o papel da escola na conscientizaÇÃo · 1. introduÇÃo 4 o combate ao bullying é um tema...
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BULLYING E CYBERBULLYINGO PAPEL DA ESCOLA NA CONSCIENTIZAÇÃO
COLABORADORES
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Este conteúdo foi produzido para o Painel de Educação, blog administrado pelo Sistema ETAPA, integrante do Grupo Educacional ETAPA.
No blog, você encontra conteúdos sobre aprendizagem e gestão escolar nos formatos de vídeo, e-book e podcast. Além do Painel de Educação, o Sistema ETAPA desenvolve material didático com metodologia própria que atende desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, reunindo a experiência e a qualidade de quem se dedica 100% à Educação, há quase 50 anos, sendo reconhecido por seus resultados e e�ciência.
Nessa edição, contamos com a colaboração da advogada e especialista em Direito Digital, Dra. Patricia Peck para esclarecer os deveres das instituições de ensino relacionados ao bullying e ao cyberbullying.
Bem vindo (a) ao e-book “Bullying e Cyberbullying – O Papel da Escola na Conscientização”.
ÍNDICE
pag. 4
pag. 5
pag. 7
pag. 13
pag. 16
3. O PAPEL DAS ESCOLAS NO COMBATE AO BULLYING E CYBERBULLYING
1. INTRODUÇÃO
2. AFINAL, O QUE SÃO BULLYING E CYBERBULLYING?
4. ESCOLA COMO MEDIADORA DE CONFLITOS
5. CONCLUSÃO
1. INTRODUÇÃO
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O combate ao bullying é um tema recorrente na sociedade. Algumas mudanças na legislação �zeram com que o assunto voltasse a ganhar destaque, principalmente em relação ao papel da escola no combate a esse problema.
A conscientização sobre o bullying precisa alcançar todos os públicos da comunidade educacional. Com essa atuação em conjunto é possível combater casos de intimidações no ambiente escolar, evitar problemas judi-ciais e garantir um ambiente saudável para todos.
Com a ajuda da Dra. Patricia Peck, elaboramos um material com pontos importantes referentes ao posiciona-mento frente ao bullying e cyberbullying dentro das instituições de ensino. Essas informações irão auxiliar sua escola na prevenção e na preparação para lidar melhor com con�itos relacionados a esses problemas.
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BULLYING
Intimidação
Humilhação
Descriminação
Agressão
Ameaças
Agressão física ou psicológica
CYBERBULLYING
Redes Sociais Aplicativos deMensagem
É a prática do bullying no âmbitovirtual
Qualquer outromeio virtual
2. AFINAL, O QUE SÃO BULLYING E CYBERBULLYING?
O QUE A LEI DIZ SOBRE O ASSUNTO:
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Em 2015, foi sancionada a lei nº 13.185 que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território nacional. Determinou que docentes e equipes pedagógicas fossem capacita-dos para prevenir e solucionar problemas relacionados a esse tipo de agressão.
E em 2018, foi sancionada a lei nº 13.663 que inclui dois incisos no artigo 12 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Os novos parágrafos determinam que as escolas sejam responsáveis por desenvolverem medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, especialmente nas práticas recorrentes do bullying: sejam elas cometidas pelos alunos ou docentes.
Para que a escola comprove que está cumprindo com a lei, foi estipulado que relatórios bimestrais devem ser produzidos para registrar os episódios e soluções aplicadas no tratamento de casos de bul-lying, além de servir como documento de ciência dos ocorridos por parte de Estados e Municípios.
3. O PAPEL DAS ESCOLAS NO COMBATE AO BULLYING E CYBERBULLYING
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A legislação exige que as escolas trabalhem com um plano de aulas que inclua temas sobre bullying e cy-berbullying. Para isso, precisam tratar a temática desde as indicações bibliográ�cas, até campanhas que en-volvam alunos, docentes e famílias
Para um melhor aproveitamento e compreensão, recomenda-se que o tema seja inserido de forma clara e objetiva, o que pode acontecer tanto nas abordagens sobre ética e cidadania, quanto nas aulas de outras matérias, com atividades e dinâmicas.
O ASSUNTO NÃO DEVE SER SÓ ALGO PONTUAL, E SIM RECORRENTE NA SALA DE AULA.
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Identificando a prática do bullying e orientando
sua prevenção
INTERAGIU
CURTIU?
SIM!NÃO!
SIM!NÃO!
PEDIU DESCULPAS?
VOLTOU A INTERAGIR E SEU AMIGO NÃO GOSTOU CUIDADO!
CUIDADO!Não pedir desculpas demonstra que você agiu de maneira intencional.É importante sempre tratar bem nossos amigos!
A repetição da violência intencionalcaracteriza o bullying.
CAMPANHAS NA PRÁTICA!
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Para promover campanhas de conscientização de alto impacto, algumas regras são essenciais:
Na campanha, as escolas precisam educar sobre a diferença entre brincadeiras e ofensas, além de também, criar atividades esclarecedoras para que a compreensão das determinações da lei alcance a todos. O desa�o se encontra no monitoramento e registro dos resultados obtidos. A escola precisa da comprovação de que não foi omissa ao assunto, caso haja necessidade.
Segmente as campanhas de acordo com a idade dos estudantes;
Lembre-se de considerar todos os ensinos (Maternal ao Ensino Médio);
Garanta que a campanha seja contínua;
As atividades devem alcançar toda a comunidade escolar (alunos, educadores, equipes de
outros setores e famílias);
“A escola tem que ser porta-voz do conhecimento, sendo protagonista da informação, levando orientação e evitando os ruídos.”
Dra. Patricia Peck
COMO LIDAR COM O CYBERBULLYINGNO AMBIENTE ESCOLAR
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Cada vez mais crianças e adolescentes se conectam de alguma forma com o ambiente virtual. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online, divulgada em 2018, o percentual de jovens entre 9 a 17 anos que acessam a inter-net pelo celular cresceu 7%, em relação a 2016 (37%).
A comunicação no meio digital exige cuidados, já que, muitas vezes, a internet aparenta ser uma “terra sem lei”. Todas as transmissões de mensagem precisam acontecer de forma respeitosa.
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Na sala de aula não é diferente...
É cada vez mais comum que professores incentivem o uso de aplicativos e plataformas de mensagens, como o WhatsApp, por exemplo, para facilitar a comunicação entre os alunos nas atividades em grupo.
Ao mesmo tempo em que o recurso agiliza a comunicação e se aproxima da realidade de muitos estudantes, é preciso tomar cuidado com brincadeiras e conteúdos inadequados. É de boa conduta que escola, docentes e pais de alunos estejam cientes do uso de tal tecnologia na aprendizagem.
Isso por que:
Portanto, é necessário deixar claro o propósito da criação do grupo para os envolvidos e garantir que a co-municação não fuja do seu objetivo principal. E para o caso de algum integrante não seguir as instruções corretamente, vale ao administrador retirá-lo do grupo.
Trabalho de Hist.Visto pela última vez 13:25
O ADMINISTRADOR DO GRUPO RESPONDE POR TODOCONTEÚDO VEICULADO NO GRUPO
11:50
O QUE VOCÊ CURTE MOSTRA QUEM VOCÊ É!
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No uso das redes sociais, o cuidado deve ser redobrado. A escola tem o papel de esclarecer ao aluno que todo o comportamento na internet está sendo monitorado por terceiros, visto por pessoas que ele segue e que também fazem parte de uma teia virtual que identi�ca cada indivíduo.
Criar, comentar, curtir ou compartilhar conteúdos preconceituosos ou vexatórios, próprios ou de terceiros, induz a crença de que você é conivente a esse tipo de comportamento ou posicionamento. O que acontece na internet não �ca só na internet. E as consequências de tal
comportamento nas redes sociais podem ser graves na vida real.
Em casos de cyberbullying, é de bom grado que o ofensor:
Peça desculpas e se retrate Remova o conteúdo ofensivo
Seja advertido E, principalmente, não ofenda novamente
4. ESCOLA COMO MEDIADORA DE CONFLITOS
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Quando o con�ito envolve alunos, a escola tem a obrigação de ser mediadora para conter a situação. Da mesma forma, se os casos tiverem origem na internet, é preciso manter uma postura �rme diante do proble-ma. Ainda assim, pode ocorrer de desentendimentos chegarem ao judiciário e a escola será questionada sobre sua posição protetiva em relação à criança e ao adolescente, independente do ambiente do ocorrido.
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A qualquer indício de problema ou denúncia
O primeiro passo é tentar solucionar os con�itos internamenteApurar a denúncia com seriedade
Conduzir de maneira imparcial, procurando sempre uma solução justaEnvolver os responsáveis legais dos alunos
A escola deve se mostrar disponível para esclarecer o con�ito
Juntar provas legais de que tentou solucionar o problema desde o início
Trabalhar junto às famílias dando todo o apoio necessário
Em casos em que é inevitável acionar a justiça
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A escola também deve adotar medidas protetivas
Além da questão ética, a lei trabalhista também exige uma atitude �rme da instituição.
Se a família não se empenhar em melhorar a relação do aluno com o professor,por exemplo, a escola ou o próprio docente podem acionar o judiciário.
Quando o con�ito envolve um funcionário
COM AS BOAS PRÁTICAS O RESULTADO É:UM AMBIENTE ESCOLAR SEGURO PARA TODOS.
5. CONCLUSÃO
INFORMAR MEDIAR
EDUCAR NEUTRALIZAR
O DEVER DA ESCOLA É:
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Para garantir o bom convívio entre alunos, professores e famílias, é necessário um comprometimento da instituição de ensino no com-bate ao bullying e cyberbullying no ambiente escolar.
A conscientização deve fazer parte do cotidiano para garantir que o respeito mútuo seja algo natural. As regras de convivência precisam sempre ser bem claras para alunos, docentes e familiares, e ao menor sinal de con�ito, precisam ser colocadas em prática sem nenhuma constatação.
Além disso, planejar, prevenir e executar são atitudes necessárias para as escolas que querem manter um ambiente harmônico e a imagem limpa de questões judiciais.
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