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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
O NÍVEL DE DIVULGAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS E ESTOQUE:
UM ESTUDO EM UM GRUPO DE EMPRESAS BRASILEIRAS
Jéssica Aline da Silva Albuquerque1
Prof. Msc. Ricardo Pereira Rios2
RESUMO Ao analisar os demonstrativos financeiros das entidades, deve-se dar uma atenção especial às contas de estoque, pois elas dizem muito sobre sua liquidez e pode tornar-se um entrave no momento de decidir se é ou não viável investir nessa companhia. Com a necessidade de se obter informações detalhadas e objetivas em seus relatórios financeiros, nota-se a necessidade de evidenciar essas informações de forma clara e objetiva, atingindo uniformemente os diversos usuários das informações contidas nesses demonstrativos. Com o intuito de avaliar o cumprimento dos padrões de divulgação exigidos pelo CPC 16 – Estoques e CPC 29 – Ativos Biológicos, o presente estudo, por meio de uma pesquisa exploratória qualitativa e documental procurou atestar se os demonstrativos das companhias em questão cumprem as exigências estabelecidas. Constatou-se que as companhias analisadas atendem de forma satisfatória e objetiva aos critérios básicos para divulgação de seus estoques oriundos de ativos biológicos.
Palavras-chave: Estoques, Ativos biológicos, Divulgação.
INTRODUÇÃO
É obrigação do profissional contábil proporcionar aos diversos usuários da
Contabilidade (investidores, fisco, sindicatos, credores, instituições financeiras, entre
outros) informações fidedignas acerca da situação patrimonial e financeira das
1 Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque, 2015.
2 Mestre em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Pós Graduado em Gestão Empresarial pela Universidade Nove de Julho, Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Atua na área Contábil Tributária há 20 anos. Professor Universitário, atuando também como docente em cursos e palestras com temas voltados área contábil tributária há mais de 05 anos. Coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de São Roque. Co-autor do livro: "Normas e Práticas Contábeis: Uma introdução", obra premiada na categoria Livro de Contabilidade no "Troféu Cultura Econômica 2012" – Rio Grande do Sul.
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empresas de um modo geral, salientando pontos de melhoria para que esses usuários
possam utilizá-las da melhor maneira possível.
Algumas informações, como por exemplo, estoques, que possuem diversas
variáveis como mensurações, critérios de valoração, entre outros pontos importantes,
devem obedecer a critérios de divulgação específicos para que se torne acessível e
de fácil entendimento. Isso também é valido para empresas que possuem estoques
derivados de ativos biológicos, atendendo a uma normativa diferenciada.
Diante desse cenário é possível afirmar que as grandes sociedades de capital
aberto que trabalham com ativos biológicos obedecem aos critérios básicos de
divulgação estabelecidos pelo CPC 16 (estoques) e pelo CPC 29 (ativos biológicos)
em seus demonstrativos financeiros?
A partir desse questionamento, pretende-se com o presente artigo contribuir a
respeito do tema que, por meio de análises preliminares, é um assunto relativamente
novo, de grande relevância, verificando se as empresas brasileiras que possuem
estoques oriundos de ativos biológicos obedecem aos critérios de divulgação
estabelecidos pelo CPC 29 – Ativos Biológicos – e consequentemente ao CPC 16 –
Estoques.
O objetivo geral do presente artigo é verificar se as empresas brasileiras de
capital aberto que trabalham com estoques oriundos de ativos biológicos atendem aos
critérios básicos de divulgação estabelecidos pelo CPC 16 e CPC 29. Os objetivos
específicos compreendem em levantar referencial teórico sobre o tema e realizar uma
pesquisa com coleta de dados por meio de análise dos demonstrativos contábeis
sociedades anônimas devidamente registradas na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM).
A análise será realizada com base em demonstrativos contábeis dos exercícios
de 2009 a 2014 de quatro empresas, duas delas caracterizam-se pelo cultivo de
plantas e as demais tem como atividade fim a criação de animais para abate. O
método utilizado foi o dedutivo que, segundo Marconi & Lakatos (2003) é a pesquisa
que parte de pressupostos já estabelecidos anteriormente, exploratória qualitativa,
que segundo Gil (2002) apresenta características de empresas que possuem
estoques oriundos de ativos biológicos, além de documental, que segundo Marconi &
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Lakatos (2003) esse tipo de pesquisa compreende na coleta e análise de dados
baseados em documentos, escritos ou não.
1. REFERENCIAL TEÓRICO
A seguir apresenta-se o referencial teórico do presente artigo.
1.1. EVIDENCIAÇÃO (DISCLOSURE)
Com o intuito de convergir às práticas contábeis internacionais, a Nova
Estrutura Conceitual Básica Brasileira tem como meta, facilitar o acesso e o
entendimento dos usuários da contabilidade (são exemplos deles o Fisco,
investidores, funcionários, fornecedores, instituições financeiras, clientes, sindicatos e
sociedade em geral) aos relatórios econômico-financeiros através da padronização
dos demonstrativos contábeis, facilitando suas tomadas de decisões.
Iudícibus (2010) afirma que a evidenciação compreende todo o conjunto de
demonstrativos contábeis e elementos existentes, tornando acessível, clara e livre de
questionamentos informações acerca do patrimônio.
Hendriksen e Van Breda (1999) reforçam a importância da divulgação de
informações úteis (relevantes) como forma de contribuição ao processo racional de
tomada de decisão, fornecendo precisão e fidedignidade a respeito do patrimônio de
entidades públicas e privadas.
1.1.1. TIPOS DE EVIDENCIAÇÃO
Para Iudícibus (2010), por meio de diversos instrumentos, como os citados
abaixo, os relatórios contábeis tornam-se mais confiáveis a respeito da saúde
financeira das entidades.
- Informações entre parênteses: utilizadas para complementar os demonstrativos
contábeis com esclarecimentos curtos sobre títulos e subtítulos;
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- Notas explicativas: utilizadas no Brasil como principal forma de evidenciação, pois
devem acompanhar os demonstrativos contábeis. Elas podem conter informações
como políticas de distribuição de dividendos, critérios para valoração e mensuração
de estoques, depreciação de ativos imobilizados, critérios para cálculo de provisões
(entre elas a Crédito de Liquidação Duvidosa), variações cambiais, lançamentos e
ajustes diversos, entre outras informações relevantes que devam ser passadas para
os usuários;
- Quadros suplementares: considerados parte das notas explicativas, esses quadros
tem o objetivo de detalhar informações quantitativas sintetizadas nas demonstrações
contábeis.
- Parecer dos auditores independentes: é o documento que comprova a veracidade
das informações contidas nos demonstrativos contábeis. Iudícibus (2010) ainda
esclarece que nesses tipos de documentos é importante ressaltar pontos como
métodos contábeis aceitos e efeitos causado por adaptações ou desacordo com
princípios contábeis.
- Relatório da administração: é o canal de comunicação entre a alta administração e
os usuários da contabilidade. Nesse relatório estão contidas informações a respeito
do segmento e a posição perante os concorrentes, projetos internos (pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos e serviços) e externos (investimentos de caráter
social), perspectivas e projeções de crescimento para os próximos anos, parceria
com outras empresas, aquisição de novos investimentos entre outras informações
consideradas relevantes pela administração. O mesmo autor afirma que, por não
serem auditadas, essas informações possuem caráter otimista e devem ser
encaradas com certa cautela por parte do usuário.
1.2. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 16 – ESTOQUES
O objetivo desse pronunciamento contábil é estabelecer normas a respeito do
tratamento de estoques no Brasil, já adaptando conceitos e métodos de mensuração
às normas internacionais. Este pronunciamento não estabelece regras a respeito de
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estoques de construção civil (CPC 17), instrumentos financeiros (CPC 39) e ativos
Biológicos (CPC 29), que são tratados em pronunciamentos próprios.
1.2.1. CONCEITOS
O Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC), por meio de seu Pronunciamento
Técnico CPC 16 (2009) define estoques como ativos mantidos para venda no decorrer
dos negócios, ativos em processo de produção ou mesmo suprimentos.
Estoques são ativos: (a) Mantidos para venda no curso normal dos negócios; (b) Em processo de produção para venda; ou (c) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados
no processo de produção ou na prestação de serviços. (CPC 16, 2009, item 6).
Reis e Marion (2013) complementam afirmando que estoques são ativos
derivados de compra ou produção com o objetivo de comercialização, abrangendo
matérias-primas, embalagens, produtos em elaboração (durante o processo
produtivo) e produtos acabados, que serão direcionados aos clientes.
O Pronunciamento Técnico CPC 16 (2009) ainda define valor realizável líquido
como o valor estimado de venda menos os custos para concretizá-la (margem de
lucratividade), além de valor justo, que é o valor em uma transação comercial entre
partes conhecedoras.
1.2.2. MENSURAÇÃO
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 16 (2009), existem os seguintes
métodos de mensuração para estoques:
- Custo do estoque: composto por todos os gastos com aquisição, transformação e
possíveis beneficiamentos realizados antes da comercialização.
- Custo de aquisição dos estoques: composto pela soma de todos os gastos com
compra, tributos que incidem direta ou indiretamente sobre o produto, transporte e
seguro entre outros gastos deduzidos descontos comerciais e abatimentos;
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- Custo de transformação: aplica-se somente para indústrias e é composto por todos
os gastos com linhas de produção (custos diretos e indiretos) conforme os critérios
adotados pela empresa e que obedeçam aos regulamentos aceitáveis pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade;
- Custo de estoque de prestador de serviços: compostos por todos os gastos com a
realização de serviços (para serviços em andamento, todos os custos diretos e
indiretos são considerados custos de produção). A norma ainda estabelece a não
utilização da margem de lucro nem gastos gerais não atribuíveis (geralmente inclusos
nos preços final dos serviços) como parte da composição do custo de produção.
- Outras formas de mensuração: compreende no custo padrão (estimativa para
fabricação ou revenda de um bem ou serviço) e método de varejo (custo utilizado por
empresas que comercializam grande variedade de itens com margens de contribuição
semelhantes).
1.2.3. CRITÉRIOS PARA VALORAÇÃO DE ESTOQUES
Segundo Reis e Marion (2013), o valor dos estoques é um importante indicador
de crescimento para a empresa, pois determina o tempo com que os estoques são
renovados e o impacto no resultado do exercício. Os autores ainda ressaltam a
importância de identificar detalhadamente os itens de estoques e controle para esses
itens.
Existem três tipos de valoração de estoque, porém a legislação contábil e fiscal
brasileira permite a pratica de somente duas delas. São eles:
- Último que entra, Primeiro que sai (UEPS) – Também conhecido por LIFO (Last In,
First Out), esse método de valoração de estoques, segundo Reis e Marion (2013),
caracteriza-se pelo cálculo do custo unitário tanto nas operações de entrada
(aquisição ou entrada de produto acabado) quanto nas operações de saída (seja por
venda ou transformação) dos itens que entraram por último no estoque,
permanecendo somente os itens com custo de aquisição e/ ou transformação mais
antigos. Ainda segundo o mesmo autor, a aplicação do CPC 16 (2009) e legislação
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tributária impossibilita a utilização desse método para mensuração de estoques por
questões de superavaliação.
- Primeiro que entra, Primeiro que Sai (PEPS) – também conhecido como FIFO (First
In, First Out), esse método de valoração de estoques, segundo o Pronunciamento
Técnico CPC 16, caracteriza-se pelo cálculo do custo unitário tanto nas operações de
entrada (aquisição ou entrada de produto acabado) quanto nas operações de saída
(seja por venda ou transformação) dos itens que entraram primeiro no estoque,
permanecendo somente os itens com custo de aquisição e/ ou transformação mais
recente. Indicado para empresas que trabalhem com produtos perecíveis, como por
exemplo, supermercados, hortifrúti, entre outros.
- Média Ponderada – Esse método de valoração de estoques, ainda segundo o
Pronunciamento Técnico CPC 16 (2009), compreende na alteração do custo unitário
com operações de entrada (aquisição ou entrada através de transferências de
produtos) e saída (seja por venda, transformação ou movimentação entre armazéns)
dos itens por meio de média ponderada, independente de qual entrar ou sair primeiro
do estoque.
1.2.4. DIVULGAÇÃO
O Pronunciamento Técnico CPC 16 (2009), dispõe sobre a divulgação das
seguintes informações a respeito de estoques:
- Políticas de mensuração de estoques;
- Critérios de valoração dos estoques;
- Total registrado em contas de estoques;
- Utilização do valor justo deduzidos os custos de venda;
- Total reconhecido no resultado do exercício (tanto em contas de custos como em
despesas);
- Total de ajustes com o objetivo de reduzir o valor dos estoques do período (tendo
como contrapartida o resultado do exercício)
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- Total de reversões e circunstâncias que geraram qualquer ajuste com o objetivo de
reduzir o valor dos estoques do período (tendo como contrapartida o resultado do
exercício);
- Total registrado como penhor de garantias de passivos.
- Informações a respeito de classificação de estoques (matéria-prima, produtos em
elaboração, produto acabado, uso e consumo, entre outros);
Essas informações podem ser divulgadas aos usuários dos serviços contábeis por
meio de notas explicativas e quadros suplementares, como forma de complemento
das demonstrações contábeis.
1.3. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 29 – ATIVOS BIOLÓGICOS
O objetivo desse pronunciamento contábil é estabelecer normas a respeito do
tratamento de ativos biológicos e produtos agrícolas no Brasil, já adaptando conceitos
e métodos de mensuração às normas internacionais. A mesma regra não abrange os
seguintes tipos de estoques:
- Terras relacionadas com atividades agrícolas, tratados pelo Pronunciamento Técnico
CPC 27 (Ativo Imobilizado);
- Ativos intangíveis relacionados com atividades agrícolas, tratados pelo
Pronunciamento Técnico CPC 4 (Ativo Intangível).
1.3.1. CONCEITO
O Pronunciamento Técnico CPC 29 apresenta alguns conceitos para que as
empresas avaliem as condições nas quais se enquadram.
- Ativo Biológico: é todo ser, animal ou planta vivos, ou seja, todo e qualquer animal
ou planta que sejam utilizados como atividade principal de uma entidade.
- Atividade Agrícola: toda a atividade proveniente da transformação ou
comercialização de ativos biológicos.
- Transformação biológica: é o método de crescimento, alteração, produção e
reprodução que mudam de maneira quantitativa e qualitativa um ativo biológico.
O quadro abaixo apresenta alguns exemplos de ativos biológicos:
Quadro 1 – Exemplos de Ativos Biológicos
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ATIVOS BIOLÓGICOS PRODUTO ACRÍCOLA PRODUTOS RESULTANTES DO
PROCESSAMENTO APÓS A COLHEITA
Carneiros Lã Fio, Tapete
Árvore de uma plantação Madeira Madeira serrada, celulose.
Plantas
Algodão Fio de algodão, roupa.
Cana Colhida Açúcar, Álcool
Café Café limpo em grãos, moído, torrado.
Gado de Leite Leite Queijo.
Porcos Carcaça Salsicha, presunto.
Arbustos Folhas Chá, tabaco.
Videiras Uva Vinho.
Árvores frutíferas Frutas colhidas Fruta processada.
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2009).
1.3.2. MENSURAÇÃO
Segundo o Pronunciamento Contábil CPC 29, o ativo biológico só pode ser
reconhecido desde que o mesmo atenda ao conceito de ativo, que segundo o
pronunciamento contábil CPC 00 é todo recurso controlado pela entidade, decorrente
de eventos passados a fim de proporcionar benefícios econômicos e financeiros
futuros, além de ser mensurado de forma clara e confiável.
A mensuração do valor justo ocorre sob as seguintes condições:
- Quando se agrupa os ativos e aplica-se atributos significativos reconhecidos pelo
mercado (como idade e qualidade por exemplo);
- Os ativos biológicos devem ser mensurados pelo valor justo subtraído as despesas
de comercialização que ocorrerem no período (aplicação do Pronunciamento Técnico
CPC 16);
- Não deve ser considerado valor justo valores que são comercializados em mercado
futuro;
- A entidade não deve somar ao valor justo de seus ativos biológicos estimativas de
fluxos de caixa futuros após colheitas;
- Somente são considerados como valor justo os custos apurados pela entidade
quando ocorrer o processo de transformação biológica;
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- Ganhos e perdas derivadas de qualquer alteração no valor justo (já subtraída as
despesas de comercialização) devem ser registradas no resultado do exercício;
- somente em casos onde o ativo biológico não pode ser mensurado com confiança,
ele pode ser reconhecido pelo seu custo subtraído qualquer valor de perda;
1.3.3. DIVULGAÇÃO
O Pronunciamento Técnico CPC 29 (2009) estabelece como obrigatória a
divulgação dos seguintes aspectos para os ativos biológicos com mensuração de seu
valor justo confiável:
- Ganhos ou perdas decorrentes da operação de transformação de ativos biológicos;
- Mudança do valor justo;
- Distinção dos grupos de ativos biológicos (os grupos de ativos biológicos podem ser
expostos por meio de notas explicativas ou quadros suplementares, conforme critério
mais adequado definido pela empresa);
- Distinção dos grupos de ativos biológicos que compõem os estoques de matérias-
primas, produtos em elaboração e produtos acabados;
- Natureza das atividades que compreende cada grupo de ativos biológicos;
- Produção do período;
- Total de ativos que são forma de garantia de passivos;
- Total de investimentos com desenvolvimento, aquisição de ativos biológicos e riscos
com ativos biológicos;
- Redução de colheitas;
- Aumento decorrente de operações de combinação de negócios;
- Variações cambiais de operações com moeda estrangeira desses ativos biológicos.
Para empresas que trabalham com os ativos biológicos que são mensurados
de forma confiável, além dos pontos acima, divulgar os seguintes pontos:
- Justificativa para não aplicação do valor justo como mensuração de ativos biológicos;
- Valor de Custo deduzido de perdas e depreciação.
2. METODOLOGIA
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Para a presente pesquisa utilizou-se o método dedutivo que, segundo Marconi
& Lakatos (2003) é a pesquisa que parte de pressupostos já estabelecidos
anteriormente.
Também se caracteriza por ser exploratória qualitativa, que segundo Gil (2002)
é o tipo de pesquisa que visa aprimorar ideias e descobertas, e descritiva, que
segundo o mesmo autor (2002) compreende em descrever as características de um
determinado grupo, ou seja, apresentando as características de empresas que
possuem estoques oriundos de ativos biológicos.
A presente pesquisa também se caracteriza por seu caráter documental, que
segundo Marconi & Lakatos (2003) compreende a coleta e análise de dados baseados
em documentos, escritos ou não.
Quanto à abordagem, a pesquisa caracteriza-se também por seu caráter
qualitativo, pois os dados são analisados individualmente em relação à parâmetros
estabelecidos, não apresentando seus resultados de forma numérica.
A seleção das empresas de capital aberto foi feita de modo aleatório, buscando
peculiaridades das atividades de cada uma. Foram analisadas as demonstrações
financeiras de quatro empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo entre os
anos de 2009 a 2014.
Todas as empresas pertencem novo mercado, que são empresas que possuem
altos níveis de divulgação na Bolsa de Valores de São Paulo. Dos nove critérios de
divulgação exigidos pelos CPC 16 foram definidos seis deles de maior relevância para
a análise dos demonstrativos contábeis. Com relação ao CPC 29, dos onze critérios
de divulgação estabelecidos, foram definidos nove critérios de divulgação de maior
relevância para análise dos demonstrativos.
2.1. EMPRESAS ANALISADAS
2.1.1. BRF S/A
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A BRF foi criada em 2009, a partir da associação entre a Sadia e a Perdigão.
Após o processo de fusão, finalizado em 2012, a empresa tornou-se uma das gigantes
do mercado alimentício mundial. Hoje, é uma das principais exportadoras de proteína
animal do planeta, com alimentos que chegam a mais de 110 países.
Com foco na criação, produção e abate de aves e suínos, industrialização e/ou
comercialização de carnes in-natura, produtos processados, massas, molhos,
maioneses, vegetais congelados e derivados de soja, entre os quais, destacam-se
frangos e perus inteiros, cortes de frangos, perus e suínos congelados, presuntos,
mortadelas, salsichas, linguiças e outros produtos defumados, hambúrgueres,
empanados, kibes e almôndegas, lasanhas, pizzas, pão de queijo, tortas e vegetais
congelados, margarinas, molhos e maioneses, farelo de soja e farinha de soja
refinada, bem como ração animal.
A BRF é uma sociedade anônima de capital aberto, listada no segmento Novo
Mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”), sob o ticker
BRFS3 e na Bolsa de Valores de Nova Iorque (“NYSE”), sob o ticker BRFS, com sede
localizada na Rua Jorge Tzachel, nº 475, no Bairro Fazenda, na cidade de Itajaí, no
Estado de Santa Catarina.
2.1.2. SÃO MARTINHO S/A
O Grupo São Martinho teve início na Itália, no final do século XIX, quando
integrantes da família Ometto imigraram para o Brasil. No sítio Olaria montaram seu
primeiro engenho de cana-de-açúcar, em 1914. Já em 1932, na Fazenda Boa Vista,
região de Limeira, a família produziu açúcar pela primeira vez.
Em 1937, a Usina Iracema foi comprada em Iracemápolis, município localizado
no interior de São Paulo, e transformou-se em uma destilaria de álcool. Em 1946, a
usina passou a fabricar açúcar também. Três anos mais tarde, os Ometto adquiriram
a Usina São Martinho, situada na cidade de Pradópolis, distante cerca de 330
quilômetros de São Paulo, que se transformou em uma das maiores processadoras
de cana do mundo.
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Possui quatro usinas em operação: São Martinho, em Pradópolis, na região de
Ribeirão Preto (SP); Iracema, em Iracemápolis, na região de Limeira (SP), Santa Cruz,
localizada em Américo Brasiliense (SP) e Boa Vista, em Quirinópolis, a 300
quilômetros de Goiânia (GO), esta última uma joint-venture com a Petrobras
Biocombustível.
A companhia também possui uma unidade para produção de ácido ribonucleico,
a Omtek, também localizada em Iracemápolis. O conceito de grupo empresarial foi
consolidado nos últimos anos com a padronização de uma marca. Isto ajudou a
fortalecer o desempenho, principalmente com a abertura do capital da companhia em
2007, buscando assim uma competitividade cada vez maior nos mercados em que
atua.
2.1.3. RENAR S/A
A Renar Maçãs S/A foi constituída em 1962 e tem como atividades
preponderantes o cultivo e a venda de maçãs, além da fruticultura. Atua, também, em
outras atividades como o florestamento e reflorestamento, produção de mudas e
sementes, apicultura, extrativismo vegetal de florestas nativas ou formadas,
industrialização de frutas, comércio, exportação e importação de frutas, verduras e
seus derivados, insumos e embalagens e a prestação de serviços nas áreas de
classificação e armazenagem de produtos vegetais.
São cerca de 750 hectares, ou 7,5 milhões de metros quadrados, de terras para
a produção de frutas, além da produção de terceiros, que recebem insumos agrícolas,
suporte financeiro e gestão de qualidade da Renar. A Companhia produz cerca de 40
mil toneladas maçãs por ano.
2.1.4. JBS S/A
A JBS é líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além
de ter uma forte participação na produção de carne suína. Com mais de 200 mil
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colaboradores ao redor do mundo, a companhia possui 340 unidades de produção e
atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e
produtos de limpeza.
No Brasil a companhia explora o segmento de abate, frigorificação de carne
bovina, industrialização de carnes, subprodutos de carnes e conservas, em 52
unidades industriais localizadas nos Estados do Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São
Paulo.
A Companhia distribui seus produtos por meio de onze centros de distribuição,
localizados nos Estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito
Federal.
Fazem parte do grupo as empresas JBS Mercosul, JBS Foods, Bovinos JBS
USA, Aves JBS USA, Suínos JBS USA, Seara Alimentos Ltda, além de contar com as
marcas Friboi, Rezende, Pena Branca, Swift, Pilgrim’s Pride, Swift Premium, Swift
Confiança, Aspen Ridge, Pierce Chicken, Swift 1855, Swift Black, Turma da Mônica,
Wing Dings, La Herencia, Cabaña Las Lilas, LeBon, 5star, Gold Kist Farms, Country
Pride, Armour, Excelsior, Cedar River Farms, Plate, Wilson, Swift Premium, Tekitos,
Great Southern, Hot Hit e Texas Burger.
3. RESULTADOS
Os quadros abaixo foram elaborados com o intuito de verificar a forma pela qual
as companhias analisadas evidenciaram os principais critérios de divulgação
estabelecidos pelo pronunciamento técnico CPC 16 – Estoques. Nota-se que a
ferramenta de evidenciação mais utilizada é nota explicativa.
QUADRO 2: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DO PRONUNCIAMENTO CPC 16 - BRF S/A
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2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: BRF FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: KPMG KPMG KPMG ERNST & YOUNG
ERNST & YOUNG
ERNST & YOUNG
CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
CRITÉRIOS PARA VALORAÇÃO DE ESTOQUES
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
TOTAL REGISTRADO EM CONTAS DE ESTOQUES
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
TOTAL RECONHECIDO NO RESULTADO DO EXERCÍCIO (CPV)
DRE DRE DRE DRE DRE DRE
TOTAL DE AJUSTES REALIZADOS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NÃO APLICA NÃO APLICA
TOTAL DE ESTOQUES USADOS COMO GARANTIA
NÃO OCORREU NÃO
OCORREU NÃO OCORREU
NÃO OCORREU
NÃO OCORREU NÃO
OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
QUADRO 3: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DO PRONUNCIAMENTO CPC 16 - SÃO MARTINHO S/A
2009 2010 2011 2012 2013
EMPRESA: SÃO MARTINHO S/A FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: DELOITTE PRICE PRICE PRICE PRICE
CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
CRITÉRIOS PARA VALORAÇÃO DE ESTOQUES NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
TOTAL REGISTRADO EM CONTAS DE ESTOQUES BALANÇO
PATRIMONIAL BALANÇO
PATRIMONIAL BALANÇO
PATRIMONIAL BALANÇO
PATRIMONIAL BALANÇO
PATRIMONIAL
TOTAL RECONHECIDO NO RESULTADO DO EXERCÍCIO (CPV)
DRE DRE DRE DRE DRE
TOTAL DE AJUSTES REALIZADOS NÃO APLICA NÃO APLICA NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
TOTAL DE ESTOQUES USADOS COMO GARANTIA NOTAS
EXPLICATIVAS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
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QUADRO 4: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DO PRONUNCIAMENTO CPC 16 - RENAR S/A
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: RENAR S/A FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: RUSSELL
BEDFORD RUSSELL
BEDFORD BDO BDO BDO BDO
CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES NOTA
EXPLICATIVAS NOTA
EXPLICATIVAS NOTA
EXPLICATIVAS NOTA
EXPLICATIVAS NOTA
EXPLICATIVAS NOTA
EXPLICATIVAS
CRITÉRIOS PARA VALORAÇÃO DE ESTOQUES
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
TOTAL REGISTRADO EM CONTAS DE ESTOQUES
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
TOTAL RECONHECIDO NO RESULTADO DO EXERCÍCIO (CPV)
DRE DRE DRE DRE DRE DRE
TOTAL DE AJUSTES REALIZADOS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
TOTAL DE ESTOQUES USADOS COMO GARANTIA
NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO
OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
QUADRO 5: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO DO PRONUNCIAMENTO CPC 16 - JBS S/A
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: JBS S/A FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: BDO BDO KPMG KPMG BDO BDO
CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
CRITÉRIOS PARA VALORAÇÃO DE ESTOQUES
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
TOTAL REGISTRADO EM CONTAS DE ESTOQUES
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
TOTAL RECONHECIDO NO RESULTADO DO EXERCÍCIO (CPV)
DRE DRE DRE DRE DRE DRE
TOTAL DE AJUSTES REALIZADOS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
TOTAL DE ESTOQUES USADOS COMO GARANTIA
NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO
OCORREU NÃO
OCORREU NÃO
OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
17
Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
Os quadros abaixo foram elaborados também com o intuito de verificar a
aplicabilidade do CPC 29, mostrou que através das notas explicativas as companhias
conseguem maior liberdade para divulgar suas informações, utilizando também
quadros suplementares como forma de complemento.
QUADRO 6: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO CPC 29 - BRF S/A
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: BRF FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
AUDITADA POR: KPMG KPMG KPMG ERNST & YOUNG ERNST & YOUNG ERNST &
YOUNG
GANHOS E PERDAS DA
TRANSFORMAÇÃO DE ATIVOS
BIOLÓGICOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
AJUSTE A VALOR JUSTO DE ATIVOS
BIOLÓGICOS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
DISTINÇÃO DOS GRUPOS DE
ATIVOS BIOLÓGICOS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NATUREZA DAS ATIVIDADES NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
PRODUÇÃO DO PERÍODO NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
TOTAL DE ATIVOS USADOS COMO
GARANTIA
NÃO
OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM
ATIVOS BIOLÓGIVOS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
REDUÇÃO DE COLHEITAS NÃO
OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
QUADRO 7: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO CPC 29 - SÃO MARTINHO S/A
2009 2010 2011 2012 2013
EMPRESA: SÃO MARTINHO S/A FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: DELOITTE PRICE PRICE PRICE PRICE
GANHOS E PERDAS DA TRANSFORMAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
NÃO APLICA RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
AJUSTE A VALOR JUSTO DE ATIVOS BIOLÓGICOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
DISTINÇÃO DOS GRUPOS DE ATIVOS BIOLÓGICOS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
18
Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
NATUREZA DAS ATIVIDADES NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS NOTAS
EXPLICATIVAS
PRODUÇÃO DO PERÍODO RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
TOTAL DE ATIVOS BIOLÓGICOS USADOS COMO GARANTIA
NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS BIOLÓGIVOS
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL
REDUÇÃO DE COLHEITAS NÃO OCORREU RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
QUADRO 8: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO CPC 29 - RENAR S/A
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: RENAR S/A FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
FORMA DE APLICAÇÃO
AUDITADA POR: RUSSELL
BEDFORD BRASIL
RUSSELL BEDFORD
BRASIL BDO BDO BDO BDO
GANHOS E PERDAS DA TRANSFORMAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
AJUSTE A VALOR JUSTO DE ATIVOS BIOLÓGICOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
DISTINÇÃO DOS GRUPOS DE ATIVOS BIOLÓGICOS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NOTA EXPLICATIVAS
NATUREZA DAS ATIVIDADES
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
NOTAS EXPLICATIVAS
PRODUÇÃO DO PERÍODO NÃO APLICA RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇ
ÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃ
O
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃ
O
TOTAL DE ATIVOS BIOLÓGICOS USADOS COMO GARANTIA
NÃO OCORREU
NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM ATIVOS BIOLÓGIVOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
REDUÇÃO DE COLHEITAS NÃO
OCORREU NÃO OCORREU
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
NÃO OCORREU NÃO OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
QUADRO 9: CRITÉRIOS PARA DIVULGAÇÃO CPC 29 - JBS S/A
2009 2010 2011 2012 2013 2014
EMPRESA: JBS S/A FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
FORMA DE
APLICAÇÃO
AUDITADA POR: BDO BDO KPMG KPMG BDO BDO
GANHOS E PERDAS DA
TRANSFORMAÇÃO DE ATIVOS
BIOLÓGICOS
NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
AJUSTE A VALOR JUSTO DE
ATIVOS BIOLÓGICOS NÃO APLICA
NOTAS
EXPLICATIVAS NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA NÃO APLICA
DISTINÇÃO DOS GRUPOS DE
ATIVOS BIOLÓGICOS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
19
Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
NATUREZA DAS ATIVIDADES NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
NOTAS
EXPLICATIVAS
PRODUÇÃO DO PERÍODO NÃO APLICA RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
TOTAL DE ATIVOS BIOLÓGICOS
USADOS COMO GARANTIA
NÃO
OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM
ATIVOS BIOLÓGIVOS NÃO APLICA
BALANÇO
PATRIMONIAL NÃO APLICA NÃO APLICA
BALANÇO
PATRIMONIAL
BALANÇO
PATRIMONIAL
REDUÇÃO DE COLHEITAS NÃO
OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU NÃO OCORREU
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
Com base nos quadros acima foi elaborado um ranking com os maiores
percentuais de aplicabilidade dos critérios estabelecidos pelo CPC 16 e pelo CPC 29.
O cálculo dos percentuais exibidos no ranking abaixo foi feitos da seguinte forma:
TOTAL DE CRITÉRIOS APLICADOS X 100
TOTAL DE CRITÉRIOS ANALISADOS
QUADRO 10: RANKING DE APLICABILIDADE
ANO EMPRESA % DE
APLICABILIDADE CPC 16
ANO EMPRESA % DE
APLICABILIDADE CPC 29
2009 BRF S/A 100% 2009 SÃO MARTINHO S/A 88%
2009 JBS S/A 83% 2009 BRF S/A 50%
2009 RENAR S/A 83% 2009 JBS S/A 50%
2009 SÃO MARTINHO S/A 83% 2009 RENAR S/A 50%
2010 BRF S/A 100% 2010 JBS S/A 88%
2010 JBS S/A 83% 2010 SÃO MARTINHO S/A 88%
2010 RENAR S/A 83% 2010 RENAR S/A 63%
2010 SÃO MARTINHO S/A 67% 2010 BRF S/A 50%
2011 BRF S/A 100% 2011 SÃO MARTINHO S/A 100%
2011 JBS S/A 83% 2011 JBS S/A 63%
2011 RENAR S/A 83% 2011 RENAR S/A 63%
2011 SÃO MARTINHO S/A 83% 2011 BRF S/A 50%
2012 BRF S/A 100% 2012 SÃO MARTINHO S/A 88%
2012 JBS S/A 83% 2012 BRF S/A 63%
2012 RENAR S/A 83% 2012 JBS S/A 63%
2012 SÃO MARTINHO S/A 83% 2012 RENAR S/A 63%
2013 BRF S/A 83% 2013 SÃO MARTINHO S/A 100%
2013 JBS S/A 83% 2013 JBS S/A 75%
2013 RENAR S/A 83% 2013 BRF S/A 63%
2013 SÃO MARTINHO S/A 83% 2013 RENAR S/A 63%
2014 BRF S/A 83% 2014 JBS S/A 75%
2014 JBS S/A 83% 2014 BRF S/A 63%
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Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
2014 RENAR S/A 83% 2014 RENAR S/A 63%
2014 SÃO MARTINHO S/A 0% 2014 SÃO MARTINHO S/A 0%
Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados
No caso da companhia São Martinho S/A não foi possível concluir a análise do
exercício de 2014, pois seus demonstrativos anuais ainda não haviam sido divulgados
até a data de conclusão desse estudo. Pode-se considerar com base nos quadros
acima que as empresas, de um modo geral, apresentam de forma clara e objetiva os
critérios básicos de divulgação estabelecidos pelo pronunciamento técnico CPC 16 –
Estoques.
Os ajustes apresentados pelas companhias São Martinho e BRF referem-se às
adequações dos demonstrativos financeiros às normas internacionais de
contabilidade. Os demais ajustes mencionados nos relatórios são decorrentes de
operações com combinação de negócios e consolidação de demonstrativos contábeis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo procurou verificar se as grandes sociedades de capital aberto
que trabalham com estoques oriundos de ativos biológicos obedecem aos critérios
básicos de divulgação estabelecidos pelo CPC 16 (estoques) e pelo CPC 29 (ativos
biológicos) em seus demonstrativos financeiros.
Por meio das análises pode-se perceber que a principal ferramenta de
divulgação usada pelas companhias é a nota explicativa, pois ela pode detalhar
informações sintetizadas.
Analisando separadamente o critério “ganhos e perdas da transformação de
ativos biológicos” presente nos quadros 5, 6, 7 e 8 observa-se que nem todas as
companhias mencionam esses tipos de ganho em seus demonstrativos.
Em relação ao critério “produção do período”, as empresas São Martinho, JBS
e BRF mencionam a informação por meio do relatório da administração, somente a
empresa Renar não menciona em nenhum momento a produção anual.
Em seu relatório da administração, a São Martinho S/A menciona políticas de
reaproveitamento das sobras e desperdícios ocorridos no processo de moagem da
21
Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
cana de açúcar, que caracteriza o ganho no processo produtivo, porém não
quantificada esses ganhos dentro do período.
Com relação à aplicação dos demais critérios básicos de divulgação
estabelecidos pelo pronunciamento técnico CPC 29, considera-se que as companhias
BRF S/A, São Martinho S/A e JBS S/A atendem de forma satisfatória e objetiva aos
métodos exigidos pela norma.
Já a companhia Renar S/A atende de maneira satisfatória os requisitos básicos
estabelecidos CPC 16, mas não atende de forma detalhada aos critérios básicos
exigidos pelo CPC 29.
REFERÊNCIAS
BRF S/A. Disponível em <http://ri.brf-global.com/default_pt.asp?idioma=0&conta=28> Acesso em 4 de abr. 2015. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Deliberação CVM Nº 575, de 05/06/2009: Aprova o pronunciamento técnico CPC 16 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de estoques. Disponível em: < http://www.cvm.gov.br/port/infos/sumario-deli575.pdf >. Acesso em: 24 out. 2014. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Deliberação CVM nº 596, de 15/09/2009: Aprova o pronunciamento técnico CPC 29 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de ativo biológico e produto agrícola. Disponível em: < http://www.cvm.gov.br/port/snc/deli596.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 00 (R1) Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Disponível em: < http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf> COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) Estoques. Disponível em: < http://www.CPCorg.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47>. Acesso em: 24 out. 2014. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 29: Ativo Biológico e Produto Agrícola. Disponível em: <http://www.CPCorg.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=60 >. Acesso em: 24 out. 2014.
22
Revista Eletrônica Gestão e Negócios – Volume – nº 1 – 2015.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002. IUDICIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. JBS FOODS S/A. Disponível em: < http://www.jbs.com.br/pt-br/investidores> Acesso em 4 de abr. 2015. HENDRIKSEN, Eldon S. VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. REIS, Renato M. Porto; MARION, José Carlos (Org). Normas e Práticas Contábeis: Uma introdução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013. RENAR MAÇÃS S/A. Disponível em < http://www.renar.agr.br/investidores> Acesso em 4 de abr. 2015. SÁ, Nívea Vasconcelos De Almeida; MAEDA, Ernesto Kenshi Carvalho; FARIA, Moacir Alves De. Diretrizes para elaboração de trabalhos acadêmicos (Revisado em 23/03/2010). São Roque: 2009. Disponível em <http://www.facsaoroque.br/novo/downloads/pdf/diretrizes_fac_050410.pdf.> Acesso em 8 nov. 2014. SÃO MARTINHO S/A. Disponível em: < http://www.saomartinho.ind.br/> Acesso em 4 de abr. 2015