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O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

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Page 1: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

O exílio em Londres, a

Economia Política e O

Capital

Page 2: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Com a derrota do proletariado nasjornadas revolucionárias de 1848-49na Europa, o início da contrarevolução burguesa, a instauração deprocessos judiciais e a criminalizaçãodos revolucionários.

Marx afastou-se temporariamente dosestudos de economia política, que sóretomou progressivamente nos anosseguintes, durante o exílio;

Page 3: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

• Marx, demonstra um profundo e

minuncioso conhecimento das categorias e

do funcionamento da estrutura econômica

capitalista. Constitui uma rigorosa análise

da lógica da exploração do trabalho pelo

capital, da base econômica em que se

funda a dominação capitalista sobre o

trabalho assalariado e da luta de classes

moderna.

Page 4: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Na vida cotidiana da sociedade

burguesa, parece que, ao contratar

os seus trabalhadores assalariados,

digamos por uma jornada de 8 horas

diárias, os capitalistas lhes pagam

todo o trabalho realizado;

Page 5: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

• Os trabalhadores são levados a pensar

que recebem por todo o trabalhodesenvolvido e os próprios capitalistas e

governos se esforçam por apresentar as

suas relações econômico-sociais como as

mais justas da história.

• Os assalariados modernos têm

formalmente a aparência de liberdade,

quando se trata de escolher para quem

quer trabalhar, mas, se não trabalham,morrem de fome, passam as mais terríveis

necessidades.

Page 6: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

• O capitalista troca seu dinheiro pela utilização da força de trabalho durante uma

determinada jornada, por tantas horas de

trabalho;

• O salário é o preço da força de trabalho:

“salário é apenas o nome especial dado ao

preço da força de trabalho, a que se

costuma chamar preço do trabalho; é

apenas o nome dado ao preço dessa

mercadoria particular que só existe na

carne e no sangue do homem”.

Page 7: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

•Dessa forma, o trabalhador, ao receber pelouso de sua força de trabalho o seu preço, o

salário, recebe na verdade uma determinada

quantia que pode ser trocada por uma

determinada quantidade de produtos (bens eserviços) necessários à sua reprodução e da

sua família.

Page 8: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

A força de trabalho sempre foi

mercadoria? Marx responde que não.

Para ele, o trabalho nem sempre foitrabalho assalariado, isto é, trabalho

livre. O servo só vende uma parte de

sua força de trabalho. Não é ele quem

recebe um salário do proprietário da

terra: ao contrário, é o proprietário da

terra quem recebe dele um tributo.

Page 9: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Segundo Marx: “os homens não agem

apenas sobre a natureza, mas

também uns sobre os outros. Eles

somente produzem colaborando entre

si de um modo determinado e

trocando entre si as suas atividades.

Page 10: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Para produzirem, contraem

determinadas ligações e relações

mútuas, e é somente no interior

desses vínculos e relações sociais

que se efetua a sua ação sobre a

natureza, isto é, que se realiza a

produção.” 153

Page 11: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

A existência de uma classe que

possui apenas sua capacidade de

trabalho é uma condição preliminar

necessária ao capital. Somente

quando o trabalho materializado,

passado, acumulado, domina sobre o

trabalho vivo, imediato, é que o

trabalho acumulado se transforma em

capital (...).

Page 12: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Consiste no fato de o trabalho vivo

servir ao trabalho acumulado como

meio para manter e aumentar o seu

valor de troca.156

Page 13: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Na sociedade capitalista, a

concorrência entre os capitais

estimula a introdução de novas

técnicas e métodos de organização do

trabalho na fábrica, tendo em vista o

aumento da produtividade, a produção

de mais mercadorias e a acumulação

de trabalho excedente.

Page 14: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

É assim que os capitalistas podem

vencer uns aos outros e conquistar

mercados. Devem, pois, vender as

suas mercadorias a um preço menor

que as mercadorias de outros.

Divisão do trabalho

Teoria da mais -valia

Page 15: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Salário:

É a expressão em dinheiro do valor daforça do trabalho.

Valor da força do trabalho é determinadopela quantidade necessária para suaprodução.

Ao comprar a força de trabalho do operárioe ao pagar seu valor o capitalista, adquireo direito consumir ou usar mercadoria.

O capital tenta extrair maior quantidade devalor da mercadoria(força de trabalho).Quanto o trabalhador, quanto maisorganizados os trabalhadores, maisconseguirão arrancar dos capitalistas,melhores condições de trabalho.

Page 16: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Nas sociedades viviam em relações

sociais de cooperação.

Ao surgir as sociedades classistas a

força de trabalho é explorada pela

classe dominante nas várias

formações econômico-sociais, na

propriedade privada

Page 17: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

ex: Sociedade escravagista antiga, os

escravos pelos ricos, no feudalismo

os camponeses no trabalho servil, sob

o capitalismo. O proletariado e

assalariado, pela industria, comercio ,

agrária, financeira e bancaria

Page 18: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Nenhuma formação social pode existir

sem trabalho, sem relação de ser

criada, e as condições de vida devem

ser satisfeita (meios de produção e de

subsistência).

Segundo Marx: " A riqueza das

sociedades é a imensa acumulação

de mercadorias que satisfaz as

necessidades humanas. (camponês,

artesão).

Page 19: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Forma que sintetiza a Produção

Mercantil Simples:

M (Mercadoria). D (Dinheiro)

(Mercadoria-Economia Capitalista:

Compra de mercadorias

(força de trabalho e meios de

produção) produz mercadoria novas

para venda e a sua realização em

dinheiro, para acúmulo do capitalista.

Page 20: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

O capitalismo

É a única formação econômica que

generalizou a produção de

mercadorias internalizou o comercio e

coisas como saúde, educação,

previdência, órgãos humanos,

pessoas, conhecimentos são

transformados e valores de troca e

negociados.

Page 21: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

O trabalhador trabalha sob o controle

de capitalista que deve realizar de

maneira apropriada, sem desperdício

de matéria prima e cuidados com a

ferramenta de trabalho. O preço da

força de trabalho o salário depende

da oferta e procura, mas sofre os

condicionantes da luta de classes,

pois os trabalhadores lutam para

obterem melhores salários e

melhores condições de trabalho.

Page 22: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

A obra O Capital, de Karl Marx,desvenda o segredo da produçãocapitalista, da riqueza social e daacumulação de capital.

A riqueza do capitalista não é produtode sua natural capacidade denegociar,como defendiam teóricosburgueses anteriores de Marx(e tambémposteriores a ele),nem da proteçãodivina ,como imaginavam os outros, masda exploração da força assalariada nabase da propriedade privado dos meiosde produção.

Page 23: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Ele também analisa a parte sobre a

lei geral da acumulação capitalista, a

tendência do capitalismo de produzir,

de um lado, uma imensa quantidade

de riqueza, acumulada pela

burguesia e, de outro, uma enorme

miséria, vivenciada cotidianamente

pelos trabalhadores.

Page 24: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Outro problema fundamental na

análise econômica de Marx, em O

Capital, está ligado ao fenômeno das

crises econômicas do capitalismo, que

ao contrário dos economistas

burgueses, que defendiam um

suposto equilíbrio permanente do

mercado e desprezavam a

importância das crises, Marx

demonstrou o caráter cíclico da

economia capitalista.

Page 25: O exílio em Londres, a Economia Política e O Capital

Referência

SIQUEIRA, Sandra M. M.; PEREIRA,

Francisco. MARX E ENGELS Luta de classes,

Socialismo Científico e Organização

Política. Salvador: Lemarx, 2014. 179 p.

Disponível em:

<http://www.lemarx.faced.ufba.br/arquivo/marx-

engels-luta-socialismo-organizacao.pdf>. Acesso

em: 24 ago. 2015