter examinado o paciente;
(Conselhos úteis fornecido pelo advogado Ernesto Lippmann em seu livro “Manual dos Direitos do Médico”, Editora Segmento Farma, edição 2008, pág. 39/40.)
PREVENÇÃO DO ERRO MÉDICOPREVENÇÃO DO ERRO MÉDICO
• Procure controlar seu mau humor. Muitas vezes, quando o paciente chega,
já enfrentou uma longa fila, funcionários mal-humorados e está com dor.
Pessoas revoltadas são potenciais litigantes e poderão exigir direitos, reais
ou imaginários, se entenderem que foram tratadas de forma pouco
educada, ou com falta de atenção;
• Letra legível nos receituários! Quem tem letra feia deve imprimir a receita.
Tenha sempre um vade mecum ou dicionário de especialidades
farmacêuticas (DEF) e confira a posologia em caso de dúvida;
• Nunca rasure um prontuário! Caso tenha se enganado, risque a prescrição
errada com um pequeno traço e, a seguir, coloque “digo” e escreva o que
deseja;
(Conselhos úteis fornecido pelo advogado Ernesto Lippmann em seu livro “Manual dos Direitos do Médico”, Editora
Segmento Farma, edição 2008, pág. 39/40.)
PREVENÇÃO DO ERRO MÉDICOPREVENÇÃO DO ERRO MÉDICO • Sigilo continua sendo uma das principais obrigações do médico. Quanto
mais famoso o paciente, mais importante é a discrição do médico. Qualquer
informação sobre o paciente poderá ser prestada somente mediante sua
autorização por escrito;
• O anestesista deve seguir a Resolução 1.363 do Conselho Federal de
Medicina (CFM) e exigir a realização de exames clássicos antes do
procedimento, conferir todos os instrumentos que serão utilizados e
permanecer na sala durante todo o ato cirúrgico, saindo somente no final
do efeito anestésico. Nunca deve deixar um interno e deve evitar que o
residente se faça responsável pela anestesia;
• Não faça da esperança de cura uma promessa de recuperação. Nunca
prometa um resultado. Você sabe que a Medicina é imponderável!
(Conselhos úteis fornecido pelo advogado Ernesto Lippmann em seu livro “Manual dos Direitos do Médico”, Editora
Segmento Farma, edição 2008, pág. 39/40.)
RESOLUÇÃO CFM 1931/2009 – CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
Art. 22. É vedado ao médico deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.
CONSENTIMENTO ESCLARECIDOCONSENTIMENTO ESCLARECIDO
A obtenção do Termo de Consentimento, em documento escrito e específico para cada caso em particular, assinado pelo paciente e por duas testemunhas (preferencialmente por familiares do paciente), é impositiva para a realização de qualquer ato cirúrgico, anestesia ou para qualquer procedimento que envolva risco.
Deve ser obtido preferentemente no consultório antes da cirurgia e fora do “estado de perigo” ou de “necessidade”.
TERMO DE CONSENTIMENTO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO OU DE CONSENTIMENTO INFORMADO OU DE CONSENTIMENTO
LIVRE E ESCLARECIDOLIVRE E ESCLARECIDO
Forte componente nas decisões judiciais;
Prova de boa-fé e de respeito nas relações contratuais;
Prova do cuidado do médico para com o paciente;
Prova do dever de informação e do dever de transparência;
VANTAGENS DO TERMO DE VANTAGENS DO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADOCONSENTIMENTO INFORMADO
Elementos Essenciais do Consentimento Informado:
Competência ou capacidade legal daquele que outorga o consentimento;
Informação detalhada pelo médico de todos os fatores relacionados com o procedimento a ser realizado;
Comportamento que se espera do paciente após o ato médico;
Consentimento propriamente dito.
CONSENTIMENTO CONSENTIMENTO INFORMADOINFORMADO
• POSTURA TRANSPARENTE
• CONSENTIMENTO PRÉVIO INFORMADO
• REGISTRO DE SUA CONDUTA
Prontuário Médico;
Relatório e Laudo Médicos;
Ficha de Atendimento;
Receituário.
• MUDANÇA DE ATITUDE DA CLASSE MÉDICA
Revisão do aparelho formador
Envolvimento da sociedade
Atendimento profissional
Relacionamento com a imprensa
Posicionamento em face do mercado de trabalho
Pressão dos planos de saúde
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
AO MÉDICOAO MÉDICO
Por certo, nem te lembras, (tão criança eras naquele tempo...) e, no entanto,um homem, quanta vez, mudou o prantode teus pais em sorriso de bonança!
Por certo, nem te lembras (já te cansaa memória, talvez...) um dia, no entanto,esse homem terá sido mais que um santo,salvando o filho teu – tua esperança!
O bem que se recebe a gente esquece...Somente a dor jamais será esquecida:enfim, quem curou... Desaparece!...
Mas, se este poema, acaso, te enternece,ama teu médico, através da vida!Lembra-te dele, ao menos, numa prece!
Álvaro Albuquerque
PARTE PRÁTICAPARTE PRÁTICA
Análise de Processos Judiciais
Análise de Decisões Judiciais
(31) 9984.8099 - 3241.7373(66) 8133.3377 - 3401.1305