o movimento em torno da competência experiências e tendências belo horizonte 13 de abril de 2009
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O Movimento em torno da CompetênciaExperiências e Tendências
Belo Horizonte13 de abril de 2009
TRANSFORMAÇÕES NO CONTEXTO DOS NEGÓCIOS: IMPLICAÇÕES NOS MODELOS DE GESTÃO
INDÚSTRIA DE BENS
DE CONSUMO
INDÚSTRIA DE BENS
DE CONSUMO
INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL
INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL
MERCADO DE CONSUMO
MERCADO DE CONSUMO
CONSUMIDORES TRABALHADORESCONSUMIDORES TRABALHADORES
ESTADO
SINDICATOS SINDICATOS
EFICIÊNCIA FLEXIBILIDADE
INTENSIFICAÇÃO DA CONCORRÊNCIACOMPETIÇÃO GLOBALTÔNICA NA DIFERENCIAÇÃONOVOS ARRANJOS ORGANIZACIONAISFLEXIBILIZAÇÃO DAS RTNOVOS VALORES EM RELAÇÃO AO TRABALHONOVAS COMPETÊNCIASCARREIRAS PROTEANAS
ELEVADA DEMANDA MUNDIALMERCADO DE MASSAPRODUÇÃO EM SÉRIEESTRUTURAS HIERARQUIZADASTAYLORISMO/FORDISMOINTENSA DIVISÃODO TRABALHONOÇÃO DE QUALIFICAÇÃOCARREIRAS LINEARES
O NOVO CONTEXTO DOS NEGÓCIOSE O MOVIMENTO EM TORNO DA FLEXIBILIDADE
Globalização da economia
Ênfase nos princípios do livre comércio
Abertura e “des-regulamentação
”dos mercados
Acirramento da competição
Adoção sistemática de
novas tecnologias
Introdução de processos
contínuos de reestruturação organizacional
Necessidade de novas
competências organizacionais
Demanda por “novos” perfis profissionais
Desenvolvimento de lideranças (62%) Gestão de competências (51%) Atração e retenção de talentos (51%) Aumento da produtividade (35%) Condução e suporte a processos de mudança organizacional e cultural (32%) Disseminação de valores éticos e de responsabilidade social (26%) Promoção de ações direcionadas à qualidade de vida no trabalho (18%) Gestão do conhecimento (15%) Implementação de sistemas inovadores de avaliação de desempenho (11%) Redução dos custos de mão-de-obra (9%)
Pesquisa realizada junto executivos de nível estratégico de grandes empresas atuantes no Brasil revelam como principais orientações estratégicas na dimensão de pessoas:
PREOCUPAÇÕES ESTRATÉGICAS EM GESTÃO DE PESSOAS
FONTE: Milagres et al. (2005)
Perspectiva Individual vs. Organizacional
Até que ponto a demanda por profissionais dotados de competências cada vez mais abrangentes e sofisticados tem sido acompanhada por uma modernidade das políticas e práticas de gestão que favoreça o desenvolvimento e aplicação das competências requeridas?
Como construir ambientes organizacionais favoráveis ao desenvolvimento e aplicação das competências requeridas?
Compreensão da noção de Competência em nível Organizacional
COMPETÊNCIA: EXPERIÊNCIAS, PRESENTE E TENDÊNCIAS
Desafios à Operacionalização do Construto
Vinculação entre Estratégia, Competências Organizacionais e Individuais
Experiências nos níveis Estratégico, Tático e Operacional
Implicações Organizacionais e Pessoais
Relações entre Competência e outros Construtos do Comportamento Humano nas Organizações
Competência e Construção de uma “Nova Ordem” nas Relações Sujeito-Trabalho-Organizações
COMPETÊNCIA: EXPERIÊNCIAS, PRESENTE E TENDÊNCIAS
COMPETÊNCIASINDIVIDUAIS REQUERIDAS
Capacidade de aprender rapidamente novos conceitos e tecnologias
Capacidade de trabalhar em equipes Criatividade Visão de mundo ampla e global Capacidade de comprometimento com os objetivos da organização
Capacidade de comunicação
Capacidade de lidar com incertezas e ambigüidades Domínio de novos conhecimentos técnicos associados
ao exercício do cargo ou função Capacidade de inovação Capacidade de relacionamento inter-pessoal Iniciativa de ação e decisão Capacidade de gerar resultados efetivos Auto-controle emocional Capacidade empreendedora Capacidade de lidar com situações novas e inusitadas
COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS INVESTIGADAS
MODERNIDADE ORGANIZACIONAL
Valoriza a iniciativa, responsabilidade e liberdade Favorece mudanças, a inovação e a aprendizagem Adota um regime democrático Possui processo decisório descentralizado Estimula autonomia e a iniciativa de ação e de decisão Encoraja a interação social Estimula a participação das pessoas nos processos
organizacionais Favorece que as pessoas se mantenham informadas e
atinjam seus objetivos, materiais ou psicológicos Define claramente sua missão, objetivos, estratégias e
metas Dispõe de tecnologias, políticas e práticas que promovem a
tomada de risco, a criatividade, a eficácia e o desempenho das pessoas
Subordina os objetivos econômicos a objetivos sociais e princípios éticos
Adota tecnologias que favorecem a interação entre pessoas e áreas
Combina de forma equilibrada a utilização de tecnologias avançadas, com a criatividade das pessoas
FATORES DE MODERNIDADE ORGANIZACIONAL INVESTIGADOS
SATISFAÇÃO NO TRABALHO
Variedade de habilidades Identidade da Tarefa Significado da Tarefa Inter-relacionamento Autonomia Feedback Intrínseco e Extrínseco Possibilidade de crescimento Volume de trabalho Gerência Compensação Ambiente organizacional
FATORES DE SATISFAÇÃO INVESTIGADOS
Elevado grau de demanda, por parte das organizações em que atuam os profissionais pesquisados, pelas competências individuais avaliadas, destacando-se:
Ênfase em competências relacionais e comunicativas, bem como naquelas associadas à performance das organizações:
capacidade de gerar resultados efetivos; capacidade de se comprometer com os objetivos da
organização; capacidade de trabalhar em equipes; capacidade de comunicação; capacidade de relacionamento inter-pessoal.
COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS
Percepção quanto a graus moderados de modernidade organizacional, destacando-se ênfase no estabelecimento de climas internos:
favoráveis ao processo de aprendizagem contínuo;
facilitadores do trabalho em equipe;
encorajadores de iniciativas de ação e decisão.
MODERNIDADE ORGANIZACIONAL
há um sistema de avaliação que permite diferenciar o bom e o mau
desempenho; o sistema de remuneração da organização recompensa os atos de
competência; as políticas e práticas de recursos humanos estimulam as pessoas a
se preocuparem com a aprendizagem contínua; os processos de tomada de decisão são participativos e
transparentes; o processo decisório na organização é descentralizado; a organização favorece a autonomia para tomar decisões.
MODERNIDADE ORGANIZACIONAL
Na prática, porém, observaram-se baixos escores quanto a afirmativas tais como:
a qualidade da gerência (em especial, a ausência de feedbacks);
o modo como os conflitos são resolvidos na organização; a maneira como as mudanças e inovações são
implementadas na empresa.
SATISFAÇÃO NO TRABALHO
Percepção quanto a graus moderados de satisfação no e com o trabalho, destacando-se a satisfação com fatores de conteúdo do trabalho:
Por outro lado, evidenciaram-se baixos níveis de satisfação com:
variedade de habilidades; significado do trabalho; inter-relacionamento.
CONCLUSÕES DO ESTUDO
Elevado grau de demanda pelas competências individuais avaliadas
Percepção quanto a graus moderados de modernidade organizacional e de satisfação com fatores de conteúdo e contexto do trabalho
Ênfase em competências relacionais e comunicativas, bem como naquelas associadas à performance das organizações
CONCLUSÕES DO ESTUDO
Ênfase das organizações no estabelecimento de climas internos favoráveis ao processo de aprendizagem contínuo, ao estabelecimento de ambientes de trabalho que facilitem o trabalho em equipe e iniciativas de ação e decisão. Na prática, porém, observou-se a prevalência de um caráter organizacional ainda autoritário, hierarquizado e centralizado
Maior satisfação dos profissionais pesquisados quanto a fatores de conteúdo do trabalho. Por outro lado, evidenciaram-se baixos níveis de satisfação com a qualidade da gerência e com os fatores organizacionais pesquisados - em especial, o modo como os conflitos são resolvidos na organização e a maneira como as mudanças e inovações são implementadas na empresa - corroborando com teses de que a modernização em voga no país compreende um processo que, ainda hoje, pode ser definido como de “modernização conservadora”
Confirmação da adoção de uma lógica de “via de mão dupla”, em que os traços de modernidade e os ganhos em termos de trabalhos mais satisfatórios vêm acompanhados por um grau de exigência muito maior de seus trabalhadores
Em suma, pelo conjunto de dados obtidos é possível concluir que as organizações têm demandado, de forma significativa, um elenco de competências cada vez mais abrangente e sofisticado. Concomitantemente, observa-se um movimento das organizações no fomento a climas organizacionais que estimulem a modernidade. Nesse sentido, fica a expectativa que desses movimentos resultem massa crítica indispensável a um salto qualitativo na direção de uma maior modernidade política e das práticas de gestão de pessoas, capazes de propiciar ambientes de trabalho efetivamente mais participativos, autônomos e satisfatórios
CONCLUSÕES DO ESTUDO