o estágio
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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILEDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
GEÓRGIA ALENCAR SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGO CURRICULAR SUPERVISONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I
SÃO PAULO/ SPAbril/11
GEÓRGIA ALENCAR SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I
Relatório necessário para obtenção parcial da graduação do Curso de Pedagogia: Magistério da Educação Infantil e Anos Iniciais do ensino Fundamental, pela Universidade Luterana do Brasil, pólo Escola Prígule Ltda.
Profª Regente: Maria Elaine Safons RodriguesProfª tutora Virtual: Carla Conceição Souza NunesProfª tutora presencial: Vanda Aparecida de Araújo
SÃO PAULO/ SPMarço/11
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR IPRÁTICA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DO
ENSINO FUNDAMENTAL
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILEDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
GEÓRGIA ALENCAR SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGO CURRICULAR SUPERVISONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I
SÃO PAULO/ SPMarço/11
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILEDUCAÇÃO A DISTÂNCIACURSO DE PEDAGOGIA
RELATÓRIO DE ESTÁGO CURRICULAR SUPERVISONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL I
Aluna: Geórgia Alencar Silva
Profª Regente: Maria Elaine Safons Rodrigues
Profª tutora Virtual: Carla Conceição Souza Nunes
Profª tutora presencial: Vanda Aparecida de Araújo
Nome da instituição onde realizou o estágio: CEI São Pedrinho
Data: 28/02/2011 a 16/03/2011
INTRODUÇÃO
Através do estágio pode-se ter contato com a realidade educacional, pois
possibilita uma relação entre a teoria e a prática, levando a uma reflexão do que
foi visto e quais as atitudes que poderão ser tomadas para melhoria e
desenvolvimento dos educandos.
O objetivo do estágio é de identificar as competências desejáveis aos
professores da educação infantil, conhecer aos alunos em seus aspectos afetivo,
social, perceptivo-motor e cognitivo, conhecer uma instituição, como funciona, sua
estrutura física, recursos didático-pedagógicos, planejamento e avaliação.
Podendo então fazer uma reflexão da prática pedagógica, com a teoria antes
vista, verificando a realização adequada dos procedimentos metodológicos
aplicados.
2. DESENVOLVIMENTO:
2.1. Fundamentação teórica dirigida à educação Infantil (entre 3 e 5
laudas). Desenvolvimento de temáticas voltadas a Educação Infantil
estudadas nas disciplinas no decorrer do curso, ex.: Psicologia do
Desenvolvimento, Fundamentos da Educação Infantil, Organização do
Trabalho Pedagógico, Políticas Educacionais, Pesquisa; o aluno de
Educação Infantil e Anos iniciais, Psicomotricidade, Recreação e
Lazer... Sugestões de Temática: Infância, interdisciplinaridade,
brinquedo, assistência X educação, afetividade, inclusão,
desenvolvimento Infantil literatura, entre outras.
2.2. Fundamentação teórica do trabalho realizado – (entre 3 e 5 laudas).
Com base nas observações realizadas na prática de estágio em sala de
aula, pontuar os aspectos mais relevantes e inter-relacionandos aos
materiais didáticos (aportes teóricos) já estudados nas disciplinas.
III PARTE
3. CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE DA ESCOLA/ INSTITUIÇÃO:
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE DA ESCOLA/
INSTITUIÇÃO
Nome: Centro de Educação Infantil São Pedrinho
Endereço: Rua Monte Azul Paulista, 315
Vila Santo Estevam Reis – (Parada de Taipas) - São Paulo
Níveis de Ensino: Berçário/ Mini-grupo I e Mini-grupo II
Número de Alunos matriculados: 174
Equipe Administrativo-pedagógica: Marly Geralda Ribeiro Gonçalves (diretora)
e Vanessa Regina da Silva Periquito (coordenadora).
Horário de funcionamento: das 7:00 às 17:00;
Números de professores: 13 professoras formadas em magistério e pedagogia.
Histórico:
Local estagiado: CEI São Pedrinho, eis um breve relato sobre a instituição.
Em 1968 um padre chamado Pedro, vindo da Holanda, iniciou um trabalho
social em nosso país, precisamente na região de Taipas. O trabalho consistia no
atendimento a crianças e adolescentes, onde os mesmo tinham apoio pedagógico,
recreativo e alimentar, sendo que todos os materiais e alimentos utilizados no
trabalho eram doações e o grupo de trabalho era voluntariado. Também se dava
atendimento às famílias desempregadas, oferecendo uma cesta básica, remédios,
roupas e outros. Havia o Clube de Mães, Mobral, atendimento aos idosos e o
curso profissionalizante para jovens que necessitavam inserir-se no mundo do
trabalho.
A população foi aumentando, muitos deles em situação social de risco, e novas
necessidades foram surgindo, as irmãs Louis Marie e Annie deram continuidade
neste trabalho social e educativo já desenvolvido, ampliando o número de
atendimento específico para crianças e adolescentes. Visando sempre o resgate
da dignidade, a melhoria da auto-estima e a construção da cidadania.
Em 1972, foi feito o convênio com a PMSP e a entidade não parou de crescer.
Hoje são atendidas 1.300 crianças e adolescentes, divididas em quatro núcleos
sócio-educativas e várias CEIs
Faixa etária:
Berçário – menor: de zero ano
Berçário – maior: de um ano
Mini-grupo: de dois anos
Mini-grupo II: de três anos
Na CEI São Pedrinho são atendidas 174 crianças, na faixa etária de zero a
três anos, sendo 16 crianças atendidas no berçário de zero a dois anos.
Objetivos:
O Centro de Educação Infantil São Pedrinho, tem como finalidade atuar junto à
classe desfavorecida sócio-economicamente, valorizando o coletivo, na
perspectiva de irem à luta na conquista de seus direitos. A CEI existe não só
porque a mãe necessita de um lugar para deixar o filho e se integrar no mercado
de trabalho, mas porque é um meio onde podemos estabelecer vínculos com a
família e assumir juntos o processo sócio-educativo da criança.
De acordo com o Artigo 29 da LDB considera que a educação infantil é a primeira
etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da
criança e suas habilidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, contribuindo
para o exercício da cidadania com base nos seguintes objetivos:
Respeito à dignidade, às diferenças individuais, sociais, culturais, étnicas,
religiões, etc.
Direito das crianças, a brincar como forma particular de expressão de
pensamento, interação e autonomia;
A socialização da criança por meio de sua participação em atividades, sem
discriminação de espécie alguma.
a) São objetivos do Centro de Educação Infantil São Pedrinho, oferecer
condições para que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
I. Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada
vez mais independente, com confiança em suas capacidades e
percepção de suas limitações;
II. Descobrir reconhecer progressivamente seu próprio corpo, suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando
hábitos de cuidados com a própria saúde e bem-estar.
III. Estabelecer vínculos e trocas com adultos e crianças
fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas
possibilidades de comunicação e integração social;
IV. Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais,
aprendendo aos poucos a articular seus interesses e ponto de
vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo
atitudes de ajuda e colaboração;
V. A observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade
percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e
agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes
que contribuam para sua conservação;
VI. Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos,
desejos e necessidades;
VII. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral
e escrita), ajustadas às intenções e situações de comunicação de
forma a compreender e ser compreendida, expressar suas idéias,
sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo
de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua
capacidade expressiva;
VIII. Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando
atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e
valorizando a diversidade.
Também há uma preocupação em cuidar das crianças e garantir 100% das
necessidades nutricionais diárias.
A população atendida em sua maioria reside em casas alugadas ou cedidas, a
maior parte tem renda de zero a cinco salários mínimos, sendo que muitos
trabalham informalmente.
Atendimento
As crianças entram das 07h00min às 08h00min e saem das 16 às 17 h
Distribuição de crianças:
Berçário: 16 crianças / 06 mini-grupos de crianças de dois a três anos cada sala
com 12 alunos anos (estágio I), cada sala com 12 crianças, e quatro mini-grupos
de crianças até três a quatro anos, sendo 01 sala com 16 alunos, 01 com 20 e
duas com 25 alunos cada.
Totalizando 174 crianças matriculadas.
No berçário há dois professoras e um auxiliar, as demais salas contam com um
professora e há uma professora volante que serve para auxiliar as demais ou
substituir em caso de falta.
O Espaço Físico
A CEI São Pedrinho tem 01 sala de Recepção, 01 enfermaria, 11 salas grandes,
01 dispensa, 01 cozinha, 01 lavanderia, 01 salão, 02 refeitórios, 03 banheiros de
adultos, 03 banheiros com vasos sanitários infantis, 05 banheiros com 05 vasos
infantis, tudo em bom estado físico e bem conservados.
As salas são de tamanho pequeno, mas bem conservadas, com pinturas recentes,
arejadas e de bom aspecto, há uma mesa para professora e geralmente três
mesas com seis cadeiras todas as adequadas ao tamanho dos alunos, um
armário, um porta mochila, livros de contos infantis, a escola apesar de pequena,
há variedades de recursos didático-pedagógicos, 02 computadores, 01 impressora
matricial, 01 impressora multifuncional, 01 máquina de escrever, 01 mimeógrafo,
vídeo, televisão, rádio, DVD, livros, gibis, folhas para trabalhos variados,
brinquedos e geralmente cada sala tem os seus materiais, apenas a televisão e o
DVD, são de uso compartilhado.
Organização da Unidade Escolar:
HORÁRIO ATIVIDADES07h00min às 08h00min Entrada07h30min às 08h00min Café da manhã08h30min às 11h00min Atividades dirigidas11h00min às 12h00min Almoço e Higiene12h00min às 14h00minRepouso das crianças/ almoço dos funcionários14h30min às 15h30min Organização das salas e lanche15h30min Jantar15h30min às 16h00min Higiene16h00min às 17h00min Saída
PLANO CEI SÃO PEDRINHO
A criança é um ser humano em desenvolvimento, ou seja, sofre mudanças
anatomofisiológicas e psicológicas que se processam continuamente em
estruturas cada vez mais complexas, produzindo um todo unificado e dinâmico. O
desenvolvimento é, pois um processo que se baseia numa seqüência de fatos
biológicos, psicológicos e sociais, inter-relacionados. Se quisermos aumentar e
controlar o ritmo de desenvolvimento de uma criança, temos de conhecê-la,
identificando e analisando os vários fatores que contribuem para o seu
desenvolvimento. Assim a criança será encarada como o ponto de vista evolutivo,
considerando-se estes três aspectos (biológico, psicológico e sociocultural) que,
orientados harmonicamente, possibilitarão o desenvolvimento normal e a
conduzirão a realizar-se como pessoa e como ser social. “Segundo “Vigotsky “ O
ser humano cresce em um ambiente social e a interação com outras pessoas é
fundamental para o seu desenvolvimento”. (DAVIS e OLIVEIRA, 1993, p. 56).
O desenvolvimento como desejo propiciar às crianças condições para seu
desenvolvimento e aprendizagem, brincadeiras e situações pedagógicas
intencionais ou orientadas pelas professoras, analisando sempre o contexto social,
ambiental e cultural.
Refletindo sobre essa concepção, a instituição optou por uma estrutura curricular
que ressaltasse os aspectos biológicos, psicológicos e sócio-culturais como
fundamentais para o desenvolvimento, os quais devidamente trabalhados pelos
professores ajudarão a criança a desenvolver certas habilidades com confiança e
autonomia, reconhecendo os múltiplos processos pelos quais cada um deles
facilita e acelera, ou inibe e frustra o desenvolvimento, separadamente e em
conjunto. Portanto a entidade não se baseou somente em teoria de trabalho, e sim
em tudo o que acham importante de várias teorias para construção de um
trabalho, ressaltando que acreditam e confiam na teoria sociointeracionista de
Vygostky.
O projeto político pedagógico (PPP) adotado pela instituição com o nome de Plano
de Trabalho Anual é de um plano flexível elaborado pelos professores,
coordenadora e diretora e está sempre disponível para consulta, apresenta de
forma clara os seus objetivos e finalidades da instituição, a metodologia utilizada
pelos professores é baseada no sócio-interacionismo de Vigotsky. Os professores
fazem paradas mensais para discutir o planejamento mensal e avaliar melhor o
trabalho através da troca de experiências. Os professores estão em formação
continuada com o instituto Paulo Freire, que segundo a coordenadora e a diretora
vem contribuindo muito com o trabalho dos professores, e reforça dizendo que a
equipe acredita no trabalho que realiza, porque há uma interdisciplinaridade, pois
desenvolvem atividades dirigidas e lúdicas visando um objetivo, desafiando a
turma, estimulando a criatividade e a autonomia.
Relato das observações:
A CEI São Pedrinho tem como diretora a Sra. Marly Geralda Ribeiro Gonçalves,
formada em pedagogia com administração escolar, iniciou o seu trabalho na
instituição como professora há 29 anos, alguns anos depois passou a ser
coordenadora e hoje é a diretora, já participou de alguns congressos e seminários,
mas não possui nenhuma publicação na área educacional, a diretora relata que a
instituição trabalha com a teoria sóciointeracionista, onde o conhecimento se dá
através da interação do sujeito e o meio, portanto é sempre mediado, e é nas
relações com os outros que se constrói o conhecimento e conseqüentemente o
desenvolvimento mental, é sobre esse conceito que a instituição se baseia para
oferecer aos alunos o desenvolvimento social, emocional e cognitivo, sempre
contando com a ajuda dos pais, pois a família tem um papel muito importante no
desenvolvimento dos alunos, essa relação segundo ela, tem seus altos e baixos já
que surgem problemas diários que muitas vezes não são compreendidos, mas
sempre são resolvidos. A CEI também acredita no trabalho de inclusão, não há
uma sala específica, mas as crianças matriculadas que possuem alguma
necessidade especial, são acolhidas nas salas junto com os outros alunos e
contam com ajuda de uma professora com experiência no assunto. A sra Marly se
sente realizada com o trabalho desenvolvido na instituição, onde procura atender
ao máximo à procura de vagas, analisando e buscando sempre o crescimento.
Sua coordenadora a Sra Vanessa Regina Silva, professora formada em orientação
educacional, iniciou o seu trabalho na instituição como ADI ha oito anos, e em
seguida passou a ser coordenadora, desenvolve um trabalho de parceria junto aos
professores, pais, alunos e direção. Acredita na importância de sua formação
continuada e da equipe docente, no momento toda a equipe participa do projeto
de formação de professores pelo Instituto Paulo Freire, bem como sempre que
surge oportunidade faz questão de participar de congressos e seminários para se
atualizar, por enquanto não possui nenhum artigo, mas promove todos os anos
para a comunidade palestras, reuniões e festas, e pode sempre contar com a
presença da maioria dos pais, os quais ela procura manter uma ótima relação,
pois acredita que essa relação é de fundamental importância para se desenvolver
um trabalho de aprendizado das crianças. Como antes citado pela diretora Sra
Marly a instituição trabalha com a inclusão, mas sempre acreditando que a
interação é mais importante do que simplesmente a inclusão, por isso esse
trabalho se dá através da interação entre as crianças e todo o meio, esse é um
processo que é aprimorado dia-a-dia, pois é através da prática, do contato dos
professores com alunos especiais que se conhece suas necessidades, e dessa
maneira pode-se levá-los a entender suas individualidades, diferenças, mais do
que tudo suas potencialidades, buscando alcançar o objetivo maior que é educá-
los para a vida.
Durante todo o ano a equipe trabalha com o propósito de integrar e conscientizar o
grupo quanto seus direitos e deveres, através de observação diária e momentos
de avaliação com o grupo, desencadeando atitudes de respeito mútuo, autonomia
e de autoconfiança para que haja um trabalho cooperativo onde todos possam
participar com sugestões e críticas.
Nas reuniões mensais são discutidas e avaliadas todo o trabalho realizado,
conferindo as metas atingidas ou não e planejando e elaborando novas
estratégias.
A CEI tem um quadro de funcionários pequeno, porém todos bem organizados e
aptos a exercerem suas funções com ajuda mútua para fazerem o melhor aos
alunos e a instituição. Cada funcionário sabe claramente a sua função, não é
necessário serem estipuladas ordens, apenas orientações para que sejam obtidos
melhores resultados, o clima de trabalho é positivo, todos se respeitam e
realmente existe um trabalho em grupo.
Há reuniões mensais para os professores com a direção e a coordenação, onde
são planejadas e discutidas toda a programação do projeto, também são
transmitidas orientações para melhoria do trabalho em sala de aula, recados e
metas que todos devem alcançar, dentro do plano de trabalho.
O estágio foi mediado pela Sra Keila V. da Silva S. Cleto, professora formada em
Pedagogia com habilitação em Educação Infantil, trabalha na CEI São Pedrinho
há sete anos, desenvolve um trabalho focado nas metas estabelecidas no PPP
da escola, Acredita que a fundamentação teórica esta ligada a todo contexto
escolar e não tem como trabalhar sem a interdisciplinaridade, participa de
congressos pelo menos uma vez ao ano. Procura sempre a boa relação com os
pais dos alunos, que segundo ela colaboram muito, e acredita que essa relação é
muito importante para que possa realizar o seu trabalho, mediando no
desenvolvimento e na socialização dos seus alunos. Trabalha em sala de aula de
uma forma muito organizada, mantém uma relação muito afetiva e firme com seus
alunos, procura estabelecer em sua sala uma interação entre as crianças, através
de rodas de conversa, brincadeiras no parque, com atividades em que possam
socializar-se, mas sempre os ensinando que cada um tem a sua individualidade e
por isso é de suma importância o respeito. Nas reuniões pedagógicas que
participa procura sempre trocar experiências com as demais professoras no
sentido de ajuda mútua e crescimento. Em concordância com o grupo acredita que
para desenvolver um bom trabalho além das experiências ganhas continuamente
é necessário buscar novas alternativas para empregar a evolução na
aprendizagem, as professoras se baseiam nas teorias de Piaget e Vygotsky.
Procuram realizar atividades lúdicas e dirigidas, mudando de ambiente para
interagir com outras crianças através de teatro de fantoches, palhaços, festa
temáticas, para facilitar e mudar a rotina.
As professoras fazem o planejamento das aulas da semana e essas atividades
são registradas em um caderno de anotações, nele são anotadas todas as
atividades desenvolvidas detalhadamente, a cada dia da semana há conteúdos
diferentes, constantes do projeto, tudo isso sob a supervisão da coordenadora que
o acompanha uma vez por semana.
Durante o período de observação da CEI São Pedrinho, percebeu-se que as
crianças já estão bem adequadas as regras propostas por cada educadora, ao
chegarem elas já seguem a programação, guardam as bolsas, entregam as
agendas para a professora, e aguardam sentados os colegas chegarem, para em
seguida irem para o refeitório tomar café, todos se alimentam sozinhos, às vezes
são orientados a não saírem da mesa ou não brigarem, mas em geral se
comportam bem, quando acabam de comer as professoras se juntam e cantam
canções de roda, para os acalmarem e voltarem para a sala de uma forma
tranqüila, na volta à sala de aula é feita a atividade de higiene, onde os alunos são
orientados a fazerem suas necessidades, lavarem as mãos e escovarem os
dentes, quando enfim retornam para a sala é aplicado uma atividade constante do
projeto, que geralmente são concluídas com êxito, pois a maioria das crianças
demonstram interesse, salvo um ou outro que se dispersa e tentam fazer o mesmo
com toda a turma, por ser o 1º ano na CEI para eles é tudo muito novo e essa fase
de desligamento é muito complicado tanto para os pais quanto os professores,
eles tendem a ficarem manhosos quando escutam um não e até acostumarem
com a nova rotina fica um pouco difícil, mas a situação é contornada pela
professora. “Cabe ao professor, possibilitar oportunidades para a promoção da
efetiva aprendizagem do aluno, respeitando sua individualidade e incentivando
suas potencialidades, encorajando o aluno a criar suas próprias hipóteses em
relação ao objeto do conhecimento. É importante ressaltar o estabelecimento de
regras para as atividades, sendo estas provindas da negociação entre os sujeitos
do processo, necessitando estarem claros os limites e possibilidades para ambas
as partes. (SMOLKA, 1996)”.
A interação das crianças com o grupo é muito boa, demonstram interesse nas
atividades e a maioria concluem com sucesso, existem alguns que têm
dificuldades significativas à sua faixa etária, o que não deixa de ser normal.
Por serem bem pequenos as atividades são aplicadas de uma forma lúdica, o que
para eles é ótimo aprender brincando, aliás, parece que tudo é sempre
brincadeira, mas o convívio deles é muito saudável, todos aprendem a
compartilhar brinquedos, jogos, materiais, todos brincam em conjunto, participam
das atividades propostas, percebe-se que alguns tem maior influência sobre
outros ou todos, e ainda conseguem ter domínio de liderança nas brincadeiras e
até na sala de aula, mas aí novamente entra a professora com o controle
direcionando-os para que possam seguir as regras de convivência, sempre unidos
nas brincadeiras e quando necessário ajudam os que possuem dificuldades, e o
mais importante estão aprendendo, a saber, ouvir e esperar a vez de falar.
Percebe-se que os professores são bem ativos e objetivos quanto ao processo de
interação das crianças, utilizam sempre atividades que podem unir os
conhecimentos já adquiridos e aplica-los no processo de desenvolvimento.
“Durante os primeiros anos de vida, a criança constrói estruturas básicas de
pensamento, iniciam-se os mecanismos de interação como ambiente e com a
sociedade e adquire-se a noção da própria identidade. Através do processo
ensino-aprendizagem, a criança atribui um sentido à realidade que a cerca. A
potencialidade de cada ser humano, quando canalizada através de aprendizagens
significativas, permite conhecer, utilizar, interpretar e aperfeiçoar a realidade.
Portanto, o trabalho do educador especializado tem de ser eminentemente ativo,
objetivando estimular experiências e fazendo uso de recursos necessários para
que aconteça o amadurecimento nos respectivos níveis educativos.”
(SEBASTIANI, Márcia Teixeira Fundamentos teóricos e metodológicos da
educação infantil, Curitiba: IESDE/Curitiba, 2004)
Partindo desse pressuposto a instituição está dentro dos parâmetros exigidos,
cabendo lembrar que fazem um trabalho onde a atenção e o carinho estão em
primeiro lugar.
São realizadas atividades diferenciadas fora da sala de aula e são utilizados
materiais diferenciados para chamar a atenção, há algumas brincadeiras externas
direcionadas como futebol, ginástica, ou simples passeio de reconhecimento,
porém algumas vezes as crianças brincam livremente no parquinho, com a
supervisão de sua professora. Em momentos de distração são elaborados jogos
onde todos participam inclusive na criação e trabalham em grupo e participam
todos, assim os que são mais tímidos e que possuem alguma dificuldade sentem-
se mais seguros para a participação total no jogo sem medo de errar.
A avaliação da sala é feita através de anotações que a professora faz, notificando
a evolução que cada um e que todos tiveram durante as atividades do dia.
Bimestralmente é realizado um diagnóstico onde pode ser avaliado o andamento
de cada criança e as intervenções que serão necessárias para o seu melhor
desenvolvimento.
IV PARTE
3. PROJETO
PROJETO MINHAS ORIGENS (FAMÍLIA E IDENTIDADE)
Tema: Minhas origens (família e identidade)
Turma: Alunos: Mini grupo dois (25 alunos)
Duração: Período: Um mês.
Justificativa:
O presente projeto pretende gerar um ambiente de ensino autônomo, através da
interação dos alunos com os outros e com o meio, partindo da explanação prévia
das preferências individuais de cada educando, levando em consideração todos
os seus saberes oriundos de sua vivência familiar, ambientando-os ao convívio
social e de ensino de modo a inseri-los como indivíduos no meio social.
Objetivo geral:
Desenvolver um trabalho coletivo no ambiente escolar incluindo a família no
processo ensino-aprendizagem, como parceiros e colaboradores, estimulando o
crescimento do aluno e a responsabilidade.
Objetivos específicos:
Valorizar dentro do ambiente escolar e familiar a importância do diálogo;
Promover a integração entre família e escola, estimulando o rendimento e o
comportamento escolar;
Ressaltar a importância da afetividade na escola e na família;
Desenvolver o hábito de cuidar de si mesmo;
Valorizar seu corpo, sua saúde, sua vida, seu meio social e ambiental;
Estabelecer uma relação com a sociedade;
Orientar os alunos sobre os direitos e deveres de cada um (normas da
escola);
Adotar atitudes de solidariedade, companheirismo, respeito e cooperação;
Aprender a resolver conflitos por meio do diálogo, ouvir e respeitar os
outros;
Criar hábitos de higiene pessoal;
Conscientizar sobre a importância de manter os locais limpos;
Falar sobre a higiene na alimentação.
Referencial Teórico:
Partindo da premissa de que os primeiros anos do desenvolvimento infantil são
essenciais, é que o professor deve ter consciência da importância do seu papel
nesse processo de ensino aprendizagem, com a responsabilidade de propiciar o
desenvolvimento cognitivo, psicológico e social, buscando com determinação o
pensamento de formar cidadãos de bem, através de um trabalho consciente e de
dedicação.
Para Paulo Freire o professor deve estar disposto a assumir sua posição e lutar
para defendê-la, deve dedicar-se e saber que será um árduo caminho, mas acima
de tudo deve estar preparado para enfrentar as adversidades.
“ Outro saber que devo trazer comigo e que em que ver com quase todos os de que tenho falado é o de que não é possível exercer a atividade do magistério como se nada ocorresse conosco. ( FREIRE, 1996, p. 96)
É necessário e até indispensável, que o educador se permita momentos para
busca de mudanças, de experiências, e sempre fazer com os alunos junção
desses conhecimentos. Para Freire o professor precisa estar disposto a ouvir, a
dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser
aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer
bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem
ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da
situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixe tudo como está que o
tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que
está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um
gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o
aluno descobrindo o conhecimento.
Conteúdos propostos a serem trabalhados:
Linguagem oral: textos coletivos;
Árvore genealógica, comparar fotos passadas e atuais da criança/ escola e
criança/ família.
Localização da escola em relação à residência de cada aluno;
Higiene e corpo humano;
Confecção de cartazes,
Ressaltar a importância do trabalho em grupo e o respeito ao próximo;
Metodologia:
Nesse projeto serão utilizados atividades com intuito de descobertas e interação,
tais como:
- Círculo de amizade, que tem como objetivo ensinar a criança o seu nome próprio
e conhecer o nome dos seus colegas, sabendo ouvir e respeitar o momento de
cada um, o material a usar será uma bolinha de borracha. O professor explica aos
alunos que quem estiver com a bolinha nas mãos apresenta-se, fala o seu nome e
conta algo aos seu amigos, esses por sua vez ficam em silêncio ouvindo e
prestando atenção, quem tiver alguma pergunta a fazer ou um comentário, levanta
a mão e aguarda o professor passar-lhe a vez.
- História do nome, tendo como objetivo conhecer a origem do nome, sendo
necessário ajuda dos pais para o desenvolvimento da atividade. Pedir-lhes através
da agenda, que relatem como se deu a escolha dos nomes, quem escolheu, por
que, qual o significado?
Agendar uma data para todos trazerem a entrevista e então, Contar a história do
nome aprendida com a entrevista e ilustrá-la, pedindo aos alunos para
desenharem sua história. Com a ajuda do professor cada um terá em uma folha o
seu nome e a síntese de sua história.
- A próxima fase será conhecer a família, a importância dos pais, irmãos, avós,
tios, Nesse aprendizado, mais uma vez é necessário contar com a ajuda dos pais
para enviarem fotos. A atividade será montar uma árvore genealógica, o objetivo é
que a criança conheça a formação da sua família, diversos tipos de materiais
compõem esse trabalho como: Papel Cola tesoura, revistas, fotos. Fazer mural da
família (com fotos ou recortes), mostrando as diversas estruturas familiares,
ressaltando a importância do amor, respeito, solidariedade e perdão.
Também serão utilizados história em quadrinhos e leituras de contos infantis para
saber identificar mãe, pai, avó, madastra... etc.
Nas aulas do projeto os alunos têm diversas atividades sobre o corpo humano,
saber distinguir as partes do corpo, comparar em relação ao outro a cor dos olhos,
altura, cor de cabelo, essas atividades são importantes para o professor ir criando
situações através de brincadeiras a partir das diferenças e semelhanças que
existem no próprio corpo e no corpo dos outros, sempre ensinando a respeitarem
essas diferenças. .
Dentro desses temas propostos para o projeto também serão formadas rodas para
histórias, músicas, contos, conversação sobre a família, cuidado com as coisas
alheias, jogos, mural com palavras mágicas que ajudam na boa convivência,
discussão sobre o desempenho de cada membro da família, as diferenças e
semelhanças, trabalhar a auto-estima e a responsabilidade de cada aluno,
partindo do ajudante do dia, trabalhar com os conteúdos sobre a higiene e fazer
com que eles reflitam também em casa. Sobre o tema higiene pedir para que as
crianças tragam de casa, rótulos de produtos de higiene para colar num painel de
onde serão feitas outras atividades.
Recursos utilizados:
Filmes;
Sulfite;
Tinta;
Giz de cera;
Revistas;
Tesoura;
Cola;
Cartolinas;
Fotos;
Embalagens de produtos de higiene
Avaliação:
A avaliação será dada através da observação no desenvolvimento das atividades
e na interação entre eles e o meio, Coletando informações para verificar se estão
dentro do esperado e intervindo se necessário para se cumprir as metas
desejadas.
Referências Bibliográficas: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, págs. 96 e 161.FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. São Paulo: Olho d’água, 1995.FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
V PARTE
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Comparar o que foi estudado nas disciplinas com as experiências
vivenciadas com a prática docente, explicitando os pontos positivos e
limitantes do processo como um todo. Incluindo a auto-avaliação, onde
deverá constar o aproveitamento pessoal do estagiário, ressaltando a
aprendizagem ocorrida pós-estágio. (Síntese pessoal sobre todo o
trabalho realizado no decorrer do Estágio Curricular - 102 horas,
incluindo auto-avaliação)
VI PARTE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (utilizadas na construção do
relatório)
ANEXOS
Documentos a serem digitalizados(escaneados) e anexados no relatório
Anexo1
6.1 CARTA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES
Anexo 2
6.2 PLANILHA DE EFETIVIDADE
Anexo3
6.3CARTA DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA