o pão e a broa
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ACCÃO DE FORMAÇÃO
Sabores com Muita Sabedoria
O O O O PÃOPÃOPÃOPÃO E E E E A BROAA BROAA BROAA BROA ---- MICRÓBIOS ÚTEIS EM ACÇÃOMICRÓBIOS ÚTEIS EM ACÇÃOMICRÓBIOS ÚTEIS EM ACÇÃOMICRÓBIOS ÚTEIS EM ACÇÃO
6º SESSÃO 6º SESSÃO 6º SESSÃO 6º SESSÃO
22 de Janeiro de 2007
2
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
O pão e a broa têm um lugar importante na dieta alimentar dos portugueses e são muito
familiares a todas as crianças.
É interessante partir destes dois alimentos para fazer alguma exploração que incida sobre as
respectivas matérias-primas, um pouco da história e respectivas receitas e formas de
preparação. Também podem ser aproveitados para levar a cabo algumas experiências e analisar
e interpretar as observações feitas
O documento que se segue inclui actividades que têm que ser desenvolvidas ao longo de várias
sessões. Os educadores e professores poderão seleccionar, dentre elas, as que lhes pareçam
melhor se adequar tanto ao nível etário dos seus alunos, como, ainda, ao desenvolvimento e tipo
de interesses por eles demonstrado.
Para começar solicita-se às crianças que tragam ou uma broa e
um pão ou só uma fatia de cada um. Caso seja complicado o
material é trazido pelo professor/educador
Pode ser interessante começar com o seguinte exercício:
Olhar e observarOlhar e observarOlhar e observarOlhar e observar
Perguntar às crianças qual é para elas a
diferença entre olhar e observar. Listar as
diferentes opiniões e organizá-las de modo a
poder tirar-se uma conclusão
• Olhar – pôr os olhos nalguma coisa ou pessoa
• Observar – olhar com atenção, examinar para estudo
in Dicionário Lello Universal:
Isto é bem mais importante do que parece. Se eu olho
para uma pessoa fico com a ideia de que é magra,
por exemplo, loira, velha ou não, etc. Mas se a
observarmos podemos ficar a saber muito mais: se é
envergonhada, se se exprime bem, se está triste ou
alegre, etc, etc . Ou seja, ficamos com um
conhecimento muito mais completo da pessoa em
questão. Isso é bom e enriquece-nos
A observação da realidade é fundamental em qualquer actividade científica
Pedir às crianças para observarem atentamente
o pão e a broa, mexerem e provarem um
bocadinho de cada!
Levar as crianças a preencher, por escrito ou
com desenhos, um quadro onde se
sistematizam as diferenças observadas
Pão Broa
Aspecto
Cor do miolo
Textura (mais ou menos
“buraquinhos”)
“fofura” (qual é mais fofo?)
De qual gosto mais? (+ ou -)
3
Convidar as crianças a fazer a seguinte experiência:
pegar num bocadinho de miolo de cada um e tentar
esfarelá-lo com os dedos. Falar sobre o que observaram
e na diferença detectada
O miolo de broa “esboroa-se” muito mais
facilmente.
Sugerir que as crianças investiguem junto de familiares,
amigos, etc, qual a preferência das pessoas em relação
ao pão e à broa.
As crianças poderão delinear as perguntas que constarão
do inquérito. Tratar os resultados na aula, discutindo-se
as respectivas conclusões, sendo sempre registado o
número de inquiridos e, caso se acha interesse nisso,
caracterizando a população inquirida no que respeita ao
género e à faixa etária
Sugestão:
Do que gosta mais: de broa ou de pão
Qual costuma comprar regularmente?
Todos os dias come pão?
Todos os dias come broa?
Saber a faixa etária considerando, por
exemplo, os grupos 0-10 anos, 10-20, 20-35;
35-50, mais de 50 anos
A QUE SERÁ DEVIDA A DIFERENÇA ENTRE O PÃO E A BROAA QUE SERÁ DEVIDA A DIFERENÇA ENTRE O PÃO E A BROAA QUE SERÁ DEVIDA A DIFERENÇA ENTRE O PÃO E A BROAA QUE SERÁ DEVIDA A DIFERENÇA ENTRE O PÃO E A BROA
Para se tentar compreender as diferenças entre os dois
alimentos, inicia-se então uma pesquisa sobre os
principais ingredientes do pão e da broa, começando por
tentar arranjar produtos embalados de super-mercado
que trazem, normalmente, um rótulo com a composição1
Principais ingredientes:
Pão de trigo: farinha de trigo, água, fermento
de padeiro e sal
Broa – farinha de milho, farinha de trigo,
fermento de padeiro e sal
Observando as composições há que levar as crianças a tirarem as suas conclusões sobre o que
poderá ser a principal diferença – será a farinha de milho?
Seguidamente procurar saber quais as principais operações (passos) necessárias para se
preparar o pão e a broa, registando tudo o que se vai aprendendo e, ainda, de onde vieram essas
informações
PRINCIPAIS PASSOS NA PREPARAÇPRINCIPAIS PASSOS NA PREPARAÇPRINCIPAIS PASSOS NA PREPARAÇPRINCIPAIS PASSOS NA PREPARAÇÃO DO PÃO OU DA BROAÃO DO PÃO OU DA BROAÃO DO PÃO OU DA BROAÃO DO PÃO OU DA BROA
1. AMASSADURA - juntar os ingredientes,
amassá –los e dar à massa a forma
desejada (a farinha junta-se à água e
fermento e vai-se formando uma massa)
2. FERMENTAÇÃO - deixar a massa em
repouso a levedar ou fermentar (
“crescer”) podendo chegar a ficar com o
triplo do volume
1 Note-se que para além dos principais ingredientes há normalmente outros, tais como gorduras, enzimas,
aditivos, etc, que se dirá que apenas ajudam a que os produtos ainda fiquem melhores, facilitam o trabalho
do padeiro e têm um papel importante na conservação. Mas não se trata de ingredientes essenciais
4
3. COZEDURA - cozer a massa num forno
de padaria ou de casa
4. e, finalmente, muito importante: comê-lo e
saboreá-lo
A PASTILHA ELÁSTIA PASTILHA ELÁSTIA PASTILHA ELÁSTIA PASTILHA ELÁSTICA DE BALÃO COMO INTRODUÇÃO À FERMENTAÇÃO (OU CA DE BALÃO COMO INTRODUÇÃO À FERMENTAÇÃO (OU CA DE BALÃO COMO INTRODUÇÃO À FERMENTAÇÃO (OU CA DE BALÃO COMO INTRODUÇÃO À FERMENTAÇÃO (OU
LEVEDAÇÃO DAS MASSASLEVEDAÇÃO DAS MASSASLEVEDAÇÃO DAS MASSASLEVEDAÇÃO DAS MASSAS
Caso se ache conveniente leva-se uma das crianças a fazer a demonstração sugerida, enquanto
os outros vão observando e tentando descrever o que se está a passar. Esta demonstração pode
servir como introdução à questão da fermentação, sugerindo que com o pão ou a broa ocorre um
processo com algumas semelhanças.
1. Mascar uma pastilha elástica de balão, analisando tudo o que vai ocorrendo:
A pastilha está seca e temos que a molhar (hidratar) com a nossa saliva (cuspo)
2. Depois vamos amassá-la com a nossa língua e os nossos dentes
3. E por fim, depois de muito bem amassada, vamos soprar-lhe, ou seja, vamos insuflar-lhe um
gás, que é o ar, para ela fazer um balão 2
A questão que se coloca então é a seguinte:
• Como se mete gás na massa, para ela crescer?
Sopramos?
Pedir às crianças que formulem hipóteses
O gás vai ser produzido pelo fermento de
pão, que é um micróbio – uma levedura.
Dizer às crianças que isso nem é assim tão
esquisito! Há muitos outros alimentos que
temos que agradecer aos micróbios: os
iogurtes, o queijo, o chouriço, o vinho, a
cerveja, etc, etc.
2 FONTE: http://chuinga2.blogs.sapo.pt/arquivo/935737.html
5
OOOO FERMENTO DO PÃO FERMENTO DO PÃO FERMENTO DO PÃO FERMENTO DO PÃO
Como já foi anteriormente referido às crianças, o fermento do pão é um micróbio – uma levedura
Poderá pôr-se então a questão:
O QUE O QUE O QUE O QUE SÃOSÃOSÃOSÃO MICRÓBIOS MICRÓBIOS MICRÓBIOS MICRÓBIOS????
Começar por questionar as crianças sobre o que
pensam que é um micróbio. Para mais
desenvolvimentos poderá ser usada a
documentação e as actividades descritas na 5ª
sessão – Os micróbios. Ou os da próxima – a 7ª.
Esclarecer que o fermento do pão (a tal levedura que
tem o nome científico complicado de Saccharomyces
cereviseae) é um ser vivo, bastante simples,
constituído apenas por uma célula (enquanto nós
temos milhões e milhões). Podemos comprá-la ou
em blocos, como os que podemos ver na fotografia,
ou sob a forma de uma espécie de pó (levedura seça
ou desidratada), que se vem em pacotinhos e se
vende nos supermercados.
várias células de Saccharomyces cereviseae
observadas ao microscópio
bloco de “fermento”
usado nas padarias. É
constituído por muitos
milhares de leveduras
A levedura aproveita os açúcares existentes nas farinhas (e que provêm de um dos seus
constituintes - o amido) e produz um gás (que se chama dióxido de carbono), um álcool e muitas
outras substâncias que dão ao pão o seu maravilhoso sabor e cheirinho.
Esta mesma levedura é a responsável pelo vinho e pela cerveja, mas,
nestes casos, deixa-se que o gás saia e o que nos interessa é mesmo o
álcool. No caso do pão e da broa esse álcool desaparece quando as
massas são metidas no forno, a temperaturas muito elevadas. É que o
álcool é volátil.
E para os que já tiveram desarranjos intestinais, esta levedura foi também
uma amiga, ajudando ao restabelecimento; tomamo-la sob a forma de
cápsulas e o seu nome é…Ultralevure. (www.inra.fr)
Fotografia da cerveja: http://benderblog.wordpress.com/2006/06/06/como-se-faz-cerveja/
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A LEVEDURA PRECISA A LEVEDURA PRECISA A LEVEDURA PRECISA A LEVEDURA PRECISA MESMO DE AÇÚCARES PARA MESMO DE AÇÚCARES PARA MESMO DE AÇÚCARES PARA MESMO DE AÇÚCARES PARA TER ACTIVIDADETER ACTIVIDADETER ACTIVIDADETER ACTIVIDADE????
Para responder a esta questão sugerimos a seguinte experiência:
Material necessário
1. Tubos ou frasquinhos com uma capacidade que deve rondar os 50-100 ml
2. Água (morna)
3. Açúcar de mesa (sacarose)
4. Levedura instantânea Fermipan ou Vahiné (à venda nos supermercados, na zona de produtos para bolos)
5. Balões com uma boca que se adapte à boca dos frasquinhos
6. Colheres de chá
Procedimento:
1. Identificar cada um dos tubos
2. Adicionar, a cada um dos frascos, as quantidades de ingredientes indicadas no seguinte
quadro:
tubo designação levedura açúcar água morna
1 controlo 1 colher - até cerca de ¾ do frasco
2 presença de açúcar (sacarose)
1 colher 1 colher até cerca de ¾ do frasco
3. Colocar, em cada tubo, a respectiva tampa
4. Agitar, rapida e vigorosamente, cada tubo
5. Retirar a tampa
6. Adaptar à boca de cada tubo um balão, de modo a que o tubo fique vedado
7. Observar o resultado da sua experiência ao fim de 5, 10,15 e 20 minutos
8. Completar o quadro que se segue, atribuindo o valor ++ ao ou aos tubos onde se libertou
maior quantidade de dióxido de carbono, + nos casos intermédios e − quando essa
quantidade não for significativa:
libertação de gás (dióxido de carbono) (assinalar com - ou +) tubo 5 min 10 min 15 min
1
2
Discutir e analisar as
observações e estimular
feitas tirar conclusões e
registá-las
Início da experiência aos 15 minutos
Nota: é importante chamar a atenção das crianças para o facto de numa experiência ter de haver sempre
um controlo. Só assim se podem tirar conclusões
Provavelmente as crianças começam a descobrir o que a levedura vai fazer à massa do pão: o
gás vai-se libertando e se a massa conseguir não rebentar, vai crescendo, crescendo, tal como a
pastilha elástica. Diz-se que a massa está a fermentar.
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Mediante isto já se pode pôr uma hipótese para tentar perceber porque é que a broa é bem mais
baixa, menos fofa e com menos buraquinhos. A hipótese pode ser: será que uma massa feita
com farinha de milho aguenta menos o gás que a levedura liberta?
Para se testar esta hipótese há que fazer uma experiência para ver a diferença entre as farinhas.
OBSERVAÇÃO E COMPARAÇÃO DE UMA MASSA FEITA COM FARINHA DE TRIGO OBSERVAÇÃO E COMPARAÇÃO DE UMA MASSA FEITA COM FARINHA DE TRIGO OBSERVAÇÃO E COMPARAÇÃO DE UMA MASSA FEITA COM FARINHA DE TRIGO OBSERVAÇÃO E COMPARAÇÃO DE UMA MASSA FEITA COM FARINHA DE TRIGO
E COM FARINHA DE MILHOE COM FARINHA DE MILHOE COM FARINHA DE MILHOE COM FARINHA DE MILHO
Discutir nesta altura o tipo de
experiência deverá ser feita para se
perceber se há ou não diferença
entre uma massa feita farinha de
trigo e outra com farinha de milho e
a primeira será verificar se a massa
Materiais:
• Farinha de trigo (sem fermento e farinha de milho
• Água
• Balança
• 2 colheres pequenas
• 2 tacinhas
• caneta para escrever o nome da farinha
Procedimento
• Pesar 50 g de cada uma das farinhas
• Deitar cada farinha na sua tacinha, identificando-a
• Adicionar um pouco mais de 30 ml de água para cada copo
• Misturara água com a farinha, utilizando uma colher e, depois, os teus dedos, até que formem uma mistura homogénea
• Observar e registar o que se observou em relação ao comportamento de cada uma das farinhas
• Interpretar as observações e tirar conclusões
farinha de trigo farinha de milho estrutura interna das massas
Possível interpretação - Quando se amassa com água, só se obteve uma massa bem formada e
agregada com a farinha de trigo. Com a de milho obteve-se uma espécie de paparoca, mas que
não dá para fazer uma bolinha de massa
Assim sendo pode-se pôr a hipótese de que parece estar justificada a diferença entre a estrutura
do miolo da broa e do pão: a massa feita com farinha de milho não tem elasticidade para poder
manter o gás no seu interior, pelo que escapa e o pão (que se chama broa) fica muito menos fofo
do que um feito com farinha e trigo. E como se agrega menos, esboroa-se quando esfarelamos o
miolo com os dedos.
Esta é apenas uma possível explicação; uma hipótese. Mas deve ser confirmada ou não com
uma outra experiência: a de preparar massas feitas só com farinha de trigo, farinha de milho e
8
farinha de trio+farinha de milho, com a mesma quantidade de levedura. Se a hipótese se
confirmar o que iremos observar?
3 massas com as seguintes composições3 massas com as seguintes composições3 massas com as seguintes composições3 massas com as seguintes composições (da esquerda para a direita):
1111 – 50 g de farinha de milho, cerca de 35 ml de água, ½ colher de chá de levedura desidratada
2 2 2 2 – 30 g de farinha de milho, 20 g de farinha de trigo, cerca de 35 ml de água, ½ colher de chá de levedura desidratada
3333 – 50 g de farinha de trigo, cerca de 35 ml de água, ½ colher de chá de levedura desidratada
depois de juntar tudo bem e amassar, as massas foram deixadas 30 minutos a cerca de
30ºC
Pode ver-se que a massa apenas feita com farinha de trigo se desenvolveu muito mais. Mas em
todos os casos a liberação de gás deverás ter sido muito idêntica, só que só a massa 3
conseguiu reter melhor esse gás e, portanto, o seu volume aumentou substancialmente
Nota: Deve-se chamar novamente a atenção das crianças para a composição de ambos os produtos,
mostrando que mesmo na broa se costuma adicionar alguma farinha de trigo; se assim não fosse ela ainda
ficaria mais “pesadona”.
Uma pergunta pode ser feita: em Portugal
qual é o alimento mais antigo, o pão de
trigo ou a broa?
Esta questão pode dar também para
discutir que novos alimentos foram
trazidos dos Descobrimentos e que, até
essa altura, os Portugueses
desconheciam, tais como as batata, o
milho, o tomate, as bananas, o açúcar, o
café, o chá, as especiarias, etc
O milho apenas foi introduzido em
Portugal depois dos Descobrimentos (século XVI), uma
vez que foi trazido da América do Sul
A cultura do trigo em Portugal já
vem do tempo dos Romanos, cerca de 200 anos antes
de Cristo (AC).
A broa é, portanto, é muitíssimo mais recente3
3 Germinação http://www.eb1-vila-fernando.rcts.pt/a_germinacao.htm - EEEE....BBBB.... Nº1 Nº1 Nº1 Nº1 ----VILA FERNANDOVILA FERNANDOVILA FERNANDOVILA FERNANDO
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OS OS OS OS ALIMENTOS NOS DESCOBRIMENTOSALIMENTOS NOS DESCOBRIMENTOSALIMENTOS NOS DESCOBRIMENTOSALIMENTOS NOS DESCOBRIMENTOS Relacionado com os micróbios, pode-se discutir o tipo de alimentos que os barcos dos nossos
navegadores transportariam, sabendo-se que cada viagem tinha uma duração superior a 6
meses
……………..…..…..…..…..…..…..…..
De seguida, dar-vos-emos a conhecer o exemplo de uma lista de alimentos: o biscoito, enchidos de
toda a espécie, bolacha, vinho tinto, queijo, bacalhau, azeite, vinagre, sal, arroz, grão-de-bico,
presunto, carnes e peixes, conservas – frutos secos (damasco, figos, ameixas, amêndoas, avelãs, e
nozes); ervas aromáticas: alho, cebola, picante, louro, mostarda orégãos, entre outros. Para
conservar alguns destes alimentos eram mantidos em barricas cheias de sal. As caravelas, naus e
galeões também transportavam animais vivos, tais como: galinha, coelho, carneiros, entre outros
….….….….…….…….…….…….
Fonte: http://www2.crb.ucp.pt/Historia/abced%C3%A1rio/bordo/Trabalho%20Final%20Expans%C3%A3o%20A%20B%20C%20dos%20Descobrimentos.htm
PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS PROVÉRBIOS (OU ADÁGIOS, OU DITADOS(OU ADÁGIOS, OU DITADOS(OU ADÁGIOS, OU DITADOS(OU ADÁGIOS, OU DITADOS) E DITOS POPULARES) E DITOS POPULARES) E DITOS POPULARES) E DITOS POPULARES
Solicitar às crianças que procurem provérbios ou ditos populares relacionados com o pão ou a broa e fazer uma colecção que se afixa na aula e/ou numa padaria próxima da escola. Para iniciar podem mostrar 2 ou 3 dos aqui apresentados.
Tentar interpretar o significado de cada um.
Alguns exemplos:
• Casa onde não há pão... todos ralham e ninguém tem razão
• Separar o trigo do joio • Para a fome não há pão duro • Quando não há pão, come-se broa • Nem mesa sem pão, nem exército sem
capitão • Quem dá o pão dá a criação • Para boa fome não há mau pão • Comer sem pão é comer de lambão • Ter dinheiro como o milho
• O primeiro milho é dos pardais…
CURIOSIDADECURIOSIDADECURIOSIDADECURIOSIDADESSSS
Alguns versosAlguns versosAlguns versosAlguns versos
Quem trabalha e mata a fome Não come o pão de ninguém; Mas quem não trabalhe e come, Come sempre o pão de alguém É triste que a gente veja Tanta gente que não come: O pão que a muitos sobeja Matava bem essa fome... António Aleixo (poeta popular algarvio)
Nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera, mas nunca o teu riso, porque então morreria
Pablo Neruda - poeta chileno (1904-1973). Foi
um dos mais importantes poetas do séc. XX
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ORAÇÃO AO PÃOORAÇÃO AO PÃOORAÇÃO AO PÃOORAÇÃO AO PÃO (excerto) Guerra Junqueiro (1850-1923) Com quantos grãos de trigo um pão se fez? Dez mil talvez? Dez mil almas, dez mil calvários e agonias, Todos os dias, Para insuflar alentos n'alma impura Duma só criatura! Homem, levanta a Deus o coração, Ao ver o pão. Ei-lo em cima da mesa do teu lar; Olha a mesa: um altar! Ei-lo, o vigor dos braços teus, O pão de Deus! Ei-lo, o sangue e a alegria, Que teu peito robora e teu crânio alumia! Ei-lo a fraternidade, Ei-lo, a piedade, Ei-lo, a humildade, Ei-lo a concórdia, a bem-aventurança, A paz em Deus, tranquila e mansa! ……………………………
Letra da música Milho Verde (também cantada por José Afonso)
Milho verde, milho verde Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde Ai milho verde, milho verde
Ai milho verde, folha larga Ai milho verde, maçaroca
Á sombra do milho verde Á sombra do milho verde
Ai á sombra do milho verde Ai à sombra do milho verde
Ai namorei uma casada Ai namorei uma cachopa
Milho verde, milho verde Mondadeiras do meu milho
Ai milho verde, milho verde Ai mondadeiras do meu milho
Ai milho verde, miudinho Ai mondai o meu milho bem
Á sombra do milho verde Não olhais para o caminho
Ai á sombra do milho verde Ai Não olhais para o caminho
Ai namorei um rapazinho Pois a merenda já lá vêm
UM UM UM UM POUCO DE HISTÓRPOUCO DE HISTÓRPOUCO DE HISTÓRPOUCO DE HISTÓRIA DO PÃOIA DO PÃOIA DO PÃOIA DO PÃO
Foi há mais ou menos 6 mil anos que os egípcios descobriram, sem querer, a fermentação do trigo,
descobrindo, desta forma, o pão tal como hoje o conhecemos. No Egipto, o pão era o alimento básico. Os
pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos. Durante séculos, os
celeiros eram de propriedade dos governantes, que mantinham domínio dos cereais e do pão. Os faraós
tinham sua própria padaria, a padaria real (que era, inclusive, enterrada com eles). Os celeiros também
pertenciam aos faraós. Os egípcios se dedicavam tanto ao pão que eram conhecidos como "comedores de
pão" e eram, com certeza, os melhores padeiros do mundo antigo. Os egípcios dedicavam muito tempo e
muito espaço para o preparo do pão. Os fornos, naquela época, às vezes ocupavam uma área do tamanho
de um campo de futebol.
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Mas o pão para os egípcios era muito mais importante. Com o pão também se pagavam os salários: um dia
de trabalho valia três pães e duas canecas de cerveja
À Europa o pão chegou através dos gregos que o passaram aos Romanos. O pão romano era feito em
casa, pelas mulheres, tendo passado, posteriormente, a ser fabricado em padarias públicas, surgindo,
então, os primeiros padeiros.
Com a queda do Império Romano as padarias europeias desapareceram, retornando o fabrico doméstico
do pão na maior parte da Europa. O senhor feudal permitia apenas o uso do moinho e dos fornos. Voltou a
se consumir, pela comodidade no fabrico, o pão ázimo, sem fermento e achatado, que acompanhava
outros alimentos, como a carne e sopas. Nessa época, somente os castelos e conventos possuíam
padarias.
Assim como a troca de mercadorias e de serviços, a utilização do pão como pagamento ou complemento
de um salário era costume que ainda continuaria por muitos séculos, até a Idade Média.
fonte: http://www.abip.org.br/historiadopao.asp
O trigo é originário da antiga Mesopotâmia. Os antigos arqueólogos demonstraram que o cultivo do trigo é
originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque. Há cerca de 8.000 anos atrás, uma mutação ou hibridização
ocorreu, resultando em uma planta com sementes grandes, porém que não podiam espalhar-se pelo vento.
Esta planta não poderia vingar como silvestre, porém, poderia produzir mais comida para os humanos e,
de facto, ela teve maior sucesso que outras plantas com sementes mais pequenas e tornou-se o
antepassado do trigo moderno.
UM CAMPO DE TRIGO (dois registos diferentes da realidade)
campo de trigo (fotografia) campo de trigo – quadro de Van Gogh , pintor holandês (1853-1890)
site interessante com a história do pão:
http://www.pousadadascores.com.br/culinaria/historia_pao/historia_pao.htm
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O MILAGRE DAS ROSAS
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A Rainha Santa Isabel era uma princesa do reino de Aragão que veio para Portugal, aos 12 anos
para se casar com el-rei D. Dinis, Rei a quem Portugal deve grandes iniciativas, como a de
plantar um enorme pinhal conhecido como «como o pinhal de Leiria», na zona da costa, com o
fim de impedir o avanço das areias costeiras.
D, Isabel dedicou a sua vida a fazer o bem, alimentando, vestindo, tratando sempre os mais
necessitados. Na corte havia quem achasse que a rainha fazia gastos demais, e fosse intrigar
junto do rei. D. Dinis que proibiu a rainha de continuar ajudar os mais necessitados. Um belo dia
de Janeiro, altura em que as rosas ainda não estão em flor, D Isabel saiu dos seus aposentos,
com o manto cheio de (há quem diga moedas, há quem diga pão) para dar aos pobres, quando se
cruzou com o rei, que estava à espera de a apanhar.
- Onde ides tão cedo? – perguntou D. Dinis
- À igreja de Santa Cruz, enfeitar os altares
- E que levais no regaço?
- São rosas Senhor
- Rosas em Janeiro? Quereis enganar-me?
- A Rainha de Portugal não mente.
D. Isabel abriu o manto e deixou cair belíssimas Rosas Brancas. Assim é a lenda do milagre das
Rosas
fonte: http://www.olhares.com/milagre_das_rosas/foto1001898.html
Maria Margarida Guerreiro
4 desenho da Margarida da ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO DE TORRES DE MONDEGO - http://www.eb1-
coimbra-n35-torres-mondego.rcts.pt/