o estilo do crime: a análise de texto em estilística forense
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2011 (Nov.) Rita Marquilhas e Adriana Cardoso, «O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense», XXVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.TRANSCRIPT
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O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense
Rita Marquilhas (CLUL)Adriana Cardoso (CLUL/ESELx)
XXVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa, 27 e 28 de outubro de 2011
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Apesar de, em teoria, os falantes poderem usar qualquer palavra em qualquer altura, de facto eles tendem a fazer cosseleções típicas e individualizadas de palavras. Como tal, deveria ser possível criar um método de ‘impressão digital’ linguística; ou seja, as ‘impressões’ linguísticas dos falantes deveriam poder ser usadas, tal como as impressões digitais, para os identificar. Contudo, pelo menos por agora, a prática está muito longe da teoria e não se consegue sequer imaginar a quantidade ou o tipo de dados necessários para caracterizar um idioleto, nem a forma como os dados, uma vez coligidos, deveriam ser analisados e armazenados.
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(traduzido de Coulthard & Johnson, 2007, p. 161)
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Objetivos da apresentação
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Enquadramento
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Enquadramento
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Princípios1. É possível que os falantes repitam um mesmo estilo em sucessivos enunciados que escrevam.
(McMenamin, 2002, cap. 6)
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Princípios2. Princípio ético: o investigador tem de trabalhar com o máximo grau de precaução.
(traduzido de Kotzé, 2010, p. 187 )
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Metodologia
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Estudo de caso: cronologia
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Estudo de caso: cronologia
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Estudo de caso: cronologia
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Estudo de caso: cronologia
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Estudo de caso: cronologia
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Questões…
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Metodologia
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Metodologia
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Metodologia
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Metodologia
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Análise do discurso guiada por corpus (corpus-driven discourse analysis)
• As palavras de classe fechada constituem uma base válida e até preferível para a análise linguística dos discursos especializados (Groom, 2010, p. 59).
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Psicologia Social
• Com base em procedimentos de análise de texto, temos verificado que o exame daquelas ‘palavras-lixo’ (junk words) frequentemente ignoradas, formalmente designadas de palavras funcionais ou partículas, pode fornecer uma perspetiva esclarecedora da psique humana (Chung e Pennebaker, 2007, p. 344).
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Estilística Forense
• São de esperar algumas diferenças significativas entre documentos escritos pela mesma pessoa, sobretudo se pensarmos em termos de palavras lexicais.
• Já as diferenças significativas entre o uso de palavras gramaticais em documentos diferentes são indicativas de diferentes vocabulários gramaticais, sobretudo se se mantiver o mesmo estilo de escrita. (Kotzé, 2010, p. 188).
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Resultados: análise estatística
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Exemplo…
• Comparação interna entre as CFA (1ª e 2ª de 2009; 2ª CR)
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Originalidade das palavras de classe fechada
não uma as a nem é era ou que eu1
10
100
13.57.9 6.9 6.1 5.7 5.4 5.1 5.1 4.2 3.9
Originalidade das palavras de classe fechada no documento NUCLEAR
Originalidade
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Originalidade das palavras de classe fechada
Originalidade das palavras de classe fechada em NUCLEAR vs CRPC (+ palavra lexical
mais original, cherne )
5778
290162 140 101 69 68 67 63 42 39
1
10
100
1000
10000
CHERNE ENÃO
NEM É
ESTÃO
NINGUÉM
UMQUE
UNS
NADA
Originalidade
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Originalidade das palavras de classe fechada
os se o do um de0.1
1
10 7 5.7 5.6 4.7 4 3
Originalidade das palavras de classe fechada no documento SECUNDÁRIO
Originalidade
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Originalidade das palavras de classe fechada
CÂNCIO
É NÃO QUE A QUEM APÓS MESMO
DO AQUI NO10
100
1000
10000
100000
25842
75 71 54 41 37 37 33 27 23 21
Originalidade das palavras de classe fechada em SE-CUNDARIO vs CRPC (+ palavra lexical mais original,
Câncio)
Originalidade
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Colocações de é em NUCLEAR
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Colocações de é em SECUNDÁRIO
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Originalidade de palavras de classe fechada - Q
Com Referência a NUCLEAR Com Referência a SECUNDARIO
Palavras Originalidade Palavras Originalidade
LHE 190 LHE 266
A 12 QUE 11
QUE 10 A 10
APÓS 4 NUM 4
DESSA 4
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Metodologia
(McMenamin, 2002, cap. 9)
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Metodologia
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Análise qualitativa
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Análise qualitativa de Q
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Excerto
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo de Paris. A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma «brilhante» que se viu o processo de descolonização. A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia. A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
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Marcador de estilo partilhado…
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Marcador de estilo partilhado…
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Marcadores de estilo
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Uso de aspas
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Uso de aspas
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Uso de aspas
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Uso de aspas
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Uso de aspas
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Uso de aspas
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Uso de reticências
• Nos textos em análise, as reticências podem ocorrer em posição medial ou final de frase:
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Uso de reticências
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Reticências em posição medial
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Reticências em posição medial
![Page 49: O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012405/55720085d8b42ae8098b46d9/html5/thumbnails/49.jpg)
Reticências em posição medial
![Page 50: O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012405/55720085d8b42ae8098b46d9/html5/thumbnails/50.jpg)
Uso de reticências
![Page 51: O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense](https://reader030.vdocuments.pub/reader030/viewer/2022012405/55720085d8b42ae8098b46d9/html5/thumbnails/51.jpg)
Conclusões
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Conclusões
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Referências• Chung, C., & Pennebaker, J. (2007). The psychological functions of function
words. Em K. Fiedler (Ed.), Social Communication (pp. 343-359). New York & Hove: Psychology Press.
• Coulthard, M., & Johnson, A. (2007). An introduction to forensic linguistics : language in evidence. London & New York: Routledge.
• Groom, N. (2010). Closed-class keywords and corpus-driven discpurse analysis. Em M. Bondi & M. Scott (Eds.), Keyness in Texts (pp. 59-78). Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins Pub. Co.
• Kotzé, E. F. (2010). Author identification from opposing perspectives in forensic linguistics. Southern African Linguistics and Applied Language Studies, 28(2), 185-197.
• Marquilhas, R. & Cardoso, A. (28 outubro, 2011). O Estilo do Crime: a análise de texto em estilística forense. Comunicação apresentada no XXVII Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística. Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa.
• McMenamin, G. (2002). Forensic Linguistics: Advances in Forensic Stylistics. Boca Raton Fla.: CRC Press.
• Scott, M. (2005). WordSmith Tools 5.0. Oxford: Oxford Univ. Press.